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Filme Um Golpe do Destino - Saúde Coletiva

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Faculdade de Medicina Nove de Julho 
 Análise do filme: “Um Golpe do Destino” 
 SCAPS – Profa Rosana e Prof. Vinícius 
 
 
 
 
1.Por que lhe trouxeram novas compreensões sobre a prática médica? Quais? 
Por diversos momentos do filme analisei que faltou um cuidado integrativo, como por exemplo, 
um profissional de saúde mental para dar suporte a situação dos pacientes. Além disso, a 
empatia do serviço pelos funcionários de maneira geral, profissionais de saúde envolvidos no 
atendimento do paciente Jack Mackee faria uma diferença enorme no sentimento do paciente 
que se sentiria acolhido para enfrentar o processo da doença sobretudo em uma dimensão 
existencial. 
 
2. Por que te emocionaram, trouxeram algum tipo de sentimento? Procure descrever 
que emoções e sentimentos foram esses. 
Muitas vezes na vida, esquecemos de cuidar de nós mesmos. Como foi o caso de Jack 
Mackee que trabalhou muito com uma rotina muito exaustiva de cirurgião e não tinha tempo 
para se dedicar a sua família e até olhar para si mesmo, ter um autocuidado a não ser dedicar-
se ao hospital. Além disso, Jack Mackee não tratava seus pacientes de maneira cuidadosa e 
carinhosa era um médico muito frio, não se preocupava com a vulnerabilidade do paciente em 
torno da situação que ele estava vivendo, e então ele vivencia essa situação por outros 
médicos, é colocado na posição de paciente e sente que é importante o médico acolher o 
paciente inclusive de maneira emocional. 
 
3. Por que te fizeram refletir sobre outros aspectos de uma ideia, conceito, modelo de 
saúde? 
O fato de Jack Mackee fazer piada com seus pacientes, a maneira fria e distante que ele lida 
com as dores de seus pacientes. Às vezes, não nos importamos com o que o próximo quer se 
expressar, pois estamos atarefados demais, como era o caso do cirurgião. Devemos 
principalmente, quando recebemos atitudes rudes, refletir os gestos com o próximo “Estou 
tendo uma atitude agradável para receber essa atitude?” A superioridade médica em ver o 
mundo achando que pelo fato de ser médico o faria melhor do que qualquer outra pessoa. 
O menosprezo por parte médica é muito forte no filme e me fez refletir porque esse tipo de 
atitude acontece até hoje por parte médica se escolhemos essa profissão para cuidar do 
próximo, acolher o próximo, tratar a doença física e acolher a dor mental. 
Com todo menosprezo vivenciado pelo Jack Mackee, ele começou a dar atenção a sua 
família, algo que antes era muito fria e insensível. Teve a oportunidade de conhecer a 
portadora do tumor maligno cerebral após aquela falta de respeito com a recepcionista, 
se deu a oportunidade de conhece-la, nesse momento ele percebe que seu problema era 
muito pequeno em relação ao dela e mesmo com todos os problemas que ela estava 
passando, ela ainda acreditava na vida, mesmo com pensamentos de suicídio no início do 
diagnóstico; sendo assim Jack Mackee notou com empatia é possível ajudar o próximo e ver 
o mundo de uma forma leve e positiva, e que essa atitude pode melhorar muito a vida de 
alguém. 
 
 
5. O que você entende por humanização, a partir da história mostrada no filme? 
Ter humanização começa pela relação médico-paciente, se conectar com o paciente, ser 
simpático, humilde, generoso, se preocupar comas questões emocionais do paciente, desde 
uma cicatriz como no caso do Jack Mackee que não tinha essa empatia com o paciente diante 
de uma cicatriz pós operatório. Ser um profissional que respeita todos os funcionários do 
ambiente que trabalha sem menosprezar ninguém, dar um bom dia, agradecer, se preocupar 
com o indivíduo como uma pessoa que também tem seus problemas de vida. Além disso, 
acredito que se faz necessário um suporte da equipe médica de maneira integral para tratar o 
paciente como um todo e não como uma parte. Por exemplo: se houvesse um atendimento 
mais humanizado no que tange o psicológico em todo processo da doença o paciente já se 
sente acolhido e forte. Um profissional disposto a tratar e também a acolher, ouvir a angústia, 
ouvir a ansiedade, o medo da morte trataria o paciente de forma humanizada atuando em um 
atendimento também fora da doença sem diminuir seu sofrimento. 
Uma cena de deshumanização que me marcou foi quando o Jack Mackee reflete ao colega: 
“Um dia você terá um diagnostico como eu tive e será um paciente como eu estou sendo”. 
Outra cena que serve de transformação da humanização foi quando um grupo de médicos 
informou ao Jack Mackee que tinha um “ terminal“ ao invés de referir-se ao nome da pessoa, 
no quarto 1314, quando ele escutou esse termo grosseiro em que seu colega se referiu ao 
paciente Jack Mackee rebate e faz um reflexão muito importante “no momento em que ele 
ainda respirar quer dizer que ainda existe uma vida deitado naquela cama de hospital, portanto 
não seria o “terminal” do quarto 1314”. Outra situação de humanização é quando o Jack 
Mackee faz uma reunião com a equipe e os profissionais que usaram este termo para se 
referir ao paciente são orientados a vestir um avental hospitalar e deitar-se na cama de 
hospital, onde naquele momento cada um seria uma doença, e os próprios médicos 
receberiam cuidados da equipe médica, se alimentariam da comida do próprio hospital para 
que os mesmos refletissem nos termos que utilizariam ao referir-se aos pacientes que 
recebem os cuidados dos mesmos, sendo essas atitudes médicas e da equipe muito 
desumanas, e insensíveis diante da dor do outro. Sabendo que os cuidados aquele paciente 
está completamente nas mãos desses profissionais, fazendo com que eles tenham mais 
respeito ao outro quando for se referir do estado clínico de seus pacientes. A humanização da 
instituição como todos que ali prestam serviços precisa ser cuidadosa e faz toda diferença na 
vida dos pacientes, acompanhantes e visitantes. É preciso saber respeitar a dor do outro e se 
colocar no lugar do outro, ter empatia e humanização é desde o primeiro cuidado.

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