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(14) TOMO IX questões 3,4,5 e 8

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Questão 3
Questão 3.[footnoteRef:1] [1: Questão 28 – Enade 2014.] 
Uma jornalista baiana passou pelo que classificou como “enorme constrangimento” ao tirar a foto para renovar o passaporte, em Salvador: agentes da Polícia Federal pediram que ela prendesse o cabelo estilo black power, pois o sistema não aceitava a imagem gerada. “Eu gosto do meu cabelo e, naquela foto, fiquei terrível”, disse. A jornalista descarta ter recebido qualquer tratamento racista dos funcionários do local, mas reclamou no Facebook: “essas coisas podem não ser intencionais, mas tudo, no fundo, tem um padrão que desvaloriza a estética que foge do convencional”. O delegado, chefe do setor, explicou que um cabelo de proporções maiores diminui o rosto do fotografado, e foi isso que o sistema impediu. “A gente concorda com ela que isso é inadmissível. O caso já foi passado para nossa sede em Brasília, para sabermos que medidas podem ser adotadas”, afirmou. 
Diários Associados. Estado de Minas, 18 jul. 2014 (com adaptações).
A notícia publicada no jornal abre um leque de possibilidades para o professor abordar o tema da diversidade cultural, por meio de práticas educativas que contemplem as questões históricas e suas implicações na vida cotidiana. Nessa perspectiva, avalie as afirmativas a seguir.
I. A temática diversidade cultural é parte do currículo de História do Brasil, conforme preconiza a Lei No 9.394/1996 (LDB), e, por estar relacionada a aspectos referentes a identidade nacional, portanto, a abordagem das temáticas correlatas deve restringir-se ao âmbito da referida disciplina.
II. A abordagem disciplinar da diversidade cultural deve ser priorizada, buscando-se associações com conhecimentos não constantes do programa da disciplina.
III. A diversidade cultural é tema a ser abordado na perspectiva da transversalidade, o que possibilita colocar em prática a relação entre as áreas dos conhecimentos em sua aplicabilidade transformadora dos fenômenos sociais e naturais.
IV. A principal característica do trabalho com temas transversais é a condição de estabelecimento de relações entre disciplinas e teoria e prática; sujeito e sua produção de conhecimento; conhecimento trabalhado em sala de aula e conhecimentos não constantes dos programas escolares.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e II.
B. I e III.
C. III e IV.
D. I, II e IV.
E. II, III e IV.
1. Introdução teórica
A Lei No 9.394/1996 e a diversidade cultural
A Lei Nº 9.394/1996, de 20 de dezembro de 1996, estabelece, com relação à questão da diversidade cultural brasileira, o que segue.
	
Art. 26o-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena (Redação dada pela Lei Nº 11.645, de 2008).
§ 1o  O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras (Redação dada pela Lei Nº 11.645, de 2008).
Recentemente, cresceram, nos principais debates sobre educação, as discussões em torno do conceito de cultura como construção sócio-histórica e o tema tem ganhado notoriedade em diversos espaços sociais, acadêmicos, midiáticos etc. Há um discurso frequente de tolerância, comumente confrontado com outro que se refere a direitos civis, políticos, sociais e identitários, de reconhecimento e de respeito às diferenças. 
O trabalho com a diversidade cultural na escola deve ser realizado para que nasça a devida revisão de determinados padrões formativos, estéticos e, sobretudo, éticos.
Assim, a lei em questão preconiza que o estudo da história e da cultura afro-brasileira e indígena deve acontecer no âmbito de todo o currículo escolar, não estando restrito somente a algumas disciplinas específicas.
Esse trabalho, iniciado há quase duas décadas, é a chave para evitar constrangimentos como os que a jornalista baiana do texto base da questão viveu, pois, acredita-se na relação direta entre conhecimento e aceitação de diferentes padrões de beleza e de comportamento. Pretende-se que o estudo seja capaz de superar a visão de mundo eurocêntrica, substituída por uma visão poli ou pluricêntrica. 
 
