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MBA_JORNALISMO_DIGITAL_LINGUAGEM_JORNALISTICA pdf

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM COMUNICAÇÃO E SEMIOTICA
Resenha Crítica de Caso 
 Guilherme Ferreira Damaceno
Trabalho da disciplina: A Linguagem jornalística
 		 Tutor: Prof. ELIDA MATTOS VAZ
São Paulo
2020
2
ÉTICA JORNALISTICA PARA O SÉCULO XXI NOVOS DESAFIOS, VELHOS PROBLEMAS
Em meio a era das redes sociais, onde nos deparamos com uma constante propagação de informações por todos os canais e meios de comunicação, de forma prática e com livre acesso, nos permitindo ter a notícia a qualquer hora e lugar, veículos jornalísticos vêm buscando traçar diferentes estratégias, para continuar a agradar seu público consumidor agregando mais valor em si e gerando confiança em seus consumidores. É necessário manter uma audiência que reconhece o papel do jornalismo na sociedade, firmando o contrato de comunicação (Charaudeau, 2013; Fausto Neto, 2006, 2007) entre veículos e seus públicos. Tendo como principal desafio, manter uma audiência que os considere expressivos, baseando-se na visão que o jornal constrói de si, o seu ethos discursivo.
O artigo estudado chama atenção para dois fatores atribuídos para se construir relevância ao jornalismo e construir seu ethos: o discurso institucional na enunciação jornalística e na enunciação publicitaria, que são construídas pela autorreferencialidade, onde se torna um dispositivo próprio de linguagem (Fausto Neto, 2006, 2007). A partir deste mecanismo de linguagem é possível compreender como o jornal se vê e como quer ser percebido pelo seu público.
O objeto analisado, foi a campanha institucional do jornal O Globo lançada em 12 de março de 2017, onde a marca apresentou seu novo slogan – O Globo, conteúdo que você confia e compartilha – em um cenário de propagação de fake News a campanha busca reforçar atributos como a credibilidade e confiança em profissionais que checam detalhes das informações antes de publicá-las. A comunicação foi feita para diferentes mídias como, spots para rádios, filmes publicitários com a narração de colunistas do jornal, peças para mídia out of home, anúncios para mídias impressas e peças digitais, foi lançado também um blog feito por jornalistas especializados em checagem de fatos, chamado “É isso mesmo?”. O Globo foi o primeiro grande veículo de mídia a lançar uma campanha voltada ao combate das fake news no Brasil, através de reportagens institucionais e sobre notícias falsas além de divulgar procedimentos da redação de O Globo.
As autoras buscaram compreender, a partir do estudo de seu ethos discursivo, os sentidos relacionados no jornalismo. As metodologias utilizadas foram pesquisa bibliográfica e análise de discurso, mapeando assim os sentidos, a identificação dos sujeitos e das vozes do discurso, e a relação entre os discursos jornalísticos e de conteúdo publicitário. 
O assunto se torna pertinente para discurso por se tratar de um dos períodos de maior circulação de opinião no Brasil. A campanha em análise foi lançada em um época de polarização das fake News, onde momentos antes o atual Presidente dos Estado Unidos, Donald Trump se elegia em uma polêmica eleição marcada por fake News, no Brasil também se tinha uma atenção maior voltada à política, período pós-impeachment da presidenta Dilma Rousseff (destituída em agosto de 2016), um momento em que os meios de comunicação ocupavam espaço de maior visibilidade no debate nacional. No entanto o estudo não teve como foco a posição política abordada pelo jornal O Globo, seu objetivo foi voltado a identificar seu ethos discursivo na campanha citada. 
Com seu início em 1925, o jornal O Globo faz parte do maior grupo de mídia do país, onde inclui a Tv Globo, seus leitores são formados por um grupo majoritariamente das classes A e B (%65). Dados levantados pelas autoras, em julho de 2017 o Instituto Verificador de Comunicação (IVC), havia 1.281.000 leitores e circulação de 133.008 exemplares impressos, dados de janeiro de 2020, segundo o Instituto Verificador de Comunicação, o numero de exemplares em circulação é de 333.733, tendo a maior média de circulação dos grandes jornais do país.
