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CUBISMO
Cubismo foi uma das vanguardas artísticas do início do século XX, com expoentes nas artes visuais e na literatura. Trata-se de um movimento artístico revolucionário, cuja principal característica é a observação da realidade sobre diferentes perspectivas, envolvendo a geometrização das formas e a ruptura com a representação verossímil dos objetos.
Contexto histórico
As mudanças provocadas pela Segunda Revolução Industrial, em meados do século XIX, transformaram a entrada do século XX. Grandes centros urbanos consolidavam-se, a luz elétrica popularizava-se, bem como os automóveis e a fotografia. No decorrer de poucas décadas, a Europa, até então predominantemente rural, via a explosão demográfica urbana erigir enormes metrópoles.
Guernica, uma das mais famosas obras de Pablo Picasso, precursor do movimento cubista.[1]
Tudo isso deu origem a um novo modo de vida, instigando os artistas a propor também uma nova maneira de representação da realidade. O Cubismo surge em 1907, inicialmente como um movimento estético parisiense, que acabou popularizando-se por toda Europa e Américas, inaugurando nova maneira de fazer arte, em resposta ao novo modo de viver estabelecido no início do século XX.
Características
Precursor, revolucionário, inovador, o Cubismo rompeu com uma das características mais tradicionais da pintura: o uso da perspectiva plana. Em prol de uma verdadeira libertação na arte, os cubistas aboliram a cópia. O artista deve criar, não copiar — é o fim da arte mimética.
Desse modo, não há na arte mais nenhum compromisso em representar a aparência real das coisas. Várias faces de um mesmo objeto são retratadas em um mesmo plano, o objeto pode ser fragmentado, justaposto, refeito em colagens ou reduzido apenas a figuras geométricas. É esse novo uso da geometria, por sinal, que batiza o movimento:
“Ele despreza tudo, reduz tudo, sítios, figuras e casas a esquemas geométricos, a cubos.” Trecho do artigo sobre o Salão de Outono de 1908, escrito por Louis Vauxcelles, a respeito das obras de Georges Braque:
Georges Braque, O viaduto de L’Estaque, 1907.
O horizonte de criar uma arte que rompesse com o academicismo propiciava uma grande interação entre artistas de várias áreas: pintores, escultores, músicos e escritores uniam-se em estreito diálogo e integração constante. Assim, as rupturas do Cubismo tiveram seu lugar também na literatura.
O movimento cubista é dividido em duas fases:
· Cubismo analítico (1909): cuja característica é a total decomposição dos objetos representados. Para romper com a representação visual, apresentavam-se vários ângulos sobrepostos e fragmentados de um mesmo objeto, em prol de uma representação conceitual. Muitas vezes essa ênfase na destruição das formas aparentes tornou praticamente impossível reconhecer qualquer figura nos quadros desse período.
· Cubismo sintético (1911): momento em que há certa redução na fragmentação dos objetos, tornando as figuras novamente reconhecíveis. Insere-se então a técnica da colagem: outros materiais, como pedaços de jornal, de madeira, de vidro e até mesmo objetos inteiros, passam a fazer parte da pintura. A proposta do Cubismo sintético é levar a pintura a novos estímulos além do visual, incorporando também elementos táteis.
Leia mais: Rachel de Queiroz – importante escritora modernista brasileira
Principais artistas
· Georges Braque (1882-1963)
Pintor de origem francesa considerado o precursor do Cubismo, em conjunto com Pablo Picasso. Produziu pinturas, gravuras, desenhos e esculturas. Representava paisagens, natureza morta e objetos do cotidiano, como copos e garrafas, de fácil decomposição, além de instrumentos musicais, aludindo à temporalidade da música, relacionada à unidade espaço-temporal que a técnica cubista buscava com a representação de sobreposições de um mesmo objeto em um mesmo tempo.
· Pablo Picasso (1881-1973)
Também fundador do Cubismo, nasceu em Málaga, na Espanha. Além de pintor, foi também ceramista, escultor, cenógrafo, dramaturgo e poeta. Foi autor de uma produção imensa, dividida em várias fases, deixando um legado de mais de 10 mil itens. A preferência por linhas geométricas, pela sobreposição dos planos, pela moderação no uso das cores e pela influência direta da arte africana é marcante em sua fase cubista. Picasso é o autor da obra considerada como inaugural do Cubismo, Les demoiselles d’Avignon (1907).
· Juan Gris (1887-1927)
Pseudônimo do pintor e escultor espanhol Juan José Victoriano Gonzalez, é famoso por suas obras enquadradas na fase do Cubismo sintético. De suas principais características, destaca-se o jogo de ambiguidades entre aquilo que é pintura e o que é realidade, proporcionado pelo uso da técnica da colagem.

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