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RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO

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RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO
Baixa Idade Média
Cruzadas: Reabertura do Mar Mediterrâneo ao grande comércio
O comércio faz nascer pequenas vilas (burgos)
Nascem os burgos (pequenas cidades dentro dos feudos)
Burguesia: proprietários do comércio local
Cidades Italianas: principais fornecedoras de produtos orientais
*A aliança entre o Rei + Burguesia
-Para o Rei era importante o comércio que a burguesia desenvolvia
-Aumento da arrecadação de impostos para o governo real
-Condições financeiras para a criação de exércitos fortes
-Para a burguesia o apoio político do rei era determinante para o crescimento do comércio
A CRISE DO FEUDALISMO
-O crescimento do comércio deixava o sistema feudal ainda mais em crise
-Os senhores feudais não viam com bons olhos o crescimento do comércio
-A Igreja Católica também criticava o crescimento do comércio
CARACTERÍSTICAS DO CAPITALISMO COMERCIAL
-Os burgos eram pequenos núcleos onde o comércio crescia e se desenvolvia
-O surgimento capitalismo do capitalismo comercial
-Dentro dos burgos temos o aparecimento das trocas comerciais
AS CORPORAÇÕES DE OFÍCIO
-Mestres: Donos das Oficinas
-Trabalhadores eram pagos por jornada de trabalho
-Aprendizes: Iniciantes na profissão
A CRISE DO SÉCULO XIV
-Fome: Europa foi assolada por intensar chuvas
-Guerras: Guerra dos Cem anos (Inglaterra x França), Guerra da Reconquista (Península Ibérica: Cristãos x Muçulmanos)
-Doenças: Peste negra ou Peste bubônica
Guerra dos cem anos
A causa política da Guerra dos Cem Anos foi a disputa pelo trono francês, após a morte de Carlos IV, em 1328, que colocou fim à dinastia dos Capetíngios.
O rei da Inglaterra, Eduardo III, era neto de Filipe, o Belo, e reivindicava o direito à coroa francesa. Do ponto de vista econômico, o motivo foi a disputa pela rica região de Flandres (Holanda e Bélgica atuais).
Além de ser um rico centro comercial, Flandres possuía uma importante indústria de tecidos de lã, cuja matéria prima era importada da Inglaterra.
Como a exploração de lã para Flandres era uma importante fonte de riqueza para nobres ingleses, eles resolveram enfrentar as pretensões francesas em relação à região.
Os Primeiros Anos da Guerra
Nos primeiros anos da guerra, os ingleses, com excelente infantaria, obtiveram vitórias espetaculares. Apenas em 1429, um fato mudou o curso da guerra em favor dos franceses.
A camponesa Joana d’Arc comandou um pequeno exército enviado por Carlos VII, libertou Orleans, sitiada pelos ingleses. Seguiram-se outras vitórias até que os franceses conquistaram Reims. Carlos VII foi então coroado rei da França.
A guerra durou mais de cem anos, não foi contínua, apresentou momentos de luta, com vitórias de ambos os lados, e momentos de trégua.
O conflito foi sempre acompanhado por outras calamidades, como a fome e a peste. A fome era consequência da guerra, das prolongadas secas e das pequenas colheitas, que provocaram um aumento nos preços dos gêneros de primeira necessidade, como o trigo.
Em 1347 a peste negra, se alastrou com rapidez pela Europa, matando mais de um terço da população.
Em 1358, com a crise do feudalismo, durante a Baixa Idade Média, ocorreu na França uma revolução camponesa conhecida por jacquerie, porque os camponeses eram chamados pelos nobres de “Jacques Bonhomme”, o equivalente a caipira em português.
Dos aproximadamente 100 mil camponeses que participaram da revolução, grande parte foi massacrada pelos nobres apoiados pelo rei.
Na Inglaterra, a situação dos camponeses também era calamitosa. Esfomeados e oprimidos pelos senhores feudais, uma massa de 60 mil rebelados destruiu castelos, assassinou senhores e cobradores de impostos e marchou sobre Londres, ocupando a capital. A reação do rei e dos nobres resultou no fracasso da revolução e na execução de milhares de rebeldes.
Última Fase da Guerra
A última fase da Guerra dos Cem Anos foi marcada pelas vitórias da camponesa Joana d’Arc, que estimulou ainda mais o sentimento de nacionalidade do povo francês.
Os ingleses, planejando matá-la, prenderam a heroína francesa. Julgada por um tribunal da Igreja, foi acusada de heresia e bruxaria, acabou condenada e queimada viva em Rouen, em 1431.
A morte de Joana d’Arc estimulou ainda mais o nacionalismo dos franceses, que a partir de então, avançaram sobre os ingleses, conseguindo expressivas vitórias.
Em 1453 foi assinada a paz. Carlos VII passou a governar a França com poderes quase absolutos e acabou com as pretensões inglesas de possuir domínios na França.
