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Coleção manuais da Farmácia Sanar farmaceutico Hospitalar Vol 03

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COLEÇÃO MANUAIS DA 
F A R M Á C I A 
COORDENADORA DA COLEÇÃO ANDRÉA M ENDONÇA GUSMÃO CUN 
FARMÁCI A HOSPITALAR, 
PÚBLICA E DE MANIPULAÇÃ O 
AUTORE S 
PABLO DE MOURA SANTOS 
LEONARDO AUGUSTO KISTER DE TOLEDO 
ANNE CAROLINE TEIXEIRA FONSECA 
CÍNTIA FOCHESATTO 
3Rw\ C - v - - ̂
editor a w 
SANAFT 
COORDENADOR A DA COLEÇÃ O 
Far macêut i ca Bioquímica (UFBA), 
Mest re em Ciências M édicas/ 
Virologia (UNICAMP), Dout ora em 
Ciências M édi cas/ Vi r o l ogi a 
(UNICAMP), PhD em Virologia 
Molecular (FIOCRUZ). Professora 
Adjunta da Universidade Federal da 
Bahia (UFBA), da Escola Bahiana de 
Medicina e Saúde Públ i ca (EBMSP) e 
da Faculdade de Tecnologia e 
Ciências. 
| AUTORE S 
ANNE CAROLINE TEIXEIRA FONSECA 
Anne Carol ine Teixeira Fonseca . 
Far macêut i ca (UFBA, 2009), 
Habi l i t ação em Far mácia Indust r ial 
(2012) e pós graduada em Assi st ência 
Far macêut i ca (2015) pela 
Universidade Federalda Bahia 
(UFBA). Far macêut i ca do Complexo 
Hospit alar Professor Edgard Sant os 
(C-HUPES) no set or da 
Far macot écn i ca. 
BRUNO AMARAL 
Far macêut i co (Universidade 
Federalda Bahia, 2007). 
Especial ist a (UFBA 2010, UFBA 2012 
e UFSC 2015). Coordena o Ser vi ço 
de Assi st ência Far macêut i ca do 
* .^ 5-Sudoest e/ SESAB e docent e 
de Independent e do 
Nordest e - FAINOR. 
COLEÇÃ O M A N UA IS DA 
FARMÁCIA 
FARMÁCI A HOSPITALAR, 
PÚBLICA E DE M ANIPULAÇÃ O 
COORDENADORA 
ANDRÉA M ENDONÇA GUSMÃO CUNHA 
AUTORES 
PABLO DE MOURA SANTOS 
LEONARDO AUGUSTO KISTER DE TOLEDO 
ANNE CAROLINE TEIXEIRA FONSECA 
CÍNTIA FOCHESATTO 
BRUNO AMARAL 
©Todos os direito s autorai s desta obra são reservado s e protegido s à Editor a Sanar Ltda. pela Lei n° 
9.610, de 19 de Fevereir o de 1998. É proibid a a duplicaçã o ou reproduçã o deste volum e ou qualque r 
parte dest e livro , no todo ou em parte, sob quaisque r formas ou por quaisque r meios (eletrônico , 
gravação , fotocópi a ou outros) , essas proibiçõe s aplicam-se também à editoraçã o da obra, bem como 
às suas característica s gráficas , sem permissã o expressa da Editora . 
Projet o gráfic o e editoraçã o | 
Capa | 
Títul o | Farmáci a Hospitalar , públic a e de manipulaçã o 
Editor | Leandro Lima 
Bianca Vatiele Ribeiro 
Didari o Teles 
Revisão ortográfic a | Tainá Amado 
Conselh o Editoria l | Caio Viníciu s Menezes Nunes 
Itaciara Lazorra Nunes 
Paulo Costa Lima 
Sandra de Quadros Uzêda 
Silvi o José Albergari a da Silva 
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) 
F233 Farmácia hospitalar, pública e de manipulação/ 
Andréa Mendonça Gusmão Cunha, coorde-
nadora ; Anne Caroline Teixeira Fonseca... [et al.], 
autores.- Salvador: SANAR, 2017. 
308 p.: il.; 16x23 cm. - (Coleção Manuais da 
Farmácia; 3). 
ISBN 978-85-67806-86-0 
1. Farmácias, drogarias, etc. 2. Farmácia 
hospitalar. 3. Farmácia pública. 4. Farmácia de 
manipulação. I. Cunha, Andréa Mendonça Gusmão, 
coord. II. Fonseca, Anne Caroline Teixeira. III. Série. 
CDU:615.1 
Elaboração: Fábio Andrade Gomes - CRB-5/1513 
editor a 
SANAR 
Editor a Sanar Ltda. 
Av. Prof. Magalhães Neto, 1856 - Pituba, 
Cond. Ed.TKTOWER, sl. 1403. 
CEP: 41810-012, Salvador - BA. 
Telefone: 71.3497-7689 
www.editorasanar.com.br 
atendimento@editorasanar.com.br 
http://www.editorasanar.com.br
mailto:atendimento@editorasanar.com.br
AUTORES 
Farmacêutic a Bioquímic a formad a pela Universidad e Federal da Bahia (1996/1998), 
com Mestrado (2001) e Doutorad o (2005) em Ciência s Médicas na área de Virologi a pela 
Universidad e Estadual de Campinas (UNICAMP) e Pós-doutorad o (2009) em Virologi a 
pela Fundaçã o Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Possui experiênci a na área de Microbiologi a 
e Biologi a molecular , com ênfase em Virologi a e diagnóstic o molecula r de patógenos . 
Atualment e é Professor a Adjunt a da Universidad e Federal da Bahia (UFBA), da Escol a 
Bahiana de Medicin a e Saúde Pública (EBMSP) e da Faculdad e de Tecnologi a e Ciências . 
Consultor a e avaliador a externa de projeto s de pesquisa da ANUS/Argentin a e Consul -
tora AdHoc PICT/SUS. 
PABLO DE MOURA SANTOS 
i 
Possui graduaçã o (2000) em Farmáci a pela Universidad e Federal da Bahia (UFBA). 
Doutor (2013) e Mestre (2007) em Medicin a e Saúde pelo Programa de Pós Gradação 
em Medicin a e Saúde da UFBA e Especialist a em Assistênci a Farmacêutic a (2004) tam-
bém pela UFBA. Foi Diretor Financeir o da Sociedad e Brasileir a de Farmáci a Hospitala r 
e Serviço s de Saúde - SBRAFH. Coorden a o Setor de Farmáci a do Complexo Hospitala r 
Universitári o da UFBA. Tem experiênci a na área de Farmáci a Hospitala r e Atençã o Far-
macêutica , com ênfase em Farmacoepidemiologia , Estudo s de Utilizaçã o de Medica-
mentos, Pesquisa Clínica com Medicamentos , atuando principalment e nos seguinte s 
temas: asma, ensaios terapêutico s e farmáci a hospitalar . Foi Professo r Substitut o das 
disciplina s Farmacocinétic a clínic a e Introduçã o a Atençã o Farmacêutic a da Faculdad e 
de Farmáci a da UFBA. 
LEONARDO KISTER 
1 
Possui graduaçã o em FARMÁCIA pela Universidad e Federal da Bahia (2005), Especiali -
zação em Assistênci a Farmacêutic a pela Universidad e Federal da Bahia (2007). Mestra-
do em Assistênci a Farmacêutic a pela Universidad e Federal do Rio Grande do Sul (2014). 
Especialist a em Qualidad e em Saúde e Seguranç a do Pacient e Pela Escol a Nacional de 
Saúde Pública , FIOCRUZ (2015). Atualment e é Farmacêutic o Hospitala r do Complexo 
Hospitala r Universitári o Prof0. Edgard Santos da Universidad e Federal da Bahia onde 
ANDREA MENDONÇA GUSMÃO CUNHA 
Coordenador a 
chefia a Unidade de Abastecimento Farmacêutico. Foi Professor Substituto das Disci-
plinas de Introdução a Atenção Farmacêutica e Farmácia Hospitalar da Faculdade de 
Farmácia da Universidade Federal da Bahia (2009 a 2011). TUTOR do curso a Distância 
de Gestão da Assistência Farmacêutica (Ministério da Saúde/UNASUS/Universidade Fe-
deral de Santa Catarina) na 1a e 2a versão. Diretor Financeiro da Sociedade Brasileira 
de Farmácia Hospitalar (SBRAFH) - Regional Bahia (2012-2013). Presidente da SBRAFH 
Bahia (2014-2016). Tem experiência na área de Farmácia Hospitalar, com ênfase em As-
sistência Farmacêutica, Farmacoepidemiologia, Farmacovigilância, Atenção Farmacêu-
tica e Gestão Clinica. 
ANNE CAROLINE TEIXEIRA FONSECA 
i 
Farmacêutica (UFBA, 2009), Habilitação em Farmácia Industrial (2012) e pós graduada 
em Assistência Farmacêutica (2015) pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atu-
almente é Farmacêutica do Complexo Hospitalar Professor Edgard Santos (C-HUPES) 
no setor da Farmacotecnica.Tem experiência com Controle de qualidade de produtos 
farmacêuticos e cosméticos, manipulação de quimioterápicos, nutrição parenteral e 
manipulação de produtos não estéreis. 
CÍNTIA FOCHESATTO 
Graduada em Farmácia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003), com ên-
fase em Farmácia Industrial pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Mestrado 
em Ciências Farmacêuticas, pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul (2008). Atualmente é farmacêutica do Complexo Hospitalar Universitário 
Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia. Experiência em Radiofarmá-
cia e Indústria Farmacêutica. 
BRUNO ANDRADE AMARAL 
Farmacêutico graduado pela Universidade Federal da Bahia (2007), Especialista em 
Gestão da Assistência Farmacêutica pela Universidade Federal de Santa Catarina 
(2015), Administração hospitalar e sistemas em serviços de saúde pela Universidade 
Federal da Bahia (2012) e Farmacologia Clínica pela Atualiza pós-graduação (2010). 
Atuou como Professor Substituto da Faculdade de Farmácia - UFBA (2011 a 2012). Atu-
almente é Coordenador do Serviço de Assistência Farmacêutica do NRS-Sudoeste/SE-
SAB, Farmacêutico Responsável técnico da "Farmácia da Família II" da Secretaria Mu-
nicipal de Saúde de Vitória da Conquista, Mestrando do Programa de Pós-graduação 
em Assistência Farmacêutica em rede (UFRGS/UFBA)e Docente da Faculdade Inde-
pendente do Nordeste - FAINOR nas Disciplinas de Estágio Supervisionado II (Atenção 
Farmacêutica) e Saúde Coletiva. Orientador de Trabalhos de Conclusão de curso com 
ênfase em Assistência Farmacêutica, e Docente-coordenador da Liga Académica em 
Assistência Farmacêutica LASF-FAINOR. 
