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PROJETO INTEGRADOR V UNIVESP

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
LUCIANE DA SILVA MONTEIRO R.A. 1818968 
OTAVIO AUGUSTO DOS SANTOS R.A.1813211 
RENATA CRISTINA DOS SANTOS R.A.1813224 
STEPHANNY SUELLEN DA SILVA R.A1806044 
 
 
 
 
A ARTE DE CONTAR E CRIAR A ARTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bom Jesus dos Perdões - 
SP 2020 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ARTE DE CONTAR E CRIAR A ARTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório Técnico - Cientifico apresentado na 
disciplina de Projeto Integrador para o curso de 
Licenciatura em Pedagogia da Fundação 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo 
(UNIVESP) 
 
 
 
 
 
Bom Jesus dos Perdões - 
SP 2020 
 
MONTEIRO, Luciane da Silva; SANTOS, Otavio Augusto dos; SANTOS, Renata 
Cristina dos; SILVA, Stephanny Suellen da. A ARTE DE CONTAR E CRIAR A 
ARTE. 00f. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Pedagogia) – 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Polo: Bom Jesus dos Perdões, 
2020. 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Para a realização do projeto integrador, não experenciamos a oportunidade de 
visitar uma instituição para a realização deste projeto por conta da pandemia que 
estamos passando no momento, a Covid19 (Corona Vírus). Contudo entramos em 
contato via internet com a ONG CASULO (Centro de Desenvolvido e Integração 
Social da Criança Perdoense). Uma das dificuldades encontradas pelos 
representantes da ONG é despetar o interesse das crianças pela leitura. Através de 
pesquisas encontramos diferentes práticas para motivar a participação da crinaça 
na área artística e no momento de contação de história. Por conta da pandemia 
fizemos uma visita virtual a Pinacoteca de São Paulo, onde trabalhamos com as 
crianças uma importante artista brasileira, Tarsila do Amaral. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: História; Espaço; Ensino; Criança. 
MONTEIRO, Luciane da Silva; SANTOS, Otavio Augusto dos; SANTOS, Renata 
Cristina dos; SILVA, Stephanny Suellen da. THE ART OF TELLING AND 
CREATING ART. 00f.Technical-Scientific Report (Licenciatura Pedagogia) – 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Adviser. Polo: Bom Jesus dos 
Perdões, 2020. 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
For the realization of the integrating project, we did not experience the opportunity 
to visit an institution for the realization of this project due to the pandemic that we 
are currently experiencing, Covid19 (Corona Virus). However, we contacted the 
ONG CASULO (Center for Development and Social Integration of the Perdo Child) 
via the Internet. One of the difficulties encountered by representatives of the NGO is 
to dismiss the children's interest in reading. Through research we found different 
practices to motivate the participation of children in the artistic area and at the 
moment of storytelling. Due to the pandemic, we made a virtual visit to Pinacoteca 
de São Paulo, where we work with the children of an important Brazilian artist, Tarsila 
do Amaral. 
 
KEYWORDS: History; Space; Teaching; Student. 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 06 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1 Problemas e Objetivos .................................................................................... 07 
2.2 Justificativa ..................................................................................................... 08 
2.3 Fundamentação Teórica ................................................................................ 09 
2.4 Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador. ............................ 10 
2.5 Metodologia. ................................................................................................... 17 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 18 
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 20 
1. INTRODUÇÃO 
 
