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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Adriano Donizeti Domingos do Nascimento - 1703043 Ana Antonia Fagiolo Augusto - 1704201 Camila Luvizaro Lorca - 1713598 Daniela Fernanda da Silva Miolli - 1710585 Luciana Figueiredo Aranda - 1709124 Construindo saberes multiculturais através de visita virtual e narrativa artística Vídeo do Projeto Integrador <https://www.youtube.com/watch?v=3vkwd3PUqbE&feature=youtu.be> São José do Rio Pardo - SP 2020 https://www.youtube.com/watch?v=3vkwd3PUqbE&feature=youtu.be UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Construindo saberes multiculturais através de visita virtual e narrativa artística Relatório Técnico - Cientifico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). São José do Rio Pardo - SP 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 2. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................... 5 2.1 PROBLEMA E OBJETIVOS .................................................................................................... 5 2.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 6 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................ 7 3.1 EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS.............................................................................. 7 3.2 O MULTICULTURALISMO .................................................................................................... 9 3.3 O ENSINO DE ARTE NO BRASIL .......................................................................................... 10 3.4 A BNCC E O ENSINO DE ARTE ......................................................................................... 12 3.5 TARSILA DO AMARAL ...................................................................................................... 13 3.6 CONTAÇÃO DE HISTÓRIA .................................................................................................. 16 4. APLICAÇÃO DAS DISCIPLINAS ESTUDADAS NO PROJETO INTEGRADOR.. 17 5. METODOLOGIA ............................................................................................................... 18 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 20 REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 21 4 1. INTRODUÇÃO O presente Projeto Integrador intitula-se “Construindo saberes multiculturais através de visita virtual e narrativa artística” e refere-se ao período do sexto semestre do curso de Pedagogia pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo. O trabalho se fundamenta na reflexão sobre como possibilitar a construção de saberes e valores multiculturais em espaços não formais de aprendizagem através da tecnologia na modalidade EAD. Atendendo às diretrizes previstas no curso para a realização deste trabalho e às orientações curriculares prescritas em documentos oficiais, uma sequência de atividades com um tour virtual pelo museu MASP e uma contação artística virtual sobre a vida da artista Tarsila do Amaral foi elaborada para ser aplicada aos alunos do 5º ano do “Complexo Educacional Cidade do Futuro”, no município de São Sebastião da Grama. Diante deste panorama pedagógico e da situação de pandemia vivenciada pela sociedade, a proposta de visita virtual ao museu MASP propicia a exploração de um importante espaço não formal de ensino. Neste âmbito, nosso Projeto Integrador se apoia nos estudos de SCHAFRANSKI1 (2005); GOHN (2006); VIEIRA, CONCEIÇÃO, SANTOS, (2016) acerca desses espaços não formais como extensões para as atividades escolares na ampliação do repertório cultural dos alunos. No item 3.2, nosso projeto se referencia em ALMEIDA (2001); VYGOTSKY (1998) e MEIRA (2003) na abordagem do conceito de multiculturalismo e suas implicações na Educação. Nos itens 3.3 e 3.4, fundamentamos nossa análise a partir de um breve retrospecto do ensino de Arte no Brasil e das orientações presentes tanto nos PCNs quanto na Base Nacional Comum Curricular. Algumas contribuições de autores como COLA (2014); FUSARI (2009); BARBOSA (2005); SILVA e ARAÚJO (2007) e WROBLESVSKI (2009) também compõem o referido trecho. Algumas notas sobre a vida e a importante obra de Tarsila do Amaral são apresentadas no item 3.5. Sobre a contação de histórias, o item 3.6 apresenta as contribuições de BENJAMIN (1994) e PATRINI (2005). Os capítulos 4 e 5 são dedicados, respectivamente, a um relato sobre aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador e a metodologia utilizada. O capítulo 6 encerra este Projeto Integrador com as considerações finais. 