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Secretaria de Educação, Cultura e Esportes Instituto de Educação Profissional e Tecnológica – IEPTEC Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha REGIMENTO INTERNO COLETÂNEA DE TEXTOS DO CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM ESTÉTICA Presidente da República Jair Messias Bolsonaro Ministro da Educação Abraham Weintraub Governador do Estado Gladson de Lima Cameli Secretário de Estado de Educação, Cultura e Esportes Mauro Sérgio Ferreira da Cruz Presidente do Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica Francineudo Souza da Costa Diretor de Desenvolvimento de Educação Profissional e Tecnológica Felipe Pietro de Araújo Chefe do Departamento Pedagógico e Curricular Anna Lúcia Leandro de Abreu Chefe do Departamento de Planejamento e Gestão Sebastião de Jesus Ferreira Coordenadora Geral da Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha Adriana Alves de Lima ................................................................................................................................................ Figura 1 freepik.com1 1 Mulher fazendo procedimentos cosmético. Meramente ilustrativa. Foto gratuita freepik.com. Disponível em: <ahref="https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/mulher">Mulher foto criado por senivpetro - br.freepik.com>. SUMÁRIO 1 DEFINIÇÃO DE ELETROTERAPIA .................................................................................... 8 1.1 HISTÓRIA DA ELETROTERAPIA ............................................................................................ 9 2 FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE...............................................................................11 3 TIPOS DE CORRENTE ELÉTRICA E MEDIÇÕES ELÉTRICAS ....................................12 3.1 MEDIÇÕES ELÉTRICAS ....................................................................................................13 4 POLARIDADE ........................................................................................................................14 5 SEGURANÇA DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ...........................................................16 6 ONDAS/ RAIOS DE LUZ .......................................................................................................18 7 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA CORPORAL.....................................................................20 8 PARÂMETROS FÍSICOS ......................................................................................................22 9 CLASSIFICAÇÃO DAS CORRENTES ELETROTERAPÊUTICAS ..................................25 9.1 CORRENTE CONTÍNUA.....................................................................................................25 9.2 CORRENTE ALTERNADA .................................................................................................25 9.3 CORRENTE PULSADA .......................................................................................................27 10 ELETRODOS ..........................................................................................................................28 11 MODALIDADES (CORRENTES ELÉTRICAS UTILIZADAS NA ESTÉTICA)...............29 11.1 CORRENTE GALVÂNICA ..................................................................................................30 11.1.1 IONTOFORESE: (IONIZAÇÃO) ..................................................................................32 11.1.2 DESINCRUSTAÇÃO (Desincruste) ..............................................................................34 11.1.3 ELETROLIFTING OU GALVANOPUNTURA .............................................................35 11.1.4 MICROCORRENTES ...................................................................................................39 11.2 CORRENTE SINUSOIDAL..................................................................................................44 11.3 CORRENTE RUSSA ............................................................................................................44 11.4 ELETROLIPOFORESE OU ELETROLIPÓLISE ..................................................................50 11.5 ALTA FREQUÊNCIA ..........................................................................................................55 11.6 VAPOR DE OZÔNIO ...........................................................................................................59 11.7 VACUOTERAPIA ................................................................................................................61 11.8 ENDERMOLOGIA VIBRATÓRIA ......................................................................................66 11.9 MICRODERMOABRASÃO .................................................................................................70 11.10 ULTRASSOM ...................................................................................................................75 11.10.1 FONOFORESE .............................................................................................................87 11.11 PEELING ULTRASSONICO ............................................................................................89 11.12 ELETROPORAÇÃO .........................................................................................................92 11.13 MANTAS TÉRMICAS .....................................................................................................94 11.14 INFRAVERMELHO LONGO ...........................................................................................97 11.15 LÂMPADA DE WOOD ....................................................................................................98 TEXTOS COMPLEMENTARES ................................................................................................ 102 RADIOFREQUÊNCIA ................................................................................................................. 102 LUZ INTENSA PULSADA: TRATAMENTO PARA O FOTOENVELHECIMENTO ............ 106 PARA (NÃO) FINALIZAR .......................................................................................................... 114 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 115 ÍNDICE DE LEGENDA FIGURA 1 FREEPIK.COM ...................................................................................................................................... 3 FIGURA 2: ILUSTRAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE TALES DE MILETO. .......................................................................... 9 FIGURA 3 OS ELÉTRONS GIRANDO AO REDOR DO NÚCLEO ATÔMICO .................................................................... 11 FIGURA 4 RAIO NO CÉU. ................................................................................................................................... 11 FIGURA 5 ILUSTRAÇÃO DE UM CIRCUITO ABERTO. ............................................................................................. 11 FIGURA6 CORRENTE CONTÍNUA E ALTERNADA. ................................................................................................ 12 FIGURA 7 TIPOS DE FUSÍVEIS............................................................................................................................. 16 FIGURA 8 ILUSTRAÇÃO DE UM DISJUNTOR ......................................................................................................... 16 FIGURA 9 USO INADEQUADO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PODE ACARRETAR EM INCÊNDIOS ............................... 17 FIGURA 10 COMPRIMENTO DE ONDA .................................................................................................................. 18 FIGURA 11 FLUXO DA INFORMAÇÃO PELO NEURÔNIO ......................................................................................... 21 FIGURA 12 DURAÇÃO DE UM PULSO. ................................................................................................................. 23 FIGURA 13 CIRCUITO ELÉTRICO SIMPLES NO QUAL UMA PILHA RODA EM VELOCIDADE CONSTANTE E MUDA REGULARMENTE A DIREÇÃO DA FORÇA ELETROMOTRIZ (VOLTAGEM), QUE AGE SOBRE OS ELÉTRONS NO CONDUTOR (A). OBSERVE O MOVIMENTO PARA TRÁS E PARA FRENTE DOS ELÉTRONS. CIRCUITO ANÁLOGO HIDRÁULICO DO CIRCUITO ELÉTRICO EM (B) ILUSTRANDO O MOVIMENTO PARA TRÁS E PARA FRENTE DA BOMBA, QUE PRODUZ O MOVIMENTO ALTERNADO DO LÍQUIDO DENTRO DO SISTEMA ............................................................................... 26 FIGURA 14 FORMAS DIFERENTES DE CORRENTE (NÃO MODULADA) ALTERNADA (CA) (FUIRINI JUNIOR, 2005)............................................................................................................................................................... 26 FIGURA 15 RELAÇÃO ENTRE A FREQUÊNCIA DE PULSO E A DURAÇÃO DE FASE DE ONDAS SINUSÓIDES LIBERADAS DE FORMA CONTÍNUA (A), DURAÇÃO DA FASE (B), DURAÇÃO (1CICLO) DO PULSO. NOTAR QUE TANTO A DURAÇÃO DA FASE QUANTO À DO PULSO DIMINUEM CONFORME A FREQUÊNCIA AUMENTA (FUIRINI JUNIOR, 2005). ............. 27 FIGURA 16 FLUXO UNI OU BIDIRECIONAL DE PARTÍCULAS CARREGADAS QUE É INTERROMPIDO POR UM PERÍODO DE TEMPO FINITO. ................................................................................................................................................. 