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ARTE, CULTURA E ESTÉTICA Introdução Nesta unidade, destacaremos que a arte dos séculos XIX e XX é marcada pelo grande dinamismo das relações econômicas e sociais. Durante esses dois séculos, a história da humanidade passou por diversas revoluções sociais, conflitos e guerras. O desenvolvimento industrial e suas consequências imediatas influenciaram não apenas o modo de vida e o modo de produção, mas também a dissociação entre arte e artesanato. Assim, se no passado o artista estava vinculado à profissão de artesão, no século XIX, assume o status de intelectual. Diante disso, ele passa, cada vez mais, a estar alinhado às correntes filosóficas de sua época. Desse modo, analisaremos a arte produzida pelos estilos Realismo, Art Nouveau, Impressionismo, Neoimpressionismo, Pós-Impressionismo, Expressionismo, Cubismo, Dadá e Futurismo. O século XVIII foi marcado pelos estilos Neoclássico e Romantismo. As convicções do Iluminismo influenciaram o estilo Neoclássico. Já a visão do Romantismo propôs uma ruptura com a estética neoclássica e seu modo racionalista, pregando o recolhimento do artista para o seu eu interior. Durante o século XIX, destacamos dois principais estilos que irão se contrapor ao Romantismo e ao Neoclassicismo, cada um à sua maneira: o Realismo e o Art Nouveau. Enquanto o Realismo propunha o enfrentamento direto e imediato da realidade, o Art Nouveau adere à sociedade industrial e ao ritmo acelerado da vida moderna. O termo “realismo” é usualmente empregado para definir formas de representações objetivas da realidade. O movimento conhecido como Realismo está alinhado a tais modos de representação. Durante a primeira metade do século XIX, esse estilo começou a aparecer lentamente no cenário europeu. É importante lembrarmos que esse período foi marcado pela Revolução Industrial e que o homem europeu, diante desse processo, acreditava que deveria ser mais realista, inclusive em suas criações artísticas. Nesse sentido, as obras do Realismo tendem a um cientificismo, com a valorização do objeto e a expressão da realidade e dos aspectos descritivos. Temas como figuras mitológicas, deuses e heróis não eram retratados pelos artistas desse estilo. O enfrentamento direto da realidade descartava qualquer tipo de ilusionismo nas técnicas de representação. O artista não tinha pretensão de captar sentimentos, pois buscava- se a superação das tradições do Romantismo. Um dos principais artistas do Realismo foi o pintor francês Gustave Courbet (1819-1877). As telas de Courbet são indiscutivelmente sinceras, pois o pintor queria chocar a burguesia ao protestar contra as convenções aceitas de seu tempo. Em suas pinturas, Courbet retratava temas da vida cotidiana, principalmente das classes populares (ARGAN, 2006). Para esse artista, a pintura deveria representar a realidade tangível das coisas, tanto com relação aos temas quanto ao modo de trabalhar as formas e cores. Vale ressaltar que o Realismo se apresentou como um estilo sóbrio no qual as coisas eram representadas da forma como eram vistas. Gustave Courbet foi um dos pintores mais expressivos dentro do Realismo, sendo, inclusive, um dos primeiros artistas desse estilo. A sua exposição individual, denominada Le Realisme, que significa "O Realismo", determinou o nome desse estilo. Para saber mais sobre os primeiros momentos do Realismo, assista ao vídeo Courbet e a tela que marcou o começo do realismo na arte. O termo Art Nouveau significa Arte Nova. Trata-se de um estilo que surgiu na Bélgica e manifestou-se entre 1890 e 1920, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. Os poetas e escritores ingleses John Ruskin e William Morris sonhavam com uma reforma completa das artes, com a substituição da produção em massa por um artesanato mais significativo. Nesse cenário, diversos artistas ansiavam por uma nova arte baseada em uma nova sensibilidade para o desenho e para as possibilidades inerentes em cada material (ARGAN, 2006). Desse modo, o Art Nouveau se inseriu na sociedade moderna contrapondo-se aos estilos desenvolvidos anteriormente no século XIX. A nova arte tinha como objetivo dialogar diretamente com a produção industrial em série. Dessa forma, materiais industrializados, por exemplo, ferro e vidro, eram empregados de modo lógico e racional. Na arquitetura, é possível perceber experimentações de novos tipos