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Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 Concurso Público 001/2019 Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul/SC Prova objetiva: 26/01/2020 APOSTILA de CONHECIMENTOS GERAIS e ESPECÍFICOS – área da EDUCAÇÃO Autores: Juliana L. N. Bittencourt e Rodrigo F. Girnos CURSO PREPARATÓRIO ESCOLHA CERTA São Francisco do Sul/SC, 2019 2 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 ÍNDICE CONHECIMENTOS GERAIS LÍNGUA PORTUGUESA LINGUAGEM Linguagem verbal e não verbal ............................................................................ 4 Funções da linguagem ........................................................................................ 4 Variedades linguísticas ....................................................................................... 5 FONOLOGIA Ortografia .......................................................................................................... 6 Acentuação gráfica ............................................................................................. 7 MORFOLOGIA Estrutura das palavras ........................................................................................ 8 Formação das palavras ....................................................................................... 8 Classes gramaticais variáveis e invariáveis .......................................................... 9 SINTAXE Tipos de período .............................................................................................. 14 Termos essenciais da oração ............................................................................ 15 Termos integrantes da oração ........................................................................... 15 Termos acessórios da oração e vocativo ............................................................ 15 Colocação pronominal ...................................................................................... 16 Orações coordenadas e subordinadas ................................................................ 17 Concordância nominal ...................................................................................... 18 Concordância verbal ......................................................................................... 18 Regência verbal ............................................................................................... 21 Regência nominal ............................................................................................. 22 Crase .............................................................................................................. 23 Pontuação ....................................................................................................... 24 Semântica ........................................................................................................ 25 Interpretação textual ......................................................................................... 26 MATEMÁTICA Números inteiros: operações e propriedades ...................................................... 28 Números racionais: operações e propriedades .................................................... 28 Números reais .................................................................................................. 29 Números irracionais .......................................................................................... 29 Razão e proporção ........................................................................................... 30 Porcentagem .................................................................................................... 30 Regra de três simples e composta ..................................................................... 31 Juros simples e compostos................................................................................ 32 Equação de 1º .................................................................................................. 32 Equação de 2º grau .......................................................................................... 33 Equação exponencial ........................................................................................ 34 Logaritmos ....................................................................................................... 34 Funções: 1º grau, 2º grau, exponencial, logarítmica e trigonométrica ................... 34 Matrizes, determinantes e resolução de sistemas lineares ................................... 36 Sistema métrico: medidas de tempo, comprimento, superfície e capacidade ......... 36 Relação entre grandezas: tabelas e gráficos ...................................................... 37 Raciocínio Lógico ............................................................................................. 37 Geometria Plana .............................................................................................. 38 Cálculo de Área ................................................................................................ 38 Trigonometria ................................................................................................... 39 Progressão Aritmética (PA). Progressão Geométrica (PG) ................................... 39 Estatística básica ............................................................................................. 40 Conjuntos ........................................................................................................ 41 Sistema Cartesiano .......................................................................................... 42 Polinômios ....................................................................................................... 42 3 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 OBS.: os tópicos “Resolução de situações-problema” e “Álgebra” são abordados ao longo da apostila LEGISLAÇÃO MUNICIPAL Lei Orgânica do Município de Jaraguá do Sul ..................................................... 43 Lei Complementar nº 154/2014 – Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município de Jaraguá do Sul ...................................................................................................... 51 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Constituição Federal de 1988 (CF/88). Artigos 5º e 205 ao 214 ............................ 60 Lei Federal nº 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente ...................... 65 Lei Federal nº 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) .. ................................................................................................................................ 69 Lei Federal nº 13.005/2014 – Plano Nacional de Educação (PNE) ....................... 79 Base Nacional Comum Curricular ....................................................................... 81 Lei Federal nº 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência. Inclusão e educação especial .................................................................................................................... 86 Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana ................................................................................................................................ 91 Projeto político-pedagógico ............................................................................... 93 Elementos que constituem o planejamento. Planejamento, seleção e organização de conteúdos ................................................................................................................. 94 Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica –Parecer CNE/CEB nº 7/2010 .................................................................................................................. 96 GABARITO DAS QUESTÕES .................................................................................... 105 CURSO PREPARATÓRIO ESCOLHA CERTA Contato: (47) 99945-8512 / (47) 99936-8549 4 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 CONHECIMENTOS GERAIS LÍNGUA PORTUGUESA Linguagem verbal e não ver- bal Linguagem verbal Representa a utilização da escrita ou da fala para a comunicação. É a forma em que nos fazemos en- tender para o outro, expondo ideias e pensamentos, por meio de palavras – ou signo linguístico. Afinal, não há outra maneira de nosso interlocutor saber o que se passa em nossa cabeça, a não ser que o di- gamos. Para citar um exemplo corriqueiro, perceba que, por meio da frase “Mãe, preciso almoçar”, a filha deixa clara a necessidade de se alimentar e o desejo de que sua mãe a ajude. Mas isso provavelmente não se daria da mesma maneira caso a menina permane- cesse calada. Linguagem não verbal Sabe aquela expressão “um gesto vale mais do que mil palavras”? É mais ou menos o sentido da lin- guagem não verbal. Ou seja, é tudo aquilo que você não diz em palavras, mas que o seu corpo transmite em olhares e atitudes. A respeito desse assunto, os autores Pierre Weil e Roland Tompakow escreveram o livro “O corpo fala: A linguagem silenciosa da comunicação não-verbal”, trazendo até mesmo ilustrações de expressões cor- porais típicas. Afinal, como colocam os autores, “o corpo não mente”. Quer ver um exemplo? Você já re- parou que ao ficar impaciente com alguma situação tende a balançar a perna ou bater o pé no chão? E isso nem é proposital. Você age de maneira total- mente involuntária. Ou já notou que, quando está tí- mido, acaba encolhendo os ombros? E mesmo man- tém o olhar distante quando não tem interesse no que o outro