Neste projeto integrador V o tema desenvolvido foi com base nos conceitos da 
educação não formal, destacando a importância da contação de história em espaços não 
formais. A contação de histórias, é uma atividade fundamental, pois transmite valores, 
conhecimentos e contribui para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem, por meio da 
mesma, repassa-se costumes, tradições e valores capazes de estimular a formação do 
cidadão. Valores estes que são um dos aspectos da educação não formal que é o educar 
para a cidadania. 
 Desenvolvemos este projeto em uma ONG na cidade de Bom Jesus dos Perdões, o 
Casulo (Centro de Desenvolvido e Integração Social da Criança Perdoense), localizada na 
Rua João Franco de Camargo, 551, Centro de Bom Jesus dos Perdões/SP. 
Como estamos passando por um momento de isolamento social, por conta 
doCovid19 (Corona Vírus), não conseguimos fazer uma visita a instituição, portanto as 
pesquisas realizadas, foram elaboradas através de entrevistas por e-mail e contatos virtuais 
com a presidente da ONG Rosimeire Alves Gibim. 
Escolhemos trabalhar o projeto remotamente, percebemos que a maior dificuldade 
encontrada pela presidente e os demais colaboradores da ONG é despertar o interesse das 
crianças, principalmente a conteúdos relacionados a arte e durante as contações de 
histórias. 
Com essa problemática procuramos pesquisar práticas e metodologias educativas 
diferenciadas, na intenção de despertar o interesse e motivar a participação das crianças 
nas aulas de arte e nos momentos da contação de história. Assim, buscando através destas 
práticas ensinar o conceito e importância das atividades em espaços não formais, e 
destacaremos os conceitos sobre os museus, a arte de Tarsila do Amaral e contação de 
histórias, que são objetivos deste projeto. 
Utilizaremos neste projeto como recurso didático vídeo aula sobre museu, onde 
demonstraremos uma vista virtual a Pinacoteca de São Paulo, destacaremos obras de 
Tarsila do Amaral, artista a qual realizaremos a contação de história sobre suas obras e 
bibliografia da mesma. Ao final pediremos ao aluno para realizarem em materiais que 
forneceremos, uma obra de Tarsila do Amaral. 
Esperamos, através deste projeto tornar o ensino de artes e as contações de histórias 
em ONGS mais atrativas, com o objetivo de que os alunos fiquem mais motivados e 
participativos. 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
 
2.1 Problemas e Objetivos 
 
Como espaço não formal, para a realização deste projeto foi escolhida a 
ONG Casulo (Centro de Desenvolvido e Integração Social da Criança 
Perdoense), localizada na Rua João Franco de Camargo, 551, Centro de Bom 
Jesus dos Perdões/SP, é uma instituição beneficente, que atende crianças e 
adolescentes de 6 a 15 anos. Presta serviços em forma de contra turno escolar, 
distribuídos em dois períodos, a instituição oferece 45 vagas para o período da 
manhã e 45 para o vespertino, com duas refeições por período, café e almoço. 
 A Organização da Sociedade Civil (OSC) Casulo começou em 1999 
informalmente, como alternativa para algumas crianças que estavam 
aparecendo nas ruas de Bom Jesus dos Perdões pedindo dinheiro ou alimento 
aos habitantes. Percebendo a necessidade dessas crianças, um grupo de 
voluntários passou a oferecer uma refeição noturna e atenção. Um profissional 
da capoeira voluntariamente passou a dar aulas, aumentando o número de 
crianças. 
Em 2001, criou-se a entidade “Associação de Amparo à Criança 
Perdoense”. A gestão municipal, através da Secretaria de Assistência Social, 
formalizou neste mesmo ano um convênio com a Prefeitura do Município para 
repasse de subvenção à entidade, que naquele momento recebia somente 
doações da ABEC- Associação Brasileira de Educação e Cultura. 
Em 2002, o Espaço Amigo, possibilitou a entidade ampliar seus trabalhos 
e a estar mais ativo a Órgãos como o Conselho Tutelar e a Secretaria de Ação 
Social de Bom Jesus dos Perdões. No mesmo ano, houve a regularização da 
entidadeCASULO – Centro de Desenvolvimento e Integração Social da 
Criança Perdoense e passou a atender crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, 
justamente pela carência de ações sociais para esta faixa etária em questão. 
Os princípios zelados pela OSC Casulo é o fortalecimento de vínculo 
familiar, prevenção de riscos e vulnerabilidade social. Além de prestar serviços 
em Bom Jesus dos Perdões, também atende as Fundações C.A.S.A, em parceria 
com o Estado de São Paulo, localizadas no município de Atibaia, Jundiaí e 
Cerqueira Cesar, interior de São Paulo. 
https://www.facebook.com/casulobomjesusdosperdoes/?ref=search&__tn__=%2Cd%2CP-R&eid=ARC3Ho8n8KEtvCvnKTO-U4Geve__xriImsPDwmrv2Tnc_-eoWC3o35-rsQWAeKIa14gYJeERm4rTysRf
 Através de entrevistas e conversas por e-mail e contatos virtuais com a 
presidente da ONG Rosimeire Alves Gibim, a qual nos relatou que um dos 
problemas enfrentados pela ONG, é tentar despertar atenção e interesse das 
crianças, durante as atividades em especial as de artes, as quais são prioridade 
no CASULO. Como a ONG presta serviço de contra turno escolar as crianças 
sempre ficam muito dispersas, principalmente no período vespertino, alegam que 
estão cansadas da escola e apresentam muitas dificuldades em desenvolver as 
atividades solicitadas. 
A respeito da problemática apresentada, levantamos algumas hipóteses 
para uma possível solução. Decidimos realizar uma aula diferenciada, com vídeo 
aulas e contação de história, onde através das mesmas tentaremos despertar o 
interesse e curiosidade das crianças em relação a conteúdos relacionadas a arte, 
em especial neste projeto sobre as obras de artes de Tarsila do Amaral. 
O objetivo deste projeto é utilizar a contação de história como ferramenta 
pedagógica para despertar a curiosidade, a imaginação, a criatividade e 
consequentemente estimular o interesse pela leitura. Ao final deste projeto 
espera-se que as crianças percebam, que ouvir histórias pode ser algo divertido 
e prazeroso. 
 