5 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Problema e objetivos A problemática deste trabalho surgiu através da proposta desta disciplina. Após estudarmos, refletirmos e debatermos a temática proposta para o PI que envolve a contação de história, artes plásticas, educação em espaços não formais, temas transversais e visita a um museu, pudemos levantar alguns questionamentos para a realização deste projeto. Chegamos, então, à seguinte questão: Como possibilitar a construção de saberes e valores multiculturais em espaços não formais de aprendizagem através da tecnologia na modalidade EAD? A partir deste questionamento inicial, o objetivo geral do presente trabalho centrou- se em uma sequência de atividades com um tour virtual pelo museu MASP e uma contação artística virtual sobre a vida e obra da artista Tarsila do Amaral. O objetivo principal visa à promoção de aprendizagem com foco na multiculturalidade por meio de ambientes não formais. Os objetivos específicos assim ficaram definidos: • Promover um tour virtual com alunos do 5º ano pelo museu MASP para conhecer as obras da artista Tarsila do Amaral e assistir a uma reportagem sobre exposição da Tarsila do Amaral; • Realizar uma contação artística virtual sobre a vida da artista Tarsila do Amaral e disponibilizar para os alunos em forma de vídeo pelo WhatsApp; • Estimular os alunos a realizarem uma análise, discussão e reflexão sobre uma obra previamente determinada – Operários; • Promover uma contação sobre a obra Operários através das vozes e saberes dos alunos; • Confeccionar um áudio ou vídeo dessa contação dos alunos; • Gerar nos alunos uma análise mais aprofundada da realidade social através da construção de conceitos históricos; • Propiciar a aquisição, construção e utilização de conceitos históricos pelos alunos. 6 2.2 Justificativa Observando o atual cenário tecnológico, é notável a influência desta revolução das últimas décadas em nosso cotidiano. Dela resultou a necessidade de que a produção e o compartilhamento de informações se tornassem cada vez mais dinâmicos e complexos, por meio de novos canais e de gêneros diferenciados, para atender aos mais variados propósitos comunicativos contemporâneos. Desta forma, a escola, caracterizada como espaço formal de educação, pode e deve utilizar esses recursos. Em meio a essa transformação tecnológica, percebe-se o crescente contato dos alunos e de seus familiares com a cultura digital que promove mudanças nas formas de interação com a multiplicidade de linguagens e seus modos de funcionamento. Neste sentido, considerando oambiente virtual e o contra turno escolar como espaço não formal de aprendizado, o presente trabalho pretende ressaltar a importância desses ambientes como imprescindíveis a um processo de aprendizagem que se efetive para além dos muros escolares. Outro fator, não menos importante, que justifica a realização deste Projeto Integrador, foi a problemática em torno da construção de saberes e valores multiculturais em espaços não formais de aprendizado através da tecnologia na modalidade EAD tanto em situações comuns ou de exceção como a que vivenciamos nesta pandemia. 7 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 Educação em espaços não formais A educação é, por sua origem, seus objetivos e funções um fenômeno social, estando relacionada ao contexto político, econômico, científico e cultural de uma sociedade historicamente determinada (SCHAFRANSKI, 2005). A Educação tem a finalidade de viabilizar vários conhecimentos ao sujeito, incentivando-o na busca por melhores condições sociais, por meio de uma visão mais ampla, que se estenda por todos os ambientes da sociedade e não somente nos espaços escolares. Dessa forma, a prática nos espaços não formais tem o objetivo de formar cidadãos cada vez mais conscientes e desenvolver uma educação de qualidade e melhores condições de um modo geral (LIMA; ALVES, 2015) A educação não formal é uma área que o senso comum e a mídia não valorizam, ou seja, não é considerada e tratada como educação, pois é um processo não escolarizável. Na educação não formal o aprendizado ocorre coletivamente através da experiência com ações organizadas segundo os eixos temáticos: questões étnico-raciais, gênero, geracionais e de idade etc. (GOHN, 2009). Neste mesmo sentido: A educação não formal designa um processo com várias dimensões tais como: a aprendizagem política dos direitos do cidadão; a