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1 1. O que significa aterosclerose? Diferencie de arteriosclerose e arteriolosclerose ARTERIOSCLEROSE deposito de placas de gordura causando obstrução parcial ou total de vasos. ARTERIOLOSCLEROSE Espessamento da parede de pequenas artérias ou arteríolas, devido à proliferação fibromuscular ou endotelial, geralmente associadas à hipertensão arterial. 2. Qual a fisiopatologia da aterosclerose? A aterosclerose é considerada uma doença inflamatória das artérias em que ocorre disfunção endotelial, permitindo a entrada de lipídeos na região subendotelial. A LDL, em seu estado nativo, não é aterogênica. Entretanto, a LDL modificada quimicamente é internalizada com rapidez por macrófagos (que chegam no local por meio do vasa vasorum da adventícia) pela via de receptores scavenger. Os macrófagos se transformam em células espumosas. Os macrófagos ativados produzem TNF-α, Fasl44 e angiotensina II, que são citotóxicos. Produzem e secretam IL-6, IL-8, IL-18 e ERO2, que contribuem para manter o processo inflamatório. Nos pacientes hipertensos há aumento da concentração de angiotensina II, um potente vasoconstritor, que além de produzir hipertensão, provoca aumento da musculatura lisa, contribuindo assim para a aterogênese. A angiotensina II liga-se a receptores específicos da musculatura lisa resultando na ativação da fosfolipase C, que provoca aumento do cálcio intracelular e resulta em constrição da musculatura lisa, aumento da síntese protéica e hipertrofia vascular. Todo esse processo incrementa a atividade da lipooxigenase da musculatura lisa, contribuindo para o processo inflamatório e a oxidação da LDL. As placas ateromatosas são lesões elevadas compostas por centro mole e grumoso de lipídios (principalmente colesterol e ésteres de colesterol, com restos necróticos), recobertas por uma cápsula fibrosa. As placas ateroscleróticas podem obstruir mecanicamente o lúmen vascular e se romper, evoluindo para trombose catastrófica dos vasos. Essas também enfraquecem a média subjacente e levam à formação de aneurisma. A dislipidemia em combinação com a hipertensão arterial se torna um fator de risco para o aparecimento da doença aterosclerótica. A disfunção endotelial promovida por esses fatores de risco aumenta a permeabilidade da camada íntima às lipoproteínas plasmáticas, auxiliando na retenção das mesmas no espaço subendotelial. E assim, a partir da oxidação das partículas de LDL-c, retidas no espaço subendotelial, expõe diversos neoepítopos das mesmas, tornando-as imunogênicas. O enrijecimento arterial promove um aumento na pós-carga do ventrículo esquerdo, assim como uma diminuição de perfusão coronariana. Tais mudanças a médio e longo prazo podem ocasionar hipertrofia do ventrículo esquerdo, assim como isquemia coronária e aumento do estresse vascular, facilitando o rompimento das placas ateroscleróticas. 3. Qual a relação entre aterosclerose e infarto? Com o excesso de LDL no organismo tem- se a formação de células espumosas, que são macrófagos e células musculares lisas da parede das artérias que endocitaram partículas lipídicas. Posteriormente, essas células vão se depositando formando estrias lipídicas, que vão se acumulando até formar uma placa ateromatosa com uma capa fibrosa estabilizadora. Os macrófagos secretam metaloproteinases que podem desestabilizar a placa nos estágios finais. Uma lesão desse local pode gerar a formação de trombos, esses que podem ocluir a luz do vaso ou se soltar e ocluir outros locais, fenômeno que culmina em patologias como infarto do miocárdio, angina, AVC, entre outros. O estreitamento aterosclerótico pode afetar qualquer uma das artérias coronárias — a artéria descendente anterior esquerda (DAE), a artéria circunflexa esquerda (CE) e a artéria coronária direita (ACD) — isoladamente ou em conjunto. Assim, a Isquemia é a diminuição do fluxo sanguíneo, podendo gerar hipóxia (fluxo reduzido) ou anóxia (sem fluxo). Esse fenômeno pode ser causado pela formação de uma placa ateroscleróticas. O infarto ocorre normalmente em decorrência de alteração aguda da placa aterosclerótica, como ruptura e trombo associado, que induz uma oclusão trombótica súbita, resultando em necrose do miocárdio por isquemia. 