fala com você? E quem nunca ouviu sobre a importância de ficar de cabeça erguida, sem deixar que nenhuma circunstância ou estímulo externo abale sua autoconfiança? Essas são só algumas pro- vas de que o corpo tem, sim, muito a dizer. Outras formas de linguagem não verbal são aquelas expressas por placas, imagens ou figuras. No entanto, é necessário que se conheça previa- mente o que quer dizer esse signo. Isto é, para aquela criança que ainda não aprendeu sobre as leis de trânsito, a placa indicando parada obrigatória ou o sinal vermelho pouco significam. Funções da linguagem Têm como principal objetivo dar um destaque maior para a mensagem que o locutor deseja passar para os leitores, em que podem ser usados diversos recursos diferentes de comunicação, de acordo com o objetivo do locutor ou escritor. As funções de linguagem nada mais são do que recursos que podem fazer com que uma mensagem tenha mais destaque. Vale ressaltar que estes recur- sos podem ser usados tanto em jornais, quanto em livros e até no dia-a-dia. Função emotiva É a função em que o locutor ou o emissor ganha ênfase, em que as emoções são expressas, sendo que este tipo de função é cheia de pontuações, o que dá a ideia de que o locutor está expressando as suas emoções e sempre prevalece a primeira pessoa do singular. Exemplo: Hoje estou a chorar pela morte de meu amor….. Nunca mais vai voltar! Que cruel!!! Função apelativa ou conotativa É a função que é voltada para quem ouve, ou seja, para o receptor, sendo que apela sempre para que o receptor faça algo, pois o uso do imperativo é bem presente, sendo que é muito usado em propa- gandas e se usa sempre a segunda pessoa do dis- curso. Exemplo: Beba Coca-Cola e viva Feliz! Função referencial É a função em que se fala do referente e nada mais. Exemplo: Coca-cola: Uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, está ganhando fama de bebida inapropriada para menores, devido ao alta quantidade de calorias. Função metalinguística É um tipo de função bem especial, em que se preocupa com os códigos, é como que a pessoa des- crevesse de si mesmo ou a linguagem descrevendo de si mesmo. Exemplo: Escrever poemas é como escrever pa- lavras do coração…. Função fática É a função em que se testa algum canal ou al- gum som, como no caso dos rádios HT ou telefones. Exemplo: Alô? Alguém me ouve do outro lado do telefone? Função poética 5 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 É a função que foca muito na própria mensagem, em que as mensagens são feitas em versos que ex- primem muita emoção e este tipo de função também pode ser usada em propagandas. Exemplo: O amor é algo que está sempre fer- vendo em nossos corações todos os dias, em olhos apaixonados. EXERCÍCIO 1) Assinale a alternativa que contenha a sequência correta sobre as funções da linguagem, importan- tes elementos da comunicação: I. Ênfase no emissor (1ª pessoa) e na expressão di- reta de suas emoções e atitudes. II. Evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os juízos. É a linguagem da comunicação. III. Busca mobilizar a atenção do receptor, produ- zindo um apelo ou uma ordem. IV. Ênfase no canal para checar sua recepção ou para manter a conexão entre os falantes. V. Visa à tradução do código ou à elaboração do dis- curso, seja ele linguístico ou extralinguístico. VI. Voltada para o processo de estruturação da men- sagem e para seus próprios constituintes, tendo em vista produzir um efeito estético. ( ) função metalinguística. ( ) função poética. ( ) função referencial. ( ) função fática. ( ) função conativa. ( ) função emotiva. a) 1, 2, 4, 3, 6, 5. b) 5, 2, 6, 4, 3, 1. c) 5, 6, 2, 4, 3, 1. d) 6, 5, 2, 4, 3, 1. e) 3, 5, 2, 4, 6, 1. Variedades linguísticas As variações linguísticas reúnem as variantes da língua que foram criadas pelos homens e são rein- ventadas a cada dia. Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos aspectos históricos, sociais, cultu- rais e geográficos, entre outros. No Brasil, é possível encontrar muitas variações linguísticas, por exemplo, na linguagem regional. Nas falas do Chico Bento e de seu primo Zé Lelé notamos o regionalismo. Tipos e exemplos de variações linguísticas Há diversos tipos de variações linguísticas se- gundo o campo de atuação: VARIAÇÃO GEOGRÁFICA OU DIATÓPICA Está relacionada com o local em que é desenvol- vida, tal como as variações entre o português do Bra- sil e de Portugal, chamadas de regionalismo. Exemplos de regionalismo: VARIAÇÃO HISTÓRICA OU DIACRÔNICA Ocorre com o desenvolvimento da história, tal como o português medieval e o atual. Exemplo de português arcaico: "Elípticos", "pega-las-emos" são formas que caí- ram em desuso. VARIAÇÃO SOCIAL OU DIASTRÁTICA É percebida segundo os grupos (ou classes) so- ciais envolvidos, tal como uma conversa entre um orador jurídico e um morador de rua. Exemplo desse tipo de variação são os socioletos. Exemplo de socioleto: 6 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 A linguagem técnica utilizada pelos médicos nem sempre é entendida pelos seus pacientes. VARIAÇÃO SITUACIONAL OU DIAFÁSICA Ocorre de acordo com o contexto, por exemplo, situações formais e informais. As gírias são expres- sões populares utilizadas por determinado grupo so- cial. Exemplo de gíria: A Língua Brasileira de Sinais (Libras) também tem as suas gírias. EXERCÍCIO 2) A língua varia no tempo, no espaço e em diferen- tes classes socioculturais. O texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que a) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas. b) a utilização de inovações do léxico é percebida na comparação de gerações. c) o emprego de palavras com sentidos diferentes caracterizadiversidade geográfica. d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identi- ficadores da classe social a que pertence o fa- lante. e) o modo de falar específico de pessoas de dife- rentes faixas etárias é frequente em todas as re- giões. Ortografia Uso do x/ch O x é utilizado nas seguintes situações: • Geralmente, depois dos ditongos: caixa, deixa, peixe. • Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano. • Palavras com origem indígena ou africana: xará, xavante, xingar. • Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada, en- xame. Exceções: 1. A palavra "mecha" (porção de cabelo) escreve-se com ch. 2. O verbo "encher" escreve-se com ch. O mesmo acontece com as palavras que dele derivem: en- chente, encharcar, enchido. Uso do h O h é utilizado nas seguintes situações: • No final de algumas interjeições: Ah!, Oh!, Uh! • Por força da etimologia: habilidade, hoje, homem. • Nos dígrafos ch, lh, nh: flecha, vermelho, manha. • Nas palavras compostas: mini-hotel, sobre-hu- mano, super-homem. • Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção. O acidente geográfico "baía" é grafado sem h. Uso do s/z O s é utilizado nas seguintes situações: • Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso/- osa que indicam grande quantidade, estado ou circunstância: bondoso, feiosa, oleoso. • Nos sufixos -ês, -esa, -isa que indicam origem, tí- tulo ou profissão: marquês, francesa, poetisa. • Depois de ditongos: coisa, maisena, lousa. • Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quis, quiseram. • O z, por sua vez, é utilizado nas seguintes situa- ções: • Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza, belo - be- leza, grande - grandeza. • No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, bati- zar, hospitalizar. Uso do g/j O g é utilizado nas seguintes situações: • Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio, litígio, relógio, refú- gio. • Nos substantivos que terminem em -gem: alavan- cagem, vagem, viagem. • O j, por sua vez, é utilizado nas seguintes situa- ções: • Palavras com origem indígena: pajé, jerimum, canjica. • Palavras com origem africana: jabá, jiló, jagunço. Observações: 7 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 1. A conjugação do verbo viajar no Presente do Subjuntivo escreve-se com j: (Que) eles/elas via- jem. 2. Nos verbos que, no infinitivo, contenham g antes de e ou i, o g é substituído para j antes do a ou do o, de forma a que seja mantido o mesmo som. Assim: afligir - aflija, aflijo; eleger - elejam, elejo; agir - ajam, ajo. 3. A cidade Mogi das Cruzes escreve-se com g. A pessoa que nasce ou que vive é chamada de "mogiano". No entanto, a palavra "mojiano" existe e, de acordo com o dicionário Michaelis significa "Relativo ou pertencente à região que era servida pela antiga Estrada de Ferro Mojiana (de São Paulo a Minas Gerais)." EXERCÍCIOS: 3) (CESCEA) Marque a única opção em que todas as palavras estejam completas com x. a) en__oval, __ingar, cai__eiro, en__ugar, __ícara b) pu__ar, a__atar, en__ovia, in__ado, a__incalhar c) pi__e, dei__ar, en__ugar, __adrez, bai__o d) __u__u, amei__a, cartu__o, deslei__ada, trou__a e) pe__incha, co__a, bro__e, en__ada, en__arcado 4) (F. São Marcos/SP) Assinale a alternativa cujas palavras estão todas corretamente grafadas: a) pajé, xadrês, flecha, misto, aconchego b) abolição, tribo, pretensão, obsecado, cansaço c) gorjeta, sargeta, picina, florescer, conciliar d) xadrez, ficha, mexerico, enxame, enxurrada e) pajé, xadrês, flexa, mecherico, enxame Acentuação gráfica Na Língua Portuguesa, todas as palavras pos- suem uma sílaba tônica - a que recebe a maior infle- xão de voz. Nem todas, porém, são marcadas pelo acento gráfico. O nosso estudo é exatamente este: em que palavras usar o acento agudo ou o acento circunflexo? A sílaba tônica é a mais forte da palavra. Só existe uma sílaba tônica em cada palavra. Exemplos: Guaraná - A sílaba tônica