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1º Tentativa Visualizar sumário com índice de acertos Exercício 1 Língua e Linguagem BROWNE, C. Hagar, o horrível. Jornal O GLOBO, Segundo Caderno. 20 fev. 2009. A linguagem da tirinha revela: O uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas O uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua. O caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo quadrinho *(Sua resposta) O uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de emergência Exercício 2 Todas as alternativa a seguir são verdadeiras exceto: O modo de compreensão da linguagem está indiretamente relacionado às abordagens pedagógicas de ensino. https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/simulado/gerar-simulado.php?info=YWx1bl9jb2RpOjMxNDY2NzQ7c2VtZV9jb2RpOjIwMjEvMTt0dXJzX2NvZGk6RkYwNTE4NjtkaXNjX2NvZGk6TEVUMzc7YnBzaV9jb2RpOjYy&opcao=verGabarito *(Sua resposta) Tanto a gramática normativa, quanto a gramática descritiva apoiam-se numa terceira forma de gramática que todo usuário de uma língua possui. As variedades da língua praticadas em distintas regiões geográficas, a linguagem do escolarizado, a linguagem do analfabeto e do semiescolarizado, por exemplo, são manifestações linguísticas válidas, na medida em que comunicam e são compreendidas em seus respectivos contextos. As distintas características das abordagens normativa e descritiva da língua fundamentam e, de certa maneira, condicionam modos também distintos de ensino de língua materna e ensino de gramática. Exercício 3 Associe os itens, utilizando o código a seguir e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: I- Linguagem como expressão do pensamento II- Linguagem como meio de comunicação III- Linguagem como forma de interação ( )A língua, para além de realizar a transmissão de informações entre um emissor e um receptor, realiza compromissos e vínculos entre dois atores, não mais unidirecionais, o que faz da linguagem não a expressão individual de um sujeito, tampouco a comunicação de um para outro, mas como lugar real de possível diálogo entre sujeitos. ( )Associa-se a língua a um código não apenas individualizado, mas realizado em um contexto comunicativo no qual comparecem outros cinco fatores da comunicação. ( ) Associa-se à ideia de que as pessoas primeiro pensam o que vão dizer ou escrever para, em seguida, caso desejem, exteriorizarem o que foi pensado através da linguagem. III,II , I *(Sua resposta) I,II,III II,I,III I,III,I Exercício 4 Numa situação de sala de aula, o professor pede para que todos os estudantes pensem em algo relativo à palavra "casa". Pergunta para um como é a casa que pensou e ele descreve; pergunta para outro se era igual e ele nega. Nessa relação, podemos dizer que o que foi proferido pelo professor foi o ______________, enquanto, nas mentes individuais, gerou-se o ______________. Completam essa frase respectivamente as seguintes palavras: significado - significante *(Resposta certa) significante - significado *(Sua resposta) sincronia - diacronia diacronia - sincronia Exercício 5 No que tange à norma, conceitos de língua e fala, é CORRETO afirmar: Os diferentes sotaques, o uso de vocabulários próprios de alguns grupos sociais, a presença ou não de concordâncias verbais e nominais etc., caracterizam modos de realização linguística que não são próprios nem de um só indivíduo nem de todos os falantes de uma língua, mas caracterizam variantes linguísticas de uma mesma língua (PIETROFORTE, 2011, p. 92). *(Sua resposta) A língua se confunde com a linguagem; não é somente uma parte determinada, essencial dela, indubitavelmente. É ao mesmo tempo, um produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de convenções Os diferentes sotaques, o uso de vocabulários próprios de alguns grupos sociais, a presença ou não de concordâncias verbais e nominais etc., caracterizam modos de realização linguística que não são próprios nem de um só indivíduo nem de todos os falantes de uma língua, mas caracterizam variantes linguísticas de uma mesma língua necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos. A especificidade da linguagem humana – que doravante denominaremos apenas “língua” – é pensada somente como língua ou fala e embora elas operem juntas, suas naturezas permanecem iguais: a língua, de natureza coletiva e social; a fala, de natureza particular e individual Por norma gramatical compreende os estudos semióticos segundo polaridades – língua/fala, dentre outras – que faz situar a língua, enquanto sistema de signos, em relação à execução desse mesmo sistema por um determinado indivíduo, isto é, em relação à fala. Exercício 6 Sobre as características gerais da linguagem, de acordo com Saussure (2006) é CORRETO afirmar: Ao aproximar-se da modalidade escrita da língua, os defensores da abordagem normativa buscavam sua natureza estável, ao mesmo tempo capaz de manter e perpetuar os conhecimentos adquiridos por determinada cultura. Tal virtude decorreria de que, muito embora a escrita não pudesse dar conta da complexidade da fala, ela consegue, mesmo parcialmente, representá-la. Nesse ponto, o discurso literário abre uma exceção, um contraponto a tal tese, pois malgrado a sua natureza predominantemente escrita, ele consegue muitas vezes ultrapassar em complexidade a própria fala. *(Sua resposta) A ciência linguística atravessa décadas e décadas não conseguindo comprovar a eficácia dos variados usos das línguas, dos dialetos, das variantes das línguas, que, de modo geral, realizam com eficácia o processo comunicativo. Compreendia Saussure (2006) que a ciência linguística deveria desempenhar um papel voltado à classe dominante esclarecedor ao distinguir e fundamentar, por um lado, o que seria uma