Epidemiologia analitica e bioestatística - Sessão tutorial

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SESSÃO TUTORIAL – EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA 
 
PROBLEMA – MUITA CALMA NESSA HORA! 
 
Jair, estudante do 2º período do curso de Medicina, encontrou seu grupo de tutoria, muito empolgado com os 
resultados de um ensaio clínico que, segundo ele, demonstravam que Colchicina seria eficaz para tratar 
precocemente a COVID-19. Para provar o que estava falando, Jair mostrou a Tabela 2 do artigo (reproduzida 
abaixo). “A análise do desfecho primário, morte e hospitalizações, foi menor no grupo que usou Colchicina em 
pacientes com COVID-19 confirmados por PCR. O valor de p foi 0,04, então foi significativo!”, afirmou o estudante. 
Marina olhou com mais cuidado a tabela e disse: “Não sei não Jair, se você olhar bem, na análise por intenção de 
tratar o valor de p foi 0,08, logo, não foi estatisticamente significativo. Temos que tomar cuidado para não rejeitar 
a hipótese nula sem que ela possa ser de fato rejeitada, sob risco de incorrermos em Erro tipo I que, neste caso, 
pode ser até mais grave do que um Erro tipo II.” Júlio, um pouco assustado, pensou: “Eu devia ter prestado mais 
atenção quando o professor falou sobre o funcionamento dos testes de hipótese”. 
 
 
 
TERMOS DESCONHECIDOS: 
® Colchicina: Anti-inflamatório utilizado no tratamento da gota em complicações da Covid-19. 
® Valor de P: Dentro de um certo intervalo de confiança o valor de P nos informará se podemos ou não rejeitar 
a hipótese nula. 
o P > 0,05 = Hipótese nula é mantida. 
o P < 0,05 = Hipótese nula é rejeitada, em um intervalo de confiança de 95%. 
 
OBJETIVOS 
 
1. Conhecer os testes de hipótese 
2. Diferenciar o Erro tipo 1 e o Erro tipo 2 
3. Compreender a relação do nível de significância com o teste de hipótese e entender o valor de P 
4. Conceituar o que é intenção de tratar e compreender a sua importância nos ensaios clínicos 
 
Comentário: Foco em testes de hipótese (o que é hipótese nula, hipótese alternativa, curva, distribuição)