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PÁG.1 PROFESSOR DO MUNICÍPIO VSSET19 PÁG.2 PÁG.1 E-mail: ten.prof.edvaldo@bol.com.br Facebook: www.facebook.com/edvaldo.junior.165 Instagram: www.instagram.com/ten.prof.edvaldo Acentuação Gráfica .................................................... 01 Uso do Hífen ............................................................... 05 Forma e Grafia de Algumas Expressões .................... 08 Significação das Palavras ........................................... 10 Flexão dos Nomes ...................................................... 13 Pronomes .................................................................... 16 Colocação Pronominal ................................................ 22 Valor Semântico dos Conectivos ................................ 24 Verbos ......................................................................... 27 Vozes Verbais ............................................................. 31 Emprego dos Verbos .................................................. 32 Regência ..................................................................... 37 Crase........................................................................... 42 Sujeito e Predicado ..................................................... 44 Concordância .............................................................. 49 Período Composto ...................................................... 53 Pontuação ................................................................... 59 Compreensão e Interpretação Textual ....................... 62 Tipologia Textual ......................................................... 65 ten.prof.edvaldo@bol.com.br As regras de acentuação gráfica procuram reservar os acentos para as palavras que se enquadram nos padrões prosódicos menos comuns da língua portuguesa. Disso, resultam as seguintes regras básicas: PROPAROXÍTONAS - são todas acentuadas. É o caso de: lâmpada – Atlântico – Júpiter – ótimo - flácido – PAROXÍTONAS - são as palavras mais numerosas da língua. São acentuadas as que terminam em: ã, ãs, ão, ãos (foca um) ímã – órfã – ímãs – órfãs – bênção - órgão - órfãos us, um, uns, ons (foca dois) vírus – bônus – álbum - parabélum (arma de fogo) ps, r x, n, l, i, is (Pássaro RouXiNoL Ítalo ISraelita) Fórceps – éter – tórax - hífen – útil - júri – oásis • Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s. água – árduo - pônei – vôlei – cáries – mágoas OXÍTONAS – são acentuadas as que terminam em: a, as Pará – vatapá – estás – irás e, es vocês – café – Urupês – jacarés o, os jiló - avô – retrós - supôs em, ens alguém – vintém - armazéns – parabéns MONOSSÍLABOS TÔNICOS – são acentuados os termi- nados em: a, as pá – vá – gás – Brás e, es pé – fé – mês – três o, os só, xô, nós, pôs http://www.instagram.com/ten.prof.edvaldo mailto:ten.prof.edvaldo@bol.com.br PÁG.2 AS REGRAS ESPECIAIS Além dessas regras que você acabou de estudar e que se baseiam na posição da sílaba tônica e na terminação, há outras, que levam em conta aspectos específicos da sono- ridade das palavras. Essas regras são aplicadas nos se- guintes casos: HIATOS Quando a segunda vogal do hiato for i ou u, tônicos, acompanhados ou não de s, haverá acento: saída – proíbo – faísca – caíste – saúva – viúva – balaús- tre – carnaúba – país – aí - baú – Jaú CUIDADO: se o i for seguido de nh, não haverá acento. É o caso de rainha, moinho, tainha, campainha. Também não haverá acento se a vogal i ou a vogal u se repetirem, o que ocorre em poucas palavras: vadiice, sucuuba, man- driice, xiita. Convém lembrar que, quando a vogal i ou a vogal u forem acompanhadas de outra letra que não seja s, não haverá acento: ruim, juiz, paul, Raul, cairmos, contribuiu, contribu- inte. DITONGOS Ocorre acento na vogal tônica dos ditongos ei, eu, oi des- de que sejam abertos e não sejam paroxítonas, como em: anéis – aluguéis - coronéis – céu - chapéu – réu CUIDADO: não haverá acento se o ditongo for aberto, mas não tônico: chapeuzinho, heroizinho, aneizinhos, pas- teizinhos, ideiazinha. Você notou que, em todas essas palavras, a sílaba tônica é zi. Se o ditongo apresentar timbre fechado, também não haverá acento, como em azeite, manteiga, eu, judeu, hebreu, apoio, arroio, com- boio. O U e o I tônicos antecedidos de ditongo ou tritongo (Exceto em paroxítonas). Piauí – teiú - tuiuiú – sauí etc. FORMAS VERBAIS SEGUIDAS DE PRONOMES OBLÍQUOS Para acentuar as formas verbais associadas a pronomes oblíquos, leve em conta apenas o verbo, desprezando o pronome. Considere a forma verbal do jeito que você a pronuncia e aplique a regra de acentuação corresponden- te. Em cortá-lo, considere cortá, oxítona terminada em a e, portanto, acentuada. Em incluí-lo, considere incluí, em que ocorre hiato. Já em produzi-lo, não há acento, porque pro- duzi é oxítona terminada em i. ACENTOS DIFERENCIAIS Existem algumas palavras que recebem acento excepcio- nal, para que sejam diferenciadas, na escrita, de suas homófonas. São casos muito particulares e, por isso mesmo, pouco numerosos. Convém iniciar a relação lem- brando o acento que diferencia a terceira pessoa do singu- lar da terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir: ele tem - eles têm ele vem - eles vêm Com os derivados desses verbos, é preciso lembrar que há acento agudo na terceira pessoa do singular e circun- flexo na terceira do plural do presente do indicativo: Ele detém - eles detêm Ele intervém - eles intervêm Ele mantém - eles mantêm Ele provém - eles provêm Ele obtém - eles obtêm Ele convém - eles convêm Existe apenas um acento diferencial de timbre em portu- guês: pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfei- to do verbo poder), diferencial de pode (terceira do singu- lar). Há ainda uma palavra que recebe acento diferencial de tonicidade (uma é tônica, a outra é átona): • Pôr (verbo) • Por (preposição) Praticando com Edvaldo 01. (Cetrede 2019) Só em uma alternativa, todos os vocá- bulos estão acentuados corretamente. Assinale-a. A) Feiúra / epopéia / saúde. B) Projétil / ínterim / vôo. C) Tórax / álcool / mártir. D) Cárie / júnior / gratuíto. E) Nóbel / íbero / fortuíto. 02. (Cetrede 2018) As palavras ―relatório‖, ―vários‖ e ―pá- reo‖ seguem a mesma regra de acentuação de A) história. B) revólver. C) miosótis. D) saúde. E) período. 03. (Imparh 2018) No tocante à acentuação da palavra ―lençóis‖, qual é a afirmação correta? A) Esse vocábulo se acentua por ter um ditongo aberto e por ser oxítono. B) Não deveria haver o acento agudo em razão de essa palavra ser paroxítona. C) A colocação desse acento é facultativa, ou seja, tam- bém existe a forma ―lençois‖. D) O uso do acento agudo em ditongos abertos foi abolido pelo acordo ortográfico (AOLP 1990). 04. (Cetrede 2018) Qual das palavras a seguir deve rece- ber acento? A) Geleia. B) Destroi. C) Canoa D) Constroem. E) Nucleico. PÁG.3 05. (Imparh 2015) Quanto à acentuação gráfica das pala- vras constantes do segundo parágrafo, qual é a afir- mação incorreta? A) A acentuação gráfica da única palavra oxítona é devi- da ao fato de ela ser terminada pela vogal o. B) As palavras ―Cássia" e ―vários" podem ser acentuadas em virtude da mesma regra. C) Existem mais proparoxítonas aparentes do que propa- roxítonas reais. D) Inexiste inadequação referente à acentuação gráfica. 06. (Imparh 2015) Em conformidade com o AOLP (1990), em vigor desde 1º. de janeiro de 2009, marque a op- ção verdadeira. A) De acordo com a base XI, a palavra ―transgênero‖ pode escrita apenas dessa forma. B) A palavra ―discórdia‖, segundo a baseXI, só pode ser classificada como paroxítona aparente. C) Conforme a base XV, a palavra ―sexta-feira‖ deve ser hifenizada, diferentemente da palavra mandachuva. D) Consoante a base XIX, o termo ―papa‖, grafado com inicial minúscula, apresenta incorreção com essa gra- fia. Leia: ―Não se irrite o leitor com esta confissão. Eu bem sei que, para titilar-lhe os nervos da fantasia, devia padecer um grande desespero, derramar algumas lágrimas, e não almoçar. Seria romanesco; mas não seria biográfico. A realidade pura é que eu almocei, como nos demais di- as...‖. Machado de Assis 07. (Imparh 2012) Com referência à acentuação gráfica, qual a asserção verdadeira. A) Há uma palavra, nessa frase, que recebe acento gráfi- co por ser monossílaba átona. B) Todas as palavras dessa citação são acentuadas por causa da mesma regra. C) Outras palavras dessa frase têm acento gráfico porque são oxítonas. D) Existem três palavras que se acentuam em razão da mesma regra 08. (Imparh 2007) A alternativa em que todas as palavras estão acentuadas corretamente é https://www.pensador.com/autor/machado_de_assis/ PÁG.4 A) ritmo – ibero – recém B) fragrante – previlégio – avaro C) maquinaria – condor – púdico D) interim – rúbrica – refém 09. Nas palavras do texto: notícias, só e ruínas. Os acen- tos são justificados, respectivamente, pelas seguintes regras (Prefeitura de Eusébio): A) Paroxítona terminada em ditongo crescente, monossí- laba terminada em o e acento usado para formar hiato; B) Oxítona terminada em a(s), monossílabo tônico e acento usado para formar hiato; C) Paroxítona terminada em ditongo crescente, monossí- laba terminada em o e paroxítona terminada em a(s); D) Paroxítona terminada em a(s), monossílaba terminada em o acento usado para formar hiato; E) Oxítona terminada em a(s), monossílabo terminada em o e acento usado para formar hiato. 