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Fundamentos de Enfermagem I

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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
FUNDAMENTOS DE 
ENFERMAGEM I
Olá! Meu nome é Gláucia Costa Degani, sou graduada em 
Enfermagem e mestre em Ciências pela Escola de Enfermagem 
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, onde iniciei 
os estudos relacionados à saúde do idoso, com a temática 
“traumatismos”. Atuei como enfermeira assistencial no setor de 
urgência/emergência clínica e traumática em um hospital geral 
de nível terciário. Atualmente, sou professora universitária no 
Claretiano – Centro Universitário de Batatais, em disciplinas 
como Fundamentos de Enfermagem, enfermeira assistencial 
em um Centro de Atenção à Saúde do Idoso e doutoranda pela Escola de Enfermagem 
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. É com muito prazer e disposição que 
venho compartilhar com você experiências e conhecimentos na área de enfermagem. 
Seja bem-vindo ao estudo de Fundamentos de Enfermagem I.
E-mail: glauciadegani@claretiano.edu.br
Meu nome é Rodrigo Guimarães dos Santos Almeida, sou 
bacharel e licenciado em Enfermagem pelo Claretiano – Centro 
Universitário, mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina 
da USP de Ribeirão Preto e, atualmente, doutorando pelo 
programa de Enfermagem Fundamental da mesma instituição. 
Desenvolvo pesquisas na área de ensino, simulação clínica e 
hemoterapia. Sou enfermeiro da Fundação Hemocentro de 
Ribeirão na unidade de Batatais. Espero poder colaborar na 
construção de seu conhecimento. Seja bem-vindo!
E-mail: rgclaretiano@gmail.com
Claretiano – Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
Gláucia Costa Degani
Rodrigo Guimarães dos Santos Almeida
Batatais
Claretiano
2015
FUNDAMENTOS DE 
ENFERMAGEM I
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma 
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o 
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação 
Educacional Claretiana.
CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia 
Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori 
Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia 
Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli • Simone 
Rodrigues de Oliveira
Revisão: Cecília Beatriz Alves Teixeira • Eduardo Henrique Marinheiro • Felipe Aleixo • Filipi Andrade de Deus 
Silveira • Juliana Biggi • Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni 
• Sônia Galindo Melo • Talita Cristina Bartolomeu • Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Eduardo de Oliveira Azevedo • Joice 
Cristina Micai • Lúcia Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • 
Tamires Botta Murakami • Wagner Segato dos Santos
Videoaula: Fernanda Ferreira Alves • José Lucas Viccari de Oliveira • Marilene Baviera • Renan de Omote 
Cardoso
Bibliotecária: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
 610.73 D361f 
 
 Degani, Gláucia Costa 
 Fundamentos de enfermagem I / Gláucia Costa Degani, Rodrigo Guimarães dos Santos 
Almeida – Batatais, SP : Claretiano, 2015. 
 234 p. 
 
 ISBN: 978-85-8377-446-4 
 
 1. Enfermagem. 2. Fundamentos de enfermagem. 3. Procedimentos técnicos de enfermagem. 
 4. Cuidados de enfermagem. 5. Enfermeiro. I. Almeida, Rodrigo Guimarães dos Santos. 
 II. Fundamentos de enfermagem I. 
 
 
 
 
 CDD 610.73 
 
 
 
 
 
 
 CDD 658.151 
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Introdução de Enfermagem I 
Versão: dez./2015
Formato: 15x21 cm
Páginas: 234 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS ............................................................................ 14
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE ............................................................... 19
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 20
5. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 20
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS 
ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E DESINFECÇÃO DE 
SUPERFÍCIES
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 23
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................ 24
2.1. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ..................................................................... 24
2.2. ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS E PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO 
DAS MÃOS ................................................................................................ 31
2.3. CALÇAR LUVA ESTÉRIL ............................................................................ 33
2.4. LIMPEZA DE UNIDADE E DESINFECÇÃO DAS SUPERFÍCIES .................. 36
2.5. LIMPEZA CONCORRENTE ........................................................................ 40
2.6. LIMPEZA TERMINAL ................................................................................ 44
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 49
3.1. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ..................................................................... 49
3.2. LIMPEZA DA UNIDADE ............................................................................ 49
3.3. CALÇAR LUVAS ESTÉREIS ........................................................................ 50
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 50
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 53
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 53
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 54
UNIDADE 2 – ARRUMAÇÃO DA CAMA OU PREPARO DO LEITO, HIGIENE 
CORPORAL E TIPOS DE BANHO E MOBILIDADE E 
POSICIONAMENTO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 59
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 59
2.1. ARRUMAÇÃO DA CAMA OU PREPARO DO LEITO ................................. 59
2.2. HIGIENE CORPORAL E TIPOS DE BANHO............................................... 69
2.3. MOBILIDADE E POSICIONAMENTO ....................................................... 81
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 95
3.1. ARRUMAÇÃO DA CAMAOU PREPARO DO LEITO ................................. 96
3.2. HIGIENE CORPORAL ................................................................................ 96
3.3. MOBILIDADE E POSICIONAMENTO ....................................................... 97
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 97
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 100
6. E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 100
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 100
UNIDADE 3 – SINAIS VITAIS ANTROPOMETRIA E ADMINISTRAÇÃO DE 
MEDICAMENTOS
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 105
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 105
2.1. SINAIS VITAIS ........................................................................................... 106
2.2. TEMPERATURA ........................................................................................ 107
2.3. ORAL ......................................................................................................... 110
2.4. AXILAR ...................................................................................................... 110
2.5. RETAL ........................................................................................................ 111
2.6. PULSAÇÃO OU PULSO ............................................................................. 114
2.7. RESPIRAÇÃO/VENTILAÇÃO ..................................................................... 119
2.8. PRESSÃO ARTERIAL ................................................................................. 124
2.9. ANTROPOMETRIA .................................................................................. 132
2.10. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ............................................... 135
2.11. VIA ORAL ................................................................................................ 142
2.12. VIA SUBLINGUAL ................................................................................... 146
2.13. VIA TÓPICA ............................................................................................ 148
2.14. VIA INALATÓRIA .................................................................................... 153
2.15. VIA PARENTERAL .................................................................................. 156
2.16. VIA INTRADÉRMICA (ID) ....................................................................... 158
2.17. VIA SUBCUTÂNEA (SC) .......................................................................... 163
2.18. VIA INTRAMUSCULAR (IM) ................................................................... 170
2.19. TÉCNICA INTRAMUSCULAR EM Z ........................................................ 175
2.20. VIA ENDOVENOSA (EV) ......................................................................... 181
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 191
3.1. TEMPERATURA ...................................................................................... 191
3.2. PULSO ....................................................................................................... 191
3.3. PRESSÃO ARTERIAL ................................................................................. 192
3.4. ANTROPOMETRIA ................................................................................... 192
3.5. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ................................................. 192
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 193
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 196
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 197
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 198
UNIDADE 4 – VENOPUNÇÃO, PREPARO DO CORPO E REGISTRO DE 
ENFERMAGEM
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 201
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ........................................................... 202
2.1. VENOPUNÇÃO ......................................................................................... 202
2.2. TERAPIA ENDOVENOSA .......................................................................... 209
2.3. CUIDADOS COM O CORPO PÓS-MORTE ............................................... 217
2.4. REGISTRO DE ENFERMAGEM ................................................................. 221
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 229
3.1. VENOPUNÇÃO ......................................................................................... 229
3.2. CUIDADOS PÓS-MORTE .......................................................................... 230
3.3. REGISTRO DE ENFERMAGEM ................................................................. 230
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 230
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 233
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 233
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 234
9
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Conteúdo 
A enfermagem e o cuidar abordados no contexto assistencial. 
Biossegurança. Enfoque para o aprendizado e a aplicação de 
procedimentos técnicos básicos de enfermagem baseados em 
sinais vitais nas necessidades humanas básicas, relacionados 
às necessidades de equilíbrio hidroeletrolítico, neurossensorial, 
segurança química, higiene, atividade física, sono e repouso, 
integridade física, psicossocial e psicoespiritual.
Bibliografia Básica
ATKINSON, L. D. O processo de controle ambiental. In: ______. Fundamentos de 
enfermagem: introdução ao processo de enfermagem. [Título original: Fundamentals 
of nursing. A nursing process approach]. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. Tradução Luciana Teixeira 
Gomes; Lucya Hellena Duarte; Maria Inês Correa Nascimento. 7. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2009. Tradução de: Fundamentals of nursing.
TAYLOR, C.; LILLIS, C.; LeMONE, P. Fundamentos de enfermagem: a arte e a ciência do 
cuidado de enfermagem. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
Bibliografia Complementar
ASSOCIATION FOR PROFESSIONALS IN INFECTION CONTROL AND EPIDEMIOLOGY – 
APIC. Infection control and applied epidemiology principles and practice. In: RUSSEL, 
N. O. Mosby Year Book. [S.l.:s.n.], 1996. 
CAVALCANTE, N. J. F. et al. Unidade de Terapia Intensiva. In: FERNANDES, A.T. Infecção 
Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde. Atheneu: São Paulo, 2000.
