Buscar

Aula 01 - Martha El Debs

Prévia do material em texto

www.cers.com.br 
 
1 
AAAAAA 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
3 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
4 
Art. 236 CF. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder 
Público. 
Art. 236 § 2º CF. Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos 
praticados pelos serviços notariais e de registro. 
EMENTA: Emolumentos – natureza jurídica – taxa. Já ao tempo da EC 1/69, o STF firmou entendimento no 
sentido de que “as custas e os emolumentos judiciais ou extrajudiciais”, por não serem preços públicos, 
“mas, sim, taxas, não podem ter seus valores fixados por decreto, sujeitos que estão ao princípio constitu-
cional da legalidade. Esse entendimento persiste, sob a vigência da Constituição de 1988. O art. 145 admite 
a cobrança de “taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição”. Tal con-
ceito abrange não só as custas judiciais, mas, também, as extrajudiciais (emolumentos), pois estas resul-
tam, igualmente, de serviço público, ainda que prestado em caráter particular (art. 236). Mas sempre fixadas 
por lei. STF → ADI 1444-PR 
STF: (...) Qualificando-se como taxas remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-se, em consequência, 
quer no que concerne à sua instituição e majoração, quer no que se refere à sua exigibilidade, ao regime 
jurídico-constitucional pertinente a essa especial modalidade de tributo vinculado, notadamente aos princí-
pios fundamentais que proclamam, entre outras, as garantias essenciais (a) da reserva de competência im-
positiva, (b) da legalidade, (c) da isonomia e (d) da anterioridade [ADI 1.378 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 
30-11-1995, P, DJ de 30-5-1997.] = ADI 3.826, rel. min. Eros Grau, j. 12-5-2010, P, DJE de 20-8-2010 
Art. 77 CTN. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no 
âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou 
a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto 
à sua disposição. 
EMENTA: As custas, a taxa judiciária e os emolumentos constituem espécie tributária, são taxas, segundo 
a jurisprudência iterativa do Supremo Tribunal Federal. (...) Impossibilidade da destinação do produto da 
arrecadação, ou de parte deste, a instituições privadas, entidades de classe e Caixa de Assistência dos 
Advogados. Permiti-lo, importaria ofensa ao princípio da igualdade. Precedentes do STF. (ADI 1.145, Rel. 
Min. Carlos Velloso, julgamento em 3-10-2002, Plenário, DJ de 8-11-2002). Vide: MS 28.141, Rel. Min. Ricardo 
Lewandowski, julgamento em 10-2-2011, Plenário, DJE de 1º-7-2011; RE 233.843, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 
julgamento em 1º-12-2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009). 
EMENTA: Custas e emolumentos – natureza jurídica. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – CUS-
TAS JUDICIAIS E EMOLUMENTOS EXTRAJUDICIAIS – NATUREZA TRIBUTÁRIA (TAXA) – DESTINAÇÃO 
PARCIAL DOS RECURSOS ORIUNDOS DA ARRECADAÇÃO DESSES VALORES A INSTITUIÇÕES PRIVADAS 
– INADMISSIBILIDADE – VINCULAÇÃO DESSES MESMOS RECURSOS AO CUSTEIO DE ATIVIDADES DI-
VERSAS DAQUELAS CUJO EXERCÍCIO JUSTIFICOU A INSTITUIÇÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS EM RE-
FERÊNCIA – DESCARACTERIZAÇÃO DA FUNÇÃO CONSTITUCIONAL DA TAXA – RELEVÂNCIA JURÍDICA 
DO PEDIDO – MEDIDA LIMINAR DEFERIDA. NATUREZA JURÍDICA DAS CUSTAS JUDICIAIS E DOS EMOLU-
MENTOS EXTRAJUDICIAIS. 
EMENTA: Lei Estadual 12.986/1996. Violação do art. 167, IV, da CF. Não ocorrência. Preceito de lei estadual 
que destina 5% [cinco por cento] dos emolumentos cobrados pelas serventias extrajudiciais e não oficiali-
zadas ao Fundo Estadual de Reaparelhamento e Modernização do Poder Judiciário – FUNDESP não ofende 
o disposto no art. 167, IV, da CF. Precedentes. A norma constitucional veda a vinculação da receita dos 
impostos, não existindo, na Constituição, preceito análogo pertinente às taxas. 
(RE 570.513-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 16-12-2008, Segunda Turma, DJE de 27-2-2009.) 
PRINCIPIOS TRIBUTARIOS 
EMENTA: Emolumentos – natureza jurídica de taxa. Representação de inconstitucionalidade. Custas e emo-
lumentos judiciais e extrajudiciais. Sua natureza jurídica. Decreto n. 16.685, de 26 de fevereiro de 1981, do 
governo do Estado de São Paulo. – não sendo as custas e os emolumentos judiciais ou extrajudiciais preços 
públicos, mas, sim, taxas, não podem eles ter seus valores fixados por decreto, sujeitos que estão ao prin-
cípio constitucional da legalidade (par. 29 do artigo 153 da emenda constitucional n. 1/69), garantia essa que 
não pode ser ladeada mediante delegação legislativa. Representação julgada procedente para declarar a 
inconstitucionalidade do Decreto 16.685, de 26 de fevereiro de 1981, do governo do Estado de São Paulo. 
STF → Rp 1094-SP, j. 8.8.1984, Rel. Min. Soares Munoz. Relator para acórdão Min. Moreira Alves. Pleno. 
https://arisp.files.wordpress.com/2012/08/adi-1-444-7-emolumentos.pdf
https://arisp.files.wordpress.com/2010/07/rpr-1094-5-emolumentos.pdf
https://arisp.files.wordpress.com/2010/07/rpr-1094-5-emolumentos.pdf
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
5 
EMENTA: Custas e emolumentos. Natureza jurídica. Necessidade de lei para sua instituição ou aumento. O 
STF já firmou o entendimento, sob a vigência da emenda constitucional n. 1/69, de que as custas e os emo-
lumentos tem a natureza de taxas, razão por que só podem ser fixadas em lei, dado o princípio constitucional 
da reserva legal para a instituição ou aumento de tributo. Regras não recepcionadas pela emenda constitu-
cional n. 1/69, o que implica dizer que estão elas revogadas. Recurso extraordinário conhecido e pro-
vido. STF → RE 116.208-MG, Minas Gerais, j. 20.4.1990, DJ de 8.6.1990, Pleno, rel. min Moreira Alves. 
A instituição dos emolumentos cartorários pelo Tribunal de Justiça afronta o princípio da reserva legal. 
Somente a lei pode criar, majorar ou reduzir os valores das taxas judiciárias. 
[ADI 1.709, rel. min. Maurício Corrêa, j. 10-2-2000, P, DJ de 31-3-2000.] 
Artigo 19, Lei Estadual SP 13.331/2002. Os emolumentos correspondem aos custos dos serviços notariais 
e de registro na seguinte conformidade: 
I - relativamente aos atos de Notas, de Registro de Imóveis, de Registro de Títulos e Documentos e Registro 
Civil das Pessoas Jurídicas e de Protesto de Títulos e Outros Documentos de Dívidas: 
a) 62,5% (sessenta e dois inteiros e meio por cento) são receitas dos notários e registradores; 
b) 17,763160% (dezessete inteiros, setecentos e sessenta e três mil, cento e sessenta centésimos de milési-
mos percentuais) são receita do Estado, em decorrência do processamento da arrecadação e respectiva 
fiscalização; 
c) 9,157894% (nove inteiros, cento e cinquenta e sete mil, oitocentos e noventa e quatro centésimos de 
milésimos percentuais) são contribuição à Secretaria da Fazenda; (Alínea c com redação dada pela lei n° 
16.877, de 19/12/2018. 
d) 3,289473% (três inteiros, duzentos e oitenta e nove mil, quatrocentos e setenta e três centésimos de mi-
lésimos percentuais) são destinados à compensação dos atos gratuitos do registro civil das pessoas natu-
rais e à complementação da receita mínima das serventias deficitárias; 
 