de materiais e de ornamentos. As novas tecnologias desenvolvidas nesse período permitiam essa ruptura radical. As principais características do estilo Art Nouveau foram a exuberância decorativa e as formas ondulantes e elegantes. Um dos mais expressivos artistas desse estilo foi o austríaco Gustav Klimt (1862-1918). O estilo conhecido como Realismo iniciou-se na primeira metade do século XIX, na Europa. Nessa época, a Revolução Industrial já havia consolidado o pensamento realista e cientificista na sociedade. Desse modo, é correto afirmar que as pinturas do Realismo RESPOSTA: Trouxeram como temas as cenas do cotidiano. Feedback: alternativa correta, pois as pinturas estiveram voltadas para as cenas comuns, por exemplo, os trabalhadores no campo. Temas como heróis, mitologia e religião não eram comuns nesse estilo. Não existe um consenso sobre onde e quando se iniciou a Arte Moderna. Para a historiografia, a Idade Moderna teve início em 1453, estendendo-se até 1789. Isso significa que a Arte Moderna, ao contrário do que podemos pensar em um primeiro momento, não está inserida na Idade Moderna, mas sim na Idade Contemporânea, que se iniciou em 1789 e perdura até hoje. Independentemente de tais divergências em relação às denominações, a Arte Moderna é associada à transição entre século XIX e XX. Segundo Argan (2006), com a industrialização, a produção artesanal entrou em crise, sendo a Arte Moderna a própria história dessa crise. Desse modo, o cenário social, econômico e político da Europa não foi apenas um pano de fundo para a produção artística, mas fator fundamental para a arte da época. O Impressionismo surgiu na França, em 1860, e manifestou-se por toda Europa até 1880. O nome desse estilo remonta à exposição, em 1874, na qual Claude Monet apresentou sua obra Impressão: Nascer do Sol. O crítico Louis Leroy referiu-se a todo o grupo como impressionistas, de modo pejorativo, com a intenção de dizer que tais pintores não trabalhavam na base de um sólido conhecimento (ARGAN, 2006). A partir disso, é possível imaginar o quanto a arte impressionista chocou em um primeiro momento. As obras incomodaram não apenas os críticos, mas também o público da época. As primeiras reações ao Impressionismo foram negativas, porém é importante lembrar que, nesse momento, o observador ainda estava habituado aos princípios acadêmicos da pintura. A arte impressionista rompeu com as formas de representação do passado e abriu caminho para a pesquisa artística moderna, dando início às tendências que iriam se manifestar posteriormente no século XX. Os artistas desse estilo levaram a fundo o programa desenvolvido por Gustave Coubert no Realismo. Para os impressionistas, o modo como a natureza vinha sendo representada era baseado em uma concepção errônea (ARGAN, 2006). Quando observamos um objeto sob a luz natural, fora de um estúdio, é possível perceber que as sombras produzidas são diferentes daquelas geradas em um ambiente com iluminação controlada. Esse fator foi questionado pelos impressionistas, visto que, para eles, a arte tradicional representava as figuras sob condições muito artificiais. Nesse sentido, Manet e seus seguidores desenvolveram técnicas de representação nas quais uma mistura de matizes era combinada para formar uma imagem. Na pintura, as figuras surgem sem contornos nítidos. O aparente esquematismo das formas não tinha relação com falta de técnica ou desleixo. Os quadros impressionistas deveriam ser observados a uma distância maior para que as manchas ganhassem vida aos olhos do espectador.Segundo Argan (2006), o Impressionismo contou com o suporte de dois importantes aliados no processo de sua aceitação por parte do público: a fotografia e a cromoterapia japonesa. A fotografia surgiu no século XIX, no entanto, foi apenas no século XX que a máquina fotográfica portátil foi desenvolvida. Graças a essa tecnologia, o encanto da cena casual e do ângulo inesperado passou a ser mais bem aceito pelo espectador. Outro ponto proporcionado pela fotografia foi o seu uso em substituição à pintura de retrato. Desse modo, os artistas se viram obrigados a procurar novos campos e a explorar regiões nas quais a fotografia não representaria uma concorrência. Durante o século XIX, o Japão entrou em relações comerciais com os continentes europeu e americano. Dessa forma, os artistas europeus passaram a ter contato com as gravuras produzidas no