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Seminário I - CIT - IBET

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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
 
MÓDULO: CONTROLE DA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
 
SEMINÁRIO DE CASA 
 
Seminário I - REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA, OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E 
SUJEIÇÃO PASSIVA 
Leitura básica 
• CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. 7 ed. São Paulo: Noeses, 2018. Itens 2.6 
(Conceitos gerais da obrigação tributária) e 3.1 (Regra-matriz de incidência), da segunda parte. 
• CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 30 ed. São Paulo: Saraiva, 2019. Capítulos X 
e XI. 
• CARVALHO, Paulo de Barros. Derivação e positivação no direito tributário. Vol. III. São Paulo: Noeses, 
2016. Tema XXV (Responsabilidade tributária por grupo econômico); e Tema XXVI 
(Responsabilidade por sucessão decorrente de cisão). 
Leitura complementar 
• CARRAZZA, Roque Antonio. Reflexões sobre a obrigação tributária. São Paulo: Noeses .Capítulo VI, 
primeira parte. 
• FERRAGUT, Maria Rita. Responsabilidade tributária e o Código Civil de 2002. São Paulo: Noeses. 
Capítulo I, itens 2.2, 2.3, 2.5 a 2.9 e 2.11 e Capítulo V, itens 5.7 e 5.9 a 5.12. 
• DARZÉ, Andréa M. Responsabilidade tributária – solidariedade e subsidiariedade. São Paulo: Noeses. 
Capítulo 3. 
• CARVALHO, Aurora Tomazini de. Curso de teoria geral do direito: o constructivismo lógico-
semântico. São Paulo: Noeses . Capítulos X e XIV. 
• MELLO, Henrique. Atribuição de deveres instrumentais tributários a terceiros e a figura do 
alterlançamento como forma de constituição do crédito tributário alheio. São Paulo: Noeses. 
Págs. 9 a 190. 
• NEDER, Marcos Vinícius. Responsabilidade solidária e o lançamento fiscal. In: VII CONGRESSO 
NACIONAL DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS DO IBET. São Paulo: Noeses. 
• BECHO, Renato Lopes. A responsabilização tributária de grupo econômico. Revista Dialética de 
Direito Tributário, n. 221. 
• FERRAGUT, Maria Rita. Novo CPC: O incidente de desconsideração da responsabilidade jurídica 
tornando efetivo o direito dos grupos econômicos exercerem o contraditório. Fiscosoft on-line 
2015/3452. 
• CALCINI, Fabio P. Responsabilidade tributária e solidariedade. Algumas considerações ao art. 124 do 
Código Tributário Nacional. Revista Dialética de Direito Tributário, v. 167, p. 39-54, 2009. 
http://lattes.cnpq.br/3224882420900158
 
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Questões 
1. Que é norma jurídica? E regra-matriz de incidência tributária (RMIT)? Qual a função do 
consequente normativo? 
2. Distinguir: obrigação tributária e deveres instrumentais. Multa pelo não pagamento caracteriza-se 
como obrigação tributária? Justifique analisando criticamente o art. 113 do CTN. 
3. Que é sujeição passiva? Definir os conceitos de: (i) sujeito passivo; (ii) contribuinte; (iii) 
responsável tributário; e (iv) substituto tributário – distinguindo: substituição tributária para 
trás, para frente e convencional (concomitante); agente de retenção e substituição para 
frente. O responsável (art. 121, II, do CTN) é: (i) sujeito passivo da relação jurídica tributária; 
(ii) de relação de dever instrumental; ou (iii) de relação jurídica sancionatória? 
4. A empresa “A” adquiriu estabelecimento empresarial da empresa “B” e continuou sua 
atividade. Aproximadamente seis anos depois dessa operação, a empresa “A” foi 
surpreendida com sua inclusão no polo passivo de execuções fiscais ajuizadas pelo Fisco 
inauguralmente em face da empresa “B”, para exigir tributos relativos a fatos geradores por 
ela realizados. No contrato de compra e venda, não há disciplina a respeito das dívidas 
tributárias anteriores à aquisição. Pergunta-se: 
 
a) Pode o Fisco exigir da empresa “A” os tributos cujos fatos geradores foram realizados pela 
empresa “B” antes da aquisição? Se positiva a resposta, qual o prazo que o Fisco tem para 
proceder à inclusão da empresa “A” no polo passivo das execuções fiscais? Em relação aos 
tributos decorrentes de fatos geradores ocorridos anteriormente à compra e venda do 
estabelecimento ainda não inscritos em dívida ativa no momento da operação, quem deve 
figurar na CDA: a empresa A, B ou ambas? Há relevância se houver no contrato cláusula de 
responsabilidade de “B” quanto aos débitos anteriores à operação? (Vide anexo I). 
b) A empresa “A” responde pela: (i) multa de mora, (ii) multa pelo não pagamento de tributo, 
(iii) juros e (iv) multa pelo descumprimento de deveres instrumentais, se constituídas antes 
da operação de compra e venda? E se constituídas depois da operação? (Vide anexos II e III). 
 