28 FIGURA 17 CORRENTE PULSADA MONOFÁSICA, DEMONSTRANDO O REPOUSO (R) ............................................... 29 FIGURA 18 ELETRÓLISE ABAIXO DOS ELETRODOS. ............................................................................................. 30 FIGURA 19 APLICAÇAO IONTOFORESE ............................................................................................................... 32 FIGURA 20 CANETA DO TIPO "ROLINHO" PARA IONIZAÇÃO. ................................................................................ 33 FIGURA 21 CHAMEX E PLACA METÁLICA. .......................................................................................................... 33 FIGURA 22 A ESQUERDA O BASTONETE E A DIREITA O ELETRODO EM FORMA DE GANCHO..................................... 34 FIGURA 23 APLICAÇÃO COM CANETA PONTEIRA/ ELETROLIFTING. ...................................................................... 37 FIGURA 24- CASCATA DE INFLAMAÇÃO ............................................................................................................. 38 FIGURA 25 CORRENTE MONOFÁSICA COM PULSOS, REPRESENTANDO UMA MICROCORRENTE. .............................. 39 FIGURA 26 APLICAÇÃO DE MICROCORRENTES. .................................................................................................. 43 FIGURA 27 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS BURSTS. FONTE: BORGES, 2007. .................................................... 45 FIGURA 28 ASPECTO DA RAMPA DE SUBIDA E DE DESCIDA. FONTE: BORGES, 2007. ........................................... 47 FIGURA 29 ELETROESTIMULAÇÃO COM CORRENTE RUSSA: REGIÃO DE GLÚTEO. ................................................. 49 FIGURA 30 ONDA RETANGULAR AGUDA. FONTE: SILVA, 1997. ......................................................................... 51 FIGURA 31 ONDA RETANGULAR AMPLA. FONTE: SILVA, 1997. ......................................................................... 51 FIGURA 32 ONDA TRAPEZOIDAL AGUDA. FONTE: SILVA, 1997. ......................................................................... 51 FIGURA 33 ONDA TRAPEZOIDAL AMPLA. FONTE: SILVA, 1997. ......................................................................... 51 FIGURA 34 POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS. ELETROLIPÓLISE. ...................................................................... 54 FIGURA 35 APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE ALTA FREQUÊNCIA. ELETRODO "CEBOLÃO"............................................ 55 FIGURA 36 TIPOS DE ELETRODOS/ ALTA FREQUÊNCIA. ....................................................................................... 58 FIGURA 37 ELETRODO TIPO ROLO/ ALTA FREQUÊNCIA. ...................................................................................... 58 FIGURA 38 APLICAÇÃO DE VAPOR DE OZÔNIO.................................................................................................... 59 FIGURA 39 ELETRODOS DE VACUOTERAPIA CORPORAL. ..................................................................................... 61 FIGURA 40 ELETRODOS DE VACUOTERAPIA USADOS NA APLICAÇÃO EM ÁREAS MENORES E FACIAIS. .................... 63 FIGURA 41 A) DIREÇÕES DO DESLOCAMENTO DO CABEÇOTE PARA MELHORAR A CIRCULAÇÃO; B) DIREÇÕES DO CABEÇOTE PARA DIMINUIR MEDIDAS. FONTE: BORGES, 2016) .......................................................................... 65 FIGURA 42 DEMONSTRAÇÃO DA PREGA CUTÂNEA NO LOCAL A SER TRATADO PARA A ESCOLHA CORRETA. .......... 65 FIGURA 43 CABEÇOTE ESFÉRICO/ VACUOTERAPIA. ............................................................................................ 66 FIGURA 44 EXEMPLO DE PONTEIRAS EM PVC EXTRA MACIO (EQUIPAMENTO VIBROCELL®). ............................... 68 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424144 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424145 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424146 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424149 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424150 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424151 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424153 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424161 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424162 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424163 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424164 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424165 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424166 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424167 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424168file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424171 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424176 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424177 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424178 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424179 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424180 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424181 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424182 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424184 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424185 FIGURA 45 EXEMPLO DE PONTEIRAS EM PVC EXTRA MACIO (EQUIPAMENTO VIBROCELL®) A PONTEIRA A9 É ESPECÍFICA PARA MASSAGEAR A CINTURA E A COXA. O ACESSÓRIO A8 É UTILIZADO COMO INTERMEDIÁRIO PARA MUDAR O ÂNGULO DE APLICAÇÃO. .................................................................................................................... 68 FIGURA 46 APLICAÇÃO DO APARELHO DE ENDERMOLOGIA VIBRATÓRIA.............................................................. 69 FIGURA 47 APLICAÇÃO DO PEELING DE CRISTAL. ............................................................................................... 71 FIGURA 48 APLICAÇÃO DA TÉCNICA PEELING DE DIAMANTE............................................................................... 72 FIGURA 49 TRÊS PONTEIRAS PARA PEELING DE CRISTAL (NO EXEMPLO POSSUEM CABO CINZA COM AZUL); UMA CANETA E TRÊS PONTEIRAS PARA PEELING DE DIAMANTE. .................................................................................. 72 FIGURA 50 ESPECTRO SONORO. FONTE: BORGES, 2016. ................................................................................... 75 FIGURA 51 REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA INFLUÊNCIA DAS ONDAS DE COMPRESSÃO E RAREFAÇÃO. FONTE BORGES, 2016. .............................................................................................................................................. 77 FIGURA 52 COEFICIENTE DE ABSORÇÃO DO ULTRASSOM NOS DIFERENTES TECIDOS. FONTE: BORGES, 2016. ...... 79 FIGURA 53 FORMAÇÃO DE BOLHAS NO CAMPO ULTRASSÔNICO POR INFLUÊNCIA DAS ONDAS DE COMPRESSÃO E RAREFAÇÃO. FONTE: BORGES, 2016. .............................................................................................................. 80 FIGURA 54 EXEMPLOS DE TRANSDUTORES DE ULTRASSOM: A) TRANSDUTOR SIMPLES, COM UMA CERÂMICA PIEZOELÉTRICA E DE ERA COM PEQUENA DIMENSÃO; B) TRANSDUTOR DE ULTRASSOM DE ALTA POTÊNCIA, COM TRÊS CERÂMICAS PIEZOELÉTRICAS, QUE, SOMADAS, PROPORCIONAM UMA ERA TOTAL DE GRANDE DIMENSÃO. ... 85 FIGURA 55 DIVISÃO DA REGIÃO A SER TRATADA EM PEQUENOS QUADRANTES PARA A APLICAÇÃO DE TEMPOS MAIS CURTOS DO ULTRASSOM. .................................................................................................................................. 86 FIGURA 56 EQUIPAMENTO DE PEELING ULTRASSÔNICO. FONTE: BORGES, 2016. ............................................... 89 FIGURA 57 AÇÃO DO PEELING ULTRASSÔNICO SOBRE A CAMADA CÓRNEA DA PELE. TRANSDUTOR ESPÁTULA PARA PEELING ULTRASSÔNICO NA POSIÇÃO INCLINADA NUM ÂNGULO DE 45°. ............................................................. 89 FIGURA 58 APLICAÇÃO COM O DORSO. PEELING ULTRASSÔNICO. ....................................................................... 90 FIGURA 59 APLICAÇÃO DO PEELING ULTRASSÔNICO. ......................................................................................... 91 FIGURA 60 ILUSTRAÇÃO DA AÇÃO DA ELETROPORAÇÃO..................................................................................... 93 FIGURA 61 APLICAÇÃO DA BANDAGEM UMEDECIDA: A) ENFAIXAMENTO COM A BANDAGEM; B) FINALIZAÇÃO DO ENFAIXAMENTO. FONTE: BORGES, 2016. ........................................................................................................ 96 FIGURA 62 MANTAS TÉRMICAS: A) DEMONSTRAÇÃO DE COLOCAÇÃO DA MANTA TÉRMICA CORPORAL; B) TERMOSTATO PRESENTE NA MANTA TÉRMICA: DISPOSITIVO DE SEGURANÇA PARA CONTROLE DA TEMPERATURA. 97 FIGURA 63 AÇÃO DOS RAIOS INFRAVERMELHOS SOBRE OS CLUSTERS. FONTE: BORGES, 2016. .......................... 98 FIGURA 64 ROSTO: ANÁLISE LUZ NATURAL (ESQUERDA) E AO LADO COM LAMPADA DE WOOD (DIREITA). .......... 100 FIGURA 66 EMISSOR DE LUZ DE WOOD FIXO .................................................................................................. 101 FIGURA 65 LÂMPADA DE WOOD LUPA DE MÃO. ............................................................................................... 