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Módulo - Planejamento e Produção de Cursos de Educação à Distância | ESAB (Escola Superior Aberta do Brasil)

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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
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MÓDULO DE: 
PLANEJAMENTO E PRODUÇÃO DE CURSOS NA EDUCAÇÃO À 
DISTÂNCIA 
AUTORIA: 
ANA MARIA FURTADO 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
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Módulo de: PLANEJAMENTO E PRODUÇÃO DE CURSOS NA Educação ÀDISTÂNCIA 
Autoria: ANA MARIA FURTADO 
Primeira edição: 2008 
CITAÇÃO DE MARCAS NOTÓRIAS 
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes 
e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando 
tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos. 
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente a aplicação didática, beneficiando e 
divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização 
e direitos autorais. 
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas 
de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial. 
Todos os direitos desta edição reservados à 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
http://www.esab.edu.br 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
CEP: 29102-040 
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Apresentação 
A educação à distância vem se destacando dentro de um novo modelo globalizado de 
aprendizagem. 
Felizmente, hoje já podemos encontrar a maioria das pessoas com acesso a uma rede on-
line próximo de suas casas, em seus ambientes de trabalho e até mesmo em suas casas. 
Esta comodidade lhes trouxe também o benefício de realizar à distância um curso, o qual ela 
não frequentaria se fosse presencial – em horários tradicionais – por falta de tempo e 
dinheiro. 
Com a opção da Educação à distância, essas pessoas podem participar de cursos de 
graduação e pós-graduação oferecidos por instituições de grande reputação acadêmica, sem 
precisar sair de suas casas. 
Esses são pontos positivos da Educação à distância. Nós aqui no entanto, nos preocupamos 
em capacitar os futuros tutores e professores que utilizarão está nova modalidade, para que 
atendam as especificidades técnicas com o conhecimento de várias teorias científicas e, a 
utilização de uma metodologia que atenda as necessidades de nossos estudantes. 
Ao obter conhecimento adequado, o professor tutor pode dinamizar o seu planejamento 
criando situações de aprendizagem que atenda ao aluno e o faça interagir com o texto e 
através do mesmo. 
Os recursos são variados: textos, imagens, sons e gráficos que enriquecem o momento da 
aprendizagem. Precisamos então conhecer técnicas motivacionais para trabalhar com os 
alunos que ainda ficam distante das máquinas – por falta de conhecimento e prática. 
Os tutores e professores têm que ser apaixonados pelas palavras: conhecimento, 
investigação, descoberta e transformação. 
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Entramos no universo solitário dos olhos atentos dos alunos, e através dos textos expomos 
nossos conhecimentos técnicos e experimentais. Queremos mais. Queremos captar e 
perceber mesmo à distância, toda a transformação que o conhecimento pode operar. Para 
isso estamos completamente dispostos a nos dedicar a tão compensador trabalho: a arte de 
ensinar à distância. 
Objetivo 
Capacitar os alunos na produção de material para oferta de cursos de educação à distância. 
Ementa 
Educação à distância, o ambiente virtual de aprendizagem, dinâmicas e o procedimentos 
tecnológicos. A utilização do texto e do contexto definindo novas práxis pedagógicas. 
Estratégias na ação da formação deste novo educador. A avaliação e a proposta 
Sociointeracionista também serão contempladas neste módulo. 
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Sobre o Autor 
Mestre em Teologia com especialização em divindade pela Shalom Bíble College and 
Semínary e FAETESP- Toronto Canadá 
Licenciada em Pedagogia pelas Faculdades Integradas de São José dos Campos e 
Faculdade de Ciências Humanas 
Experiência em supervisão pedagógica e docência de ensino superior 
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SUMÁRIO 
 