capacitação para o trabalho; a aprendizagem para o desenvolvimento de trabalhos comunitários; a aquisição de conteúdos que possibilitem que o indivíduo faça uma leitura do mundo ao seu redor; a educação desenvolvida na mídia e pela mídia, especialmente a eletrônica etc. (GOHN, 2006). A educação não-formal possui diversas áreas de demandas como a área de formação para a cidadania. Esta área engloba as seguintes demandas: Educação para justiça social, Educação para direitos (humanos, sociais, políticos, culturais, etc.), educação para liberdade, educação para igualdade, Educação para democracia, Educação contra discriminação, Educação pelo exercício da cultura, e para a manifestação das diferenças culturais (GOHN, 2009). Os espaços não formais devem funcionar como extensões para as atividades escolares, contribuindo para a aprendizagem cultural dos alunos, favorecendo a interdisciplinaridade e possibilitando maior articulação entre os conhecimentos e o meio. Os professores precisam definir os conteúdos que serão trabalhados, os métodos e técnicas a serem desenvolvidas, os recursos, as informações sobre o local e especialmente a linguagem empregada que deve ser compreendida pelos educandos (VIEIRA, CONCEIÇÃO, SANTOS, 2016). A educação não formal é aquela que se aprende "no mundo da vida", via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivos cotidianos. 8 É uma educação voltada para a formação de cidadãos livres, emancipados, portadores de um leque diversificado de direitos, assim como de deveres para com o(s) outro(s) (GOHN, 2014). A educação, segundo Schafranski (2005) é um processo social que se enquadra numa concepção determinada de mundo, a qual determina os fins a serem atingidos pelo ato educativo em consonância com as ideias dominantes numa dada sociedade. O educador social é algo mais que um animador cultural, embora ele também deva ser um animador do grupo. Para que ele exerça um papel ativo, propositivo e interativo, ele deve continuamente desafiar o grupo de participantes para a descoberta dos contextos onde estão sendo construídos os textos (escritos, falados, gestuais, gráficos, simbólicos etc). Por isto os educadores sociais são importantes, para dinamizarem e construírem o processo participativo com qualidade (GOHN, 2009). A educação não formal não deve ser vista como algo contrário ou alternativo à educação formal, escolar. Ela deve ser definida como um espaço concreto de formação com a aprendizagem de saberes para a vida em coletividade (GOHN, 2009). 9 3.2 O multiculturalismo O conceito de multiculturalismo está intrinsecamente ligado à vasta diversidade cultural que experenciamos na contemporaneidade e, diante deste panorama, as escolas devem ampliar os conceitos de ensino e caminhar juntamente com ele. Torna-se necessário pensar estratégias para a ampliação do repertório cultual doa alunos, bem como a compreensão e o respeito à multiplicidade de manifestações de diferentes grupos sociais. Sabemos que temos que fazer um diagnóstico do aluno e saber quais são os conhecimentos culturais que ele já apresenta e dar sequência transformando-o em um cidadão mais consciente e com um repertório cultural mais sólido. Multiculturalismo é questionar a própria construção das diferenças e itens valorizados da cultura, é ultrapassar as barreiras dos estereótipos e do preconceito, é compreende os intitulados como “diferentes” nessa sociedade excludente e desigual. Dessa forma o multiculturalismo quebra barreiras sociais e ajuda no bom desenvolvimento humano. (CANEN, OLIVEIRA, 2002). Por que não descontruir sistemas tradicionais e reinventá-los? Sair do padrão convencional e valorizar as multiculturas. Sair da sala de aula e, mesmo que sendo online, como estamos vivendo nos dias atuais, fazer um tour em um museu virtual, conhecer obras, analisar os traços e as formas de como o artista se expressa, o que ele desejava passar naquele momento e situação os quais o país vivia. Nesse contexto, iriamos enriquecer e maravilhar o aluno com novos conhecimentos e reforçar os já existentes. Criar cidadãos críticos, formadores de opinião, para que possam ser melhores e se enquadrar na vida. [...] o processo de expressar conhecimentos, valores e afetos por meio de imagens visuais, sons, gestos, movimentos e palavras ajuda os alunos a compreender melhor os conhecimentos, valores e sentimentos que tentam expressar, conferindo sentidos plenos à atividade que realizam (ALMEIDA, 2001, p.25-26). De acordo com Vygotsky (1998), as interações sociais são de extrema importância no desenvolvimento humano, pois através da mediação do outro o sujeito interage com o meio social e se apropria dos objetos culturais. Assim, a relação com o outro é um fator crucial na construção do conhecimento. Devemos aproveitar os ambientes externos, com o uso dos equipamentos e meios adequados como internet, fotografias, livros, revistas, jornais e vídeos. Para atrair a atenção dos alunos, com contextos multiculturais que favorecem o seu aprimoramento de construção dos saberes. (MEIRA, 2003). 