10 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
MORIYA, T.; MÓDENA, J. L. P. Assepsia e antissepsia: técnicas de esterilização. Ribeirão 
Preto: Medicina, 2008.
REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE. Estratégias para 
a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Rede Brasileira de 
Enfermagem e Segurança do Paciente. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2013. 
SMITH-TEMPLE, J. Guia para procedimentos de Enfermagem. Tradução Regina Garcez. 
4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Tradução de: Nurse’s guide to clinical procedures.
WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Guidelines on Hand Hygiene in Health Care. 
(Advanced Draft).Global Patient Safety Challenge 2005-2006: “Clean Care is Safer 
Care”, 2006.
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá 
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias 
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos, 
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento 
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de 
saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente sele-
cionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados em 
sites acadêmicos confiáveis. São chamados "Conteúdos Digitais Integradores" por-
que são imprescindíveis para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referên-
cia. Juntos, não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementa-
res) e a leitura de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, 
a densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de 
estudo obrigatórios, para efeito de avaliação.
11© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Prezado aluno, seja bem-vindo!
Estamos iniciando os estudos em Fundamentos de Enfer-
magem I, aqui você obterá as informações necessárias para o 
embasamento teórico da sua futura profissão. Os princípios, 
conceitos e técnicas abordados se constituem como essenciais 
para o aprendizado da Enfermagem. 
O que é Fundamentos de Enfermagem? 
Fundamentos de enfermagem é uma área do conhecimen-
to da enfermagem baseada em teorias e pesquisas, que oferece 
e define as justificativas das ações de enfermagem, ou seja, dos 
procedimentos técnicos. A execução dessas técnicas é funda-
mental para o processo do cuidado, e elas não devem ser reali-
zadas de forma mecânica, mas sim fundamentadas em conceitos 
teóricos que exigem o desenvolvimento de raciocínio crítico e 
reflexivo, principalmente no pensar do “por que e como fazer?”. 
Seu conteúdo é composto por conhecimentos técnico-
-científicos que exigirão a realização prática, seja em laboratório, 
seja em campo de estágio, ressaltando a importância da habi-
lidade do saber-fazer em enfermagem. A abordagem proposta 
nesta obra articula os princípios básicos da profissão, que vão 
sendo aprofundados gradativamente. A obra é composta por 
quatro unidades, cada unidade com três procedimentos técnicos 
de enfermagem. 
Na Unidade 1, abordaremos: as técnicas de higienização 
das mãos, o ato de calçar luvas estéreis, a limpeza de unidade e 
a desinfecção das superfícies. Tais procedimentos são de suma 
importância, principalmente no controle das infecções em am-
12 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
bientes assistenciais de saúde, como o hospital, uma vez que são 
nesses ambientes que estão os hospedeiros mais suscetíveis – os 
doentes e os micro-organismos mais resistentes. 
Segundo a portaria nº 2.616/98 do Ministério da Saúde, a 
infecção pode ser comunitária ou hospitalar. Infecção comunitária 
é aquela que é constatada no período de admissão ou que está 
incubada, não sendo relacionada com uma internação anterior. 
Essa infecção pode ter como fonte o próprio paciente, a equipe 
de saúde, os materiais hospitalares e o próprio ambiente. Sendo 
assim, a equipe de saúde, por interagir com todas as fontes, 
deve estar atenta à prevenção e ao controle de infecções, 
principalmente com relação à higienização das mãos, uma vez 
que os micro-organismos são levados facilmente de um paciente 
para outro, gerando uma infecção cruzada (BRASIL, 2003). 
Na Unidade 2, veremos sobre: arrumação da cama ou 
preparo do leito do paciente; higiene corporal e tipos de banho; 
e posicionamento e mobilidade do paciente. Tais técnicas são 
voltadas à assistência direta ao paciente, principalmente no 
sentido de lhe proporcionar conforto e bem-estar. 
A palavra “paciente” remete ao significado de um 
indivíduo doente, dependente e frágil. Atualmente, muitas 
instituições, principalmente privadas, têm optado por utilizar o 
termo “cliente”, uma vez que nem todo indivíduo dentro desse 
ambiente é paciente e por acreditar que o segundo termo 
descreve melhor a relação dos profissionais que vendem saúde. 
Nesta obra, será mantida a denominação paciente, porque ainda 
é dessa forma que a maioria dos profissionais se reporta ao 
receptor do cuidado.
A Unidade 3 trará as técnicas mais elaboradas, como: veri-
ficação de sinais vitais, antropometria e administração de medi-
13© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
camentos. A verificação de sinais vitais é o conjunto de técnicas 
utilizadas para verificar pressão arterial, pulsação, temperatu-
ra, frequência cardíaca e respiratória do paciente, por meio da 
avaliação profissional e de equipamentos como termômetro, 
esfigmomanômetro e estetoscópio. A realização desses proce-
dimentos de forma correta influencia diretamente na assistência 
do paciente, pois é pelos sinais vitais que as condutas médicas e 
de enfermagem são tomadas. A administração de medicamentos 
em enfermagem constitui-se no preparo, na dispensação e na 
administração de medicamentos ao paciente por meio de várias 
vias. Um medicamento administrado com algum tipo de erro po-
derá levar o paciente à morte; assim, esses procedimentos téc-
nicos estão entre os de maior responsabilidade da profissão de 
enfermagem. 
Na Unidade 4, trataremos de venopunção, do preparo do 
corpo do paciente pós-morte e do registro de enfermagem. A 
venopunção é uma sequência da administração de medicamen-
tos, sendo a punção de acesso venoso para a administração de 
medicamentos ou soroterapia. A assistência de enfermagem não 
termina com a morte do paciente. Após esse rito de passagem, o 
profissional de enfermagem realiza procedimentos importantes 
com o cadáver, atos simples, como a identificação correta, mas 
que podem evitar transtornos. E, por fim, abordaremos sobre 
o registro de informações, uma das importantes tarefas do pro-
fissional de enfermagem. O registro no prontuário traz informa-
ções do paciente e de toda a assistência prestada, juntamente 
com as intercorrências ocorridas durante a jornada de trabalho, 
denominando-se, assim, anotação de enfermagem. 
O registro de enfermagem é fundamental para a assistên-
cia do paciente, pois a equipe de enfermagem é composta pe-
los profissionais que permanecem com o paciente durante todo 
14 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
o período de internação, e por meio das suas anotações estão 
registrados todos os fatos ocorridos nesse período. Constitui-se 
em um documento de grande valor legal. 
Então, vamos iniciar este desafio? 
Convidamos você a percorrer as unidades de estudo, sem 
se esquecer da grande responsabilidade que terá de agora em 
diante: tornar-se enfermeiro(a)! 
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e 
precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí-
nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-
mento dos temas tratados.
1) Acesso fistulado: acesso através de uma fístula 
arteriovenosa.
2) Acesso venoso periférico: inserção de um dispositi-
vo agulhado ou flexível na veia do indivíduo em veias 
superficiais, geralmente em membros superiores ou 
inferiores. 
3) Antibióticos/antimicrobiano: substâncias produzidas 
por seres vivos ou por meio de síntese, capaz de des-
truir ou impedir a multiplicação de microrganismos 
(SANTOS, 2006, p. 30). 
4) Cadáver: qualquer organismo animal sem vida, espe-
cialmente humano (SANTOS, 2006, p. 47).
5) Cateter: tubo de plástico ou borracha para drenagem 
de líquidos de uma cavidade do corpo ou para admi-15© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
nistração de líquidos ou sangue no paciente (SANTOS, 
2006, p. 50). 
6) Central de material: unidade funcional destinada ao 
processamento de materiais dos serviços de saúde.
7) Comadre: urinol chato para doentes acamados (FER-
REIRA, 2004, p. 249). 
8) Complacência: benevolência, condescendência (FER-
REIRA, 2004, p. 249). 
9) Cuidado de enfermagem: ato de ajudar, preservar, 
guardar, conservar, apoiar, tomar conta de outros in-
divíduos, realizado por profissionais de enfermagem.
10) Curativo oclusivo: realizado após a limpeza da ferida 
e aplicações de medicamentos e é fechado ou ocluído 
com gaze ou atadura (SANTOS, 2006, p. 66).
11) Débito cardíaco: quantidade de sangue injetada pelo 
coração. Em condições normais gira em torno de qua-
tro a sete litros/minuto (SANTOS, 2006, p. 67).
12) Degermação: remoção ou redução das bactérias da 
pele seja por meio de limpeza mecânica ou química 
(SANTOS, 2006, p. 67).