O fenômeno das fake News ganhou força com a polarização da era digital, ficou cada vez mais difícil para os veículos de jornalismos levar credibilidade para seu público. É difícil dar uma definição para as fake News, o fato é que notícias falsas sempre existiram, assim como as verdadeiras, o problema é o espaço que elas vem ganhando o que as torna um fenômeno incontrolável, as autoras citam Chadwick, 2017 que definiu as fake News como “ações deliberadamente fabricadas e apresentadas como não ficção com a intenção de induzir os destinatários a tratar ação como um fato ou como um fato verificável duvidoso”.
Segundo o relatório Digital In 2019 feito pela We Are Social em parceria com a Hootsuite apontou que 66% da população brasileira tem ao menos um perfil ativo nas redes sociais, essa porcentagem representa mais de 140 milhões de usuários ativos só no Brasil. As redes sociais hoje oferecem uma infraestrutura que possibilita que o usuário deixe de ser apenas um ouvinte e passe a produzir conteúdo, assim como os veículos de comunicação, tornando-se assim possível ouvir opiniões que antes não tinham a mesma visibilidade. 
Não há duvidas que a exposição da mídia e das informações mudaram, com esse leque de possibilidades que as redes sociais oferecem, onde consumidores de conteúdos passam a ser também produtores e influenciadores de opinião, a autenticidade de produção de notícias, que antes era de posse apenas das mídias tradicionais, se enfraqueceu. A comunicação era unilateral e a mídia, que costumava ter o controle do que estava acontecendo na agenda jornalística, atualmente já não tem esse poder. 
As tecnologias digitais possibilitam que os meios de comunicação estejam interligados, permitindo que cada perfil de uma rede social, consiga expandir sua forma de se expressar, interagir e influenciar. Para Jenkins essa convergência se deu pela expansão da internet e seu alcance, e a interação de diferentes plataformas de mídia, possibilitando que cada vez mais usuários, de diferentes lugares do mundo, possam compartilhar, interagir e consumir os mesmos produtos midiáticos de formar simultânea.
Por convergência, refiro-me ao fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de mídia, a cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca de experiências de entretenimento que desejam (JENKINS, 2010, p. 29). 
No jornalismo a convergência torna-se um objeto de estudo a ser analisado por diferentes esferas. Altera a razão a qual as empresas de comunicação trabalham e na qual a audiência processa as informações e o entretenimento. 
Com a chegada das novas mídias e tecnologias as empresas jornalísticas perderam sua autoridade e domínio na produção de notícias e sua distribuição. Cada vez mais pessoas estão se informar através das redes sociais, essa inversão causa mais impacto na atividade jornalística do que a migração do impresso para o digital por exemplo. Como observado pelas autoras, o uso combinado de textos jornalístico com textos publicitários afim de promover produtos jornalísticos refere-se a fortalecer o contrato de leitura do jornalismo como gênero discursivo. Essa estratégia de autorreferencialidade para estabelecer uma confiabilidade em suas notícias, é usada de forma planejada, combinando discursos, gêneros e ações que contribui na identificação do jornal como organização empresarial e o jornalismo como instituição. 
O jornalismo pensado sob a perspectiva discursiva, entende-se que ele se interpõe entre os fatos e o leitor de forma a retratar fielmente a realidade, já que o que está em jogo é sua credibilidade, construindo a imagem que o jornal quer passar, através de seu ethos discursivo. 
Cada vez mais organizações jornalísticas utilizando do discurso organizacional jornalístico e publicitário para tecer novos padrões de confiabilidade,se tornando assim um instrumento de identificação do ethos. Essa prática de autorreferencialidade é usada para atribuir valor a marca, através de campanhas publicitarias que dão visibilidade a processos organizacionais dentro das redações, divulgando novos produtos e assim como o jornal O Globo faz na campanha analisada, renovando seu slogan e engajando os leitores nos conteúdos que são destacados. 