10 3.3 O ensino de arte no brasil O ensino da arte era muito diferente do que vemos hoje nas escolas. Antigamente ele se limitava a pedir que o aluno que pintasse algum desenho que representasse obras de artistas famosos, fizesse formas geométricas. Hoje em dia, o ensino desta disciplina nas escolas ganhou um novo olhar. Como defendem os próprios PCNs, é papel da escola "ensinar a produção histórica e social da arte e, ao mesmo tempo, garantir ao aluno a liberdade de imaginar e edificar propostas artísticas pessoais ou grupais com base em intenções próprias." Segundo Ana Mae Barbosa, em seu livro John Dewey e o ensino da arte no Brasil (2001, p.41), a arte educação de 1549 – 1808, “foi um desenvolvimento de um modelo artístico nacional baseado na transformação do Barroco Jesuíticovindo de Portugal. Período caracterizado pelo ensino em oficinas de artesãos” O final do século XIX é considerado como o marco do desenvolvimento da valorização e da espontaneidade dos desenhos realizados pelas crianças, tão admirados pelos artistas do movimento modernista. (COLA,2014, p.22). O ensino do desenho foi incluído no currículo escolar nesta época também, como forma de preparar o povo para o trabalho. Nesse sentido, vale a seguinte observação de Ferraz e Fusari (2009, p. 43): [...] o desenho e outras disciplinas artísticas eram ensinados nas escolas primárias, secundárias e normais (escolas para a formação de professores) e nos liceus de Arte e ofícios, que foram criados com feições mais profissionalizantes e tendo orientações pedagógicas e estéticas definidas. Nos liceus de Artes e ofícios (denominados em algumas regiões como escolas de Artes e ofícios), procurava-se atender à demanda de preparação de habilidades técnicas e mão de obra especializada, consideradas fundamentais à urbanização e expansão da indústria nacional. A Semana de Arte Moderna de 1922 é um marco no Brasil, pois a partir das manifestações de grandes artistas, o ensino da arte passa a valorizar mais a liberdade de expressão criativa. Como afirma Barbosa (2005, p. 100), “[...] para a educação modernista, dentre os processos mentais envolvidos na criação, a originalidade era o mais valorizado, daí o apego do modernismo à ideia de vanguarda.” A expressão artística da criança passou a ser considerada, uma vez que os valores estéticos de suas produções passam a ser reconhecidos e valorizados (SILVA; ARAÚJO, 2007). A Escola Nova contribui para reforçar o ensino da arte. A crítica ao excesso de liberdade no processo criativo do aluno sem a mediação do professor, na busca por novas posturas no ensino da Arte, no entanto, caiu no exagero tecnicista do ensino, adequando-se às exigências do desenvolvimento econômico capitalista levado a efeito pelo regime militar. Esse movimento representou um retrocesso no campo do ensino da 11 Arte, que se limitava a atividades mecânicas, objetivando o desenvolvimento da habilidade manual com ênfase na valorização estética (WROBLESVSKI, 2009). Em 1971, influenciado pela visão tecnicista, o ensino da arte é incluído no currículo, com o nome de Educação Artística, pela Lei n. 5.692/1971. No entanto, os professores que tinham formação em música, desenho, trabalhos manuais etc., acabavam seguindo livros didáticos, que surgiram como forma de facilitar o trabalho destes docentes, mas que ofereciam um passo-a-passo, privando os alunos de sua criatividade. O ensino da arte perde um pouco de destaque no currículo. Em meados dos anos de 1980, surge a Arte-educação, com o intuito de repensar a Arte tanto na escola quanto na vida das pessoas, sendo reforçada com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n. 9.394/1996, art. 26, § 2º “[...] o ensino da Arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.” Ana Mae Tavares Bastos Barbosa é uma educadora brasileira, pioneira em arte- educação por sua sistematização da Proposta Triangular, que consiste em três abordagens para se construir conhecimentos em arte: • Contextualização histórica (conhecer a sua contextualização histórica); • Fazer artístico (fazer arte); • Apreciação artística (saber ler uma obra de arte). O mais importante no ensino de artes, é fazer com que o aluno se transforme e tenha uma visão crítica da realidade. O ensino na desta disciplina no Brasil passou por diversas transformações, e continuará passando. Segundo Ferraz e Fusari (2009) “[...] assim como outras áreas do conhecimento, surgem de mobilizações políticas, sociais, pedagógicas, filosóficas, e, no caso da arte, também de teorias e proposições artísticas e estéticas”. 