é a última. Táxi - A sílaba tônica é a penúltima. Própolis - A sí- laba tônica é a antepenúltima. A sílaba tônica sempre se encontra em uma des- tas três sílabas: última, penúltima e antepenúltima Quando a palavra possuir uma sílaba só, será denominada monossílaba. Os monossílabos podem ser átonos e tônicos. Regras de Acentuação • Monossílabos Tônicos: serão acentuados quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s. Ex. pá, mês, dó. • Oxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na última sílaba. São acentuadas quando ter- minarem em A, E, O, seguidos ou não de s, e em EM, ENS. Ex. Corumbá, sapé, jiló, Belém, parabéns. • Paroxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na penúltima sílaba. São acentuadas quando terminarem em UM, UNS, L, PS, X, ÃO (s), U (s), ditongo (s), N, I (s), R, Ã (s).Ex. álbum, ágil, bí- ceps, tórax, jóquei, órgão, bônus, Mário, pólen, táxi, fêmur, órfãs. • Proparoxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na antepenúltima sílaba. Todas as propa- roxítonas são acentuadas, salvo a expressão per capita, por não pertencer à Língua Portuguesa. Ex.: síndrome, ínterim, lêvedo, lâmpada, sân- dalo. • Ditongos Abertos Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pro- núncia aberta em palavras oxítonas são acentuados. Ex.: éi (s): anéis, fiéis, papéis; éu(s): troféu, céus; ói (s): herói, constrói, caubóis. Obs.: os ditongos abertos ocorridos em pala- vras paroxítonas NÃO são acentuados. Ex.: assem- bleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, etc. • Hiato: as letras i e u serão acentuadas, indepen- dente da posição na palavra, quando surgirem: o Formando hiato tônico com a vogal anterior. Ex.: saída, ataúde, miúdo. o Sem consoante na mesma sílaba, exceto o s. Ex.: sairmos, balaústre, juiz. o Sem nasalização (til, NH e ressoo nasal). Ex.: rainha, ruim, juízes. EXERCÍCIOS: 5) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos: a) paletó, avô, pajé, café, jiló b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis c) vovô, capilé, Paraná, lápis, caí d) amém, amável, filó, porém, além 6) Assinale a alternativa em que os vocábulos estão errados, quanto à acentuação gráfica: a) saída, tórax, avô, vezes b) assembléia, ventoínha, idéia c) carência, amigável, única, super d) abençoo, máximo, ímã, cipó. Estrutura das palavras Estudar a estrutura das palavras é estudar os elementos que formam a palavra, denominados de morfemas. São os seguintes os morfemas da Língua Portuguesa: Radical 8 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 O que contém o sentido básico do vocábulo. Aquilo que permanecer intacto, quando a palavra for modificada. Ex.: falar, comer, dormir, casa, carro. Obs.: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, retirando-se a terminação AR, ER ou IR. Vogal temática • Nos verbos, são as vogais A, E e I, presentes à terminação verbal. Elas indicam a que conjuga- ção o verbo pertence: o 1ª conjugação = Verbos terminados em AR o 2ª conjugação = Verbos terminados em ER o 3ª conjugação = Verbos terminados em IR Obs.: O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, já que proveio do antigo verbo poer. • Nos substantivos e adjetivos, são as vogais A, E, I, O e U, no final da palavra, evitando que ela termine em consoante. Por exemplo: meia, pente, táxi, couro, urubu. *Cuidado para não confundir vogal temática de substantivo e adjetivo com desinência nominal de gê- nero, que estudaremos mais à frente. Tema É a junção do radical com a vogal temática. Se não existir a vogal temática, o tema e o radical serão o mesmo elemento; o mesmo acontecerá quando o radical for terminado em vogal. • Nos verbos, o tema sempre será a soma do radi- cal com a vogal temática - estuda, come, parti. • Nos substantivos e adjetivos,nem sempre isso acontecerá. Exemplos: no substantivo “pasta”, past é o radical, a, a vogal temática, e pasta o tema; já na palavra “leal”, o radical e o tema são o mesmo elemento - leal, pois não há vogal temá- tica; e na palavra “tatu” também, mas agora por- que o radical é terminado pela vogal temática. Desinências É a terminação das palavras, flexionadas ou va- riáveis, posposta ao radical, com o intuito de modi- ficá-las. Modificamos os verbos, conjugando-os; mo- dificamos os substantivos e os adjetivos em gênero e número. Existem dois tipos de desinências: DESINÊNCIAS VERBAIS • Modo-temporais = indicam o tempo e o modo. São quatro as desinências modo-temporais: o -va- e -ia-, para o Pretérito Imperfeito do Indi- cativo = estudava, vendia, partia. o -ra-, para o Pretérito Mais-que-perfeito do In- dicativo = estudara, vendera, partira. o -ria-, para o Futuro do Pretérito do Indicativo = estudaria, venderia, partiria. o -sse-, para o Pretérito Imperfeito do Subjun- tivo = estudasse, vendesse, partisse. • Número-pessoais = indicam a pessoa e o nú- mero: o Grupo I: i, ste, u, mos, stes, ram, para o Pre- térito Perfeito do Indicativo = eu cantei, tu can- taste, ele cantou, nós cantamos, vós cantas- tes, eles cantaram. o Grupo II: -, es, -, mos, -des, -em, para o Infini- tivo Pessoal e para o Futuro do Subjuntivo = Era para eu cantar, tu cantares, ele cantar, nós cantarmos, vós cantardes, eles cantarem. Quando eu puser, tu puseres, ele puser, nós pusermos, vós puserdes, eles puserem. o Grupo III: -, s, -, mos, -is, -m, para todos os outros tempos = eu canto, tu cantas, ele canta, nós cantamos, vós cantais, eles can- tam. DESINÊNCIAS NOMINAIS • de gênero = indica o gênero da palavra. A pala- vra terá desinência nominal de gênero quando houver a oposição masculino - feminino. Por exemplo: cabeleireiro - cabeleireira. A vogal a será desinência nominal de gênero sempre que indicar o feminino de uma palavra, mesmo que o masculino não seja terminado em o. Por exemplo: crua, ela, traidora. • de número = indica o plural da palavra. É a letra s, somente quando indicar o plural da palavra. Por exemplo: cadeiras, pedras, águas. • afixos: São elementos que se juntam a radicais para formar novas palavras. São eles: o prefixo: aparece antes do radical. Por exem- plo: destampar, incapaz, amoral. o sufixo: aparece depois do radical, do tema ou do infinitivo. Por exemplo: pensamento, acu- sação, felizmente. • vogais e consoantes de ligação: surgem entre dois morfemas, para tornar mais fácil e agradável a pronúncia de certas palavras. Por exemplo: flo- res, bambuzal, gasômetro, canais. Formação das palavras Para analisar a formação de uma palavra, deve- se procurar a origem dela. Caso seja formada por apenas um radical, diremos que foi formada por deri- vação; por dois ou mais radicais, composição. São os seguintes os processos de formação de palavras: • Derivação: Formação de novas palavras a partir de apenas um radical. o Derivação Prefixal: Acréscimo de um prefixo à palavra primitiva; também chamado de pre- fixação. Por exemplo: antepasto, reescrever, infeliz. o Derivação Sufixal: Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva; também chamado de sufixa- ção. Por exemplo: felizmente, igualdade, flo- rescer. o Derivação Prefixal e Sufixal: Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, em tempos dife- 9 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 rentes; também chamado de prefixação e su- fixação. Por exemplo: infelizmente, desigual- dade, reflorescer. o Derivação Parassintética: Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, simultaneamente; tam- bém chamado de parassíntese. Por exemplo: envernizar, enrijecer, anoitecer. Obs.: a maneira mais fácil de se estabelecer a dife- rença entre Derivação Prefixal e Sufixal e Derivação Parassintética é a seguinte: retira-se o prefixo; se a palavra que sobrou existir, será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, retira-se, agora, o sufixo; se a palavra que sobrou existir, será Der. Pref. e Suf.; caso con- trário, será Der. Parassintética. Por exemplo, retire o prefixo de envernizar: não existe a palavra “vernizar”; agora, retire o sufixo: também não existe a palavra “enverniz”. Portanto, a palavra foi formada por Paras- síntese. o Derivação Regressiva: É a retirada da parte final da palavra primitiva, obtendo, por essa redução, a palavra derivada. Por exemplo: do verbo debater, retira-se a desinência de infini- tivo -r: formou-se o substantivo debate. o Derivação Imprópria: É a formação de uma nova palavra pela mudança de classe grama- tical. Por exemplo: a palavra gelo é um subs- tantivo, mas pode ser transformada em um adjetivo: camisa gelo. • Composição: Formação de novas palavras a partir de dois ou mais radicais. o Composição por justaposição: Na união, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais ponta e pé, obtém-se a palavra pon- tapé. O mesmo ocorre com mandachuva, passatempo, guarda-pó. o Composição por aglutinação: Na união, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais água e ardente, obtém-se a pala- vra aguardente, com o desaparecimento do a. O mesmo acontece com embora (em boa hora), planalto (plano alto). • Hibridismo: É a formação de novas palavras a partir da união de radicais de idiomas diferentes. Por exemplo: automóvel, sociologia, sambó- dromo, burocracia. • Onomatopeia: Consiste em criar palavras, ten- tando imitar sons da natureza. Por exemplo: zun- zum, cricri, tique-taque, pingue-pongue. • Abreviação Vocabular: Consiste na eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter uma forma mais curta. Por exemplo: de extraordi- nário forma-se extra; de telefone, fone; de foto- grafia, foto; de cinematografia, cinema ou cine. • Siglas: As siglas são formadas pela combinação das letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui um nome: Por exemplo: IBGE (Ins- tituto Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano). • Neologismo semântico: Forma-se uma palavra por neologismo semântico, quando se dá um novo significado, somado ao que já existe. Por exemplo, a palavra legal significa dentro da lei; a esse significado somamos outro: pessoa boa, pessoa legal. • Empréstimo linguístico: É o aportuguesamento de palavras estrangeiras; se a grafia da palavra não se modifica, ela deve ser escrita entre aspas. Por exemplo: estresse, estande, futebol, bife, "show", xampu, "shopping center". EXERCÍCIOS: 7) Todas as palavras abaixo são formadas por deri- vação, exceto: a) esburacar; b) pontiagudo; c) rouparia; d) ilegível; e) dissílabo. 