e) 4,289473% (quatro inteiros, duzentos e oitenta e nove mil, quatrocentos e setenta e três centésimos de 
milésimos percentuais) são destinados ao Fundo Especial de Despesa do Tribunal de Justiça, em decor-
rência da fiscalização dos serviços; 
 
f) 3% (três por cento) são destinados ao Fundo Especial de Despesa do Ministério Público do Estado de 
São Paulo, em decorrência da fiscalização dos serviços; 
 
Art. 1º Lei 10.169/2000 
 
Parágrafo único: “o valor fixado para os emolumentos deverá corresponder ao efetivo custo e à adequada 
e suficiente remuneraçãodos serviços prestados” 
 
Art. 30, Lei 8.935/1994. São deveres dos notários e dos oficiais de registro: 
(...) 
VIII - observar os emolumentos fixados para a prática dos atos do seu ofício; 
 
XIV - observar as normas técnicas estabelecidas pelo juízo competente. 
 
Art. 30, VII - afixar em local visível, de fácil leitura e acesso ao público, as tabelas de emolumentos em vigor 
Art. 31, LNR. São infrações disciplinares que sujeitam os notários e os oficiais de registro às penalidades 
previstas nesta lei: 
III - a cobrança indevida ou excessiva de emolumentos, ainda que sob a alegação de urgência 
 
Art. 14, parágrafo único, LRP: o valor correspondente às custas de escrituras, certidões, buscas, averbações, 
registros de qualquer natureza, emolumentos e despesas legais constará, obrigatoriamente, do próprio docu-
mento, independentemente da expedição do recibo, quando solicitado. 
Art. 206, § 1
o
, III, CC 
 
https://arisp.files.wordpress.com/2012/08/re-116-208-mg-emolumentos.pdf
https://www.al.sp.gov.br/norma/188920
https://www.al.sp.gov.br/norma/188920
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
6 
(...) Prescreve em um ano, a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros 
e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários. 
515, V - TEJ 
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados 
por decisão judicial; 
CERTIDÃO NOTARIAL OU DE REGISTRO (art. 784, XI, do NCPC) 
 
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
 
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais 
despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; 
 
CERTIDÃO NOTARIAL OU DE REGISTRO (art. 784, XI, do NCPC) 
 
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
 
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais 
despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; 
 
 Gratuidade (Lei 9.534/1997) 
 
Art. 30 LRP. Não serão cobrados emolumentos pelo registro civil de nascimento e pelo assento de óbito, 
bem como pela primeira certidão respectiva. 
 
§ 1º Os reconhecidamente pobres estão isentos de pagamento de emolumentos pelas demais certidões 
extraídas pelo cartório de registro civil. 
 
Art. 45, LNR. São gratuitos os assentos do registro civil de nascimento e o de óbito, bem como a primeira 
certidão respectiva. 
 
§ 1º Para os reconhecidamente pobres não serão cobrados emolumentos pelas certidões a que se refere 
este artigo. 
 
(Incluído pela Lei nº 11.789, de 2008) 
 
Art. 5º LXXVI CF. São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
 
Art. 30 LRP (Lei 9.543/1997). Não serão cobrados emolumentos pelo registro civil de nascimento e pelo 
assento de óbito, bem como pela primeira certidão respectiva. 
 