12 3.4 A BNCC e o ensino de Arte Com a BNCC, as crianças e jovens passam a ser protagonistas nas aulas de arte. Eles podem manifestar sua criatividade e sensibilidade diante das possibilidades apresentadas. Na BNCC de Arte, cada uma das quatro linguagens do componente curricular – Artes visuais, Dança, Música e Teatro – constitui uma unidade temática que reúne objetos de conhecimento e habilidades articulados às seis dimensões apresentadas anteriormente. Além dessas, uma última unidade temática, Artes integradas, explora as relações e articulações entre as diferentes linguagens e suas práticas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação. Segundo a BNCC: Tendo em vista o compromisso de assegurar aos alunos o desenvolvimento das competências relacionadas à alfabetização e ao letramento, o componente Arte, ao possibilitar o acesso à leitura, à criação e à produção nas diversas linguagens artísticas, contribui para o desenvolvimento de habilidades relacionadas tanto à linguagem verbal quanto às linguagens não verbais. Uma das habilidades requeridas dentro da Base é que o aluno reconheça algumas categorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artistas, artesãos, curadores etc.). Levando em consideração essa habilidade, contida na BNCC, para o 5º ano do ensino fundamental, a visita a museus de forma virtual, é muito importante para levar a compreensão das artes plásticas por parte dos alunos. Os museus, como espaços não formais de ensino, são fontes de pesquisas inigualáveis. Através deles podemos resgatar a memória da cultura de um povo. Segundo Gohn (2008), a educação não formal aborda processos educativos que acontecem fora da escola, em organizações sociais, movimentos não governamentais (ONGs) e outras entidades filantrópicas atuantes na área social. Com base em todo esse referencial, a artista plástica Tarsila do Amaral foi a escolhida, pois suas obras são bastante coloridas, cheias de significados, fáceis de reprodução por parte dos alunos. 13 3.5 Tarsila do Amaral Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, ‘Sagrado Coração de Jesus’, em 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce. Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu a pintora Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro de 1922) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, e os escritores Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e em seguida Oswald foi encontrá-la.” O texto acima foi fielmente reproduzido do site oficial da artista Tarsila do Amaral, por se tratar de parte de sua bibliografia. Em Paris, Tarsila conheceu muitos artistas famosos como Fernando Léger, cubista e seu mestre; Picasso, Villa Lobos e o pintor Di Cavalcanti (brasileiros), entre outras figuras muito notórias da sociedade parisiense. Seus quadros eram frutos de fatos ocorridos em sua vida. Exemplo temos sua tela “A negra” queremetia às negras, filhas de escravas, que cuidavam das crianças de seus senhores. De volta ao Brasil, especificamente a Minas Gerais, Tarsila pode usar as cores vivas que tanto gostava em seus quadros, mas seus mestres achavam cafona. As técnicas cubistas, no entanto, se mantiveram. Essa fase de sua obra foi chamada de Pau Brasil. Em 1928, Tarsila, casada com Oswald de Andrade, presenteou-o com um quadro que foi denominado Abaporu, que significa “homem que come gente”. Esse quadro deu a Oswald a ideia da criação do Movimento Antropofágico, que significa a deglutição da cultura estrangeira, incorporando-a na realidade brasileira para dar origem a uma nova cultura 14 transformada, moderna e representativa da nossa cultura. Segundo Margaret Imbroisi, na sua análise estética do quadro: Na pintura vemos um homem com grandes pés e mãos, e ainda o sol e um cacto. Estes elementos podem representar o trabalho físico que era o trabalho da maioria naquela altura. Por outro lado, a cabeça pequena