Prévia do material em texto
Q Hemostasia – está relacionada em manter o equilíbrio entre os processos de hemorragia e trombose. Manter o controle dos Fatores de coagulação e fibrinolíticos. Q Hemorragia – está associada a perda de sangue, ocorre alguma lesão no vaso – para evitar que isso aconteça existem os Fatores de coagulação que irão impedir que aconteça uma hemorragia – se eles não forem controlados – pode ser formado um coágulo e promover uma trombose – podendo levar a uma embolia, obstrução de vasos, etc. Q Trombose – está associada com a “fabricação” de trombos para prevenir as hemorragias, porém se não forem retirados depois da cicatrização podem gerar problemas – para que isso não ocorra existem os Fatores fibrinolíticos. – que irão digerir os trombos formados. Porém se esses fatores forem exagerados, pode gerar uma hemorragia no animal. Produção das plaquetas: Q Megacariopoiese P Proliferação e maturação de megacariócitos P Ocorre na Medula óssea P O megacariócito pode permanecer na medula óssea ou migrar para outros tecidos – principalmente: pulmões e baço. P Tpo – Trombopoietina (depende desse hormônio para que ocorra) P A Tpo é produzida pelos: Hepatócitos, epitélio tubular renal e células estromais da medula óssea P Produção basal de megacariócitos – independe de Tpo, quando ocorre uma carência de megacariócitos/plaquetas, a Tpo irá começar a ser secretada. Quando se tem vários megariócitos/plaquetas ele irá destruir a Tpo – parando a produção e voltando para o basal – feedback negativo. Q Trombopoiese P Formação de plaquetas a partir dos megacariócitos e distribuição para a circulação sanguínea. P Ocorre na Medula óssea, baço, pulmões e fígado P Também depende da Tpo P Produção basal de plaquetas – mesmo sem a Tpo P Destruição de Tpo por megacariócitos e plaquetas – voltando a produção basal Cinética de plaquetas Q Produção (medula óssea/baço/pulmão/fígado) Consumo (principalmente em casos de coagulação ou processos inflamatórios) Destruição (por substâncias ou agentes) Redistribuição (remanejamento de algum órgão para a corrente sanguínea). Função plaquetárias Q Reparar danos vasculares – lesão do endotélio vascular Tampão plaquetário – impedir de perder sangue para o interstício, impendem a hemorragia. Q Inflamação e tratamento de feridas P Liberação de aminas vasoativas, citocinas e fatores de crescimento. – Mediadores de processos inflamatórios. Hemostasia Q Ocorre uma lesão vascular e está acontecendo a perda de sangue (hemorragia) mecanismos criados para parar esse processo. P 1ª Vasoconstrição, o vaso lesionado irá comprimir – diminuir a luz para diminuir a passagem de sangue. P 2ª Adesão plaquetária – “irão tampar” a lesão presente no vaso forma o Pugle hemostático primário – uma parede frágil, que pode ser destruída – “uma parede apenas de tijolos”. P 3ª Conversão de fibrinogênio em fibrina – “O cimento” que irá deixar a parede mais firme formando o Pugle Hemostático secundário (plaquetas + fibrina) P Deixar o Pugle hemostático durante muito tempo, pode causar problemas como obstrução do vaso, favorecer a deposição de gordura por isso precisa ser retirado para não causar problemas futuros. P 4º Fibrinólise – digestão do trombo (da fibrina e o resto das plaquetas – e tudo o que ficou preso pela fibrina) depois que o vaso já está recuperado/cicatrizado. Vasoconstrição Q Ocorreu uma lesão vascular – não deu tempo de depositar plaquetas Q Redução do lúmen vascular. Q Diminuição da permeabilidade vascular – perda menor de sangue Hemostasia primária Q Fator de Von Willebrand – precisa de uma lesão no vaso para que a proteína se ligue ao colágeno e plaqueta, fazendo a adesão plaquetária Q Ativação plaquetária – as plaquetas começam a se ligar ao fator de Von Willebrand e começam a mudar sua estrutura – adquirindo prolongamentos para aumentar a superfície de contato – fosfolipídio plaquetário. P ADP, Tromboxano A2 (substâncias que as plaquetas liberam quando ativadas) R Agregação plaquetária Q Plugue instável – se solta com facilidade. Hemostasia secundária Q Fatores de coagulação – várias proteínas Q Vias intrínseca, extrínseca e comum – caminhos que fazem os fatores de coagulação – culminando na via comum. Q Ativação da trombina conversão de fibrinogênio