8) O processo de formação da palavra amaciar está corretamente indicado em: a) parassíntese; b) justaposição; c) prefixação; d) aglutinação; e) sufixação. Classes gramaticais variáveis e invariáveis As palavras da Língua Portuguesa são distribuí- das, por natureza, a DEZ diferentes classes gramati- cais, cada uma delas apresenta características pró- prias, divididas entre variáveis e invariáveis. Classes gramaticais variáveis: • Substantivos: nomeiam seres, coisas e ideias. Exemplo: João, fogo, amor, beleza. • Verbo: indica ação, estado ou fenômeno da na- tureza. Exemplo: Anoitece, cresceu, vive. • Artigo: precede o substantivo, ao mesmo tempo determina-o ou generaliza-o. Exem- plo: o amor, uma saudade. • Adjetivo: modifica o substantivo; atribuindo-lhe um estado ou qualidade. Exemplo: menino ale- gre. • Numeral: indica a quantidade de seres, coisas, ideias. Exemplo: Três coisas. • Pronome: substitui ou acompanha o substantivo, limitando sua significação. Exem- plo: Aquela casa. Classes gramaticais invariáveis: • Advérbio: modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo uma circunstância (que 10 Proibida a reproduçãoou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 pode ser de tempo, de lugar, de modo, etc.) Exemplo: Levanto tarde. • Preposição: liga termos de uma oração, estabe- lecendo variadas relações entre eles. Exem- plo: Filme de ação. • Conjunção: é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor gramatical, es- tabelecendo uma relação entre elas. As conjun- ções são classificas em dois grupos: coordenati- vas e subordinativas. As conjunções coordenati- vas são aquelas que ligam duas orações inde- pendentes. As conjunções subordinativas ser- vem para ligar orações dependentes uma da ou- tra. Iremos ver mais adiante em Orações coorde- nadas e subordinadas. Exemplos: Ele joga fute- bol e basquete. (dois termos semelhantes) / Eu iria ao jogo, mas estou sem companhia. (duas orações) • Interjeição: exprime emoções ou sentimentos sendo sempre acompanhadas de um ponto de exclamação (!). Exemplos: Nossa! Meu Deus! Ora bolas! Substantivo É a palavra que usamos para nomear os seres em geral e que pode ser sempre precedida por um artigo. Nomeia seres reais ou fictícios, coisas, ideias. • Substantivos Comuns: designam uma espé- cie. Exemplo: aluno, cidade, rio. • Substantivos Próprios: individualizam os seres, especificam. Exemplo: André, Recife, Amazonas. • Substantivo Simples: Os substantivos simples são formados por apenas uma palavra. Exemplo: casa, carro, camiseta. • Substantivo Composto: O substantivo com- posto é formado por dois ou mais radicais. Exem- plo: guarda-chuva, guarda-roupa, passatempo, girassol. • Substantivos Concretos: é aquele que designa seres que existem por si só ou apresentam-se em nossa imaginação como se existissem por si. Por exemplo ar, som, Deus, computador, pedra, Ester • Substantivos Abstratos: designam qualidades, ações, estados, sensações e sentimentos. Exem- plo: beleza, viagem, morte, frio, amor. • Substantivos Primitivos: são aqueles que não derivam de outras palavras, por exemplo, casa, folha. • Substantivos Derivados: são aquelas palavras que derivam de outras, por exemplo, casarão (de- rivado de casa) e folhagem (derivado de folha). • Substantivos Coletivos: exprimem coleção de seres. Mesmo na forma singular, traduzem idéia de pluralidade. Exemplo: bando, elenco, dúzia, batalhão, atlas, alcateia. GÊNEROS UNIFORME E BIFORME Os substantivos, quanto ao gênero, são mascu- linos ou femininos. Quanto às formas, eles podem ser: • Substantivos Biformes: são os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino, com apenas um radical. Ex. menino – menina; traidor – traidora; aluno - aluna • Substantivos Heterônimos: são os que apre- sentam duas formas, uma para o masculino, ou- tra para o feminino, com dois radicais diferentes. Ex. homem - mulher. bode - cabra. boi - vaca. • Substantivos Uniformes: são os que apresen- tam apenas uma forma para ambos os gêneros. Os substantivos uniformes recebem nomes espe- ciais, que são os seguintes: o Comum-de-dois: têm uma só forma para am- bos os gêneros, com artigos distintos. Exem- plos: o / a estudante; o / a imigrante; o / a acro- bata; o / a agente; o / a intérprete; o / a lojista; o / a patriota; o / a mártir; o / a viajante; o / a artista; o / a aspirante; o / a atleta; o / a ca- melô; o / a chofer; o / a fã; o / a gerente; o / a médium; o / a porta-voz; o / a protagonista; o / a puxa-saco; o / a sem-terra; o / a sem-ver- gonha; o / a xereta; o / a xerife o Sobrecomum: têm uma só forma e um só ar- tigo para ambos os gêneros. Exemplos: o cônjuge; a criança; o carrasco; o indivíduo; o apóstolo; o monstro; a pessoa; a testemunha; o algoz; o verdugo; a vítima; o tipo; o animal; o cadáver; a criatura. o Epiceno: têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros de certos animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se distinguir o sexo do animal. Exem- plos: a girafa; a andorinha; a águia; a barata; a cobra; o jacaré; a onça; o sabiá. GÊNERO VACILANTE Existem alguns substantivos que trazem dificul- dades quanto ao gênero. Estude, então, com muita atenção estas listas: • Masculinos: o açúcar; o afã; o ágape; o alvará; o amálgama; o anátema; o aneurisma; o antílope; o apêndice; o apetite; o algoz; o caudal; o cata- clismo; o cônjuge; o champanha; o clã; o cós; o coma; o derma; o diagrama; o dó; o diadema; o decalque; o epigrama; o eclipse; o estigma; o es- tratagema; o eczema; o formicida; o guaraná; o gengibre; o herpes; o haras; o lotação; o magma; o matiz; o magazine; o milhar. • Femininos: a abusão; a acne; a agravante; a aguarrás; a alface; a apendicite; a aguardente; a alcunha; a aluvião; a bacanal; a benesse; a bó- lide; a couve; a couve-flor; a cal; a cataplasma; a comichão; a derme; a dinamite; a debênture; a elipse; a ênfase; a echarpe; a entorse; a enzima; a faringe; a ferrugem; a fênix; a gênese; a grafite; a ioga; a libido; a matinê; a mascote; a mídia; a 11 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 nuança; a omoplata; a ordenança; a omelete; a própolis; a patinete; a quitinete; a sentinela; a soja; a usucapião. MUDANÇA DE GÊNERO COM MUDANÇA DE SIGNIFICADO Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam também de significado. Eis alguns deles: o caixa = o funcionário; a caixa = o objeto / o ca- pital = dinheiro; a capital = sede de governo / o coma = sono mórbido; a coma = cabeleira, juba / o grama = medida de massa; a grama = a relva, o capim / o guarda = o soldado; a guarda = vigilância, corporação / o guia = aquele que serve de guia, cicerone; a guia = documento, formulário, meio-fio / o moral = estado de espírito; a moral = ética, conclusão / o banana = o molenga; a banana = a fruta. PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES Na pluralização de um substantivo simples, há de se analisar a terminação dele, a fim de acrescen- tar a desinência nominal de número. Vejamos, então, as possíveis terminações de um substantivo na Lín- gua Portuguesa e sua respectiva pluralização: • Substantivos terminados em Vogal: acres- centa-se a desinência nominal de número S. Ex. saci = sacis; chapéu = chapéus; troféu = troféus; degrau = degraus. • Substantivos terminados em ÃO: o fazem o plural em ÕES. Ex. gavião = gaviões; formão = formões; folião = foliões; questão = questões. o fazem o plural em ÃES. Ex. escrivão = escri- vães; tabelião = tabeliães; capelão = cape- lães; sacristão = sacristães. o fazem o plural em ÃOS. Ex. artesão = arte- sãos; cidadão = cidadãos; cristão = cristãos; pagão = pagãos. o todas as paroxítonas terminadas em ÃO. Por exemplo: bênçãos, sótãos, órgãos. o admitem mais de uma forma para o plural: al- deão = aldeões, aldeães, aldeãos; ancião = anciões, anciães, anciãos; ermitão = ermi- tões, ermitães, ermitãos; pião = piões, piães, piãos; vilão = vilões, vilães, vilãos; alcorão = alcorões, alcorães; charlatão = charlatões, charlatães; cirurgião = cirurgiões, cirurgiães; faisão = faisões, faisães; guardião = guardi- ões, guardiães; peão = peões, peães; anão = anões, anãos; corrimão = corrimões, corri- mãos; verão = verões, verãos; vulcão = vul- cões, vulcãos. • Substantivos terminados em L: o terminados em -AL, -EL, -OL ou -UL: troca-se o L por IS. Ex. vogal = vogais; animal = ani- mais; papel = papéis; anel = anéis; paiol = paióis; álcool = álcoois; paul = pauis. Cuidado: mal = males; cal = cais ou cales; aval = avais ou avales; mel = méis ou meles; cônsul = côn- sules; real (moeda antiga) = réis. o terminados em -IL: Palavras oxítonas: troca-se a terminação L por S. Ex. cantil = cantis; canil = canis; barril = barris. Palavras paroxítonas ou proparoxítonas: troca-se a terminação IL por EIS. Ex. fóssil = fósseis. Cuidado: projetil (oxítona) = pro- jetis; projétil (paroxítona) = projéteis; reptil (oxítona) = reptis; réptil (paroxítona) = rép- teis. • Substantivos terminadosem M: troca-se o M por NS. Ex.: item = itens; nuvem = nuvens; álbum = álbuns. • Substantivos terminados em N: soma-se S ou ES. Ex.: hífen = hifens ou hífenes; pólen = polens ou pólenes; espécimen = espécimens ou espéci- menes. • Substantivos terminados em R ou Z: acres- centa-se ES. Ex.: carácter ou caráter = caracte- res; sênior = seniores; júnior = juniores. • Substantivos terminados em X: ficam invariá- veis. Ex.: o tórax = os tórax; a fênix = as fênix. • Substantivos terminados em S: o palavras monossílabas ou oxítonas: acres- centa-se ES. Ex.: ás = ases; deus = deuses; ananás = ananases. o palavras paroxítonas ou proparoxítonas: fi- cam invariáveis. Ex.: os lápis; os tênis; os atlas. Cuidado: cais é invariável. • Substantivos só usados no plural: as calças; as costas; os óculos; os parabéns; as férias; as olheiras; as hemorroidas; as núpcias; as trevas; os arredores. • Substantivos terminados em ZINHO: ignora-se a terminação -zinho, coloca-se no plural o subs- tantivo no grau normal, ignora-se o s do plural, devolve-se o -zinho ao local original e, finalmente, acrescenta-se o s no final. Por exemplo, pãozi- nho: ignora-se o -zinho (pão); coloca-se no plural o substantivo no grau normal (pães); ignora-se o s (pãe); devolve-se o -zinho (pãezinho); acres- centa-se o s (pãezinhos). Ex. mulherzinha = mu- lher - mulheres - mulhere - mulherezinha – mu- lherezinhas;. alemãozinho = alemão - alemães - alemãe - alemãezinho – alemãezinhos; barzinho = bar - bares - bare - barezinho - barezinhos. • Substantivos terminados em INHO, sem Z: acrescenta-se S. Ex.: lapisinho = lapisinhos; pati- nho = patinhos; chinesinho = chinesinhos. • Plural com deslocamento da sílaba tônica: ca- rácter = caracteres; espécimen = espécimenes; júnior = juniores; sênior = seniores. PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS Para se pluralizar um substantivo composto, os elementos que o formam devem ser analisados indi- vidualmente. Por exemplo, o substantivo composto couve-flor é composto por dois substantivos plurali- záveis, portanto seu plural será couves-flores; já o substantivo composto beija-flor é composto por um 12 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 verbo, que é invariável, quanto à pluralização, e um substantivo pluralizável, portanto seu plural será beija-flores. Estudemos, então, os elementos que for- mam um substantivo composto e sua respectiva plu- ralização. • Substantivo / Adjetivo / Numeral: são elemen- tos pluralizáveis. Portanto, quando formarem um substantivo composto, normalmente irão para o plural. Ex.: aluno-mestre = alunos-mestres; erva- doce = ervas-doces; alto-relevo = altos-relevos; gentil-homem = gentis-homens; segunda-feira = segundas-feiras; cachorro-quente = cachorros- quentes. • Pronome: alguns admitem plural; outros, não. Por exemplo, os pronomes possessivos são plu- ralizáveis (meu - meus; nosso - nossos), mas os pronomes indefinidos, não (ninguém, tudo). Na formação de um substantivo composto o mesmo ocorre. Ex.: padre-nosso = padres-nossos; Zé- ninguém = Zés-ninguém. • Verbo / Advérbio / Interjeição: são elementos invariáveis em relação à pluralização. Portanto, quando formarem um substantivo composto, fica- rão invariáveis. Ex. pica-pau = pica-paus; beija- flor = beija-flores; alto-falante = alto-falantes; abaixo-assinado = abaixo-assinados; salve-rai- nha = salve-rainhas; ave-maria = ave-marias. • Casos especiais o Substantivo + Substantivo: como vimos ante- riormente, ambos irão para o plural. Porém, quando o último elemento estiver indicando tipo ou finalidade do primeiro, somente este irá para o plural. Ex. banana-maçã = bananas- maçã; navio-escola = navios-escola; salário- desemprego = salários-desemprego. Cui- dado: laranjas-baianas e salários-mínimos, pois é a soma de substantivo com adjetivo. o Três ou mais palavras: Se o segundo elemento for uma preposi- ção, só o primeiro irá para o plural. Ex.: pé- de-moleque = pés-de-moleque; pimenta- do-reino = pimentas-do-reino; mula-sem- cabeça = mulas-sem-cabeça. Cuidado: se o primeiro elemento for invariável, o subs- tantivo todo ficará invariável. Ex. fora-da- lei, fora-de-série. Se o segundo elemento não for uma pre- posição, só o último irá para o plural. Ex. bem-te-vi = bem-te-vis; bem-me-quer = bem-me-queres. o Verbo + Verbo Se os verbos forem iguais, alguns gramá- ticos admitem ambos no plural, outros, so- mente o último. Ex. corre-corre = corres- corres ou corre-corres; pisca-pisca = pis- cas-piscas ou pisca-piscas. Se os verbos possuírem significação oposta, ficam invariáveis. Ex.: o leva-e- traz = os leva-e-traz; o ganha-perde = os ganha-perde. o Palavras Repetidas ou Onomatopeicas: so- mente o último irá para o plural. Ex.: tico-tico = tico-ticos; tique-taque = tique-taques; lero- lero = lero-leros; pingue-pongue = pingue- pongues. o Substantivo composto iniciado por Guarda: Formando uma pessoa: ambos irão para o plural. Ex.: guarda-urbano = guardas-ur- banos; guarda-noturno = guardas-notur- nos; guarda-florestal = guardas-florestais; guarda-mirim = guardas-mirins. Formando um objeto: somente o último irá para o plural. Ex.: guarda-pó = guarda- pós; guarda-chuva = guarda-chuvas; guarda-roupa = guarda-roupas; guarda- sol = guarda-sóis. Sendo o segundo elemento invariável ou já surgindo no plural: ficam invariáveis. O mesmo acontece com os substantivos ini- ciados por porta. Ex.: o guarda-costas = os guarda-costas; o guarda-volumes = os guarda-volumes; o porta-malas = os porta- malas. EXERCÍCIOS: 9) Dentre as frases abaixo, escolha aquela em que há, de fato, flexão de grau para o substantivo. a) O advogado deu-me seu cartão. b) Deparei-me com um portão, imenso e suntuoso. c) Moravam num casebre, à beira do rio. d) A abelha, ao picar a vítima, perde seu ferrão. e) A professora distribuiu as cartilhas a todos os alu- nos. 10) Assinale a alternativa em que há gênero aparente na relação masculino/feminino dos pares. a) boi - vaca b) homem - mulher c) cobra macho - cobra fêmea d) o capital - a capital e) o cônjuge (homem) - o cônjuge (mulher) 11) Assinale a alternativa em que a palavra tem o gê- nero indicado incorretamente. a) a tapa; b) a grama; c) o hélice; d) o crisma; e) o gênese. 12) Das opções a seguir, assinale a que apresenta um substantivo que só tem uma forma no plural. a) guardião; b) vilão; c) peão; d) cidadão; e) cirurgião. Numeral 13 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 É a palavra que indica a quantidade de elemen- tos ou sua ordem de sucessão. Dependendo do que o numeral indica, ele pode ser: • Cardinal: indica a quantidade de seres. • Ordinal: indica a ordem de sucessão, a posição ocupada por um ser numa determinada série. • Multiplicativo: indica a multiplicação de seres. • Fracionário: indica divisão, fração. Adjetivo É a classe gramatical que modifica um substan- tivo, atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pes- soa bondosa. Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sen- tido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo. EXERCÍCIOS: 13) Assinale a alternativa em que o termo cego(s) é um adjetivo. a) "Os cegos, habitantes de um mundo esquemá- tico, sabem aonde ir..." b) "O cego de Ipanema representava naquele mo- mento todas as alegorias da noite escura da alma..." c) "Todos os cálculos do cego se desfaziam na tur- bulência do álcool." d) "... da Terra que é um globo cego girando no caos." 14) “Os pobres dos países ricos são menos pobres doque os pobres dos países pobres. Mas os ricos dos países pobres não são mais pobres do que os ricos dos países ricos.” (Jô Soares) Com base na leitura do texto acima, assinale o item em que está correta a identificação da classe a que pertencem as palavras destacadas: a) menos pobres que os pobres/ mais pobres que os ricos. (adjetivos). b) menos pobres que os pobres / mais pobres do que os ricos. (adjetivos). c) os ricos dos países pobres/ os ricos dos países ri- cos. (substantivos). d) os pobres dos países ricos / os pobres dos paí- ses pobres. (adjetivos). e) os pobres dos países ricos / os ricos dos paí- ses pobres. (substantivos). Pronomes Pronome é a palavra variável em gênero, nú- mero e pessoa que substitui ou acompanha o nome, indicando-o como pessoa do discurso. • Pronomes pessoais: são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: a que fala, a com quem se fala e a de quem se fala. • Pronomes pessoais do caso reto: são os que desempenham a função sintática de sujeito da oração. São os pronomes eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas. • Pronomes pessoais do caso oblíquo: o Átonos: não são antecedidos por preposição - me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes. o Tônicos: precedidos por preposição - mim, co- migo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, co- nosco, vós, convosco, eles, elas. • Pronomes Relativos • Que: deve ser utilizado com o intuito de subs- tituir um substantivo (pessoa ou "coisa"), evi- tando sua repetição. Na montagem do perí- odo, deve-se colocá-lo imediatamente após o substantivo repetido, que passará a ser cha- mado de elemento antecedente. Por exemplo, nas orações “Roubaram a peça. A peça era rara no Brasil” há o substantivo peça repe- tido. Pode-se usar o pronome relativo que e, assim, evitar a repetição de peça. O pronome será colocado após o substantivo. Então teremos: “Roubaram a peça que...”