\ 
I APRESENTAÇÃO 
VOLUME 3 - FARMÁCI A HOSPITALAR, PÚBLICA E 
DE MANIPULAÇÃ O 
A coleçã o Manuais da Farmáci a é o melho r e mais complet o conjunt o de obras 
voltado para a capacitação e aprovação de farmacêuticos em concursos públicos e pro-
gramas de residências do Brasil. Elaborada a partir de uma metodologia que julgamos 
ser a mais apropriada ao estudo direcionado para as provas em Farmácia, contempla-
mos os 5 volumes da coleção com os seguintes recursos: 
y Teoria esquematizada de todos os assuntos; 
y Questões comentadas alternativa por alternativa (incluindo as falsas); 
y Quadros, tabelas e esquemas didáticos; 
y Destaque em lilás para as palavras-chave; 
y Questões categorizadas por grau de dificuldade, de acordo com o modelo a 
seguir: 
FÁCIL • O O 
INTERMEDIÁRIO • • O 
DIFÍCIL 
Elaborado por professoras com sólida formação académica em Farmácia, a presen-
te obra é composta por um conjunto de elementos didáticos que em nossa avaliação 
otimizam o estudo, contribuindo assim para a obtenção de altas performances em pro-
vas e concursos na Farmácia. 
LEANDRO LIMA 
Edito r 
SUMÁRIO 
PARTE 1 - FARMÁCIA HOSPITALAR 
INTRODUÇÃO À FARMÁCIA HOSPITALAR 
1. Planejamento , organizaçã o e gestão da Farmáci a Hospitala r 17 
2. Principai s determinaçõe s da legislaçã o específic a em Farmáci a Hospi -
talar 21 
Referência s Bibliográfica s 28 
ATIVIDADES CLÍNICAS NA FARMÁCIA HOSPITALAR j j j j j j 
1. Farmáci a Clínica e Atençã o Farmacêutic a 30 
2. Seguranç a do Paciente : Protocolo s do Ministéri o da Saúde, erros relacio -
nados aos medicamentos , conciliaçã o medicamentosa , medicamento s 
potencialment e perigoso s (alta vigilância ) 33 
3. Farmacovigilância : erros de medicação , quase falhas e reações adversas 
a medicamento s 37 
4. Control e de Infecçã o Hospitala r 40 
1. Conceitos Básicos 42 
2. Critérios para diagnóstico de infecção hospitalar, previamente estabeleci-
dos e descritos 42 
3. Classificação das cirurgias por potencial de contaminação da incisão cirúr-
gica 43 
5. Pesquisa Clínica 50 
Referência s Bibliográfica s 77 
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA FARMÁCIA HOSPITALAR̂ ^ ̂
1. Seleção de medicamentos , Comissã o de Farmáci a e Terapêutic a e Proto-
colos e Diretrize s Clínica s 80 
2. Programaçã o e Aquisiçã o de medicamento s 84 
3. Armazenament o e Control e de estoqu e de medicamento s 90 
4. Sistema de Distribuiçã o de Medicamento s e dispensaçã o de Medicamen -
tos 99 
5. Centro de Informaçã o sobr e Medicamento s 103 
6. Farmacoeconomi a 105 
Referência s Bibliográfica s 168 
PARTE 2 - FARMACOTÉCNICA 
FARMACOTÉCNICA 
1. Introduçã o à Farmacotécnica.................................... ..................................... 174 
1. Conceitos básicos 174 
2. Formas farmacêuticas e vias de administração 178 
3. Legislação específica a área de manipulação e boas práticas de manipula-
ção 182 
4. Estrutura física, materiais e equipamentos 186 
Referência s Bibliográfica s 208 
ANÁLISE E MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS ^ j g j 
1. Cálcul o Farmacêutico...................................... .........................—.................. 210 
1. Pesagem 210 
2. Conversão de unidades 210 
3. Diluição e Preparo de soluções 211 
4. Conversão de fórmulas e formas 212 
5. Fator de equivalência 212 
2. Operaçõe s farmacêuticas..................................... ........................................... 213 
1. Operações farmacêuticas 213 
2. Operações mecânicas 213 
3. Operações físicas 215 
4. Operações de extração de extratos vegetais 216 
3. Nutriçã o Parentera l 218 
4. Quimioterapia....................................̂ ^ —• • • •• 224 
5. Control e de Qualidad e em Manipulação....................................... ................ 228 
1. Controle de qualidade 228 
2. Métodos gerais aplicados a medicamentos 229 
3. Controle de qualidade de matéria-prima e materiais de embalagem 229 
4. Controle de qualidade da água 230 
5. Controle de Qualidade das Preparações Magistrais e Oficinais (produto 
acabado) 231 
6. Controle de qualidade físico-químico 232 
7. Controle de qualidade microbiológico 232 
6. Estabilidad e de produto s farmacêutico s e incompatibilidade s 
Referência s Bibliográfica s 
233 
257 
PARTE 3 - PÚBLICA E DE MANIPULAÇÃO 
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 
NA FARMÁCIA COMUNITÁRIA 
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS 262 
1. Introduçã o 262 
2. Evoluçã o Históric a e Conceito s Básico s 262 
3. Arcabouç o Legal : Polític a Naciona l de Medicamento s - PNM; Polític a Na-
ciona l de Assistênci a Farmacêutic a - PNAF; Portaria s Ministeriai s 263 
1. Política Nacional de Medicamentos (PNM) e Política Nacional de Assistên-
cia Farmacêutica (PNAF) 263 
2. Portarias Ministeriais 266 
3. Programas institucionais 269 
4. Ciclo Logístic o da Assistênci a Farmacêutic a 273 
1. Organização geral do Serviço 275 
2. Seleção 275 
3. Programação 276 
4. Aquisição 276 
5. Armazenamento/Estoque 277 
6. Dispensação e uso racional de medicamentos 278 
5. Medicamento s Essenciais : Conceit o e Relevânci a 279 
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA FARMÁCIA COMUNITÁRIA PRIVADA 280 
Introduçã o 280 
6. Legislaçã o especific a em farmáci a comunitári a 282 
1. Resoluções da ANVISA e CFF 282 
2. Lei dos Genéricos 283 
3. SNGPC 284 
4. Portaria 344/98 285 
5. RDC 20/2011 - Antimicrobianos 288 
Referência s Bibliográfica s 309 
PARTE 1: 
FARMÁCIA HOSPITALAR 
CAPÍTULO 
1 Introduçã o à farmáci a hospitala r 
Pablo de Moura Santos 
Leonardo Kister de Toledo 
O que você irá ver nesse capítulo: 
& Planejamento, estrutura física, organização e gestão da 
| Farmácia Hospitalar 
0 Legislação Específica em Farmácia Hospitalar 
^ Quadro Resumo 
Ò Quadro Esquemático 
Ò Questões Comentadas 
Ó Referências Bibliográficas 
Objet ivos de aprendizagem 
eu 
Entender os processos de planejamento e gestão da farmácia hos-
pitalar, entendendo a influência da estrutura física para a sua orga-
nização; 
Entender o papel da Farmácia na estrutura organizacional de uma 
Unidade Hospitalar; 
Conhecer os objetivos e funções da Farmácia Hospitalar; 
Conhecer as legislações específicas em Farmácia Hospitalar; 
1 - PLANEJAMENTO , ORGANI ZAÇÃ O E 
GESTÃO DA FARM ÁCI A HOSPITALAR 
Conceitualmente, a Farmácia hospitalar é a unidade clínico-assisten-
cial, técnica e administrativa, onde se processam as atividades relaciona-
das à assist ência farmacêut ica, dirigida exclusivamente por um farma-
cêut ico, compondo a estrutura organizacional do hospital e integrada 
funcionalmente com as demais unidades clínicas (de assistência ao pa-
ciente) e administrativas.3 
17 
CAPÍTULO 1 
Nos últ imos anos, os Serviços de Farmácia Hospitalar têm mudado de 
maneira vertiginosa o seu conceito e desenvolvimento profissional. Os 
Serviços de Farmácia em um hospital são eminentemente unidades clíni-
cas, portanto, devem estar ligadas à gerência ou departamentos assisten-
ciais da inst ituição. 
Para o adequado desempenho das at ividades da farmácia hospi-
talar, sugere-se aos hospitais que: (i) provenham de estrutura organiza-
cional e infraestrutura física que viabilizem as suas ações, com qualidade, 
utilizando um modelo de gestão sistémico, integrado e coerente, pautado 
nas bases da moderna administ ração, influenciando na qualidade, resolu-
tividade e custo da assistência, com reflexos positivos para o usuário, esta-
belecimentos e sistema de saúde, devidamente aferidos por indicadores; 
(ii) considerem a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENA-
ME) vigente, bem como os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêut icas 
do Ministério da Saúde como referência para a seleção de medicamentos;(iii) promovam programa de educação permanente para farmacêut icos e 
técnicos/ auxiliares; (iv) incluam a farmácia hospitalar no plano de contin-
gência do estabelecimento; e (v) habilitem a efetiva part icipação do far-
macêut ico, de acordo com a complexidade do estabelecimento, nas Co-
missões existentes, tais como: Farmácia e Terapêut ica (CFT), Comissão de 
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Comité de Ética em Pesquisa (CEP), 
Comissão de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde e outras 
que tenham interface com a assistência farmacêut ica hospitalar. 