10. Estão corretamente acentuadas as palavras segundo a reforma ortográfica (Prefeitura de Aracati): A) anúncio, pôr, propôr, reduzí-los, têm B) açaí, apoia, intervêm, refém, releem C) bambú, baú, cajú, influência, médico D) ítens, possuí, pôde, retêm, ía 11. Com relação ao acento gráfico, indique a alternativa em que todas as palavras estão corretas (Prefeitura de Camocim): A) Mágoa, polen B) Reguas, amendoas C) Lírio, vícios D) Vacuo, ingênuos 12. (CCV 2018) Como ―estreia‖, a grafia da palavra está conforme o Decreto Nº. 6.583, de 29 de setembro de 2008, em: A) fieis. B) serie. C) trofeu. D) papeis. E) heroico. 13. Além de mocreia, que não recebe mais acento pelo motivo explicado pela personagem, há uma explicação correta para as mudanças do novo acordo ortográfico em: A) Heroi, que também perdeu o acento pelo mesmo moti- vo de mocreia; B) Para se diferenciará pelo contexto, pois o acento dife- rencial não existe mais; C) Palavras com trema foram extintas, pois esse sinal não existe mais em nenhuma ocasião; D) Chapeu, pois o acento do ditongo aberto éu não existe mais; E) A grafia de Microondas será assim, pois o hífen tam- bém foi abolido. 14. O novo acordo ortográfico trouxe mudanças na norma padrão da linguagem. Qual das alternativas abaixo não é uma inovação trazida com o novo acordo? A) O nosso alfabeto, que antes era composto de 23 le- tras, agora possui 26, pois foram introduzidas as letras K, Y, W; B) As palavras proparoxítonas, todas elas, recebem acen- to gráfico; C) Os ditongos abertos em palavras paroxítonas não são mais acentuados. Exs: assembleia, ideia; D) Não há mais o acento diferencial. Agora precisamos reconhecer a palavra, que antes era diferenciada de outra igual pelo acento, através do contexto; E) Os verbos referentes à terceira pessoa do plural, ter- minados em (ee) e o hiato (oo) não são mais acentua- dos. Como por exemplo: enjoo, voo, que antes era acentuado, agora não é mais. PÁG.5 Uso do hífen com compostos Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresen- tam elementos de ligação. Exemplos: Guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa- redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta- bandeira, pão-duro, bate-boca etc. * Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, ma- dressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedis- ta, paraquedismo. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: Reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri- cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, escon- de-esconde, pega-pega, corre-corre, etc. Não se usa o hífen em compostos que apresentam ele- mentos de ligação. Exemplos: Pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: Maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta * Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima- roupa. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: Gota-d‘água, pé-d‘água Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de to- pônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem ele- mentos de ligação. Exemplos: Belo Horizonte — belo-horizontino Porto Alegre — porto-alegrense Mato Grosso do Sul — mato-grossense-do-sul Rio Grande do Norte — rio-grandense-do-norte África do Sul — sul-africano Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raí- zes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: Bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão- dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva- doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do- campo, cravo-da-índia. Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que de- signam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de senti- do entre os pares: a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras). b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal). Uso do hífen com prefixos As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.). Casos gerais Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higiênico anti-histórico macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem ultra-humano Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos: micro-ondas anti-inflacionário sub-bibliotecário inter-regional Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferen- te daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos: autoescola antiaéreo PÁG.6 intermunicipal supersônico superinteressante agroindustrial aeroespacial semicírculo * Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra come- çar por r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos: minissaia antirracismo ultrassom semirreta Casos particulares Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos: sub-região sub-reitor sub-regional sob-roda Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal.Exemplos: circum-murado circum-navegação pan-americano Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos: além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente pós-graduação pré-história pré-vestibular pró-europeu recém-casado recém-nascido sem-terra vice-rei O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta- se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, do- bram-se essas letras. Exemplos: coobrigação coedição coeducar cofundador coabitação coerdeiro corréu corresponsável cosseno Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo di- ante de palavras começadas por e. Exemplos: preexistente preelaborar reescrever reedição Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r. Exemplos: ad-digital ad-renal ob-rogar ab-rogar Outros casos do uso do hífen Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. Exemplos: (acordo de) não agressão (isto é um) quase delito Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte co- meçar por vogal, h ou l. Exemplos: mal-entendido mal-estar mal-humorado mal-limpo * Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não hou- ver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim. Exemplos: PÁG.7 capim-açu amoré-guaçu anajá-mirim Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que oca- sionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói eixo Rio-São Paulo Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: Na cidade, conta- -se que ele foi viajar. O diretor foi receber os ex- -alunos. REGRA GERAL Se a segunda palavra começar com H, tem de separar! Anti-hispânico, pré-história, anti-higiênico, sub-hepático, super-homem, etc. O que é igual SEPARA! O que é diferente JUNTA! Autoescola, anti-inflamatório, micro-ondas, neoliberalismo, supra-auricular, extraoficial, Arqui-inimigo, semicírculo, sub-bibliotecário, superintendente etc. Quanto ao “R” e o “S”: se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada: Contrarreforma, autorretrato, suprarrenal, ultrassonografia, minissaia, antisséptico, contrarregra. Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum. Sub-reino, ab-rogar, sob-roda, etc. Praticando com Edvaldo 01. (Imparh 2015) Em conformidade com o Acordo Orto- gráfico da Língua Portuguesa (AOLP 1990), em vigor desde 1º de janeiro de 2009, é correto asseverar que: A) se deve grafar com hifens apenas a locução adverbial dia-a-dia. B) se trata de um erro de ortografia, pois o substantivo dia-a-dia tem hifens. C) o substantivo dia a dia não se grafa mais com hifens por causa desse acordo. D) o substantivo dia a dia apresenta duas maneiras de ser grafada, ou seja, com ou sem hífenes. 02. (CCV 2017) Todos os vocábulos encontram-se corre- tamente grafados na alternativa: A) acessível – hiper-inflação. B) re-utilização – autoestrada. C) ascenção – impressindível. D) infra-estrutura – agronegócio E) macroeconomia – socioeconômico. 03. (CCV 2016) Assinale a alternativa cuja palavra, como ―autorretrato‖ (linha 05), sofreu mudança gráfica no Novo Acordo Ortográfico (Decreto Nº 6.583, de 29 de setembro de 2008). A) Bem-te-vi B) Autoanálise C) Extraterrestre D) Recém-casado E) Super-realidade 04. (CCV 2016) Como ―corresponsável‖ e ―coautor‖, tam- bém está grafada corretamente, conforme o Decreto Nº. 6.583, de 29 de setembro de 2008 (Novo Acordo Ortográfico), a palavra: A) reelaborar. B) auto-estima. C) extra-oficial. D) superrealista. E) pré-estabelecer. 05. (CCV 2013) Como autoestima, está grafada conforme o Novo Acordo Ortográfico (Decreto Nº. 6.583, de 29 de setembro de 2008), a palavra: A) auto-suficiente. B) auto-realização. C) auto-medicação. D) auto-organização. E) auto-administração. 