GUERRA DA RECONQUISTA
A “Reconquista da Península Ibérica” ou “Retomada Cristã” foi um movimento ibérico cristão de cunho militar e religioso, que opôs cristão e os muçulmanos numa guerra secular pela recuperação dos territórios perdidos para os conquistadores árabes na Península Ibérica, durante o século VIII, quando os muçulmanos invadiram a península e estabeleceram um domínio que durou de 711 a 1492.
Contexto Histórico: Resumo
Antes da invasão árabe, a Península Ibérica era habitada por povos germânicos convertidos ao Cristianismo durante a Alta Idade Média.
Contudo, após a morte de Maomé, os muçulmanos expandiram seus domínios pelo norte da África, até que, em 711, o general do Império Islâmico, Tarik ibn-Zyiad atravessou o estreito de Gibraltar (nome dado em sua homenagem) e adentra a península, derrotando os cristãos e expulsando os visigodos para uma região montanhosa no norte da península (Astúrias), de onde teve início a ofensiva cristã.
Por conseguinte, em 718, Pelágio, líder dos Visigodos, reúne um grupo de montanheses que estavam refugiados nas montanhas, dando inicio a reconquista dos territórios perdidos.
Com efeito, ele obtém uma grande vitória em 722, na Batalha de Covadonga e, no ano de 740, as terras localizadas ao norte do rio Douro já eram cristãs novamente. Sem espanto, as populações das regiões reconquistadas passavam aos exércitos cristãos, engrossando suas fileiras.
Contudo, foi a partir do século XI que o processo de reconquista da península acelerou-se, uma vez que a reconquista daquele território passou a ser considerada uma missão sagrada.
Assim, com o apoio do movimento das Cruzadas, os reinos ibéricos retomaram cerca de metade dos territórios muçulmanos em pouco tempo, conquistando o Califado de Córdoba, ainda em 1031.
Ora, pelas Cruzadas, ordens religiosas e militares como a dos Templários, passaram a combater os muçulmanos, bem como todos aqueles cristãos que buscavam indulgências e perdão divino.
Consequentemente, vários reinos cristãos surgiram das derrotas mouras, como o Condado Portucalense, o Reino de Aragão, o Reino de Castela, o Reino de Navarra e o Reino de Leão.
O mais precoce foi Portugal, o qual logrou sua reconquista em 1147, com a reconquista da cidade de Lisboa e em 1187, com a formação do Condado Portucalense no noroeste da Península.
A conquista da cidade de Faro abriu caminho para o repovoamento da região Sul e consolidou a dinastia de Borgonha, a qual governou o primeiro Estado Nacional europeu até 1383.
No século XV, as campanhas militares patrocinadas pela união conjugal dos reis Fernando de Aragão e Isabel Castela consolidaram o processo de reconquista, culminando na expulsão completa dos invasores muçulmanos em 1492, com a retomada do reino de Granada e na unificação da Espanha como Estado Nacional.
Principais Características
De partida, vale destacar que a reconquista da Península Ibérica foi motivada pela religião e pela retomada de territórios ricos e prósperos. Vale acrescentar que foi um processo longo que durou quase oito séculos, especialmente nos territórios espanhóis, onde a reconquista demorou mais que em outras regiões.
Ademais, merece destaque o uso de estratégias militares e equipamentos de combate que eram utilizados pelos exércitos ibéricos.
Enquanto as forças muçulmanas eram compostas principalmente por uma infantaria leve, os cristãos contavam com uma numerosa cavalaria, composta pela união das forças reais, dos nobres locais, bem como dos plebeus mais abastados que possuíam cavalos e equipamentos de combate, os quais eram, basicamente,compostos por armadura leve, braceletes, escudo e espadas longas de dois gumes, dardos e lanças.
Para as tropas auxiliares de infantaria, armadura de couro, arcos e flechas, lanças e espadas curtas. Do ponto de vista estratégico, a ação mais comum eram os ataques de longa distância da cavalaria e infantaria cristã sobre as forças mouras, até enfraquecê-las, quando um ataque devastador era desferido pela cavalaria. No século XI, novas táticas de batalha foram empregadas pelos cristãos, como a introdução da cavalaria pesada.
Por sua vez, no decorrer dos séculos XII e XIII, o equipamento utilizado pelas forças da cristandade melhoraram significativamente, com soldados vestindo armaduras de cota de malha, elmos e capacetes de ferro, braçadeiras, coxetes e escudos recobertos por couro e ferro, armados com espadas, lança, dardos, arco e flechas ou besta e virotes. Até mesmo os cavalos com armaduras de cota de malha eram comuns.
Por fim, vale destacar que os judeus e muçulmanos foram politicamente expulsos, mas aqueles que aceitaram a fé católica continuaram habitando Portugal e Espanha. Ademais, o legado muçulmano naquela região permitiu notáveis avanços técnicos e científicos, sobretudo os avanços marítimos que permitiram as grandes navegações.

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