 
2.2 Justificativa 
 
No atual contexto da educação brasileira, com o avanço tecnológico e o 
processo globalização, as crianças, estão perdendo o interesse pelos livros, as 
leituras estão cada vez menores e as histórias estão sendo esquecidas. De 
acordo com vários estudiosos, a contação de histórias é um precioso auxílio à 
prática pedagógica de professores na Educação Infantil e nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental. 
As histórias enriquecem a vida das crianças e auxiliam no processo de 
alfabetização, de letramento e ajudam, também, na formação do leitor, como 
ressalta Abramovich (1993, p.16): 
 
 
 
 Ah, como é importante para a formação de 
qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias.... 
Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um 
leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente 
infinito de descoberta e de compreensão do mundo [...]. 
 
A contação de história são ferramentas excelentes na arte de educar, pois 
através da mesma é possível trabalhar aspectos como, a imaginação, a 
criatividade, a oralidade, incentivo ao gosto pela leitura e contribuição na 
formação da personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo. 
No contexto da educação não formal, cabe ao professor demonstrar que 
a leitura e o ouvir histórias pode ser algo divertido, que abre as portas para a 
cultura letrada, para o prazer em aprender algo novo; incita a imaginação, a 
fantasia; amplia o conhecimento de mundo, de lugares, de pessoas. 
 
 
2.3 Fundamentação Teórica 
 
 
De acordo com Dohme (2000) “as histórias são um ‘Abra-te sésamo’ para 
o imaginário, onde a realidade e a fantasia se sobrepõem”. 
As histórias abrem as portas ao imaginário e proporcionam o 
desenvolvimento cognitivo, afetivo, da escrita, etc... Ouvindo histórias também 
podemos conduzir as crianças a conhecer diferentes emoções, como a tristeza, 
a segurança, o pavor, entre outros. 
“O primeiro contato da criança com um texto é feito, em 
geral, oralmente. É pela voz da mãe e do pai, contando 
contos de fada, trechos da Bíblia, histórias inventadas 
tendo a gente como personagem, narrativas de quando 
eles eram crianças e tanta, tanta coisa mais.... 
Contadas durante o dia, numa tarde de chuva ou à 
noite, antes de dormir, preparando para o sono gostoso 
e reparador, embalados por uma voz amada... É poder 
rir, sorrir, gargalhar com as situações vividas pelos 
personagens, com a ideia de conto ou com o jeito de 
escrever um autor e, então, poder ser um pouco 
cúmplice desse momento de humor, de gozação” 
(ABRAMOVICH, 2001, p. 16-17). 
 