UNIDADE 1 .............................................................................................................................. 9 
O conceito de Educação à distância ..................................................................................... 9 
UNIDADE 2 ............................................................................................................................ 13 
O Ambiente de Aprendizagem e a Dinâmica do Curso ....................................................... 13 
UNIDADE 3 ............................................................................................................................ 17 
Criando Situações de Aprendizagem Colaborativa ............................................................. 17 
UNIDADE 4 ............................................................................................................................ 22 
A Tecnologia e os Procedimentos de Ensino ...................................................................... 22 
UNIDADE 5 ............................................................................................................................ 26 
Interatividade Prática e Conceitual ...................................................................................... 26 
UNIDADE 6 ............................................................................................................................ 31 
O Editor de Texto na Escola ............................................................................................... 31 
UNIDADE 7 ............................................................................................................................ 36 
A Internet e o desenvolvimento humano. ............................................................................ 36 
UNIDADE 8 ............................................................................................................................ 40 
A Eficácia da mudança ........................................................................................................ 40 
UNIDADE 9 ............................................................................................................................ 44 
Realização de Projetos baseados em texto ........................................................................ 44 
UNIDADE 10 .......................................................................................................................... 47 
Estratégias na Ação da Formação do Professor ................................................................. 47 
UNIDADE 11 .......................................................................................................................... 51 
Sobre Nossos Papéis .......................................................................................................... 51 
UNIDADE 12 .......................................................................................................................... 55 
Roteiro Descritivo para o Plano de aula/unidade ................................................................ 55 
UNIDADE 13 .......................................................................................................................... 59 
Principais conceitos............................................................................................................. 59 
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UNIDADE 14 ..........................................................................................................................63 
Recursos visuais ................................................................................................................. 63 
UNIDADE 15 .......................................................................................................................... 66 
A Produção de Um Bom Visual ........................................................................................... 66 
UNIDADE 16 .......................................................................................................................... 69 
Gestão, Estrutura e Funcionamento de Cursos em EAD. ................................................... 69 
UNIDADE 17 .......................................................................................................................... 73 
Os recursos do ambiente em EAD ...................................................................................... 73 
UNIDADE 18 .......................................................................................................................... 76 
Técnicas de Motivação em EAD ......................................................................................... 76 
UNIDADE 19 .......................................................................................................................... 80 
Organização e Orientação para o estudo ............................................................................ 80 
UNIDADE 20 .......................................................................................................................... 84 
Técnicas das mensagens Subliminares .............................................................................. 84 
UNIDADE 21 .......................................................................................................................... 89 
Métodos de Avaliação ......................................................................................................... 89 
UNIDADE 22 .......................................................................................................................... 95 
Teoria e Prática Tutorial em EAD ........................................................................................ 95 
UNIDADE 23 .......................................................................................................................... 98 
Modelos de Cursos e a Arte da tutoria em EAD. ................................................................. 98 
UNIDADE 24 ........................................................................................................................ 102 
Experiência de Autonomia ................................................................................................ 102 
UNIDADE 25 ........................................................................................................................ 106 
Habilidades e Competências Essenciais na Tutoria ......................................................... 106 
UNIDADE 26 ........................................................................................................................ 110 
A Percepção e sua Importância ........................................................................................ 110 
UNIDADE 27 ........................................................................................................................ 114 
A Visão Periférica .............................................................................................................. 114 
UNIDADE 28 ........................................................................................................................ 118 
O Sentido da Aprendizagem na EAD ................................................................................ 118 
UNIDADE 29 ........................................................................................................................ 122 
A Proposta Sociointeracionista ......................................................................................... 122 
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UNIDADE 30 ........................................................................................................................ 126 
Glossário ........................................................................................................................... 126 
CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 133 
GLOSSÁRIO ........................................................................................................................ 135 
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 136 
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UNIDADE 1
Objetivo: Conhecer o novo conceito de educação, bem como apropriar-se da linguagem 
digital que vem sendo desenvolvida propondo novos paradigmas educacionais. 
O conceito de Educação à distância 
Trabalhar a formação de professores à distância traz para o formador, informações 
importantes sobre o processo de ensino e aprendizagem de pessoas adultas. 
Não se trata, é verdade, de adultos que estão iniciando uma aprendizagem qualquer, mas de 
pessoas com experiência profissional, com atitudes e hábitos consolidados e esquemas de 
ação desenvolvidos que lhes darão certa segurança/confiança no próprio trabalho. 
Dificilmente eles se questionam sobre a validade e adequação desses processos utilizados, 
até porque tiveram uma formação dirigida para o “ensinar” com a autoridade de quem sabe, 
antes que para o questionamento e a crítica que fazem do professor um eterno aprendiz. 
Nesse processo de formação à distância as manifestações dos alunos sob a forma de 
questionamentos ou argumentações evidenciam claramente muitas dessas impropriedades e 
lacunas que devem constituir objeto de análise e reflexão dos formadores. E para saná-las é 
preciso que a formação continuada seja vista à luz dos novos paradigmas educacionais. 
O fato de a comunicação realizar-se apenas pela escrita no ambiente de aprendizagem 
obriga os alunos a formularem o seu pensamento e as suas dúvidas de forma clara e 
objetiva, de modo que o formador possa auxiliá-los. Isso requer uma dinâmica de curso que 
favoreça o diálogo e ofereça oportunidade de os alunos manifestarem-se sem que se sintam 
constrangidos, daí a importância de se projetar o ambiente de aprendizagem em 
consonância com as intenções do formador e os objetivos do projeto de formação. 
Nosso propósito nesta unidade é oferecer algumas contribuições para o desenvolvimento de 
propostas de formação de professores em EAD, apoiando-nos em reflexões feitas sobre 
nossa participação em um curso de especialização promovido pelo Pro-Info e tendo como 
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objetivo iniciar os docentes em atividades de pesquisa. Para tanto, buscaremos explicitar a 
dinâmica do curso, dando especial ênfase ao processo de interação e ao significado que se 
procurou dar à mediação pedagógica. 
Explicitando o Conceito de Educação a Distância 
Mas, afinal, o que estamos chamando de Educação à Distância? De que forma a educação 
se beneficia com a utilização dessa modalidade de ensino? 
De um modo geral o que caracteriza a formação à distância é a separação física entre o 
aprendiz e o professor/formador, que se procura compensar com a utilização de técnicas 
especiais de comunicação. Entretanto, mais do que a distância geográfica há que se 
considerar a “distância pedagógica produzida pelo acesso limitado aos recursos educativos e 
pela dificuldade para o aprendiz de exercer uma influência direta sobre o desenvolvimento de 
sua experiência educativa”. 
Ao desenvolver essa ordem de raciocínio, pretendemos demonstrar que o aspecto principal 
da Educação à Distância reside na escolha dos recursos, na valorizaçãoque se dá às 
ferramentas disponíveis e também na possibilidade de o aprendiz ter uma participação mais 
efetiva no seu processo de aprendizagem. Nesse sentido, a utilização de princípios básicos 
do construtivismo pode se mostrar eficaz na medida em que as informações constituem 
apenas a base material para a construção do seu conhecimento. 
“Uma maneira particular de criar um espaço para gerar, promover e 
implementar situações em que os alunos aprendam. O traço distintivo da 
modalidade consiste na mediatização das relações entre os docentes e os 
alunos. Isso significa, de modo essencial, substituir a proposta de assistência 
regular à aula por uma nova proposta, na qual os docentes ensinam e os alunos 
aprendem mediante situações não convencionais, ou seja, em espaços e 
tempos que não compartilham”. (Litwin) 
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O fato de as relações aluno-professor serem mediatizadas pelo recurso tecnológico, 
conforme evidencia o conceito acima, não significa eliminar ou subestimar a interação 
pedagógica, mas de condicioná-la a um novo tipo de ambiente; e são os cuidados que se 
tem com esses dois elementos, interação e ambiente, que definem a qualidade da Educação 
á Distância. 
Talvez a principal característica dessa modalidade de ensino seja a flexibilidade, favorecendo 
especialmente o aprendiz, que tem liberdade para escolher o tempo e o espaço que mais lhe 
convém para estudar, bem como a escolha de materiais de aprendizagem além daqueles 
que lhe são disponibilizados. Em suma, rompe-se a rigidez e a formalidade presentes na 
escolaridade regular, permitindo-se ao aluno definir a amplitude do seu conhecimento. 
O caráter flexível pode ser visto ainda em termos da proposta, uma vez que ela permite 
ajustes constantes com base no feedback proporcionado pela interação, contrariamente à 
ideia da utilização de materiais autosuficientes e totalmente programados que minimizam a 
importância da interação. 
O que parece realmente significativo na Educação à Distância, e que permite qualificá-la 
enquanto processo efetivo de formação encontra-se na possibilidade de superação da 
distância geográfica por meio de recursos de comunicação e interação que aproximam o 
aprendiz do formador pelo “diálogo educativo”. Entretanto, este se faz dentro das limitações 
apresentadas pelo ambiente que pode ser mais ou menos rígido e estruturado. 
Se, por um lado, as condições estruturais do ambiente podem construir fatores restritivos e 
limitadores da interação, por outro, não se deve ignorar a importância que assume o 
formador na escolha dos meios e organização do ambiente de aprendizagem, de forma a 
torná-los compatíveis com os propósitos estabelecidos. Nesse sentido é a intenção do 
formador que faz a diferença e assegura a possibilidade de um “diálogo educativo”, a 
despeito da distância geográfica. 
Ocorre que muitas vezes a Educação à Distância é utilizada apenas com fins pragmáticos e 
rentáveis e, por isso, acaba desvirtuando-se ao propiciar cursos rápidos, facilitados, que 
abrangem grandes populações, sem os cuidados necessários para garantir a qualidade e o 
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reconhecimento social, daí o preconceito existente com relação a essa modalidade de 
ensino. 
Outro aspecto que merece destaque é o fato de o próprio estudante gerir seu processo de 
aprendizagem de acordo com o seu ritmo e a sua disponibilidade, o que contribui para o 
desenvolvimento da autonomia, em contraposição à dependência do professor, estabelecida 
no processo tradicional de ensino. Autores como Belloni mostram a complexidade do 
problema e fazem uma análise do tema de forma bastante interessante. 
A ênfase dada ao “caráter pedagógico da distância” representa um avanço nesses estudos, 
permitindo o estabelecimento de critérios adequados de análise e avaliação de experiências 
diversas sob o rótulo de “formação à distância”. 
Para aprofundamento da temática, recomendamos a leitura do artigo das Professoras 
Almeida e Silva, disponível abaixo:
https://www.scielo.br/pdf/er/nspe4/0101-4358-er-esp-04-00129.pdf
https://www.scielo.br/pdf/er/nspe4/0101-4358-er-esp-04-00129.pdf
 
 
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UNIDADE 2 
Objetivo: Conhecer e se apropriar do processo dinâmico do curso para estabelecer com os 
alunos seus fundamentos e reflexões. 
O Ambiente de Aprendizagem e a Dinâmica do Curso 
Deve-se organizar o ambiente de aprendizagem, de modo a possibilitar tanto o trabalho 
individual como coletivo, pois embora a interação direta professor-aluno seja fundamental, 
ela deve ser enriquecida pelo trabalho coletivo, em que a socialização de ideias e o 
compartilhamento de dúvidas permitirão enriquecer o processo e auxiliar no desenvolvimento 
dos professores-alunos no assunto proposto. 
 Sendo assim, definimos a utilização de três ambientes com características distintas, mas 
passíveis de complementação: o fórum de discussões – para estabelecer o debate e permitir 
que as dúvidas fossem esclarecidas; o correio eletrônico – para receber as demandas 
específicas dos alunos; e o portfólio – como local de socialização dos trabalhos e de 
comentários entre os professores-alunos. 
A metodologia utilizada constitui-se em estimular o pensamento dos professores-alunos, 
provocando a reflexão e respostas propositivas, que servirão de base para a interação, 
permitindo que o desenvolvimento do conteúdo ocorra em função de suas respostas às 
provocações feitas pelo docente durante o processo de aprendizagem. 
Nosso objetivo com a disciplina não se limita ao conhecimento de conceitos teóricos de 
metodologia da pesquisa, mas que eles consigam perceber na sua prática questões 
pertinentes, pois a experiência nos convenceu que somente dessa forma a pesquisa pode 
alavancar o desenvolvimento profissional. 
Nosso primeiro cuidado, portanto, é torná-los conscientes da importância desse trabalho – a 
elaboração da monografia. Não apenas para cumprir uma exigência formal do curso e da 
titulação, como também e, sobretudo, porque seria nesse exato momento que os 
 
 
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professores-alunos teriam a oportunidade de demonstrar o que haviam aprendido nos 
módulos anteriores e que possibilidades percebiam de aplicar esse conhecimento ao seu 
trabalho na escola. 
A maior dificuldade talvez esteja na escolha do tema que constitui o objeto de estudo da 
monografia, uma vez que isso supõe uma capacidade de organizar o próprio conhecimento 
de forma a identificar possíveis questões e problemas. 
É muito mais significativo que essa escolha recaia sobre um tema que seja significativo para 
eles. Rever o caminho percorrido nos módulos anteriores, buscando aí algo que constitua, de 
fato, objeto de estudo de sua escolha comportando aprofundamento por parte do professor-
aluno. 
Para tanto, uma primeira atividade, pode ser uma reflexão sobre essa experiência de 
aprendizagem utilizando recursos da tecnologia no ensino, valendo-se das anotações feitas 
no portfólio durante o processo. A proposta da tarefa deve vir acompanhada de um roteiro 
pontuando os elementos que podem auxiliar na reflexão de tal modo que eles sintam a 
presença do docente na elaboração do trabalho. 
Vencida parcialmente essa primeira etapa, e diante das limitações do tempo de que 
dispomos – 20 horas –, compreendemos a necessidade de responder às demandas dos 
professores-alunos quanto àquilo que se deveria entender por um trabalho científico, no 
caso, a monografia, tornando claras, dessa forma, nossas expectativas. 
 O fornecimento de alguns subsídios teóricos em nível bastante simplificado – já que as 
indicações bibliográficas eram pouco utilizadas – em que combinam a informação teórica 
com exemplificações práticas extraídas do seu cotidiano escolar é uma sugestão positiva. 
Manterum processo de interação intensivo, esclarecendo dúvidas, trabalhando com 
exemplos e situações por eles propostas e fazer comentários que sejam lidos por todos de 
forma a que eles possam aprender com o próprio grupo. Ao incentivar a comunicação entre 
eles se constata que nesse processo de intercâmbio muitas dúvidas são esclarecidas. 
 