§ 1º Os reconhecidamente pobres estão isentos de pagamento de emolumentos pelas demais certidões 
extraídas pelo cartório de registro civil. 
 
 
Art. 30 § 2º LRP O estado de pobreza será comprovado por declaração do próprio interessado ou a rogo, 
tratando-se de analfabeto, neste caso, acompanhada da assinatura de duas testemunhas. 
 
Art. 30 § 3º LRP A falsidade da declaração ensejará a responsabilidade civil e criminal do interessado. 
 
Art. 30 § 3º-A LRP. Comprovado o descumprimento, pelos oficiais de Cartórios de Registro Civil, do disposto 
no caput deste artigo, aplicar-se-ão as penalidades previstas nos arts. 32 e 33 da Lei no 8.935, de 18 de 
novembro de 1994. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11789.htm
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
7 
 
Art. 32 LNR 
 
I - repreensão; 
II - multa; 
III - suspensão por noventa dias, prorrogável por mais trinta; 
IV - perda da delegação. 
Art. 30 § 3º-B LRP Esgotadas as penalidades a que se refere o parágrafo anterior e verificando-se novo 
descumprimento, aplicar-se-á o disposto no art. 39 da Lei no 8.935, de 18 de novembro de 1994. 
 
Art. 30 § 3º-C. LPR Os cartórios de registros públicos deverão afixar, em local de grande visibilidade, que 
permita fácil leitura e acesso ao público, quadros contendo tabelas atualizadas das custas e emolumentos, 
além de informações claras sobre a gratuidade prevista no caput deste artigo. 
 
STF “não ofende o princípio da proporcionalidade lei que isenta os reconhecidamente pobres do pagamento 
dos emolumentos devidos pela expedição de registro civil de nascimento e de óbito, bem como a primeira 
certidão respectiva” (STF, Pleno, ADC 5, rel. Min. Nelson Jobim, rel. p/ acórdão Min. Ricardo Lewandowski, 
v.m., julgado em 11/06/2007). 
 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. DECLARAÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE. ATIVIDADE NOTARIAL. NATU-
REZA. LEI 9.534/1997. REGISTROS PÚBLICOS. ATOS RELACIONADOS AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA. 
GRATUIDADE. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. VIOLAÇÃO NÃO OBSERVADA. PRECEDENTES. 
PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. I - A atividade desenvolvida pelos titulares das serventias de notas e registros, 
embora seja análoga à atividade empresarial, sujeita-se a um regime de direito público. 
 
II - Não ofende o princípio da proporcionalidade lei que isenta os "reconhecidamente pobres" do pagamento 
dos emolumentos devidos pela expedição de registro civil de nascimento e de óbito, bem como a primeira 
certidão respectiva. III - Precedentes. IV - Ação julgada procedente. STF, ADC5, Rela. Min. Nelson Jobim, 
DJe-117, DIVULG 04-10-2007, p. 05-10-2007. Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.800-1-DF 
 
Art. 30 § 4º LRP. É proibida a inserção nas certidões de que trata o § 1º deste artigo de expressões que 
indiquem condição de pobreza ou semelhantes (11.789/2008) 
 
Art. 19, Provimento CNJ 63/2017. Os registradores, para os fins do presente provimento, deverão observar 
as normas legais referentes à gratuidade de atos. 
 
Art. 3º, Provimento CNJ 82/2019. Para os fins deste provimento deverão ser respeitadas as tabelas estaduais 
de emolumentos, bem como as normas referentes à gratuidade de atos, quando for o caso. 
 
COMPENSAÇÃO 
 
A Lei 10.169/2000, em seu art. 8º estabelece que: 
 
Art. 8º, Lei 10.169/2000. Os Estados e o Distrito Federal, no âmbito de sua competência, estabelecerão forma 
de compensação aos registradores civis das pessoas naturais pelos atos gratuitos, por eles praticados, 
conforme estabelecido em lei federal. 
 
Provimento nº 81 do CNJ 
 
Dispõe sobre renda mínima do Registrador Civil 
 
Art. 1º Dispor sobre a renda mínima dos registradores de pessoas naturais. 
 
Art. 2º Os Tribunais de Justiça devem estabelecer uma renda mínima para os registradores de pessoas 
naturais com a finalidade de garantir a presença do respectivo serviço registral em toda sede de municipal 
e nas sedes distritais dos municípios de significativa extensão territorial assim considerado pelo poder 
delegante. 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
8 
 
Art. 2º Parágrafo Único. A renda mínima é garantida através do pagamento, ao delegatário ou ao interino 
que exerce a titularidade da serventia de Registro de Pessoas Naturais, do valor necessário para que a 
receita do serviço registral de pessoas naturais atinja o valor mínimo da receita estipulado por ato próprio 
do tribunal. 
Art. 3º Além de outras fontes de recursos, devem ser utilizadas para o pagamento da renda mínima a que se 
refere o artigo anterior, as receitas originadas do recolhimento, efetuado pelos interinos de qualquer ser-
ventia extrajudicial, aos tribunais ou aos respectivos fundos financeiros, relativamente aos valores exce-
dentes a 90,25% do teto constitucional. 
 
Art. 4º O valor da renda mínima do interino que exerce a titularidade da serventia de Registro de Pessoas 
Naturais não poderá ser inferior à 50% da renda mínima do delegatário. 
 
Parágrafo Único. O valor da renda mínima poderá ser majorado ou reduzido para manter o equilíbriofinan-
ceiro do fundo responsável pelo seu pagamento. 
 