5. Quanto aos art. 124 e 135 do CTN, pergunta-se: 
 a) Qual a espécie de responsabilidade prevista no artigo 135 do CTN? Poderia o fiscal lavrar 
auto de infração contra o contribuinte e, posteriormente, executar o sócio de forma solidária 
à empresa? (Vide anexos IV e V). 
 b) A dissolução irregular da sociedade caracteriza infração à lei apta a ensejar a 
responsabilidade do(s) sócio(s) pelas dívidas da pessoa jurídica? Em caso positivo qual sócio 
ou administrador pode ser alcançado: o da época do inadimplemento do tributo ou do 
momento em que ocorre a dissolução irregular? (VI e VII e VIII) 
 c) O mero inadimplemento da obrigação de pagar o tributo pode ser justificativa para 
aplicação do artigo 135 do Código Tributário Nacional? (Vide anexos IX e X). 
6. Quanto à caracterização de grupo econômico, pergunta-se? 
 a) Que é grupo econômico? Quais são os requisitos para a aplicação da desconsideração da 
personalidade jurídica, prevista no art. 50 do CC? Ela pode ser aplicada ao direito tributário 
para fins de caracterização de grupo econômico? Há dispositivos específicos na legislação 
 
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tributária que fundamentem a responsabilização do grupo econômico? A caracterização 
implica reconhecimento de responsabilidade solidária? (Vide anexo XI e XII). 
 b) Uma vez instaurado o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, nos termos 
dos arts. 133 e seguintes do NCPC (Lei nº 13.105 de 2015), a defesa apresentada pela pessoa 
jurídica responsabilizada pela obrigação tributária de outra empresa integrante do mesmo 
grupo econômico pode versar sobre o mérito da cobrança (inexigibilidade do crédito 
tributário), ou apenas sobre a ilegitimidade de sua inclusão no polo passivo da execução 
fiscal? 
7. Dada a seguinte Lei (fictícia): 
Prefeitura de São Pedro, Lei n. 5.151, de 12/10/2015, D.M. 25/10/2015 
Art. 1º Fica instituída taxa de conservação e limpeza urbana para o custeio do serviço público municipal de 
conservação e limpeza de vias públicas. 
Art. 2º A taxa tem como fato gerador a prestação do serviço de limpeza das vias públicas. 
Art. 3º A base de cálculo é o valor venal do imóvel. 
Art. 4º A alíquota é de 0,1% . 
Art. 5º O contribuinte é o proprietário do imóvel. 
Art. 6º Dá-se a incidência todo dia 1º de cada ano. 
Art. 7º A importância devida a título de tributo deve ser recolhida até o décimo dia do segundo mês subsequente. 
1 §º No caso de locação, o locatário é responsável pelo recolhimento do tributo. 
2 §º No caso de compra e venda realizada antes do prazo para o pagamento e após o 1º dia do ano, o responsável 
pelo pagamento do tributo é o adquirente do imóvel. 
3 §º O não recolhimento no prazo estipulado implica multa de 20% do valor do tributo devido. 
Art. 8º Fica o contribuinte obrigado a entregar para a Secretaria de Planejamento Urbano declaração do valor 
imobiliárioaté o dia 10 de novembro de cada ano. 
Parágrafo único. A ausência da entrega no prazo a que se refere o caput deste artigo implicará multa de 100 UFIRS. 
[...]. 
Pergunta-se: 
 a) Construir as normas jurídicas veiculadas nessa lei, identificando os critérios do 
consequente da RMIT. 
 b) Quais as funções da base de cálculo? A base de cálculo eleita é compatível com a hipótese 
tributária? Se incompatíveis, qual deve prevalecer para efeito de se determinar a espécie 
tributária: o enunciado da hipótese tributária ou o enunciado da base de cálculo? Ambos? 
Nenhum dos dois? 
Sugestão para pesquisa suplementar 
• Artigo: “Base de cálculo como fato jurídico e a taxa de classificação de produtos vegetais”, de Paulo 
de Barros Carvalho. Revista Dialética De Direito Tributário, São Paulo, n. 37, p. 118-143, 1998. 
• Artigo: “Responsabilidade tributária dos sucessores: conteúdo e alcance do art. 129 do Código 
Tributário Nacional”, de Andréa Medrado Darzé, in VI Congresso Nacional de Estudos 
Tributários do IBET. São Paulo: Noeses . 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução, por 
pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
• Livro IV, Capítulo I, “Sujeição passiva tributária” de Octávio Bulcão do Nascimento, in Curso de 
Especialização em Direito Tributário – homenagem a Paulo de Barros Carvalho, coord. Eurico Marcos 
Diniz de Santi. São Paulo: Forense . 
• Responsabilidade tributária dos sucessores, de Octávio Bulcão do Nascimento (Dissertação de 
Mestrado, PUC/SP, 1999). 
• Base de cálculo, alíquota e princípios constitucionais, de Aires Fernandino Barreto. São Paulo: Max 
Limonad . 
• Obrigação tributária, uma introdução metodológica, de José Souto Maior Borges. São Paulo: 
Malheiros . 
• Título I do livro Curso de direito constitucional tributário, de Roque Antonio Carrazza. São Paulo: 
Malheiros. 
• Capítulo V e Capítulo VII, item 7.3.3, do livro Imposto sobre a renda: pressupostos constitucionais, de 
José Artur Lima Gonçalves. São Paulo: Malheiros. 
• Itens 40, 41, 42, 43, 44 e 45 da terceira parte do livro Sujeição passiva tributária, de Marçal Justen 
Filho. Belém: CEJUP. 
• Capítulo II, item 2.11.2, e Capítulo IV do livro ICMS, de Roque Antonio Carrazza. São Paulo: 
Malheiros . 
• Capítulo IX do livro Presunções no direito tributário, de Maria Rita Ferragut. São Paulo: Dialética . 
• Introdução e Capítulos I e III, para a parte geral, e itens 5.7, 5.7.1, 5.7.2 e 5.7.3, para a parte de 
questões controvertidas sobre a responsabilidade dos administradores, da tese de doutorado 
Responsabilidade Tributária: aspectos gerais e particularidades nos atos de formação, administração, 
reorganização e dissolução de sociedades, de Daniel Monteiro Peixoto (Tese de Doutorado, PUC/SP, 
2009). 
• Itens 5, 6, 7 e 8 do livro Sujeição passiva e responsabilidade tributária, de Renato Lopes Becho. São 
Paulo: Dialética . 
• Capítulo V do livro Sujeição passiva tributária, de Luís Cesar Souza de Queiroz. Rio de Janeiro: 
Forense. 
• Artigo: “Dissolução de sociedades e a responsabilidade tributária no contexto de regras de direito 
tributário e de direito societário, de Daniel Monteiro Peixoto”, in VI Congresso Nacional de Estudos 
Tributários do IBET. São Paulo: Noeses . 
• Artigo: “Responsabilidade tributária dos sócios e administradores de pessoas jurídicas e a Portaria 
PGFN n. 180/2010, de Juliana Furtado Costa Araujo”, in VII Congresso Nacional de Estudos 
Tributários do IBET. São Paulo: Noeses . 
 