 
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Muitas vezes percebemos que o processo evolui muito lentamente e há muita resistência em 
prosseguir com esse trabalho, visto que a preocupação maior é sempre dirigida para 
questões práticas de utilização dos recursos tecnológicos antes que para a investigação e 
para a descoberta do potencial pedagógico desses recursos, o que exige estudos 
sistemáticos, reflexão sobre a prática e sobre os resultados do trabalho executado em termos 
de aprendizagem do professor-aluno. 
As questões práticas se sobrepõem às questões de investigação, uma vez que o trabalho de 
introdução das novas tecnologias na educação é uma realidade recente nas escolas, não 
existindo muitas experiências desenvolvidas que exijam a criação de novas formas de 
aplicação. Essa tendência do fazer sem o compreender é estimulada pelo próprio avanço 
tecnológico que constantemente introduz novos recursos educacionais reduzindo as 
experiências realizadas em “receituários pedagógicos”, em detrimento da construção de 
novas formas de atuar no processo de ensino e aprendizagem. 
Novos ambientes de aprendizagem somente se tornam inovadores quando devidamente 
explorados em seu potencial de comunicação de forma estimular a interação, como fica bem 
evidente na expressão a seguir: 
Uma tecnologia não constitui em si uma revolução metodológica, mas reconfigura o campo 
possível. E essa oportunidade apenas será dada aos aprendizes se primeiramente os 
professores a perceberem, apropriarem-se dela e a dominarem. Em outras palavras, se a 
compreenderem. 
Baseando-se nesta leitura percebemos que a tendência predominante pode ser a 
substituição da monografia por um trabalho de intervenção na escola, atividade com a qual 
os professores-alunos estão mais acostumados. Pareceu-nos oportuno, nesse momento, 
retomar algumas colocações explicitando melhor as ideias apresentadas. 
Esquecendo por alguns momentos o fator tempo, muitas vezes é melhor fazer uma pausa 
para refletir com eles sobre o sentido do trabalho que estamos pretendendo desenvolver. 
Elaborar, então, um texto em que se procure conversar com os professores-alunos sobre o 
 
 
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assunto, ao mesmo tempo em que se apresentam as diferenças entre uma monografia 
científica e um projeto de intervenção. 
 
Possibilidades e Limites da Educação à Distância 
A identificação de dificuldades é fundamental para o professor encaminhar o seu trabalho de 
formação de modo coerente e adequado e isso nos adverte para a importância do olhar 
atento do formador, tanto para diagnosticar problemas e dificuldades como para introduzir 
correções no processo. 
Talvez por causa disso, não há como deixar de atender às diferentes solicitações que 
expressam níveis de compreensão distintos e ritmos diferentes de evolução, intensificando 
as interações e descobrindo formas originais de estimular o pensamento. 
 
 
O conhecimento é descrição da compreensão que se tem da realidade e dos modos como 
processamos tal compreensão. Trata-se, portanto, de atribuir significados à realidade com 
a qual interagimos e da descrição desses significados e dos meios e mecanismos utilizados 
na sua instituição. (Coulon) 
 
 
 
 
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UNIDADE 3 
Objetivo: Conhecer e identificar as novas modalidades de trabalho pedagógico no trabalho 
com EAD. 
Criando Situações de Aprendizagem Colaborativa 
Na escolha de uma modalidade de trabalho pedagógico deve-se considerar a 
intencionalidade do ato educativo, as características e singularidades dos aprendizes, os 
recursos existentes ou que podem ser providenciados e outros fatores que possam interferir 
no trabalho, restringindo-o ou abrindo-lhe novas possibilidades. 
Dessa forma, uma modalidade não pode ser considerada melhor do que a outra em si 
mesma nem se apresentar como a única solução para todo o trabalho educacional, a 
pertinência pela escolha de certa modalidade depende das condições contextuais e dos 
objetivos pedagógicos. 
Na “Especialização em Desenvolvimento de Projetos Pedagógicos com o Uso das Novas 
Tecnologias”, o foco das atividades incide sobre práticas pedagógicas com o computador, 
enfatizando projetos em que o aprendiz (o próprio professor-aluno do curso ou o aluno com 
qual esse professor realiza as atividades de uso do computador), autor de suas produções, 
participa do desenvolvimento do projeto desde sua concepção. 
Isso não significa que a ação pedagógica deva acontecer apenas em torno de projetos, o que 
talvez se torne tão nefasto aos processos de ensino e aprendizagem quanto à prática 
centrada na transmissão de informações pelo professor e na passividade do aluno. 
 Tendo em vista que as vivências da formação são referências para o professor multiplicador 
recontextualizá-las em sua prática de sala de aula, a cada situação do curso de 
especialização se coloca em ação a dinâmica que é considerada mais adequada, resultando 
em vivências diferenciadas. No âmbito da realização de projetos temos que combinar 
diversos aplicativos ou outros softwares, na qual atuamos como docentes, desenvolvemos 
 
 
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estratégias voltadas à aprendizagem colaborativa, privilegiando uma dinâmica que articule 
momentos de aprendizagem individuais e coletivos, por meio de situações desafiadoras, 
propostas aos professores-alunos como cenários de escolas em que deveriam realizar 
práticas pedagógicas a partir da disponibilidade de alguns recursos computacionais, que 
possam potencializar a reconstrução de conhecimento pelos alunos. 
 
Situação de Aprendizagem: Cenários 
Conforme Almeida, a aprendizagem por cenários baseia-se no aprendizado por problemas, 
caracterizado pela proposição de situações complexas, ambíguas, abertas e de enunciados 
imprecisos, cuja resolução implica mobilizar competências necessárias para “aprender, 
fazendo o que não se sabe fazer”. Assim, os cenários devem partir de contextos 
significativos para os aprendizes de modo a mobilizá-los a buscar informações, 
estabelecendo articulações com conhecimentos, tomar decisões e elaborar uma nova 
organização que permita superar o obstáculo ou o desafio. 
Representar no computador a situação de aprendizagem proposta por cenários traz uma 
nova dimensão em termos de visibilidade do processo, reflexão e depuração, promovendo 
um movimento contínuo de elaboração que favorece a qualidade e a estética das produções, 
bem como o reconhecimento e a compreensão de todo o processo. 
No cotidiano da sala de aula, a ação pedagógica do professor implica constantemente a 
resolução de problemas, nos quais todo arcabouço teórico e prático do seu conhecimento é 
utilizado como referência para lidar com aspectos inusitados que emergem numa situação 
real no contexto da sua prática. 
A situação-problema pede um posicionamento, pede um arriscar-se, coordenar fatores em 
um contexto delimitado, com limitações que nos desafiam a superar obstáculos, a pensar em 
outro plano ou nível. Trata-se, portanto, de uma alteração criadora de um contexto que 
problematiza, perturba, desequilibra. 
 
 
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Nesse processo, o professor precisa interpretar a situação real e – sem perder de vista a 
intencionalidade pedagógica – encontrar estratégias (procedimentos) que levam a obter um 
resultado favorável, ou seja, aquele que potencializa o processo de reconstrução do 
conhecimentodos alunos. 
Por outro lado, a resolução de problema também demanda do professor a articulação, os 
aspectos subjetivos inerentes às relações interpessoais entre os vários protagonistas 
envolvidos no processo educativo e os aspectos concretos e objetivos constituintes da 
situação prática. 
A partir desse enfoque, a disciplina “Realização de projetos combinando diversos aplicativos 
ou outros softwares” pode propor aos professores-alunos a realização de uma atividade 
apresentada em forma de cenário, como mostra o exemplo a seguir: 
• Uma escola só dispõe do pacote Microsoft Office, acesso à internet e linguagem de 
programação Logo. 
• Coloque-se como professor de uma determinada disciplina dessa escola, em uma 
classe com 40 alunos. 
• Elabore uma proposta de atividade dessa disciplina para sugerir aos seus alunos, a 
fim de desenvolvê-la com o uso do computador. 
• Observe a possibilidade de usar mais de um recurso e/ou outros além dos disponíveis 
no computador. 
Para resolver a atividade/cenários, os professores-alunos, com base no conhecimento 
teórico e prático prévio, terão que antecipar e articular ações considerando alguns 
parâmetros de possibilidade e restrições. 
 Também demandou o reconhecimento das implicações pedagógicas do uso dos diferentes 
recursos tecnológicos para integrá-los, de forma pertinente ou não, aos conteúdos, temas e 
dinâmicas de encaminhamento, voltada a um alunado específico no contexto de sala de aula. 
 