São objetivos e funções das farmácias hospitalares: 
• Garantir o abastecimento, dispensação, acesso, controle, rastreabilida-
de e uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde; 
• Assegurar o desenvolvimento de prát icas clínico-assistenciais que 
permitam monitorar a ut ilização de medicamentos e outras tecno-
logias em saúde; 
• Otimizar a relação entre custo, benefício e risco das tecnologias e 
processos assistenciais; 
• Desenvolver ações de assistência farmacêut ica, articuladas e sincro-
nizadas com as diretrizes institucionais; 
• Participar ativamente do aperfeiçoamento cont ínuo das prát icas da 
equipe de saúde; 
• Garantir e assumir a responsabilidade técnica pela correta aquisição 
de medicamentos, conservação, armazenamento, dist ribuição de 
medicamentos para pacientes hospitalizados e ambulatoriais; 
18 
INTRODUÇÃO À FARMÁCIA HOSPITALAR 
• Gerenciar um sistema adequado de gestão de estoque de medica-
mentos; 
• Estabelecer um sistema seguro e efetivo de dispensação de medica-
mentos; 
• Contribuir com suporte técnico operacional nos ensaios clínicos com 
medicamentos; 
• Participar de comissões assessoras da Direção do hospital, cujo co-
nhecimento farmacêut ico pode ser út il, como CFT, CCIH, Resíduos, 
Feridas et c; 
• Realizar seguimento farmacoterapêut ico de pacientes internados e 
ambulatoriais, implementando o desenvolvimento da farmácia clíni-
ca, buscando otimizar a terapia medicamentosa; 
• Desenvolver atividades de ensino e educação permanente; 
• Desenvolver e/ou manipular fórmulas magistrais e/ou ofícinais de 
produtos não estéreis, destinados a atender necessidades específi-
cas dos pacientes; 
• Fornecer informações sobre medicamentos a profissionais de saúde 
e pacientes. 
O Conselho Federal de Farmácia, a partir da Resolução n° 300 (1997), 
ressalta que a Farmácia deve ser uma unidade clínica e, portanto, todas as 
suas ações devem ser orientadas ao paciente. Isso significa que a farmácia, 
além de fornecer medicamentos, deve acompanhar sua correta ut ilização 
e seus efeitos. A Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH) re-
conhece seis grandes grupos de atribuições essenciais da Farmácia Hospi-
talar:6 
1. Gestão: o foco da Farmácia hospitalar é a promoção do Uso Racional 
de Medicamentos, desenvolvendo ações da assistência farmacêut i-
ca hospitalar em consonância com os preceitos da gestão clínica e 
segurança do paciente. Para tanto, deverá possuir uma estrutura or-
ganizacional, onde a missão, valores e visão de futuros devem estar 
estabelecidos, devendo a Farmácia estar inserida no organograma 
da inst ituição ligada à diretoria clínica (gerência de atenção à saúde) 
junto aos demais serviços clínicos da inst ituição. Deverá, ainda, for-
mular, implementar e acompanhar o planejamento estratégico, esta-
belecendo critérios (indicadores) para avaliação do desempenho do 
serviço. Elaborar e revisar procedimentos operacionais e polít icas ins-
titucionais que garantam a gestão do uso de medicamentos em toda 
CAPÍTULO 1 
a inst ituição. Acompanhar o desempenho financeiro/orçamentário 
junto à Administ ração do Hospital, buscando assegurar dotação or-
çamentária específica para a aquisição de medicamentos. Participar 
das comissões de formulação de polít icas e procedimentos relacio-
nados à gestão do uso de medicamentos e outras ações da assistên-
cia farmacêut ica, como: Comissão de Farmácia e Terapêut ica, Comis-
são de Controle de Infecção Hospitalar, Comité de Ética em Pesquisa, 
Comissão de Suporte Nutricional e Comissão de Gerenciamento de 
Resíduos em Saúde, Núcleos de Avaliação de Tecnologias, Comités 
de Segurança do Paciente, Comissões do processo de Acreditação 
Hospitalar, dentre outros. 
2. Desenvolvimento de infraestrutura: garantir as condições necessá-
rias de estrutura física, recursos humanos e materiais para a prát ica 
do farmacêut ico. Disponibilidade de equipamentos e instalações 
adequadas ao gerenciamento (logíst ica de medicamentos), sanean-
tes e produtos para a saúde, manipulação de produtos estéreis e não 
estéreis. É necessária, ainda, a implantação de um sistema informati-
zado, viabilidade de acesso à informação cient ífica, disponibilidade 
de recursos para educação continuada, bem como condições de di-
vulgação de informação e comunicação. 
3. Preparo, dist ribuição, dispensação e controle de medicamentos e 
produtos para a saúde: a implantação de um sistema racional de 
dist ribuição deverá ser priorizada pelo farmacêut ico e pela institui-
ção, de forma a buscar processos que promovam maior segurança 
ao paciente, otimizando recursos financeiros. Envolver toda a equipe 
diretamente ligada ao processo de ut ilização de medicamentos (far-
macêut icos, médicos, profissionais de enfermagem) para a definição 
de normas e procedimentos relacionados ao sistema de dist ribuição 
de medicamentos. Atuar junto à Comissão de Farmácia eTerapêut ica 
para este propósito. As prescrições de medicamentos devem ser ana-
lisadas pelo farmacêut ico antes de serem dispensadas. 
4. Ot imização da terapia medicamentosa: visa aumentar a efetividade 
da intervenção terapêut ica, promovendo o uso racional e garantindo 
a qualidade da farmacoterapia, devendo ser realizada com o apoio da 
diretoria clínica e a colaboração da Comissão de Farmácia e Terapêu-
tica. O farmacêut ico deve selecionar os pacientes que necessitam de 
monitoramento, como os que têm baixa adesão ao tratamento, em 
uso de medicamentos potencialmente perigosos, em uso de medi-
20 
INTRODUÇÃO À FARMÁCIA HOSPITALAR 
camentos com maior potencial de produzir efeitos adversos, de alto 
custo, crianças e idosos, portadores de disfunções renais, hepát icas.4-6 
5. Informação sobre medicamentos e produtos para a saúde: prover à 
equipe de saúde e pacientes de informações técnico cient íficas so-
bre eficácia, efetividade, segurança e custos dos medicamentos. O 
farmacêut ico deve prestar suporte de informações às Comissões de 
Farmácia e Terapêut ica, licitações, controle de infecção hospitalar, te-
rapia nutricional, gerenciamento de risco e de resíduos e avaliação 
de tecnologias. 
6. Ensino, educação permanente e pesquisa: a farmácia hospitalar de-
verá promover, participar e apoiar ações de educação permanente, 
ensino e pesquisa nas suas atividades administrativas, técnicas e clí-
nicas, com a part icipação de farmacêut icos, demais profissionais e 
estudantes. A formação, capacitação e qualif icação dos recursos hu-
manos deverão ser cont ínuas, em quantidade e qualidade suficien-
tes para o correto desenvolvimento da assistência farmacêut ica. A 
Farmácia pode, ainda, promover, participar e apoiar pesquisas inse-
ridas em Farmácia e em seu âmbito de atuação, visando à produção 
de informações que subsidiem o aprimoramento das prát icas, o uso 
racional de medicamentos e demais produtos para a saúde, contri-
buindo com a melhoria da qualidade da assistência farmacêut ica. As 
atividades de ensino, educação continuada e pesquisa devem buscar 
atender às necessidades da sociedade por ela assistida e da popula-
ção em geral, favorecendo a harmonização entre as polít icas das áre-
as da educação e de saúde, levando à formação de profissionais com 
perfil e competência compat íveis com estas necessidades. 
2 - PRINCIPAIS DETERM I NAÇÕES DA 
LEGI SLAÇÃ O ESPECÍFICA EM FARM ÁCI A HOSPITALAR 
O marco regulatório mais atual para o âmbito das farmáciashospitala-
res no Brasil é a portaria n° 4283 de 30 de dezembro de 2010, que aprova 
as diretrizes e estratégias para a organização, fortalecimento e aprimora-
mento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais. Esta por-
taria revoga a portaria n° 316/1977, que preconizava a atuação de farma-
cêut icos apenas para hospitais com número superior a 200 leitos. 
A portaria n° 4283/2010 é um avanço para o desenvolvimento da assis-
tência farmacêut ica hospitalar. Suas diretrizes norteiam prát icas focadas 
CAPÍTULO 1 
na gestão da assistência farmacêut ica hospitalar, bem como outras ações 
que visam o fortalecimento da farmácia clínica com o desenvolvimento 
de ações voltadas para a atenção à saúde de forma integral e com caráter 
multidisciplinar. Outras diretrizes norteiam o direcionamento para a es-
t ruturação de sistemas de informação e infraestrutura, bem como a quali-
ficação dos recursos humanos, assegurando às inst ituições hospitalares a 
qualif icação de seus serviços farmacêut icos. 
Segundo a portaria n° 4283/2010, os hospitais devem priorizar a im-
plantação de sistemas racionais de dist ribuição de medicamentos, reco-
mendando a adoção de sistemas de dist ribuição por dose individualizada 
ou unitária. Estes são os sistemas que garantem maior segurança no pro-
cesso de ut ilização do medicamento e potencializam a sua ut ilização de 
forma racional. As diretrizes recomendam, ainda, que os serviços possam 
disponibilizar processos de farmacotécnica hospitalar, visando ajustar as 
terapias medicamentosas às necessidades e especificidades terapêut icas 
dos pacientes. Os farmacêut icos devem atender à legislação vigente no 
que tange à responsabilidade para com todo o processo de fracionamen-
to de doses e manipulação de medicamentos como ant ineoplásicos e a 
terapia nutricional parenteral. 
Ainda segundo a portaria n° 4283/2010, o fortalecimento de sistemas de 
informação, com a implantação de tecnologias de informação, ferramentas 
de processamento de dados sobre ut ilização de medicamentos deverão 
ser adotadas visando otimizar a rastreabilidade e segurança nos processos 
envolvidos. A const ituição de centros de informação sobre medicamentos 
visa promover o uso racional de medicamentos através do fornecimento 
de informações independentes que contribuirão para tomadas de decisão 
racional, minimizando os riscos e maximizando a efetividade das terapias. 
Os Serviços de Farmácia Hospitalar devem adotar estratégias que vi-
sam estar alinhadas com o Programa Nacional de Segurança do Paciente, 
conforme definido pela portaria ministerial n° 529/2013. Ainda, progra-
mas nacionais e internacionais de acreditação hospitalar estão sendo de-
senvolvidos nas unidades hospitalares com vistas a otimizar os processos 
e as prát icas no sentido de maximizar a segurança na atenção à saúde. As 
farmácias hospitalares têm um papel fundamental na implantação e im-
plementação de diretrizes e polít icas institucionais que orientam as prát i-
cas assistenciais seguras e efetivas. 