 
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Anexo I 
AgRg no REsp n. 1.452.763/SP 
 
DJ 17/06/2014 
SUCESSÃO EMPRESARIAL (INCORPORAÇÃO). RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR. 
PRECEDENTES. 1. “Os arts. 132 e 133 do CTN impõem ao sucessor a responsabilidade integral, 
tanto pelos eventuais tributos devidos quanto pela multa decorrente, seja ela de caráter 
moratório ou punitivo” (Resp 670.224/RJ, 1ª Turma, Rel. Min. José Delgado, DJ de 13.12.2004). 
No caso, considerando que o fato gerador foi praticado pela pessoa jurídica sucedida, inexiste 
irregularidade na “simples substituição da incorporada pela incorporadora”, como bem 
observou o Tribunal de origem. Nesse sentido: REsp 613.605/RS, 2ª Turma, Rel. Min. Castro 
Meira, DJe de 22.8.2005; REsp 1.085.071/SP, 1ª Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe de 
8.6.2009. 2. Agravo regimental não provido. 
 
Anexo II 
AgRg no REsp n. 1.321.958/RS 
 
DJ 16/10/2012 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. CONCEITO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO. MULTA. SANÇÃO POR 
ATO ILÍCITO. RESPONSABILIDADE DO ESPÓLIO. ARTS. 132 E 133 DO CTN. 
1. A controvérsia apoia-se na alegação de que a dívida executada decorre de sanção por 
ato ilícito, não se enquadrando, portanto, no conceito de tributo e, assim, não é exigível do 
espólio. 
2. “A responsabilidade tributária dos sucessores de pessoa natural ou jurídica (CTN, art. 133) 
estende-se às multas devidas pelo sucedido, sejam elas de caráter moratório ou punitivo. 
Precedentes.” 
(RESP 544.265/CE, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, julgado em 
16/11/2004, DJ 21/02/2005, p. 110). 
 
Agravo regimental improvido. 
Anexo III 
REsp n. 1.085.071/SP 
 
DJ 08/06/2009 
RECURSO ESPECIAL EM EMBARGOS À EXECUÇÃO. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA DO 
SUCESSOR EMPRESARIAL POR INFRAÇÕES DO SUCEDIDO. ARTIGO 133 DO CÓDIGO 
TRIBUTÁRIO NACIONAL. PRECEDENTES. 
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
1. Em interpretação ao disposto no art. 133 do CTN, o STJ tem entendido que a 
responsabilidade tributária dos sucessores estende-se às multas impostas ao sucedido, sejam de 
natureza moratória ou punitiva, pois integram o patrimônio jurídico-material da sociedade 
empresarial sucedida. 
2. “Os arts. 132 e 133, do CTN, impõem ao sucessor a responsabilidade integral, tanto 
pelos eventuais tributos devidos quanto pela multa decorrente, seja ela de caráter moratório ou 
punitivo. A multa aplicada antes da sucessão se incorpora ao patrimônio do contribuinte, 
podendo ser exigida do sucessor, sendo que, em qualquer hipótese, o sucedido permanece como 
responsável. É devida, pois, a multa, sem se fazer distinção se é de caráter moratório ou 
punitivo; é ela imposição decorrente do não-pagamento do tributo na época do vencimento” 
(RESP n. 592.007/RS, Rel. Min. José Delgado, DJ de 22/3/2004). 3. Recurso especial provido. 
 