. Este que está no lugar da palavra peça da outra oração. Deve-se, agora, terminar a outra oração: “...era rara no Brasil”, ficando: “Roubaram a peça que era rara no Brasil.” o Cujo: indica posse (algo de alguém). Na mon- tagem do período, deve-se colocá-lo entre o pos- suidor e o possuído (alguém cujo algo) Por exemplo, nas orações “Antipatizei com o ra- paz. Você conhece a namorada do rapaz” o substan- tivo repetido rapaz possui namorada. Deveremos, então, usar o pronome relativo cujo, que será colo- cado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, tem-se: a namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada. Não se pode, po- rém, usar artigo (o, a, os, as) depois de cujo. Ele de- verá contrair-se com o pronome, ficando: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja; cujo + os = cujos; cujo + as = cujas. Então a frase ficará: “o rapaz cuja namorada”. Somando as duas orações, tem-se: “Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece.” o Quem: substitui um substantivo que repre- senta uma pessoa, evitando sua repetição. So- mente deve ser utilizado antecedido de preposi- ção, inclusive quando funcionar como objeto di- reto. Nesse caso, haverá a anteposição obrigató- ria da preposição a, e o pronome passará a exer- cer a função sintática de objeto direto preposicio- nado. Por exemplo, na oração “A garota que conheci está em minha sala” o pronome que funciona como objeto direto. Substituindo pelo pronome quem, tem- se: “A garota a quem conheci ontem está em minha sala”. o Qual: tem o mesmo valor de que e de quem. É sempre antecedido de artigo, que concorda 14 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 com o elemento antecedente, ficando o qual, a qual, os quais, as quais. Ex.: “O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção” (= o qual). o Onde: tem o mesmo valor de em que. Sempre indica lugar, por isso funciona sintaticamente como Adjunto Adverbial de Lugar. Ex.: “Quero uma cidade tranquila, onde possa passar alguns dias em paz.” o Quanto: é sempre antecedido de tudo, todos ou todas, concordando com esses elementos (quanto, quantos, quantas). Exemplos: Fale tudo quanto quiser falar. Traga todos quantos quiser trazer. Beba todas quantas qui- ser beber. • Pronomes de Tratamento: são empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou respeito- samente. Embora o pronome de tratamento se di- rija à segunda pessoa, toda a concordância deve ser feita com a terceira pessoa. Usa-se Vossa quando conversamos com a pessoa e Sua quando falamos da pessoa. Ex.: Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de Sua Exce- lência, o Prefeito, que se encontra ausente. • Pronomes Possessivos: são aqueles que indi- cam posse, em relação às três pessoas do dis- curso. São eles: meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s). Ex.: Joaquim contou-me que Sandra desapare- cera com seus documentos. Não faça isso, minha fi- lha. • Pronomes Demonstrativos: são aqueles que si- tuam os seres no tempo e no espaço, em relação às pessoas do discurso. São os seguintes: este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo. Ex.: Este chapéu que estou usando é de couro. Aquele ano foi terrível para todos. *Para estabelecer-se a distinção entre dois ele- mentos anteriormente citados, usa-se este, esta, isto em relação ao que foi mencionado por último e aquele, aquela, aquilo, em relação ao que foi nome- ado em primeiro lugar. Ex.: Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio des- tes sobre aquele. Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu prefiro aque- les a estas. *O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s). Ex.: Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou) • Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu). • Pronomes Indefinidos: referem-se à terceira pessoa do discurso de uma maneira vaga, impre- cisa, genérica. São eles: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, outrem, mais, menos, demais, algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, ne- nhuns, nenhuma, nenhumas, todo, todos, toda, todas, muito, muitos, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco, poucos, pouca, poucas, certo, certos, certa, certas, tanto, tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, quanta, quantas, um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer além das locuções pronominais indefinidas cada um, cada qual, quem quer que, todo aquele que, tudo o mais... Ex.: Todos os colegas o desprezam. Algum amigo o ajudará. Certas pessoas não se preocupam com os demais. Ele entrou na festa sem nenhum pro- blema. • Pronomes Interrogativos: usados na formula- ção de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações). Por exemplo: Quem fez o almoço? / Não sei qual das bonecas preferes. EXERCÍCIO: 15) Em “O casal de índios levou-os à sua aldeia, que estava deserta, onde ofereceu frutas aos convi- dados”, temos: a) dois pronomes possessivos e dois pronomes pes- soais. b) um pronome pessoal, um pronome possessivo e dois pronomes relativos c) dois pronomes pessoais e dois pronomes relati- vos. d) um pronome pessoal, um pronome possessivo, um pronome relativo e um pronome interrogativo. e) dois pronomes possessivos e dois pronomes re- lativos. SINTAXE A análise sintática é um dos assuntos que mais gera dúvida nos alunos dentro da disciplina de portu- guês. Afinal, é preciso conhecer as classes gramati- cais e o papel que cada uma desempenha para poder designar o que é cada vocábulo presente em uma frase. De acordo com as funções sintáticas os vocábu- los se classificam em três grupos: acessórios, inte- grantes e essenciais. Isso é fundamental para enten- der como que se dá a estrutura de uma frase. Para que se forme uma frase é necessário um ou mais períodos. Cada período é composto por um ele- mento. Tipos de períodoA frase é uma unidade de comunicação que pos- sui sentido completo. Por esse motivo ela pode ser composta por apenas uma palavra como em “So- corro!” ou ser formada por um conjunto de palavras como em “O jantar estava delicioso”. Como é possível perceber, uma frase pode ou não conter verbo ou locução verbal. Quando sua or- ganização se dá ao redor desse elemento gramatical temos uma oração. Ou seja, para que haja uma ora- ção obrigatoriamente deve existir um ou mais verbos. 15 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 Ela pode ou não conter um sujeito, mas sempre vai existir um predicado. Já o período trata-se de um enunciado cuja cons- trução pode se dar por uma ou mais orações. Quando há apenas uma oração ele é chamado de período simples. Exemplo: “O menino caiu”. Observe que há apenas um verbo nessa frase e por essa razão há apenas uma oração. Se há a presença de mais de uma oração ele é chamado de período composto. Observe o exem- plo: “O menino subiu na arvore e caiu”. Observe que existem duas orações: O menino subiu e caiu. Termos da oração Observe o seguinte período: “Gostaria que che- gasse logo o dia do seu aniversário para comemorar- mos.” Veja que ele é constituído por onze palavras e que cada uma delas possui uma função dentro das orações. Na análise sintática cada uma delas recebe o nome de termo da oração. Sendo assim, temos que o termo trata-se de uma palavra que é considerada conforme a função sintática que a mesma exerce na oração. De acordo com a Nomenclatura Gramatical Bra- sileira a classificação dos termos da oração se dá em acessórios, integrantes ou essenciais. Termos essenciais da oração Na oração existem aqueles termos que são fun- damentais que são o sujeito e o predicado. Afinal, sa- bemos que praticamente todas as orações possuem sujeito, mas nenhuma delas existe sem predicado. O sujeito é aquele ser de quem se fala algo na oração e que está concordando com o verbo. Um exemplo é: “Aline sempre usa vestidos lindos”. Veja que o sujeito está presente e é Aline. Também temos o predicado, ou seja, o que se fala do sujeito que é “usa vestidos lindos”. No entanto, pode acontecer da oração conter apenas o predicado como no exemplo: “Quando vai chover?”. Veja que esta oração possui sentido com- pleto e que há um verbo, chover. Mas com quem ele está concordando? Não há um ser presente nesta oração que concorde com ele e por esse motivo diz- se que não há sujeito. A mensagem está centrada apenas no processo verbal. O predicado é aquilo que se fala ou declara do sujeito. De acordo com a gramática tradicional o pre- dicado pode ser: • Nominal: o núcleo é um nome. Ou seja, um substantivo ou adjetivo que vai atribuir ao sujeito um estado ou qualidade. Exemplo: “Ele está fe- liz”. É por essa razão que é chamado de predi- cativo do sujeito. • Verbal: o núcleo é um verbo ou locução verbal. Exemplo: “A casa foi demolida”. • Verbo-nominal: o núcleo é um verbo e um nome. Ele apresenta um predicativo do objeto ou do sujeito e indica uma atividade ou ação do su- jeito além de uma qualidade. Exemplo: “A equipe saiu da reunião entusiasmada”. Perceba que seu núcleo é o verbo saiu que indica a ação que o sujeito praticou e ainda apresenta um predicativo do sujeito que é entusiasmada. Termos integrantes São aqueles que complementam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes. São eles: • Complementos verbais: para que o sentido dos verbos transitivos seja complementado utiliza-se o complemento verbal que pode ser: o objeto direto. Exemplo: “Ganhei chocolate”. o objeto indireto. Exemplo: “Preciso de uma xi- cara de café”. o objeto direto e indireto. Exemplo: “Ganhei chocolate do meu amor”. • Agente da passiva: ocorre numa oração pas- siva e indica o sujeito que praticou a ação do verbo. Geralmente tem como núcleo a preposi- ção por e algumas vezes também de. Por exem- plo, na voz ativa temos a oração: “O menino pôs a bola sobre a cama”. O