101 FIGURA 67 FLACIDEZ TISSULAR NA REGIÃO DE ABDÔMEN. .............................................................................. 102 FIGURA 68 TERMOMETRO INFRAVERMELHO. ................................................................................................... 104 FIGURA 69 APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA. TABELA 1 EFEITOS DOS DIFERENTES TIPOS DE RAIOS USADOS NA TERAPIA PELA LUZ ...........................................20 TABELA 2 COMPARAÇÃO DOS EFEITOS DOS POLOS DA CORRENTE GALVÂNICA. ...................................................31 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424188 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424189 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424190 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424198 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424201 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424202 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424206 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424208 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424209 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424210 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424211 file:///C:/Users/Sanderson/Desktop/RHAFAELLA/ETSMMR/APOSTILAS%20ORGANIZAÇÃO/Eletroestética/ELETROESTÉTICA%20EM%20EDIÇÃO.docx%23_Toc39424211 COMPETÊNCIA 20 FUNDAMENTOS DE ELETROESTÉTICA – 40h AÇÃO: Conhecer os aspectos físicos, e demais conceitos dos materiais e equipamentos eletroestéticos para a compreensão da aplicabilidade na estética facial e corporal. HABILIDADES BASES CIENTIFICAS E TECNOLOGICAS VALORES E ATITUDES Compreender conceitos dos tipos da corrente e polaridade para utilização dos aparelhos deeletroestética; Desenvolver habilidades no manuseio dos equipamentos, com segurança; Caracterizar e correlacionar materiais e equipamentos com os procedimentos estéticos dispondo das indicações de uso; Avaliar tratamentos propostos com base nos resultados obtidos; Conhecer a aplicabilidade nas alterações estéticas e parâmetros utilizados; Conhecer as técnicas de higienização dos aparelhos; Conhecer alguns aparelhos que são utilizados na área de estética por outros profissionais. Definição de eletroterapia; Fundamentos da Eletricidade; Tipos de Corrente Elétrica e Medições Elétricas; Polaridade; Segurança de Equipamentos Elétricos; Ondas/ raios de luz: Raios Ultravioleta; Raios Infravermelhos; Raios de luz visíveis. Condutividade elétrica corporal; Eletrodos; Modalidades das correntes elétricas encontradas nos aparelhos eletroterápicos; Aplicações, indicações, contraindicações, higiene adequada do aparelho e limitação de uso na estética, Parâmetros utilizados de acordo com o objetivo do tratamento de aparelhos de eletroestética: - Iontoforese, Desincruste, Eletrolifting, microcorrentes, Eletroestimulação Russa, Eletrolipólise (não invasiva), Alta frequência, Vapor de Ozônio, Vacuoterapia, microdermoabrasão (peeling de diamante e peeling de cristal), Endermologia vibratória Ultrassom de 3MHz, peeling ultrassônico, eletroporação, manta térmica, lâmpada de Wood, entre outros; Conceitos e características de outros aparelhos usados na estética: Luz Intensa Pulsada, Laser, Infravermelho, microagulhamento, bronzeamento artificial, radiofrequência e outros. Ser solidário e cooperativo; Demonstrar interesse e iniciativa; Interagir com cliente/paciente e seus familiares; Respeitar os direitos do cliente/paciente. Sugestões de Atividades: Pesquisa e seminário para trabalhar os outros aparelhos usados na estética. Debates e elaboração de uma ficha de anamnese com a turma. Sugestão de Atividades p/ às 10 horas práticas: Visita técnica a uma clínica particular de fisioterapia dermato-funcional ou estética onde possa o educando ter uma vivência e aula pratica ou ao laboratório de estética da escola, demonstrando os parâmetros. 8 1 DEFINIÇÃO DE ELETROTERAPIA A eletroterapia é o emprego da corrente elétrica como agente terapêutico (AGNE, 2004). Na medicina, o termo eletroterapia pode se aplicar a uma variedade de tratamentos, incluindo o uso de corrente direta, como na cardioversão e utilização de aparelhos elétricos. O termo eletroterapia também se aplica à aplicação de corrente elétrica para acelerar a reabilitação de lesões, como também tem sido usado para uma gama de aparelhos e tratamentos alternativos em diversas áreas. A Eletroterapia inclui uma variedade de tipos de estimulações, protocolos e usos. Os mais comuns são: Eletroestimulação neuromuscular para reabilitação; TENS para terapia contra dor; Corrente Russa; Microcorrentes; Corrente galvânica para iontoforese (introdução de químicos nos tecidos através de campo elétrico). Na estética, vem sendo cada vez mais utilizada nos tratamentos faciais e corporais, sendo até considerada como fundamental por muitos profissionais da área. Por esse fato, torna-se imprescindível o conhecimento pleno das técnicas e sua correta utilização, evitando lesões. Muitas melhorias no tratamento estético são temporárias, mas conforme o tratamento vai sendo realizado, os benefícios tornam-se mais duradouros, pois, o efeito continuo da corrente faz com que ela atue mesmo após a aplicação. Vale ressaltar que esses benefícios não são definitivos, visto que os efeitos do tempo continuarão a incidir sobre o organismo. Um dos exemplos de tratamentos estéticos com eletroterapia é a microcorrente que é uma eletroestimulação que utiliza correntes de baixa frequência. O objetivo desta técnica é promover a revitalização cutânea, com o objetivo de melhorar a flacidez muscular. O uso de corrente elétrica também ajuda nos seguintes requisitos: - Redução de espasmos musculares; - Dores agudas e crônicas; - Fortalecimento dos músculos; - Facilita a reeducação muscular; - Reduz edemas; - Entre outros; Cardioversão - método de tratamento de certos problemas do ritmo cardíaco pela aplicação de choque elétrico na parede do tórax; desfibrilação. 9 1.1 HISTÓRIA DA ELETROTERAPIA Segundo Agne (2004) a aplicação da corrente elétrica com fins terapêuticos em geral e especialmente para se combater a dor é extensa. Na antiguidade, em 2750 a.C., no Egito descargas de peixes elétricos foram utilizadas com a finalidade terapêutica. Em 130 a.C., Galen recomendava como agente calmante choque produzido por um peixe elétrico que proporcionavam descargas elétricas com uma tensão de 50-80Volts e uma frequência de aproximadamente 200Hz. Scribonius Largus (46 a.C.) também está relacionado por fazer uso da estimulação elétrica para o tratamento de dor. Ao avaliar os benefícios dos peixes elétricos no manejo da dor provocada pela doença gota, pode-se dizer que o primeiro protocolo de eletroterapia pertence a ele. Filósofo Tales de Mileto realizou algumas experiências com uma barra de âmbar (uma espécie de resina). Verifico que depois de ser atritada com um pelo de animal a resina adquiria a propriedade de atrair pequenos corpos como pensa de cabelos. A palavra âmbar vem de elektron em grego, daí o surgimento da palavra ELETRICIDADE. Em 1745, Pivatti, ao tentar administrar medicamento ao corpo com a ajuda de uma máquina elétrica, dando origem ao método conhecido como Iontoforese. Em 1791, Luigi Galvani publicou o tratado “De viribus electricitatis in motu muscularis” (sobre a ação da eletricidade no movimento muscular), sendo um dos primeiros fisiologistas que investigou as correntes de excitação nervosa (contração muscular na pata de rã). Alessandro Volta construiu, em 1800, a primeira pilha elétrica. Analisando o experimento de Galvani, acreditou que era possível produzir eletricidade por meio químico. Como consequência, a corrente contínua foi batizada como corrente “galvânica”, em homenagem a L. Galvani. A obra “eletrofisiologia dos movimentos”, publicada por Duchene (1806-1875), indicava pela primeira vez os “pontos motores” para eletroestimulação cutânea. A aplicação da energia eletromagnética com fins medicinais por d’Arsonval, em 1892, e posteriormente por Zeynek e Nagelschidt em 1908, criadores do termo diatermia que significa “aquecimento através de. ” F ig u r a 2 : Il u st ra çã o d a ex p er iê n ci a d e T al es d e M il et o . 