06. (CCV-Unilab 2011) O prefixo de interlocução está empregado conforme as regras do Novo Acordo Orto- gráfico em: A) inter-social. B) inter-ação. C) interrelação. D) interhispânico. E) interpartidário. PÁG.8 Que/Quê Que é um pronome, conjunção, advérbio ou partícula de realce. Por se tratar de monossílabo átono não é acentua- do. Quê representa um monossílabo tônico. Isso ocorre quan- do encontramos um pronome em final de frase, imediata- mente antes de um ponto (final, de interrogação ou excla- mação) ou de reticências, ou quando quê é um substanti- vo (com sentido de ―alguma coisa‖, ―certa coisa‖) ou uma interjeição (indicando surpresa, espanto): Exemplos: Tem que dar certo, diz o professor Edvaldo. (preposição) Que lindo! (advérbio de intensidade) Que beleza! (pronome indefinido) Pessoas que amam são felizes. (pronome relativo) Quase que me atraso para aula. (partícula de realce) Convém que o tema seja discutido. (conjunção integrante) Falou tanto que ficou rouco. (conjunção consecutiva) Aproveite o dia, que a vida é curta. (conjunção explicativa) ―Cuidarei de todas as ovelhas, que não de vós‖. Almeida Garret. (conjunção adversativa) O professor disse o quê? (pronome interrogativo) Há um quê na beleza dela. (substantivo) Quê! Você está grávida? (interjeição) Por que / Por quê / Porque / Porquê A forma por que pode ser a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Em termos práti- cos, é uma expressão equivalente a "por qual razão", "por qual motivo". Veja alguns casos em que ela ocorre: Por que o professor agiu daquela maneira? Não se sabe por que ele tomou tal decisão. Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo que passa a ser tônico, devendo ser acentuado: Não gosta do professor? Por quê? Você tem coragem de dizer por quê?! Há casos em que por que representa a sequência prepo- sição + pronome relativo, equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões: "pela qual", "pelos quais", "pelas quais"). Em outros contextos por que equivale a "para que". Observe: Estas são as reivindicações por que lutamos. Já a forma porque é uma conjunção, equivalendo a "pois", "já que", "uma vez que", "como". Observe seu emprego em outros exemplos: O professor ficou triste porque muita gente se omitiu. Porque também pode indicar finalidade, equivalendo a "para que", "a fim de". Trata-se de um uso pouco frequente na língua atual: Não julgues porque não te julguem. A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompa- nhada de palavra determinante (artigo, por exemplo). Co- mo é um substantivo, pode ser pluralizado sem qualquer problema: Dê-me ao menos um porquê para a mesma roupa do professor Edvaldo. Mal / Mau Mal pode ser advérbio, substantivo ou conjunção. Como advérbio, significa "irregularmente‖, "erradamente‖, "de forma inconveniente ou desagradável". Opõe-se a bem: Era previsível que ele se comportaria mal. Mal, como substantivo, pode significar "doença", "molés- tia"; em alguns casos, significa aquilo que é prejudicial ou nocivo": A febre amarela é um mal de que já nos havíamos livrado. O substantivo mal também pode designar um conceito moral, ligado àideia de maldade, nesse sentido, a palavra também se opõe a bem: Há uma frase de que a visão da realidade nos faz muitas vezes duvidar: ―O mal não compensa". Quando conjunção, mal indica tempo: Mal você chegou, ele saiu. Mau é adjetivo. Significa "ruim", "de má índole‖, "de má qualidade". Opõe-se a bom e apresenta feminina má: Trata-se de um mau administrador. Onde / Aonde Aonde indica ideia de movimento ou aproximação. Aonde você vai? Aonde querem chegar com essas atitudes? Onde indica o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Normalmente, refere-se a verbos que expri- mem estado ou permanência. Observe: Onde você está? Onde você vai ficar nas próximas férias? PÁG.9 A / há O verbo haver é usado em expressões que indicam tempo já transcorrido: Tais fatos aconteceram há dez anos. Nesse sentido, é equivalente ao verbo fazer: Tudo aconteceu faz dez anos. Na indicação de fato futuro, emprega-se a preposição a, que, nesse caso, não pode ser substituída por "faz": O lançamento do satélite ocorrerá daqui a duas se- manas. Partiriam dali a duas horas. Acerca de / Há cerca de Acerca de significa ―sobre‖, ―a respeito de‖: Haverá uma palestra acerca das consequências das queimadas sobre a temperatura ambiente. Há cerca de indica um período aproximado de tempo já transcorrido: Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos. Senão / se não Senão equivale a "caso contrário" ou "a não ser": É bom que ele chegue a tempo, senão não haverá como ajudá-lo. Não fazia coisa alguma senão criticar. Se não surge em orações condicionais. Equivale a "caso não": Se não houver seriedade, o país não sairá da situação melancólica em que se encontra. Ao encontro de / de encontro a Ao encontro de indica "ser favorável a", "aproximar-se de". Observe os exemplos: Ainda bem que sua opinião veio ao encontro da mi- nha. Pudemos, assim, unir nossas reivindicações. Quando a viu, foi rapidamente ao seu encontro e a abraçou afetuosamente. De encontro a indica oposição, choque, colisão. Veja: Como você queria que eu o ajudasse se suas opiniões sempre vieram de encontro às minhas? Nós perten- cemos a mundos diferentes. O caminhão foi de encontro ao muro. Ninguém se machucou, mas os prejuízos foram grandes. Praticando com Edvaldo 01. (Imparh 2018) Assinale a opção em que todas as pa- lavras são grafadas com a letra S, a exemplo de ―ali- sando‖. A) náu__ea - proe__a - a__edo. B) requi__ito - bali__a - ba__ar. C) va__ante - e__plêndio - bu__ina. D) quero__ene - mai__ena - despe__a. 02. (Imparh 2008) Algumas palavras apresentam dificul- dade de escrita para a maioria dos brasileiros, como é o caso de ―adivinhei‖, e ―acresceu‖. As palavras a se- guir estão escritas corretamente em A) OPNIÃO, DEGLADIAR, ESPECTATIVA, VACILAR. B) OPNIÃO, DIGLADIAR, ESPECTATIVA, VASCILAR. C) OPINIÃO, DIGLADIAR, EXPECTATIVA, VACILAR. D) OPINIÃO, DEGLADIAR, EXPECTATIVA, VASCILAR. 03. (Uece 2018) Existe uma conjunção integrante em A) ―Existe um tema que vem incendiando a opinião públi- ca...‖. B) ―...em 22 anos, é a primeira vez que a corrupção é a maior preocupação do país‖. C) ―Um povo que foi capaz de metabolizar sem dramas nem tumultos a prisão de Lula...‖. D) ―Às vezes, chego a pensar que este país pode até dar uma reviravolta...‖. 04. (Uece 2014) Na expressão: ―... não houve expansão do sistema viário‖, a palavra destacada se escreve com ―s‖ por ser derivada de um verbo terminado em – NDIR. Outra palavra que tem a mesma justificativa pa- ra sua grafia é A) confusão. B) análise. C) imersão. D) divisão. 05. (Uece 2009) Dadas as palavras: 1) Atravez. 2) Excessão. 3) Atraso. 4) Paralização. Verificamos que está (estão) corretamente grafada (s): A) Apenas as palavras número 1 e 2. B) Apenas as palavras número 2 e 4. C) Apenas a palavra número 1. D) Todas as palavras. E) Apenas a palavra número 3. 06. (Uece 2008) Como revisar → ―revisão‖ a correspon- dência entre as grafias está correta em A) ênfaze → enfatizar B) vaso → extravasar PÁG.10 C) vez → revesamento D) vazar → vasamento 07. (Iepro 2007) Assinale a opção em que as palavras preencham corretamente os espaços no período: As __________ de guerra __________ provocado __________ nas pessoas e as deixaram __________ quanto aos futuro. A) Expectativas, têem, tensão, exitantes. B) Expectativas, têm, tensão, hesitantes. C) Expectativas, tem, tenção, hesitantes. D) Espectativas, têm, tensão, exitantes. E) Expectativas, têm, tenção, hesitantes 08. (Uece 2006) Como "paralisada" está corretamente escrita com S a palavra destacada da frase da letra: A) Todas as crianças foram catequisadas. B) Os filhos dos soldados foram alfabetisados. C) Os pedidos dos soldados foram analisados. D) Todas as crianças foram batisadas. 09. (Uece 2006) Como ―exploração‖ e ―explicou‖, estão corretamente escritas com X: A) exborrachar e exbranquiçar. B) excoltar e excoriação. C) exquisito e extender. D) expandir e explosão. 10. (Iepro 2007) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, baseado na classificação da palavra que: ( 1 ) Substantivo. ( 2 ) Pronome relativo. ( 3 ) Pronome interrogativo. ( 4 ) Conjunção subordinada integrante. ( 5 ) Conjunção coordenada explicativa. ( ) Que houve com a família? ( ) Ela fingiu que não o via.. ( ) Todos têm um quê de ambição. ( ) Não seja tão ambicioso que você pode sofrer. ( ) Somos bombardeados por uma massa de informações contrárias, que não leva a nada nem a lugar nenhum. A sequência correta é: A) 4 – 1 – 5 – 2 – 3. B) 1 – 2 – 3 – 5 – 4. C) 4 – 3 – 1 – 2 – 5. D) 3 – 4 – 1 – 5 – 2. E) 3 – 4 – 1 – 2 – 5. Os concorrentes pensam que não precisam estudar este tópico porque o julgam fácil, tolinhos! Acreditem, não é tão fácil quanto parece, os alunos do professor Edvaldo sabem a diferença (não sabem?) entre incipiente e insipi- ente, incontinente e incontinenti, despercebido e desaper- cebido: incipiente significa ―principiante‖; insipiente, ―igno- rante‖. Incontinente significa ―imoderado‖, já incontinenti, ―imediatamente‖. Por fim, despercebido significa ―não per- cebido‖, ao passo que desapercebido, ―desprovido‖. Ficou claro que o assunto merece uma atenção especial. Vamos a ele, então. SINONÍMIA é um processo muito utilizado por falantes de uma língua. Sabe quando não queremos repetir o mesmo termo ou palavra a todo instante? Uma das maneiras de acabar com esse problema é com uso de sinônimos. Por exemplo, se digo: ―Passe um dia na linda casa de Edval- do.