Japão, já que muitas dessas estampas eram usadas como invólucros para os produtos comercializados. O artista impressionista viu nessas pinturas uma arte que não estava “contaminada” pelas regras e clichês da arte acadêmica. As gravuras japonesas ajudaram, então, a refletir até que ponto as convenções europeias persistiam na arte, mesmo que eles não notassem (ARGAN, 2006). Entre os principais artistas desse período, destacamos Édouard Manet (1832-1883) e Edgar Degas (1834-1917), ambos pintores franceses. As obras de Manet se caracterizam pelas pinceladas rápidas, cuidando menos dos detalhes e mais do efeito geral como um todo. Na obra de Degas, é possível notar que esse artista valorizava o desenho, e não apenas a cor. Degas buscou realçar a impressão de espaço, movimento e de formas sólidas, vistos de ângulos inesperados. Ainda hoje não existe um consenso sobre a fotografia ser ou não uma forma de arte. No século XIX, ela permitiu uma transformação nos meios de expressão e representação, contudo diversos críticos da época eram enfáticos em declarar que a fotografia não era uma arte. Embora a fotografia atual empregue conhecimentos artísticos para a sua composição, sobretudo aqueles encontrados na pintura, o mais correto é denominar tais trabalhos como fotografia de autor, em vez de fotografia artística. O estilo impressionista foi marcado pela crítica com relação ao modo como as figuras vinham sendo representadas pelos estilos acadêmicos. Dessa forma, o Impressionismo buscou trazer novas formas de registro. Com base nisso, assinale a alternativa correta. RESPOSTA: O Impressionismo afirmava que a arte, até então, representava as figuras sob circunstâncias muito artificiais. Feedback: alternativa correta, pois, para os artistas desse estilo, o modo como as figuras vinham sendo representadas era incorreto, pois refletiam situações artificiais, de estúdio com iluminação controlada. O Impressionismo foi um movimento experimental que abriu caminhos para o desenvolvimento de novos estilos. Desse modo, analisaremos o Pós-Impressionismo, o Neoimpressionismo e o Fauvismo. Perceba que, embora tais correntes tenham uma proximidade temporal, os resultados obtidos serão bastante diversificados. O Pós-Impressionismo e o Neoimpressionismo não foram movimentos homogêneos, inclusive, diversos autores não os consideram como estilos propriamente, mas sim como desdobramentos do Impressionismo. O termo Neoimpressionismo foi usado pela primeira vez em 1886, pelo crítico Félix Fénéon. Esse movimento criticava a improvisação impressionista. Desse modo, os artistas neoimpressionistas levavam a cor à tela por meio de pequenos toques controlados, resultando em novas técnicas de pintura, como o pontilhismo e o divisionismo. O principal artista dentro desse movimento foi o pintor francês Georges Seurat (1859-1891). Em suas obras, as cores nascem da justaposição de tons, o olho passa a recompor o conjunto de pontos e traços formando a imagem final. No Pós-Impressionismo encontram-se as obras que exploraram as possibilidades abertas pelo Impressionismo, sobretudo aquelas produzidas entre 1880 e 1890. Entre os artistas que seguiram tais caminhos, destacamos Paul Cézanne (1839-1906), Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1905) (ARGAN, 2006). Para Cézanne, pintor francês, cada forma se destaca nitidamente e podemos visualizá-la como um corpo sólido e firme, nada era casual ou vago. Embora Cézanne admirasse as descobertas no campo da cor e da forma proporcionadas pelo Impressionismo, queria pintar suas próprias impressões, de modo ordenado. Os quadros impressionistas eram brilhantes, mas também confusos, o que causava desagrado em Cézanne. Em suas pinturas, buscou formas lúcidas e intensas para transmitir os tons ricos da natureza. Já o holandês Van Gogh desejava que suas telas tivessem o efeito direto e forte das gravuras japonesas. Ele absorveu as características do Impressionismo e do Pontilhismo de Georges Seurat. Desse modo, em suas obras aplicava a cor pura através de pontos e pinceladas únicas. Ao observarmos as pinturas de Van Gogh, é possível notar que, ao contrário dos impressionistas, ele não esteve tão interessado na representação correta, mas sim em usar cores e formas para transmitir o que sentia e despertar tais sentimentos no observador. Gauguin, pintor francês, passou grande parte da vida recluso no Taiti, episódio que refletiu