Anexo IV 
RE n. 562.276/PR - RG 
 
DJ 10/02/2011 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO. ART 146, III, DA 
CF. ART. 135, III, DO CTN. SÓCIOS DE SOCIEDADE LIMITADA. ART. 13 DA LEI 8.620/93. 
INCONSTITUCIONALIDADES FORMAL E MATERIAL. REPERCUSSÃO GERAL. APLICAÇÃO DA 
DECISÃO PELOS DEMAIS TRIBUNAIS. 1. Todas as espécies tributárias, entre as quais as 
contribuições de seguridade social, estão sujeitas às normas gerais de direito tributário. 2. O 
Código Tributário Nacional estabelece algumas regras-matrizes de responsabilidade tributária, 
como a do art. 135, III, bem como diretrizes para que o legislador de cada ente político 
estabeleça outras regras específicas de responsabilidade tributária relativamente aos tributos da 
sua competência, conforme seu art. 128. 3. O preceito do art. 124, II, no sentido de que são 
solidariamente obrigadas “as pessoas expressamente designadas por lei”, não autoriza o 
legislador a criar novos casos de responsabilidade tributária sem a observância dos requisitos 
exigidos pelo art. 128 do CTN, tampouco a desconsiderar as regras-matrizes de responsabilidadede terceiros estabelecidas em caráter geral pelos arts. 134 e 135 do mesmo diploma. A previsão 
legal de solidariedade entre devedores – de modo que o pagamento efetuado por um aproveite 
aos demais, que a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, também lhes 
tenha efeitos comuns e que a isenção ou remissão de crédito exonere a todos os obrigados 
quando não seja pessoal (art. 125 do CTN) – pressupõe que a própria condição de devedor tenha 
sido estabelecida validamente. 4. A responsabilidade tributária pressupõe duas normas 
autônomas: a regra-matriz de incidência tributária e a regra-matriz de responsabilidade 
tributária, cada uma com seu pressuposto de fato e seus sujeitos próprios. A referência ao 
responsável enquanto terceiro (dritter Persone, terzo ou tercero) evidencia que não participa da 
relação contributiva, mas de uma relação específica de responsabilidade tributária, inconfundível 
com aquela. O “terceiro” só pode ser responsabilizado na hipótese de descumprimento de deveres 
próprios de colaboração para com a Administração Tributária, estabelecidos, ainda que a 
contrario sensu, na regra-matriz de responsabilidade tributária, e desde que tenha contribuído 
para a situação de inadimplemento pelo contribuinte. 5. O art. 135, III, do CTN responsabiliza 
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
apenas aqueles que estejam na direção, gerência ou representação da pessoa jurídica e tão 
somente quando pratiquem atos com excesso de poder ou infração à lei, contrato social ou 
estatutos. Desse modo, apenas o sócio com poderes de gestão ou representação da sociedade é 
que pode ser responsabilizado, o que resguarda a pessoalidade entre o ilícito (mal gestão ou 
representação) e a consequência de ter de responder pelo tributo devido pela sociedade. 6. O art. 
13 da Lei 8.620/93 não se limitou a repetir ou detalhar a regra de responsabilidade constante do 
art. 135 do CTN, tampouco cuidou de uma nova hipótese específica e distinta. Ao vincular à 
simples condição de sócio a obrigação de responder solidariamente pelos débitos da sociedade 
limitada perante a Seguridade Social, tratou a mesma situação genérica regulada pelo art. 135, 
III, do CTN, mas de modo diverso, incorrendo em inconstitucionalidade por violação ao art. 146, 
III, da CF. 7. O art. 13 da Lei 8.620/93 também se reveste de inconstitucionalidade material, 
porquanto não é dado ao legislador estabelecer confusão entre os patrimônios das pessoas física 
e jurídica, o que, além de impor desconsideração ex lege e objetiva da personalidade jurídica, 
descaracterizando as sociedades limitadas, implica irrazoabilidade e inibe a iniciativa privada, 
afrontando os arts. 5º, XIII, e 170, parágrafo único, da Constituição. 8. Reconhecida a 
inconstitucionalidade do art. 13 da Lei 8.620/93 na parte em que determinou que os sócios das 
empresas por cotas de responsabilidade limitada responderiam solidariamente, com seus bens 
pessoais, pelos débitos junto à Seguridade Social. 9. Recurso extraordinário da União 
desprovido. 10. Aos recursos sobrestados, que aguardavam a análise da matéria por este STF, 
aplica-se o art. 543-B, § 3º, do CPC. 
Anexo V 
REsp n. 1.455.490/PR 
DJ 25/09/2014 
EXECUÇÃO FISCAL. DISSOLUÇÃO IRREGULAR. REDIRECIONAMENTO. RESPONSABILIDADE 
SOLIDÁRIA X RESPONSABILIDADE PESSOAL DO SÓCIO-GERENTE. EXCLUSÃO DA 
RESPONSABILIDADE DA PESSOA JURÍDICA. CUMULAÇÃO SUBJETIVA DE PEDIDOS/DEMANDAS. 
1. Não se conhece do Recurso Especial em relação à ofensa ao art. 535 do CPC quando a 
parte não aponta, de forma clara, o vício em que teria incorrido o acórdão impugnado. Aplicação, 
por analogia, da Súmula 284/STF. 
2. A controvérsia tem por objeto a decisão do Tribunal de origem, que determinou a 
exclusão da pessoa jurídica do polo passivo de Execução Fiscal, em decorrência do 
redirecionamento para o sócio-gerente, motivado pela constatação de dissolução irregular do 
estabelecimento empresarial. 
3. Segundo o sucinto acórdão recorrido, “a responsabilidade prevista no art. 135, III, do CTN, 
é pessoal, e não solidária nem subsidiária”, de modo que, “com o redirecionamento, a execução 
fiscal volta-se exclusivamente contra o patrimônio do representante legal da pessoa jurídica, a qual 
deixa de responder pelos créditos tributários”. 
4. O decisum recorrido interpretou exclusivamente pelo método gramatical/literal a 
norma do art. 135, III, do CTN, o que, segundo a boa doutrina especializada na hermenêutica, 
pode levar a resultados aberrantes, como é o caso em análise, insustentável por razões de ordem 
lógica, ética e jurídica. 
5. É possível afirmar, como fez o ente público, que, após alguma oscilação, o STJ consolidou 
o entendimento de que a responsabilidade do sócio-gerente, por atos de infração à lei, é 
 
