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Vírus - introdução

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Pontos Principais: 
• Um vírus é uma partícula infecciosa 
que se reproduz "comandando" uma célula 
hospedeira e usando o seu maquinário para 
fazer mais vírus. 
• Um vírus é composto por um genoma 
de DNA ou RNA dentro de uma cápsula 
proteica chamada capsídeo. Alguns vírus 
possuem uma membrana externa chamada 
de envelope. 
• Os vírus são muito variados. Eles 
podem ter diferentes formatos e estruturas, 
distintos tipos de genoma e infectar 
diferentes hospedeiros. 
• Os vírus se 
reproduzem contaminando suas células 
hospedeiras e reprogramando-as para se 
tornarem "fábricas" de fazer vírus. 
Introdução 
Os cientistas estimam que existem 
aproximadamente 10³¹. Isso é um 1 
com 31 zeros! Se você conseguisse de 
alguma forma alinhar todos os 10³¹ vírus, 
essa fila se estenderia por quase 200 anos-
luz no espaço. Em outras palavras, há mais 
de dez milhões de vírus a mais na Terra do 
que estrelas em todo o universo. 
Quer dizer que existem 10³¹ vírus 
esperando para nos infectar? Na verdade, a 
maioria desses vírus encontra-se nos 
oceanos, onde ataca bactérias e outros 
micróbios. Pode parecer estranho que uma 
bactéria possa ser infectada por um vírus, 
mas os cientistas acreditam que todo tipo 
de organismo vivo é provavelmente 
hospedeiro de pelo menos um vírus! 
O que é um vírus? 
O vírus é uma minúscula partícula 
infecciosa que só pode se reproduzir se 
infectar uma célula hospedeira. 
 
 
Os vírus "comandam" a célula hospedeira e 
usam seus recursos para produzir mais 
vírus, basicamente, reprogramando o 
hospedeiro para se tornar uma fábrica de 
vírus. Como eles não conseguem se 
reproduzir sozinhos (sem um hospedeiro), 
os vírus não são considerados seres vivos. 
Os vírus também não possuem células: eles 
são muito pequenos, muito menores que as 
células dos seres vivos. Eles são 
basicamente pacotes de ácido nucleico e 
proteína. 
Mesmo assim, os vírus têm algumas 
características importantes de células vivas. 
Por exemplo, eles têm genomas de ácido 
nucleico baseados no mesmo código 
genético usado nas suas células (e nas 
células de qualquer ser vivo). Ainda, como 
as células dos seres vivos, os vírus possuem 
variações genéticas e podem evoluir. 
Então, apesar de eles não se encaixarem na 
definição de vida, os vírus parecem estar em 
uma zona de "dúvida". (Talvez os vírus 
sejam, na verdade morto-vivos). 
 
Quais as diferenças 
entre vírus e 
bactérias? 
Apesar de ambos poderem nos deixar 
doentes, bactérias e vírus são muito 
diferentes biologicamente. Bactérias são 
pequenas e unicelulares, mas são 
organismos vivos que não dependem de um 
hospedeiro para se reproduzir. 
Por causa dessas diferenças, infecções 
bacterianas e virais são tratadas de forma 
diferente. Por exemplo, antibióticos só são 
úteis contra bactérias e não contra vírus. 
Bactérias também são bem maiores que os 
vírus. O diâmetro de um vírus típico é de 
cerca de 20-300 nanometros (1nm=10-9m). 
Isso é consideravelmente menor que uma 
bactéria E. coli, que tem um diâmetro de 
1000nm. Dezenas de milhões de vírus 
poderiam caber na cabeça de um alfinete. 
 
 
A estrutura de um vírus 
Existem muitos tipos diferentes de vírus no 
mundo. Eles variam muito em tamanho, 
formatos e ciclo de vida. 
Por outro lado, os vírus possuem sim 
algumas características em comum, que 
incluem: 
• Uma cápsula proteica protetora ou 
capsídeo 
• Um genoma de ácido nucleico feito 
de DNA ou RNA, dobrado dentro do 
capsídeo 
• Uma camada de membrada 
chamada de envelope (alguns, mas 
não todos os vírus) 
Vamos olhar mais de perto essas 
características. 
 
Capsídeo Viral 
O capsídeo, ou cápsula proteica, de um 
vírus é formado por muitas moléculas de 
proteínas (não apenas uma grande). As 
proteínas se juntam para formar unidades 
denominadas capsômeros, que juntas 
formam o capsídeo. As proteínas do 
capsídeo são sempre codificadas pelo 
genoma do vírus, ou seja, é o vírus (não a 
célula hospedeira) que fornece as 
instruções para a sua produção. 
 
Os capsídeos podem ter várias formas, mas 
normalmente, assumem um dos seguintes 
formatos (ou variação desses formatos): 
1. Icosaédrico – capsídeos icosaédrico 
possuem 20 lados e são nomeados 
com base no polígono de 20 lados 
icosaedro. 
2. Filamentoso – capsídeos 
filamentosos recebem esse nome 
por sua aparência linear e fina. 
Também podem ser chamados de 
cilíndricos ou helicoidais. 
3. Cabeça-cauda -Estes capsídeos são 
um tipo híbrido entre forma 
filamentosa e icosahédrica. Eles 
consistem basicamente de uma 
cabeça icosahédrica ligada a uma 
cauda filamentosa. 
 