visão normativa da língua, de caráter prescritivo e condicionada por determinantes históricos, políticos e socioculturais. Por outro lado o autor não fala de uma abordagem descritiva da língua, mais próxima à objetividade científica e, dessa forma, encarregada de substituir as situações comunicacionais estigmatizadas em “certo” ou “errado” pela adequação ao contexto interativo e de comunicação. Exercício 7 Analisemos, a título de exemplo, uma aplicação da abordagem descritiva à canção “Samba do Arnesto”, de Adoniran Barbosa – compositor paulista que viveu um período de grande sucesso na década de 1950: O Arnesto nos convido Prum samba, ele mora no Brás. Nóis fumo e não encontremo ninguém Nóis vortemo cuma baita duma reiva Da outra vez nóis num vai mais. Nóis não semos tatu! Outro dia encontremo com o Arnesto Que pediu descurpa mais nóis não aceitemos - Isso não se faz, Arnesto, nóis num se importa Mais você devia ter ponhado um recado na porta Anssim: “ói, turma, num deu pra espera A vez que isso num tem importância, num faz má Depois que nóis vai, depois nóis vorta. Assinado em cruz porque não sei escrever Arnesto Assinale a alternativa CORRETA: Outras marcações podem ser observadas, como: ausência do plural de algumas palavras; marca de sotaque na mudança do fonema / l / em / r / em outras palavras, como: vortemo, descurpa; interposição do som vocálico / i / entre a vogal e o “s” final de algumas sílabas, como: nóis, veiz; isto é, marcas da oralidade que conferiram aos sambas de Adoniran Barbosa sucesso e repercussão. De onde se conclui: são “desvios” que representam uma estética adequada ao gênero discursivo “canção popular”. *(Sua resposta) A linguagem formal, presente no texto, adéqua-se à formalidade inventiva do gênero lírico “canção” e reporta-se especificamente à linguagem praticadano bairro do Bexiga, subúrbio da cidade de São Paulo, na década de 1950. Assim, as aparentes correções gramaticais – observadas a partir da gramática normativa – iniciam-se já no título, na deformação popular de Ernesto em Arnesto, conferindo maior realidade e criatividade ao texto de caráter erudito. Embora a letra escape aos padrões normativos da língua, sabemos que não foi difícil compreendê-la. Por exemplo, a riqueza das formas verbais: fumos, encontremo, fiquemo, vortemo, não apenas consegue o efeito comunicativo e o consequente entendimento da mensagem, como também alcançam o efeito criativo esperado, a saber: comicidade e graça, comuns nos textos cultos e nas marcas da gramática elitista. Exercício 8 Saussure elegeu a língua como um dos objetos centrais da linguística moderna, pois nela seria possível observar uma natureza estável e homogênea, que ademais definiria o seu caráter social, visto que a língua, enquanto sistema linguístico socializado, apresenta-se como um conjunto de partilhadas pelos membros de uma mesma comunidade linguística. Sobre este tema, assinale a alternativa incorreta: As duas partes são separáveis, visto que uma não depende da outra. *(Sua resposta) A distinção linguagem/língua/fala situa o objeto da Linguística para Saussure. Ocorre a divisão do estudo da linguagem em duas partes: uma que investiga a língua, e outra que analisa a fala. A língua é condição para produzir a fala, mas não há língua sem o exercício da fala. Exercício 9 Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa, logo em sua apresentação, convocam os atores escolares a refletir, para além do plano teórico, acerca de práticas pedagógicas em direção à formação de um sujeito crítico e cidadão, desde que se constata o percurso histórico da disciplina e seu comprometimento com uma abordagem sociointeracional da linguagem. Sobre este contexto, assinale a alternativa incorreta: Ao ensinar o domínio da língua oral e escrita a escola não tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos, necessários para o exercício da cidadania, direito alienável de todos. *(Sua resposta) O domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. A alfabetização não é um processo baseado em perceber e memorizar – isso não significa que não haja lugar para a percepção e a memória, mas que elas não são o centro do processo – e, para aprender a ler e a escrever, o aluno precisa construir um conhecimento de natureza conceitual. O aluno precisa compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa graficamente a linguagem. Exercício 10 Marcos Bagno (1999, p. 140) sustenta que o educador deve assumir três atitudes em busca da reversão do preconceito linguístico, a saber: primeiro, que abandone o tarefismo de mero repetidor/reprodutor da doutrina gramatical, assumindo, em seu lugar, uma “posição de cientista e investigador, de produtor de seu próprio conhecimento linguístico teórico e prático”, de modo a encontrar instrumentos didáticos que possam em alguma medida concorrer com os compêndios gramaticais tradicionais. Existem atitudes importantes a serem tomadas contra o preconceito linguístico, a que Bagno (1999) chamará de CISÕES para um ensino de língua não (ou menos) preconceituoso. Apresentamos a seguir as cinco primeiras apresentadas pelo lingüista. Sobre este contexto, assinale a alternativa incorreta: Aceitar a ideia de que existe erro de português. Não existem diferenças de uso ou alternativas de uso em relação à regra única proposta pela gramática normativa. *(Sua resposta) Conscientizar-se de que todo falante nativo de uma língua é um usuário competente dessa língua, por isso ele SABE essa língua. Não confundir erro de português com simples erro de ortografia. Reconhecer que tudo o que a Gramática Tradicional chama de erro é na verdade um fenômeno que tem uma explicação científica perfeitamente demonstrável.
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