Art. 5º O delegatário ou interino que exerce a titularidade da serventia de Registro de Pessoas Naturais, 
quando estiver exercendo a titularidade de mais de uma serventia, não poderá receber renda mínima que 
exceda, globalmente, 90,25% do teto constitucional. 
 
 SUB-REGISTRO 
 
“Entende-se o conjunto de nascimentos ocorridos no ano (...) e não registrados no próprio ano ou até o fim 
do primeiro trimestre do ano subsequente” 
 
(IBGE. Estatísticas do Registro Civil de 2007. Disponível em: http: //www.ibge.gov.br/home/estatistica/popu-
lação/registrocivil/2007/default.shtm. 
 
 Leis 9.534/1997 
 Lei 10.169/2000 (que prevê a compensação aos registradores civis das pessoas naturais pelos atos gratuitos 
por eles praticados, viabilizando o desempenho desta essencial atividade); 
 Provimento 13 da Corregedoria Nacional de Justiça do CNJ, que dispõe sobre a emissão de certidão de 
nascimento nos estabelecimentos de saúde que realizam partos; 
 Decreto Federal 6.289/2007, que estabelece o Compromisso Nacional pela erradicação do Sub-registro Civil 
de Nascimento e Ampliação do Acesso à Documentação Básica, com o objetivo de conjugar esforços da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios visando erradicar o sub-registro de nascimento no País e ampliar o 
acesso à documentação civil básica a todos os brasileiros; 
 Portaria 938, de 20 de maio de 2002, do Ministério da Saúde que institui gratificações para as unidades de 
assistência à saúde que estimulem as famílias a registrarem seus filhos antes da alta hospital da mãe. 
 
 Decreto Federal 7.037/2009 que aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3 e na Diretriz 7 
estabelece a Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a 
cidadania plena 
 Protesto 
 
Art. 73 LC 123/2006. O protesto de título, quando o devedor for microempresário ou empresa de pequeno 
porte, é sujeito às seguintes condições: 
 
I – sobre os emolumentos do tabelião não incidirão quaisquer acréscimos a título de taxas, custas e contri-
buições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de previdência, fundo de custeio de atos gratuitos, fundos 
especiais do Tribunal de Justiça, bem como de associação de classe, criados ou que venham a ser criados 
sob qualquer título ou denominação, ressalvada a cobrança do devedor das despesas de correio, condução 
e publicação de edital para realização da intimação. 
 
EMOLUMENTOS, ISENÇÕES E GRATUIDADE – LEI 13.465/2017 (PROVENIENTE DA MEDIDA PROVISÓRIA 
759/2016) 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
9 
 
 
 
Art. 13, § 1
o
 Lei 13.465/2017. Serão isentos de custas e emolumentos, entre outros, os seguintes atos regis-
trais relacionados à Reurb-S: 
 
I - o primeiro registro da Reurb-S, o qual confere direitos reais aos seus beneficiários; 
II - o registro da legitimação fundiária; 
III - o registro do título de legitimação de posse e a sua conversão em título de propriedade; 
IV - o registro da CRF e do projeto de regularização fundiária, com abertura de matrícula para cada unidade 
imobiliária urbana regularizada; 
V - a primeira averbação de construção residencial, desde que respeitado o limite de até setenta metros 
quadrados; 
VI - a aquisição do primeiro direito real sobre unidade imobiliária derivada da Reurb-S; 
VII - o primeiro registro do direito real de laje no âmbito da Reurb-S; e 
VIII - o fornecimento de certidões de registro para os atos previstos neste artigo. 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
10 
 
 CPC 
 Art. 98 CPC. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para 
pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, 
na forma da lei. 
 
§ 1º A gratuidade da justiça compreende: (...) 
 
IX – os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação 
ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo 
judicial no qual o benefício tenha sido concedido. (...) 
 
EMENTA: Agravo de Instrumento. Compra e Venda de Veículo. Ação de Rescisão Contratual c.c. Reintegra-
ção de Posse e Perdas e Danos. Autora beneficiária da Justiça Gratuita. Benefício que não compreende a 
impressão e remessa de certidão para fins de protesto extrajudicial ao Tabelião de Protesto, mas, somente, 
os emolumentos devidos aos notários ou registradores, em decorrência da prática de qualquer ato notarial 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
11 
necessário à efetivação da decisão judicial Incumbência da parte. Ausência de violação ao art. 98, § 1º, 
inciso IX, do CPC e art. 9º, Lei nº 1.060/50. 
 
Decisão mantida. Recurso não provido. (TJSP – Agravo de Instrumento nº 2223275-04.2016.8.26.0000 – 
Santa Bárbara D’Oeste – 26ª Câmara de Direito Privado – Rel. Des. Bonilha Filho – DJ 16.12.2016) “A contro-
vérsia recursal está adstrita ao tema da possibilidade de se determinar a expedição de ofício ao Tabelião de 
Protesto, para a averbação da Certidão para fins de Protesto Extrajudicial (fls. 20), expedida nos termos do 
artigo 517, do novel Código de Processo Civil, em razão da gratuidade de Justiça, da qual a autora é bene-
ficiária. Dispõe o artigo 98, §1º, do Código de Processo Civil: 
 
“Art. 98 § 1º; IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, 
averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de 
processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido. 
 
Como facilmente se pode verificar, está assegurada, à agravante, a isenção relativa aos emolumentos devi-
dos ao Tabelião de Protesto em decorrência do benefício da Justiça gratuita. 
 