2 INFARTO é um quadro de necrose isquêmica causada por uma lesão prolongada que impede a chegada de nutriente e oxigênio no tecido cardíaco e por consequentes lesões irreversíveis que seguem para um mecanismo de morte celular. ETAPAS Primeiramente tem-se ruptura de placa aterosclerótica, expondo substâncias trombogênicas (trombina, fator de von Willebrand, etc), induzindo a formação do trombo, esse que obstrui o vaso gerando isquemia, que se for prolongada causa morte de vários cardiomiócitos, gerando necrose. Conforme vai passando o tempo, a quantidade de ATP diminui pela diminuição da quantidade de oxigênio, de modo que o metabolismo anaeróbico é desencadeado e provoca o aumento nos níveis de lactato. Esse acúmulo de lactato promove a diminuição do pH, fato que ativa inúmeras enzimas que degradarão a célula. Posteriormente ocorre alterações ultraestruturais (que englobam o relaxamento das miofibrilas, a depleção do glicogênio e a tumefação celular e mitocondrial). A necrose é geralmente completa dentro de 6h de isquemia severa 4. Qual a importância de se estudar aterosclerose? Hipertensão arterial sistêmica e aterosclerose são as responsáveis principais pela morbidade e mortalidade. A aterosclerose é a principal causa de infartos do miocárdio e do encéfalo. 5. Quais as possíveis complicações de uma placa aterosclerótica? individuo ao praticar atividade sente dor por precisar de mais sangue do que o fluxo sanguíneo está entregando Infarto do miocárdio (ataque cardíaco), acidente vascular cerebral (AVC), aneurismas da aorta e doença vascular periférica (gangrena das extremidades) são as principais consequências clínicas da aterosclerose. A oclusão dos pequenos vasos pode comprometer a perfusão dos tecidos. Erosao ou ruptura da placa normalmente desencadeia um quadro de trombose, evoluindo para a obstrução vascular parcial ou total e, muitas vezes, para o infarto tecidual Durante a fase pré clínica, a formação de estrias gordurosas ocorre nas áreas prpensas a lesões, aceleradas por fatores de risco como: disfunção endotelial, adesão de monócitos + elaboração da MEC + migração de células mm lisas para a intima + proliferação de células mm lisas + acumulo de lipídeos. Essa placa fibroadiposa então é caracterizada pela presença de degeneração celular, inflamação. O crescimento da placa ocorre, acompanhado de remodelamento da MEC, organização de trombo e calcificação. Com a obtenção de uma placa vulnerável pode-se, já na fase clínica, ocorrer um aneurisma por trombose mural, embolização ou enfraquecimento da parede. Pode haver também uma oclusao por trombos (por meio de ruptura da placa, erosão, hemorragia ou trombose mural e embolização), ademais pode haver estenose critica (por crecimento progressivo da placa). 6. O que são aneurismas? ANEURISMA consiste em dilatação localizada de vasos (inclusive do vaso modificado que é o coração). Podem ocorrem nas 3 camadas vasculares e envolvem principalmente a aorta e o encéfalo. 7. Qual a classificação de aneurismas? CLASSIFICAÇÃO DE ANEURISMAS FUSIFORME Dilatações circunferenciais de até 20 cm de diâmetro; eles 3 envolvem mais comumente o arco aórtico, a aorta abdominal e as artérias ilíacas. Assim, compromete todo o diâmetro do vaso – formando um balão/fuso SACULAR são distintos divertículos variando de 5-20 cm de diâmetro, que frequentemente contêm trombos. Ocorre acumulo de trombo em seu interior e pega só uma parte do diâmetro do vaso– forma uma bolsa 8. Diferencie aneurisma falso de verdadeiro. CLASSIFICAÇÃO DE ANEURISMAS PSEUDO/FALSO Um defeito na parede vascular que resulta na formação de um hematoma extravascular com comunicação para o espaço intravascular Ruptura vascular seguida de dissolução do hematoma, resultando em protuberância encapsulada por fibrose, mas SEM ENVOLVER AS TRÊS CAMADAS DO VASO. A camada que não foi deslocada é cheia como se fosse uma bexiga de agua VERDADEIRO Compromete todas as camadas vasculares 9. Diferencia aneurisma falso de dissecção aórtica. Dissecção não é aneurisma, pois ocorre entrada de sangue mas não tem ruptura nas 3 camadas (ocorre apenas mais na intima). A intima e a media ficam separadas por acumulo de sangue. Diferentemente, o aneurisma falso (pseudoaneurisma) é um defeito na parede vascular que resulta na formação de um hematoma extravascular com comunicação para o espaço intravascular A dissecção ocorre quando o sangue separa os planos laminares da média, formando um canal cheio de sangue dentro da parede aórtica Os aneurismas e as dissecções resultam do enfraquecimento estrutural da parede do vaso provocado por perda de células musculares lisas ou insuficiente quantidade de matriz extracelular, podendo ser consequência de isquemia, defeitos genéticos ou defeito no remodelamento da matriz extracelular. 10. Diferencie AVC hemorrágico de AVC isquêmico. AVC hemorrágico ocorre pela ruptura d eum vaso sanguíneo com ocorrência de hemorragia. Já o AVC isquêmico ocorre pela oclusao do vaso gerando bloqueio do fluxo sanguíneo por um coagulo.
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