13) Diálise: 1. Passagem de um soluto através de uma 
membrana. 2. Processo de difusão do sangue através 
de uma membrana semipermeável para remoção de 
materiais tóxicos e para manutenção do equilíbrio dos 
líquidos, eletrólitos e ácido básico, em casos de com-
prometimento da função renal ou ausência dos rins 
(SANTOS, 2006, p. 69).
14) Duplo lúmen: cateter de material sintético usado para 
acesso venoso com dois ramos, um proximal e outro 
distal.
16 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
15) Eletrólito: termo médico para os sais minerais, espe-
cificamente os íons. Os íons carregados eletricamente 
movem-se para outro eletrodo negativo ou positivo. 
16) Enfermagem: a arte ou função de cuidar dos enfermos 
(FERREIRA, 2004, p. 348). 
17) Ética: estudo dos juízos de apreciação referentes à 
conduta humana, do ponto de vista do bem e do mal. 
Conjunto de normas e princípios que norteiam a boa 
conduta do ser humano (FERREIRA, 2004, p. 383).
18) Estéril: livre de microrganismos vivos, que tem esterili-
dade (FERREIRA, 2004, p. 377). 
19) Exame físico: processo de examinar o corpo de um pa-
ciente para determinar a presença ou a ausência de 
problemas físicos (FERREIRA, 2004, p. 385). 
20) Fistula arteriovenosa: comunicação entre uma veia e 
uma artéria, podendo ser congênita ou adquirida. 
21) Fluxômetro: instrumento ou mecanismo utilizado na 
medição da velocidade de determinados gazes (FER-
REIRA, 2004, p. 411). 
22) Halitose: alteração do hálito que o torna desagradável, 
podendo significar ou não uma mudança patológica 
(FERREIRA, 2004, p. 446). 
23) Hamper: cesto com tampa.
24) Hemoterapia: ciência que estuda o tratamento de do-
enças utilizando o sangue.
25) Hospitalização: admissão e permanência em um esta-
belecimento hospitalar (FERREIRA, 2004, p. 457). 
26) Injetor lateral do equipo: membrana auto cicatrizante 
para administração de medicamentos/soluções.
17© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
27) Infecção: penetração e desenvolvimento ou multipli-
cação de um agente infeccioso no organismo de uma 
pessoa ou animal (inclusive vírus, bactérias, protozoá-
rios e helmintos) (SANTOS, 2006, p. 119).
28) Intracath: cateter central de curta permanência utili-
zado em terapias venosas em pacientes críticos que 
necessitem de infusão múltipla de soluções. 
29) Mastectomia: remoção da mama (SANTOS, 2006, p. 
129).
30) Medicamento/fármaco/medicação: emprego de 
agentes terapêuticos (substâncias) para atender a de-
terminada indicação patológica (FERREIRA, 2004, p. 
544). 
31) Microbiota: conjunto de microrganismos que habitam 
num ecossistema (FERREIRA, 2004, p. 253). 
32) Papagaio/urinol: vaso de vidro, metal ou plástico, feito 
de tal forma que os pacientes do sexo masculino pos-
sam urinar sem deixar o leito (SANTOS, 2006, p. 144).
33) PH: potencial hidrogeniônico, escala logarítmica que 
mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade 
de uma determinada solução (FERREIRA, 2004, p. 150). 
34) Pirogênica: reação que o organismo apresenta quando 
é invadido por endotoxinas – microrganismos (FERREI-
RA, 2004, p. 633). 
35) Prontuário: conjunto de documentos padronizados e 
ordenados, onde devem ser registrados todos os cui-
dados profissionais prestados ao paciente (FERREIRA, 
2004, p. 659). 
18 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
36) Procedimentos técnicos de Enfermagem: procedi-
mentos que exigem habilidades dos profissionais de 
enfermagem. 
37) Quimioterapia: a administração oral, intramuscular 
ou endovenosa de um agente químico específico para 
erradicar ou interromper a evolução de uma condição 
patológica específica no corpo, sem causar lesão irre-
versível do tecido sadio, amplamente usada no trata-
mento do câncer (SANTOS, 2006, p.155).
38) Raciocínio clínico: processos mentais envolvidos na 
avaliação do atendimento aos usuários dos sistemas 
de saúde.
39) Resistência vascular periférica: oposição dos vasos 
sanguíneos, que podem estar mais ou menos contra-
ídos ou dilatados, à circulação do sangue.
40) Salinização: ato de administrar solução salina (soro 
fisiológico 0,9%) pelo acesso venoso periférico para 
manter sua permeabilidade, em torno de 3ml.
41) Solução salina, ou SF0,9%: solução isotônica em rela-
ção aos líquidos corporais que contém 0,9%, em mas-
sa, de NaCl – cloreto de sódio, em água destilada, ou 
seja, cada 100ml da solução aquosa contêm 0,9 gra-
mas do sal. 
42) Soroterapia: administração de fármacos diluídos em 
soro ou água destilada (FERREIRA, 2004, p. 748). 
43) Serviços de saúde: local/centro do funcionamento dos 
sistemas de saúde de forma direta (consultas médicas, 
hospitalização) ou indireta (locais de realização de exa-
mes preventivos e diagnósticos). 
44) Termo de consentimento informado: documento que 
informa e esclarece o indivíduo sobre uma determina-
19© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
da pesquisa, de maneira que ele possa tomar sua de-
cisão de forma justa e sem constrangimentos sobre a 
sua participação (SANTOS, 2006, p. 162).
45) Tricotomizador: aparelho utilizado na raspagem pré-
-operatória dos cabelos e pelos de uma região do cor-
po (SANTOS, 2006, p. 163).
46) Tubo endotraqueal: material de plástico em formato 
cilíndrico utilizado para ventilação mecânica.
47) Unidade de Terapia Intensiva: estrutura hospitalar 
que se caracteriza como unidade complexa dotada de 
sistema de monitorização contínua que admite pacien-
tes potencialmente graves ou com descompensação 
de um ou mais sistemas orgânicos e que com o supor-
te e tratamento intensivos tenham possibilidade de se 
recuperar.
48) Viscosidade sanguínea: propriedade física do sangue 
caracterizada pela resistência de seu escoamento.
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE
O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos concei-
tos mais importantes deste estudo. 
20 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
FUNDAMENTOS DE 
ENFERMAGEM
Conhecimento 
Teórico
Higienização das 
mãos. 
Uso de luvas 
estéreis.
Limpeza da 
unidade. e 
desinfecção das 
superfícies.
Arrumação da 
cama ou preparo 
do leito.
Higiene corporal 
e tipos de banho.
Posicionamento e 
mobilidade.
Sinais vitais e 
antropometria.
Administração de 
medicamentos.
Higienização das 
mãos. 
Uso de luvas 
estéreis.
Limpeza da unida-
de. e desinfecção 
das superfícies.
Habilidade Raciocínio Clínico
Figura 1 Esquema de Conceitos-chave de Fundamentos de Enfermagem I.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANTOS, M. A. M. Terminologia em Enfermagem. São Paulo: Martiari, 2006. 
FERREIRA, A. B. H. Dicionário da língua portuguesa. Curitiba: Positivo, 2004. 
5. E-REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de 
Graduação em Enfermagem,Medicina e Nutrição. Parecer CNE/CES nº 1.133 de 
07 de agosto de 2001. Brasília, 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/
dmdocuments/ces1133.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015.
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. Tradução Luciana Teixeira 
Gomes; Lucya Hellena Duarte; Maria Inês Correa Nascimento. 7. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2009. Tradução de Fundamentals of nursing.
21
UNIDADE 1
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E 
REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA 
DE UNIDADE E DESINFECÇÃO DE 
SUPERFÍCIES 
Objetivos 
• Oferecer subsídios teóricos para que o aluno compreenda a prática da hi-
gienização das mãos.
• Oferecer subsídios teóricos para que o aluno compreenda como usar luvas 
estéreis.
• Oferecer subsídios teóricos para que o aluno compreenda a prática da lim-
peza de unidades e desinfecção de superfícies. 
Conteúdos 
• Cuidados para higienização das mãos com água e sabão, álcool e antissép-
tico e no calçar de luvas estéreis e descrição do procedimento técnico.
• Introdução aos Equipamentos de Proteção Individual – EPIs.
• Cuidados na limpeza da unidade e desinfecção de superfícies e descrição 
do procedimento técnico.
• Introdução aos conceitos de assepsia e antissepsia. 
22 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações 
a seguir:
1) Não se limite a este conteúdo: busque pelo conhecimento em outras fon-
tes e em páginas eletrônicas (sites) oficiais e/ou nas referências bibliográ-
ficas apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na moda-
lidade EaD, o engajamento pessoal é um fator determinante para o seu 
crescimento intelectual.
O conteúdo desta obra é fundamental para o exercício da enfermagem. 