Todavia, como bem pontuado pelo Magistrado, a decisão ora agravada apenas determinou que a agravante 
providencie a impressão da certidão de fls. 20 (fls. 54 na origem), bem como seu encaminhamento ao Car-
tório, o que não encontra previsão nas isenções abrangidas pelo artigo 98, § 1º, do Estatuto processual. 
Sobreleva destacar, ainda, que o artigo 9º, da Lei nº 1.060/50, não revogado pelo novel Código de Processo 
Civil, não restou afrontado pela deliberação judicial ora impugnada, pois trata da isenção dos atos proces-
suais, em todas as instâncias, ao passo que a mera determinação de impressão de certidão já expedida e 
posterior remessa ao Cartório, para fins de protesto, não cuida de ato processual, até porque o ofício juris-
dicional findou com a prolação da sentença, que transitou em julgado.” 
 
Art. 98, 
 
§ 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais 
e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência 
§ 4
o
 A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais 
que lhe sejam impostas. 
Art. 98 § 3
o
 Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição 
suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao 
trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de 
insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, 
tais obrigações do beneficiário. 
 
 
 
Art. 98. 
 
§ 7o Aplica-se o disposto no art. 95, § § 3º a 5º, ao custeio dos emolumentos previstos no § 1o, inciso IX, do 
presente artigo, observada a tabela e as condições da lei estadual ou distrital respectiva. 
 
Art. 98 § 8º Na hipótese do § 1º, inciso IX, havendo dúvida fundada quanto ao preenchimento atual dos 
pressupostos para a concessão de gratuidade, o notário ou registrador, após praticar o ato, pode requerer, 
ao juízo competente para decidir questões notariais ou registrais, a revogação total ou parcial do benefício 
ou a sua substituição pelo parcelamento de que tratao § 6º deste artigo, caso em que o beneficiário será 
citado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre esse requerimento. 
 
Lei 1.060/1950: artigos 1°, 5°, 8°, 9°, 10, 13, 14, 15, 16 e 18. 
 
 Art. 237-A LRP (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
12 
§ 1
o
 Para efeito de cobrança de custas e emolumentos, as averbações e os registros relativos ao mesmo 
ato jurídico ou negócio jurídico e realizados com base no caput serão considerados como ato de registro 
único, não importando a quantidade de unidades autônomas envolvidas ou de atos intermediários existen-
tes. 
 
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO. AÇÃO DE COBRANÇA. EMO-
LUMENTOS. ATO NOTARIAL DE AVERBAÇÃO RELATIVO À QUITAÇÃO DA AQUISIÇÃO DE LOTES (DESTI-
NADOS A CONSTRUÇÃO SOB O REGIME DE INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA), EFETIVADO NA MATRÍCULA 
DE ORIGEM, BEM COMO NAS MATRÍCULAS DAS UNIDADES IMOBILIÁRIAS ADVINDAS DO EMPREENDI-
MENTO. ART. 237-A DA LEI DE REGISTROS PÚBLICOS. OBSERVÂNCIA. ATO DE REGISTRO ÚNICO, PARA 
FINS DE COBRANÇA DE CUSTAS E EMOLUMENTOS. 
 
ALEGAÇÃO DE ADOÇÃO DE PREMISSA FALSA. NÃO OCORRÊNCIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RE-
JEITADOS. 
 
1. O julgado embargado, logo de início e nos exatos termos em que o ora embargante tece seus esclareci-
mentos, delimitou a controvérsia e o contexto fático em que inserida. Nesse contexto e, para a específica 
finalidade de cobrança de custas e emolumentos, concluiu-se que o ato notarial de averbação relativa à 
quitação dos três lotes em que se deu a construção sob o regime de incorporação imobiliária, efetuado na 
matrícula originária (323.069), assim como em todas as matrículas das unidades imobiliárias daí advindas, 
relaciona-se, inequivocamente, com o aludido empreendimento. 
 
Insubsistente, por conseguinte, a tese de que o aresto embargado estaria fundado em premissa falsa. 
 
2. . O acórdão ora impugnado não padece de qualquer dos vícios de julgamento previstos no art. 535 do 
CPC, nos quais, como é de sabença, não se insere a mera discordância pela parte sucumbente dos funda-
mentos então adotados. 3. Embargos de declaração rejeitados. (STJ – EDcl no REsp nº 1.522.874 – Distrito 
Federal – 3ª Turma – Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze – DJ 26.10.2015) 
 
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. COBRANÇA DE EMOLUMENTOS DE CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. 
REGISTRO ÚNICO. ATENUAÇÃO DOS CUSTOS DA INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA. AUSÊNCIA DE PRE-
QUESTIONAMENTO. 
 
SÚMULA 211/STJ. 1. A indicada afronta do art. 228 da Lei 6.015/1973 não pode ser analisada, pois o Tribunal 
de origem não emitiu juízo de valor sobre esse dispositivo legal. 
 
O Superior Tribunal de Justiça entende ser inviável o conhecimento do Recurso Especial quando os artigos 
tidos por violados não foram apreciados pelo Tribunal a quo, a despeito da oposição de Embargos de De-
claração, haja vista a ausência do requisito do prequestionamento. Incide, na espécie, a Súmula 211/STJ. 
 
2. O calculo dos emolumentos cobrados pelo Cartório de Registro de Imóveis competente para o registro 
do contrato de mútuo relativo à construção do empreendimento imobiliário, com garantia hipotecária, cele-
brado entre a empresa recorrida e a Caixa Econômica Federal, com fulcro no art. 237-A, § 1º, da Lei 6.015/73, 
incluído pela Lei nº 11.977/2009, deverá ser realizado como ato de registro único, independentemente da 
quantidade de atos e de unidades autônomas envolvidas. 
 