Através da contação de histórias, as crianças podem relacionam sua 
realidade à história ouvida, com isso buscar nos personagens ajuda para resolver 
conflitos que estejam enfrentando. 
Para Coelho (1997), a história e capaz de aquietar, prender a atenção, 
informar, socializar e educar. E ainda permite 
A auto identificação, favorecendo a aceitação de 
situações desagradáveis, ajuda a resolver conflitos, 
acendo com a esperança. Agrada a todos, de modo 
geral, sem distinção de idade, de classe social, de 
circunstância de vida. Descobrir isso e praticá-lo é uma 
forma de desincorporar a arte à vida [...]. (COELHO, 
1997, p. 12) 
 
Nesse processo, o professor tem um papel fundamental, cabendo ao 
mesmo elaborar estratégias de acordo coma a faixa etária de seus alunos, 
proporcionar um ambiente agradável e estimulante, para que a criança possa se 
sentir à vontade e atraída pela história contada. 
 
 
2.3 Apliacação das Disciplinas Estudadas no Projeto Integrador 
 
 
Para a realização deste projeto foi pesquisado os conceitos e 
fundamentos das disciplinas de Educação em Espaço Não Formais, Arte e 
Música na Educação e Sociologia da Educação, disciplinas estas que são fonte 
de estudo em nossa formação no curso de Pedagogia. 
Na realidade a contação de histórias envolve várias disciplinas, pois instiga a 
oralidade, a criatividade, contribui na formação da personalidade social e afetivo, 
entre outros, como afirma ABRAMOVICH: 
 
 
 
 
“É através de uma história que se podem descobrir 
outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e 
de ser, outra ética, outra ótica. É ficar sabendo História, 
Geografia, Política, Sociologia, sem precisar saber o 
nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de 
aula...”. (ABRAMOVICH, 2001, p. 17). 
 
 
• Educação em Espaços Não-Formal 
 
A educação, enquanto forma de ensino-aprendizagem, é adquirida ao 
longo da vida dos cidadãos e, segundo alguns autores, podem ser divididas em 
três práticas diferentes, que acontecem separadas, porém, não independentes 
uma da outra, são elas: educação formal, educação informal e a educação não-
formal. 
A educação formal é aquela desenvolvida nas escolas públicas e privadas, 
cursos de aperfeiçoamento, etc., com conteúdos e carga horária previamente 
demarcados. 
A educação informal é a que ocorre de processos naturais e espontâneos, 
está diretamente voltada ao comportamento, hábitos, valores não intencionados 
e não institucionalizados, que pode ser transmitida pelos pais, no convívio com 
amigos, em teatros, clubes e outros, carregados de valores e cultura própria. 
Trata-se de uma educação não sistematizada, muitas vezes sem uma 
intencionalidade educativa. 
A educação não-formal é aquela que se aprende "no mundo da vida", via 
processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e 
ações coletivas cotidianas. 
A educação em espaços não-formal, foco deste Projeto Integrador, ocorre 
fora do sistema formal de ensino, sendo complementar a este. É um processo 
organizado, mas geralmente os resultados de aprendizagem não são avaliados 
formalmente. A educação não formal tem como objetivo resgatar de forma 
efetiva, valores essenciais para a formação de cidadãos protagonistas de sua 
própria vida, trazendo para eles a prática da cidadania, apreensão social, 
profissionalização, reforço escolar,dimensão sociocultural, entre outros. 
 
A educação não-formal designa um processo com 
várias dimensões tais como: a aprendizagem política 
dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos; a 
capacitação dos indivíduos para o trabalho, por meio 
da aprendizagem de habilidades e/ou desenvolvimento 
de potencialidades; a aprendizagem e exercício de 
práticas que capacitam os indivíduos a se organizarem 
com objetivos comunitários, voltadas para a solução de 
problemas coletivos cotidianos; a aprendizagem de 
conteúdos que possibilitem aos indivíduos fazerem 
uma leitura do mundo do ponto de vista de 
compreensão do que se passa ao seu redor; a 
educação desenvolvida na mídia e pela mídia, em 
especial a eletrônica etc.. Gohn (2006, p.2) 
 