Constitui-se de técnicas que exigirão treino prático, seja em laboratório ou 
campo de estágio. Porém, para realizá-las, o conhecimento teórico deve 
estar claro e compreendido. 
2) Assista aos vídeos disponíveis para obter ajuda na compreensão dessas 
técnicas. 
Tenha sempre à mão o significado dos termos citados no Glossário de Con-
ceitos e suas ligações pelo Esquema dos Conceitos-chave para o estudo 
de não apenas esta, mas de todas as unidades deste material. Isso poderá 
facilitar sua aprendizagem e seu desempenho. 
23© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
1. INTRODUÇÃO 
Vamos iniciar nossa primeira unidade de estudo. Você está 
preparado? 
Nesta unidade, serão apresentados alguns procedimentos 
técnicos de menor complexidade, porém de grande importância, 
principalmente na prevenção e controle de infecções. Não exis-
te nenhum procedimento mais eficaz nesse combate do que a 
higienização das mãos. Procure sempre realizar o procedimento 
corretamente, seja honesto consigo mesmo e tenha responsa-
bilidade pela vida do próximo. Quando houver falhas nos prin-
cípios assépticos dos procedimentos, não hesite em recomeçá-
-los, pois, sem dúvida, o material que será gasto novamente é 
bem menos dispendioso do que o tratamento de um processo 
infeccioso. 
Os conteúdos que estudaremos nesta obra foram embasa-
dos em algumas bibliografias básicas para a prática da enferma-
gem (ATKINSON, 1989; TAYLOR; LILLIS; LeMONE, 2007; POTTER; 
PERRY, 2009), as quais sugerimos a leitura na íntegra para me-
lhor compreensão e aprendizado. Outras referências que com-
plementaram esta obra estão devidamente citadas em seus pa-
rágrafos. Você observará que, ao longo de cada conteúdo, estará 
disposta, em quadros, a descrição do procedimento técnico para 
sua prática, seguida da respectiva justificativa. Para o momento, 
desejamos a você uma boa leitura! 
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. 
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone 
Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível 
de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo 
24 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
(Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a 
lista de vídeos.
•	 Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e 
selecione: Cuidando de quem cuida – Vídeos Complementares – 
Complementar 1. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA 
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-
cinta, os temas abordados nesta unidade. 
2.1. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A higienização das mãos é a forma individual mais simples 
e com menor gasto para se prevenir a propagação das infecções 
relacionadas aos cuidados em saúde (BRASIL, 2007). 
A principal via de transmissão de micro-organismos duran-
te a assistência de cuidados são as mãos, pois a pele constitui-se 
de um reservatório de microrganismos que podem se transferir 
de uma superfície para outra pelo contato direto (pele a pele) ou 
indireto, com objetos e superfícies contaminados (CENTERS FOR 
DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2002).
As mãos são constituídas de duas populações de microrga-
nismos: os pertencentes à microbiota residente e à microbiota 
transitória (ROTTER, 1999).
A microbiota residente é formada por microrganismos de 
baixa carga de virulência, como estafilococos, corinebactérias 
e micrococos, pouco relacionados às infecções causadas pelas 
mãos. É mais difícil de ser removida pela higienização das mãos 
com água e sabão, uma vez que coloniza as camadas mais in-
25© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
ternas da pele, os vincos que aí se prendem firmemente, sendo 
sua remoção possível pela forte fricção com escova. A microbio-
ta transitória tem sua colonização na camada mais superficial da 
pele, o que permite sua remoção por meio da higienização das 
mãos com água e sabão. É representada, tipicamente, pelas bac-
térias gram-negativas, como enterobactérias (exemplo: Escheri-
chia coli), bactérias não fermentadoras (exemplo: Pseudomonas 
aeruginosa), além de fungos e vírus (BRASIL, 2007). 
Setores como Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pos-
suem altas taxas de infecções e resistência aos antimicrobianos, 
pelo volume de trabalho, na presença de pacientes com maiores 
complexidades, pelos longos períodos de internação, maior rea-
lização de procedimentos invasivos e uso de antimicrobianos em 
larga escala (ASSOCIATION FOR PROFESSIONALS IN INFECTION 
CONTROL AND EPIDEMIOLOGY, 1996; CAVALCANTE et al., 2000).
O conteúdo a seguir, em grande parte, tem como base o 
material disponível pela Rede Brasileira de Enfermagem e Segu-
rança do Paciente (REBRAENSP, 2013) sobre a higienização das 
mãos.
A higienização das mãos consiste na sua lavagem por meio 
da aplicação de água corrente e sabonete líquido com ou sem 
antisséptico, seguida da fricção de uma mão contra a outra, em 
toda a sua superfície, por cerca de 40 a 60 segundos, seguida 
pelo enxague em água corrente e secagem em papel toalha não 
reciclado. Tem como finalidade a remoção da sujidade, suor, 
oleosidade, células descamativas e da microbiota transitória, di-
minuindo o potencial de transmissão de infecções pelas mãos 
(BRASIL, 2007). 
Todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde 
devem higienizar suas mãos ao manter contato direto ou indi-
reto com os pacientes, ao manipular medicamentos, alimentos 
26 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVERLUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
e material estéril ou contaminado (WORLD HEALTH ORGANIZA-
TION, 2006).
É importante estar atento ao uso de adornos (anéis, pulsei-
ras, relógio de pulso, comprimento das unhas, unhas artificiais), 
pois eles não permitem uma eficaz higienização das mãos. O re-
lógio de pulso atualmente está sendo substituído pelo relógio de 
bolso, por oferecer menos risco de contaminação. A utilização 
de esmaltes de cor escura prejudica a visibilidade de sujidade 
nas unhas, e a integridade do esmalte é fundamental. Para uma 
higienização correta das mãos, água, sabão, papel toalha e o po-
sicionamento da pia são indispensáveis, além da técnica correta. 
Como já mencionado, as mãos podem ser higienizadas 
através da utilização de água e sabão, preparação alcoólica e an-
tisséptico (BRASIL, 2007). A utilização de um determinado pro-
duto depende das indicações descritas a seguir: 
Uso de água e sabão 
Indicação: Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou fo-
rem contaminadas com sangue e outros fluidos corporais.
Antes do contato com o paciente;
Antes da realização de procedimentos assépticos;
Após risco de exposição a fluidos corporais;
Após contato com o paciente;
Após contato com áreas próximas ao paciente 
Nesse sentido, exemplificando: ao iniciar seu trabalho, antes e 
após ir ao banheiro, antes e após as refeições, antes do preparo 
de alimentos e antes do preparo e manipulação de medicamen-
tos (BRASIL, 2007, p. 12). 
No Quadro 1, descreveremos o procedimento da higieni-
zação da mãos.
27© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
Quadro 1 Descrição do procedimento de higienização das mãos 
com água e sabão. 
ANTES DO PROCEDIMENTO JUSTIFICATIVA
Permanecer em posição confortável pe-
rante a pia, sem encostar nela.
Evitar uma posição desconfortável, não 
deixando que a roupa seja molhada du-
rante a realização da técnica.
Conferir a presença de sabão ou antissép-
tico e papel toalha. Evitar o gasto de tempo e movimento.
Retirar adornos. Dificultar a deposição de microrganismos.
Dobrar os punhos do vestuário, se 
necessário.
Evitar molhar a roupa. Expor a área a ser 
lavada.
DURANTE O PROCEDIMENTO
Abrir a torneira. Permitir a vazão da água.
Molhar as mãos com cuidado para não 
respingar e evitar encostar-se à pia.
Facilitar a aplicação do sabonete e evitar 
a contaminação, como também molhar a 
roupa.
Aplicar cerca de 3 a 5ml de sabonete lí-
quido na palma de uma das mãos.
O sabonete líquido tem menor chance de 
contaminação e auxilia na remoção de 
sujidade.
Ensaboar adequadamente as mãos e evi-
tar desperdício.
Iniciar os movimentos de fricção na se-
guinte ordem:
Palma das mãos – ensaboá-las, friccio-
nando-as entre si, com movimentos cir-
culares e os dedos fechados.
Dorso e interdigitais – posicionar a palma 
de uma das mãos sobre o dorso da outra 
mão. Os dedos das duas mãos estarão 
abertos e deslizando uns contra os ou-
tros. Em seguida, inverter a posição das 
mãos.
Sulcos interdigitais – posicionar a palma 
de uma das mãos sobre a palma da ou-
tra mão. Os dedos das duas mãos estarão 
abertos friccionando o sulco interdigital.
Seguir a ordem proposta, a fim de evitar 
o esquecimento de alguma área.
Remover os microrganismos que colo-
nizam as camadas superficiais da pele, 
assim como o suor, a oleosidade e as 
células mortas, retirando a sujidade pro-
pícia à permanência e à proliferação de 
microrganismos.