22 
QUADRO ESQUEM ÁTICO 
O 
i - h 
OOO 
Palavras Chave Descriçã o 
Assistênci a 
Farmacêutic a 
Um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recupera-
r ã o Ha ç a ú H p tAnt o inHiviHiiAl rnm n rnlptiv A tpnHn n mpdirAmpntr i 
L Q U KJG j u U U C , L<HI \WJ I I 1 KJ 1 V 1KJ U a 1 L-Lsl 1 IKJ L U I C L I v u , LC1 1 KJ KJ KJ 1 1 1 dv_-4 1 V_a 1 1 1 \31 1 KKJ 
como insumo essencial e visando o acesso e seu uso racional. Este 
conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de 
medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, 
aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos 
produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, 
na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria 
da qualidade de vida da população. (BRASIL, 2004) 
Atividade s da Farmáci a 
Hospitala r 
Por ser uma unidade clínica, as atividades da Farmácia Hospitalar 
devem ser direcionadas para o paciente. Isso significa que a farmá-
cia, além de fornecer medicamentos, deve acompanhar sua correta 
utilização e seus efeitos. 
Farmáci a hospitala r 
Unidade clínico-assistencial, técnica e administrativa, onde se 
processam as atividades relacionadas à assistência farmacêutica, 
dirigida exclusivamente por farmacêutico, compondo a estrutura or-
ganizacional do hospital e integrada funcionalmente com as demais 
unidades clínicas (de assistência ao paciente) e administrativas. 
Portari a n° 4283 de 30 
de dezembr o de 2010 
Aprovam as diretrizes e estratégias para a organização, fortaleci-
mento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito 
dos hospitais. 
Relação Naciona l de 
Medicamento s Essen-
ciais: RENAME 
Uma das estratégias da política de medicamentos da Organização 
Mundial da Saúde (OMS) para promover o acesso e uso seguro e 
racional de medicamentos. É uma lista de medicamentos que deve 
atender às necessidades de saúde prioritárias da população brasi-
leira. Deve ser um instrumento mestre para as ações de assistência 
farmacêutica no SUS. 
23 
QUADRO ESQUEM ÁTICO 
FARMÁCI A HOSPITALAR 
issão, visão e valores voltados 
para práticas clínicas. 
Gestão clínica. 
^ | Desenvolviment o de §| Ífi 
ÉM infraestrutur a M 
Estrutura física, recursos humanos 
e materiais para a prática do 
farmacêutico. 
•
Preparo , distribuição , mSm 
dispensaçã o e control e 
I de medicamento s e Éugj i 
produto s para a saúde WÊm 
Sistema racional de distribuição 
de medicamentos. 
Dose Individualizada ou Unitária. 
Otimizaçã o da terapi a 
medicamentos a n Promoção do Uso Racional de Medicamentos. 
Informaçã o sobr e 
medicamento s e 
produto s para a saúde 
Fornecer informações técnico 
científicas criticamente avaliadas 
para tomadas de decisão. 
Promover, participar e apoiar 
ações de educação permanente, 
ensino e pesquisa. 
U Ensino , educaçã o wfÊ 
MH permanent e e pesquis a I 
24 
QUESTÕES COMENTADAS 
0 1 (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE - UFU - 2013) 
Assinale a alternativa que NÃO corresponde às atribuições essenciais das 
unidades de farmácia hospitalar. 
® Gestão de estoque. 
® Atividades individualizadas dos profissionais de saúde. 
© Desenvolvimento de infraestrutura. 
© Ot imização da terapia medicamentosa. 
GRAU DE DIFICULDADE • O O 
Alternativ a A: INCORRETA. A gestão de estoque faz parte de atribui-
ções essenciais das unidades de farmácia hospitalar; 
Alternativ a B: CORRETA. As atividades individualizadas dos profissio-
nais de saúde NÃO correspondem a atribuições essenciais da farmácia 
hospitalar; 
Alternativ a C: INCORRETA. O desenvolvimento da infraestrutura cor-
responde a uma atribuição essencial da Farmácia Hospitalar; 
Alternativ a D: INCORRETA. A ot imização da terapia medicamentosa 
corresponde a uma atribuição essencial da Farmácia Hospitalar. 
02 ( AERONÁUTI CA - 2014) 
O Ministério da Saúde do Brasil (MS) e a Organização Pan-Americana de 
Saúde (OPAS) estabelecem as funções fundamentais de um serviço de far-
mácia hospitalar. Assinale a alternativa que não corresponde a uma fun-
ção da farmácia hospitalar. 
® Aquisição, conservação e controle dos medicamentos selecionados, 
estabelecendo níveis adequados para aquisição por meio de um geren-
ciamento apropriado dos estoques. 
© Implantação de um sistema sobre pacientes para obtenção de dados 
objetivos que possibilitem à equipe de saúde otimizar a prescrição médi-
ca e a administ ração dos medicamentos. 
© Manipulação, produção de medicamentos e germicidas, seja pela in-
disponibilidade de produtos no mercado, para atender prescrições espe-
ciais, ou por motivos de viabilidade económica. 
25 
e QUESTÕES COMENTADAS 
© Seleção de medicamentos, germicidas e correlatos necessários ao hos-
pital, realizada pela comissão de farmácia e terapêut ica, ou corresponden-
te e associada a outras comissões quando necessário. 
GRAU DE DIFICULDADE • • O 
Alternativ a A: CORRETA. Aquisição, conservação e controle dos medi-
camentos selecionados,estabelecendo níveis adequados para aquisição 
por meio de um gerenciamento apropriado dos estoques são funções 
fundamentais de um serviço de farmácia hospitalar; 
Alternativ a B: INCORRETA. Implantação de um sistema sobre pacien-
tes para obtenção de dados objetivos, que possibilitem à equipe de saúde 
otimizar a prescrição médica e a administ ração dos medicamentos, NÃO 
são funções fundamentais de um serviço de farmácia hospitalar; 
Alternativ a C: CORRETA. Manipulação, produção de medicamentos 
e germicidas, seja pela indisponibilidade de produtos no mercado, para 
atender prescrições especiais ou por motivos de viabilidade económica, 
são funções fundamentais de um serviço de farmácia hospitalar; 
Alternativ a D: CORRETA. Seleção de medicamentos, germicidas e cor-
relatos necessários ao hospital, realizada pela comissão de farmácia e te-
rapêut ica ou correspondente e associada a outras comissões, quando ne-
cessário, são funções fundamentais de um serviço de farmácia hospitalar. 
03 (SES/ PE - UPENET - 2014) 
Assinale a alternativa que corresponde a um objetivo secundário da Far-
mácia Hospitalar. 
® Implantar um setor de misturas intravenosas 
® Padronização de medicamentos 
© Aquisição de medicamentos 
© Planejamento de estoques 
© Dispensação de medicamentos 
GRAU DE DIFICULDADE # Q O 
Alternativ a A: CORRETA. Um dos objetivos secundários da Farmácia 
Hospitalar é implantar um setor de misturas intravenosas; 
26 
QUESTÕES COMENTADAS 
Alternativa s B, C, D e E: INCORRETAS. Padronização de medicamentos, 
aquisição de medicamentos, planejamento de estoques e dispensação de 
medicamentos são objetivos primários da farmácia hospitalar. 
REFERÊNCIAS BI BLI OGRÁFI CA S 
1. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 338, de 06 de maio de 2004. Apro-
va a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da União, 
Poder Executivo, Seção 1 n° 96, 20 de maio de 2004. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2004. 
2. Conselho Federal de Farmácia. RESOLUÇÃO N° 300 DE 30 DE JANEIRO DE 
1997. Regulamenta o exercício profissional em Farmácia e unidade hospita-
lar, clínicas e casa de saúde de natureza pública ou privada. Disponível em: 
http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/300.pdf 
3. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n° 492 de 26 de novembro de 2008. 
Regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré-hos-
pitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza 
pública ou privada. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/reso-
lucoes/492.pdf. 
4. GOMES, MJ.Vde M; Reis, A.M.M. Ciências Farmacêuticas: uma abordagem em 
Farmácia Hospitalar. Ia edição, São Paulo, Atheneu, 2000. 
5. Ministério da Saúde. Portaria n° 4.283, de 30 de dezembro de 2010 aprova 
as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramen-
to das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais. Disponível em: 
http:/ /www.saude.mg.gov.br/ images/documentos/Portaria%204283%20 
de%2030%20de%20dezembro%20de%202010.pdf 
6. Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH). 
Organização Conselho Federal de Farmácia. Padrões Mínimos para Farmácia 
Hospitalar. Goiânia: 2007.20p 
28 
http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/300.pdf
http://www.cff.org.br/userfiles/file/reso-
http://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/Portaria%204283%20
Atividade s Clínica s 
na Farmáci a Hospitala r 
CAPITULO 
2 
Pablo de Moura Santos 
Leonardo Kister de Toledo 
O que você irá ver nesse capítulo: 
© Farmácia Clínica e Atenção Farmacêut ica 
© Segurança do Paciente: Protocolos do Ministério da Saú-
j de, erros relacionados aos medicamentos, conciliação 
medicamentosa, medicamentos potencialmente perigo-
j sos (alta vigilância); 
© Farmacovigilância: erros de medicação, quase falhas e 
© reações adversas a medicamentos; 
© Controle de Infecção Hospitalar; 
© Pesquisa Clínica; 
© Quadro Resumo 
© Quadro Esquemát ico 
© Questões Comentadas 
© Referências Bibliográficas 
! 
Objet ivos de aprendizagem 
Conhecer os princípios da prát ica clínica farmacêut ica em ambiente 
hospitalar; 
Entender o processo de cuidado farmacêut ico ao paciente. 
Compreender os diferentes modelos de seguimento farmacotera-
pêut ico (PW, SOAP) e etapas do processo de atenção farmacêut ica. 
Revisar os conceitos de farmacovigilância e gerenciamento de risco. 
Discutir e analisar os fundamentos do Controle de infecção em servi-
ços de saúde e o papel do farmacêut ico neste contexto; 
Entender os princípios da pesquisa clínica e dos estudos em seres 
humanos para desenvolvimento de novos medicamentos. 
Compreender os princípios fundamentais do Uso Racional de Medi-
camentos. 
29 
CAPÍTULO 2 
1 - FARM ÁCI A CLÍ NI CA E ATENÇÃ O FARM ACÊUTI CA 
De forma sucinta, podemos analisar os três períodos históricos mais 
importantes da profissão farmacêut ica no século XX: o tradicional (bot icá-
rios), o de t ransição e o de desenvolvimento da atenção ao paciente, que 
passou a ser conhecido como Farmácia Clínica. Em cada um destes perío-
dos é possível identificar diferentes conceitos das funções e obrigações da 
Farmácia, ou seja, diferentes modelos do papel social desta profissão nos 
seus diferentes momentos de evolução histórica. 