3. A Lei 11.977/2009, que acrescentou o artigo em comento, tem como escopo atenuar os custos da incor-
poração imobiliária para reduzir o conhecido déficit habitacional brasileiro; portanto, a interpretação do Tri-
bunal a quo está em sintonia com os valores sociais predispostos em nossa legislação e deve ser prestigi-
ado por esta Corte. 4. Recurso Especial não provido. (STJ – REsp nº 1.441.872 – Espírito Santo – 2ª Turma 
– Rel. Min. Herman Benjamin – DJ 04.08.2015) 
 
EMENTA: RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COBRANÇA. EMOLUMENTOS. ATO NOTARIAL DE AVERBAÇÃO 
RELATIVO À QUITAÇÃO DA AQUISIÇÃO DE LOTES (DESTINADOS A CONSTRUÇÃO SOB O REGIME DE 
INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA), EFETIVADO NA MATRÍCULA DE ORIGEM, BEM COMO NAS MATRÍCULAS 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
13 
DAS UNIDADES IMOBILIÁRIAS ADVINDAS DO EMPREENDIMENTO. ART. 237-A DA LEI DE REGISTROS PÚ-
BLICOS. OBSERVÂNCIA. ATO DE REGISTRO ÚNICO, PARA FINS DE COBRANÇA DE CUSTAS E EMOLU-
MENTOS. RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO. 
 
1. O art. 237-A da LRP determina que, após o registro da incorporação imobiliária, até o “habite-se”, todos 
os subsequentes registros e averbações relacionados à pessoa do incorporador ou aos negócios jurídicos 
alusivos ao empreendimento sejam realizados na matrícula de origem, assim como nas matrículas das uni-
dades imobiliárias eventualmente abertas, consubstanciando, para efeito de cobrança de custas e emolu-
mentos, ato de registro único. 
 
2. Para a específica finalidade de cobrança de custas e emolumentos, tem-se que o ato notarial de averbação 
relativa à quitação dos três lotes em que se deu a construção sob o regime de incorporação imobiliária, 
efetuado na matrícula originária, assim como em todas as matrículas das unidades imobiliárias daí advin-
das, relaciona-se, inequivocamente, com o aludido empreendimento. 
 
3. Nos termos da lei regência (Lei nº 4.591/64), em seu art. 32, é condição sine qua non ao registro da incor-
poração imobiliária e, por via de consequência, à negociação das futuras unidades imobiliárias, que o in-
corporador demonstre a qualidade de proprietário, de promitente comprador, de cessionário, ou de promi-
tente cessionário do imóvel no qual se edificará a construção sob o regime de incorporação imobiliária 
 
3.1 Nas hipóteses em que o incorporador não detém título definitivo de propriedade, o negócio jurídico 
estabelecido entre ele e o então proprietário do terreno assume contornos de irrevogabilidade e de irretra-
tabilidade, havendo, necessariamente, expressa vinculação do bem imóvel ao empreendimento sob o re-
gime de incorporação imobiliária. 
 
4. Levando-se em conta que o objeto da relação contratual ajustada entre o então proprietário do terreno e 
o incorporador (ou quem vier a sucedê-lo) encontra-se indissociavelmente ligado à incorporação imobiliária, 
a matrícula do imóvel no qual se erigirá o empreendimento conterá, necessariamente, o título pelo qual o 
incorporador adquiriu o imóvel, bem como toda e qualquer ocorrência que importe alteração desse especí-
fico registro, no que se insere, inarredavelmente, a averbação de quitação da promessa de compra do ter-
reno. 5. Recurso especial improvido. (STJ – REsp nº 1.522.874 – Distrito Federal – 3ª Turma – Rel. Min. Marco 
 
 Art. 3º, II, da Lei 1.060/1950 – Revogado (A assistência judiciária compreende as seguintes isenções: II - 
dos emolumentos e custas devidos aos Juízes, órgãos do Ministério Público e serventuários da justiça; 
 Art. 6º da Lei 6.969/1981 (Art. 6º - O autor da ação de usucapião especial terá, se o pedir, o benefício da 
assistência judiciária gratuita, inclusive para o Registro de Imóveis) e 
 
 Art. 12, § 2º, da Lei 10.257/2001 (Art. 12. São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião 
especial urbana § 2
o
 O autor terá os benefícios da justiça e da assistência judiciária gratuita, inclusive pe-
rante o cartório de registro de imóveis) 
STJ: “A gratuidade de justiça concedida em processo judicial deve ser estendida, para efeito de viabilizar o 
cumprimento de decisão do Poder Judiciário e garantir a prestação jurisdicional plena, aos atos extrajudi-
ciais de notários e de registradores respectivos, indispensáveis à materialização do julgado. Essa orienta-
ção é a que melhor se ajusta ao conjunto de princípios e normas constitucionais voltados a garantir ao 
cidadão a possibilidade de requerer aos poderes públicos, além do reconhecimento, a indispensável efeti-
vidade dos seus direitos (art. 5º, XXXIV, XXXV,LXXIV, LXXVI e LXXVII, da CF/88), cabendo ressaltar que a 
abstrata declaração judicial do direito nada valerá sem a viabilidade da sua execução, do seu cumprimento.” 
 
 Art. 290 LRP. Os emolumentos devidos pelos atos relacionados com a primeira aquisição imobiliária para 
fins residenciais, financiada pelo Sistema Financeiro da Habitação, serão reduzidos em 50% (cinquenta por 
cento). 
 
CNJ "A exclusão da hipótese de incidência dos emolumentos devidos pelos atos notariais e de registro há 
que ser sempre interpretada literalmente, consoante a regra do art. 111 do Código Tributário Nacional". 
 
