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Invaginação intestinal

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Invaginação intestinal
Conceito:
-Telescopagem de um segmento intestinal no lúmen do segmento adjacente, no sentido do peristaltismo.
-Há compressão e angulação dos vasos mesentéricos do intestino invaginado, levando a obstrução estrangulante.
Epdemiologia:
-1.5 a 4/1000
-Pico: 3 a 12 meses
-Rara durante o 1º mês de vida
-Predisposição maior do sexo masculino
-Metade das invaginações recorrentes costumam ter causa anatômica associada.
-80% compromete a região íleocecal.
-Mais frequente em meninos
-Mais frequente em brancos
Etiologia:
-90 a 95% é de causa idiopática e provavelmente causada por hipertrofia de linfonodos submucosos no íleo rterminal
-Infecções respiratórias altas ou enterite precedem a invaginação.
Classificação:
· Ileocecocólica
· Ileocólica
· Ileoileal
· Colocólica
Quadro clínico:
-Lactente bem nutrido
-História prévia de IRA ou gastrenterite
-Instalação súbita
-Febre
-Parada da eliminação de fezes
-Dor abdominal em cólica com períodos de calmaria
-Vomitos precoces, geralmente biliosos
-Fezes com sangue e muco – Fezes em aspecto de geléia de framboesa
-Pode haver diarréia
-Distenção abdominal tardia
-Apatia e prostração
	-Aumento dos ruídos hidroaéreos
-Toque retal com sangue e/ou percepção da cabeça da invaginação
-Sensação da fossa ilíaca direita vazia
TRIADE CLASSICA:
1. Dor em cólica
2. Vomitos
3. Eliminação de sangue nas fezes
Investigação diagnóstica:
-História e exame físico
-Radiografia de abdome:
· Massa de tecidos moles - opacidade
· Enema opaco: parada da progressão do contraste a nivel da cabeça da invaginação gerando imagem em forma de cálice.
-Ultrassom:
· Sinal do alvo
· Sinal do pseudo-rim
· LInfonodos são muito encontrados
Tratamento:
-Alivio da obstrução pela sua redução
-Pré-operatório: Hemograma, suspenção da diéta, acesso venoso adequado, ressucitação eletrolítica. Reposição sanggínea se necessário e antibioticoterapia.
· Redução Hidrostática:
-Contra-indicações absolutas: Choque sem melhora, evidencias de perfuração intestinal, septicemia, paciente com mais de 5anos, invaginação íleocecal e invaginações recorrentes.
-Fatores que predizem a improbabilidade da reduçaõ: Período neonatal, invaginação cronica ou sub-aguda, paciente maior que 2 anos, duração prolongada do sintomas, imagem do cálice.
	 
Sucesso: Fluxo livre do contrate, espulsão de fezes e flatos, desaparecimento da massa palpável e melhora clínica.
Com monitoramento por ultrassom:
-Sucesso: Desaparecimento da invaginação
-Passagem de fluidos e bolhas aéreas do ceco para o íleo terminal e íleo distendido por fluido.
-Vantagens: Sem radiação ebaixa taxa de perfuração 
· Redução pneumática:
-Sucesso: passagem do fluxo de ar para dentro do íleo
-Maior taxa de redução que a hidrostática
-Menos exposição à radiação
-Desvantagem: Alta taxa de perfuração
· Tratamento cirúrgico:
-Indicado nas contraindicações não operatórias ou em casos que não obtiveram Êxito no tratamento não operatório.
-Laparotomia transversa infra ou supra-umbilical
-Redução manual sem ressecção.
-Não obtendo êxito na redução manual ou se houver áreas de necrose: Ressecção intestinal com enteroanastomose ou enterostomia.

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