3. Indicações bibliográficas
· BRASIL. Lei No 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 23 dez. 1996.
· RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1995.
· SANTOMÉ, J. T. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In: SILVA, T.T. (Org.). Alienígenas em sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 1995. 
Questões 4 e 5
Questão 4.[footnoteRef:2] [2: Questão 29 – Enade 2014.] 
Hoje, o aluno traz para a escola o que descobre na Internet para discutir com seus colegas e professor. Ele não vê mais o professor como um transmissor ou principal fonte de conhecimento, mas espera que ele se apresente como um orientador das discussões travadas em sala de aula ou mesmo nos ambientes online integrados às atividades escolares.
A possibilidade de pesquisar, ler e conhecer os mais variados assuntos por meio da Internet confere ao aluno um novo perfil de estudante, que exige um novo perfil de professor.
Cabe ao professor estar atento a essa nova fonte de informações, para transformá-las, junto com os alunos, em conhecimento. O professor é parte inerente e necessária a todo esse processo, possui um lugar insubstituível de mediador e problematizador do conhecimento; ele aprende com o aluno.
FREITAS, M. T. Letramento Digital e formação de Professores. Educação em Revista. Belo Horizonte, v. 26, n. 03, 2010, p. 335-362 (com adaptações).
Considerando os desafios colocados para o educador diante das exigências de novas práticas pedagógicas decorrentes dos avanços das tecnologias digitais, avalie as afirmativas a seguir.
I. As novas tecnologias estimulam a busca de mais informações por parte do aluno nativo digital, mas, por si só, não mudam diretamente o processo de ensino-aprendizagem, o qual depende do uso que se faz delas.
II. O professor que não domina as tecnologias digitais deve ser capaz de identificar o aluno nativo digital pelas informações que ele obtém pela Internet.
III. A utilização das novas tecnologias nos ambientes online, integrada às atividades escolares e aos conhecimentos prévios do aluno, é suficiente para a construção do conhecimento.
IV. Uma das tarefas do professor é desenvolver novas formas de ensinar e aprender, incentivando o olhar crítico do aluno frente às inúmeras informações que a tecnologia digital oferece.
É correto apenas o que se afirma em
	A. II.
	B. IV.
	C. I e III.
	D. I e IV.
	E. II e III.
Questão 5.[footnoteRef:3] [3: Questão 30 – Enade 2014.] 
Na atualidade, o surgimento de um novo tipo de sociedade tecnológica é determinado principalmente pelos avanços das tecnologias digitais de comunicação e informação e pela microeletrônica. Essas novas tecnologias – assim consideradas em relação às tecnologias anteriormente existentes –, quando disseminadas socialmente, alteram as qualificações profissionais. A ciência, hoje, na forma de tecnologias, altera o cotidiano das pessoas e coloca-se em todos os espaços. Não há dúvida de que as novas tecnologias de comunicação e informação trouxeram mudanças consideráveis e positivas para a educação. Vídeos, programas educativos na televisão e no computador,sites educacionais e softwares diferenciados transformam a realidade da aula tradicional, dinamizam o espaço de ensino-aprendizagem, onde anteriormente predominava a lousa, o giz, o livro e a voz do professor. Para que as Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) possam fazer alterações no processo educativo, elas precisam, no entanto, ser compreendidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garantir que seu uso realmente faça diferença. 
KENSKI, V. M. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2007 (com adaptações).
Na perspectiva do texto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. 
I. O avanço das tecnologias digitais de comunicação e informação e da microeletrônica podem ser incorporados às tecnologias mais antigas do trabalho educativo, desde que se compreendam as especificidades do ensino e da própria tecnologia.
PORQUE
II. O ensino mediado pelas TIC permite ampliar não somente as possibilidades pedagógicas de aprendizagem, mas também a interação entre os atores do processo educativo.
 A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I.
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não justifica a I.
C. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.
D. A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
E. As asserções I e II são proposições falsas.
1. Introdução teórica
O uso da tecnologia na educação
Se, por um lado, é impossível, na atualidade, ignorar a importância da tecnologia na vida de pessoas do mundo inteiro, especialmente das mais jovens, por outro, o uso da tecnologia em sala de aula ainda causa acalorados debates entre educadores e acadêmicos.
Isso acontece porque não há consenso a respeito do assunto, pois muitos estudos ainda não encontraram correlações diretas entre uso da tecnologia e a melhora no aprendizado.
Evidências indicam que a internet, tablets, computadores e aplicativos estimulam a imaginação e a criatividade dos alunos, além de auxiliarem o trabalho do professor. No entanto, usar a tecnologia não deve ser um fim em si mesmo, e, sim, um meio, uma ferramenta, um instrumento agregador e facilitador do aprendizado e do trabalho docente. Além disso, o uso bem sucedido da tecnologia, em situações ideais, deve vir acompanhado de mudanças de caráter mais profundo, como currículo, avaliação e capacitação e desenvolvimento profissional dos professores. 
Dito de outra forma, o uso das novas tecnologias, embora muito estimulante se devidamente utilizadas, não muda diretamente o processo de ensino-aprendizagem, que depende de como essas tecnologias são aplicadas. Tanto professores quanto alunos devem ter olhar crítico frente às inúmeras informações que a tecnologia digital coloca a nosso dispor. 
Também é de suma importância não perder de vista que a tecnologia deve agregar valor ao trabalho do professor, e não substituí-lo. As novas ferramentas tecnológicas devem ser incorporadas aos métodos e recursos mais antigos do trabalho educativo.		
Diversos estudos acadêmico-científicos indicam que não tem serventia usar a tecnologia apenas para se ter uma aparência de escola moderna; projetos sem objetivos claros nem integração com o currículo escolar vão agregar pouco ao aprendizado, pois o ensino mediado pela tecnologia só amplia as possibilidades pedagógicas quando há objetivos bem determinados e interação entre os atores do processo educativo.
É importante que as escolas sejam capazes de ver a internet além dos sites de busca e das redes sociais e que consigam orientar os alunos na elaboração de tarefas bem feitas e criteriosas, que fujam do habitual gesto de "CtrlC+CtrlV" (comandos de computador de “copiar e colar”). 
3. Indicações bibliográficas 
· HABERMAS, J. Teoría de la acción comunicativa. Madrid: Taurus, 1987.
· LÉVY, P. A conexão planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: Editora 34, 2001.
· MERCADO, L. P. L. Novas tecnologias na educação: reflexões sobre a prática. Maceió: EDUFAL, 2002.
Questão 8
Questão 8.[footnoteRef:4] [4: Questão 35 – Enade 2014.] 
Da visão dos direitos humanos e do conceito de cidadania fundamentado no reconhecimento das diferenças e na participação dos sujeitos, decorre uma identificação dos mecanismos e processos de hierarquização que operam na regulação e produção de desigualdades. Essa problematização explicita os processos normativos de distinção dos alunos em razão de características intelectuais, físicas, culturais, sociais e linguísticas, estruturantes do modelo tradicional de educação escolar.
BRASIL, MEC. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2008, p. 6 (com adaptações).
As questões suscitadas no texto ratificam a necessidade de novas posturas docentes, de modo a atender a diversidade humana presente na escola. Nesse sentido, no que diz respeito a seu fazer docente frente aos alunos, o professor deve
I. desenvolver atividades que valorizem o conhecimento historicamente elaborado pela humanidade e aplicar avaliações criteriosas com o fim de aferir, em conceitos ou notas, o desempenho dos alunos.
II. instigar ou compartilhar as informações e a busca pelo conhecimento de forma coletiva, por meio de relações respeitosas acerca dos diversos posicionamentos dos alunos, promovendo o acesso às inovações tecnológicas.
III. planejar ações pedagógicas extraescolares, visando ao convívio com a diversidade; selecionar e organizar os grupos, a fim de evitar conflitos.