Duração da técnica inteira: 1 a 2 minutos.
28 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
Articulações – esfregar o dorso dos dedos 
dobrados de uma mão com a palma da 
mão oposta, segurando os dedos com 
movimentos de vaivém. Em seguida, in-
verter a posição das mãos.
Polegares – abraçar o polegar com a 
palma da mão oposta, deslizando-a no 
sentido proximal-distal, em movimento 
circular. Em seguida, inverta a posição 
das mãos.
Polpas digitais – juntar todas as pontas 
dos dedos de uma mão e friccioná-las 
contra a palma da mão oposta, fechada 
em concha, fazendo movimento circular. 
Em seguida, inverter a posição das mãos.
Punhos – movimento circular ao redor de 
ambos os punhos, realizado com a palma 
da mão oposta.
Abrir a torneira utilizando o cotovelo. Evitar recontaminação e permitir a vazão da água.
APÓS O PROCEDIMENTO
Enxaguar as mãos. Remover o sabão e evitar irritação causa-da por ele.
Pegar papel toalha descartável.
As mãos devem ficar bem secas, por isso, 
pegue mais papel se duas folhas não fo-
rem suficientes.
Enxugar as mãos. Secar as mãos para evitar recontaminação.
Desprezar o papel toalha amassado na 
lixeira para resíduos comuns.
Isso diminui o volume de lixo, promo-
vendo um local limpo e consciência 
ambiental. 
Fonte: adaptado de Potter e Perry (2009, p. 656).
Uso de preparação alcoólica 
Indicação: higienizar as mãos com preparação alcoólica (álcool 
70% em gel) entre 20 a 30 segundos de fricção, mas só é eficaz 
quando as mãos não apresentam sujidades visíveis. Quando 
ocorre a lavagem das mãos utilizando água e sabão não é ne-
cessária a utilização da preparação alcoólica, porém é neces-
29© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
sário esperar que as mãos sequem. É recomendado o uso de 
preparação alcoólica em todas as situações descritas a seguir:
• Antes do contato com o paciente, para proteção do indiví-
duo, evitando a transmissão de micro-organismos prove-
nientes das mãos do profissional de saúde.
• Exemplos: exames físicos (verificação de pulso, pressão ar-
terial, temperatura corporal); contato físico direto (mudan-
ça de decúbito). 
• Após contato com o paciente, com superfícies e objetos 
imediatamente próximos ao paciente.
• Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular 
dispositivos invasivos.
• Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos 
que não requeiram preparo cirúrgico (BRASIL, 2007, p. 13).
Uso de antissépticos
Quanto à indicação do uso de antissépticos na higienização 
das mãos, é importante abranger os conceitos de antissepsia e 
assepsia:
Antissepsia é o conjunto de medidas realizadas para inibir o 
crescimento de micro-organismos ou removê-los de um deter-
minado ambiente, podendo ou não destruí-los. É realizada atra-
vés da utilização de antissépticos ou desinfetantes. 
Assepsia é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir 
a penetração de micro-organismos num ambiente que está li-
vre de micro-organismos capazes de causar infecção (MORIYA; 
MÓDENA, 2008, p. 265).
Vale mencionar que os antissépticos mais comuns são a 
clorexidina (4%) e os compostos de iodo (0,5-1,0%).
30 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
Indicação: para os casos de precaução de contato a pacien-
tes portadores de microrganismos multirresistentes em casos de 
surtos. Assim, o uso de antissépticos na higienização das mãos 
visa reduzir a concentração da flora residente e promover um 
efeito persistente e residual (BRASIL, 2007).
A diferença entre os três assépticos é que o álcool não apre-
senta efeito residual e sua velocidade de ação é rápida; a clorexi-
dina (4%) apresenta efeito residual e raras reações alérgicas, com 
velocidade de ação intermediária; já os compostos de iodo (0,5 
- 1%) podem causar queimaduras na pele, são irritantes quando 
usados na higienização antisséptica das mãos e têm a velocidade 
de ação intermediária (BRASIL, 2007).
Apesar do conhecimentopela equipe de saúde sobre a 
importância da higienização das mãos, alguns profissionais não 
a realizam, e os motivos apontados são o difícil acesso à pia, o 
conhecimento deficiente da importância desse procedimento, o 
excesso de trabalho, que não permite tempo hábil para sua re-
alização, e problemas como a dermatite irritativa, uma doença 
inflamatória da pele causada pelos antissépticos. 
Sabendo disso, o enfermeiro deve colaborar para a pro-
moção do conhecimento sobre a importância da higienização 
das mãos e fornecer meios para que sua equipe a realize com 
eficácia.
Com as leituras propostas no tópico Higienização das 
mãos, recomendamos que você acesse o Videoaula Bloco 1 e 
consolide seu aprendizado. Antes de prosseguirmos para o pró-
ximo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar 
o conteúdo estudado.
31© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
2.2. ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS E PREPARO PRÉ-
-OPERATÓRIO DAS MÃOS
Há também outras formas específicas de remover micror-
ganismos de forma mais agressiva, com a antissepsia cirúrgica 
das mãos ou preparo pré-operatório das mãos. No entanto, esse 
conteúdo será abordado em momento oportuno.
Apenas para introduzir o assunto, esse procedimento é 
realizado pela equipe cirúrgica ou na realização de procedimen-
tos invasivos, pois visa remover a sujeira, a oleosidade da pele e 
os microrganismos transitórios das unhas, mãos e antebraços, 
além de reduzir a contagem da flora residente até o mais próxi-
mo possível de zero e deixar um resíduo antimicrobiano na pele 
para evitar novo crescimento dos micróbios durante várias horas.
Define-se pela aplicação de água corrente e sabonete lí-
quido com antisséptico (PVPI ou clorexidina), seguida da esco-
vação das unhas e fricção de uma mão contra a outra e contra 
os antebraços em toda a superfície, entre três e cinco minutos, 
seguida pelo enxague em água corrente e secagem com com-
pressa estéril.
Indicação: esse procedimento é realizado no pré-operató-
rio, antes de qualquer procedimento cirúrgico pela equipe cirúr-
gica e antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: 
inserção de cateter intravascular central, punções, drenagens de 
cavidades, instalação de diálise, entre outros (BRASIL, 2007).
Antes de finalizarmos este conteúdo e iniciarmos o próxi-
mo, há que se falar sobre os equipamentos de proteção indivi-
dual, ou EPIs, que são materiais utilizados pela equipe de saú-
de para evitar a contaminação para si própria. São exemplos de 
EPIs: avental, máscaras ou respiradores, óculos de proteção e 
32 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
luvas para executar o cuidado com o paciente, proporcionando 
segurança para infecções para o profissional.
Mas quando devemos utilizá-los? Sempre na presença de 
sangue, sêmen, secreções vaginais, leite materno, fluidos cere-
brospinais, sinoviais, pleurais, peritoneais, pericárdicos e amnió-
tico, fezes, secreções nasais, catarro, suor (com sangue), lágri-
mas, urina e vômitos. 
Por exemplo: os aventais permitem não sujar ou contami-
nar nossa roupa no cuidado com o paciente, atuando como uma 
barreira protetora. Porém, a abertura do avental deve ser para 
trás e pode ser de plástico ou tecido. Deve-se trocá-lo a cada 
plantão e caso apresente sujidade ou esteja molhado. 
As máscaras podem ser simples ou com filtro (tipo N95 ou 
respirador N95) e respirador com filtro de ar em partículas, de 
alta eficiência (HEPA). As primeiras têm uso único e devem ser 
trocadas quando umedecidas. Já aquelas com filtro devem ter 
cuidado com sua conservação e integridade, pois permitem mais 
de um uso e proteção aos aerossóis, partículas suspensas no ar 
e que percorrem longas distâncias. Inalação de gotículas: movi-
mentação até 90cm. Não devem ser colocadas no pescoço.
Os óculos servem para a proteção ocular e são usados 
quando houver procedimentos que geram respingos ou borrifos.
As luvas podem ser de procedimento ou estéreis, e ambas 
não substituem a higienização das mãos, pois possuem micro-
furos e um talco em seu interior que podem servir de contami-
nação. Ambas também são estéreis, porém, as luvas de proce-
dimentos vêm em caixas com diversos pares em conjunto e, ao 
abri-las, são expostas aos microrganismos do ambiente, perden-
do, assim, sua esterilidade. Já as luvas estéreis se apresentam 
33© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
em pares e são preparadas especificamente para procedimentos 
assépticos, além de terem um modo de uso peculiar. Sobre elas 
falaremos em breve.
As luvas devem ter o descarte adequado, em lixo hospita-
lar, não sendo necessárias quando não houver contato com lí-
quidos corporais. Por exemplo: ao virar o paciente, alimentação, 
verificar sinais vitais, troca de soros; desde que não estejam pre-
sentes contatos potenciais com líquidos corporais.