sujeito é O menino e o objeto direto é pôs a bola sobre a cama. Na voz passiva o mesmo exemplo fica: “A bola foi posta sobre a cama pelo menino”. O termo pelo me- nino é o agente da passiva. • Complemento nominal: vai complementar o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo. Exemplo: “O pai estava orgulhoso dos seus fi- lhos”. Termos acessórios A função que eles desempenham é secundaria. Ou seja, eles não são selecionados pelo nome ou verbo e se forem retirados da oração não alteram sua gramática. Existem quatro termos que possuem essa função que são os adjuntos adverbiais e adnominais, o aposto e o vocativo. • Os adjuntos adverbiais descrevem como que ocorreu as situações descritas principalmente as espaciais, temporais e as que tem relação com a ação praticada, o instrumento utilizado entre ou- tros. Um exemplo pode ser observado na oração a seguir: “As meninas saíram apressadas”. Se o termo “apressadas” for retirado o sentido da frase não é perdido. • Os adjuntos adnominais caracterizam o agente da ação, um substantivo. Isso é feito através de adjetivos ou locuções adjetivas, pronomes, nu- merais ou artigos. Exemplo: “O homem lindo sor- riu para a jovem”. Os adjuntos adnominais são: lindo, jovem. • O aposto é aquele termo que explica o substan- tivo. Exemplo: “Sexta, dia 12, é feriado”. • O vocativo interpela ou invoca o interlocutor. Sin- taticamente, ele não possui relação com qualquer 16 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 um dos constituintes da frase. Exemplo: “Filho! Você está bem?” Colocação Pronominal Este é o estudo da colocação dos pronomes oblí- quos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo. Eles podem ser colocados de três maneiras diferentes, de acordo com as se- guintes regras: • Próclise: é a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo. Usa-se a próclise, obriga- toriamente, quando houver palavras atrativas: o Palavras de sentido negativo: Ela nem se in- comodou com meus problemas. o Advérbios: Aqui se tem sossego, para traba- lhar. o Pronomes Indefinidos: Alguém me telefonou? o Pronomes Interrogativos: Que me acontecerá agora? o Pronomes Relativos: A pessoa que me telefo- nou não se identificou. o Pronomes Demonstrativos Neutros: Isso me comoveu deveras. o Conjunções Subordinativas: Escrevia os no- mes, conforme me lembrava deles. • Mesóclise: é a colocação dos pronomes oblíquos átonos no meio do verbo. Usa-se a mesóclise quando houver verbo no Futuro do Presente ou no Futuro do Pretérito, sem que haja palavra atra- tiva alguma, apesar de, mesmo sem palavra atra- tiva, a próclise ser aceitável. O pronome oblíquo átono será colocado entre o infinitivo e as termi- nações ei, ás, á, emos, eis, ão para o Futuro do Presente, e as terminações ia, ias, ia, íamos, íeis, iam para o Futuro do Pretérito. Por exemplo, o verbo queixar-se ficará conjugado da seguinte maneira: Futuro do Presente: queixar-me-ei. Futuro do Pretérito: queixar-me-ia. Obs.: Se o verbo não estiver no início da frase e estiver conjugado no Futuro do Presente ou no Fu- turo do Pretérito, no Brasil, tanto poderemos usar Próclise, quanto Mesóclise. Por exemplo: “Eu me queixarei de você” ou “Eu queixar-me-ei de você”. “Os alunos se esforçarão” ou “Os alunos esforçar-se-ão”. • Ênclise: é a colocação dos pronomes oblíquos átonos depois do verbo. Usa-se a ênclise princi- palmente nos seguintes casos: o Quando o verbo iniciar a oração. Ex.: Trouxe- me as propostas já assinadas. Arrependi-me do que fiz a ela. o Com o verbo no imperativo afirmativo. Ex.: Por favor, traga-me as propostas já assina- das. Arrependa-se, pecador!! Obs.: Se o verbo não estiver no início da frase e não estiver conjugado no Futuro do Presente ou no Futuro do Pretérito, no Brasil, tanto poderemos usar Próclise,quanto Ênclise. Por exemplo: “Eu me queixei de você” ou “Eu queixei-me de você”. “Os alunos se esforçaram” ou “Os alunos esforçaram-se”. EXERCÍCIO: 16) O funcionário que se inscreve, fará prova ama- nhã: I. Ocorre próclise em função do pronome rela- tivo. II. Deveria ocorrer ênclise. III. A mesóclise é impraticável. IV. Tanto a ênclise quanto a próclise são aceitá- veis. a) Correta apenas a 1ª afirmativa. b) Apenas a 2ª é correta. c) São corretas a 1ª e a 3ª. d) A 4ª é a única correta. Artigo É a palavra variável em gênero e número que precede um substantivo, determinando-o de modo preciso (artigo definido) ou vago (artigo indefinido). Classificam-se em: • Artigos Definidos: o, a, os, as. • Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas. Exs.: • O garoto pediu dinheiro. (Antecipada- mente, sabe-se quem é o garoto.) • Um garoto pediu dinheiro. (Refere-se a um garoto qualquer, de forma genérica.) Advérbios Os advérbios são classificados de acordo com as circunstâncias ou ideias que expressam: tempo, intensidade, lugar, modo, afirmação, negação e dú- vida. • Advérbio de tempo: ainda, agora, amanhã, à noite, anteontem, antes, à tarde, às vezes, atual- mente, breve, cedo, depois, de manhã, de re- pente, de vez em quando, hoje, hoje em dia, já, jamais, logo, nunca, ontem, ora, outrora, quando, sempre, tarde. Exemplos: Falamos amanhã. Nunca digas isso. É tarde. • Advérbio de intensidade: apenas, assaz, bas- tante, bem, demais, de pouco, de todo, deveras, mais, mal, menos, muito, pouco, quanto, quão, quase, tanto, tão. Exemplos: Escreve bem. Fala pouco. Sua voz é quase inaudível. • Advérbio de lugar: abaixo, acima, acolá, adi- ante, à direita, à esquerda, aí, além, algures, ali, ao lado, aquém, aqui, atrás, através, cá, de cima, de fora, defronte, dentro, detrás, em cima, fora, lá, longe, onde, perto, por fora. Exemplos: Estou aqui. Pendure o quadro mais à direita. Olhe atrás de você. • Advérbio de modo: assim, ao léu, às claras, às pressas, à toa, à vontade, bem, com rancor, de- balde, de cócoras, de cor, de mansinho, de- pressa, devagar, em silêncio, face a face, frente 17 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 a frente, mal, melhor, pior, sem medo. Acresce à lista a maior parte das palavras terminadas em - mente: alegremente, bondosamente, calma- mente, discretamente, elegantemente. Exem- plos: Faço assim. Fique à vontade. É melhor con- versar com ele. • Advérbio de afirmação: certamente, com cer- teza, decerto, efetivamente, por certo, realmente, seguramente, sem dúvida, sim. Exemplos: Sim, vou sair. Realmente ela precisava de ajuda. Sem dúvida é o melhor orador. • Advérbio de negação: de jeito nenhum, de ma- neira alguma, de modo algum, não, tampouco. Preposição Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando-os. Isso sig- nifica que a preposição é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc. Por exemplo, na frase “Os alunos do colégio as- sistiram ao filme de Walter Salles comovidos”, tere- mos como elementos da oração os alunos, o colégio, o verbo assistir, o filme, Walter Salles e a qualidade dos alunos comovidos. O restante é preposição. Ob- serve: de liga alunos a colégio; a liga assistir a filme; de liga filme a Walter Salles. Portanto, são preposi- ções. O termo que antecede a preposição é denomi- nado regente, e o termo que a sucede, regido. Desse modo, em "Os alunos do colégio..." teremos: os alu- nos = elemento regente; o colégio = elemento regido. Tipos de preposição: • Essenciais: são as que só desempenham a fun- ção de preposição - por, para, perante, a, ante, até, após, de, desde, em, entre, com, contra, sem, sob, sobre, trás. • Acidentais: acidentais são palavras de outras classes gramaticais que eventualmente são em- pregadas como preposições. São, também, inva- riáveis - afora, fora, exceto, salvo, malgrado, du- rante, mediante, segundo, menos. • Locução Prepositiva: duas ou mais palavras exercendo a função de uma preposição. As locu- ções prepositivas têm sempre como último com- ponente uma preposição: acerca de, a fim de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, para com, à procura de, à busca de, à distância de, além de, antes de, depois de, à ma- neira de, junto de, junto a, a par de... EXERCÍCIO: 17) Em "Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa.", os vocábulos destacados são, respectivamente: a) pronome pessoal oblíquo, preposição, artigo. b) artigo, preposição, pronome pessoal oblíquo. c) artigo, pronome demonstrativo, pronome pessoal oblíquo. d) artigo, preposição, pronome demonstrativo. Orações coordenadas e su- bordinadas Com objetivo de complementar o estudo das conjunções, vista no assunto referente à classe gra- matical, iremos analisá-las mais detalhadamente, nesse assunto, através da classificação das orações em coordenação e subordinação. Vamos lá! Dentro da análise sintática, os períodos podem ser classificados em: composto por coordenação, su- bordinação ou coordenação e subordinação. O perí- odo de coordenação é composto por orações que são autônomas, independentes entre si, mas que jun- tas complementam o sentido da frase. Exemplo: Eu dormi e sonhei com você. Observe que ambas as orações são independentes, isto é, fazem sentido se fossem separadas. Já o período composto por subordinação apre- senta orações que são dependentes entre si, são su- bordinadas. Veja: O bolo que ela fez ainda deixava lembranças. As duas orações não podem ser sepa- radas. E ainda há o período composto por coordenação e subordinação que, nada mais é, a junção dos dois. Exemplo: O juiz entrou na quadra e permitiu que o jogo começasse. Há três orações. As duas primeiras são coordenadas e a terceira é subordinada. Existem 5 tipos de classificações para orações coordenadas: • Oração coordenada aditiva: acresce uma infor- mação. Ex.: Eu