IV. realizar práticas avaliativas que evidenciem as habilidades e competências dos alunos, instigando esforços individuais para que cada um possa melhorar o desempenho escolar.
V. utilizar recursos didáticos diversificados, que busquem atender a necessidade de todos e de cada um dos alunos, valorizando o respeito individual e o coletivo.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e III.
B. II e V.
C. II, III e IV.
D. I, II, IV e V.
E. I, III, IV e V.
1. Introdução teórica
Direitos humanos, cidadania e educação inclusiva
Muito se fala em direitos humanos, cidadania e inclusão. Os discursos, sobretudo os de caráter político ou educacional, vêm sendo permeados por frases como “observação dos direitos humanos”, “construção da cidadania”, “exercício da cidadania”, “políticas de inclusão” etc.
A educação precisa ser pensada em consonância com a garantia dos direitos humanos, com uma representação de sociedade que possa fortalecer a promoção desses direitos como dimensão ética. Trata-se de um movimento de saída “de si” e de encontro “com o outro”.
É necessário, portanto, entender o processo de interação social como algo permanentemente conflituoso e compreender os fatores que o fazem ser assim. Isso tende a colocar em xeque forças diversas, às vezes antagônicas, bem como os próprios conceitos de direitos humanos, cidadania e inclusão, pois são conceitos que costumam ser interpretados sob uma ótica particular de determinado tipo de intervenção humana.
Os processos normativos da distinção dos alunos em razão de características intelectuais, físicas, culturais, sociais e linguísticas, estruturantes do modelo tradicional de educação escolar, só podem ser extirpados, ou pelo menos dirimidos, com posturas docentes que atendam e valorizem a diversidade humana na escola. Para tanto, um professor pode utilizar, por exemplo, recursos didáticos diversificados, que atendam as necessidades de todos e de cada um dos alunos, a fim de valorizar o respeito individual e o coletivo.
Com relação àqueles que têm algum tipo de limitação, deficiência ou necessidade especial, o processo de inclusão escolar tem avançado no país, embora ainda haja muito por fazer.Historicamente, um dos maiores desafios para a plena inclusão social das pessoas com deficiência foi o acesso ao sistema regular de ensino, considerado insatisfatório até por muitosdaqueles que não apresentam nenhuma necessidade especial. Durante longo tempo, foi predominante a ideia de que pessoas com alguma condição de deficiência deveriam frequentar apenas entidades especializadas e exclusivas para elas. Hoje, no entanto, não há dúvidas de que a convivência entre os diferentes, entre aqueles com e sem deficiência, é um processo positivo e benéfico para todos os envolvidos.
O tema da inclusão ainda levanta muita polêmica no Brasil. Embora a garantia legal ainda não possibilite que a inclusão escolar aconteça de forma integral ou sem dificuldades, o país conta com farta legislação a respeito do tema, que garante a todas as crianças e a todos os adolescentes com deficiência o acesso às salas de aula comuns e criminaliza qualquer tentativa de negar a alunos com deficiência matrícula em escolas públicas e particulares (artigo 8º da Lei N º 7.853/89, artigo 208 da Constituição Federal e artigo 24 da Convenção sobre o Direito das Pessoas com Deficiência, só para mencionar alguns).
Ainda existe resistência por parte de pais de alunos com deficiência que rejeitam a ideia de matricular seus filhos em escolas comuns, pois percebem e apontam as inúmeras debilidades do sistema regular de ensino.
O professor deve ser o elemento-chave que instiga seus alunos e compartilha com eles as informações e a busca do conhecimento de forma coletiva, por meio de relações respeitosas quanto aos diversos posicionamentos dos alunos, promovendo indistintamente, por exemplo, o acesso às inovações tecnológicas, o debate, as discussões e a participação dos sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. 
2. Indicações bibliográficas
· AZEVEDO, J. M. L. A educação como política pública. Campinas: Autores Associados, 1997.
· BOBBIO, N. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
· GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
Questão 3
 