O uso das luvas deve ser restrito ao quarto, não devendo, 
ao utilizar-se delas, sair pelos corredores dos serviços de saúde, 
escrever no prontuário, usar o teclado ou atender telefone. 
As luvas previnem a contaminação das mãos dos profissio-
nais de saúde e ajudam a reduzir a transmissão de patógenos. 
Entretanto, elas podem ter microfuros ou perder sua integridade 
sem que o profissional perceba, possibilitando a contaminação 
das mãos. Para se evitar o ressecamento das mãos, algumas ins-
tituições recomendam a aplicação de creme hidratante diaria-
mente (CCIH-HCFMRP, 2012).
2.3. CALÇAR LUVA ESTÉRIL
O procedimento de calçar um par de luvas estéreis requer 
a técnica correta para se evitar a contaminação da luva e, conse-
quentemente, dos materiais e tecidos que estão sendo subme-
tidos ao seu contato. Elas devem ser utilizadas quando houver a 
necessidade de manipular áreas ou artigos isentos de contami-
nação. Dentro do ambiente hospitalar, são exemplos de procedi-
mentos em que se utilizam luvas estéreis: cirurgias, entubação 
orotraqueal, punção de acesso central, curativos extensos, den-
tre outros. 
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UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
Podem ser encontradas nos tamanhos 6.0, 6.5, 7.0, 7.5, 
8.0, 8.5, 9.0 ou nos tamanhos P, M ou G; essa variação ocorre de 
acordo com o fabricante. 
Algumas considerações são importantes nesse procedi-
mento. Umas delas é que, sempre antes de calçar a luva estéril, 
é preciso realizar a higienização das mãos. Outra consideração 
é que existem pessoas que são alérgicas ao látex, talco ou pó 
de amido de milho, esses indivíduos devem utilizar luvas espe-
ciais. Uma vez contaminada a luva por técnica errada, sempre a 
descarte e refaça o procedimento novamente. O Quadro 2 traz 
a descrição passo a passo da técnica de calçar luvas estéreis. É 
importante notar que, ao final do procedimento, para descalçá-
-la, também é necessário seguir algumas instruções.
Quadro 2 Descrição do procedimento de calçar luva estéril. 
ANTES DO PROCEDIMENTO JUSTIFICATIVA
Retirar anéis, pulseiras e relógios.
Facilitar/assegurar o procedimento, 
como também manter a integridade das 
luvas.
Higienizar as mãos. Prevenir infecção hospitalar.
Verificar o prazo de validade do pacote 
das luvas e o número apropriado para as 
suas mãos.
Assegurar a esterilidade do procedimento.
Abrir o pacote contendo o par de luvas 
a partir do local indicado para abertura.
Evitar a contaminação do material e fa-
cilitar o manuseio das luvas para serem 
colocadas nas mãos.
Retirar o envelope contendo luvas doinvólucro externo e colocá-lo sobre uma 
superfície limpa e seca.
Manter a integridade e a esterilidade do 
material.
Segurar nas bordas do envelope com o 
indicador e o polegar de ambas as mãos, 
expondo as luvas.
Facilitar a visualização e a realização do 
procedimento. 
DURANTE O PROCEDIMENTO
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DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
Identificar a luva direita e esquerda. Cal-
çar a luva da mão dominante primeiro. Facilitar o manuseio.
Levantar a luva a ser calçada com a mão 
não dominante, fazendo uma pinça com 
o polegar e indicador e tocando somen-
te na parte interna da luva (dobra do 
punho).
Assegurar a esterilidade do material.
Afastar-se do campo estéril. Assegurar a esterilidade do material.
Calçar a luva com a palma da mão do-
minante voltada para cima e os dedos 
unidos, mantendo a distância do campo 
estéril, do próprio corpo e de qualquer 
fonte de contaminação que possa conta-
minar a parte externa da luva.
Assegurar a esterilidade do material.
Colocar os dedos da mão enluvada (exce-
to o polegar) na parte interna da dobra 
do punho da segunda luva, expondo sua 
abertura.
Assegurar a esterilidade do material.
A palma da 2ª mão deve estar voltada 
para cima. Assegurar a esterilidade do material.
Desfazer a dobra do punho com os dedos 
unidos e tocando somente na parte inter-
na da dobra do punho.
Assegurar a esterilidade do material.
Ajustar as luvas.
Assegurar a esterilidade do material, 
como também permitir maior destreza 
manual.
RETIRAR LUVAS
Manter as luvas contaminadas com os 
dedos voltados para baixo. Evitar contaminação.
Com os dedos da mão menos contami-
nada segurar a face externa do punho da 
luva da mão oposta.
Evitar contaminação.
Tracionar a luva para retirá-la da mão, 
virando-a pelo avesso e prendendo-a na 
mão que ainda está enluvada.
Evitar contaminação.
Introduzir os dedos da mão desenluvada 
na face interna do punho da outra mão. Evitar contaminação.
Tracionar a luva com o mesmo movimen-
to anterior, retirando-a de forma que 
uma luva permaneça dentro da outra e o 
lado contaminado para dentro.
Evitar contaminação.
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DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
APÓS O PROCEDIMENTO
Desprezar as luvas em local/recipiente 
adequado. Proporcionar biossegurança.
Higienizar as mãos. Evitar contaminação.
Fonte: adaptado de Potter e Perry (2009, p. 678).
Essa técnica pode parecer complicada de início, porém, 
com a sua utilização no dia a dia, torna-se um procedimento fácil 
e rápido. 
Com as leituras propostas no tópico Calçar luvas estéreis, 
recomendamos que você acesse a Videoaula Bloco 2 e consolide 
seu aprendizado. Antes de prosseguirmos para o próximo assun-
to, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo 
estudado. 
2.4. LIMPEZA DE UNIDADE E DESINFECÇÃO DAS SUPERFÍCIES
Falaremos agora sobre a limpeza de unidade e desinfec-
ção das superfícies dos serviços de saúde. Essa limpeza difere 
daquela que habitualmente estamos acostumados a realizar em 
nossas casas, pois a limpeza da unidade tem o objetivo essencial 
de evitar a propagação de infecção.
Limpeza hospitalar é o processo de remoção de sujidades 
do ambiente, materiais e equipamentos, por meio da aplicação 
e ação de produtos químicos, ação física, aplicação de tempera-
tura ou combinação de processos. Ao realizar a limpeza hospi-
talar, pretende-se proporcionar aos usuários um ambiente com 
menos carga de contaminação possível, contribuindo na redução 
da possibilidade de transmissão de infecções (TORRES; COVAS, 
2008). 
No ambiente hospitalar, as paredes, janelas, portas e tetos 
pouco tem relação com a transmissão de infecção, no entanto, a 
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DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
limpeza dessas áreas deve ser estabelecida periodicamente, de 
acordo com a área hospitalar em que se encontram e sempre 
que houver sujidade visível (MOTA; RAMOS; SOUZA, 2012). 
As responsabilidades na limpeza do ambiente dos servi-
ços de saúde dividem-se entre a equipe de limpeza e higiene e 
a equipe de enfermagem. No geral, a depender da rotina da ins-
tituição, é de responsabilidade da equipe de higiene e limpeza 
a limpeza de pisos, paredes, teto, mesas, telefones etc., ficando 
para a equipe de enfermagem a responsabilidade da limpeza e 
desinfecção de equipamentos e artigos relacionados à assistên-
cia do paciente (bombas de infusão, monitores, aspiradores, co-
madre, bacias, leito etc.).
Os materiais utilizados em ambientes hospitalares são:
• Álcool.
• Compostos fenólicos.
• Cloro inorgânico (hipoclorito).
• Cloro orgânico, pó ou pastilha (clorocide).
• Quaternário de amônio.
Álcool
• Indicações: para mobiliários em geral.
• Cuidados: pode causar ressecamento de plásticos e 
borrachas.
Deve-se realizar a fricção por 30 segundos.
Compostos fenólicos
• Indicações: para desinfecção de superfícies fixas e mo-
biliários em geral.
38 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
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DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
• Cuidados: não usar em berçários e áreas de contato 
com alimentos; evitar contato com a pele ou mucosas, 
pois são tóxicos e poluentes ambientais. 
Cloro inorgânico (hipoclorito)
• Indicações: desinfecção ou descontaminação de super-
fícies fixas.
• Cuidados: é corrosivo sobre metais e tecidos; não deve 
ser associado a detergentes.
Concentração de 1% com tempo de exposição de 10 
minutos.
Cloro orgânico, pó ou pastilha (clorocide)
• Indicações: descontaminação de superfície com matéria 
orgânica; para desinfecção, utilizar diluição.
• Cuidados: é corrosivo para metais e tecidos.
Para descontaminação, use a concentração entre 1,8% e 
6%, com tempo de exposição de 10 minutos.