 
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Com a intenção de propiciar um momento particular de aprender, essa atividade deve ser 
desenvolvida individualmente, de modo que cada formando possa fazer uma introspecção 
reflexiva em termos das possibilidades de incorporar ao currículo o uso de diferentes 
recursos tecnológicos, e externalizá-la na criação de uma proposta a ser realizada com os 
alunos conforme a situação descrita no cenário. 
A elaboração dessa proposta é compartilhada com todos os participantes do curso, por meio 
do portfólio individual. A partir desse momento uma nova etapa do processo de 
aprendizagem se iniciava, pois, nesse espaço do portfólio, os professores-alunos podem 
tanto receber o feedback sobre a sua produção com dar seu feedback para os colegas. 
 Nessa situação, os professores-alunos assumem uma postura de “ensinantes e 
aprendentes” uns dos outros. Com isso, a interação compartilhada, de troca de experiências, 
sentimentos e de reflexões ganha uma nova dimensão, isto é, a interação para agregar uma 
atitude de comprometimento com o aprendizado do outro. O mais interessante é que na rede 
colaborativa essa atitude de comprometimento, à medida que é desenvolvida, expande nas 
várias situações e meios de interação. 
Isso significa que a interatividade inerente à tecnologia de informação e comunicação é uma 
característica potencializadora, que se concretiza na ação das pessoas com os materiais 
disponíveis, com os feedbacks nos portfólios, nos diálogos em fóruns, nas mensagens de 
correio eletrônico e chats. 
 Em cada um desses recursos observa-se um nível diferenciado de interação, e cabe ao 
docente criar condições que favoreçam a constituição de uma rede de significados por meio 
da produção colaborativa de conhecimento, das trocas intersubjetivas e da aprendizagem 
individual e grupal. 
 Daí, a importância da intervenção do docente, que compreende a mediação pedagógica 
como uma ação que incita o diálogo, da representação do pensamento e do trabalho 
compartilhado, comprometido e solidário, sendo exercitada tanto por ele como pelos demais 
participantes do ambiente por meio da proposição de estratégias adequadas. 
 
 
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Essas estratégias devem contemplar aspectos que tratam da qualidade do relacionamento 
entre as pessoas. O trabalho colaborativo, por sua vez, evidencia a necessidade de repensar 
valores bem como colocar em prática atitudes de abertura, humildade, compartilhamento, 
respeito, aceitação, acolhimento, cumplicidade e compromisso. 
 
 
 
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UNIDADE 4 
Objetivo: Comparar os procedimentos de ensino dentro da tecnologia, bem como conhecer 
suas possibilidades e limitações. 
A Tecnologia e os Procedimentos de Ensino 
As limitações de ordem técnica, no que diz respeito à falta de habilidade que as pessoas 
manifestam com a utilização do computador, bem como os entraves que encontramos para 
disponibilizar recursos didático-pedagógicos no ambiente dificultaram, de certa forma a 
viabilização de aspectos pedagógicos importantes que poderiam emergir de diversos 
recursos didáticos, como a utilização das imagens de vídeo. 
Pensou-se na possibilidade de encaminhar o vídeo por correio, mas a distância que alguns 
alunos encontravam entre os “Núcleos de Tecnologias Educacionais” e a residência, bem 
como as condições e disponibilidade desse recurso, nos fizeram desistir de tal instrumento. 
Apesar das limitações, caminhamos na reflexão e na construção de nossa disciplina, 
disponibilizando na primeira etapa do curso textos especialmente produzidos para essa 
finalidade. 
A estratégia utilizada para desencadear a interação entre professores-alunos e entre estes e 
o docente foram questões problematizadoras, extraídas do texto disponibilizado no ambiente 
fórum, criadas especificamente para tal. As questões provocaram e desencadearam 
discussões e argumentações dos alunos, levando-nos a confirmar o significado do texto e do 
contexto utilizado para ser trabalhado o fórum de discussão. 
Esse tipo de recurso utilizado em ambiente virtual consiste em disponibilizar informações em 
algum espaço do software ou site, e durante o período de 40 dias os professores-alunos 
interagirem por meio de diálogos e discussões. 
 
 
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 A interação nesse tipo de recurso é assíncrona, ou seja, as interações prescindem de 
sincronia espaço-temporal entre os participantes. O fórum de discussão é apontado por 
alguns como uma forma de diálogo acadêmico. 
Este possui a característica de ser realizado de forma escrita, produzindo a troca de múltiplas 
perspectivas e interpretações. Proporciona espaço para a criação e a descoberta 
espontânea, tornando-se um canal para a criação de significados compartilhados entre os 
participantes. 
Sob o ponto de vista pedagógico, o acompanhamento dessa atividade foi muito interessante, 
uma vez que nos permitiu analisar as interações realizadas, pois ficaram armazenadas. 
Nesse sentido, podemos dizer que, dada a incidência das respostas observadas nos 
registros, para a maioria dos alunos o texto que disponibilizamos e as questões decorrentes 
foram significativas, algumas se caracterizavam como reflexões profundas, dando formato a 
novos textos, os quais em rede serviram de pretexto a outros tantos textos. 
As proposições ligadas “ao uso de novas tecnologias residem na capacidade dessas 
tecnologias de oferecer ao aprendiz a oportunidade de agir sobre seus próprios 
conhecimentos, de interagir com o meio e de dialogar com os outros”. 
O ambiente de trabalho virtual se configura como um espaço de comunicação e 
mediatização propício para desencadear a cooperação entre docente e professor-aluno 
numa dinâmica de interação entre as pessoas e os conteúdos culturalmente selecionados 
para esse fim. A dinâmica permite um leque de possibilidades que podem ser mais 
exploradas. 
Na segunda etapa do curso, privilegiamos a linguagem na tentativa de aproximarmo-nos por 
meio das imagens, que se tornaram marcos histórico na sociedade do século XX, vivência do 
aluno enquanto ser histórico e temporal. 
Essa etapa do nosso trabalho nos fez refletir sobre dois pontos: 
O espaço/tempo – distanciamento e proximidade: buscar investigar o distanciamento como 
fator de dificuldade que pode tornar-seproximidade, rompendo com a oposição longe - perto, 
 
 
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compreendida numa condição puramente geográfica e mensurável. Devemos focá-los numa 
outra possibilidade, a de que ambos e de forma não excludentes são conceitos que 
informam, dão forma a modos humanos de estar e situar-se no mundo. 
A linguagem: tentando romper com os modos convencionais de ver-se e situar-se no mundo 
para estudarmos o conhecimento como uma construção humana, procurando caminhos que 
não se concentrem apenas na utilização de uma linguagem proposicional. A forma 
convencional de comunicação, que tem como fator limitador colocar a expressão humana 
nos limites do código linguístico que é impessoal e atemporal. 
À imagem compete mediar como texto; registro de um acontecimento ou época e aquilo que 
hoje a contemporaneidade suscita ao leitor a compreender o tema proposto. 
Paralelamente, podemos manter a utilização de textos escritos convencionais quando 
queríamos deixar marcados alguns conceitos fundamentais. 
O diálogo que deve acontecer à distância subentendia que o leitor sinta o desafio em 
estabelecer significado a partir dos textos propostos: imagético e conceitual. 
Como distância e posição se mostram essenciais à percepção espacial. Sem esses dados 
seria impossível determinar se uma coisa está próxima ou afastada de outra, tornando 
inviável uma visão em perspectiva de um horizonte, que se apresentam no espaço 
existencial. 
 Esta não é uma referência apenas ao distanciamento/proximidade do ponto de vista 
topográfico, mas como condição de possibilidade para a existência humana ser apreendida 
num mundo que não é apenas dado ao homem como algo já pronto (empirismo) ou a ser 
forjado por uma consciência externa de natureza divina (racionalismo idealista), mas como 
síntese de puras transições (espaço transacional). 
Tratar o conhecimento na sala de aula nos fez refletir sobre as novas formas de conceber o 
ensinar e aprender. Instigar o professor-aluno a refletir a sala de aula, passar da concepção 
do ensino como instrução para construção de conhecimento. 
 