Em meados dos anos 60, a prát ica da Farmácia Clínica tem início e, com 
ela, um período de t ransição profissional onde os farmacêut icos buscaram 
a autorealização e o total desenvolvimento do seu potencial profissional. 
Este foi um tempo de expansão rápida de funções e incremento da diver-
sidade profissional. Os farmacêut icos não só começam a inovar funções, 
mas passaram a realizar cont ribuições bibliográficas originais. 
Em 1990 surge a atençã o farmacêut ica , definida por Charles Hepler 
e Linda Strand como a provisão responsável da terapia medicamentosa, 
com o propósito de alcançar resultados definidos que melhorem a qua-
lidade de vida do paciente. Posteriormente, em 1998, Strand, no projeto 
Minessota, definiu a atenção farmacêut ica como uma prát ica profissional 
na qual o profissional de saúde assume a responsabilidade pelas necessi-
dades farmacoterapêut icas dos pacientes e pelos resultados alcançados, 
cujos componentes são: filosofia de prát ica, processo de cuidado do pa-
ciente e sistema de gerenciamento da prát ica. 
Somente a partir de 2002, com o Consenso Brasileiro de Atenção Farma-
cêut ica, cujo principal objetivo era identificar as experiências nacionais em 
atenção farmacêut ica, constatou-se que o envolvimento do farmacêut ico 
com o paciente era naquele período ainda muito incipiente, apontando 
para a necessidade de est ímulos governamentais para o desenvolvimento 
de atividades clínicas pelo farmacêut ico no SUS. Passados quinze anos, 
podemos constatar que existem várias iniciativas de est ímulo à prát ica da 
atenção farmacêut ica ao paciente em diversos cenários onde o farmacêu-
tico tem a oportunidade de centrar sua prát ica no cuidado ao paciente, 
abrindo a grande perspectiva de inserção cada vez maior do farmacêut ico 
nas equipes de cuidado ao paciente no SUS e, em consequência disso, o 
desenvolvimento de pesquisa nesta área, o que resultará na consolidação 
desta prát ica em nosso país. 
30 
ATIVIDADES CLÍNICAS NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
Nos últ imos anos, temos observado no Brasil um resgate das ativida-
des do farmacêut ico, com o redirecionamento da prát ica profissional para 
as atividades clínicas e uma maior responsabilidade pela saúde das pes-
soas. O farmacêut ico tem retomado o seu escopo de ação para atividades 
focadas na saúde e bem-estar dos pacientes. Entretanto, a atuação do far-
macêut ico no Brasil ainda está longe de se concretizar como essencial-
mente clínica. O que se observa, ainda nos dias atuais, é o farmacêut ico 
envolvido em muitas atividades de gestão, logíst ica, dispensação e nas 
atividades de promoção do acesso aos medicamentos. Muito ainda deve 
ser feito para esta mudança de paradigma. 
O envolvimento do farmacêutico no cuidado ao paciente é justificado, 
pois ele é o profissional que está inserido estrategicamente na farmácia, 
local de recebimento e orientação quanto ao uso do medicamento, tendo 
contato com o paciente antes e durante o tratamento. 
Neste contexto, a atenção farmacêut ica definida por Hepler e Strand 
(2004) é vista como um modelo de prát ica adequado para a inserção do 
profissional farmacêut ico na equipe de saúde, enquanto atividade centra-
da no cuidado ao paciente. 
O desenvolvimento da prát ica da atenção farmacêut ica no Brasil vem 
se pautando na educação profissional pela inserção da disciplina em com-
ponentes curriculares da graduação e pós-graduação em farmácia, bem 
como por um arcabouço de normas e leis que dão sustentação a esta prát i-
ca. Podemos citar a Resolução 357 do CFF, que dispõe sobre a prestação de 
serviços farmacêut icos; a Resolução CFF 499/2009, que também dispõe so-
bre a prestação de serviços farmacêut icos em farmácias e drogarias, abor-
tando como prát ica o desenvolvimento do perfi l farmacoterapêut ic o 
e o acompanhamento da terapia medicamentosa. A resolução da ANVISA 
n° 44/2009 contempla que a atenção farmacêut ica é um serviço a ser rea-
lizado nas dependências das farmácias e drogarias. Neste âmbito, a pres-
tação deste serviço de atenção farmacêut ica compreende o atendimento 
domiciliar, a aferição de parâmetros fisiológicos e bioquímicos (pressão 
arterial sistémica, temperatura corporal e glicemia capilar), bem como a 
administ ração de medicamentos. Além disso, a resolução prevê o registro 
e o fornecimento de declaração da prestação do serviço farmacêut ico. 
Segundo a proposta de consenso brasileiro de atenção farmacêut ica, os 
componentes da atenção farmacêut ica são: a educação em saúde, incluin-
do a promoção do uso raciona l de medicamentos , orientação farma-
CAPÍTULO 2 
cêut ica, dispensação, atendimento farmacêut ico, acompanhamento farma-
coterapêut ico, registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação 
dos resultados. Sabe-se, no entanto, que a prática da atenção farmacêut ica 
pode ser realizada de forma dissociada das atividades de dispensação. 
Existem vários métodos de acompanhamento farmacoterapêut ico que 
são utilizados como ferramenta prát ica para o desenvolvimento do racio-
cínio clínico e ot imização do processo de cuidado do paciente. Os princi-
pais métodos são o SOAP, PW (PWDT), DADER e o TOM. Os dois primeiros 
estão descritos a seguir: 
SOAP (dados Subjetivos, Objetivos, Avaliação e Plano de cuidado). Os 
dados subjetivos compreendem a sintomatologia referida pelo paciente 
e/ou familiares. O raciocínio do farmacêut ico está em correlacionar esta 
sintomatologia à terapia medicamentosa. Os dados objetivos se confi-
guram pelos sinais vitais, parâmetros laboratoriais, bem como exames 
físicos do paciente. A avaliação é a etapa da ident ificação de Problemas 
Relacionados aos Medicamentos (PRMs). Plano de cuidado é a etapa de 
planejamento e gerenciamento das ações a serem implementadas para a 
resolução dos PRMs. 
O método PW (PWDT), ou trabalho farmacêut ico voltado para a farma-
coterapia, criado por Strand e colaboradores na Universidade de Minne-
sota, fundamenta-se em uma relação farmacêut ico-paciente. Na avaliação 
inicial tem-se a anamnese farmacológica, análise da experiência medica-
mentosa, ident ificação de PRMs, estabelecimento de um plano de cuida-
do para cada PRM com o estabelecimento de objetivos e metas terapêut i-
cas, avaliação do plano de cuidado e monitoramento. 
32 
ATIVIDADES CLÍNICAS NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
Processo de Atençã o Farmacêutic a 
• Dados específico s do 
Pacient e 
• Históri a Clínica 
• Históri a de Medicaçã o 
cuidad o em relacionado s à 
conjut o com o farmacoteriapi a 
pacient e 
Revisão da 
Farmacoterapi a 
Indentificaçã o dos 
Problema s presente s 
e potenciai s 
3 4 
Figura 1. Processo de Atenção Farmacêut ica 
Correr, C. 0 método Clínico de Atenção Farmacêut ica. Disponível na Internet. ht tp: / / pt .slideshare.net / CassyanoJCor-
rer/ mtodo-clnico-para-os-cuidados-farmacut icos. 
2- SEGURANÇA DO PACIENTE: PROTOCOLOS DO M INISTÉRIO 
DA SAÚDE, CONCI LI AÇÃ O MEDICAMENTOSA, MEDICAMENTOS 
POTENCIALMENTE PERIGOSOS (ALTA VI GI LÂNCI A ) 
A publicação do relatório "Errar é humano" do Instituto de Medicina 
(IOM), contribuiu efetivamente para uma mudança de foco e atenção em 
relação aos problemas decorrentes das prát icas e cuidado em saúde, ten-
do a segurança do paciente passado a assumir, desde então, papel impor-
tante nas invest igações em saúde. 
A Segurança do Paciente é um componente essencial da qualidade do 
cuidado e tem adquirido, em todo o mundo, importância cada vez maior 
para os pacientes e suas famílias, para os gestores e profissionais de saúde 
no sentido de oferecer uma assistência segura. Esta temát ica tem cada vez 
mais assumido posição de destaque e importância nos planos de ação e 
planejamento das organizações de saúde. Esforços para promover maior 
segurança do paciente nos cenários e ambientes de saúde exigem ações 
compartilhadas entre profissionais de saúde e gestores, almejando evitar 
a ocorrência de danos decorrentes de processos e prát icas de cuidados de 
saúde. Os incidentes associados ao cuidado de saúde, e em particular os 
eventos adversos (incidentes com danos ao paciente), representam uma 
elevada morbidade e mortalidade em todos os sistemas de saúde. 
33 
http://pt.slideshare.net/CassyanoJCor-
CAPÍTULO 2 
Esta problemát ica levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) e di-
versos organismos internacionais a lançarem campanhas, desafios e es-
tratégias voltadas à redução de riscos e de danos no cuidado à saúde. Em 
2004, a OMS lançou o desafio da campanha para a segurança do pacien-
te, "Patient safety", com o objetivo de coordenar, disseminar e promover 
a melhoria na segurança do paciente a nível mundial. Naquele ano de 
2004, foi criada pela OMS a Aliança Global para a Segurança do Paciente. 
Em 2005, a OMS, em parceria com a Joint Commission International (JCI), 
elaboraram as "Soluções de Segurança do Paciente", iniciativa que tinha 
como objetivo a sistemat ização de medidas preventivas e a implemen-
tação de polít icas nas áreas consideradas problemát icas na segurança do 
paciente. Nove propostas de segurança foram realizadas: 
1. Gestão de medicamentos de aspecto e nome semelhante (medica-
mentos LASA - Look Alike, Sounds Alike"). 
2. Ident ificação do paciente 
3. Comunicação durante a t ransição do cuidado 
4. Realização do procedimento correto no local correto 
5. Controle das soluções de eletrólito concentrado 
6. Conciliação medicamentosa 
7. Evitar erros nas conexões de cateter e tubos 
8. Uso único de dispositivos injetáveis 
9. Melhorar a higiene das mãos para prevenir infecções associadas aos 
cuidados de saúde 
Em 2009, um grupo de trabalho, ligado à Aliança global da OMS, de-
senvolveu a Classificação internacional de Segurança do Paciente. 
Incidentes 
Incidente (relacionado ao cuidado de saúde) é um evento ou circuns-
tância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário para 
o paciente. Os incidentes podem ser oriundos de atos intencionais (viola-
ções) ou atos não intencionais. 