 EMOLUMENTOS E CÉDULAS DE CRÉDITO RURAL 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
14 
 
Art. 34 Dec 167/1967. O Cartório anotará a inscrição, com indicação do número de ordem, livro e fôlhas, bem 
como o valor dos emolúmentos cobrados, no verso da cédula, além de mencionar, se fôr o caso, os anexos 
apresentados. 
 
Parágrafo único. Pela inscrição da cédula, o oficial cobrará do interessado os seguintes emolumentos, dos 
quais 80% (oitenta por cento) caberão ao Oficial do Registro Imobiliário e 20% (vinte por cento) ao Juiz de 
Direito da Comarca, parcela que será recolhida ao Banco do Brasil S.A. e levantada quando das correições 
a que se refere o artigo 40: 
 
a) até Cr$ 200.000 - 0,1% 
b) de Cr$ 200.001 a Cr$500.000 - 0,2% 
c) de Cr$ 500.001 a Cr$1.000.000 - 0,3% 
 
(...) 
Art. 1
o
 Os Estados e o Distrito Federal fixarão o valor dos emolumentos relativos aos atos praticados pelos 
respectivos serviços notariais e de registro, observadas as normas desta Lei. 
 
Parágrafo único. O valor fixado para os emolumentos deverá corresponder ao efetivo custo e à adequada e 
suficiente remuneração dos serviços prestados. 
 
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 
535 DO CPC. OMISSÃO. AUSÊNCIA DE VÍCIO. CÉDULA DE CRÉDITO RURAL. REGISTRO. EMOLUMENTOS. 
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL. LEI ESTADUAL QUE, COM BASE EM LEI FEDERAL, ELEVOU OS CUSTOS PARA 
O REGISTRO NOTARIAL DA CÁRTULA. VALIDADE. OBSERVÂNCIA DO LIMITE ESTABELECIDO PELO ART. 
34, E, 
 
DO DECRETO-LEI N. 167/67. DESNECESSIDADE. DERROGAÇÃO DO DISPOSITIVO CORRELATO DO DE-
CRETO-LEI PELA LEI FEDERAL POSTERIOR. ART. 2º, § 1º, DA LINDB. APLICAÇÃO. 
 
I – A Corte de origem apreciou todas as questões relevantes apresentadas com fundamentos suficientes, 
mediante apreciação da disciplina normativa e cotejo ao posicionamento jurisprudencial aplicável à hipó-
tese. Inexistência de omissão, contradição ou obscuridade. 
II – A Lei n. 10.169/00, ao regulamentar o art. 236, § 2º, da Constituição da República, estabeleceu “normas 
gerais para a fixação de emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro”, 
deixando ao arbítrio dos Estados e do Distrito Federal a fixação do valor dos emolumentos relativos aos 
atos praticados pelos respectivos serviços notariais e de registro. 
III – Em 2004, foi promulgada a Lei Estadual mineira n. 15.424/04, a qual, com base na mencionada lei federal, 
elevou os custos para o registro da cédula de crédito rural, à revelia do limite estabelecido no art. 34, e, 
do Decreto-Lei n. 167/67. 
IV – O Decreto-Lei n. 167/67 é anterior à Constituição da República de 1988 e à lei regulamentadora do seu 
art. 236, § 2º, que conferiu novo regime jurídico ao tema, de modo que a Lei n. 10.169/00instituiu novas 
regras sobre os emolumentos, as quais hão de prevalecer, prestigiando a competência dos Estados-Mem-
bros de legislar sobre o assunto, em homenagem ao princípio federativo. 
V – Derrogação do art. 34 do Decreto-Lei n. 167/67 pela Lei n. 10.169/00, a teor do disposto no art. 2º, § 1º, 
da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB. 
REsp 1.142.006 – MG, j. 16/6/2016, DJe 4/8/2016, rel. Regina Helena Costa. 
 
PROCESSUAL CIVIL. REGISTRO DE PENHORA. FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS. FAZENDA PÚBLICA. 
CUSTAS E EMOLUMENTOS. DISPENSA DE DEPÓSITO PRÉVIO. ARTS. 27, DO CPC E 7º, IV E 39, DA LEI Nº 
6.830/80. PAGAMENTO AO FINAL. I - A legislação mencionada não está a regulamentar uma isenção à Fa-
zenda Pública, mas sim dispondo que esta fica dispensada do depósito antecipado, ficando obrigada a pa-
gar o montante referente a custas e emolumentos ao final da lide, acaso reste vencida. Precedentes: RMS 
nº 12.073/RS, Rel. Min. JOSÉ DELGADO, DJ de 02/04/2001 e RMS nº 10.349/RS, Rel. Min. MILTON LUIZ PE-
REIRA, DJ de 20/11/2000.II - Recurso especial provido. 
 
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:decreto.lei:1967-02-14;167
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:decreto.lei:1942-09-04;4657
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:lei:2000-12-29;10169
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:constituicao:1988-10-05;1988
http://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa-nova-min.html?tipo=LEI&num=15424&comp=&ano=2004&texto=original
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:decreto.lei:1967-02-14;167
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:decreto.lei:1967-02-14;167
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:constituicao:1988-10-05;1988
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:lei:2000-12-29;10169
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:decreto.lei:1967-02-14;167
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:lei:2000-12-29;10169
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:federal:decreto.lei:1942-09-04;4657
http://www.kollemata.com.br/kollemata/integra.php?id=29400
http://www.kollemata.com.br/kollemata/integra.php?id=29400
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
15 
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ATO JUDICIAL. PENHORA. 
INSCRIÇÃO. INSS. EMOLUMENTOS E DESPESAS DEVIDAS. PAGAMENTO PRÉVIO. AUSÊNCIA. ARTS. 7°, 
IV, E 39, DA LEI N° 6.830/80. RESSARCIMENTO POSTERIOR. 1. Recurso Ordinário em Mandado de Segu-
rança interposto contra acórdão proferido pelo Egrégio Tribunal a quo que julgou extinto mandado de se-
gurança impetrado contra decisão judicial que determinou o registro de penhora em favor do Instituto Na-
cional do Seguro Social, sem o prévio pagamento de emolumentos. 
 