pode significar a falta de pensamento crítico, que se limita a trabalhar com força, mas sem pensar muito, sendo então uma possível crítica para a sociedade daquela época. O homem representado transmite uma certa melancolia, pois o posicionamento da cabeça e expressão denotam alguma tristeza ou depressão. Além disso, o pé grande também pode revelar uma forte conexão do ser humano com a terra. Em frente, um cactus explodindo em uma enorme flor. Ao fundo, o céu azul, e o sol, um círculo amarelo, entre a figura e o cactus, de cor esverdeada. Essas cores, parecem remeter, intencionalmente, as cores da bandeira brasileira. Nessa fase antropofágica, Tarsila usava bichos e paisagens imaginárias. Com a quebra da bolsa de nova Iorque, o pai de Tarsila perdeu muito dinheiro, e a artista que teve que trabalhar. Separou-se de Oswald que a traíra com a estudante Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. Tarsila começou a namorar um médico comunista, foi presa por um ano devido a reuniões com partidos políticos. Separou-se e parou de se envolver com a política. Na década de 30, com a imigração e o impulso capitalista, muitas pessoas desembarcaram em centros metropolitanos - sobretudo São Paulo - vindas de diversas partes do Brasil a fim de suprir a necessidade de mão de obra barata que as fábricas exigiam. Sensibilizada pela exploração da classe operária, Tarsila pinta o quadro “Operários”. Nele são retratadas pessoas de várias etnias, com a mesma expressão cansada. Esse é um trabalho de 1933, com 150 x 205 cm e que está localizado no Palácio Boa Vista, em Campos do Jordão. Nesta fase também se uniu ao escritor bem mais jovem que ela, Luís Martins com quem ficou até 1965. Essa fase de Tarsila foi intitulada de Social e Neo Pau Brasil. Em 1949, a neta de Tarsila falece afogada, tentando salvar uma amiga. Sua única filha Dulce também falece antes dela, em 1966. Tarsila participou da I Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, e participou da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969, a doutora e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, ‘Tarsila 50 anos de pintura’. Segundo texto de Nathália Tourais sobre Tarsila: O final de sua vida foi bastante solitário. Vivendo sozinha, superando a morte de sua filha e também a outra separação, foi submetida a uma cirurgia de coluna, ficou paraplégica por um erro médico. Nesse momento de sua vida, aproximou-se do espiritismo, tornou-se amiga de Chico Xavier e passou a vender seus quadros e doar o dinheiro que recebia. Diagnosticada com depressão, faleceu em 1973 e foi enterrada com um vestido branco, que ela mesma escolheu. 15 A vida de Tarsila, apesar do glamour, viagens à Europa, festas chiques, roupas de estilistas famosos, não foi muito fácil. Ela se envolveu com várias pessoas, perdeu a neta tragicamente e viu a filha morrer de uma doença. Apesar disso, deixou um grande legado para a arte brasileira. Suas obras sempre com significados, impressionou dentro e fora do Brasil, e é motivo de orgulho. Ela foi uma grande artista plástica brasileira, uma das principais da primeira fase do movimento Modernista no Brasil. 16 3.6 Contação de história O tema do Projeto Integrador, traz como tema a contação de história. A história escolhida vai versar sobre a vida da artista Tarsila do Amaral, cuja trajetória está descrita, de forma sucinta, no tópico acima. Para que os alunos do 5º ano tenham acesso as obras de Tarsila, foi proposto um tour virtual por um museu. A arte de contar história não é realizada de qualquer maneira. “O narrador é a figura na qual o justo se encontra consigo mesmo” (BENJAMIN, 1994, p. 221). O contador precisa antes conhecer a história que quer contar, ainda mais se for sobre aspectos reais, da vida de algum personagem não fictício. A arte de contar do novo contador, ao contrário da arte da tradição exige uma passagem pelo texto antes de viver no ato de contar. O contador contemporâneo, oriundo de diferentes meios sociais. políticos e estéticos, conhece as novas práticas culturais. Ele é um leitor antes de ser intérprete, compositor e “recréateur” (recriador). Atualmente, as fontes do contador são, com maior frequência, escritas. Isto exige do contador passagem obrigatória pela leitura silenciosa e solitária antes de traduzir vocalmente o texto e vesti-lo, através do jogo com os seus ouvintes-espectadores, de novas palavras, de vozes e de gestos (PATRINI, 2005, p. 149). 