em fibrina (consegue se polimerizar, tendo várias fibrinas se ligando) Q Plugue estável – não solta fácil “casquinha da ferida”. Via intrínseca Q Auto-indução – qualquer substância com carga negativa faz com que ela seja atividade. Ex: Colágeno. Começa livre no vaso, não precisa de superfície para ser ativada. Q CAPM, PC e fator XII – são ativadas nessa via. Via extrínseca Q Fator tecidual – proteínas expressas por: P Células subendoteliais (Ex: células de músculos lisos) – precisa ocorrer uma lesão para que o sangue entre em contato com as proteínas expressas nas células extravasculares. Q Fator tecidual ativa o Fator VII ativando o fator X Via comum Q Começa com o Fator X Q Protrombina Trombina – ativa fator V e VIII, isso potencializa a via intrínseca e comum e a trombina irá converter o fibrinogênio. Q Fibrinogênio Fibrina – se adere as plaquetas e forma um plugue estável A carboxilação/síntese de II, VII, IX e X depende de vitamina K. As duas vias têm como o objetivo ativar o fator X. Q Há uma lesão no vaso, tem uma exposição de colágeno/região subendotelial isso ativa a via intrínseca as plaquetas irão se ligar ao colágeno a partir do fator de Von Willebrand (ele irá se ligar ao colágeno e se liga a plaqueta, onde possui um receptor para o fator de Von Willebrand), essa plaqueta faz adesão plaquetária e é ativa – começa a emitir projeções e aumenta sua superfície de contato (usada para agregar mais plaquetas e para que a fibrina possa ser formada) a plaqueta ativada libera substâncias (ADP) ele irá se ligar em um receptor de outra plaqueta a ativando, fazendo a agregação plaquetária e continuam secretando mais substâncias para que mais plaquetas se agreguem. formando o Plugue Hemostático primário Q Hemostasia secundário – agregação plaquetária completa irá ativar a via extrínseca (ativada pelo fator tecidual) vem o Fator VII que se liga ao fator tecidual ativa o fator X começando a via comum. O fator X ativado (com auxílio de Cálcio, fosfolípides plaquetários e o fator V) irão transformar a protrombina (fator II) em trombina A trombina lisa o fibrinogênio e o transforma em fibrina. Q Um complexo de fator X e V ativa várias trombinas formando várias fibrinas. Hemostasia terciária – Fibrinólise Q Hemorragia foi contida e o vaso cicatrizou – assim é necessário tirar o trombo do vaso (pois irá causar problemas) assim é necessário digerir o coágulo/trombo. Q Antitrombina P Se liga a Trombina, IXa e Xa – impede a ação dessas proteínas – freio na cascata de coagulação. P Heparina – aumento a afinidade da antitrombina com a trombina, inativando-a. P EDTA – quelante de cálcio, pode até formar tampões plaquetários, mas eles vão ser destruídos (hemostasia secundária). Q Proteína C P Va e VIIIa – inativam esses fatores. Q Plasminogênio Convertido em Plasmina – destrói tudo P Fibrina, fibrinogênio, Va, VIIIa, vW, CAPM P ⍺2-antiplasmina – frear a plasmina (pois ela destrói tudo se não for controlada). Q Macrófagos – fagocita o reto das células que ficaram depois da destruição do trombo. Testes de coagulação Tempo de Protrombina (TP) – usa o citrato de sódio como anticoagulante (quelante de cálcio reversível). Q Reação: Ca2+ + fosfolipídeos + fator tecidual + plasma do paciente Q Avalia os: Fatores VII, X, V, trombina e fibrinogênio. Q Observar como a Vias extrínseca e comum. Q Se o animal estiver normal – esse animal irá formar a fibrina, se ele não tiver outiver deficiência em alguns desses fatores não irá formar a fibrina ou irá demorar muito aumento do tempo de protrombina. Tempo de Tromboplastina Parcial ativada (TTPa) Q Fosfolipídeos + ativador de superfície (-) + plasma do paciente Q Avalia: PC, XII, XI, IX, VIII, X, V, trombina e fibrinogênio Q Observa as Vias intrínseca e comum. Q Se o animal tiver com deficiência em alguma das proteínas também não irá formar a fibrina. *Para saber qual via é o problema é necessário pedir os dois exames. Se apresentar problema nos dois exames é a via comum, se tiver problema só na TP é a via extrínseca e na TTPa é a via intrínseca. *Não são testes muito frequentes de ser utilizados, manualmente não são muito precisos, é necessário utilizar máquinas para ser preciso – coagulômetro. Tempo de sangramento Q Ferimento de 1 mm em pele lisa Q 1 a 