Dentro da análise apresentada pelas autoras a campanha do O Globo considerou a noção do ethos como construção de uma imagem desenvolvida por Maingueneau (2005, pp.73-74), com o objetivo de trazer confiança ao seu espectador, através do discurso, atribuindo ao enunciador uma posição de institucionalidade, por meio da autorreferencialidade contida nas peças da campanha. Segundo Maingueneau (2006) o ethos é uma questão discursiva, e está associado na criação da imagem do orador.
É uma noção fundamentalmente híbrida (sócio-discursiva), um comportamento socialmente avaliado, que não pode ser apreendido fora de uma situação de comunicação precisa, ela própria integrada a uma conjuntura sócio-histórica determinada (MAINGUENEAU, 2006, p.60).
O discurso por mais que ele se manifeste por diferentes gêneros discursivos, publicitário ou jornalístico, existe um tom que segundo Maingueneau (2006), está necessariamente associado a um caráter e a uma corporalidade, dando corpo ao enunciador. Este corpo munido de um tom, assegura a legitimidade do discurso, pois suas qualidades se apoiam em representações sociais, estereótipos culturais reconhecido positivamente ou negativamente por determinados grupos sociais. 
A estrutura analisada consiste em conteúdos jornalísticos e publicitários utilizados na campanha, inclui textos publicitários no formato jornalístico publicados nos jornais O Globo e Extra, peças publicitarias incluindo o novo slogan do jornal e três anúncios que também foram adaptados para spots e vídeos onde conta com a voz de três colunistas do jornal, além dos impressos e site.
Com base nos apontamentos das autoras, o jornal O Globo busca se consolidar como uma instituição que tem o compromisso com o leitor, e que está sempre se atualizando com novas tecnologias, deixando seu leitor confortável e seguro a acessar seus conteúdos, conseguindo assim cativar um público que entende a importância de uma organização que acredita no valor do jornalismo profissional, que cheque os fatos noticiosos antes de chegar ao consumidor de notícias. 
O comportamento do leitor mudou drasticamente na era digital, o publico passou a se informar através das redes sociais, não se preocupando com a checagem dos fatos. Essa midiatização faz com que a polarização da notícia seja cada vez mais rápida e fragmenta, o que pode gerar ruídos e descontextualizar a informação. O ethos contido na campanha do O Globo reitera através do discurso jornalístico mesclado com textos publicitários, se autoafirma como uma instituição que pensa no conteúdo entregue a sua audiência, destacando seus processos dentro da redação onde operam com a checagem dos fatos com um time especializado em combater as fakes News. 
Referencias:
http://www.memoriadapropaganda.org.br/o-globo-lanca-campanha-para-alertar-contra-propagacao-de-noticias-falsas/
Acessado em 28 outubro de 2020
https://www.clubedecriacao.com.br/acervo/o-globo-em-campanha-contra-noticias-falsas/
Acessado em 28 outubro de 2020
https://geekpublicitario.com.br/19599/o-globo-fake-news/
Acessado em 28 outubro de 2020
https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2020/02/21/o-globo-lidera-circulacao-dos-jornais-em-janeiro.html
Acessado em 28 outubro de 2020
https://rockcontent.com/br/blog/redes-sociais-mais-usadas-no-brasil/
Acessado em 29 outubro de 2020
http://www.compos.org.br/data/biblioteca_1217.pdf
http://www.intercom.org.br/papers/regionais/nordeste2008/resumos/r12-0528-1.pdf
Acessado em 29 outubro de 2020
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4637932/mod_resource/content/2/artigo%20sobre%20Ethos%20Eduardo%20Piris.pdf
Acessado em 31 outubro de 2020
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-25062007-113721/publico/Cap4.pdf
Acessado em 31 outubro de 2020

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