10 Nos anos 30, a diatermia de ondas longas, que trabalhava inicialmente com uma frequência de 1MHz, foi substituída pela de ondas curtas com frequência muito superior a 27MHz e comprimento de onda 11 metros. No início dos anos 50, introduziram na terapia de micro-ondas com uma frequência superior a 25000MHz e comprimento de ondas de 12 centímetros. A frequência e o comprimento de ondas são inversamente proporcionais. Emile Du Bois Reymond (1818-1869) aparece como fundador da moderna eletrofisiologia. Estabeleceu a Lei geral de excitação elétrica, que expressada em termos matemáticos, diz: “A excitação é função derivada da densidade da corrente em relação ao tempo” (AGNE, 2004). Em 1848, estabeleceu o conceito de aneletrotono e cateletrotono, propriedades importantes da corrente galvânica: No nervo isolado pode constatar no polo positivo (ânodo) uma redução e inclusive a supressão da excitabilidade assim como da capacidade condução da excitação elétrica. No polo negativo (cátodo) se produzia um incremento da excitabilidade. Em 1844, Werner von Semens, utilizou a corrente farádica no nervo trigêmeo facial para analgesia. Nessa mesma época era utilizada a correntefarádica para anestesia local por dentistas americanos. Oliver, em 1859, obteve uma patente de eletroanestesia, nos Estados Unidos. O aparelho que consistia num indutor adaptado se se empregava sob a forma de anestesia em diferentes intervenções cirúrgicas das extremidades. Nos anos 50, Bernard, dentista e fisiologista francês, revitalizou as correntes galvano- farádicas combinadas, com a ajuda da Iontoforese, sob uma nova forma e variação, hoje conhecida como de correntes diadinâmicas de Bernard. A eletroterapia Analgésica teve seu renascimento através da técnica de implantação de eletrodos na região do cérebro e da medula espinhal, elaborada por neurocirurgiões americanos, assim como pelas novas teorias de Melzack, sobre mecanismos da dor (1965). Com o passar dos anos, mais estudos foram e estão sendo feitos, por isso entende-se mais sobre os efeitos da eletroterapia. 11 2 FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE Não é possível ver a eletricidade, mas seus efeitos. Os raios, em uma noite de tempestade, por exemplo, são efeitos da eletricidade. Outro exemplo é a faísca produzida quando não se encaixa corretamente um aparelho elétrico na tomada, este é outro efeito da eletricidade. A eletricidade não ocupa espaço nem tem propriedades físicas ou químicas; portanto, ela não é matéria. A eletricidade é uma forma de energia que, quando está em movimento, exibe efeitos magnéticos, químicos ou térmicos; um fluxo de elétrons. Ela é um fluxo de elétrons, que são partículas de carga negativa que giram ao redor dos átomos (para recordar sobre a definição de átomo veja a coletânea de texto de Cosmetologia I). Uma corrente elétrica é o fluxo da eletricidade ao longo de um condutor. Todas as substâncias podem ser classificadas como condutoras ou isolantes, dependendo da sua facilidade para transmitir a corrente elétrica. Um condutor é qualquer substância que transmita a eletricidade facilmente. A maioria dos metais são bons condutores. O cobre é um condutor particularmente bom e é usado nos cabeamentos e motores elétricos. Os componentes iônicos da água a tornam uma boa condutora, isso explica por que não se deve nadar em um lago durante uma tempestade elétrica. Um isolante ou não condutor é uma substância que não transmite a eletricidade facilmente. Borracha, seda, madeira, vidro e cimento são ótimos isolantes. Os cabos elétricos são constituídos de fios de metal trancados (condutor) coberto por borracha (isolante). Um circuito completo é o caminho de uma corrente elétrica desde a fonte geradora, passando pelos condutores e voltando a fonte original. Figura 5 Ilustração de um circuito aberto. F ig u ra 3 O s el ét ro n s g ir an d o a o r ed o r d o n ú cl eo a tô m ic o Figura 4 Raio no céu. 12 3 TIPOS DE CORRENTE ELÉTRICA E MEDIÇÕES ELÉTRICAS Corrente elétrica O movimento gerado entre o núcleo atômico e os elétrons livres de cada material é realizado de forma aleatória e caótica, isto é, sem que haja uma direção definida. É o fluxo ordenado de elétrons que produz DDP (diferença de potencial) entre os extremos de um condutor. DDP é a força eletromotriz disponível para produzir o movimento de uma corrente elétrica, ou seja, a força que faz com que os elétrons sejam movidos. Quando devido a um processo externo gera-se uma força elétrica que os obriga a executarem um movimento em direção ordenada que se sobreponha ao caótico, denominamos corrente elétrica a esse fluxo ordenado de elétrons livres. Corrente elétrica em um condutor é definida como a quantidade de carga que atravessa o fio em um intervalo de tempo. Sua unidade no sistema internacional é o ampère (A) e, por convenção, o sentido da corrente é o oposto ao movimento de elétrons livres. Tipos de Corrente elétrica Corrente Contínua: acontece quando a fonte que alimenta um condutor tem a polaridade de seus terminais fixa, a força elétrica tem direção e sentido constantes. Isso obriga o fluxo de elétrons livres também ter direção e sentidos fixos caracterizando o que chamamos de corrente contínua, ou seja, a corrente contínua é unidirecional, constante, possui efeitos polares e seu gráfico possui uma só fase positiva ou negativa. Corrente Alternada: existem fontes que alternam constantemente sua polaridade. Consequentemente o sentido da força elétrica que surge no condutor, de um aparelho que esteja ligada à tomada de 110V ou 220V, também se alterna. Assim, o movimento de elétrons livres será ora para um lado ora para o outro lado, dando origem ao que chamamos de corrente alternada, ou seja, bidirecional, não tem efeito polar e seu gráfico apresenta das fases uma positiva e outra negativa. Figura 6 Corrente contínua e alternada. Conversor é o aparelho que transforma a corrente continua em corrente alternada. Alguns carros, por exemplo, possuem conversores que permitem usar aparelhos que normalmente seriam ligados em uma tomada elétrica. 13 Um retificador é o aparelho que transforma a corrente alternada em corrente continua. Os carregadores de baterias usam um retificador para converter a CA de uma tomada elétrica na CC necessária para recarregar suas baterias CC. Mais à frente iremos trabalhar mais esses conceitos. 3.1 MEDIÇÕES ELÉTRICAS Para compreender melhor como é o fluxo de uma corrente elétrica pode-se comparar com a água passando por uma mangueira e jardim. Os elétrons individuais passam pelos cabos da mesma maneira que as moléculas de água individuais passam pela mangueira. O volt (V), ou tensão (termo usado atualmente em vez de voltagem), é a unidade que mede a pressão da força que empurra o fluxo de elétrons para frente através de um condutor, assim como a pressão da água que empurra as moléculas de água ao longo da mangueira. Sem pressão, nem água nem elétrons poderiam fluir. A bateria do carro tem 12 volts; as tomadas normais para ligar o secador e a chapinha têm 110 volts; e a maioria dos aparelhos de ar- condicionado e secadoras de roupas funciona a 220 volts. Uma tensão mais alta indica mais pressão ou força. Os volts medem a pressão da forca que empurra os elétrons para frente. Um ampère (A) é a unidade que mede a força de uma corrente elétrica (o número de elétrons que fluem por um cabo). Como ocorre na mangueira de água, que deve ser capaz de expandir à medida que a quantidade de água aumenta o cabo também deve expandir conforme há aumento na quantidade de elétrons (ampères). Um secador de 12 amperes deve ter um cabo duas vezes mais grosso que um secador de 5 amperes; do contrário, o cabo pode superaquecer e pegar fogo. Uma classificação mais alta indica um número maior de elétrons e uma corrente mais forte. Um miliampère (mA) é um milésimo de um ampère. A corrente para os tratamentos faciais e do couro cabeludo é medida em milampères; uma corrente de ampères seria forte e poderia machucar a pele. Um microampère (µA) é um milhão de vezes menor que o Ampére. Não se sente a corrente (sub sensorial), trabalha dentro da célula. Dessa forma: Um Ampére é igual a mil milampères que é igual a um milhão de microampères. 1 A = 1 000 mA = 1 000 000 μA 14 Meio Ampére é igual a quinhentos miliampères que é igual a quinhentos mil microampères. 0,5 A = 500 mA = 500 000 µA. Um miliampère é igual a mil microampères. 1 mA = 1 000 μA O ohm (O) é a unidade que mede a resistência de uma corrente elétrica. A corrente não flui através do condutor a menos que a força (volts) seja mais forte que a resistência (ohms). Um watt (W) é a medição de quanta energia elétrica que está sendo usada em um segundo. Um quilowatt (K) corresponde a 1.000 watts. A eletricidade de uma casa é medida em que quilowatts por hora. (Kwh). Hertz (Hz) é a unidade que determina o comprimento da onda sonora e envolve a frequência do som, ou seja,a capacidade de perceber sons graves e agudos. Assim, a audição normal é aquela que se situa entre 0 a 20 dB e entre 250 a 4.000 Hertz. Para determinar a perda em um teste audiométrico geralmente são usadas às frequências 500, 1000, 2000 Hz e 4000 Hz. Frequência = Número de oscilações que acontecem em um evento/período de tempo. Hz = 1 oscilação em 1 segundo. Megahertz: Um megahertz, ou MHz, equivale a 1 milhão de ciclos (oscilações) por segundo, ou 10 elevado à potência 6, diferentemente de megabyte. Em termos científicos, serve para medir qualquer coisa que oscila a intervalos regulares (como as ondas de rádio). Quem tem, por exemplo, um daqueles relógios de parede antigos, com pêndulos, notará que o pêndulo faz um vai-e-vem a cada 2 segundos. O relógio, portanto, oscila a velocidade de 0,5 Hz (2 segundos divididos por quatro movimentos), ou 0,0000005 megahertz. Hoje em dia, no computador, já temos processador com 3 gigahertz (GHz), ou seja, que funcionam a 3 bilhões de ciclos por segundo. Em um aparelho de eletroterapia que trabalha com MHz Quanto mais baixa a frequência (Hz) mais profundo atinge: 1 MHz atinge tecido ósseo (uso médico) e 3 MHz (3 Milhões de oscilações em 1 segundo) atinge a derme. Intensidade = Quantidade de energia oferecida para o corpo. 4 POLARIDADE Polaridade indica o polo negativo ou positivo de uma corrente elétrica. 