‖ e quiser referir-me novamente ao termo sublinhado ―casa‖, posso lançar mão de um sinônimo para não o ter que repetir: ―Passe um dia na linda casa de Edvaldo e verá como o lar dele é aconchegante.‖ Para saber se o candidato domina mais esse subterfúgio da Língua Portuguesa, os avaliadores pedem a ele que substitua palavras ou termos retirados do texto e assinale em qual opção encontram-se aqueles que não alteram o sentido, ou os que alteram. Para se resolver esse tipo de questão é importante que o candidato tenha um certo do- mínio lexical, que conheça muitas palavras, o que é possí- vel conseguir por meio de muita leitura. Pode-se ler de tudo. Jornais, revistas, livros, bulas de remédio, outdoors, placas de trânsito... o fundamental é buscar informação. Exemplos: triste = melancólico. resgatar = recuperar maciço = compacto ratificar = confirmar digno = decente, honesto reminiscências = lembranças insipiente = ignorante. HIPONÍMIA Relação semântica em que uma palavra está num plano hierárquico inferior, uma vez que pertence a uma classe ou espécie que a inclui ao nível do significado.Este fato implica que o significado do hipônimo (etimologicamente significa nome pequeno) é mais específico e mais restrito do que o significado do hiperônimo a que pertence. O con- ceito de hiponímia também só é entendido em relação ao conceito de hiperonímia. Dizemos que há uma relação de hiponímia se o sentido de A estiver incluído no sentido de B, sendo que B deve possuir uma propriedade mais gené- rica e que inclua ao mesmo tempo o sentido de A e dos seus co-hipônimos. Por exemplo, peixe é hiperônimo em relação à sardinha, salmão, pirambu, pescada, bacalhau, que por sua vez são hipônimos de peixe e co-hipônimos entre si. Os verbos afirmar, exclamar, sussurrar, murmu- PÁG.11 rar, entre ouros, são hipônimos do verbo dizer. Os no- mes: amarelo, branco, laranja, castanho, verde, azul, cin- zento, vermelho, são hipônimos do hiperônimo cor. No mesmo nível hierárquico, os hipônimos de um mesmo hiperônimo, por possuírem semas semelhantes, podem estabelecer entre si outras relações semânticas, como a sinonímia, a antonímia ou a heteronímia. HIPERONÍMIA Relação semântica de superordenação hierárquica que uma palavra assume em relação à outra (o hipônimo) em virtude da sua maior abrangência de sentido. O hiperôni- mo é etimologicamente um nome que está numa posição hierárquica superior (hiper) por ser capaz de incluir outras palavras - os seus hipônimos; ou seja, comporta-se como um nome de espécie ou de classe, mais genérico, menos restrito, a que pertencem subclasses de palavras coloca- das num nível inferior na hierarquia do significado. Assim, a hiperonímia só é entendida em relação à hiponímia. Por exemplo, a palavra fruta é hiperônima em relação à maçã, pera, banana, laranja ou ao pêssego. A palavra animal é um hiperônimo de cão, gato, leão, tigre, elefante, girafa, rinoceronte, etc. Ou ainda, a palavra vestuário é um hipe- rônimo de camisa, calças, saia, casaco, cachecol, etc. HOLONÍMIA Em termos bem objetivos, é o todo pela parte, ou seja, é uma palavra: ―corpo‖, em relação as suas partes: cabeça, pernas, braços, pés, etc. Neste caso, ―corpo‖ tem uma relação de holonímia, quer dizer, de hierarquia semântica, com ―pés‖. Assim também acontece com: computador e monitor; alfa- beto e letras; carro e cinto de segurança, etc. MERONÍMIA É o contrário da holonímia, ou seja, é a parte pelo todo. Logo, a parte por si só, ―teclas‖ infere o todo ―teclado‖ e faz relação semântica com o mesmo, chamada de mero- nímia. Quando digo ou escrevo o merônimo ―dentes‖, lem- bro-me de seu holônimo ―boca‖ ANTONÍMIA são palavras que possuem significados con- trários, como largo e estreito, dentro e fora, grande e pe- queno. O importante é saber que os significados são opos- tos, excluem-se. Exemplos: bom x mau bem x mal condenar x absolver simplificar x complicar HOMONÍMIA é a identidade fonética e, ou gráfica de pala- vras com significados diferentes. Existem três tipos de homônimos: Homônimos homógrafos – palavras de mesma grafia e significado diferente. Exemplo: jogo (subs- tantivo) e jogo (verbo). Homônimos homófonos – palavras com mesmo som e grafia diferente. Exemplo: cessão (ato de ceder), sessão (atividade), seção (setor) e secção (corte). Homônimos perfeitos – palavras com mesma grafia e mesmo som. Exemplo: planta (substanti- vo) e planta (verbo); morro (substantivo) e morro (verbo). PARONÍMIA é a semelhança gráfica e, ou fonética entre palavras. Exemplos de parônimos: Outros exemplos de homônimas e parônimas: Acender (atear fogo) e ascender (subir); acento (sinal grá- fico) e assento (cadeira); ao invés de (ao contrário de) e em vez de (e lugar de); apreçar (tomar preço) e apressar (dar pressa); asado (alado) e azado (oportuno); assoar (limpar o nariz) e assuar (vaiar); acerca de (a respeito de), a cerca de (distância aproximada) e há cerca de (aproximadamente tempo que passou); à-toa (ruim) e à toa (sem rumo); descriminar (inocentar) e discriminar (se- parar); despensa (depósito) e dispensa (licença); flagrante (evidente) e fragrante (perfumoso); mandado (ato de man- dar) e mandato (procuração); paço (palácio) e passo (mar- cha); ratificar (confirmar) e retificar (corrigir); tapar (fechar) e tampar (cobrir com a tampa); vultoso (volumoso) e vultu- oso (rosto inchado). Lista com alguns homônimos e parônimos: afim = semelhante, com afinidade a fim de = com a finalidade de amoral = indiferente à moral imoral = contra a moral, libertino, devasso arrear = pôr arreios arriar = abaixar bucho = estômago de ruminantes buxo = arbusto ornamental caçar = abater a caça cassar = anular cela = aposento sela = arreio PÁG.12 censo = recenseamento senso = juízo cessão = ato de doar seção ou secção = corte, divisão sessão = reunião chá = bebida xá = título de soberano no Oriente chalé = casa campestre xale = cobertura para os ombros cheque = ordem de pagamento xeque = lance do jogo de xadrez, contratempo comprimento = extensão cumprimento = saudação concertar = harmonizar, combinar consertar = remendar, reparar conjetura = suposição, hipótese conjuntura = situação, circunstância coser = costurar cozer = cozinhar deferir = conceder diferir = adiar descrição = representação discrição = ato de ser discreto despercebido = sem atenção, desatento desapercebido = desprevenido discente = relativo a alunos docente = relativo a professores emergir = vir à tona imergir = mergulhar emigrante = o que sai imigrante = o que entra eminente = nobre, alto, excelente iminente = prestes a acontecer esperto = ativo, inteligente, vivo experto = perito, entendido espiar = olhar sorrateiramente expiar = sofrer pena ou castigo estada = permanência de pessoa estadia = permanência de veículo fúsil = que se pode fundir fuzil = carabina fusível = resistência de fusibilidade calibrada incerto = duvidoso inserto = inserido, incluso indefesso = incansável indefeso = sem defesa infligir = aplicar pena ou castigo infringir = transgredir, violar, desrespeitar intemerato = puro, íntegro, incorrupto intimorato = destemido, valente, corajoso intercessão = súplica, rogo interse(c)ção = ponto de encontro de duas linhas laço = laçada lasso = cansado, frouxo soar = produzir som suar = transpirar sortir = abastecer surtir = originar sustar = suspender suster = sustentar tacha = brocha, pequeno prego taxa = tributo tachar = censurar, notar defeito em taxar = estabelecer o preço Praticando com Edvaldo Leia: ―Sou perseverante, eu sei. À mesa que ponho ninguém senta. Nas camas que arrumo ninguém dorme. Não há ninguém nesta casa, vazia há tanto tempo.‖ 01. (Imparh 2018). Marque a frase em que a palavra gri- fada constitui o antônimo de ―perseverante‖. A) Quando se trata de manter a casa limpa, sou uma mulher incansável! B) Às vezes, sinto-me tão volúvel por me preocupar com coisas tão fúteis... C) Vejo, todos os dias, como sou persistente em deta- lhes de uma vida tão vazia. D) A vontade insistente de manter esta casa limpa dá significado a minha existência! Leia: Os deuses, meus descendentes; os profetas, meus public- relations, os legisladores, meus advogados; proibir-te-ão como luxúria, como adultério, como crime, e até como atentado ao pudor! 02. (Imparh 2016) Os substantivos ―luxúria‖ e ―pudor‖, ambos apresentam entre si uma relação de: A) homonímia. B) paronímia. C) antonímia. D) sinonímia. 03. (Imparh 2015) Neste excerto, ―O papa Francisco pe- diu nesta sexta-feira (23) que os aparelhos tecnológi- cos, como celulares e tablets, não atrapalhem as con- versas em família‖, a relação de coesão entre ―apare- lhos tecnológicos‖ e ―celulares e tablets‖ se dá por meio da: A) hiperonímia, a relação existente entre um termo mais genérico (―aparelhos tecnológicos‖) e um mais especí- fico (―celulares e tablets). B) meronímia, o segundo termo (―celulares e tablets‖) constituiuma parte do primeiro (―aparelhos tecnológi- cos‖). C) catáfora, o segundo termo (―celulares e tablets‖) reto- ma o primeiro termo (―aparelhos tecnológicos‖). D) anáfora, o primeiro termo (―aparelhos tecnológicos‖) aponta para o segundo (―celulares e tablets‖). 