Quaternário de amônio
• Indicações: superfícies fixas e mobiliário; áreas de ali-
mentação e berçário.
• Cuidados: pode sofrer inativação na presença de maté-
ria orgânica.
Para descontaminação, use a concentração de 2% a 3%, 
com tempo de exposição de 10 minutos.
39© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
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DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
O processo de limpeza dentro do ambiente hospitalar pode 
ser: limpeza concorrente, limpeza terminal, limpeza imediata e 
limpeza de manutenção.
Logo mais, você poderá compreender melhor cada uma 
delas. Mas, antes, para a limpeza da unidade, alguns princípios 
devem ser seguidos, como, por exemplo, executar a limpeza e a 
desinfecção sempre com luvas de procedimento. O procedimen-
to deve ser realizado com movimentos amplos e em um único 
sentido, seguindo o princípio do local mais limpo para o mais 
contaminado, colocando sempre a superfície já limpa sobre ou-
tra superfície limpa, substituindo a água sempre que necessário 
e envolvendo a parte interna e externa das superfícies (na mesa 
de cabeceira).
Na Figura 1, você encontra um fluxograma da higiene das 
superfícies hospitalares:
40 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
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DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
SUPERFÍCIE COM 
MATÉRIA ORGÂNICA
SUPERFÍCIE SEM
MATÉRIA ORGÂNICA
DESINFECÇÃO
APLICAR O DESINFETANTE 
NA ÁREA CONTAMINADA
LIMPEZA
APLICAR ÁGUA E SABÃO 
EM TODA ÁREA
LIMPAR COM ÁGUA E SABÃO 
O RESTANTE DA ÁREA
ENXAGUAR AS SUPERFÍCIES
SECAR AS SUPERFÍCIES
SUPERFÍCIES HOSPITALARES
Figura 1 Fluxograma da limpeza de superfícies hospitalares.2.5. LIMPEZA CONCORRENTE
A limpeza concorrente é aquela limpeza realizada com 
mais frequência, ou seja, 
[...] é o processo de limpeza realizado diariamente em dife-
rentes dependências: unidade do paciente, piso de quartos e 
enfermarias, corredores, saguões, instalações sanitárias, áreas 
administrativas, etc. (COREN/SP, 2010, p. 2). 
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DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
É um procedimento de limpeza realizado de forma perió-
dica em todas as áreas dos estabelecimentos de saúde, com o 
objetivo de retirar sujidades visíveis, organizar o ambiente e re-
por materiais de consumo (BRASIL, 2010). Geralmente, o serviço 
de enfermagem realiza a limpeza concorrente de mobiliários do 
paciente, e o serviço de higiene e limpeza, de pisos, unidade sa-
nitárias, corredores, saguões etc. 
Com a limpeza concorrente da unidade, espera-se que o 
ambiente se mantenha limpo e ordenado, que diminua a propa-
gação de infecções e promova um leito confortável e seguro ao 
paciente.
Antes de iniciar o procedimento propriamente dito, é ne-
cessário planejar a ação, a fim de economizar tempo e efetuar a 
técnica da melhor forma possível. Então, você, ao realizá-la, deve 
avaliar as condições dos objetos, equipamentos e mobiliários, 
pois, caso necessitem de reparos, esse será o momento opor-
tuno para verificar a integridade dos equipamentos. Da mesma 
forma, colchões rasgados devem ser substituídos.
Considerações especiais 
• Considerar a porção central do leito como a mais 
contaminada.
• Realizar movimentos simples em um único sentido. 
• Evitar sujar as áreas limpas.
• Trocar a água sempre que necessário.
• Utilizar dois baldes ou bacias e dois panos (um para 
água ensaboada e outro para água limpa).
Avalie a necessidade de remoção de matéria orgânica e 
resíduos aparentes, antes do início da técnica. Avalie, também, 
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DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
a necessidade de produtos de limpeza padronizados pela insti-
tuição em que for atuar. Quando houver pertences do paciente 
esquecidos, deve-se recolher, identificar e entregar ao serviço 
responsável pela devolução.
Para operacionalizar a limpeza concorrente da unidade, a 
equipe de enfermagem necessita de:
Materiais 
• 2 bacias ou recipientes próprios para serem utilizados 
na limpeza.
• 1 hamper.
• Água e sabão líquido neutro ou álcool a 70%, a depen-
der da rotina da instituição.
• Panos de limpeza.
• 1 par de luvas de procedimento.
• Equipamentos de proteção individual (luvas, máscara, 
avental, óculos), se necessário.
O Quadro 3 explica o passo a passo da limpeza concorrente:
Quadro 3 Descrição do procedimento de limpeza concorrente.
ANTES DO PROCEDIMENTO JUSTIFICATIVA
Higienizar as mãos. Reduzir a transmissão de microrganismos.
Reunir o material. Organizar o trabalho, economizar tempo e evitar desgastes físicos desnecessários.
Explicar aos demais clientes que 
estiverem na unidade de internação o 
que será feito.
Evitar a ansiedade.
Abrir portas e janelas. Manter o ambiente arejado.
43© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
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DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
Verificar o que pertence à unidade do 
cliente onde será realizada a limpeza 
concorrente: mesa de cabeceira, cadeira, 
cama (colchão, grades e cabeceiras), 
escadinha de acesso ao leito, suporte de 
soro, campainha e régua de gases.
Planejar a ordem da limpeza.
DURANTE O PROCEDIMENTO
Calçar as luvas de procedimento. Proteger as mãos.
Soltar, retirar a roupa de cama e colocá-
la no hamper, exceto o impermeável, 
evitando movimentos bruscos.
Para serem recolhidas pelo serviço de 
lavanderia.
Trocar luvas de procedimento, se 
necessário. Proteger as mãos.
Realizar a limpeza pela mesa de cabeceira, 
seguida da mesa de refeição, suporte de 
soro, travesseiro e cama.
Iniciar a limpeza pela mesa de cabeceira, 
mergulhar o pano no balde com água 
e sabão, torcer e limpar, utilizando 
movimentos firmes num só sentido, do 
mais limpo para o mais sujo, do distal 
para o proximal, evitando sujar áreas já 
limpas.
Se utilizar o pano umedecido em 
sabão/desinfetante, em seguida deve 
ser passado um pano umedecido com 
água para a remoção desse sabão/
desinfetante.
Evitar espalhar sujeira e proporcionar 
uma melhor organização do trabalho.
Evitar a contaminação do mais sujo para 
o mais limpo.
Mergulhar o pano no balde com água e 
sabão, torcer e limpar um dos lados do 
travesseiro, colocando o lado já limpo 
sobre a mesa de cabeceira limpa e 
proceder à limpeza do outro lado.
Evitar espalhar sujeira e proporcionar 
uma melhor organização do trabalho.
Evitar a contaminação do mais sujo para 
o mais limpo.
Abrir o impermeável sobre o colchão e 
limpar a parte exposta; dobrar ao meio, 
limpar parte superior exposta.
Evitar espalhar sujeira e proporcionar 
uma melhor organização do trabalho.
Virar a área limpa do impermeável sobre 
a área limpa do travesseiro, limpar o 
outro lado. 
Evitar espalhar sujeira e proporciona uma 
melhor organização do trabalho.
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DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
Realizar a limpeza da metade superior 
do colchão em sentido único e amplo, 
inclusive suas laterais, da cabeceira para 
o centro.
Evitar espalhar sujeira e proporcionar 
uma melhor organização do trabalho.
Limpar a metade inferior do colchão, 
inclusive face lateral, dos pés para o 
centro.
Evitar espalhar sujeira e proporcionar 
uma melhor organização do trabalho.
Limpar grades e cabeceira. Evitar espalhar sujeira e proporcionar uma melhor organização do trabalho.
APÓS O PROCEDIMENTO
Reunir material. Reorganizar o ambiente.
Retirar luvas com técnica adequada. Impedir a contaminação do ambiente.
Recompor a unidade. Reorganizar o ambiente.
Descartar o material em local apropriado, 
utilizando as luvas de procedimento, se 
for necessário.
Propiciar um ambiente limpo.
Higienizar as mãos. Evitar a contaminação.
Proceder à arrumação do leito aberto.
Fonte: adaptado de Motta (2003, p. 78).
Ao terminar esse procedimento, espera-se que a prolifera-
ção de microrganismos tenha diminuído. E, enfim, apresentare-
mos a limpeza terminal.
Com as leituras propostas no tópico Limpeza da unidade, 
recomendamos que você acesse a Videoaula Bloco 7 e conso-
lide seu aprendizado. Antes de prosseguirmos para o próximo 
assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o 
conteúdo estudado. 
2.6. LIMPEZA TERMINAL
Limpeza terminal é o ato de limpar completamente uma 
área hospitalar. É realizada na unidade do paciente quando o lei-
to é desocupado totalmente por ele, como, por exemplo, após 
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DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
sua alta hospitalar, transferência, óbito ou nas internações de 
longa duração (programada – a cada 15 dias, áreas críticas) (YA-
MAUSHI et al., 2000 apud BRASIL, 2010).