 
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 É necessário debruçar sobre as teorias da cognição, principalmente a sociointeracionista, 
por entendermos que a base pedagógica para construir projetos de trabalho em Educação à 
Distância deve pautar-se nessa concepção de ensino. 
Ao discutir o ensino voltado para a construção do conhecimento, o papel do professor no 
contexto atual da educação, suas formas de ver e representar o conhecimento e a 
possibilidade de encaminhar o educando para a autonomia, consequentemente refletimos a 
responsabilidade de sua própria formação. 
Nesse sentido, a Educação à Distância toma como referência a atividade construtiva do 
educando, que é constituída de um sistema de interações mediado pelo professor, pelos 
conteúdos, pelos estudantes e pelo próprio contexto sociocultural no qual a atividade é 
produzida. Essa interação determinará a qualidade do processo de ensino-aprendizagem. 
O tipo de comunicação que estabelece entre os professores-alunos e docentes é assíncrona, 
permitindo que os professores-alunos tenham tempo para refletir e preparar uma resposta 
mais justificada e argumentada sobre os questionamentos às questões propostas. No 
entanto, dada a limitação de tempo, temos que estabelecer um período determinado para 
que haja a interação entre os professores-alunos e docentes. Nesse período a oferta de um 
feedback rápido e constante é muito bem vinda para que não perca a qualidade da interação. 
 
“Eu tenho à medida que eu designo – e este é o esplendor de se ter uma linguagem. Mas 
eu tenho muito mais à medida que não consigo designar. A realidade é a matéria-prima, a 
linguagem é o modo como vou buscá-la e como não acho. Mas é do buscar e não achar 
que nasce o que eu não conhecia e que instantaneamente reconheço”. 
 (Clarice Lispector) 
 
 
 
 
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UNIDADE 5 
Objetivo: Conhecer e identificar as práticas conceituais dentro de um novo processo de 
ensinagem e, aplicá-los na construção de novos modelos de aprendizagem. 
Interatividade Prática e Conceitual 
A cada aula surgem novos desafios, atividades em grupo são sugeridas, novos desenhos, 
novas descobertas, onde os alunos determinam o ritmo e a sistemática do trabalho. 
 Este processo fica interessante e neste momento sentimos necessidade de explorar as 
nossas experiências dentro do programa, para cada vez auxiliar mais os alunos. Quando a 
empolgação toma conta do trabalho e os alunos definem o que querem é muito gratificante 
poder vê-los imaginando, criando e se maravilhando com as possibilidades. 
 O interesse e a curiosidade acabam gerando desafios e conflitos que sabemos ser 
construtores do conhecimento, e revelaram-se dados importantíssimos acerca do 
desempenho dos alunos. Alguns querem desistir, outros se desafiam cada vez mais, uns 
ajudavam os outros e nós como professores aprendemos através das interações. Cada 
detalhe serve como elemento norteador para nossa atividade docente e serve como 
situações de crescimento individualizado. 
 O que podemos concluir, quanto às implicações pedagógicas nesta experiência, é que o 
trabalho com o ambiente logo é atraente, estimula e motiva os alunos a desenvolver sua 
criatividade, pois o ambiente interativo torna diferente e excitante o ensino realizado através 
do computador; gerando um novo envolvimento com a aprendizagem e faz com que surjam 
novos desafios. 
Uma das premissas básicas da metodologia do curso é a articulação teoria-prática. Mesmo 
num curso que durou somente cinco semanas, no qual a maior parte dos professores-alunos 
não possuía nenhuma experiência anterior em programação de computadores, ele foi 
estimulado a aplicar na prática, com seus alunos, o que vinha aprendendo. 
 
 
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Os resultados foram positivos. Somente assim foi possível refletir a respeito da metodologia 
de uso da linguagem Logo. Sem a vivência prática, sem que aplique as ideias com seus 
alunos, como poderemos discutir e entender essa metodologia? 
A teoria e a prática devem ser estudadas simultaneamente e relacionadas por meio de 
reflexões. No início, há dificuldades até para que os professores-alunos consigam baixar o 
software para instalá-lo em suas máquinas. 
O curso parte realmente do marco zero, mas notamos que na terceira semana acontece a 
elaboração de atividades para serem aplicadas com alunos. Não deve ser um curso teórico. 
Tem que acontecer na prática e na ação (ou parte prática). 
O professor-aluno precisa a aprender a utilizar a máquina e seus recursos. Somente assim 
ele proporá dinâmicas e desafios a seus alunos, aplicando-as e avaliando-as. Nessa posição 
o professor-aluno foi refletindo enquanto agia – reflexão – na – ação. Uma reflexão mais 
distante e mais elaborada acontece paralelamente, mediante questionamentos dos colegas, 
na relação com textos propostos e nos diálogos com os docentes e colegas de curso 
(principalmente dentro da ferramenta fórum de discussão) e quando o professor-aluno faz 
seus relatórios. 
Ao utilizar a linguagem Logo com alunos que desenvolviam projetos ou formando e 
acompanhando professores que faziam o mesmo, presencialmente e não à distância, pude 
observar muita gente aprendendo com a prática e com a experimentação. A linguagem se 
tornará natural, semelhante ao aprendizado da língua materna – com o aluno vai atrás do 
conhecimento sem estar submetido a um programa que o guie. 
Na prática, esta é a bonita visão de uma escola diferente. Alunos entusiasmados e vibrando 
com seus projetos. 
É um procedimento no qual os professores estimulam seus alunos a desenvolver projetos e, 
param para conversar sobre os conceitos envolvidos, sobre as dificuldades,sobre as 
maneiras de encaminhar a programação pela qual cada um optou. 
 
 
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Um momento importante é o da avaliação e das trocas no coletivo dos alunos. O “superlogo” 
usado como ferramenta de desenvolvimento de projetos acaba virando um fim. Tanto 
professores como alunos algumas vezes se esquecem, ou deixam de descobrir, o que estão 
aprendendo com aquelas atividades. 
Neste processo a interação em relação às análises e às reflexões conjuntas são necessárias. 
O professor, quando solicitado, pode se colocar na posição de ajudante ou consultor. 
 Ele tem que analisar a programação, indicar algumas estratégias. Geralmente nos falta a 
percepção da importância do compartilhamento das abordagens de pensamento e 
encaminhamento da programação. 
Falar sobre a maneira de encaminhar a programação ou a resolução de um problema é 
importante. No curso à distância o falar torna-se escrever. Para explicar aos outros, é 
necessário analisar e justificar. Ao mesmo tempo em que abrimos para as pessoas nossa 
maneira de pensar, estamos nos passando a limpo. 
O ciclo de pensamento demora a se sedimentar e a evoluir se não houver oportunidades de 
analisá-lo. Contar o que se faz pensar e justificar ajuda a acelerar essa sedimentação e 
evolução do pensamento. Olhar a maneira de pensar dos outros (escutando, conversando...) 
provoca comparações com nossa maneira de pensar e provoca análises. Percebemos 
possibilidades inéditas de encaminhamento de pensamento e o reorganizamos. 
Usando a expressão de Edith Ackermann: atividades de mão na massa (“hands on” que 
poderia ser chamada de “interatividade prática”) são essenciais para o aprendizado e para o 
desenvolvimento do pensamento. 
É o pensamento durante e na ação. É natural que uma pessoa pense enquanto trabalha. 
Assim todos os que transformam algum conhecimento em ação já estão ao mesmo tempo 
analisando e avaliando sua prática. A prática é importante e necessária para provocar a 
construção de conhecimentos. 
Por outro lado, se ficar somente nisso, não completará a evolução do pensamento. É 
necessário que haja também o que pode ser chamado de “interatividade conceitual”. Esta 
 
 
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autora fala de interações entre pessoas e computadores, mas pode-se pensar da mesma 
forma para interações entre pessoas e pessoas. 
A análise e a avaliação com síntese, ou com reelaboração teórica acontecem num nível 
mais abstrato de pensamento do que aquele que acontece durante a ação, e podem ser 
provocadas pelo diálogo e justificativas entre as pessoas. Individualmente, sem interação, 
com o computador ou com outras pessoas, é muito mais difícil que isso aconteça. 
 Para acelerar o desenvolvimento é preciso dialogar sobre o raciocínio acontecido. Não ficou 
claro, no artigo citado, se Ackermann deseja que a interatividade conceitual seja feita de 
forma compartilhada socialmente. Essa socialização das maneiras de cada um encaminhar o 
problema parece ser importante para acelerar o desenvolvimento do pensamento. 
Pode-se pensar no que acontece em jogos de computador. Os jogadores mais aficionados 
gostam de observar como os campeões jogaram suas partidas. Costumam também observar 
como eles próprios jogaram e analisar o que foi bom e o que não foi. Isso é tão forte e natural 
que os fabricantes de jogos oferecem essa opção. 
Cada ação do jogador é registrada e memorizada e, depois, o conjunto das jogadas pode ser 
guardado, revisto e até trocado entre jogadores. Mesmo crianças que jogam em casa, sem 
nenhum compromisso ou acompanhamento adulto, costumam estudar estratégias de outros 
e deles mesmos. Atitudes desse tipo são positivas ao aprendizado e ao desenvolvimento. 
Isso pode existir também na escola. Já acontece também em jogos sem computador. 
Crianças e adolescentes que gostam de jogar xadrez costumam ler livros e observar neles a 
maneira como os grandes jogadores encaminharam suas situações. Isso é comum entre as 
pessoas que queiram aprender. 
A escola, sabendo disso, deve criar situações para trocas desse tipo e deve educar a todos 
para que apresentem e valorizem esses momentos de análise e troca. A análise solitária e 
escrita requer muita concentração, o que não é tão comum. A análise por meio do diálogo 
(falado ou escrito), a dois ou em grupo, é mais fácil de ser aceita, praticada e desenvolvida. 
 