15 Os aparelhos de eletroterapia sempre possuem um polo de carga negativa e um de carga positiva: O eletrodo positivo é chamado ânodo. O ânodo é normalmente vermelho e marcado com um “P” ou sinal de positivo (+). O eletrodo negativo é chamado cátodo. Ele é normalmente preto e marcado com um “N” ou sinal negativo (-). Se tratando de correntes utilizadas nos tratamentos estéticos é importante saber que existem duas classificações para as correntes elétricas: ≫ despolarizadas: Também conhecidas como as correntes pulsadas. São correntes bifásicas, não apresentando polos definidos, uma vez que eles se alteram a cada fase da corrente. Num primeiro momento o negativo (-) é preto e o positivo (+) vermelho, e num segundo momento, isso inverte, o negativo (-) é vermelho e o positivo (+) é preto. São usadas, principalmente, em correntes para efeito analgésico e contração muscular. São utilizados eletrodos de borracha ou ato adesivo. ≫ polarizadas: Também conhecidas como correntes Diretas. São correntes monofásicas, apresentam polos definidos: um negativo (-) na cor preta e um positivo (+) na cor vermelha. A definição dos polos é importante quando se necessita de correntes com efeitos polares. Já sabemos que nosso organismo possui energia elétrica, portanto, cargas positivas (cátions) e cargas negativas (aníons). Quando aplicamos uma corrente polarizada temos que ter em mente que as cargas positivas (+) de nosso organismo vão em direção ao eletrodo negativo (-), e que as cargas negativas (-) vão em direção ao eletrodo positivo (+). Devido a isso essa corrente se torna útil quando temos interesse em efeitos ionizantes. Essas correntes são usadas, principalmente, para cicatrização, diminuição de edema (drenagem) e tratamento de estrias, mas também podem ser utilizadas no alivio da dor. FAÇA O TESTE! Para descobrir a polaridade do eletrodo existe um teste simples: coloque as pontas dos cabos condutores em dois pedaços separados de papel tornassol azul úmido. O papel sob o polo positivo se torna vermelho e o negativo permanece azul. Se você usar o tornassol vermelho, o papel sob o polo positivo permanece vermelho e o negativo torna- se azul. IMPORTANTE 16 5 SEGURANÇA DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS Ao trabalhar com aparelhos elétricos, deve-se prestar atenção a segurança do cliente e do próprio profissional. Como medida de segurança todos esses equipamentos devem ser inspecionados regularmente para determinar se estão em boas condições de funcionamento. Conexões defeituosas e circuitos sobrecarregados podem resultar em choque elétrico, queimadura ou até mesmo incêndio. 5.1 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA Um fusível é um dispositivo especial que impede que a corrente excessiva atravesse um circuito. Ele foi projetado para explodir ou derreter quando o cabo se torna muito quente porque o circuito está sobrecarregado com um excesso de corrente (isto é, muitos aparelhos ligados ou equipamento com defeito). Para restabelecer o circuito, desconecte o aparelho, verifique todas as conexões e o isolamento e insira um novo fusível. Um disjuntor é um interruptor que cessa ou fecha automaticamente um circuito elétrico na primeira indicação de sobrecarga. Os disjuntores substituíram os fusíveis nos circuitos elétricos modernos. Eles possuem todas as suas características de segurança dos fusíveis, mas não precisam ser trocados e podem simplesmente ser reconectados. O secador de cabelo, por exemplo, tem um disjuntor no plugue elétrico, que serve para proteger no caso de sobrecarga ou curto-circuito. Quando um disjuntor desliga, deve-se desconectar o aparelho e verificar todas as conexões e o isolamento antes de reconectar. O princípio do “aterramento” é outra maneia importante de promover a segurança elétrica. Todos os aparelhos devem ter pelo menos duas conexões elétricas. A conexão “viva” fornece a corrente para o circuito. A conexão “terra” completa o circuito e carrega a corrente com segurança, descarregando-a na terra. Para aumentar a proteção, alguns aparelhos têm uma terceira conexão elétrica redonda, que fornece um aterramento adicional. Esse aterramento extra serve para garantir um caminho seguro para a eletricidade, se o primeiro falhar ou não estiver corretamente conectado. Os aparelhos com o terceiro pino redondo oferecem mais proteção para você e seu cliente. F ig u ra 7 T ip o s d e fu sí v ei s F ig u ra 8 I lu st ra çã o d e u m d is ju n to r 17 5.2 DIRETRIZES DE SEGURANÇA NO MANUSEIO DE APARELHOS ELETROESTÉTICOS Há algumas diretrizes que poderão ajudar a eliminar acidentes em atenção ao uso seguro da eletricidade. Tais como: Antes de usar qualquer equipamento elétrico leia todas as instruções com atenção; Desconecte os aparelhos quando não estiverem em uso; Inspecione todos os aparelhos regularmente; Mantenha todos os cabos, plugues e equipamentos elétricos em boas condições; Use apenas um plugue em cada tomada; disjuntor; O profissional e o cliente devem evitar o contato com água e superfícies de metal ao usar a eletricidade; não manuseie o equipamento com as mãos molhadas; Não deixe o cliente sozinho quando ele estiver conectado a um aparelho elétrico; Mantenha os cabos longe do chão e dos pés das pessoas; isso pode evitar tropeços; Não tente limpar as tomadas elétricas quando um aparelho estiver conectado; Não toque dois objetos de metal ao mesmo tempo se um deles estiver conectado a corrente elétrica; Não pise nos cabos nem coloque objetos sobre eles; Não deixe os cabos ficarem torcido; isso pode causar curto-circuito; Desconecte o aparelho puxando-o pelo plugue, não pelo cabo; Não tente consertar aparelhos elétricos se você não for um técnico qualificado; Antes de utilizar o aparelho eletroestético, certificar-se da intensidade ao iniciar a técnica necessária, para que não conduza a choque ou assuste o paciente. Os aparelhos de alta frequência, de endermoterapia, infravermelho, microcorrente, vaporizador (vapor de ozônio) e laser necessitam de controle durante toda a aplicação das técnicas e também se deve respeitar a intensidade de sensibilidade do paciente; o aumento ou a diminuição devem ser realizados lentamente; A corrente elétrica é malconduzida por eletrodos secos, sendo necessário umidificá-los com água ou com gel – exceto os eletrodos metálicos e adesivos; Deve-se tomar precauções antesde iniciar o vapor de ozônio, o infravermelho e o laser – por exemplo, proteger os olhos durante as aplicações; F ig u ra 9 U so i n ad eq u ad o d e in st al aç õ es el ét ri ca s p o d e ac ar re ta r em i n cê n d io s 18 6 ONDAS/ RAIOS DE LUZ As ondas de luz ou elétricas se deslocam a uma velocidade altíssima – 300.000 Km por segundo. Existem muitos tipos de raios de luz, mas no trabalho estético apenas três nos interessam – aqueles que produzem o calor (infravermelho), as reações químicas e germicidas (ultravioleta) e a luz visível; todos esses estão contidos no espectro solar. Se um raio de sol passa por um prisma de vidro, ele aparece em sete cores diferentes – isso é o arco-íris e está organizado da seguinte maneira: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta. Essas cores, que são visíveis para os olhos, constituem os raios visíveis. Os cientistas descobriram que em cada ponta do espectro visível estão raios do sol que são invisíveis para nós. Os raios além do violeta são ultravioletas, também conhecido como raios frios ou actínicos. Esses raios são mais curtos e menos penetrantes. Além dos raios vermelhos do espectro estão os infravermelhos. Esses são os raios de calor puro. Luz visível é a radiação eletromagnética que podemos ver. A radiação eletromagnética, também chamada energia radiante, transporta ou irradia a energia através do espaço em ondas. Essas ondas são semelhantes as causadas quando derrubamos uma pedra na superfície da água. A distância entre dois picos sucessivos é chamada de comprimento de onda. Figura 10 comprimento de onda Os comprimentos de onda longos possuem baixa frequência, o que significa que o número de ondas é menos frequente (menos ondas) dentro de determinado comprimento. Os comprimentos de onda curtos possuem frequência mais alta, porque o número de ondas é mais frequente (mais ondas) dentro de determinado comprimento. Raios ultravioletas e infravermelhos também são formas de radiação eletromagnética, mas são invisíveis porque seus comprimentos de onda estão além do espectro visível da luz. Os raios invisíveis constituem 65% da luz solar natural. 