2. Inexiste ilegalidade no despacho judicial que determina registro da penhora, independentemente do pa-
gamento de emolumentos, eis que tal comando se funda no conteúdo do art. 7°, IV, da Lei nº 6.830/80, o qual 
é expresso ao consignar que o despacho do juiz que deferir a inicial importa em ordem para registro da 
penhora ou do arresto, independentemente do pagamento de custas ou outras despesas. 
 
3. A Fazenda Pública não está sujeita ao pagamento de custas e emolumentos (art. 39, da Lei n° 6.830/80). 
Tal privilégio, contudo, não a exime do ressarcimento do valor respectivo na hipótese de se tornar vencida 
na demanda (parágrafo único). Não há, desse modo, qualquer isenção de pagamento dos emolumentos, 
mas apenas dispensa de prévio depósito, postergando para o final da ação o ressarcimento respectivo. 4. 
Recurso desprovido 
 
 RESOLUÇÃO 228/2016 DO CNJ - Regulamenta a aplicação, no âmbito do Poder Judiciário, da Convenção 
de Haia sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, de 1961. 23 
junho 2016 
 
Art. 18. Os emolumentos corresponderão, para cada apostila emitida, ao custo de Procuração Sem Valor 
Declarado, segundo os valores vigentes em cada Estado da Federação. 
 
Parágrafo único. Será isenta da cobrança de emolumentos a emissão de apostila em documentos requeridos 
por órgãos do Poder Executivo Federal para utilização no exterior, no interesse do serviço público. 
 
 PROVIMENTO CNJ 62/2017 - Dispõe sobre a uniformização dos procedimentos para a aposição de apos-
tila, no âmbito do Poder Judiciário, da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Do-
cumentos Públicos Estrangeiros, celebrada na Haia, em 5 de outubro de 1961 (Convenção da Apostila). 
 
Art. 17. Os emolumentos serão cobrados por apostila, nos termos do art. 18 da Resolução CNJ n. 228/2016, 
enquanto não for editada legislação específica no âmbito dos Estados e do DistritoFederal. 
 
Art. 17. Os emolumentos serão cobrados por apostila, nos termos do art. 18 da Resolução CNJ n. 228/2016, 
enquanto não for editada legislação específica no âmbito dos Estados e do Distrito Federal. 
 
§ 1º É dispensada a cobrança de emolumentos para emissão de apostila em documentos requeridos por 
órgãos da administração direta do Poder Executivo federal, estadual (ou municipal para utilização no exte-
rior, no interesse do serviço público. 
(...) 
§ 3º O Poder Judiciário dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua competência, estabelecerá forma 
de compensação para a emissão de apostila em documentos requeridos por órgãos da administração direta 
do Poder Executivo federal, estadual ou municipal. 
 
§ 4º É vedada a prática de cobrança parcial ou de não cobrança de emolumentos, ressalvadas as hipóteses 
de isenção, não incidência ou diferimento previstas na legislação específica. 
 
 PROVIMENTO 60/2017 DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA 
 
Definiu regras para cobrança de emolumentos pelos cartórios para registrar projetos de exploração de ener-
gia eólica. 
 
Art. 6º Inexistindo prazo de vigência do contrato, mas subsistindo remuneração correspondente a determi-
nado período de tempo, entender-se-á que a vigência corresponde a esse período. 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
16 
§ 1º Se o período contratual ultrapassar o disposto no caput deste artigo, deverá ser averbado o aditivo do 
contrato a fim de que sejam resguardados os direitos dos contratantes. 
 
§ 2º Se não constarem do contrato o prazo de vigência e o prazo de remuneração, entender-se-á que a 
vigência é anual. 
 
 Emolumentos para o procedimento da Usucapião Extrajudicial 
 
Art. 26, Provimento 65/2017. Enquanto não for editada, no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, legisla-
ção específica acerca da fixação de emolumentos para o procedimento da usucapião extrajudicial, serão 
adotadas as seguintes regras: 
 
I – no tabelionato de notas, a ata notarial será considerada ato de conteúdo econômico, devendo-se tomar 
por base para a cobrança de emolumentos o valor venal do imóvel relativo ao último lançamento do imposto 
predial e territorial urbano ou ao imposto territorial rural ou, quando não estipulado, o valor de mercado 
aproximado; 
II – no registro de imóveis, pelo processamento da usucapião, serão devidos emolumentos equivalentes a 
50% do valor previsto na tabela de emolumentos para o registro e, caso o pedido seja deferido, também 
serão devidos emolumentos pela aquisição da propriedade equivalentes a 50% do valor previsto na tabela 
de emolumentos para o registro, tomando-se por base o valor venal do imóvel relativo ao último lançamento 
do imposto predial e territorial urbano ou ao imposto territorial rural ou, quando não estipulado, o valor de 
mercado aproximado. 
 
Parágrafo único. Diligências, reconhecimento de firmas, escrituras declaratórias, notificações e atos prepa-
ratórios e instrutórios para a lavratura da ata notarial, certidões, buscas, averbações, notificações e editais 
relacionados ao processamento do pedido da usucapião serão considerados atos autônomos para efeito 
de cobrança de emolumentos nos termos da legislação local, devendo as despesas ser adiantadas pelo 
requerente.

Continue navegando