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Dispepsia: Sintomas e Classificação

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Anna Raphaella – MEDICINA UFG 68 
Dispepsia 
w Introdução: 
- Conjunto de sintomas relacionados ao trato digestivo superior 
- Classificação: 
o Não diagnosticada X Diagnosticada 
o Digestivas X Não digestivas 
o Pépticas X Não pépticas 
o Orgânica X Funcional 
o Ulcerosa X Dismotilidade X Mista X Refluxo X Inespecífica 
W Sinais/sintomas de alarme: 
o Emagrecimento inexplicável 
o Anorexia 
o Icterícia 
o Visceromegalias 
o História familiar de câncer gástrico 
o Tumoração ou adenopatia abdominal 
o Idade → em idoso há mais chance de neoplasia 
o Sangramento digestivo 
o Disfagia progressiva 
o Palidez/anemia 
o Vômitos persistentes 
o Cirurgia gástrica prévia 
o Sintomas sistêmicos 
o Uso de antinflamatório, aspirina 
 
1. não diagnosticada 
- Duração: pelo menos 4 semanas nos últimos 3 meses 
 
2. diagnosticada 
- Passou por investigação da causa 
- Endoscopia digestiva alta, cintilografia de estômago 
(distúrbio motor), exames laboratoriais (verminoses) 
 
3. pépticas 
- Desequilíbrio do balanço: secreção ácido-péptica X defesa da 
mucosa 
- Dispepsia funcional, doença do refluxo gastro-esofágico, 
úlcera péptica 
 
4. não pépticas 
- Gastropatias específicas (tuberculose, citomegalovirose, 
sarcoidose, Doença de Crohn); neoplasias (gástrica, 
pancreática, de cólon); síndromes de má absorção (doença 
celíaca); colelitíase 
 
5. não digestivas 
- Doenças metabólicas (diabetes mellitus, doenças da tireoide, 
distúrbios eletrolíticos); doença coronariana; colagenoses; 
medicamentos; doenças psiquiátricas (ansiedade, depressão, 
pânicos, distúrbios alimentares) 
 
6. orgânica 
- Síndrome dispéptica secundária a doenças orgânicas 
específicas 
- DRGE, UGD, gastropatia medicamentosa, pancreatite, 
colelitíase, neoplasias 
- Complicações: 
a) Hemorragia digestiva aguda (HDA) 
o Aguda: melena; hematêmese; hipovolemia 
o Crônica: síndrome anêmica; episódios melena 
b) Inflamação/infecção 
o Pancreatite 
o Colecistite/colangite: abdome agudo inflamatório 
c) Perfuração 
o Síndrome do abdome agudo perfurativo 
 
Síndrome do abdome agudo perfurativo: 
 
- Dor de forte intensidade em todo abdome → em 
“facada” 
- Resistência abdominal involuntária → abdome em 
“tábua” 
- Parada de eliminação de gases e fezes com ruídos 
hidroaéreos diminuídos ou ausentes 
- Náusea, vômito 
- Percussão dolorosa em todo o abdome 
- Desaparecimento da macicez hepática (sinal de 
Jobert) → interposição de ar entre parede abdominal 
e fígado 
Anna Raphaella – MEDICINA UFG 68 
7. funcional 
- Investigação endoscópica mostra mucosa gastroduodenal 
normal ou com lesões mínimas (gastrite) e sem alterações 
(USG, bioquímica, hematológica e microbiológica) que 
justifiquem a síndrome → existem sintomas, mas não 
encontra alteração na investigação convencional 
- Em 6 meses os sintomas ocorreram durante no mínimo 3 
meses, de maneira contínua ou não (Consenso ROMA IV) 
- Para ROMA IV: dispepsia funcional provém da má 
comunicação entre cérebro e aparelho digestivo 
- Causa mais frequente de síndrome dispéptica 
- Dois subgrupos: não se distingue quanto à fisiopatologia ou 
modalidade de tratamento 
o Síndrome de desconforto pós-prandial: saciedade 
precoce e plenitude pós-prandial 
o Síndrome da dor epigástrica: dor e queimação 
epigástrica 
- Etiologia: motilidade TGI, hipersensibilidade visceral, 
psicoemocional 
 