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solidária. Nesse sentido o enunciado da Súmula 430/STJ: “O inadimplemento da obrigação 
tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.” 
6. O afastamento da responsabilidade tributária decorreu da constatação de que, em 
revisão do antigo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a inadimplência não deve ser 
considerada ato ilícito imputável ao representante da pessoa jurídica. No que concerne 
diretamente à questão versada nestes autos, porém, subjaz implícita a noção de que a prática de 
atos ilícitos implica responsabilidade solidária do sócio-gerente. 
7. Merece citação o posicionamento adotado pela Primeira Seção do STJ no julgamento dos 
Embargos de Divergência em Recurso Especial 174.532/PR, segundo os quais “Os diretores não 
respondem pessoalmente pelas obrigações contraídas em nome da sociedade, mas respondem 
para com esta e para com terceiros solidária e ilimitadamente pelo excesso de mandato e pelos 
atos praticados com violação do estatuto ou lei”. 
8. Isto, por si só, já seria suficiente para conduzir ao provimento da pretensão recursal. 
Porém, há mais a ser dito. 
9. Ainda que se acolha o posicionamento de que a responsabilidade prevista no art. 135 do 
CTN – por ser descrita como pessoal – não pode ser considerada solidária, é improcedente o 
raciocínio derivado segundo o qual há exclusão da responsabilidade da pessoa jurídica em caso 
de dissolução irregular. 
10. Atente-se para o fato de que nada impede que a Execução Fiscal seja promovida contra 
sujeitos distintos, por cumulação subjetiva em regime de litisconsórcio. 
11. Com efeito, são distintas as causas que deram ensejo à responsabilidade tributária e, 
por consequência, à definição do polo passivo da demanda: a) no caso da pessoa jurídica, a 
responsabilidade decorre da concretização, no mundo material, dos elementos integralmente 
previstos em abstrato na norma que define a hipótese de incidência do tributo; b) em relação ao 
sócio-gerente. O “fato gerador” de sua responsabilidade, conforme acima demonstrado, não é o 
simples inadimplemento da obrigação tributária, mas a dissolução irregular (ato ilícito). 
12. Não há sentido em concluir que a prática, pelo sócio-gerente, de ato ilícito (dissolução 
irregular) constitui causa de exclusão da responsabilidade tributária da pessoa jurídica, fundada 
em circunstância independente. 
13. Em primeiro lugar, porque a legislação de Direito Material (Código Tributário Nacional 
e legislação esparsa) não contém previsão legal nesse sentido. 
14. Ademais, a prática de ato ilícito imputável a um terceiro, posterior à ocorrência do fato 
gerador, não afasta a inadimplência (que é imputável à pessoa jurídica, e não ao respectivo 
sócio-gerente) nem anulaou invalida o surgimento da obrigação tributária e a constituição do 
respectivo crédito, o qual, portanto, subsiste normalmente. 
15. A adoção do entendimento consagrado no acórdão hostilizado conduziria a um 
desfecho surreal: se a dissolução irregular exclui a responsabilidade tributária da pessoa 
jurídica, o feito deveria ser extinto em relação a ela, para prosseguir exclusivamente contra o 
sujeito para o qual a Execução Fiscal foi redirecionada. Por consequência, cessaria a causa da 
dissolução irregular, uma vez que, com a exclusão de sua responsabilidade tributária, seria lícita 
a obtenção de Certidão Negativa de Débitos, o que fatalmente viabilizaria a baixa definitiva de 
seus atos constitutivos na Junta Comercial! 
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
16. Dito de outro modo, o ordenamento jurídico conteria a paradoxal previsão de que um 
ato ilícito – dissolução irregular -, ao fim, implicaria permissão para a pessoa jurídica 
(beneficiária direta da aludida dissolução) proceder ao arquivamento e ao registro de sua baixa 
societária, uma vez que não mais subsistiria débito tributário a ela imputável, em detrimento de 
terceiros de boa-fé (Fazenda Pública e demais credores). 
17. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. 
 