19 6.1 RAIOS ULTRAVIOLETA Precisamos de luz solar para sobreviver no planeta. As plantas verdes, por exemplo usam a luz solar para o processo de fotossíntese. A luz solar também controla nosso clima e é considerada nossa principal fonte de energia. Os raios ultravioletas (UV) constituem 5% da luz solar natural. Os raios UV têm comprimentos de onda mais curtos, penetram menos profundamente e produzem menos calor que a luz visível. Eles também produzem efeitos químicos e matam os germes. Pequenos períodos de exposição ao sol podem ser benéficos na produção da vitamina D, no entanto, estudos recentes mostraram que a exposição excessiva causa danos a pele, envelhecimento precoce e câncer de pele. Existem três tipos de raios ultravioletas. Ultravioleta A (UVA). Esses raios são os mais longos entre os raios UV e penetram diretamente na derme, danificando o colágeno e a elastina; eles são usados frequentemente nas camas de bronzeamento artificial. Ultravioleta B (UVB). Esses são chamados de raios que queimam, porque são mais associados as queimaduras provocadas pelo sol. Os raios UVB penetram na epiderme até a camada basal, estimulam a formação de melanina e causam a maioria dos cânceres de pele. Ultravioleta C (UVC). Esses são os raios mais curtos, bloqueados pela camada de ozônio. Eles possuem propriedades germicidas, mas em quantidades maiores eliminariam a vida como a conhecemos. Não podemos esgotar a camada de ozônio, porque ela nos protege contra a radiação UVC. Também é necessário manter uma relação saudável com a exposição à luz do sol. Lembre- se de que a pele bronzeada é uma pele danificada. O bronzeamento causa o foto envelhecimento (envelhecimento precoce em decorrência da exposição ao sol) e danos irreversíveis as propriedades de criação de colágeno da pele. 6.2 RAIOS INFRAVERMELHOS Os raios infravermelhos constituem 60% da luz solar natural. Eles têm comprimentos de onda mais longos, penetram mais profundamente e produzem mais calor que a luz visível. As lâmpadas infravermelhas são frequentemente usadas nos salões para aquecer os condicionadores e produtos químicos para os tratamentos para os cabelos. Também são usados nos Spas e saunas para o relaxamento e para aquecer os músculos. 20 6.3 RAIOS DE LUZ VISÍVEIS Esses raios são a fonte primária de luz, usada em tratamentos faciais e do couro cabeludo. As lâmpadas usadas para o tratamento com a luz visível terapêutica são brancas, vermelhas e azuis. A luz branca é chamada de luz combinada, porque é uma combinação entre todos os raios visíveis do espectro. Ela tem os benefícios de todos os raios do espectro visível. A luz azul deve ser usada apenas sobre uma pele oleosa e descoberta. Ela contém menos raios de calor, é menos penetrante e possui alguns efeitos germicidas e químicos. A luz vermelha é usada na pele seca, em combinação com cremes e óleos. Ela penetra mais profundamente e é a que produz mais calor. EFEITOS DOS DIFERENTES TIPOS DE RAIOS USADOS NA TERAPIA PELA LUZ Tipos de luz Efeitos benéficos Ultravioleta Aumenta a eliminação dos resíduos; Melhora o fluxo do sangue e da linfa; Possui efeito germicida e antibacteriano; Produz a vitamina D na pele; Pode ser usado para tratar raquitismo, psoríase e acne Infravermelho Esquenta e relaxa a pele; Dilata os versos sanguíneos e aumenta a circulação; Produz alterações químicas; Aumenta o metabolismo; Aumenta a produção de perspiração e óleo; Alivia a dor muscular, quando penetra profundamente; Acalma os nervos Luz Branca Alivia a dor na nuca e nos ombros; Produz alguns efeitos químicos e germicidas; Relaxa os músculos Luz azul Acalma os nervos; Melhora a acne; Melhora o tônus da pele; Fornece alguns efeitos químicos e germicidas; É usada para casos brandos de erupções na pele; Produz pouco calor. Luz vermelha Melhora a pele seca, descamada e enrugada; Aumenta o índice de produção de colágeno; Relaxa os músculos; Penetra mais fundo; Produz mais calor. Tabela 1 Efeitos dos diferentes tipos de raios usados na terapia pela luz 7 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA CORPORAL O corpo humano é composto de 64% de solução salina chamada na medicina de "soro fisiológico" que é um bom condutor de eletricidade. A solução salina é chamada na eletrotécnica de "solução eletrolítica" que em contato com as células nervosas, gera 21 bioeletricidade química. A cada batida do nosso coração (pulsação) produz-se uma corrente de um ciclo por segundo de um watt de potência elétrica dissipada. A potência elétrica e a resistência do corpo humano variam de um indivíduo para outro: dependem da constituição orgânica das células e da condutibilidade do corpo. O corpo humano é constituído por moléculas, átomos, prótons, nêutrons e elétrons. O sistema nervoso constitui a rede de distribuição elétrica e as células são os semicondutores, funcionando à semelhança dos diodos e transmissores. Há polaridade, em processos como estímulo doloroso, contração muscular, processo de cicatrização/regeneração e lesão tecidual, existe efeito elétrico. O impulso nervoso é o sinal elétrico transmitido ao longo do axônio. Esse sinal elétrico e iniciado por algum estímulo, que causa uma alteração da carga elétrica do neurônio, sendo sua direção a dos dendritos para os terminais axônios. Esse sinal passa de um neurônio ao seguinte, ou termina num órgão efetor, como um grupo de fibras musculares, ou retorna ao sistema nervoso central. Em qualquer evento, existe polaridade e quando a polaridade é interrompida, ou por lesão, ou por dor,ou quando se quer aumentar a intensidade do evento, precisamos restabelecer a polaridade do local. Quando se fala em eletroterapia, tem-se que ter consciência dos efeitos da eletricidade em nosso organismo, pois, quando se pensa em tratamentos estéticos, baseados na eletroterapia, pode-se dizer que ela vai estimular ou inibir a eletricidade do nosso organismo, baseando-se na terapêutica aplicada. A Corrente elétrica que passa pelo corpo em um determinado nível é chamada de choque elétrico, o pior choque é aquele que passa pelo tórax, pois pode afetar o coração ou a respiração. O valor mínimo de corrente perceptível por uma pessoa, é de 1mA. Com o valor de 10mA, a pessoa PESQUISE: O que é Lei de Ohm? Do que se trata Impedância Elétrica? Figura 11 Fluxo da informação pelo neurônio 22 Relembre sobre o potencial de ação para compreender como acontece a despolarização da membrana e a Sinapse estudada em Biologia/Anatomia (Apostila anterior). pede o controle dos músculos, e entre 10mA à 3ª é um valor mortal. A resistência elétrica da pele é grande quando a pele está seca. Porém com a pele úmida, a resistência cai e pode-se levar um choque considerável. A frequência em que o corpo humano, é de 60Hz, e a medida que frequência aumenta são menos sentidas pelo corpo humano. A resistência elétrica do corpo varia de pessoa para pessoa, e quando o corpo humano é intercalado em um circuito elétrico, passa a ser percorrido por corrente elétrica de intensidade de acordo com a lei de ohm. As correntes estimuladoras de músculo e nervo dos aparelhos de eletroterapia são correntes elétricas capazes de causar a geração de potenciais de ação. Elas precisam ter intensidade suficiente e uma duração apropriada para causar despolarização da membrana nervosa ou muscular. Íons em alta concentração tendem a difundir para áreas de baixa concentração e seu movimento é também influenciado por gradientes de voltagem, com íons positivos sendo atraídos em direção ao gradiente negativo e vice-versa. 8 PARÂMETROS FÍSICOS Se pensamos que a eletroterapia é a aplicação de eletricidade no paciente/cliente, por que não colocarmos o dedo do paciente na tomada? Porque a amperagem (intensidade) é alta e ele iria levar um choque. a) Eletricidade: Uma forma básica de energia na ciência física e pode produzir efeitos sobre os tecidos. b) Carga Elétrica: propriedade física, com cargas positivas e negativas. A carga e carregada por elétrons (negativa) e prótons (positiva). ≫ Átomo: Formado por elétrons e prótons. Lembre-se! Cargas iguais se repelem umas as outras, enquanto cargas opostas se atraem. 23 ≫ Íons: São átomos carregados positivamente ou negativamente. Átomo (positivos): cátions. Átomo (negativos) aníons. Os tecidos biológicos são condutores, porque os íons são livres para se moverem, quando expostos as forças eletromotrizes. c) Campo Elétrico: Um campo eletromagnético é um espaço onde agem forças magnéticas, que se formam em torno de um condutor elétrico. Quando há uma corrente elétrica num condutor, não somente o condutor e submetido a alterações, mas também a região que o circunda sofre modificações. Forma-se um campo eletromagnético em volta do condutor. Quanto maior a intensidade da corrente no condutor, tanto mais forte e o campo eletromagnético ao seu redor. Sempre quando o campo eletromagnético ao redor do condutor se desfaz, ele se desprende do condutor e parte em direção ao infinito. Enquanto há corrente ao redor do condutor, ondas eletromagnéticas são geradas. Uma onda é a propagação de uma oscilação. d) Pulso: é a largura de fase da onda, a medida de onde inicia até onde termina uma onda, em cada pulso se obtém uma determinada quantidade de energia já preestabelecida. Um estímulo pode ser simples, um único pulso, ou um trem de pulsos, uma série de pulsos. Os pulsos podem variar em sua forma e duração (curto, <1 ms, ou longo, >1 ms). Um período entre dois trens de pulso é período de repouso. Duração do pulso A duração do pulso, às vezes conhecida como largura de pulso, é definida como o tempo que leva para o valor instantâneo de um pulso subir e descer até uma fração especificada do valor de pico - ou seja, a duração do pulso de saída a 50% da amplitude máxima (Figura abaixo) Figura 12 Duração de um pulso. Imagem do livro “Eletroterapia: Prática baseada em evidências", Kitchen, 2003. 