em sua obra. As pinturas de Gauguin são marcadas pela simplicidade e intensidade, o que chocou o público da época, que chamava tais obras de “bárbaras” e “primitivas”. O artista criava formas com contornos simplificados e áreas de cores puras e planas. Embora em um primeiro momento possa parecer que esses três artistas tinham pouco em comum, é possível notar que, na busca artística de representar a natureza como a vemos, um tanto se perdeu da arte, que era o que tais pintores tentavam resgatar. Esse sentimento de insatisfação levou à criação das vanguardas europeias. A solução de Cézanne guiou o Cubismo; a de Van Gogh, o Expressionismo; e a de Gauguin culminou em várias formas de primitivismo, como a Arte Naïf (ARGAN, 2006). Fauvismo O Fauvismo foi um estilo que se manifestou entre 1904 e 1907. Ao contrário de outras vanguardas europeias, o Fauvismo não apresentou teorias, manifestos e programas definidos. Alguns críticos, inclusive, defendem que o Fauvismo não representava um movimento propriamente dito, mas sim um processo de testes e descobertas a partir das possibilidades sugeridas pelos pintores pós-impressionistas (GOMBRICH, 1999). Artistas como Henri Matisse (1869-1954), André Derain (1880-1954) e Maurice Vlaminck (1876-1958) encabeçaram um grupo de estudo de arte, que trouxe a eles o apelido de Les Fauves, ou seja, "As feras". A arte fauvista é caracterizada pela presença de elementos da arte não europeia. Os artistas desse estilo tinham como princípio seguir os instintos primários. Desse modo, linhas e cores nasceriam impulsivamente. O uso da cor era libertador e estimulante, por esse motivo as pinturas fauvistas trazem cores puras e intensas. As formas são simplificadas e construídas com pinceladas espontâneas. O Fauvismo foi um dos grupos mais experimentais do período, trazendo consigo grande liberdade de expressão e exagero do desenho e da perspectiva. Entre os principais pintores desse estilo, destaca-se o francês Henri Matisse. Para esse artista, tudo aquilo que não era útil ao quadro era prejudicial. Nesse sentido, suas pinturas apresentam contornos simples e cores vivas, o equilíbrio das cores não deveria vir da simples cópia da realidade, mas sim da expressão do modo de pensar (ARGAN, 2006). Paul Gauguin (1848-1905) foi um pintor francês que passou grande parte da sua vida no Taiti, tema recorrente em suas pinturas. Muitas de suas obras foram duramente criticadas, pois o público acreditava que eram primitivas. Considerando a obra de Gauguin, assinale a alternativa correta. RESPOSTA: A obra de Gauguin apresentava contornos simples e falta de tridimensionalidade. Feedback:alternativa correta, pois as obras de Gauguin eram consideradas primitivas e infantis, pois os contornos eram simples, as figuras planas e com grandes áreas de cores puras. Quando falamos em estilos de Arte Moderna, logo associamos esse período aos movimentos de vanguardas europeias. A expressão vanguarda deriva do termo francês avant-garde, que significa guarda avançada. Desse modo, os estilos de vanguarda serão caracterizados pela ruptura com os modelos vigentes e a busca pelo novo. O Expressionismo foi um estilo que se manifestou entre 1905 e 1930, sobretudo na Alemanha. Toda arte é expressiva, no entanto, essa corrente artística buscou impressionar o observador por meio de gestos visuais que transmitissem emoções, em oposição ao Impressionismo francês (STANGOS, 1991). Esse estilo proporcionou a descoberta de que as composições abstratas poderiam ser tão efetivas quanto os quadros temáticos e figurativos. As pinturas desse movimento tinham como característica as cores vibrantes e o dinamismo improvisado. Os temas recorrentes estavam relacionados ao domínio psicológico, ao trágico e ao sombrio. Um dos mais importantes artistas do Expressionismo foi Wassily Kandinsky (1866-1944), que reduziu o naturalismo em sua arte e ampliou o seu poder liricamente expressivo. Ele desenvolveu uma arte sem tema, na qual empregava cores brilhantes e pinceladas intensas. O Expressionismo apresentou elevado grau de individualismo, uma vez que o estilo nada mais era do que a transmissão de uma experiência pessoal, na qual a personalidade do artista era explorada. O início do Cubismo está relacionado ao quadro Les Demoiselles d´Avignon, de Pablo Picasso, em 1907. Essa pintura representou uma ruptura nas formas de representação, uma vez que o Cubismo