Anexo VI 
REsp n. 1.371.128/RS 
DJ 17/09/2014 
REDIRECIONAMENTO DE EXECUÇÃO FISCAL DE DÍVIDA ATIVA NÃO-TRIBUTÁRIA EM VIRTUDE 
DE DISSOLUÇÃO IRREGULAR DE PESSOA JURÍDICA. POSSIBILIDADE. ART. 10, DO DECRETO N. 
3.078/19 E ART. 158, DA LEI N. 6.404/78 – LSA C/C ART. 4º, V, DA LEI N. 6.830/80 – LEF. 1. A 
mera afirmação da Defensoria Pública da União – DPU de atuar em vários processos que tratam 
do mesmo tema versado no recurso representativo da controvérsia a ser julgado não é suficiente 
para caracterizar-lhe a condição de amicus curiae. Precedente: REsp. 1.333.977/MT, Segunda 
Seção, Rel. Min. Isabel Gallotti, julgado em 26.02.2014. 2. Consoante a Súmula n. 435/STJ: 
“Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio 
fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução 
fiscal para o sócio-gerente”. 3. É obrigação dos gestores das empresas manter atualizados os 
respectivos cadastros, incluindo os atos relativos à mudança de endereço dos estabelecimentos 
e, especialmente, referentes à dissolução da sociedade. A regularidade desses registros é exigida 
para que se demonstre que a sociedade dissolveu-se de forma regular, em obediência aos ritos e 
formalidades previstas nos arts. 1.033 a 1.038 e arts. 1.102 a 1.112, todos do Código Civil de 
2002 – onde é prevista a liquidação da sociedade com o pagamento dos credores em sua ordem 
de preferência – ou na forma da Lei n. 11.101/2005, no caso de falência. A desobediência a tais 
ritos caracteriza infração à lei. 4. Não há como compreender que o mesmo fato jurídico 
“dissolução irregular” seja considerado ilícito suficiente ao redirecionamento da execução fiscal 
de débito tributário e não o seja para a execução fiscal de débito não-tributário. “Ubi eadem ratio 
ibi eadem legis dispositio”. O suporte dado pelo art. 135, III, do CTN, no âmbito tributário é dado 
pelo art. 10, do Decreto n. 3.078/19 e art. 158, da Lei n. 6.404/78 – LSA no âmbito não-
tributário, não havendo, em nenhum dos casos, a exigência de dolo. 5. Precedentes: REsp n. 
697108/MG, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 28.04.2009; REsp n. 
657935/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 12.09.2006; AgRg no 
AREsp 8.509/SC, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 4.10.2011; REsp 
1272021/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 07.02.2012; REsp 
1259066/SP, Terceira Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe 28/06/2012; REsp 1.348.449 – RS, 
Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 11.04.2013; AgRg no AG n. 668.190 – 
SP, Terceira Turma, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 13.09.2011; REsp 586.222 – 
SP, Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 23.11.2010; REsp 140564/SP, 
Quarta Turma, Rel. Min. Barros Monteiro, julgado em 21.10.2004. 6. Caso em que, conforme o 
certificado pelo oficial de justiça, a pessoa jurídica executada está desativada desde 2004, não 
restando bens a serem penhorados. Ou seja, além do encerramento irregular das atividades da 
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
pessoa jurídica, não houve a reserva de bens suficientes para o pagamento dos credores. 7. 
Recurso especial provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 
08/2008. 
Anexo VII 
AgInt no REsp 1.609.232/SC 
DJ 15/02/2017 
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. 
EXECUÇÃO FISCAL. DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE EXECUTADA. 
REDIRECIONAMENTO A SÓCIO-GERENTE. CONDIÇÃO: EXERCÍCIO DA 
ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE, NO MOMENTO DA SUA DISSOLUÇÃO IRREGULAR. 
ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA 
DOMINANTE DO STJ. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL, POR 
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83/STJ. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. 
I. Trata-se de Agravo interno, interposto contra decisão publicada em 12/08/2016, que, 
por sua vez, julgara Recurso Especial interposto contra acórdão publicado na vigência 
do CPC/73. II. A jurisprudência da Segunda Turma do STJ, até recentemente, 
orientava-se no sentido de que a autorização judicial do redirecionamento de 
Execução Fiscal, em face de sócio-gerente, estaria subordinada a dois requisitos 
cumulativos: a) que o referido sócio-gerente tivesse exercido o encargo, ao tempo em 
que se deu o inadimplemento do tributo; b) que o referido sócio-gerente tivesse 
permanecido no exercício do encargo, durante a dissolução irregular da sociedade. 
III. Entretanto, a Segunda Turma do STJ veio a alterar, em parte, esse entendimento, de 
modo a condicionar a responsabilização pessoal de sócio-gerente a um único 
requisito, ou seja, encontrar-se o referido sócio no exercício da administração da 
sociedade, no momento da sua dissolução irregular. 
IV. Nos termos do mencionado precedente inovador, "o pedido de redirecionamento 
da execução fiscal, quando fundado na dissolução irregular ou em ato que presuma 
sua ocorrência - encerramento das atividades empresariais no domicílio fiscal, sem 
comunicação aos órgãos competentes (Súmula 435/STJ) -, pressupõe a permanência 
do sócio na administração da sociedade no momento dessa dissolução ou do ato 
presumidor de sua ocorrência, uma vez que, nos termos do art. 135, caput, III, CTN, 
combinado com a orientação constante da Súmula 435/STJ, o que desencadeia a 
responsabilidade tributária é a infração de lei evidenciada na existência ou presunção 
de ocorrência de referido fato. Consideram-se irrelevantes para a definição da 
responsabilidade por dissolução irregular (ou sua presunção) a data da ocorrência do 
fato gerador da obrigação tributária, bem como o momento em que vencido o prazo 
para pagamento do respectivo débito" 
(STJ, REsp 1.520.257/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, DJe de 
23/06/2015). 
V. Com efeito, a Primeira Seção do STJ, por ocasião do julgamento dos EAg 
1.105.993/RJ (Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, DJe de 01/02/2011), firmou o 
entendimento de que "o redirecionamento da execução fiscal, na hipótese de 
 