Os incidentes podem ser de quatro tipos: 
1. Circunstância not ificável: Circunstância em que houve um potencial 
significativo para o dano. 
2. "Near miss": Incidente que não atingiu o paciente. 
3. Incidente sem danos: Evento que atingiu o paciente, mas que não 
causou dano. 
34 
ATIVIDADES CLÍNICAS NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
4. Incidente com dano ou evento adverso: Evento que resulta em dano 
ao paciente. 
Os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de um inci-
dente ou aumento do risco podem ser: 
• Fatores Humanos - comportamento, comunicação da equipe de 
saúde entre si ou com o paciente; 
• Fatores do sistema - Ambiente natural ou legislação; 
• Fatores relacionados ao paciente - não adesão ao tratamento. 
Segundo Mendes (2104), a detecção,os fatores de mit igação, as ações 
de melhoria e as ações empreendidas para reduzir o risco são categorias 
consideradas, na Classificação Internacional para a Segurança do Paciente 
(ICPS), de recuperação do incidente e resiliência do sistema e envolvem a 
esfera do gerenciamento do risco. Assim, a detecção seria a descoberta de 
um incidente, o fator de mit igação, a ação ou circunstância que objetiva 
prevenir ou moderar a progressão de um incidente. As ações de melhoria 
deverão ser introduzidas caso o incidente resulte em dano. E, por fim, as 
ações empreendidas para reduzir o risco são tomadas para reduzir, geren-
ciar ou controlar qualquer dano futuro ou a probabilidade de dano asso-
ciado a um incidente. 
No cenário nacional, o Ministério da Saúde tem empenhado esforços 
no sentido de promover cuidados de saúde seguros em todos os níveis de 
atenção à saúde. Mais recentemente, foi lançado, em 2013, o "Programa 
Nacional de Segurança do Paciente" (PNSP), através da Portaria Ministerial 
n° 529 de 1 ° de abril de 2013, com objetivo primordial de melhorar a segu-
rança dos pacientes atendidos pelas organizações de saúde. 
O PNSP prevê a implantação nos serviços de saúde de núcleos, planos 
locais de segurança do paciente e protocolos (cirurgia segura, prevenção 
de úlcera por pressão, higienização das mãos, ident if icação do paciente, 
segurança no uso de medicamentos e prevenção de queda). No campo 
regulatório prevê a part icipação ativa do sistema de not ificações de inci-
dentes através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Outra vertente 
é o envolvimento do cidadão no processo de ident if icação e gestão do 
risco, bem como fomentar o ensino a nível de educação permanente, gra-
duação e pós-graduação, além da pesquisa em segurança do paciente. 
CAPÍTULO 2 
Erros relacionados aos medicamentos 
O processo de prescrição, dispensação e administ ração de medica-
mentos a pacientes é um processo complexo e envolve várias etapas, 
abrangendo tomadas de decisão e ações de vários profissionais de saúde 
(médico, farmacêut ico, enfermeiro, técnicos de farmácia e enfermagem) e 
o próprio paciente. 
Os erros relacionados aos medicamentos podem ocorrer em qualquer 
etapa do processo de ut ilização de medicamentos em uma organização 
de saúde. Os erros podem ocorrer na etapa da prescrição, preparo, fracio-
namento (apresentação, embalagem, rotulagem), dispensação e adminis-
t ração. 
Medicamento s Potencialment e Perigoso s 
O Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP) 
define Medicamento s Potencialment e Perigoso s (MPP) ou de Alta Vi-
gilância como aqueles que possuem risco aumentado de promover da-
nos significativos aos pacientes em decorrência de falha no processo de 
ut ilização. As inst ituições de saúde devem manter listas atualizadas dos 
MPP disponíveis na inst ituição, bem como definir critérios de ut ilização 
dos mesmos, através da elaboração de protocolos e polít icas de ut ilização 
destes medicamentos. 
As consequências dos erros envolvendo MPP podem provocar lesões 
graves ou mesmo a morte do paciente. Desta forma, faz-se necessário a 
adoção de estratégias para a prevenção da ocorrência destes erros em to-
das as etapas do processo de ut ilização de medicamentos. As principais 
estratégias recomendadas pelo ISMP são: 
• Implantar/ implementar polít icas, protocolos e procedimentos ope-
racionais para todas as etapas de ut ilização, desde a prescrição, dis-
pensação e ut ilização dos MPP; 
• Fornecer informação atualizada (cartazes, cartilhas, meio eletrônico 
etc); 
• Restringir o acesso aos MPP - Atenção especial para os eletrólitos 
concentrados; 
• Identificar os MPP de maneira diferenciada dos outros medicamentos; 
• Melhorar a gestão de conexões para administ ração de medicamen-
tos injetáveis; 
• Remover todos os eletrólitos concentrados das enfermarias, armaze-
nando em áreas definidas, com acesso restrito. 
36 
ATIVIDADES CLÍNICAS NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
Conciliaçã o Medicamentos a 
A Conciliação medicamentosa é a adequação da terapêut ica medica-
mentosa do paciente nos momentos de t ransição do cuidado (admissão, 
t ransferência e alta), visando evitar discrepâncias e prejuízos para o pa-
ciente. O resultado deste processo é uma lista de medicamentos conci-
liados que devem ser comunicadas ao paciente e a todos os profissionais 
de saúde envolvidos no cuidado, assegurando que a terapia seja a mais 
adequada em cada momento do cuidado. 
A conciliação medicamentosa melhora muito a comunicação entre os 
profissionais da equipe de cuidado, sendo, ainda, uma estratégia efetiva de 
redução de discrepâncias, de eventos adversos e de danos aos pacientes. 
As etapas do processo de conciliação envolvem a anamnese com cole-
ta da história medicamentosa do paciente, com a coleta dos medicamen-
tos utilizados pelo paciente. A etapa seguinte é a comparação com a pres-
crição atual do paciente, ident ificação, classificação das discrepâncias e 
correção destas discrepâncias. A últ ima etapa é a comunicação da lista de 
medicamentos reconciliados para os pacientes e cuidadores, bem como a 
outros profissionais de saúde. 
3 - FARM ACOVI GI LÂNCI A 
A partir do episódio histórico conhecido como a "t ragédia da talido-
mida", iniciada no ano de 1960, onde milhares de crianças nasceram com 
focomelia - filhas de mulheres grávidas que utilizaram o medicamento 
talidomida durante a gestação - , foi que a OMS passou a desenvolver pro-
gramas (sistemas) de monitorização de medicamentos, visando identificar 
a ocorrência de agravos relacionados ao seu uso, bem como prevenir a 
ocorrência dos mesmos. 
A adoção de sistemas de farmacovigilância faz-se necessária, pois os 
estudos clínicos nas fases I, II e III são de curta duração (geralmente < 1 
ano), com população selecionada, e geralmente os pacientes não apre-
sentam comorbidades. Os estudos clínicos nestas fases de invest igação 
conseguem identificar os eventos adversos mais prevalentes, dado o nú-
mero pequeno de pacientes arrolados nestes estudos. Além do mais, o 
curto período de tempo para a invest igação limita o tempo necessário 
para a ident ificação de reações tardias. O tamanho pequeno da amos-
tra de pacientes que participam destes estudos (geralmente entre 300 a 
3.000 indivíduos) é fator limitante. Para se detectar uma RAMs com a in-
37 
CAPÍTULO 2 
cidência de 0,1%, requer expor 3 mil pessoas ao medicamento. Portanto, 
a necessidade da vigilância pós-comercialização nasce das limitações dos 
estudos pré-comercialização. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define farmacovigilância como 
"a ciência e atividades relativas à ident ificação, avaliação, compreensão e 
prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao 
uso de medicamentos". 
Cabe à farmacovigilância identificar, avaliar e monitorar a ocorrência 
dos eventos adversos relacionados ao uso dos medicamentos comercia-
lizados, com o objetivo de garantir que os benefícios relacionados ao uso 
desses produtos sejam maiores que os riscos por eles causados. 
A farmacovigilância tem ainda como objetivos coletar, estudar e disse-
minar informações para melhorar o uso seguro dos medicamentos. Este 
processo compreende a avaliação dos relatos de RAMs, a produção de 
uma hipótese relacionada à segurança do produto, o uso de técnicas para 
avaliar estas hipóteses. 
Além das reações adversas a medicamentos, são questões relevantes 
para a farmacovigilância: eventos adversos causados por desvios da qua-
lidade de medicamentos, inefetividade terapêut ica, erros de medicação, 
uso de medicamentos para indicações não aprovadas no registro, uso 
abusivo, intoxicações e interações medicamentosas. 
Diversos métodos são empregados para o desenvolvimento de ativi-
dades de farmacovigilância:2 
• Um sistema de not ificações espontâneas baseado na ident ificação 
e detecção das suspeitas de reações adversas pelos profissionais da 
saúde em sua prát ica diária e no envio desta informação a um orga-
nismoque a centraliza é a metodologia utilizada pelos centros par-
ticipantes do Programa Internacional de Farmacovigilância da OMS. 
• Procedimentos de farmacovigilância intensiva, baseados na compila-
ção sistemát ica e detalhada de dados a respeito de todos os efeitos 
prejudiciais supostamente induzidos pelo uso de medicamentos em 
determinados grupos da população. Tais métodos são divididos em 
dois grandes grupos: i) sistemas centrados no medicamento; ii) siste-
mas centrados no paciente. 
• Estudos epidemiológicos, cuja finalidade é comprovar uma hipótese, 
isto é, estabelecer uma causalidade entre a presença de reações ad-
versas a um medicamento e o uso do mesmo. Podem ser: estudos de 
coorte ou estudos de caso-controle. 
38 
ATIVIDADES CLÍNICAS NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
O mais difundido dos métodos de farmacovigilância é o sistema de no-
tificaçã o espontânea . A not ificação sistemát ica de reações adversas e sua 
análise estatíst ica permanente permitiriam gerar alertas ou "sinais " sobre 
o comportamento dos medicamentos na população de uma determinada 
região. O êxito ou o fracasso de qualquer atividade de farmacovigilância 
dependem da not ificação das suspeitas de reações adversas. 
A ident ificação de riscos baseia-se na geração de sinais e na avaliação 
da causalidade de relatórios de casos e séries de casos individuais. 
Um sinal é a informação comunicada sobre uma possível relação cau-
sal entre um evento adverso e um medicamento, quando esta relação for 
desconhecida ou não estiver bem-documentada. 