24 A largura de pulso é expressa em microssegundos (μs). e) Frequência É a quantidade de pulso em um determinado tempo. É medida em Hertz, onde 1 Hz é 1 ciclo/segundo A frequência do trem de estímulos, o intervalo inter-pulsos, é o tempo entre o início de um pulso e o início do pulso seguinte. Relação Frequência versus largura de pulso – sempre que for alterada a frequência de um equipamento é o repouso do pulso que está sofrendo alteração. É uma grandeza física associada a movimentos de característica ondulatória que indica o número de revoluções (ciclos, voltas, oscilações, etc.) por unidade de tempo. Alternativamente, podemos medir o tempo decorrido para uma oscilação. Esse tempo, em particular, recebe o nome de período (T). Desse modo, a frequência é o inverso do período. Considere o evento “dar a volta em torno de si mesmo”. a) primeiro caso, 2 × 0,5 s = 1 s, temos que: F = 2 Hz; T = 0,5 s Portanto, 2 × 0,5 s = 1 s; ou seja, dai, temos que: F = 1 𝑇 b) segundo caso, 4 × 0,25 s = 1 s, temos que: F = 4 Hz; T = 0,25 s Portanto, 4 × 0,25 s = 1 s; ou seja, dai, temos que: F = 1 𝑇 Perceba que o tempo considerado para frequência é sempre o mesmo, ou seja, 1 segundo. O que varia é o período do evento, que no primeiro caso foi de 0,5 s e no segundo de 0,25 s. Assim sendo, para sabermos quantas vezes o evento ocorre em 1 segundo, precisamos saber quantas vezes ele “cabe” dentro desse segundo. Sempre a frequência é inversamente proporcional a largura da onda, ou seja, quanto maior a largura da onda menor a frequência. E quanto maior a frequência menor a resistência cutânea, portanto mais agradável é a corrente. Classificação das Frequências: ≫ Baixa Frequência: 1 a 1.000 Hz, mas utilizada na pratica clínica a faixa de 1 a 200 Hz. Galvânica, Farádica, Diadinâmicas, Tens e FES. ≫ Média Frequência: 1.000 a 100.000 Hz, sendo utilizado na eletroterapia de 2.000 a 4.000 Hz. Interferencial e Corrente russa. ≫ Alta Frequência: Acima de 100 mil Hz. Ondas Curtas, Ultracurtas, Dessimétricas, Micro- ondas, Ultrassom. 25 Diferentes frequências interferem no limiar sensitivo de cada pessoa, pois frequências maiores ocasionam percepções menores, pois alta frequência apresenta resistência menor da pele à passagem da corrente a passagem da corrente. As formas de pulso podem ser monofásicas no qual tem a fase positiva ou negativa separadamente, e possui efeito polar e as bifásicas no qual tem a fase positiva e negativa, portanto não possui efeito polar. As correntes bifásicas podem ser com um pulso ou contínuas. f) Intensidade (μA ou mA) Quando se aumenta a intensidade no aparelho aumenta-se a unidade motora recrutada, o tamanho da área que está sendo atingida e também a magnitude com que ela está sendo atingida. Serve também para manter o estimulo sensorial. g) Resistencia É a propriedade do material em promover oposição de fluxo: ≫ Materiais Isolantes: alta resistência. ≫ Materiais Condutores: baixa resistência. 9 CLASSIFICAÇÃO DAS CORRENTES ELETROTERAPÊUTICAS As correntes elétricas usadas na eletroterapia clínica contemporânea podem geralmente ser divididas em três tipos: corrente contínua, corrente alternada e corrente pulsada (pulsátil). Veja abaixo as diferenças entre esses três tipos de correntes baseados em suas características qualitativas e quantitativas. 9.1 CORRENTE CONTÍNUA Segundo Fuirini Junior (2005),o fluxo unidirecional contínuo ou ininterrupto de partículas carregadas é definido como corrente contínua (CC). Tradicionalmente utiliza o termo corrente ¨galvânica¨ para esse tipo de corrente, contudo, esse não é mais o termo usual, ela é chamada de corrente direta ou contínua. 9.2 CORRENTE ALTERNADA A corrente alternada (CA) é definida como o fluxo bidirecional contínuo ou ininterrupto de partículas carregadas. Para produzir esse tipo de corrente, a voltagem aplicada através de 26 um circuito simples oscila em magnitude e a polaridade da voltagem aplicada é periodicamente revertida. Os elétrons no circuito movem-se primeiro em uma direção. Quando o campo elétrico é revertido, os elétrons movem-se para trás na direção de suas posições originais. Figura 13 Circuito elétrico simples no qual uma pilha roda em velocidade constante e muda regularmente a direção da força eletromotriz (voltagem), que age sobre os elétrons no condutor (A). Observe o movimento para trás e para frente dos elétrons. Circuito análogo hidráulico do circuito elétrico em (B) ilustrando o movimento para trás e para frente da bomba, que produz o movimento alternado do líquido dentro do sistema A CA mais comum é simétrica e pode ser aplicada em formatos variados, incluindo sinusóide, retangular, trapezóide e triangular. A CA também pode ser assimétrica e possuir vários formatos: Figura 14 Formas diferentes de corrente (não modulada) alternada (CA) (FUIRINI JUNIOR, 2005). 27 A Corrente Alternada possui relações inversas entre as frequências e as durações de pulso e de fase, logo, conforme a frequência da CA é aumentada, as durações da fase e do pulso são automaticamente diminuídas. O oposto ocorre se a frequência de pulso diminui (figura abaixo). As durações da fase e do pulso podem então ser calculadas em relação à frequência. Figura 15 Relação entre a frequência de pulso e a duração de fase de ondas sinusóides liberadas de forma contínua (A), Duração da fase (B), Duração (1ciclo) do pulso. Notar que tanto a duração da fase quanto à do pulso diminuem conforme a frequência aumenta (FUIRINI JUNIOR, 2005). 9.3 CORRENTE PULSADA A corrente pulsada (corrente pulsada ou interrompida) é definida como fluxo uni ou bidirecional de partículas carregadas, que periodicamente param por um período de tempo finito. Uma descrição desse tipo de corrente pode não ser encontrada em livros de física básica, mas o termo é importante, porque descreve a forma de corrente mais comumente usada em aplicações clínicas de estimulação elétrica. Os físicos e os engenheiros podem referir-se à corrente pulsada como CC interrompida ou CA interrompida. A corrente pulsada é caracterizada pelo aspecto de uma unidade elementar desse tipo de corrente chamado pulso. Um pulso único é definido como um evento elétrico isolado separado por um tempo finito do próximo evento. Isto é, um pulso único representa um período finito de movimento de partícula carregada. Se uma voltagem fixa for aplicada a um circuito elétrico de resistência simples, uma corrente unidirecional será induzida no condutor. Se o circuito for periodicamente interrompido abrindo e fechando um interruptor no circuito, o movimento de elétrons produzido irá começar e parar em sincronia com o fechamento e a abertura do interruptor. A corrente produzida é intermitente e somente em uma direção e é referida como pulsada monofásica. 28 De forma semelhante, se uma voltagem alternada for aplicada a um circuito elétrico simples, como mostrado, e o circuito for interrompido no término de cada ciclo de voltagem alternada, os elétrons nos condutores irão mover-se brevemente para trás e para frente, parar e depois começar a oscilar novamente. A corrente produzida é intermitente e o movimento da partícula carregada é bidirecional. Tal corrente é chamada de corrente pulsada bifásica. As mudanças na amplitude das correntes pulsadas bifásicas para cada pulso são determinadas pelas mudanças na amplitude da voltagem aplicada. Figura 16 Fluxo uni ou bidirecional de partículas carregadas que é interrompido por um período de tempo finito. 10 ELETRODOS Os eletrodos têm como função primordial transmitir ao cliente a corrente que está sendo gerada no equipamento. Eles podem ser confeccionados em materiais diversos – silicone- carbono, autoadesivos, metálicos, esponjas, canetas, esferas, vidros – e formas: redondas, quadradas e retangulares. O tipo de eletrodo será conforme o aparelho e a técnica escolhida. Cada modalidade (exceto o Tesla de alta frequência) exige dois eletrodos – um negativo e um positivo – para conduzir o fluxo da eletricidade pelo corpo. As técnicas utilizadas pelos profissionais de Estética são as de procedimento não invasivo, técnicas como de desincrustação, ionização, microcorrente, eletrolifting e eletroestimulação muscular são realizadas por meio de diversos eletrodos cutâneos. Pouca literatura se tem a respeito disso, no entanto é um ponto muito importante. A dimensão, constituição e colocação dos eletrodos são, em grande parte, responsável pelo êxito do tratamento, bem como causadores de desconforto e queimaduras, se não forem aplicados devidamente. Sua função é a transmissão de fluxo de corrente ao paciente. Tipos de eletrodos: Em placas, flexível e maleável; usados geralmente em áreas planas de fácil acesso. Em luvas; Em rolos; 29 Puntiformes ou em forma de canetas; Ganchos; A cada aparelho estudado será melhor visualizado o eletrodo para o determinado tipo de aparelho. 