 
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Se durante uma atividade é importante que se deixe o aluno “quebrar a cabeça”, formulando 
suas hipóteses, testando-as e aprendendo com suas dificuldades, é igualmente importante 
que após a prática sejam feitos fechamentos, oportunidades em que os alunos estarão 
refletindo a respeito de suas vivências e das vivências dos outros. Estes são ricos 
momentos coletivos. 
 
 
 
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UNIDADE 6 
Objetivo: Apropriar-se e explorar as novas formas de utilização do editor de texto dentro das 
produções da EAD. 
O Editor de Texto na Escola 
Não é de agora que o computador vem sendo usado como uma ferramenta de apoio ao 
desenvolvimento de conteúdos escolares. Para o educador, adotá-lo como material de 
trabalho demanda analisar aquilo que com ele se pode fazer e, mais, o que já se faz. 
Dito de outro modo é fundamental nessa discussão (re) considerar o que se entende por 
escrever. Sem esse ponto de partida não se pode saber quais os objetivos educacionais que 
se pretende atingir e, ainda, que contribuições pedagógicas se podem retirar do uso do 
computador. 
Escrita e leitura têm sido tarefas cuja sistematização, tradicionalmente, é delegada à escola e 
muito tem sido dito a respeito de como os professores devem (ou não) interferir nesse 
processo. 
 De qualquer modo, identifica-se como papel da escola “a transmissão da norma de maior 
prestígio sociocultural, a norma culta/padrão, a veiculada nos dicionários e gramáticas e 
utilizada na literatura e na redação dos documentos oficiais dos Pais”. 
Mas o que se entende por escrita e leitura? O que significa ensinar a norma culta/padrão... e 
como fazer isso? Ensinar a língua ou ensinar à gramática? O que distingue uma coisa da 
outra? Ora, as respostas certamente implicam concepções de língua e de sujeito diversas e, 
consequentemente, posturas e intervenções pedagógicas distintas. 
Meu objetivo é apenas esclarecer alguns pontos que parecem importantes para o trabalho 
pedagógico baseado no uso do computador. 
 
 
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Será que a escola valoriza o trabalho que o sujeito faz com e sobre a sua língua, ativamente, 
criando novos sentidos, procurando outros modos de dizer, atuando linguisticamente, 
colocando-se como autor? 
 Ou será que escrever para (na) escola é não cometer erros ortográficos; usar 
adequadamente as letras maiúsculas, a pontuação; repetir o sem sentido? Observem dois 
exemplos de alunos da rede pública apresentados por Geraldi (1986 p. 31-32): 
Exemplo A Exemplo B 
A casa é bonita. 
A casa é do menino. 
A casa é do pai. 
A casa tem uma sala. 
A casa é amarela. 
(2.ª série do ensino fundamental) 
Era uma vez umpionho querola ocabelo 
Daí um emninopionheto dapasou um 
Ummenino lipo enei pionho ai pasou 
Um emnino pionheto daí omenino 
Pegoupionho da amunhér pegoupionho 
Da todomundosaiogritâdo todomudo 
Pegou 
Pionho di até sofinho begoupionho 
(1.ª série do Ensino Fundamental – 
repetente) 
 
A leitura dos dois textos nos leva a pensar sobre o que é trabalhar com a escrita e a respeito 
do que a escola reconhece como escrita. Embora os exemplos datem de 1986 e o cenário 
educacional tenha mudado bastante não é raro encontrarmos educadores que consideram a 
produção do aluno. A como sendo qualitativamente superior à do aluno B. E, mais, muito 
possivelmenteo aluno do texto B estará sob suspeita de ter alguma “dificuldade de 
 
 
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aprendizagem”, tomando como patológicos hipóteses e processos normais (próprios de 
quem está aprendendo) e como desvios sua variedade linguística. 
A língua é resultado (sempre provisório, embora possa não parecer) de um trabalho coletivo, 
interminável, histórico e cultural. A sobreposição dos inúmeros trabalhos linguísticos 
individuais deixa emergirem os recursos expressivos de uma determinada língua que são 
organizados de acordo com os critérios de uso de cada comunidade de falantes. 
 Em outras palavras, o sujeito que escreve um texto, por exemplo, usa uma língua que foi 
historicamente construída por muitos outros sujeitos. Ao mesmo tempo, faz um trabalho 
pessoal com sua língua: usando o que já existe, cria sentidos novos que asseguram sua 
autoria. Sem que se perceba, os incontáveis trabalhos com a língua resultam em novas 
transformações nela mesmas. 
O enunciado “Era uma vez um piolho que roía o cabelo de um menino piolhento” mostra 
como o sujeito usa a língua criativamente. Mostra ainda um intenso trabalho linguístico do 
aluno e seu modo particular de lidar com a passagem da representação oral para a 
representação escrita. Eis o desafio da instituição escolar: ser capaz de “interpretar todas as 
hipóteses, que fazem as crianças no momento inicial da aquisição da escrita, para trabalhar 
a partir dessas hipóteses na busca da escrita convencional socialmente valorizada”. 
 É papel de a escola ajudá-lo a adequar sua produção àquilo que convencionalmente é 
aceito como Português sem que isso signifique anular sua relação com a escrita/leitura: 
“Compreender e respeitar o sentido do que a criança formulou e saber a língua em suas 
várias configurações é fundamental para levá-la a escrever”. 
Nessa perspectiva, portanto, interessa que o uso do computador possa constituir um espaço 
de reflexão para o sujeito atuar com e sobre a língua por meio de diferentes práticas 
discursivas. Isto é, situações de uso efetivo da linguagem da qual participam interlocutores 
que têm uma língua comum, com diferentes propósitos, e fazem uso de diferentes 
configurações textuais (diálogos, narrativas, relatos, comentários, etc.). 
 
 
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Portanto, do ponto de vista educacional, interessa que o uso do editor de texto – e de 
qualquer outra tecnologia (editores de apresentação, de histórias em quadrinhos, bate-
papos, correios eletrônicos...) – permita ao sujeito colocar sua linguagem em funcionamento, 
explorando novas formas de dizer o já dito. 
 A inserção de algum recurso oferecido por um editor, por exemplo, pode mudar as 
condições de produção do texto gerando sucessivas versões do mesmo, demandando a 
aplicação de diferentes tipos de operações discursivas. 
Esses são aspectos que importam à prática educacional porque dão condições ao sujeito de 
trabalhar produtiva e significativamente com a escrita/leitura, aprendendo que “aprender a 
escrever significa escolher entre possibilidades, tomar diferentes decisões”, contribuindo para 
a formação e constituição de sujeitos-autores. 
Benefícios técnicos do uso do computador em relação à escrita/leitura 
Os participantes concordaram a respeito do fato de que o computador facilita a tarefa de 
escrever. Eis algumas razões: 
• Propicia maior rapidez para redigir (digitar): “Minha redação se desenvolve mais rápido 
quando estou frente a frente com o computador nos editores de textos.”. 
• Oferece muitos recursos que ajudam na criação de textos como inserção de figuras, 
fontes diferentes e formatação em geral. 
• Permite uma produção mais rica – do ponto de vista estético – e organizada (em 
relação à formatação em geral): “A produção de texto no micro é mais dinâmica, pois 
permite uma composição do texto mais rica em detalhes e figuras, além de permitir 
uma ordenação melhor do material.”. 
• Agiliza a correção evitando o trabalho repetitivo e o desperdício de material: “Outro 
ponto importante é a correção e atualização do material, que é mais prática do que a 
máquina de escrever, uma vez que dispensa o consumo excessivo de papel, além de 
 
 
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evitar o desperdício de tempo e o cansaço com nova repetição do material 
datilografado, devido a erros e imperfeições.”. 
• Oferece uma forma de armazenamento mais prática: “O armazenamento do texto e 
sua locomoção é bem mais prática, pois pode ser feita em disquete ou CD-ROM, 
prolongando assim a vida do texto.”. 
 