04. (Imparh 2015) Considere-se este verso da música Tua presença, de Paulo César Baruk, ―Eu correria o mun- do se não estivesses aqui‖. A relação semântica exis- tente entre a palavra sublinhada nesse verso e a pala- vra ―correria‖ na frase ―Com a correria do dia a dia‖ é de: A) homonímia. B) sinonímia. C) antonímia. D) paronímia. PÁG.13 05. (Imparh 2015) Aponte a frase em que o termo desta- cado apresenta oposição semântica com o verbo ―as- similar‖ (l. 08). A) Daniel Oppenheimer decidiu agregar mais dados rele- vantes a sua pesquisa. B) Os leitores desse texto poderão absorver bem mais informações se escreverem a mão. C) Os estudantes que assistiram à palestra não puderam participar de outras pesquisas na área. D) Os pesquisadores de Princeton chegaram a esquecer as teorias da neurolinguística acerca disso. Leia: ―Não se irrite o leitor com esta confissão. Eu bem sei que, para titilar-lhe os nervos da fantasia, devia padecer um grande desespero, derramar algumas lágrimas, e não almoçar. Seria romanesco; mas não seria biográfico. A realidade pura é que eu almocei, como nos demais di- as...‖. Machado de Assis 06. (Imparh 2012) Marque a oração em que o verbo em destaque constitui uma antonímia para titilar: A) O amor platônico estimula o espírito sem a esperança da aceitação. B) As tuas lágrimas mitigam o meu sofrimento, a minha dor, o meu ódio... C) As desilusões provocadas pelo amor inquietam o mais tranquilo dos corações! D) Punge os feridos por Cúpido a menor manifestação de carinho. Leia: (Imparh 2009) ―A expansão do domínio português terra adentro, na cons- tituição do Brasil, é obra dos brasilíndios ou mamelucos. Gerados por pais brancos, a maioria deles lusitanos, sobre mulheres índias, dilataram o domínio português, exorbi- tando a dação de papel das Tordesilhas, excedendo a tudo que se podia esperar.‖ (Ribeiro, Darcy. 1995) 07. A forma pronominal “deles” refere-se a A) Brasilíndios. B) Mamelucos. C) Pais brancos. D) Brasilíndios e mamelucos. E) Brasilíndios, mamelucos e pais brancos. 08. (Imparh 2009) O dicionário registra o verbete brasilín- dio com o sentido de ―indígena do brasil‖. No texto acima, o referido termo deve ser lido como: A) Antônimo de mameluco. B) Sinônimo de mameluco. C) Hipônimo de mameluco. D) Hiperônimo.de mameluco. E) Equivalente à acepção dicionarial. As modificações das palavras (substantivo, artigo, adjeti- vo) recebem o nome de flexão. A flexão pode ser: a) de número: singular (um só ser) ou plural (mais de um ser). b) de gênero: masculino ou feminino. c) de grau: aumentativo (maior que o normal) ou diminu- tivo (menor que o normal). Flexão de Número SUBSTANTIVOS SIMPLES Nos dicionários, as palavras aparecem no singular. Para passá-las para o plural, é preciso seguir certas regras: 1. Se as palavras terminarem em vogal, acrescenta-se S. Ex.: a - as; elegante - elegantes; siri - siris; trabalho - tra- balhos; tatu - tatus etc. 2. Se as palavras terminarem em R ou Z, acrescenta-se ES. Ex.: jantar - jantares; faquir - faquires; vez - vezes; luz - luzes etc. 3. Se as palavras terminarem em AL, EL, OL, UL, troca-se o L por IS. Ex.: casal - casais; anel - anéis; lençol - lençóis; azul - azuis etc. 4. Se as palavras terminarem em IL, troca-se: a) o L por S nas oxítonas. Ex.: barril - barris; funil - funis etc. b) o IL por EIS nas paroxítonas. Ex.: fácil - fáceis; fértil - férteis etc. 5. Se as palavras terminarem em ÃO, há três maneiras de formar o plural: a) Acrescenta-se S. Ex.: mão - mãos; irmão - irmãos etc. b) Troca-se o ÃO por ÃES. Ex.: pão - pães; capitão - capitães etc. c) Troca-se o ÃO por ÕES. Ex.: patrão - patrões; leitão - leitões etc. OBS.: algumas palavras terminadas em ÃO têm mais de um plural. ADJETIVOS SIMPLES a) Os adjetivos simples formam o plural da mesma manei- ra que os substantivos simples. OBS.: os substantivos empregados como adjetivos ficam INVARIÁVEIS: bolsas café, homens monstro. https://www.pensador.com/autor/machado_de_assis/ PÁG.14 Praticando com Edvaldo 01. (Uece 2016) Assinale a opção em que a anteposição ou a posposição do adjetivo ao substantivo implica mu- dança de significado. A) ―Nem da infância querida, nem sequer das borbole- tas...‖. B) ―Gostaria de ter palavras boas...‖. C) ―...a suposta felicidade dos moços.‖. D) ...foi se tornando pouco a pouco uma velha amiga...‖. 02. (Uece 2016) Assinale a opção em que o substantivo destacado mudou o significado por estar no plural. A) No jogo de baralho, ela tirou um ás de ouros. B) Os atletas ansiavam pelo ouro olímpico. C) O atleta participou de diversos jogos. D) Todas as equipes venceram em algum momento. 03. (Uece 2016) A mudança de gênero provoca mudança de significado no par: A) o maratonista – a maratonista. B) o atleta – a atleta. C) o ginasta – a ginasta. D) o capital – a capital. 04. (Imparh 2015) No lead – “Mostrar a importância de respeitar as diferenças é uma lição que deve ser ensi- nada desde os primeiros anos de escolaridade", a mai- oria dos substantivos são: A) derivados. B) compostos. C) concretos. D) abstratos. 05. (Uece 2011) O plural do diminutivo das palavras ―reno- vação‖, e ―sinal‖ está corretamente escrito em A) renovaçõesinhas e sinalsinhos. B) renovaçõeszinhas e sinaiszinhos. C) renovaçõezinhas e sinaizinhos. D) renovaçõizinhas e sinaezinhos. 06. (Imparh 2009) As palavras destacadas na frase ―O dizer de um precisa ser adicionado pelo dizer do outro‖ são, respectivamente: A) verbo e numeral; B) substantivo e artigo indefinido; C) substantivo e pronome indefinido; D) verbo e artigo indefinido. 07. Indique a alternativa em que todas as palavras são femininas. A) Cal, faringe, dó, telefonema. B) Omoplata, apendicite, cal, ferrugem. C) Criança, cônjuge, champanha, afã. D) Cólera, agente, guaraná, vitrina. E) Giz, diafragma, estratagema, telefonema. 08. Assinale o par em que a flexão de gênero está errada. A) patrão - patroa B) hortelão - hortelã C) senhor – senhora D) peixe-boi – peixe-mulher FORMAÇÃO DO PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS As duas palavras vão para o plural Substantivo + substantivo Ex.: tenente-coronel tenentes-coronéis carta-bilhete cartas-bilhetes Substantivos + adjetivos Ex.: amor-perfeito amores-perfeitos obra-prima obras-primas Adjetivo + substantivo Ex.: livre-pensador livres-pensadores gentil-homem gentis-homens Numeral + substantivo Ex.: quinta-feira quintas-feiras Só a primeira palavra vai para o plural Quando as duas palavras são ligadas por preposição Ex.: pé-de-moleque pés-de-moleque pão-de-ló pães-de-ló Quando à segunda palavra limita ou determina a pri- meira: Ex.: pombo-correio pombos-correio fruta-pão frutas-pão OBSERVAÇÃO: Nesse caso, também é correto colocar no plural os dois elementos: pombos-correios, frutas-pães. Só a segunda palavra vai para o plural Quando as palavras forem ligadas sem hífen Ex.: passatempo passatempos girassol girassóis Quando for verbo + substantivo Ex.: beija-flor beija-flores quebra-mar quebra-mares PÁG.15 Com palavras repetidas Ex.: tico-tico tico-ticos reco-reco reco-recos Quando a primeira palavra for invariável Ex.: sempre-viva sempre-vivas As duas palavras ficam invariáveisCom Verbo + Advérbio Ex.: o bota-fora os bota-fora Com Verbo + Substantivo no plural Ex.: o saca-rolhas os saca-rolhas Praticando com Edvaldo 01. (Uece 2009) Indique a alternativa correta no que se refere ao plural dos substantivos compostos guarda- louça, quinta-feira, manga-rosa, fruta-pão e reco-reco. A) Guardas-louças, quintas-feiras, mangas-rosas, frutas- pães, reco-recos. B) Guardas-louças, quinta-feiras, manga-rosas, frutas- pães, recos-recos. C) Guarda-louças, quinta-feiras, mangas-rosas, frutas- pão, recos-recos. D) Guarda-louças, quintas-feiras, mangas-rosas, frutas- pão, reco-recos. E) Guarda-louças, quinta-feiras, mangas-rosas, frutas- pães, reco-recos. 02. (Imparh 2014) Fazem o plural como “vira-latas” as palavras: A) ganha-perde, bota-fora e pisa-mansinho. B) guarda-civil, decreto-lei e cabeça-chata. C) mestre-escola, boa-vida e cartão-postal. D) arranha-céu, caça-níquel e beija-flor. 03. Indique a alternativa onde se encontram os dois subs- tantivos que formam o plural como escrivão e guarda- roupa, respectivamente: A) bênção / papel-moeda B) irmão / salário-família C) capelão / guarda-sol D) razão / guarda-chuva 04. Indique a alternativa correta no que se refere ao plural dos substantivos compostos casa-grande, flor-de- cuba, arco-íris e beija-flor. A) Casa-grande, flor-de-cubas, os arco-íris, beijas-flor. B) Casas-grandes, flores-de-cuba, arcos-íris, beijas- flores. C) Casas-grandes, as flor-de-cubas, arcos-íris, os beija- flor. D) Casas-grandes, flores-de-cuba, os arco-íris, beija- flores. FORMAÇÃO DO PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS Os adjetivos compostos só recebem o plural no último elemento e somente se esse último elemento for adjetivo. Se o último elemento não for adjetivo, então o plural do adjetivo composto será exatamente igual ao seu singular. Ex.: tecido verde-claro tecidos verde-claroS. Roupa verde-garrafa roupas verde-garrafa. Não é adj. é subs. OBSERVAÇÃO: Existem somente três adjetivos compostos que não se- guem a regra acima. São eles: O adjetivo surdo-mudo, que tem plural nas duas pala- vras. Ex.: meninos surdoS-mudoS. O adjetivo azul-marinho, que é invariável, isto é, não tem plural em nenhuma das duas palavras. Ex.: roupas azul-marinho. O adjetivo azul-celeste, que também é invariável. Ex.: cortinas azul-celeste. Praticando com Edvaldo Leia: (Imparh 2015) No Brasil, as estatísticas refletem essa realidade: os ne- gros são 45,5% da população, mas têm nível de escolari- dade menor que os brancos. Silvério e outros pesquisado- res que estudam as relações raciais na escola afirmam que o tratamento diferenciado dentro da sala de aula é um dos fatores que contribuem para o baixo rendimento das crianças negras. 