11 MODALIDADES (CORRENTES ELÉTRICAS UTILIZADAS NA ESTÉTICA) ALGUMAS MODULAÇÕES EXISTENTES NOS APARELHOS ≫ TON/ TOFF – tempo de transmissão da corrente/ tempo de repouso (sem corrente) unidade em segundos. A contração da corrente elétrica e mais fatigante que a voluntaria. Por isso o TON/TOFF é usado exclusivamente em correntes excitomotoras. O tempo on que é composto do tempo de subida e tempo de descida, é importante devido aos efeitos de “acomodação”. O tempo off é o tempo em que não existe corrente passando. ≫ Subida/descida – Tempo de subida é o tempo necessário para que a extremidade de uma fase saia da linha de base zero até atingir a amplitude de pico. Tempo de descida e o tempo necessário para que a extremidade de uma fase diminua da amplitude de pico até a linha de base zero. ≫ Burst ou salva – É o tempo que a corrente fica em TON. Quando ouvimos a pronúncia burst, logo imaginamos o tempo que ela está sendo conduzida. ≫ Repouso (R) – E o que está entre as faces das ondas (figura 1). Figura 17 Corrente pulsada monofásica, demonstrando o Repouso (R) (Fonte: Nelson, Hayes, Currier. Eletroterapia Clínica apud SANTANA) LEMBRE-SE As substâncias que permitem a passagem de corrente elétrica são chamadas de condutores, enquanto aquelas que não dão passagem são chamadas de isolantes. Existem 3 tipos de condutores, são eles: 1. Condutores de primeira ordem: metais, com exceção do mercúrio. 2. Condutores de segunda ordem: líquidos, na maioria dos casos do tipo aquoso, que contém íons, provenientes de sais, ácidos ou bases dissolvidas; também conhecidos como eletrólitos. 3. Condutores de terceira ordem: gases e ar rarefeito; conduzem a eletricidade em forma de íons quando expostas a alta tensão. 30 11.1 CORRENTE GALVÂNICA É uma corrente elétrica unidirecional, contínua e constante (a intensidade não varia em relação ao tempo). O fluxo dessa corrente se dá do polo positivo para o negativo (polarizada). Devido a essa particularidade, ela produz um efeito eletroquímico. O efeito eletroquímico é a movimentação dos íons: Cátodo – eletrodo negativo: para onde as cargas positivas (cátions) se direcionam. Ânodo – eletrodo positivo: para onde as cargas negativas (aníons) se direcionam. Para que estejamos cientes de onde aplicar cadapolo (+ ou -) e importante saber que tipo de molécula cada um desses polos atrai, não devendo ser esquecido que o polo negativo atrai íons positivos, e vice-versa. Como se pode observar na a carga positiva atrai moléculas do tipo: HCL, O2, e H2O e a carga negativa atrai moléculas do tipo NaOH e H2. Figura 18 Eletrólise abaixo dos eletrodos. O pH da pele abaixo do cátodo torna-se gradualmente alcalino à medida que íons positivos são atraídos em sua direção enquanto a pele debaixo do ânodo sofre a reação oposta. E estas alterações químicas induzem a uma vasodilatação reflexa, presumivelmente com a finalidade de manter um pH homeostático. Com isso há: Aumento do metabolismo: decorrente da vasodilatação e consequente aumento da oxigenação e substâncias nutritivas na região a ser tratada. Aumento da ação de defesa: pela vasodilatação eleva os elementos fagocitários e anticorpos. Endosmose: as partículas fluidas também se deslocam, seu deslocamento se dá do pólo positivo para o negativo. Esses fenômenos são basicamente em duas situações: Cataforese: (polo +) para amolecer cicatrizes e queloides. Anaforese (polo -): na facilitação da derivação de fluidos no edema. 31 Polo Positivo (Ânodo) Polo Negativo (Cátodo) Repele íons positivos Repele íons negativos Atrai íons negativos Atrai íons positivos Analgésico Estimulante Sedante Irritante Vasoconstritor Vasodilatador Menor hiperemia (isquemia) Maior hiperemia Ácido Alcalino Detém o sangramento Causa sangramento Coagulação Liquefação A membrana fica menos permeável A membrana fica mais permeável Corrói metais por oxidação Não corrói metais Bactericida Hidrata os tecidos Anti-inflamatório Desidrata os tecidos Tabela 2 Comparação dos efeitos dos polos da corrente galvânica. EFEITOS FISIOLÓGICOS Produção de calor: o transporte de corrente elétrica através de íons produz calor e sua intensidade tem relação direta com a resistência especifica do meio em que é aplicado este tipo de corrente. Eletrólise: é o fenômeno pelo qual as moléculas se dividem em seus diferentes componentes químicos, pelo fato de cada um deles leva consigo uma carga elétrica diferente, e estaremos aplicando uma corrente que se desencadeiam efeitos polares por ter fases distintas em seu gráfico. Fenômeno do Eletrotônus: é a alteração que a corrente produz na excitabilidade e condutibilidade do tecido. O Aneletrotonus ocorre no polo positivo e causa a depressão da excitabilidade facilitando as atividades específicas do tecido nervoso. Vasodilatação: se dá devido à ação da corrente galvânica sobre os nervos vasomotores, provocando uma hiperemia ativa, que chega a atingir os tecidos mais profundos por ação reflexa. Com isso há um aumento da irrigação sanguínea, acarretando maior nutrição tecidual profunda. GALVANIZAÇÃO Administração de corrente galvânica, utilizando no material intermediário uma solução Eletrolítica comum como água. E o mecanismo terapêutico baseia-se nos efeitos resultante de própria ação da corrente. 32 11.1.1 IONTOFORESE: (IONIZAÇÃO) É a penetração de substâncias no organismo, por meio de uma corrente galvânica. Quando dois eletrodos metálicos, conectados a uma fonte de corrente contínua, são interpostos a um segmento corpóreo, em contato com uma solução eletrolítica, há possibilidade de se promover a transferência de íons para o interior dos tecidos, utilizando-se para tanto, das propriedades polares da corrente galvânica. A passagem da corrente galvânica através de uma solução eletrolítica produz íons, partículas eletricamente carregadas, dissolvidas ou suspensas na solução, migrando de acordo com a carga elétrica. A base do sucesso da transferência iônica está no princípio físico básico: “Polos semelhantes se repelem e polos opostos se atraem”, sendo, portanto, a seleção da polaridade iônica correta, e a realização desta com a polaridade semelhante do eletrodo para administração são da maior importância. A iontoforese associa os efeitos polares da corrente galvânica aos efeitos inerentes do produto utilizado, sendo, portanto bastante efetiva para diversos protocolos na área estética. A cataforese força as substâncias ácidas a penetrarem em tecidos mais profundos, usando a corrente galvânica do polo positivo na direção do negativo. A anaforese é o processo que força os líquidos alcalinos a penetrarem nos tecidos do polo negativo na direção do positivo. Pensando nisso, é de extrema importância que o profissional da estética tenha amplo conhecimento sobre o produto a ser utilizado. INDICAÇÕES Essa técnica e indicada para introdução de ativos, vai depender da necessidade da pele e do ativo a ser aplicado. É utilizada tratamentos na adiposidade localizada, preventivos de envelhecimento ou mesmo para atenuar os sinais do envelhecimento como rugas, hidratação, tratamentos de Fibro edema gelóide, estria entre outros. CONTRA-INDICAÇÕES Implantes metálicos e cardíacos portadores de marca-passo ou cardiopatias congestivas; Patologias circulatórias tipo flebite, trombose, Renais crônicos, F ig u ra 1 9 a p li ca ça o Io n to fo re se 33 Clientes com dermatites ou dermatoses ou lesões na região a ser ionizada, Gestantes em qualquer idade gestacional, Processos inflamatórios ou infecciosos, Clientes portadores de neoplasia, Hipertensos sem controle Clientes com alteração da sensibilidade como pessoas diabéticas ou com hipersensibilidade na pele/ Epilepsia mal maior ou patologias neurológicas que contraindiquem aplicação de corrente elétrica. TÉCNICA Com a ajuda de uma caneta rolo – que faz parte do equipamento – com o objetivo de introduzir substâncias que tem os princípios ativos específicos para o objetivo esperado e tais substâncias devem ser ionizáveis e hidrossolúveis. Só utilizar substâncias hidrossolúveis, portanto, gel, pomadas e emulsões não são ionizáveis. Quem informa a polaridade e a composição do produto ionizável é o fabricante do cosmético, assim como o tempo de aplicação, normalmente. São utilizados dois eletrodos, um positivo e outro negativo, havendo necessidade dos dois estarem em contato com o cliente fechando o circuito. Placas metálicas devem ter acoplamento de chamex embebecido em água, usado como eletrodo inativo (para fechamento de circuito). Observe sempre se a placa está toda coberta para não haver riscos. A pele da cliente deve estar íntegra, ou seja, sem lesões ou irritações e limpa sem cosmético antes da aplicação. Dosimetria: Quantidade de dose que eu estou usando em um determinado tempo (quantidade de energia). Quanto mais energia maior a produção de ácido e base aumentando o perigo de queimaduras. É necessário avaliar os parâmetros, a área e o eletrodo (escolhido conforme a área). Figura 20 Caneta do tipo "rolinho" para ionização. Figura 21 Chamex e placa metálica. 34 11.1.2 DESINCRUSTAÇÃO (Desincruste) É uma técnica que utiliza a corrente galvânica para facilitar a retirada do excesso de secreção sebácea da superfície da pele, através da qual podemos obter processo eletroquímico, de nome eletrólise, transformando o sebo da pele em sabão, numa reação chamada de saponificação. Utiliza-se o polo negativo para amolecer e emulsificar os depósitos de gordura (óleo) e os comedões. Como não há a necessidade de permeação do produto, vai ocorrer a atração. INDICAÇÕES Esse processo é frequentemente usado para tratar acne, millium (pústulas pequenas, parecidas com cistos brancos) e comedões. Também tem sido bastante utilizada nos tratamentos capilares para redução da oleosidade nos quadros seborreicos. CONTRA-INDICAÇÕES Mesmos da ionização, pois também se trata de uma corrente em mA. TÉCNICA Os produtos mais utilizados são os seguintes: Carbonato de
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