Nesse tipo de limpeza, deve-se utilizar máquinas específi-
cas para a lavagem de pisos. Ele inclui a limpeza de paredes, teto, 
painel de gases, equipamentos, todos os mobiliários: camas, col-
chões, macas, mesas de cabeceira, mesas de refeição, armários, 
bancadas, janelas, portas, luminárias, filtros e grades de ar con-
dicionado (YAMAUSHI et al., 2000 apud BRASIL, 2010). 
Em geral, a equipe de enfermagem realiza apenas a limpe-
za do mobiliário do paciente, ficando para a equipe de higiene e 
limpeza a responsabilidadepela limpeza de pisos, janelas e teto. 
Porém, há variações nessas responsabilidades, e cada instituição 
tem seu protocolo a ser seguido.
Os materiais, como comadres e papagaios, em grande par-
te das instituições, são encaminhados à central de material para 
desinfecção. Como mencionado anteriormente, deve-se seguir 
as recomendações da instituição.
Para sua realização, são necessários os seguintes materiais:
Materiais
• 2 bacias/baldes ou recipientes próprios para serem uti-
lizados na limpeza.
• Hamper.
• Água e sabão líquido neutro, a depender da rotina da 
instituição.
• Panos de limpeza.
• 1 par de luvas de procedimento não estéreis.
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DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
• Equipamentos de proteção individual (luvas, máscara, 
avental, óculos), se necessário.
• Papel toalha.
• Escadinha.
No Quadro 4 é apresentada a descrição da limpeza de uni-
dade terminal.
Quadro 4 Descrição da técnica de limpeza de unidade terminal.
ANTES DO PROCEDIMENTO JUSTIFICATIVA
Higienizar as mãos. Reduzir a transmissão de microrganismos.
Reunir o material.
Organizar o trabalho, economizar 
tempo e prevenir desgastes físicos 
desnecessários.
Abrir portas e janelas. Manter o ambiente arejado.
Encaminhar o copo e a moringa/jarro de 
água para a copa. Se necessário, calçar 
luvas de procedimento.
Para realizar lavagem e/ou desinfecção.
DURANTE O PROCEDIMENTO
Calçar as luvas de procedimento. Proteger as mãos.
Levar os objetos de uso individual do 
cliente (comadre, papagaio), bem como 
frascos de oxigênio, ar comprimido e 
vácuo para o expurgo.
Para lavagem e/ou desinfecção.
Utilizar EPIs necessários (luvas de 
procedimento, óculos, máscara, avental).
Proteger o profissional, minimizando o 
risco por contato com sangue e outros 
fluidos corpóreos.
Soltar, retirar a roupa de cama e colocá-
la no hamper, exceto o impermeável, 
evitando movimentos bruscos.
Para serem recolhidas pelo serviço de 
lavanderia.
Trocar luvas de procedimento, se 
necessário. Proteção das mãos.
Afastar a cama da parede e travar as 
rodas, deixando espaço suficiente para se 
realizar a limpeza ao redor.
Facilitar a execução da tarefa.
47© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
Utilizar a técnica de dois baldes/bacias/
recipientes, sendo um com água + sabão/
desinfetante e outro somente com água 
para o enxágue.
Trocar a água dos recipientes quando 
necessário. Para facilitar a atividade, 
colocá-los sobre a escadinha forrada com 
papel toalha.
Facilitar a execução da tarefa.
Cumprir o princípio de assepsia, iniciando 
a limpeza do local menos contaminado 
para o mais contaminado, de cima para 
baixo, do fundo para frente e de dentro 
para fora, em sentido UNIDIRECIONAL.
Evitar a contaminação da área já limpa.
Iniciar a limpeza pela parede (régua de 
gazes, campainha), suporte de soro, 
mesa de cabeceira e cadeira. 
Utilizar primeiro um pano umedecido em 
sabão/desinfetante, em seguida, passar 
um pano umedecido com água para 
remoção do sabão/desinfetante.
Trocar a água e o pano sempre que 
necessário.
Evitar espalhar sujeira e proporcionar 
uma melhor organização do trabalho.
Evitar a contaminação do mais sujo para 
o mais limpo.
Limpar um dos lados do travesseiro, 
colocando o lado já limpo sobre a mesa 
de cabeceira limpa e proceder à limpeza 
do outro lado.
Evitar espalhar sujeira e proporcionar 
uma melhor organização do trabalho.
Evitar a contaminação do mais sujo para 
o mais limpo.
Abrir o impermeável sobre o colchão e 
limpar a parte exposta; dobrar ao meio, 
limpar parte superior exposta.
Virar a área limpa do impermeável sobre 
a área limpa do travesseiro, limpar o 
outro lado. 
Realizar a limpeza da metade superior 
do colchão em sentido único e amplo, 
inclusive suas laterais, da cabeceira para 
o centro.
Limpar a metade inferior do colchão, 
inclusive a face lateral, dos pés para o 
centro.
48 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
Dobrar o colchão ao meio (quando for 
possível) em direção aos pés da cama, 
limpando a parte exposta do colchão.
Ou deslizar o colchão para os pés da 
cama.
Evita espalhar sujeira e melhor 
organização do trabalho.
Limpar a cabeceira, a grade, molas/
estrado da cama.
Colocar sobre o colchão limpo o 
impermeável e o travesseiro.
Fazer a limpeza de todos os pés (suporte 
soro, mesa de cabeceira, cadeira, cama).
Tirar os baldes/recipientes de água da 
escadinha e colocá-los no chão; forrar o 
chão com papel toalha.
Após colocar os baldes/recipientes no 
chão, fazer a limpeza da escadinha.
APÓS O PROCEDIMENTO
Reunir material e encaminhá-lo ao local 
apropriado. Reorganizar o ambiente.
Retirar luvas com técnica adequada. Impedir a contaminação do ambiente.
Recompor a unidade. Reorganizar o ambiente.
Higienizar as mãos. Evitar a contaminação.
Colocar o aviso de realização da técnica 
(realizada a limpeza terminal, data, hora 
e nome do profissional).
Evitar a contaminação.
Fonte: adaptado de Motta (2003, p. 78).
Com as leituras propostas no tópico Limpeza da unidade, 
recomendamos que você acesse a Videoaula Bloco 3 e consolide 
seu aprendizado. Antes de prosseguirmos para o próximo assun-
to, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo 
estudado. 
Da mesma forma como ocorre na limpeza concorrente, 
na limpeza terminal da unidade espera-se que a proliferação de 
microrganismos tenha diminuído e que o próximo paciente que 
seja admitido receba a unidade confortável, limpa e organizada.
49© FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES
Os dois últimos tipos de limpeza são a limpeza imediata e 
a de manutenção. A primeira ocorre mediante intercorrências, 
por exemplo: quando cai sangue no chão, o que inicialmente se 
deve fazer é realizar a descontaminação, para, em seguida, ini-
ciar a limpeza concorrente ou terminal. Já a limpeza de manuten-
ção se trata daquela realizada no decorrer do turno de trabalho, 
onde se tem a coleta de resíduos e a reposição de materiais. 
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
Os Conteúdos Digitais Integradores são a condição neces-
sária e indispensável para você compreender integralmente os 
conteúdos apresentados. 
Os textos indicados a seguir apresentam alguns aspectos 
relacionados aos assuntos que abordamos no decorrer desta 
unidade. 
3.1. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
• REZENDE, K. C. A. D. et al. Adesão à higienização das 
mãos e ao uso de equipamentos de proteção pessoal 
por profissionais de enfermagem na atenção básica 
em saúde-doi: 10.4025/cienccuidsaude. Disponível em: 
<http://eduem.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSau-
de/article/view/15204>. Acesso em: 24 jun. 2015.
3.2. LIMPEZA DA UNIDADE
• DOS SANTOS, N. D. V. et al. Avaliação da limpeza terminal 
em uma unidade para pacientes portadores de microrga-
50 © FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
UNIDADE 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, CALÇAR E REMOVER LUVAS ESTÉREIS, LIMPEZA DE UNIDADE E 
DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES 
nismos multirresistentes. Disponível em: <http://www.
seer.ufrgs.br/hcpa/article/download/37024/25665>. 
Acesso em: 24 jun. 2015. 
3.3. CALÇAR LUVAS ESTÉREIS
• GAMA, C. S. Avaliação da adesão a medidas para a pre-
venção de infecções do sítio cirúrgico e efetividade da 
utilização de luvas cirúrgicas estéreis em um hospital 
universitário. Disponível em: <http://www.enf.ufmg.br/
pos/defesas/795M.PDF>. Acesso em: 24 jun. 2015.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Mediante

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