recusa a arte enquanto imitação da natureza. É importante destacarmos que o Cubismo não pretendia abolir a representação, mas sim reformá-la. Certamente, Pablo Picasso (1881-1973) é um dos nomes mais famosos dentro desse estilo. Picasso passou por diversas fases artísticas em sua vida, sendo que, após descobrir a arte primitiva e africana, começou a desenvolver a estética cubista. As obras desse estilo são marcadas pela geometrização, a renúncia da perspectiva e a utilização de cores austeras, muitas vezes criando composições monocromáticas. Desde o início do Renascimento até esse período, os artistas se guiavam a partir da perspectiva matemática quando tinham a intenção de representar a tridimensionalidade. Em suas pinturas cubistas, Picasso fragmentou o todo em diversas impressões e retratou todas em uma única imagem (STANGOS, 1991). O Cubismo é dividido em duas fases, o Cubismo Analítico, a primeira fase, que teve como característica a desestruturação da obra em todos os seus elementos; e o Cubismo Sintético, a segunda fase, na qual os pintores começaram a fazer uso de recursos para reafirmar o realismo de sua visão. Uma das técnicas empregadas neste processo de tornar as formas abstratas novamente reconhecíveis foi o papier collé, desenvolvido por Georges Braque (1882-1963). O papier collé é uma técnica específica de colagem, na qual papéis são aplicados à superfície da pintura para garantir a sensação de relevo e reintroduzir cores à composição. O Dadá ou Dadaísmo teve início em 1916, em Zurique, como um movimento literário. Ao contrário das demais correntes artísticas, o Dadaísmo apresentou-se como um movimento de crítica cultural amplo, não se limitando apenas ao campo artístico. As obras dadaístas foram transitórias por sua própria natureza e produzidas para entretenimento, agiam como isca para o público, já que o objetivo era provocar e chocar o observador. A arte dadaísta pode ser compreendida como um protesto contra uma civilização que não conseguiria evitar a guerra (STANGOS, 1991). Nas artes visuais, uma das maiores preocupações do Dadaísmo foi a não superioridade dos artistas como criadores, sendo que as ligações entre objeto e autor foram rompidas. A arte se tornou livre do racionalismo e passou a ser entendida como o resultado do automatismo psíquico, no qual elementos eram selecionados e combinados ao acaso. Entre os artistas desse estilo, destaca-se Marcel Duchamp (1887-1968) que criou o conceito de ready-made, que criticava o sistema da arte. Os ready-mades consistiam em objetos escolhidos ao acaso que, após uma intervenção, adquiriam a condição de objeto de arte. O Futurismo foi um movimento que nasceu na Itália, em 1909, com o Manifesto Futurista de Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944). Nesse primeiro manifesto, Marinetti declara a ruptura com o passado, exaltando a identificação do homem com a máquina. Segundo o poeta, as artes deveriam demolir o passado e exaltar a velocidade e a energia das máquinas (STANGO, 1991). Apesar da sua duração efêmera, o Futurismo propagou suas ideias de modo rápido por toda a Europa, caracterizando-se como um dos estilos mais radicais da época. Para os artistas do Futurismo, a tecnologia e o desenvolvimento da sociedade exigiam expressões artísticas mais audaciosas. As obras desse estilo apresentavam a ruptura com a tradição, a valorização do industrial e da tecnologia, o uso de cores vivas e contrastantes, a sobreposição de imagens, as deformações para retratar a ideia de movimento e dinamismo. A exaltação da máquina e da velocidade aparece associada à valorização da técnica e da ciência. Um dos principais artistas dentro do Futurismo foi Giacomo Balla (1871-1958). Em suas obras, ele procurou registrar o dinamismo das formas, exaltando os avanços científicos e técnicos da época. O Cubismo surgiu na França, em 1907, e contou com grandes nomes, como Pablo Picasso e Georges Braque. Esse estilo é dividido em dois momentos, o Cubismo Analítico e o Cubismo Sintético. Considerando a fase do Cubismo Sintético, assinale a alternativa correta. RESPOSTA: Empregou a técnica papier collé, que consiste em colar papel sobre a tela. Feedback: alternativa correta, pois o Cubismo Sintético buscou trazer de volta a ideia da forma. Para isso, foram utilizadas técnicas de colagem e papier collé. Material Complementar
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