Um sinal de segurança ou alerta se refere à preocupação quanto a um 
excesso de eventos adversos comparado com a frequência de reações que 
se poderia esperar com o uso de um produto. Os sinais geralmente indi-
cam a necessidade de realizar pesquisas que permitam concluir ou des-
cartar que o medicamento causou o evento. Depois que um sinal é identi-
ficado, t ambém é preciso avaliar se o mesmo indica um risco de segurança 
em potencial e se outras ações devem ser adotadas. 
Devem-se avaliar os sinais gerados por not ificações voluntárias (ou de 
outras origens), e realizar uma revisão cuidadosa dos eventos informados 
e uma busca de casos adicionais. Os sinais analisados podem proceder de 
estudos ou outras fontes de dados pós-registro, ou então de dados pré-clí-
nicos e eventos associados com outros produtos da mesma classe farma-
cológica. São principalmente detectados por: 
• Descrições de pacientes isolados. 
• Publicação de casos na literatura biomédica. 
• Notificaçã o espontâne a ao sistema de farmacovigilância. 
• Estudos observacionais populacionais: estudos de coorte ou de ca-
so-controle. 
• Estudos experimentais: ensaios clínicos. 
É possível que um único caso notificado, se bem documentado, pos-
sa servir como um sinal, sobretudo se o caso descrever uma reexposição 
positiva ou um evento que é extremamente raro na ausência do medica-
mento usado. 
CAPITULO 2 
4 - CONTROLE DE I NFECÇÃO 
No contexto do Uso Racional de Medicamentos devemos considerar a 
ut ilização adequada da terapêut ica medicamentosa com foco na preven-
ção e cura das Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde, t ambém de-
nominadas de IRAS, bem como a atuação clínica de farmacêut icos hospi-
talares promovendo as ações que objetivam a prevenção e/ou a redução 
e controle das infecções hospitalares. 
No Brasil, o marco regulador para o controle de infecção e outras IRAS 
é a PORTARIA N° 2616/ 98. A portaria define o Programa de Controle de 
Infecções Hospitalares (PCIH) como um conjunto de ações desenvolvidas 
deliberadas e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da 
incidência e da gravidade das infecções hospitalares. Para a adequada exe-
cução do PCIH, os hospitais deverão constituir a Comissã o de Control e 
de Infecçã o Hospitala r (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima 
da inst ituição e de execução das ações de controle de infecção hospitalar. 
De acord o com a portari a 2616/ 98, a CCIH do hospita l deverá : 
• Elaborar, implementar, manter e avaliar o programa de controle de 
infecção hospitalar, adequado às característ icas e necessidades da 
inst ituição, contemplando, no mínimo, ações relativas a: 
• Implantação de um sistema de vigilância epidemiológica das infec-
ções hospitalares, 
• Adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas téc-
nico-operacionais, visando à prevenção e controle das infecções 
hospitalares; 
• Capacitação do quadro de funcionários e profissionais da institui-
ção, no que diz respeito à prevenção e ao controle das infecções 
hospitalares; 
• Uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-
-hospitalares; 
• Avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo 
sistema de vigilância epidemiológica das infecções hospitalares e 
aprovar as medidas de controle propostas pelos membros executo-
res da ccih; 
• Realizar invest igação epidemiológica de casos e surtos, sempre que 
indicado, e implantar medidas imediatas de controle; 
40 
ATIVIDADES CLÍNICAS NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
• Elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar, periodica-
mente, à autoridade máxima da inst ituição e às chefias de todos os 
setores do hospital a situação do controle das infecções hospitalares, 
promovendo seu amplo debate na comunidade hospitalar; 
• Elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e roti-
nas técnico-operacionais, visando limitar a disseminação de agentes 
presentes nas infecções em curso no hospital, por meio de medidas 
de precaução e de isolamento; 
• Adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e roti-
nas técnico-operacionais, visando à prevenção e ao tratamento das 
infecções hospitalares; 
• Definir, em cooperação com a comissão de farmácia e terapêut ica, 
polít ica de ut ilização de antimicrobianos, germicidas e materiais mé-
dico-hospitalares para a inst ituição; 
• Cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo 
treinamento, com vistas a obter capacitação adequada do quadro 
de funcionários e profissionais, no que diz respeito ao controle das 
infecções hospitalares; 
• Elaborar regimento interno para a comissão de controle de infecção 
hospitalar; 
• Cooperar com a ação do órgão de gestão do sus, bem como fornecer, 
prontamente, as informações epidemiológicas solicitadas pelas au-
toridades competentes; 
• Notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao organis-
mo de gestão do sus os casos diagnosticados ou suspeitos de outras 
doenças sob vigilância epidemiológica (not ificação compulsória), 
atendidos em qualquer dos serviços ou unidades do hospital, e atuar 
cooperativamente com os serviços de saúde coletiva; 
• Notificar ao serviço de vigilância epidemiológica e sanitária do orga-
nismo de gestão do SUS os casos e surtos diagnosticados ou suspei-
tos de infecções associadas à ut ilização de insumos e/ou produtos 
industrializados. 
Programa de Controle de Infecção Hospitalar, segundo a portaria n° 
2616/98. 
41 
CAPÍTULO 2 
CONCEITOS E CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DAS INFECÇÕES HOSPI-
TALARES 
4.1 - Conceito s básico s 
4.1.1 - Infecçã o comunitári a (IC) 
É aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, 
desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital. 
São também comunitárias: 
• A infecção que está associada com complicação ou extensão da in-
fecção já presente na admissão, a menos que haja troca de micro-or-
ganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisi-
ção de nova infecção; 
• A infecção em recém-nascido, cuja aquisição, por via t ransplacentá-
ria, é conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo 
após o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéo-
la, citomegalovirose, sífilis e aids); 
• As infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 
24 (vinte e quatro) horas. 
4.1.2 - Infecçã o hospitala r (IH) 
É aquela adquirida após a admissão do paciente e que semanifesta 
durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a 
internação ou procedimentos hospitalares. 
4.2 - Critério s para diagnóstic o de infecçã o hospitalar , previament e 
estabelecido s e descrito s 
4.2.1 - Princípio s 
o diagnóst ico das infecções hospitalares deverá valorizar informações 
oriundas de: 
• Evidência clínica, derivada da observação direta do paciente ou da 
análise de seu prontuário; 
• Resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames mi-
crobiológicos, a pesquisa de ant ígenos, anticorpos e métodos de vi-
sualização. 
• Evidências de estudos com métodos de imagem; 
• Endoscopia; 
42 
ATIVIDADES CLÍNICAS NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
• Biópsia e outros. 
SL' r . b '.*< *'t í ,1 um <U i-i " " L-m ,3, *> 
4.2.2- Critério s gerai s 
• Quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada a infecçã o 
comunitária , for isolado um germe diferente, seguido do agrava-
mento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser conside-
rado como infecçã o hospitalar ; 
• Quando se desconhecer o período de incubação do micro-organis-
mo e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção 
no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda 
manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (se-
tenta e duas) horas após a admissão; 
• São também convencionadas infecções hospitalares aquelas mani-
festadas antes de 72 (setenta e duas) horas da internação, quando 
associadas a procedimentos diagnóst icos e/ou terapêut icas, realiza-
dos durante este período; 
• As infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das 
transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas à bolsa 
rota superior a 24 (vinte e quatro) horas; 
4.3 - Classificaçã o das cirurgia s por potencia l de contaminaçã o da 
incisã o cirúrgic a 
• As infecções pós-cirúrgicas devem ser analisadas conforme o poten-
cial de contaminação da ferida cirúrgica, entendido como o número 
de micro-organismos presentes no tecido a ser operado; 
A classificação das cirurgias deverá ser feita no final do ato cirúrgico, 
pelo cirurgião, de acordo com as seguintes indicações: 
• Cirurgias Limpas: são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou pas-
síveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e in-
flamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas com 
cicatrização de primeira intenção e sem drenagem aberta. Cirurgias 
em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório 
ou urinário; 
• Cirurgias Potencialmente Contaminadas: são aquelas realizadas em 
tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em te-
cidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso 
CAPÍTULO 2 
e inflamatório e com falhas técnicas discretas no t ransoperatório. Ci-
rurgias com drenagem aberta enquadram-se nesta categoria. Ocorre 
penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem conta-
minação significativa. 
• Cirurgias Contaminadas: são aquelas realizadas em tecidos recen-
temente traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana 
abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem 
como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas gros-
seiras, na ausência de supuração local. Na presença de inflamação 
aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção, ou grande con-
taminação a partir do tubo digestivo. Obst rução biliar ou urinária 
t ambém se incluem nesta categoria. 
• Cirurgias Infectadas: são todas as intervenções cirúrgicas realizadas 
em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso 
(supuração local) e/ou tecido necrót ico. 
VIGILÂNCI A EPIDEMIOLÓGICA E INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS 
DAS INFECÇÕES HOSPITALARES 
1. Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares é a observação 
ativa, sistemát ica e cont ínua de sua ocorrência e de sua dist ribuição 
entre pacientes, hospitalizados ou não, e dos eventos e condições 
que afetam o risco de sua ocorrência, com vistas à execução oportu-
na das ações de prevenção e controle. 
2. A CCIH deverá escolher o método de Vigilância Epidemiológica mais 
adequado às característ icas do hospital à estrutura de pessoal e à na-
tureza do risco da assistência, com base em critérios de magnitude, 
gravidade, redutibilidade das taxas ou custo. 
São indicados os métodos prospectivos, retrospectivos e transver-
sais, visando determinar taxas de incidência ou prevalência. 
3. São recomendados os métodos de busca ativos de coleta de dados 
para Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares. 
4. Todas as alterações de comportamento epidemiológico deverão ser 
objeto de invest igação epidemiológica específica. 
5. Os indicadores mais importantes a serem obtidos e analisados perio-
dicamente no hospital e, especialmente, nos serviços de Berçário de 
Alto Risco, UTI (adulto/ pediátrica/ neonatal) Queimados, são: 
• Taxa de Infecção Hospitalar, calculada tomando como numerador 
o número de episódios de infecção hospitalar no período conside-
44 
ATIVIDADES CLÍNICAS NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
rado e como denominador o total de saídas (altas, óbitos e transfe-
rências) ou entradas no mesmo período; 
• Taxa de Pacientes com infecção Hospitalar, calculada tomando 
como numerador o número de doentes que apresentaram infec-
ção hospitalar no período considerado, e como denominador o to-
tal de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas no período; 
• Dist ribuição Percentual das Infecções Hospitalares por localização 
topográfica no paciente, calculada tendo como numerador o nú-
mero de episódios de infecção hospitalar em cada topografia no 
período considerado, e como denominador o número total de epi-
sódios de infecção hospitalar ocorridos no período; 
• Taxa de Infecções Hospitalares por Procedimento, calculada tendo 
como numerador o número de pacientes submetidos a um proce-
dimento de risco que desenvolveram infecção hospitalar, e como 
denominador o total de pacientes submetidos a este tipo de pro-
cedimento. 