Questão 3.
1
 
Uma jornalista baiana passou pelo que classificou como “enorme constrangimento” ao 
tirar a foto para renovar o passaporte, em Salvador: agentes da Polícia Federal 
pediram que ela prendesse o cabelo 
estilo black power
,
 
pois o sistema não aceitava a 
imagem gerada
.
 
“Eu gosto do meu cabelo e, naquela foto, fiquei terrível”, disse. A 
jornalista descarta ter recebido qualquer tratamento racista dos funcionários do local, 
mas reclamou no Facebook: “essas coisas podem não ser 
intencionais, mas tudo, no 
fundo, tem um padrão que desvaloriza a estética que foge do convencional”. O 
delegado, chefe do setor, explicou que um cabelo de proporções maiores diminui o 
rosto do fotografado, e foi isso que o sistema impediu. “A gente concor
da com ela que 
isso é inadmissível. O caso já foi passado para nossa sede em Brasília, para sabermos 
que medidas podem ser adotadas”, afirmou. 
 
Diários Associados
. 
Estado de Minas
,
 
18 jul. 2014
 
(
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ções
).
 
 
A 
notícia publicada no jornal abre um lequ
e de possibilidades para o professor 
abordar o tema da diversidade cultural, por meio de práticas educativas que 
contemplem as questões históricas e suas implicações na vida cotidiana. Nessa 
perspectiva, avalie as afirma
tivas
 
a seguir.
 
I. A temática divers
idade cultural é parte do currículo de História do Bra
sil, 
conforme preconiza a Lei N
o
 
9.394/1996 (LDB), e, por estar relacionada a 
aspectos referentes a identidade nacional, portanto, a abordagem das 
temáticas correlatas deve restringir
-
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ferida disciplina.
 
II. A abordagem disciplinar 
da diversidade cultural deve ser priorizada, 
buscando
-
se associações com conhecimentos não constantes do programa da 
disciplina.
 
III. A diversidade cultural é tema a ser abordado na perspectiva da 
transversali
dade, o que possibilita colocar em prática a relação entre as áreas 
dos conhecimentos em sua aplicabilidade transformadora dos fenômenos 
sociais e naturais.
 
IV. A principal característica do trabalho com temas transversais é a condição 
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e relações entre disciplinas e teoria e prática; sujeito e sua 
produção de conhecimento; conhecimento trabalhado em sala de aula e 
conhecimentos não constantes dos programas escolares.
 
É correto apenas o que se afirma em
 
A.
 
I e II
.
 
 
 
1
Questão 28 
–
 
Enade 2014.
 
Questão 3 
Questão 3.
1
 
Uma jornalista baiana passou pelo que classificou como “enorme constrangimento” ao 
tirar a foto para renovar o passaporte, em Salvador: agentes da Polícia Federal 
pediram que ela prendesse o cabelo estilo black power, pois o sistema não aceitava a 
imagem gerada. “Eu gosto do meu cabelo e, naquela foto, fiquei terrível”, disse. A 
jornalista descarta ter recebido qualquer tratamento racista dos funcionários do local, 
mas reclamou no Facebook: “essas coisas podem não ser intencionais, mas tudo, no 
fundo, tem um padrão que desvaloriza a estética que foge do convencional”. O 
delegado, chefe do setor, explicou que um cabelo de proporções maiores diminui o 
rosto do fotografado, e foi isso que o sistema impediu. “A gente concorda com ela que 
isso é inadmissível. O caso já foi passado para nossa sede em Brasília, para sabermos 
que medidas podem ser adotadas”, afirmou. 
Diários Associados. Estado de Minas, 18 jul. 2014 (com adaptações). 
 
A notícia publicada no jornal abre um leque de possibilidades para o professor 
abordar o tema da diversidade cultural, por meio de práticas educativas que 
contemplem as questões históricas e suas implicações na vida cotidiana. Nessa 
perspectiva, avalie as afirmativas a seguir. 
I. A temática diversidade cultural é parte do currículo de História do Brasil, 
conforme preconiza a Lei N
o
 9.394/1996 (LDB), e, por estar relacionada a 
aspectos referentes a identidade nacional, portanto, a abordagem das 
temáticas correlatas deve restringir-se ao âmbito da referida disciplina. 
II. A abordagem disciplinar da diversidade cultural deve ser priorizada, 
buscando-se associações com conhecimentos não constantes do programa da 
disciplina. 
III. A diversidade cultural é tema a ser abordado na perspectiva da 
transversalidade, o que possibilita colocar em prática a relação entre as áreas 
dos conhecimentos em sua aplicabilidade transformadora dos fenômenos 
sociais e naturais. 
IV. A principal característica do trabalho com temas transversais é a condição 
de estabelecimento de relações entre disciplinas e teoria e prática; sujeito e sua 
produção de conhecimento; conhecimento trabalhado em sala de aula e 
conhecimentos não constantes dos programas escolares. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e II. 
 
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Questão 28 – Enade 2014.

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