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dissolução irregular da sociedade, pressupõe a permanência do sócio na 
administração da empresa ao tempo da ocorrência da dissolução". 
VI. Nos presentes autos, que versam sobre Embargos à Execução Fiscal, ao manter a 
sentença de procedência do pedido inicial, a fim de excluir o autor da ação, ora 
agravado, do polo passivo da Execução, ao fundamento de ausência de elementos a 
indicar a sua permanência no quadro social da sociedade empresária executada, 
quando da dissolução irregular da referida sociedade, o Tribunal de origem não 
afrontou o art. 135, III, do CTN, tampouco a Súmula 435/STJ. Pelo contrário, 
observou a orientação jurisprudencial predominante nesta Corte. 
VII. Aplica-se, ao caso, o entendimento consolidado na Súmula 83 desta Corte, in 
verbis: "Não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação do 
Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida". O referido enunciado 
aplica-se também aos recursos interpostos com base na alínea a do permissivo 
constitucional. 
VIII. Agravo interno improvido. 
Anexo VIII 
Súmula 435 STJ 
 
Súmula n. 435, STJ: “Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar 
no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o 
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente”. 
 
Anexo IX 
REsp n. 1.101.728/SP 
DJ 23/03/2009 
EXECUÇÃO FISCAL. TRIBUTO DECLARADO PELO CONTRIBUINTE. CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO 
TRIBUTÁRIO. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. DISPENSA. RESPONSABILIDADE DO SÓCIO. 
TRIBUTO NÃO PAGO PELA SOCIEDADE. 
1. A jurisprudência desta Corte, reafirmada pela Seção inclusive em julgamento pelo 
regime do art. 543-C do CPC, é no sentido de que “a apresentação de Declaração de Débitos e 
Créditos Tributários Federais – DCTF, de Guia de Informação e Apuração do ICMS – GIA, ou de 
outra declaração dessa natureza, prevista em lei, é modo de constituição do crédito tributário, 
dispensando, para isso, qualquer outra providência por parte do Fisco” (RESP 962.379, 1ª Seção, 
DJ de 28.10.08). 
2. É igualmente pacífica a jurisprudência do STJ no sentido de que a simples falta de 
pagamento do tributo não configura, por si só, nem em tese, circunstância que acarreta a 
responsabilidade subsidiária do sócio, prevista no art. 135 do CTN. É indispensável, para tanto, que 
tenha agido com excesso de poderes ou infração à lei, ao contrato social ou ao estatuto da empresa 
(ERESP 374.139/RS, 1ª Seção, DJ de 28.02.2005). 
3. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, parcialmente provido. Acórdão 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução, por 
pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/08. 
 