dormi e sonhei. • Oração coordenada adversativa: apresenta um contraste. Ex.: Eu passei no vestibular, mas não sei se é isso que quero. • Oração coordenada alternativa: apresenta al- ternância. Ex.: Ora você gosta de mim, ora você some. • Oração coordenada conclusiva: conclui a ideia. Ex.: Não gosto daqui. Portanto, pedirei a minha demissão. • Oração coordenada explicativa: tem como ob- jetivo explicar. Ex.: Você está errado porque te- nho provas. Já no período de subordinação há duas catego- rias: orações subordinadas adjetivas (função de ad- jetivo) e orações subordinadas adverbiais (função de advérbio). • Orações subordinadas adjetivas o Restritivas: limitam o que a frase quer dizer. Exemplo: Se não fosse pela mulher que me ajudou, não teria conseguido. O sentido da “mulher” é único, não é generalizado, é espe- cífico, é uma mulher X. o Explicativas: o sentido é mais abrangente. Exemplo: O homem, um ser racional, busca ser melhor em todos os campos da vida. A ex- pressão “um ser racional” está entre vírgulas 18 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 e, portanto, está generalizando todos os ho- mens, não apenas um. Orações subordinadas adverbiais: podem ter 9 classificações: • Oração subordinada adverbial causal: ex- pressa causa. Ex.: Não posso opinar, uma vez que não tenho direito. • Oração subordinada adverbial concessiva: in- dica permissão. Ex.: Você pode fazer isso, mesmo que não tenha experiência. • Oração subordinada adverbial condicional: expressa condição. Ex.: Se você conseguir, ga- nhará uma recompensa. • Oração subordinada adverbial comparativa: indica uma comparação. Ex.: Os olhos azuis são bonitos como o do pai. • Oração subordinada adverbial consecutiva: relação de causa e consequência. Ex.: Acordei tão atrasado que não conseguientrar na facul- dade. • Oração subordinada adverbial final: indica uma finalidade. Ex.: Eu fiz isso para subir na vida. • Oração subordinada adverbial temporal: ex- pressa tempo. Ex.: Chorei por você quando foi embora. • Oração subordinada adverbial proporcional: indica proporção. Ex.: Fui amolecendo à medida que percebi que te amava. • Oração subordinada adverbial conformativa: expressa conformidade. Ex.: Fiz o que você pe- diu conforme as regras. Para ajudar na classificação, convém retomar os advérbios e separá-los em tabelas. Assim, a oração subordinativa adverbial ficará mais fácil! Concordância Nominal Os adjetivos e as palavras adjetivadas concor- dam em gênero e número com os elementos a que se referem. Por exemplo: gatas malhadas e cachor- ros brancos. • Dois ou mais adjetivos, modificando um só substantivo: quando houver apenas um subs- tantivo qualificado por dois ou mais adjetivos, há duas maneiras de se construir a frase: o Coloca-se o substantivo no plural, e enume- ram-se os adjetivos. Ex.: Ele estuda as lín- guas inglesa e francesa. o Coloca-se o substantivo no singular, e, ao se enumerarem os adjetivos, acrescenta-se ar- tigo a cada um deles. Ex.: Ele estuda a língua inglesa e a francesa. • Casos Especiais o Obrigado / Mesmo / Próprio: esses três ele- mentos concordam com o substantivo ou com o pronome a que se referem se o substantivo for feminino plural: usam- se mesmas, próprias e obrigadas. Ex.: • Elas mesmas disseram, em coro: Muito obrigadas, professor. • Os próprios joga- dores reconheceram o erro. se a palavra mesmo significar realmente: ficará invariável. Ex.: As meninas trouxe- ram mesmo o radialista. o Só / Sós: quando significar sozinhos, sozinhos, so- zinha, sozinhas: concordará com o ele- mento a que se refere. Ex.: Só as garotas queriam andar sós; os meninos queriam a companhia delas. quando significar apenas, somente: ficará invariável. Ex.: Só os que estudam são aprovados. locução a sós: sempre invariável. Ex.: Gosto de estar a sós. o Quite / Anexo / Incluso: esses três ele- mentos concordam com o substantivo a que se referem. Ex.: • Deixarei as promis- sórias quites, para não ter problemas. • Anexas, seguem as fotocópias dos docu- mentos solicitados. • Estão inclusos o café da manhã e o almoço. o Meio: quando significar metade: concordará com o elemento a que se referir. Ex.: Era meio-dia e meia. quando significar um pouco, mais ou me- nos: ficará invariável. Ex.: Ela estava meio nervosa. quando formar substantivo composto: am- bos os elementos variarão. Ex.: Os meios- fios foram construídos em lugar errado. o Menos: sempre invariável. Ex.: Houve menos reclamações. o Muito / Bastante: quando modificarem substantivo: concor- darão com ele, por serem pronomes inde- finidos adjetivos. quando modificarem verbo, adjetivo ou outro advérbio: ficarão invariáveis, por se- rem advérbios. Bastante também será ad- jetivo, quando significar que basta, que satisfaz. Ex.: • Bastantes funcionários fi- caram bastante revoltados com a em- presa. • Há provas bastantes de sua culpa. • Grama: quando representar unidade de massa, será masculina. Ex.: Comprei du- zentos gramas de queijo. EXERCÍCIOS: 18) Segue a documentação ___________. Pedro está __________com a tesouraria. Os vigias es- tão sempre _________. Maria estava _________ encabulada. a) anexo, quites, alerta, meio b) anexo, quites, alertas, meia c) anexa, quite, alerta, meio d) anexa, quite, alertas, meio 19 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 19) Ocorreu erro na utilização da palavra meio, em: a) Estavam meio atônitos com a nota. b) Faltava meio capítulo para o fim. c) Ela ficou meia aborrecida contigo. d) Já passava de meio-dia e meia. Concordância verbal Na concordância verbal, o verbo se flexiona para concordar com o sujeito. • Sujeito simples: haverá concordância do verbo de acordo com o número e pessoa. Exemplo: Roberto foi ao estádio de futebol. Como “Roberto” está na terceira pessoa do singular (ele), o verbo deve estar conjugado na mesma pes- soa. Exemplo: Os casais se reuniram na igreja. O su- jeito “os casais” está na terceira pessoa do singular (eles), então o verbo “reunir” deve se flexionar para adequar-se (eles se reuniram). Seria muito fácil se a regra se aplicasse a todas as situações, não é mesmo? Mas temos muitos ca- sos particulares: • Expressões Partitivas: quando se refere a par- tes de um todo, o verbo tanto pode ficar no singu- lar quanto no plural, dependendo de que parte se refere. Exemplo: A maioria dos participantes saiu mais cedo (concordando com “a maioria”). Mas também é correto dizer que “A maioria dos participantes saí- ram mais cedo” (concordando com “os participan- tes”). Essa regra vale para “metade”, “uma parte”, “a maioria”, “uma porção”, “grande parte”, etc., desde que estejam seguidas de um substantivo ou pronome no plural. Em nosso caso: “participantes” é o substantivo determinante. O mesmo vale para coletivos. Exemplo: Um bando de galinhas fugiu/fugiram do sítio nesta noite. Cabe a você decidir se quer se re- ferir à unidade do conjunto (um bando) ou a galinhas (elementos formadores do conjunto). Quer mais casos particulares? Temos vários! • Quantidade aproximada: cerca de, em torno de, menos de + mais numeral e substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo. Exemplo: Em torno de mil manifestantes estiveram na praça hoje. Mas, quando se tratar de “Mais de” seguido de verbos com reciprocidade, o verbo concorda com o plural. Exemplo: Mais de cinquenta pessoas se ma- chucaram na briga (um machucou o outro). • Sujeito apenas no plural: a concordância varia de acordo com a presença ou ausência do artigo. Com o artigo, use no plural. Sem o artigo, mante- nha no singular. Exemplos: Os Estados Uni- dos estão sofrendo com o inverno rigoroso. Mi- nas Gerais possui cidades históricas boni- tas. Os Mistérios do Chocolate tornaram a autora Joanne Fluke conhecida no Brasil. • Sujeito pronome: nos casos onde o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido no plural (como “Quem”, “Quais”, “Quantos”), acompanhado por “de nós” ou “de vós”, o verbo pode concordar: o Com o primeiro pronome, utilizando a terceira pessoa do plural (eles): “Quais de nós vão à excursão?” o Com o pronome pessoal: “Quais de nós va- mos à excursão?”. o Se o pronome estiver no singular, utilize o verbo no singular: “Qual de nós vai à excur- são?” • Porcentagem mais substantivo: o deve-se concordar o verbo com o substantivo. Exemplo: 1% do time concorda com a regra. 1% dos estudantes chegaram atrasados. o se não houver substantivo após a porcenta- gem: concordamos verbo e número. Exem- plos: 1% faltou. 25% estão aqui. • Pronome relativo “que”: fazemos a concordân- cia de número e pessoa com o antecedente do pronome. Exemplos: Fui eu que abri a janela. Fo- ram eles que abasteceram o carro. As pessoas que trouxeram comida foram à cozinha. • Sujeito “um dos que”: concordância facultativa. Entretanto, é de bom uso da Gramática utilizar o plural, concordando com a palavra que antecede o “que”. Exemplo: Adriana foi uma das alunas que tiraram nota baixa. Para entender melhor o sen- tido, inverta a posição dos termos: “Das alunas que tiraram nota baixa, Adriana foi uma delas”. Mas, como dito acima, não é errado dizer: “Adri- ana foi uma das alunas que tirou nota baixa”. 20 Proibida a reprodução ou comercialização desta apostila, inteira ou em partes. Todos os direitos reservados © 2019 • Pronome “quem”: a concordância do verbo pode ser com o antecedente do pronome ou com a terceira pessoa do singular (ele). Exemplos: Fui eu quem deu banho no cachorro. / Fui eu quem dei banho no cachorro. • Pronome de tratamento: o verbo sempre ficará na terceira pessoa, mas pode ser do singular ou do plural. Exemplos:
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