17 4. APLICAÇÃO DAS DISCIPLINAS ESTUDADAS NO PROJETO INTEGRADOR Neste Projeto Integrador, estão presentes as contribuições de muitas disciplinas já concluídas no curso de Pedagogia UNIVESP . Optamos por seguir a linha da Teoria Histórico Cultural apresentada neste bimestre pelo professor Neira na disciplina de Educação e Cultura Corporal: Fundamentos e práticas e também como exigência da temática deste trabalho à disciplina de Educação em Espaços Não Formais. 18 5. METODOLOGIA Este trabalho teve como campo de pesquisa o ambiente educacional não formal e o local escolhido foi a E.M.E.B. “Complexo Educacional Cidade do Futuro” que se situa no município de São Sebastião da Grama, estado de São Paulo. O Complexo Educacional trabalha com alunos da rede pública de ensino municipal, com terceiros, quartos e quintos anos. Os alunos frequentam o projeto no período inverso ao da escola. Os temas trabalhados no projeto são variados: Meio Ambiente, jogos, empreendedorismo, dança, futsal, projetos e informática. O foco das atividades sempre busca o desenvolvimento integral e social do aluno. O público do presente trabalho são os alunos dos quintos anos do “Complexo Educacional” e o desenvolvimento das atividades focalizam a multidisciplinariedade. Este trabalhado foi pensado para ser desenvolvido totalmente a distância de forma virtual, podendo ser uma opção de trabalho remoto nesse período da pandemia Covid-19. Etapa 1 Iniciar uma conversa com os alunos do 5º ano, via aplicativo WhatsApp sobre artes plásticas no Brasil, buscando-se mapear os saberes e vivências dos alunos sobre museus e artes plásticas e especificamente a artista Tarsila do Amaral. Etapa 2 Arquivar as respostas dos alunos, da forma que eles enviarem, áudio, por mensagem escrita, fotos, serão analisados e convertidos em gráficos para posterior análise. Etapa 3 Desenvolver um vídeo de contação de história sobre a vida da artista Tarsila do Amaral e disponibilizar para os alunos. Etapa 4 Realizar tour virtual pelas obras de Tarsila do Amaral no Museu de Arte de São Paulo no seguinte endereço eletrônico: https://masp.org.br/exposicoes/tarsila-popular. Etapa 5Os alunos deverão observar e analisar a obra Operários. Iniciar uma conversa com os alunos, para ouvi-los, escuta ativa, levantando questões como: • Essas pessoas são todas iguais? • Se sim, por quê? • Se não, por quê? • Citar as diferenças que notam. • Por que artista pintou essas pessoas assim? https://masp.org.br/exposicoes/tarsila-popular 19 (Outras perguntas poderão surgir na realização do projeto). Etapa 6 Com as respostas dos alunos, sejam áudios, escritas, desenhos, confeccionar um livro com as vozes dos saberes dos alunos. Devido às atuais circunstancias globais da pandemia do Covid-19, e instruções da disciplina da matéria sobre o Projeto Integrador, apenas elaboramos o projeto sem realizar a aplicação da sequência de atividades. 20 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para a elaboração deste Projeto Integrador, levamos em consideração a notável relevância com que os espaços não formais de aprendizagem, através da tecnologia na modalidade EAD, têm se mostrado como importantes recursos à aprendizagem. A revolução tecnológica das últimas décadas tem causado enormes mudanças na produção e no compartilhamento de informações, usando novos canais e gêneros diferenciados para atender aos mais variados propósitos comunicativos contemporâneos. Em meio a toda essa transformação, percebe-se o crescente contato dos alunos com a cultura digital que promove mudanças nas formas de interação deles com a multiplicidade de linguagens e seus modos de funcionamento. Nosso Projeto Integrador “Construindo saberes multiculturais através de visita virtual e narrativa artística” propôs o percurso de uma sequência de atividades propiciasse uma rica interatividade dos alunos com aspectos da multiculturalidade através do tour virtual pelo museu MASP e a contação artística virtual sobre a vida e obra da artista Tarsila do Amaral. Neste sentido, procuramos contemplar, neste trabalho, uma proposta que amplie as possibilidades de aprendizado para além dos contornos da sala de aula. Embora não tenhamos aplicado as atividades propostas com os alunos devido à circunstância de pandemia, acreditamos na viabilidade do desenvolvimento de todo o planejamento até a confecção do livro como produto final. O desenvolvimento deste Projeto Integrador nos trouxe novas perspectivas sobre as inúmeras possibilidades de aprendizagem a partir da exploração de espaços não formais de aprendizado. Esperamos que nosso trabalho possa contribuir com iniciativas pedagógicas de uso produtivo da tecnologia EAD de forma que o aprendizado não fique somente restrito aos bancos escolares. 