8. ulcerosa 
- Quadro predominante de dor abdominal 
- Localização: epigástrio 
- Caráter: vazio ou queimação, perfurante ou sensação de 
fome 
- Fatores de melhora: aliviada pela refeição 
- Intensidade: 
o Grande intensidade → UGD 
o Menos evidente → funcional 
- Ritmo: relação com a alimentação 
p Pode melhorar na úlcera duodenal e piora na gástrica 
p 2 a 3 horas após a refeição ou à noite 
- Duração: 
o por vários dias ou semanas 
o desaparecendo por semanas ou meses 
- Sensibilidade e especificidade: baixas 
- Irradiação: 
o HCE: UG perfurante para o pâncreas 
o HCD ou face anterior do tórax: perfurantes da cabeça do 
pâncreas, fígado ou vesícula 
- Ritimicidade: 
o Dói-come-passa → UD 
o Não dói-come-dói-passa → UG 
- Periodicidade: dor intercalada por períodos de acalmia 
o Às vezes com periodicidade → recidivas sintomáticas 
alternadas com períodos de acalmia 
o Despertar noturno → sugere UGD e não funcional 
 
8. dismotilidade 
- Predominam os sintomas de alteração da motilidade → 
plenitude pós prandial 
o Distensão abdominal 
o Empanzinamento 
o Saciedade precoce 
o Náuseas (principalmente matinais) 
o Meteorismo 
o Dor (desconforto abdominal) 
 
9. inespecífico 
- Sintomas vagos e indefinidos → guardam relação com 
alimentação 
 
10. refluxo 
- Predominam os sintomas: 
o Pirose retroesternal 
o Azia (sensação de regurgitação ácida ou azeda) 
o Regurgitação 
 
w Síndrome dispéptica: 
W Dor epigástrica: sensação subjetiva e desagradável quando há 
lesão tecidual na região do epigástrio 
W Pirose epigástrica: sensação de queimação na região do epigástrio 
W Distensão abdominal: sensação de gases no abdome 
W Saciedade precoce: sensação que o estômago fica cheio logo que 
inicia a comer → não consegue terminar a refeição 
W Plenitude pós prandial: sensação desagradável que a comida 
permanece prolongadamente no estômago 
W Náuseas/vômitos ocasionais 
W Timpanismo 
W Pirose: sensação de queimação retroesternal 
W Regurgitação: volta à boca alimentos ou secreções do 
esôfago/estômago 
W Eructação 
W Intolerância à alimentos gordurosos 
 
Anna Raphaella – MEDICINA UFG 68 
w epidemiologia 
W Epidemiologia: varia de 30 a 40% na comunidade mundial 
o 50-60%: funcional 
o 15-20%: úlcera péptica 
o 20-25%: DRGE 
o 0,5-2%: CA gástrico 
- Idade: avaliar a idade e prevalência de determinadas doenças 
o UGD e neoplasias → aumentam com a idade 
o DRGE e dispepsia funcional não obedecem a esta associação 
- Gênero 
o Dispepsia funcional → mulheres 
o CA gástrico → homens 
- Fatores de risco: 
o Alcoolismo → pancreatite crônica e cirrose 
o Tabagismo → neoplasias, DRGE 
o Obesidade → colecistopatia e DRGE 
o Procedência 
p No Japão e Chile há ingestão abusiva de sal e conservas 
→ câncer gástrico 
o Medicamentos 
p Antinflamatórios não hormonais → UGD 
- Antecedentes mórbidos: certas doenças estão associadas à 
dispepsia 
o Diabetes mellitus → distúrbios de motilidade 
o Osteoartrose/cefaleia crônica → uso abusivo de 
antinflamatórios (AINH) 
o UGD/pancreatite crônica/colecistectomia → caráter 
recidivante 
- Antecedentes familiares: algumas doenças do TGI têm caráter 
familiar 
o UGD 
o CA gástrico

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