5 min – o tempo para que o coágulo se forma, para que o sangramento pare Q Aumento do tempo para formação do coágulo – uma desordem na coagulação. Q Fenômeno de novo sangramento – desordem apenas na hemostasia secundária, para de sangrar e depois volta de novo, isso acontece porque não houve formação de fibrina para fazer o plugue estável – tem apenas a Hemostasia primária. Coagulopatias – desordens de coagulação Q Quantidade de plaquetas P Trombocitopenia < 30.000/μL <5.000/ μL – tem mais dificuldade de fazer a coagulação, porém isso vai acontecer em casos que isso for “desafiado” – cirurgias, cortes – normalmente não irá apresentar sangramentos espontâneos. Abaixo de 30mil pode ter sangramentos espontâneos (mas depende do animal também, podendo ter contagens mais baixas ainda) Q Adesão plaquetária P Doença de von Willebrand – as plaquetas não conseguem fazer a adesão adequadamente. Q Vitamina K e Cálcio – irão interferir na síntese de alguns fatores de coagulação (caso estejam em pequenas quantidades) P Rodenticidas – antagonistas de vitamina K – impedindo a coagulação. P Hepatopatias obstrutivas (bile) – necessário bile para adsorver as vitaminas K (lipossolúveis), se não estiver chegando bile, isso irá interferir na absorção e apresentar coagulopatias. P Síndrome de má absorção P Dieta pobre em Vitamina K P Hipocalcemia não é causa de hemorragia – hipocalcemia é algo muito raro de se encontrar – isso não está atrelado ao comprometimento na produção dos fatores de coagulação. Trombocitopenia – deficiências na quantidade de plaqueta Q Pseudotrombocitopenia – subestimar a contagem de plaquetas P Garrote – que demora muito, vai causando micro lesões no vaso. P Coleta de sangue mal feita ou demorada. P Homogeneização – demora para ser feita ou não é feita adequadamente. P Variação individual – formam aglutinados plaquetários com muita facilidade. P Medula óssea – sem alteração na medula (pois é uma Pseudotrombocitopenia) – as plaquetas estão lá e estão aglutinando. Causas verdadeiras de trombocitopenia Maior demanda Q Hemorragias P <30.000/μL (<5.000/μL) – hemorragias espontâneas P Hemorragia como causa da trombocitopenia – demanda grande para que estanque o sangramento. Q CID (coagulação intravascular disseminada) P Neoplasias P Picada de cobra P Endotoxemia Q Doenças infecciosas – destruíam as plaquetas, tendo uma maior demanda – podem gerar uma trombocitopenia imunomediada. P Leptospirose P Leishmaniose P Babesiose Q Trombocitopenia imunomediada – primária ou secundário a algumas doenças infecciosas. Q Hiperesplenismo /sequestro esplênico – ação exacerbada de baço (sequestrando as plaquetas) – o animal pode ficar saudável e quando ele precisa das plaquetas ele consegue usar, mas no sangue não tem muita plaqueta circulando. Ou nos casos de hiperesplenismo quando chega no baço as plaquetas são destruídas – precisando tirar o baço. Q Hiperplasia megacariocítica – em todos esses casos se observa isso na medula, porque quando a demanda é grande estimula a produção de mais plaquetas, Grande quantidade de megariócitos.. Falha na produção - Problemas na medula óssea: Q Mielofibrose Q Mieloftise – célula neoplásica invade a medula óssea, impedindo a produção de células. Q Quimioterápicos Q Hipoplasia/Aplasia medular P Hemoparasitoses P FIV/FeLV P Parvovirus canino P Outras parasitoses – leish, erliquia, etc. Q Hipoplasia megacariocítica – falta dos megariócitos Trombocitose – aumento no número de plaquetas 600.000 a 1.500.000/μL Q Fisiológica (contração esplênica) – ação de catecolaminas Q Vincristina/vinblastina – quimioterápicos que causam Trombocitose, porém são plaquetas afuncionais Q Processos inflamatórios Q Neoplasias Q Após hemorragias leves a moderadas Q Rebote TIM – a partir do tratamento, corticoide suprime, e tem vários megacariócitos jogando plaquetas na corrente sanguínea. Q DRC – para de produzir eritropoetina, mas ainda produz a Tpo – não produz mais hemácias e começa a produzir Tpo para tentar reduzir a anemia. Q Não está associada a trombose – depende de vários outros fatores para que tenha trombos. Trombocitemia (>1.500.000/μL) Q Leucemia megacariocítica P Morfologia alterada P Outras linhagens celulares na circulação Q Hiperplasia megacariocítica (medula e baço)