21 REFERÊNCIAS ABAPORU. Disponível em https://www.historiadasartes.com/sala-dos- professores/abaporu-de-tarsila-do-amaral/ Acesso em 20 de maio de 2020. ALMEIDA, Célia Maria de Castro. Concepções e Práticas Artísticas na Escola. In: FERREIRA, Sueli (Org.) O Ensino das Artes: construindo caminhos. 1 ed. Campinas, SP. Ed. Papirus, 2001. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2017. CANEN , Ana; Oliveira, M. A. de. Multiculturalismo e currículo em ação: um estudo de caso. Scielo Set/Out/Nov/Dez 2002 Nº 21. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbedu/n21/n21a05.pdf Acesso em:25/06/2020. CURIOSIDADES SOBRE TARSILA AMARAL. Disponível em: http://tarsiladoamaral.com.br/10-curiosidades-sobre-tarsila-do-amaral/ Acesso em 20 de maio de 2020. EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: PEDAGOGIA SOCIAL TRANSFORMADORA E MOTIVADORA. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/%20educacao-nao-formal.htm. Acesso em 19 de maio de 2020. ENSINO DE ARTES E A HISTÓRIA DA ARTE NA EDUCAÇÃO . https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fonoaudiologia/ensino-de-artes-e- a-historia-da-arte-na-educacao/67348. Acesso em 19 de maio de 2020. GOHN, Maria da Gloria. Educação não-formal, educador(a) social e projetos sociais de inclusão social. Meta: Avaliação | Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 28-43, jan./abr. 2009. Educação Não Formal, Aprendizagens e Saberes em Processos Participativos. IAVELBERG, Rosa. Da arte-educação moderna à pós modernista: fluxos, 2015.258 fls.Tese(Livre-docência) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Manifesto Antropófago. In: enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo339/manifesto-antropofago>. Acesso em: 20 de Mai. 2020. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7 https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/abaporu-de-tarsila-do-amaral/ https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/abaporu-de-tarsila-do-amaral/ https://www.scielo.br/pdf/rbedu/n21/n21a05.pdf http://tarsiladoamaral.com.br/10-curiosidades-sobre-tarsila-do-amaral/ https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/%20educacao-nao-formal.htm https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fonoaudiologia/ensino-de-artes-e-a-historia-da-arte-na-educacao/67348 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fonoaudiologia/ensino-de-artes-e-a-historia-da-arte-na-educacao/67348 22 MEIRA, M. E. M. Construindo uma concepção crítica de Psicologia Escolar: contribuições da Pedagogia Histórico-crítica e da Psicologia Sócio-Histórica. In: MEIRA, Marisa Eugênia Mellillo e ANTUNES, Mitsuko Aparecida Makiko. Psicologia Escolar: teorias críticas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. p. 13-78. Revista Internacional de Apoyo a la Inclusión, Logopedia, Sociedad y Multiculturalidad. Volumen 1, Número 1. Disponíve, em https://revistaselectronicas.ujaen.es/index.php/riai/ SCHAFRANSKI, Márcia Derbli. A educação e as transformações da sociedade. Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, 13 (2) 101-112, dez. 2005. SIQUEIRA, Giuliano Tierno de, 1978- O narrador: considerações sobre a arte de contar histórias na cidade/ Giuliano Tierno de Siqueira. - São Paulo, 2016.153 f. . Site oficial de tarsila do amaral. Disponível em:http://tarsiladoamaral.com.br/ Acesso em 20 de maio de 2020. Tarsila do Amaral e a educação pública no Brasil https://porvir.org/tarsila-do-amaral-e- a-educacao-publica-no-brasil/Acesso VIEIRA, Maria José Guimaraes; OLIVEIRA, Eressiely Batista; SANTOS Lenalda Dias. Espaços não-formais :promoção de letramento cultural e científico na sociedade. Disponível em :http://anais.educonse.com.br/2016/espacos_naoformais_promocao_de_letramento_cultural_e _cientifico_n.pdf Acesso em : 20 de maio. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998. https://revistaselectronicas.ujaen.es/index.php/riai/ https://porvir.org/tarsila-do-amaral-e-a-educacao-publica-no-brasil/Acesso https://porvir.org/tarsila-do-amaral-e-a-educacao-publica-no-brasil/Acesso http://anais.educonse.com.br/2016/espacos_naoformais_promocao_de_letramento_cultural_e_cientifico_n.pdf http://anais.educonse.com.br/2016/espacos_naoformais_promocao_de_letramento_cultural_e_cientifico_n.pdf
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