Anexo X 
Súmula 430 STJ 
 
Súmula n. 430, STJ: “O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si 
só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.” 
Anexo XI 
CARF – Acórdão n. 2403-002.135 
Julgamento: 16/07/2013 
NORMAS PROCEDIMENTAIS. GRUPO ECONÔMICO. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO INTEIRO 
TEOR DA NOTIFICAÇÃO. CERCEAMENTO AO DIREITO DE DEFESA – NULIDADE DA DECISÃO DE 
PRIMEIRA INSTÂNCIA. Ao ser constatada a existência de Grupo Econômico pela fiscalização, 
todos os solidários devem ser intimados de todo o teor da notificação e não apenas através do 
Termo de Sujeição Passiva e/ou Ofício que informa a atribuição da responsabilidade solidária, 
sob pena de preterição do direito de defesa. É nula a decisão de primeira instância que, em 
evidente preterição do direito de defesa, é proferida sem a devida intimação dos contribuintes 
responsáveis solidários da integralidade dos documentos de constituição do crédito tributário, 
oportunizando-lhes a interposição de impugnação. NORMAS PROCEDIMENTAIS 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. CARACTERIZAÇÃO SEGURADOS 
EMPREGADOS. POSSIBILIDADE. Constatando-se a existência dos elementos constituintes da 
relação empregatícia entre o suposto “tomador de serviços” e o tido “prestador de serviços”, 
deverá o Auditor Fiscal desconsiderar a personalidade jurídica da empresa prestadora de 
serviços, enquadrando os trabalhadores desta última como segurados empregados da tomadora, 
com fulcro no artigo 229, § 2º, do Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado pelo 
Decreto n. 3.048/99, c/c Pareceres/CJ n.s 330/1995 e 1652/1999. NORMAS GERAIS DO 
DIREITO. ARTIGO 129 DA LEI N. 11.196/2005. NATUREZA INTERPRETATIVA. 
RETROATIVIDADE. POSSIBILIDADE. ARTIGO 106, INCISO I, CTN. Em face da natureza 
interpretativa do artigo 129 da Lei n. 11.19/2005, caracterizada pela evidente finalidade de 
explicitar relações tributárias preexistentes, não se pode cogitar em estabelecimento de novo 
regime jurídico, impondo, portanto, seja aplicado retroativamente para alcançar fatos geradores 
pretéritos, em observância aos preceitos inscritos no artigo 106, inciso I, do Código Tributário 
Nacional. 
 
Anexo XII 
Processo n. 0020172-50.2014.4.03.0000 
 
e-DJF3 Judicial 1 DATA:13/05/2015 
 
 
O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução, por 
pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
EXECUÇÃO FISCAL. SÓCIO. REDIRECIONAMENTO. RESPONSABILIDADE DE EMPRESAS. GRUPO 
ECONÔMICO. NÃO CARACTERIZADO. 1. A responsabilidade do sócio pelas dívidas tributárias da 
pessoa jurídica só é possível havendo comprovação de atuação dolosa na administração da 
empresa, atuando com excesso de mandato, infringência à lei ou ao contrato social. 2. A 
dissolução irregular da sociedade também é fundamento bastante para atrair a responsabilidade 
dos sócios administradores pelas obrigações da sociedade 3. O redirecionamento automático da 
execução na pessoa dos sócios corresponsáveis, em razão da existência de grupo econômico, não 
se verifica, por ora, plausibilidade dos elementos comprobatórios acerca de fraude ou abuso de 
poder por parte dos sócios em relação à sociedade. 4. A caracterização do grupo econômico de 
empresas, que se valem dessa condição para sonegar suas obrigações tributárias, requer alguns 
elementos que apontem esse intuito fraudatório, a ser analisado no caso concreto. Podemos assim 
ser exemplificá-los: empresas de um mesmo grupo econômico, apenas quando realizem 
conjuntamente a situação configuradora do fato gerador, não bastando o mero interesse 
econômico; a confusão patrimonial apta a ensejar a responsabilidade solidária na forma prevista 
no art. 124 do CTN, administradas pelos mesmos diretores, estando submetidas a um mesmo 
poder de controle, o que evidencia a existência de grupo econômico de fato; atuação num mesmo 
ramo comercial ou complementar, sob uma mesma unidade gerencial; empresas que exerçam 
atividades empresariais de um mesmo ramo e estão sob o poder central de controle; abuso da 
personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial; 
abuso de autoridade, sociedades sob o mesmo controle e com estrutura meramente formal, o 
que ocorre quando diversas pessoas jurídicas do grupo exercem suas atividades sob unidade 
gerencial, laboral e patrimonial; existência de fraudes, abuso de direito e má-fé com prejuízo a 
credores; grupo familiar definido etc. 5. Agravo de instrumento improvido. (TRF3 - 1ᵃ Turma, 
Processo nº 0020172-50.2014.4.03.0000, Agravo de instrumento nº 537935, Rel. Des. Fed. Luiz 
Stefanini, e-DJF3 Judicial 1 DATA:13/05/2015).

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