 
 
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UNIDADE 7 
Objetivo: Conhecer e interpretar as novas nuances tecnológicas para que se possa utilizar os 
seus recursos dentro deste novo paradigma educacional. 
A Internet e o desenvolvimento humano. 
É possível perceber que o crescimento exponencial das tecnologias multimidiáticas vem 
provocando transformações radicais no âmbito da informação. A progressão crescente de 
novos meios demanda um esforço de investigação e reflexão aos pesquisadores da área de 
comunicação e ciências sociais. 
 A necessidade de inovar e experimentar diferentes linguagens nos motiva a enfrentar um 
duplo desafio: discutir o avanço tecnológico da comunicação, utilizando os recursos 
propiciados pelo seu desenvolvimento. 
Do analógico ao digital – foi realmente a transformação pela qual passamos. Um breve relato 
da evolução dos meios de comunicação a partir de uma visão global da tecnologia sintetiza a 
ideia que norteou toda pesquisa teórica no trabalho com a Educação à distância. Mais do 
que avaliar as modificações provocadas pelas chamadas "novas tecnologias" de 
comunicação, temos que identificar as principais implicações decorrentes da passagem do 
analógico para o digital. 
 As etapas fundamentais do avanço dos media, demonstram como o surgimento de um novo 
dispositivo de comunicação produz simultaneamente modificações na estrutura do 
pensamento e nas interações sociais em geral. 
Afinal, como afirma Mc Luhan, "se existe algum truísmo na história da comunicação é o de 
que qualquer inovação nos meios externos de comunicação traz no seu rastro choque sobre 
choque de mudança social”. 
 
 
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A fim de oferecer um panorama geral do desenvolvimento na comunicação, partimos da 
oralidade, passando pela escrita, reprodutibilidade mecânica, revolução eletrônica até os 
media digitais. Inicialmente, tomamos como base as três grandes categorias — oralidade 
primária, escrita e informatizada — utilizadas por Pierre Lévy em "As tecnologias da 
inteligência: o futuro do pensamento na era da informática". 
Em seguida, analisamos especificamente os impactos causados pela invenção da imprensa, 
fotografia, cinema, rádio e televisão. Nossa intenção é mostrar como essas tecnologias, a 
sua época, provocaram profundas mudanças nos referenciais espaços-temporais e nos 
modos de percepção. 
Quanto às chamadas novas tecnologias de comunicação, o maior destaque é dado ao 
jornalismo digital e à TV por assinatura. Embora ainda não exista um modelo "ideal" de jornal 
na Rede, parte-se do princípio de que esse novo meio não deve ser uma simples 
transposição da versão impressa. 
Verificamos que muitas publicações digitais já estão dando seus primeiros passos em busca 
de uma linguagem própria, que privilegie as possibilidades de espaço, imediatismo, 
interatividade e personalização oferecidas pela Internet. 
Argumentamos que a televisão por assinatura inaugura uma nova fase para o veículo, 
modificando os hábitos do telespectador e instalando um novo conceito de programação. 
A ampliação do número de canais, possibilitada pelos novos sistemas de distribuição de 
sinais, tem como consequência a transição do modelo deTV genérica, dirigido às grandes 
massas, para uma televisão temática, direcionada a públicos específicos. 
O telespectador, além de dispor de uma fonte diversificada de opções, e poder escolher o 
programa de seu interesse, tem a oportunidade de determinar o horário em que deseja 
assisti-lo. No entanto, mais importante do que o aumento do número de canais disponíveis é 
a melhoria da qualidade da programação. 
 
 
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A questão da Publicidade na Internet deveria ser um desdobramento (link) de Jornalismo 
Digital, mas em virtude da dimensão que este item acabou atingindo, decidimos incluí-lo 
entre os demais. 
As publicações digitais têm a possibilidade de disponibilizar gratuitamente os serviços, 
preservando um dos princípios mais atrativos da Internet que é o livre acesso aos sites. 
A publicidade não deve se limitar aos antigos métodos de comercialização de produtos, os 
anúncios devem valorizar as possibilidades interativas permitidas pelo meio e, mais do que 
informação, devem proporcionar entretenimento ao consumidor. 
Também discutimos o papel do livro e a permanência do livro de papel na era digital. O que 
está entrando em crise é o paradigma sequencial e linear do livro impresso e não o livro 
propriamente dito. Os meios informatizados, baseados em sistemas de hipertextos e na 
utilização dos recursos audiovisuais, possibilitados pela multimídia, serão seus mais 
prováveis sucessores. 
 
"O mesmo mundo que até o século XIX foi, prioritariamente, narrado ou escrito e que, no 
século XX foi, prioritariamente, visualizado analogicamente, no século XXI passará a ser 
digitalizado". (Sérgio Bairon) 
 
 
 
 
 
 
 
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Atividade Dissertativa 
A necessidade de inovar e experimentar diferentes linguagens nos motiva a enfrentar um 
duplo desafio: discutir o avanço tecnológico da comunicação, utilizando os recursos 
propiciados pelo seu desenvolvimento. 
Do analógico ao digital – foi realmente a transformação pela qual passamos. Um breve relato 
da evolução dos meios de comunicação a partir de uma visão global da tecnologia sintetiza a 
ideia que norteou toda pesquisa teórica no trabalho com a Educação à distância. 
Mais do que avaliar as modificações provocadas pelas chamadas "novas tecnologias" de 
comunicação, temos que identificar as principais implicações decorrentes da passagem do 
analógico para o digital. 
Com base em suas leituras disserte, em (02) páginas, sobre as implicações decorrentes da 
passagem do analógico para o digital e no que esta nova aplicabilidade pode afetar a 
construção de nosso conhecimento. 
 
 
 
 
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UNIDADE 8 
Objetivo: Analisar e compreender os diferentes posicionamentos relacionados às mudanças 
educacionais, bem como sua influência no desempenho social. 
A Eficácia da mudança 
Todas as experiências são válidas; as que fracassam as que dão certo, algumas degeneram 
e algumas regeneram na medida em que somos capazes de registrá-las, de discutí-las, de 
transformá-las, dessa forma em ensinamentos para avançar cada vez mais. 
A humanidade vive momentos diferentes. Por todo o século XX a sociedade foi hierarquizada 
para o desenvolvimento e foram criados empregos, profissões e postos de trabalho. 
Aparentemente caminhou. 
Hoje há mais conforto do que há 100 anos. Existem automóveis, metrô e ônibus e com isso é 
possível aceitar aquele emprego do outro lado da cidade, ou mesmo na cidade vizinha. 
Aviões colocam as pessoas em lugares longínquos fazendo o mundo parecer pequeno. 
Oportunidades de negócios se abrem. 
 Com o telefone e os satélites, pode-se conversar com parentes distantes e as pessoas se 
sentem mais próximas. Artefatos de plástico ajudam em tudo, desde a cozinha até o 
automóvel. Medicamentos e tantos outros benefícios podem ser apontados como progresso 
e desenvolvimento humano. 
No entanto, hoje, muita gente está descobrindo que tem a vida estruturada dentro de um 
modelo muito individualista. As pessoas querem mais “qualidade de vida” “do que” qualidade 
total! Estão ficando cansadas de dar prioridade para a economia e para a otimização e 
racionalização. Desejam-se recuperar os momentos de gratuidade e situações que valorizem 
a pessoa humana. O modelo individualista tem excluído grande parte da população, que vive 
abaixo da linha da pobreza. 
 
 
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O mundo entra na era da informação e do conhecimento. Isso tem provocado novas 
mudanças na sociedade e na escola. 
Por isso, novos conhecimentos precisam ser desenvolvidos. É preciso aprender a lidar com 
essa nova situação. 
Podem-se mudar as duas coisas ao mesmo tempo? Passar da sociedade da produção para 
a sociedade do conhecimento e ao mesmo tempo passar da sociedade individualista para 
uma sociedade mais humana e justa? Ou não? É uma opção, de cada um e de todos. 
Apesar de todo o aparente desenvolvimento humano conseguido no século XX, mais de 30% 
da população no Brasil é considerada analfabeta funcional. A exclusão aparece mais ainda 
quando se olha para certos grupos dentro da sociedade. Tomando os afrodescendentes que 
moram na região Nordeste, esse número chega a 57%. Em cada escola e em cada cidade 
podemos ver o mesmo. 
A nova escola pode ser um caminho para o desenvolvimento da sociedade. Fazer uma 
escola mais justa, onde cada pessoa seja aceita e respeitada, onde se aprenda a conviver 
cooperando e não competindo, onde a pessoa não seja um elo do sistema, mas seja vista 
com o respeito e o direito que um ser humano merece, ajudará a formar uma nova 
sociedade. 
Pode-se mudar para a sociedade do conhecimento ao mesmo tempo em que se muda para 
essas novas atitudes e relações. 
Apesar da quantidade de iletrados, os poucos que terminaram uma faculdade (formação 
inicial) também não podem se considerar garantidos. Não há mais a possibilidade de a 
pessoa se estabilizar num conhecimento. Dentro do novo paradigma que vive a sociedade 
atual, em nenhuma profissão pode-se deixar de estudar e de pensar, discutir, dialogar, 
experimentar. É preciso continuar aprendendo sempre. 
Em todos os lugares convive-se hoje com o velho e o novo simultaneamente. Tenta-se 
passar de uma sociedade altamente hierarquizada, onde cada um obedece alguém e dá 
 