05. O adjetivo ―menor" expressa a ideia de: A) relatividade. B) igualdade. C) superioridade. D) inferioridade. 06. Coloque a frase abaixo no plural, indicando a alternati- va correta: ―O guarda-noturno luso-brasileiro sempre desconfiou do chefe-de-seção‖. A) Os guardas-noturnos lusos-brasileiros sempre descon- fiaram dos chefes-de-seção. B) Os guardas-noturnos luso-brasileiros sempre desconfi- aram dos chefes-de-seções. C) Os guarda-noturnos luso-brasileiros sempre desconfia- ram dos chefes-de-seção. D) Os guardas-noturnos luso-brasileiros sempre desconfi- aram dos chefes-de-seção. PÁG.16 Leia com atenção a frase abaixo: Edvaldo deitou tarde. Edvaldo ainda dormia quando, de manhã, a vizinha de Edvaldo chamou Edvaldo. Como você observou, a frase apresenta uma repetição do nome, do substantivo Edvaldo. Essa repetição torna a frase bastante incomum para nós, torna-se até mesmo meio esquisita. Mas... como evitar essa repetição? A repetição pode ser evitada se trocarmos a palavra Ed- valdo por outras que a substituam adequadamente. Assim: Edvaldo deitou tarde. Ele ainda dormia quando, de manhã, sua vizinha chamou-o. Observe, então, que as palavras ele, sua e o estão substi- tuindo o substantivo, o nome Edvaldo Elas estão no lugar do nome. Elas são pronomes. Podemos dizer, portanto, que: Pronomes são palavras que representam (substituem um substantivo), ou o acompanham, limitando sua significa- ção. Outros exemplos de pronomes: Edvaldo, encontrei tua caneta no chão, mas não a apanhei pois ela estava quebrada. Tua de Edvaldo a, ela caneta Pronomes substantivos e adjetivos Quando um pronome é empregado junto de um substanti- vo, ele é chamado de pronome adjetivo e quando um pronome aparece isolado, sozinho na frase, ele é chama- do de pronome substantivo. Ex.: Alguém pode adivinhar nossas vontades? alguém pronome substantivo (pois está sozinho) nossas pronome adjetivo(pois está junto do substantivo vontades) Encontrei tua caneta, mas não a apanhei. tua pronome adjetivo a pronome substantivo Coloque: (1) pronome substantivo (2) pronome adjetivo a) Nestas aulas aprendemos o que ele ensina. ( )( ) b) Aquela camisa é linda. ( ) c) Qualquer aluno poderia gostar do professor e de suas manias. ( ) ( ) d) Nosso desejo é que ele troque a camisa. ( ) ( ) CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES Os pronomes classificam-se em: • pessoais • possessivos • demonstrativos • indefinidos • interrogativos • relativos A seguir um quadro com todas as formas do pronome pessoal: Pronomes Pessoais Num P. Retos oblíquos Átonos Tônicos Sing 1ª 2ª 3ª eu tu ele me te o a lhe se mim, comigo ti, contigo ele si consigo Plur. 1ª 2ª 3ª nós vós eles nos vos os as lhes se Nós conosco vós convosco eles si consigo Emprego dos pronomes pessoais Os pronomes oblíquos me, nos, te, vos, e se podem indicar que a ação praticada pelo sujeito reflete-se no próprio sujeito. Nas frases em que isso ocorre, tais pro- nomes são chamados pronomes reflexivos. Ex.: Eu me machuquei. me (= a mim mesmo) pronome reflexivo. Os pronomes oblíquos se, si e consigo são sempre reflexivos. Ex.: Márcia só pensa em si. (= pensa nela mesma) O rapaz feriu-se (= feriu a ele próprio) Ele trouxe consigo o livro. (= com ele mesmo) Note, portanto, que frases como as exemplificadas a se- guir são gramaticalmente incorretas. Marcos, eu preciso falar consigo erro Eu gosto muito de si, minha amiga. erro PÁG.17 Os pronomes oblíquos nos, vos e si, quando significam um ao outro, indicam a reciprocidade (troca) da ação. Nesse caso são chamados de pronomes reflexivos recíprocos. Ex.: Os jogadores se abraçavam após o gol. se (= um ao outro) pronome reflexo recíproco. Eu x mim: eu (pronome reto) só pode funcionar como sujeito, enquanto mim (pronome oblíquo) só pode fun- cionar como complemento, nunca como sujeito. Daí termos frases como: Ela trouxe o livro para eu ler. (correto) sujeito Ela trouxe o livro para mim. (correto) Não pode ser sujeito Ela trouxe o livro para mim ler. (errado) Não pode ser sujeito Entre todos os pronomes pessoais somente os prono- mes eu e tu não podem ser pronomes oblíquos (reveja o quadro). Esses dois pronomes só podem exercer a função de sujeito da oração. Nas frases em que não for para exercer a função de sujeito, tais pronomes de- vem ser substituídos pelos seus pronomes oblíquos correspondentes. Eu me, mim. Tu te, ti. Ex.: Eu e ela iremos ao jogo. (correto) sujeito Uma briga aconteceu entre mim e ti. (correto) sujeito não-sujeitoNão houve nada entre eu e ela (errado) Não houve nada entre mim e ela. (correto) Pronomes de tratamento Os pronomes de tratamento são pronomes pessoais usa- dos no tratamento cerimonioso e cortês entre pessoas. Os principais pronomes de tratamento são: Pronome de Tratamento Usado para Vossa Alteza (V.A.) Vossa Majestade (V.M.) Vossa Santidade (V.S.) Vossa Eminência (V.Emª.) Vossa Excelência (V. Exª) Príncipes, Duques Reis Papas Cardeais Autoridade em geral OBSERVAÇÕES: Existem, para os pronomes de tratamento, duas formas distintas: vossa (Majestade, Excelência, etc.) e sua (Majestade, Excelência etc.). Você deve usar a forma vossa quando estiver falando com a própria pessoa e usar a forma sua quando estiver falando a respeito da pessoa. Ex.: Vossa Majestade é cruel. (falando com o rei) Sua Majestade é cruel. (falando a respeito do rei) Praticando com Edvaldo 01. (Cetrede 2018) Quanto ao uso dos pronomes, marque a opção INCORRETA. A) Vi-lhe, mas não lhe paguei. B) Não há nada entre mim e ti. C) Eu a vi e beijei. D) Não deram o doce a ti? E) Elsa se machucou. 02. (Cetrede 2016) Na frase ―Queria que me aconselhas- ses‖ o termo em destaque pode ser substituído por, o A) teu conselho. B) vosso conselho. C) conselho deles. D) conselho de vocês. E) seu conselho. PÁG.18 03. (Uece 2016) A forma de tratamento direcionada aos bandidos sugere A) respeito. B) solidariedade. C) raiva. D) desprezo. 04. (Uece 2016) O pronome possessivo ―sua‖ refere-se A) ao leitor. B) aos bandidos. C) à residência. D) à população. Leia estes versos: Modinha Tuas palavras antigas Deixei-as todas, deixei-as, Junto com as minhas cantigas, Desenhadas nas areias. [...] (Cecília Meireles) Em relação às palavras ―tuas‖ e ―minhas‖, analise as pro- posições abaixo. I. ―Tuas‖ refere-se ao substantivo ―palavras‖, indicando que elas pertencem à pessoa com quem se fala. II. ―Minha‖‘ refere-se ao substantivo ―cantigas‖, indicando que elas pertencem à pessoa que fala. III. ―Tuas‖ e ―minhas‖ são exemplos de pronomes de tra- tamento, empregados quando nos referimos a uma pessoa de maneira respeitosa. 05. (Uece 2009) Marque a única opção CORRETA: A) A afirmativa I é incorreta. B) A afirmativa II é incorreta. C) As afirmativas I e III são incorretas. D) A afirmativa III é incorreta. E) As afirmativas I – II e III são incorretas 06. (Uece 2006) O pronome de tratamento apropriado para o Ministro da Justiça é: A) Vossa Eminência. B) Vossa Magnificência. C) Vossa Excelência. D) Vossa Senhoria. 