Imagem modificada de "Non-enveloped 
icosahedral virus," "Non-enveloped helical virus," 
e "Head-tail phage," by Anderson Brito, CC BY-SA 
3.0. A imagem modificada está licenciada sob CC 
BY-SA 3.0. 
Envelope viral 
Além do capsídeo, alguns vírus têm também 
uma membrana lipídea externa que envolve 
todo o capsídeo, conhecida 
como envelope. 
Vírus com envelopes não fornecem 
instruções para os envelopes de lipídios. Em 
vez disso, eles "tomam emprestado" um 
pedaço das membranas hospedeiras em seu 
caminho para fora da célula. Os envelopes, 
no entanto, contêm proteínas que são 
especificadas pelo vírus, as quais, muitas 
vezes, ajudam as partículas virais a se 
ligarem às células hospedeiras. 
 
Imagem modificada de "Enveloped icosahedral virus," 
by Anderson Brito, CC BY-SA 3.0. A imagem 
modificada está licenciada sob CC BY-SA 3.0 
 
Apesar dos envelopes serem comuns, 
principalmente entre vírus de animais, não 
são todos os vírus que o possuem (ou seja, 
eles não são uma característica universal 
dos vírus). 
Genomas virais 
Todos os vírus possuem material genético 
(um genoma) feito de ácido nucleico. Você, 
como todas as outras vidas celulares, usa o 
DNA como seu material genético. Os vírus, 
por outro lado, podem usar tanto o RNA 
como o DNA, ambos dos quais são tipos de 
ácidos nucléicos. 
Muitas vezes pensamos no DNA como 
sendo de cadeia dupla e no RNA como 
sendo de cadeia única, já que normalmente 
isso é o que acontece em nossas células. 
Entretanto, os vírus podem apresentar 
todas as combinações possíveis de 
encadeamento e do tipo de ácido nucleico 
(DNA de cadeia dupla, RNA de cadeia dupla, 
DNA de cadeia única ou RNA de cadeia 
única). Os genomas virais também se 
apresentam em várias formas, tamanhos e 
variedades, embora sejam geralmente 
muito menores do que os genomas de 
organismos celulares. 
Curiosamente, os vírus de DNA e RNA 
sempre utilizam o mesmo código 
genético como células vivas. Se não fosse 
assim, eles não teriam como reprogramar as 
células hospedeiras! 
O que é uma infecção viral? 
No dia a dia, tendemos a pensar que a 
infecção viral é uma coleção desagradável 
de sintomas que sentimos quando pegamos 
um vírus, como o da gripe ou da catapora. 
Mas o que realmente ocorre no seu corpo 
quando você tem um vírus? 
Em uma escala microscópica, uma infecção 
viral significa que vários vírus estão usando 
suas células para fazerem mais cópias de si 
mesmo. O ciclo de vida do vírus é o 
conjunto de etapas em que o vírus 
reconhece e entra em uma célula 
hospedeira, "reprograma" o hospedeiro, 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Non-enveloped_icosahedral_virus.svg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Non-enveloped_icosahedral_virus.svg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Non-enveloped_helical_virus.svg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Head-tail_phage.svg
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Enveloped_icosahedral_virus.svg
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en
fornecendo instruções na forma de DNA ou 
RNA viral, e usa os recursos do hospedeiro 
para produzir mais vírus (o resultado do 
"programa" viral). 
Para um vírustípico, o seu ciclo de vida pode 
ser dividido em cinco grandes passos 
(apesar que os detalhes desses passos serão 
diferentes para cada vírus): 
 
1. Ligação. O vírus se liga ao receptor 
na superfície da célula. 
2. Entrada. O vírus entra na célula por 
endocitose. No citoplasma, o 
capsídeo se rompe, liberando o 
genoma de RNA. 
3. Replicação e expressão genética. O 
genoma de RNA é copiado (isto seria 
feito por uma enzima viral, não 
representada) e traduzido em 
proteínas virais usando um 
ribossomo hospedeiro. As proteínas 
virais produzidas incluem as 
proteínas do capsídeo. 
4. Montagem. Proteínas capsídicas e 
genomas de RNA juntam-se para 
formar novas partículas virais. 
5. Liberação. Ocorre a lise 
(rompimento) da célula, liberando 
as partículas virais, que podem 
então infectar outas células 
hospedeiras. 
O diagrama acima mostra como essas 
etapas podem ocorrer em um vírus com 
genoma de RNA de cadeia única. Você pode 
ver exemplos reais de ciclos de vida virais 
nos artigos sobre bacteriófagos (vírus que 
infectam bactérias) e vírus animais. 
 
Referências: 
Khanacademy/PlanetaBiologia.com

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