 
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ordem a outros, para uma sociedade com situações de maior participação nas decisões que 
afetam a pessoa, envolvendo análise, diálogo, conhecimento, maturidade e negociação. 
Deseja-se sair deste sistema onde poucos são considerados como pensadores e tantos 
outros são usados como simples executores – pessoas encarregadas de fazer mover o 
sistema produtivo. 
No sistema escolar, é comum encontrar situações em que somente alguns planejam 
(elaborando os programas, currículo e atividades), expressando suas ideias em diretrizes, 
livros ou apostilas e outros são encarregados de apenas aplicar os esquemas aos alunos. 
 Com o surgimento das franquias de “Sistema de Ensino” (por volta de 1980) isso piorou. O 
que alguns chamam hoje de “escola de qualidade” pode ser visto como uma excelência 
dentro do modelo individualista. 
 Voltando a olhar a sociedade nos sistemas de produção em massa, muitas vezes a pessoa 
é usada como se fosse uma máquina. A doença Lesão por Esforços Repetitivos (LER) é uma 
das mais novas que a deformação da função humana gerou. 
 Na escola, alguns professores saem de uma sala e entram em outra, repetindo as mesmas 
coisas, ano após ano, num tecnicismo maquinal. Seguem a apostila da matriz ou diretrizes 
traçadas em outro país. Transformam a escola em mais uma peça do sistema produtivo. 
Deseja-se formar e reformar os professores, dentro dessa nova postura de vida. Existem 
mais de6 mil escolas estaduais somente em São Paulo. O Brasil é muito grande. Muitas 
tentativas bonitas de mudança se perderam dentro da hierarquia que parecia necessária 
para atingir tanta gente. Na formação de professores (em nível de extensão universitária ou 
continuada), um modelo hierarquizado não serviria, porque reproduziria os defeitos 
apontados. 
 A TV é um recurso importante para alcançar professores e escolas devido às dimensões do 
País e seu alcance. Não se pode ficar apenas com a TV porque esse meio não permite 
participação interativa do educando. 
 
 
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 É preciso trabalhar refletindo em conjunto sobre a prática nas escolas. Se o professor for 
formado num ambiente de aprendizagem diferente (participativo, respeitador, criativo, aberto, 
contextualizado, humano e justo...), haverá mais chances de essas ideias serem usadas na 
prática das escolas. 
 
O saber é uma tendência natural no homem que provoca um estado de felicidade e de 
beleza que supera a dissonância produzida pela ignorância. A tensão por um problema 
não resolvido transforma-se em uma sensação de plenitude quando é obtida a resposta. 
Isso esta relacionado com a harmonia gerada quando se encontra a verdade em nosso 
interior. 
Então, por que nos custa tanto estudar e aprender, mesmo quando reconhecemos que 
precisamos saber e nos esforçamos em consegui-lo? 
Isso se deve porque a ideia que temos do conhecimento, imposta pela lógica perpetuada 
pelo nosso sistema cultural, não é o conhecimento real. 
Gostaria que abríssemos uma discussão sobre este conhecimento imposto pela lógica 
perpetuada pelo nosso sistema cultural. Quais as experiências que foram vivenciadas 
dentro desta abordagem e se houve contribuições tanto positivas quanto experiências 
negativas. 
 
 
 
 
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UNIDADE 9 
Objetivo: Apropriar-se do conhecimento proposto nesta unidade, para que se possam 
visualizar formas diferenciadas de trabalhos com textos. 
Realização de Projetos baseados em texto 
É necessário compreender o funcionamento de cada um dos novos lugares para aprender, 
entre outras coisas, a elaborar textos e inserir nos espaços pertinentes: se são textos para 
leitura, reflexão e discussão, colocar em leitura, ou se é para professor-aluno desenvolver 
alguma tarefa, produzindo algum tipo de atividade. 
 É necessário ainda preparar as agendas que contenham a programação, que já não são 
orais, mas escritas, enviadas pelo correio eletrônico. Enfim, conceber uma sala de aula a 
partir dos espaços e dos recursos do programa do ambiente virtual, porém tomando-o 
acolhedor, provedor da aprendizagem e da troca colaborativa. Enquanto se prepara as aulas 
e se projeta as salas virtuais do aprender, construímos no contato experimental a dimensão 
da nova interação, na qual trabalhamos na medição pedagógica, não como meros tutores 
que no agendamento de tarefas, esvaziam o horizonte formativo da relação professor-aluno. 
A proposta é tratar da importância e das possibilidades do processador de textos. Em função 
disso, a cautela deve ser maior no aprimoramento dos textos, desde a apresentação estética, 
utilizando uma linguagem mesclada pelo formal e informal, até a tentativa de constituir uma 
comunicação mais próxima e participativa, amenizando a ausência física. 
 Buscar a interação “entre” e “com” os professores-aluno na maior inteireza possível na 
comunicação escrita. Cada texto deve ser cuidadosamente elaborado nos aspectos do 
conteúdo e apresentação visual, na utilização de imagens, cores e fontes diferentes e 
citações poéticas. 
Em alguns momentos temos que dar atenções especiais com as várias linguagens, fazendo 
emergir o emocional e o afetivo, transparecendo a subjetividade nas linhas e entrelinhas, 
 
 
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com a intenção de diminuir as distâncias espaciais e geográficas. O texto é o veículo de 
comunicação, portanto um meio, um instrumento de contato, aproximação e sensibilização, 
ao mesmo tempo em que é o objeto de estudo de professores-aluno. 
A comunicação entre o docente e os professores-alunos vai se fazendo no diálogo e nos 
afetos que brotam nesse intercâmbio. Apesar de a comunicação ser mediada por um recurso 
tecnológico – o editor de textos –, as emoções extravasaram nas linhas, palavras e imagens 
poéticas, tornando o ambiente mesclado pela ambiguidade: máquina /homem, frieza/ calor, 
racionalidade subjetividade etc. Assim também se desvela a força de criação do texto escrito, 
sua flexibilidade e vitalidade relacionadas à singularidade de cada um. 
O ambiente virtual deve ser configurado na contextualização das necessidades, premências, 
interesses e principalmente na intencionalidade dos objetivos educacionais e formacionais. 
O objetivo de criar proximidade, envolvimento e participação de todos com as propostas 
educacionais efetiva-se no decorrer do curso. Gradativamente, percebe-se a presença 
singular dos professores-alunos, conhecendo cada um pelas manifestações escritas. 
Muitas vezes se descobre mais a respeito deles do que saberia numa sala de aula 
presencial. As distâncias foram relativizadas e o curso pode transcorrer num fluxo vivo e 
dinâmico com a participação de todos. 
O processo depende da inter-relação entre os participantes e a cada intervenção assume um 
novo cenário com novos horizontes. Isso nos leva a refletir: “Que presenças, muitas vezes, 
cobramos ou que ausências denunciamos?”. 
A interação por meio da escrita abre um processo de diálogo entre os participantes, com as 
diversas possibilidades de expressão, de acordo com as condições de cada espaço-recurso 
do ambiente virtual. 
 
 
 
 
 
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Objetivos e estratégias 
A realização de projetos baseia-se em textos e tem os seguintes objetivos norteadores em 
termos do alcance da aprendizagem dos professores-alunos: 
• Aprimorar o domínio operacional dos recursos do “paint” e do Word. 
• Propiciar a experiência da utilização dos recursos do processador de texto na criação 
e produção, integrado ao programa de desenhos. 
• Gerar a reflexão e autoreflexão sobre a prática pedagógica, por meio da exploração 
dos recursos do computador nas atividades implementadas com os alunos. 
• Incentivar a discussão teórica prática das potencialidades pedagógicas do 
processador de textos. 
• Cultivar a autoria no ato de escrever. 
• Pode-se afirmar que há um desdobramento desses objetivos em aprender e trabalhar 
colaborativamente, lidar e vencer o desafio. 
• Pode diminuir o medo de expor-se na escrita textual. 
• É um instrumento versátil, para ser utilizada em projetos pedagógicos, como a 
produção de um jornal, atividade altamente desafiante para os alunos. 
 
Sugestão de Leitura 
Educação a Distância Via internet. 
Organizadores: José Armando Valente; Maria Elisabete Brito Prado e Maria Elisabeth 
Bianconcini de Almeida. 
 
 
 
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UNIDADE 10 
Objetivo: Conhecer e reelaborar novas estratégias que possam conduzir e acionar a nova 
formação do professor frente as mudanças tecnológicas e sociais. 
Estratégias na Ação da Formação do Professor 
Geralmente os docentes preocupam-se com a complexidade dos aspectos inerentes ao 
desenvolvimento de atividades a distância, como: o planejamento, a observação constante e 
a intervenção no desenvolvimento dos alunos, considerando fundamental a busca de 
significado nas interações à distância. 
Para favorecer o registro do andamento das atividades e a recuperação das informações 
veiculadas, estratégias e interações, utilizavam-se ferramentas computacionais que 
viabilizavam o gerenciamento de informações, o registro, as interações, etc., envolvendo o 
aluno na produção ou reconstrução de

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