07. O pronome você é classificado como pronome de tra- tamento, o qual se refere à: A) segunda pessoa do plural. B) terceira pessoa do singular. C) primeira pessoa do singular. D) segunda pessoa do singular. EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS No espaço: este(s), esta(s) e isto são usados para indi- car que o ser está perto de quem fala. Ex.: Este livro que está comigo é raro. Esse(s), essa(s) e isso são usados para indicar que o ser está perto de que ouve. Ex.: Essa faca que está com você é voa. Aquele(s), aquela(s) e aquilo são usados para indicar que o ser está longe de quem fala e também está longe de quem ouve. Ex.: Aquela casa lá é muito antiga Na frase, no texto: este(s) , esta(s) e isto são usados para indicar algo que vai ser falado (ou escrito) mais à frente. Ex.: Ele me disse isto: caia fora! Esse(s), essa(s) e isso são usados para indicar algo que já foi falado (ou escrito) anteriormente. Ex.: Caia fora! Foi isso que ele me disse. Para fazer referência a dois elementos já citados na frase, usa-se este para indicar o último elemento e usar-se aque- le para indicar o primeiro elemento. Ex.: Paulo e João são bons alunos, mas este é mais inteli- gente que aquele. este João aquele Paulo Praticando com Edvaldo 08. (Cetrede 2019) Analise e preencha, as lacunas da assertiva a seguir, com os pronomes demonstrativos. Senhor Diretor Em resposta ao memorando nº. 27/5/2019 d_______ Dire- toria, quero comunicar-lhe que _______ Chefia não é res- ponsável por _______ irregularidades a que Vossa Senho- ria se refere. Marque a opção que completa CORRETA e respectiva- mente as lacunas. A) esta / essa / aquelas B) essa / essa / estas C) essa / esta / essas D) esta / esta / estas E) esta / essa / essas Leia: (...) PÁG.19 Um país vai para o brejo quando políticos lutam por cargos em secretarias e ministérios não porque tenham qualquer relação com a área, mas porque secretarias e ministérios têm verbas — e isso é noticiado como fato corriqueiro da vida pública. (...) Um país vai para o brejo quando representantes do povo deixam de ser povo assim que são eleitos, quando se criam castas intocáveis no serviço público, quando esses brâmanes acreditam que não precisam prestar contas a ninguém — e isso é aceito como normal por todo mundo. (...) Um país vai para o brejo quando as suas escolas e os seus hospitais públicos são igualmente ruins, e quando os seus cidadãos perdem a segurança para andar nas ruas, seja por medo de bandido, seja por medo de polícia. (...) A elite mora com a elite, convive com a elite e janta com a elite, sem vista para o Brasil. Os tempos épicos do faroes- te acabaram há décadas, mas há os privilégios que foram mantidos, ampliados e replicados pelos estados. De todas as heranças malditas que nos deixaram, essa é a pior de todas. (...) 09. (Uece 2016) Assinale a opção em que há a correta identificação do pronome destacado no exemplo e o seu referente. A) ―... e isso é noticiado como fato corriqueiro da vida pública.‖ — refere-se a ―porque tenham qualquer rela- ção com a área‖. B) ―... e isso é aceito como normal por todo mundo.‖ — refere-se a ―Um país vai para o brejo‖. C) ―...e os seus hospitais públicos são igualmente ruins...‖ — refere-se a ―escolas‖. D) ―De todas as heranças malditas que nos deixaram... — refere-se à autora e aos brasileiros de maneira geral. Leia: Texto – Saudade Conversávamos sobre saudade. E de repente me apercebi de que não tenho saudade de nada. (...) Nem da infância querida, nem sequer das borboletas azuis, Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De quem morreu sinto é falta, o prejuízo da perda, a ausência. A vontade da presença, mas não no passado, e sim presença atual. Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora. Voltar atrás? Acho que não, nem com eles. (...) QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006. Texto adaptado. 10. (Uece 2016) Na frase: ―Saudade será isso?‖, o pro- nome destacado A) amplia a informação sobre saudade. B) resume reafirmando o que foi dito. C) anuncia algo que ainda vai ser dito. D) indica ordenação de ideias no texto. Leia o excerto abaixo: ―Diversos estudos mostram isso há muito tempo. Por exemplo, uma análise feita por psicólogos alemães sobre a rotina de violonistas da Universidade das Artes em Ber- lim, em 1993. Eles dividiram os alunos em dois grupos de acordo com sua habilidade: os de ―elite‖ e os ―medianos‖. Os dois grupos dedicavam em média 50 horas por sema- na ao estudo do violino. Só que os medianos praticavam aleatoriamente ao longo do dia, enquanto os de elite con- centravam seu trabalho em dois períodos fixos: de manhã e à tarde. Quanto melhor o violonista, mais rígida era essa divisão entre trabalho e lazer. E isso tinha um baita impac- to nas vidas dos músicos. Os melhores dormiam uma hora a mais por noite e dedicavam mais tempo à diversão. No fim das contas, os mais habilidosos eram também os mais relaxados.‖ 11. (CCV 2013) O pronome ―isso‖ no comentário ―E isso tinha um baita impacto nas vidas dos músicos.‖,faz remissão à: A) prática de violino ao longo do dia. B) fixação do trabalho em dois turnos. C) maior destinação de tempo ao lazer. D) rígida divisão entre trabalho e lazer. E) noite de sono mais longa e relaxante. Leia o excerto abaixo: ―Outras pesquisas indicam que a qualidade das horas de trabalho importa mais que a quantidade. Um estudo de 2005 publicado na revista Applied Cognitive Psychology analisou dois grandes grupos de jogadores de xadrez: mestres e intermediários. E concluiu que a diferença entre eles não era fruto de um dom ou do simples tempo de prática, mas da dedicação ao ―estudo sério‖ – a tarefa árdua de rever jogadas de enxadristas melhores, tentando prever movimentos. Durante sua primeira década de ativi- dade, os mestres investiram em média cerca de 5 vezes mais tempo a esse tipo de estudo sério do que os inter- mediários. Ou seja: não bastava praticar muito xadrez, era preciso praticar direito. Isso vale pra todo mundo. Se você é um estudante ou já tem anos de carreira, e se o seu objetivo é construir uma vida extraordinária, então fuja da exaustão. Se você está cronicamente estressado e trabalha até tarde, algo anda mal.‖ 12. (CCV 2013) Ao afirmar ―Isso vale pra todo mundo.‖, o autor quis dizer que: A) todos deveriam praticar, honestamente, o jogo de xa- drez. B) o jogo de xadrez deveria ser levado mais a sério por todos. C) jogar xadrez com seriedade é uma prática recomenda- da a todos. D) ter experiência em um jogo como o xadrez é importan- te para todos. E) o estudo sério feito pelos mestres do xadrez é exemplo para todos. PÁG.20 13. (Uece 2018) As palavras destacadas em ―A cidade obteve bons resultados e a UFC espera conseguir o mesmo‖, referem-se a A) ―resultados‖. B) ―bons resultados‖. C) ―cidade‖. D) ―cidade obteve‖. Pronomes Possessivos Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do dis- curso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa. Quando digo, por exemplo, meu livro, a palavra meu in- forma que o livro pertence à 1ª pessoa (eu). Eis as formas dos pronomes possessivos: 1ª pessoa singular: meu, minha, meus, minhas 1ª pessoa plural: nosso, nossa, nossos, nossas 2ª pessoa singular: teu, tua, teus, tuas 2ª pessoa plural: vosso, vossa, vossos, vossas 3ª pessoa singular: seu, sua, seus, suas 3ª pessoa plural: seu, sua, seus, suas Praticando com Edvaldo 14. (Impahr 2009) Marque a frase cuja palavra sublinhada tem a mesma classe gramatical do vocábulo destaca- do em ―De modo que ninguém diz propriamente o que diz‖. A) ―Dizer o que eu jamais soube ser dito.‖ B) ―O que é mesmo que ele estava dizendo?‖ C) ―Contradizer-se é ainda uma solução para o conflito.‖ D) ―O dizer de um precisa ser acionado para dizer do outro.‖ Pronomes indefinidos Pronomes indefinidos são pronomes que se referem à 3ª pessoa gramatical (pessoa de quem se fala), quando con- siderada de modo vago e indeterminado. Ex.: Acredita em tudo que lhe dizem certas pessoas. QUADRO DOS PRONOMES INDEFINIDOS VARIÁVEIS INVARIÁVEIS algum(ns); alguma(s) nenhum(ns); nenhuma(s) todo(s); toda(s) outro(s); outra(s) muito(s); muita(s) pouco(s); pouca(s) certo( s); certa( s) tanto(s); tanta(s) quanto(s); quanta(s) qualquer; quaisquer alguém ninguém tudo outrem nada cada algo OBSERVAÇÃO: Um pronome indefinido pode ser representado por expres- sões formadas por mais de uma palavra. Tais expressões são denominadas locuções pronominais. As mais comuns são: qualquer um, todo aquele que, um ou outro, cada um, seja quem for. Ex.: Seja qual for o resultado, não desistiremos. Praticando com Edvaldo 15. (Cetrede 2019)São pronomes indefinidos invariáveis. A) Todo – vário – qualquer. B) Pouco – certo – tanto. C) Alguém – cada – quem. D) Algo – qual – outrem. E) Que – todo – algo. 16. (Cetrede 2019) Analise as assertivas a seguir. ...preparado justamente com essa polpa turbinada. ...vem acompanhado de outras delícias. Os pronomes destacados classificam-se, respectivamente, como A) demonstrativo e indefinido. B) indefinido e indefinido. C) possessivo e demonstrativo. D) relativo e relativo. E) demonstrativo e demonstrativo. 