• Exemplos : 
• Taxa de infecção do sít io cirúrgico, de acordo com o potencial de 
contaminação. 
• Taxa de infecção após cateterismo vesical. 
• Taxa de pneumonia após uso de respirador. 
• Recomenda-se que os indicadores epidemiológicos dos números 
5 (Taxa de Infecção Hospitalar e Taxa de Pacientes com infecção 
Hospitalar) sejam calculados utilizando-se no denominador o total 
de pacientes dia, no período. 
• O número de pacientes dia é obtido somando-se os dias totais de 
permanência de todos os pacientes no período considerado. 
• Recomenda-se que o indicador do número 5 (Infecções Hospita-
lares por Procedimento) pode ser calculado utilizando-se como 
denominador o número total de procedimentos dia. 
• O número de pacientes dia é obtido somando-se o total de dias de 
permanência do procedimento realizado no período considerado. 
• Outros procedimentos de risco poderão ser avaliados sempre que 
a ocorrência respectiva o indicar, da mesma forma que é de utili-
dade o levantamento das taxas de infecção do sít io cirúrgico, por 
cirurgião e por especialidade. 
• Frequência das Infecções Hospitalares por micro-organismos ou 
por etiologias, calculada tendo como numerador o número de 
45 
CAPÍTULO 2 
episódios de infecção hospitalar por micro-organismo, e como de-
nominador o número de episódios de infecções hospitalares que 
ocorreram no período considerado. 
• Coeficiente de Sensibilidade aos Antimicrobianos, calculado ten-
do como numerador o número de cepas bacterianas de um deter-
minado micro-organismo sensível a determinado antimicrobiano, 
e como denominador o número total de cepas testadas do mesmo 
agente com antibiograma, realizado a partir dos espécimes encon-
trados. 
Indicadore s de uso de antimicrobiano s 
• Percentual de pacientes que usaram antimicrobianos (uso profilát ico 
ou terapêut ico) no período considerado. Pode ser especificado por 
clínica de internação. É calculado tendocomo numerador o total de 
pacientes em uso de antimicrobiano e como denominador o número 
total de pacientes no período. 
• Frequência com que cada antimicrobiano é empregado em relação 
aos demais. É calculada tendo como numerador o total de tratamen-
tos iniciados com determinado antimicrobiano no período, e como 
denominador o total de tratamentos com antimicrobianos iniciados 
no mesmo período. 
• Taxa de letalidade associada à infecção hospitalar é calculada tendo 
como numerador o número de óbitos ocorridos de pacientes com 
infecção hospitalar no período considerado, e como denominador 
o número de pacientes que desenvolveram infecção hospitalar no 
período. 
• Consideram-se obrigatórias as informações relativas aos indicadores 
epidemiológicos 5 (Taxa de Infecção Hospitalar, Taxa de Pacientes 
com infecção Hospitalar, Dist ribuição Percentual das Infecções Hos-
pitalares por localização topográfica eTaxa de letalidade associada à 
infecção hospitalar), no mínimo com relação aos serviços de Berçário 
de alto risco, UTI (adulto/ pediátrica/ neonatal) e queimados. 
Program a de Control e de Infecçã o Hospitala r 
A portaria n° 2616/98 define ainda a LAVAGEM DAS MÃOS como estra-
tégia altamente efetiva na prevenção de infecções nos serviços de saúde. 
46 
ATIVIDADES CLÍNICAS NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
1. Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície 
das mãos e punhos, utilizando-se sabão/ detergente, seguida de en-
xágue abundante em água corrente. 
2. A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a 
prevenção e controle das infecções hospitalares. 
3. O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após conta-
tos que envolvam mucosas, sangue e outros fluidos corpóreos, como 
secreções ou excreções. 
4. A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessá-
ria, durante a assistência a um único paciente, sempre que envolver 
contato com diversos sít ios corporais, entre cada uma das atividades. 
• A lavagem e antissepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre an-
tes dos procedimentos cirúrgicos. 
5. A decisão para a lavagem das mãos com uso de ant issépt ico deve 
considerar o tipo de contato, o grau de contaminação, as condições 
do paciente e o procedimento a ser realizado. 
A lavagem das mãos com ant issépt ico é recomendada em: 
• Realização de procedimentos invasivos; 
• Prestação de cuidados a pacientes crít icos; 
• Contato direto com feridas e/ou dispositivos invasivos, tais como 
cateteres e drenos. 
Os indicadore s de saúd e têm por finalidade : 
• Prover dados necessários ao planejamento e à avaliação dos serviços 
de saúde 
• Identificar os fatores determinantes das doenças e permitir sua pre-
venção 
• Avaliar os métodos utilizados no controle das doenças 
• Descrever as histórias das doenças e classificá-las 
• Colocar à disposição do homem conhecimento e tecnologia que 
possam promover a saúde individual através de medidas de alcance 
coletivo. 
As ações executadas pelos Serviços e/ou Comissões de Controle de In-
fecção Hospitalar objetivam promover o uso racional de medicamentos 
antimicrobianos e reduzir ao máximo a incidência e a gravidade das in-
CAPÍTULO 2 
fecções hospitalares. O uso indiscriminado e irracional de antimicrobianos 
é um sério problema a ser enfrentado nas unidades de saúde (hospitais, 
clínicas e serviços ambulatoriais). 
Neste contexto, os farmacêut icos hospitalares desenvolvem atividades 
consideradas essenciais para a promoção do uso racional de antimicro-
bianos, promovendo a redução do surgimento de cepas resistentes e a 
promoção do controle de infecção hospitalar. 
O farmacêut ico hospitalar deve atuar no sentido de garantir a ut ilização 
racional de medicamentos, promovendo a redução de danos decorrentes 
do uso inadequado de antimicrobianos, como o aumento da resistência a 
estes medicamentos. Assim, recomenda-se que o farmacêut ico hospitalar 
atue em conjunto com outros membros da equipe multiprofissional no 
sentido de articular e promover ações, com destaque para: 
• Análise crít ica da indicação do antimicrobiano para as diversas con-
dições clínicas existentes; 
• Análise de padrão de consumo de antimicrobianos selecionados na 
inst ituição; 
• Análise do perfil de sensibilidade aos antimicrobianos disponíveis na 
inst ituição; 
• Cont ribuição para o desenvolvimento de polít icas/ protocolos e dire-
trizes de uso de antimicrobianos; 
• Análise de solicitações de uso de antimicrobianos selecionados e não 
selecionados; 
• Revisão do uso de antimicrobianos; 
• Revisão da ut ilização de saneantes e ant issépt icos; 
• Seguimento de pacientes em uso de antimicrobianos 
Existem três pontos fundamentais que precisam ser lembrados no con-
trole dos antimicrobianos: 1) qualidade assistencial aos pacientes, em que 
se deve saber que somente é necessário o uso dessa classe de medica-
mentos quando houver um diagnóst ico de infecção; 2) reduzir a pressão 
seletiva de antimicrobianos específicos para que se possa diminuir a sele-
ção de microrganismos resistentes; 3) diminuir os custos hospitalares que, 
direta ou indiretamente, estão ligados ao uso de antimicrobianos. 
A restrição de uso de antimicrobianos é um método mais utilizado para 
o controle das prescrições e deve ser realizado através do preenchimento 
de formulários para sua liberação e monitorados e auditados pelo farma-
48 
ATIVIDADES CLÍNICAS NA FARMÁCIA HOSPITALAR 
cêut ico. Para a farmácia, esses formulários são importantes por possibilitar 
levantamentos rápidos sobre o uso dessa classe de medicamentos. 
Segundo Gomes e Reis (2000) e Storpirtis et al (2008), a farmácia é um 
dos pilares que sustentam as ações de controle de infecções hospitalares 
em todos os seus níveis: planejamento, operacional e educativo. São atri-
buições do farmacêut ico para que este controle seja efetivo e eficaz: 
• Participar das reuniões da Comissão de Controle de Infecção Hospi-
talar; 
• Participar da elaboração de protocolos de tratamentos com antimi-
crobianos; 
• Participar da revisão da seleção de antimicrobianos; 
• Estabelecer intercâmbio entre Comissão de Controle de Infecção 
Hospitalar (CCIH), Comissão de Farmácia e Terapêut ica (CFT), Comis-
são de Suporte Nutricional e Comissão de Padronização de Material 
Médico hospitalar; 
• Fornecer informações para subsidiar a polít ica de uso racional de an-
timicrobianos; 
• Elaborar rotinas para dispensação de antimicrobianos; 
• Participar do programa de monitorização terapêut ica de antimicro-
bianos; 
• Elaborar relatórios periódicos sobre o consumo, custo e a frequência 
de uso de antimicrobianos; 
• Fornecer informações a respeito de interações, incompatibilidades 
físico químicas e interferência laboratorial de medicamentos, princi-
palmente dos antimicrobianos; 
• Participar de invest igação de casos suspeitos de contaminação por 
soluções parenterais e outros; 
• Estabelecer polít icas internas na farmácia, abrangendo procedimen-
tos e programas para evitar a contaminação de medicamentos pro-
duzidos e dispensados; 
• Estimular o uso de embalagens em dose única para produtos estéreis; 
• Trabalhar em conjunto com o laboratório de microbiologia; 
• Participar da padronização dos germicidas e saneantes e emitir pare-
ceres sobre produtos recentemente lançados; 
• Aconselhar nos critérios para aquisição de ant issépt icos, desinfetan-
tes, esterilizantes, medicamentos e produtos para a saúde; 
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CAPÍTULO 2 
• Supervisionar a manipulação dos ant issépt icos, desinfetantes e este-
rilizantes, fornecendo informações e orientações sobre os produtos 
para os setores que os utilizam; 
• Participar da elaboração e do desenvolvimento de projetos de pes-
quisa em controle de infecção hospitalar; 
• Participar de programas de farmacoepidemiologia, principalmente 
aqueles relacionados a estudos de ut ilização de medicamentos e far-
macovigilância; 
• Participar de invest igação epidemiológica dos

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