17. (Cetrede 2015) Marque a opção que contém apenas pronomes indefinidos. A) que / qual / muito / um. B) este / aquele / o / isso. C) algum / outrem / alguém / cada. D) que / qual / quanto / quem. E) minha / nossas / seu / vosso. Pronomes interrogativos Pronomes interrogativos são aqueles empregados para fazer uma pergunta direta ou indireta. Da mesma forma que ocorre com os indefinidos, os interrogativos também se referem, de modo vago, à 3ª. Pessoa gramatical. Os pronomes interrogativos são os seguintes: que, quem, qual, quais, quanto(s) e quanta(s). Ex.: Que horas são? (frase interrogativa direta) Gostaria de saber que horas são. (inter. Ind.) Quantas crianças foram escolhidas? PÁG.21 Pronomes relativos Vamos supor que alguém queira transmitir-nos duas in- formações a respeito de um menino. Esse alguém poderia fala assim: Eu conheço o menino. O menino caiu no rio. Mas essas duas informações poderiam também ser transmitidas utilizando-se não duas frases separadas, mas uma única frase formada por duas orações. Com isso, seria evitada a repetição do substantivo, do nome menino. A frase ficaria assim: Eu conheço o menino que caiu no rio. 1ª oração 2ª oração Observe que a palavra que substitui, na segunda oração, a palavra menino, que já apareceu na primeira oração. Essa é a função dos pronomes relativos. Podemos dizer, então, que: Pronomes relativos são os que se referem a um substanti- vo anterior a eles, substituindo-o na oração seguinte. QUADRO DOS PRONOMES RELATIVOS VARIÁVEIS INVARIÁVEIS masculino Feminino que quem onde o qual; os quais; cujo; cujos; quanto; quantos. A qual; as quais; cuja; cujas; quanta; quantas OBSERVAÇÃO Como relativos, o pronome que é substituível por o qual, a qual, os quais, as quais. Ex.: Já li o livro que comprei. (=livro o qual comprei) Há frases em que a palavra retomada, repetida pelo pronome relativo, é o pronome demonstrativo o, a, os, as. Ex.: Ele sempre consegue o que deseja. (que) pron. relativo (o) pron. demonstrativo O relativo quem só é usado em relação a pessoas e aparece sempre precedido de preposição. Ex.: O professor de quem você gosta chegou. O relativo cujo (e suas variações) é, normalmente, empregado entre dois substantivos, estabelecendo en- tre eles uma relação de posse e equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais. Ex.: Compramos o terreno cuja frente está murada. (cuja frente = frente do qual) Note que após o pronome cujo (e variações) não se usa artigo. Por isso, deve-se dizer, por exemplo: Visitei a cida- de cujo prefeito morreu e não: Visitei a cidade cujo o pre- feito morreu. O relativo onde equivale a em que. Ex.: Conheci o lugar onde você nasceu. Quantos(s) e quanta(s) só são pronomes relativos se estiverem precedido dos indefinidos tudo, tanto(s), tan- ta(s), todo(s), toda(s). Ex.: Sempre obteve tudo quanto quis. indef. relativo Outros exemplos de reunião de frases através de prono- mes relativos: Eu visitei a cidade. Você nasceu na Cida. Eu visitei a cidade qualna queem onde você nasceu. Observe que, nesse exemplo, antes dos relativos que e qual houve a necessidade de se colocar a preposição em, que é exigidapelo verbo nascer (quem nasce em algum lugar). Você comprou o livro. Eu gosto do livro. Você comprou o livro qualdo quede eu gosto. Da mesma forma que no exemplo anterior, aqui houve a necessidade de se colocar a preposição de, exigida pelo verbo gostar (quem gosta, gosta de alguma coisa). Praticando com Edvaldo 18. (Cetrede 2017) Analise as frases a seguir. I. O livro ___ estou lendo é de Carlos Drummond de Andrade. II. Aquele senhor, ____ mulher é advogada, é muito do- ente. III. Os professores da minha escola, _____ são muito competentes, farão reunião amanhã. PÁG.22 Marque a opção que preenche CORRETA e respectiva- mente as lacunas. A) o qual / cuja / que. B) ao qual / que / cujos. C) que / cuja / os quais. D) que / cuja / cujos. E) o qual / a qual / que. 19. (CCV 2017) Assinale a alternativa em que a forma grifada é classificada como pronome relativo. A) ―extraiu objetos estranhos, que poderiam ser implantes alienígenas‖. B) ―o que sugere que os fragmentos foram desenhados ou fabricados‖. C) ―Ele explica que ―essas coisas não poderiam ser en- contradas...‖. D) ―Teriam que ser processadas‖. E) ―muitos acreditam que essa é a prova mais evidente‖. Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, lhes, me, te, se, nos, vos) podem ocupar três posições na oração em relação ao verbo: Antes do verbo: próclise; dizemos que o pronome está proclítico. Nunca se fala nestas coisas aqui. Quero que todos me acompanhem. No meio do verbo: mesóclise; dizemos que o pronome está mesoclítico. Ajudar-te-ei amanhã sem falta. Dir-lhe-ei depois o que desejo. Depois do verbo: ênclise; dizemos que o pronome está enclítico. Ouviu-se um alarido. Faltavam-me alguns relógios. Uso da próclise A próclise é obrigatória: Quando há palavra de sentido negativo antes do verbo. Nada lhe posso dizer. Nunca a vi. Ninguém me procurou. Quando aparecem conjunção subordinativa e pronome relativo. Quero que me entendas. Quando me convidaram, não titubeei. Há casos que nos aborrecem. Ainda que a encontre, não conversaremos. Em orações iniciadas por palavras interrogativas. Quando nos enviarão as passagens? Quem te perdoou a dívida? Em orações que exprimem desejo, e iniciadas por pala- vras exclamativas. Deus me acuda! Bons olhos o vejam! Quanto tempo se perde com leviandades! Como me recordo daquele feriado! Com a presença de pronomes relativos: que, o qual, cu- jo... O recibo que lhe deram não é verbo. Este é o livro ao qual me referi PÁG.23 Quando se usar gerúndio com em. Em se tratando de medicina, ele é especialista. Em se apresentando condições, faremos o que pedes. Uso da mesóclise Para usar mesóclise, é necessário que o verbo esteja no futuro do presente ou do pretérito do indicativo. Os filhos a receberiam bem se você os respeitasse. Os filhos recebê-la-iam bem se você os respeitasse. Se houve, porém, partícula atrativa, como as palavras negativas não, nunca, jamais, ninguém, nada, a pró- clise é obrigatória, apesar de o verbo está no futuro do pretérito. Os filhos não a receberiam bem se ela os desrespei- tasse. As mulheres nunca a respeitarão. Ninguém te chamaria. Uso da ênclise A ênclise é obrigatória: Quando o verbo inicia a frase. Faltam-me os dados técnicos desejáveis. ―Empurram-no, mas vosso criado não quer correr.‖ (Car- los Drummond de Andrade) Com o verbo no infinitivo impessoal. ―Para assustá-lo, os soldados atiram a esmo.‖ (Carlos Drummond de Andrade) Praticando com Edvaldo 01. (Cetrede 2019) Marque a opção CORRETA quanto à colocação pronominal. A) Me ajudem, por favor. B) O encontrarei depois do almoço. C) Te cuida, rapaz! D) Lhe pagaram tudo que deviam? E) Eu lhe farei uma visita. 02. (Imparh 2018). Neste fragmento ―Escurecem-se as pratas‖, quanto à sintaxe de colocação, com base no conhecimento gramatical de acordo com o padrão cul- to da língua, marque a asserção correta. A) Nesse contexto, existe correção no emprego da êncli- se e da próclise. B) Observa-se um erro de colocação do pronome, visto que a próclise é obrigatória. C) Empregou-se a ênclise porque não se pode começar frase com pronome oblíquo átono. D) Deve-se empregar a ênclise, pois se trata de uma ora- ção optativa, em que se expressa um desejo. 03. (Cetrede 2016) Marque a opção em que ocorre êncli- se. A) Disseram-me a verdade. B) Não nos comunicaram o fato. C) Dir-se-ia que tal construção não é correta. D) A moça se penteou. E) Contar-me-ão a verdade? 04. (Promunicípio 2016) Assinale a alternativa que com- pleta corretamente as lacunas da frase abaixo: ―Quem___________estragado que___________de____________". A) trouxe-o - encarregue-se - consertá-lo. B) o trouxe - encarregue-se - consertá-lo. C) trouxe-o - se encarregue - consertá-lo. D) trouxe-o - se encarregue - o consertar. E) o trouxe - se encarregue - consertá-lo. 05. (Promunicípio 2016) Assinale a alternativa incorre- ta quanto à colocação do pronome: A) Todos me disseram o mesmo. B) Preciso vê-lo, disse-me o rapaz. C) Recusei a ideia que apresentaram-me. D) Os soldados não lhe obedeceram às ordens. E) Sempre a quis como secretária. 06. (Uece 2009) No trecho: ―Não lhes poderei dizer, ao certo, os dias que durou esse crescimento.‖ observa- se a colocação pronominal adequada à norma culta. A única opção em que o uso do pronome pessoal oblí- quo obedece à gramática normativa é A) Nos uniu esse beijo breve, mas único. B) Jamais direi-lhe algo que a faça sofrer. C) Alguém informará-lhe o horário do encontro. D) O vi saindo de casa na calada da noite. E) Não pude dormir: debulhei-me em pensamentos tortu- rantes. 07. (Uece 2007) Nas frases que se seguem, somente uma delas pode ter o termo sublinhado substituído correta- mente pelo pronome no local indicado entre parênte- ses. Assinale-a: A) Esta é a história absurda que contaram a meu chefe? (LHE – antes de contaram). B) Se tivesse começado mais tarde, ninguém teria con- cluído a prova. (A – antes de concluído). C) Por falta de oportunidade, não convidou os amigos para o encontro. (LHES – antes de convidou). D) ―Se tivéssemos comunicado à mãe com antecedência, ela teria tomado providência‖. (LHE – depois de comu- nicado). E) Enviarei a todos vocês, meu novo endereço. (LHES – depois de enviarei). PÁG.24 08. (Uece 2008) A colocação pronominal está correta em A) o povo de Acopiara não havia afastado-se da cidade B) entregaremos-lhes as propostas do curso de portu- guês C) nada me haviam dito sobre a cidade de Acopiara D) nos lembramos das propostas do curso de português E) ninguém machucou-se no jogo em Acopiara 09. (Pró-Município 2012) Quanto à colocação pronominal, marque o item em que a posição do pronome em rela- ção ao verbo está de acordo com a gramática normati- va: A) Te acompanharei aonde fores, onde estarás, estarei contigo; B) Convidarei-te para meu aniversário; C) Me sinto como os ratos abandonando o navio; D) Ninguém havia lembrado-me de fazer as reservas para o jantar na inauguração do restaurante; E) Tudo se acaba com a morte, menos a saudade. VALOR DAS CONJUNÇÕES Para lá de importante é ter domínio sobre o valor semânti- co (o significado) das conjunções, ou seja, é preciso saber que circunstâncias nos trazem as orações iniciadas por elas, relativamente à ideia expressa na oração à qual es-
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