 
Um dos grandes desafios da educação não formal é em defini-la, pelo fato 
ser uma área pouco conhecida para a sociedade. É importante destacar que a 
educação não formal se realiza em quaisquer atividades que ocorram fora do 
ambiente escolar. Para Núñez (1990) ao definir a ação da educação não formal 
ou ainda educação social, há que se pensar em dois aspectos, primeiro entender 
seus limites e alcances através de sua ação social educativa e em segundo lugar, 
o espaço desta ação educativa. 
Os espaços não formais oferecem atividades educacionais no período 
inverso de estudo da criança ou do adolescente, sendo uma experiência didática, 
organizada e sistematizada fora do contexto formal da escola. Trabalhar em 
espaços não formais pode ser um desafio para os pedagogos, professores e 
profissionais da área de educação, porém, mesmo não sendo uma prática como 
a educação escolar, isto não impede o profissional de utilizar de didáticas, 
metodologias, fazer planejamentos, e possuir embasamento teórico e 
competências para assumir uma pedagogia social. 
Segundo Marques (2014), educação não formal é aquele tipo de educação 
sistematizada e organizada, porém com flexibilidade quanto ao tempo e espaço 
que podem ser utilizados para esta educação. 
Na educação não-formal, os espaços educativos localizam-se em 
territórios que acompanham as trajetórias de vida dos grupos e indivíduos, fora 
das escolas. São exemplos de espaços de educação não formal as bibliotecas, 
museus, clubes de ciências, igrejas, ONGS, entre outros. 
 
• Contação de histórias 
 
A contação de histórias é uma estratégica pedagógica que pode favorecer 
de maneira significativa a prática docente na educação infantil e ensino 
fundamental. A contação de histórias para crianças é, uma das primeiras maneiras 
de transmitir conhecimento e estimular a imaginação dos alunos. Por essa razão, a 
prática de contar histórias deve ser usada nas escolas, principalmente no segmento 
da educação infantil. Contar histórias tornou-se um suporte pedagógico rico e 
imprescindível para o desenvolvimento cognitivo, psíquico e linguístico 
fundamentais à formação do ser humano como leitor literário e também do 
mundo ao seu redor. A escuta de histórias estimula a imaginação, educa, instrui, 
desenvolve habilidades cognitivas, dinamiza o processo de leitura e escrita, além 
de ser uma atividade interativa que potencializa a linguagem infantil. 
 
Ao preparar uma história para ser contada, tomamos 
a experiência do narrador e de cada personagem 
como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial 
por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas, e 
os contextos são do plano imaginário, mas os 
sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se 
materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 4) 
 
Ao ter contato com uma história que está sendo contada pelo professor 
(a) o aluno consequentemente recebe estímulos e que por sua vez os leva à 
mundos de sua própria imaginação, além de educar, instruir e, por conseguinte 
desenvolve habilidades cognitivas além de torna o processo de leitura e escrita 
algo bem mais dinâmico e acima de tudo pode se dizer que é uma atividade 
interativa que potencializa a oralidade infantil. A contação de histórias permite, 
desde cedo, o contato com as diversas linguagens e formas de narrar um 
acontecimento. 
 As histórias são verdadeiras fontes de sabedoria, que tem papel 
formador da identidade. Há pouco tempo, elas foram redescobertas como fonte 
de conhecimento de vida, tornando-se também um grande recurso para 
educadores. Com o advento da comunicação, ampliação dos recursos e 
globalização das informações, a linguagem falada tende a definhar, porém, 
concomitante a esse desenvolvimento, surgiu uma necessidade de resgatar os 
valores tradicionais e a própria natureza humana. A tradição oral dos contos, 
não só apareceu, como está ganhando força nos últimos tempos. (BUSATTO, 
2006, p. 21). 
 
 
• Museus 
 
O museu é um espaço de aprendizagem onde variadas formas de 
expressão e informação estão à disposição dos seus visitantes. Na formação de 
crianças e adolescentes podemos destacar o papel relevante dos museus, 
principalmente vinculado à vida escolar. Nos processos pedagógicos exercem 
papel fundamental, pois possibilitam aos interessados, em especial às crianças, 
à pesquisa a partir da história e da conservação de objetos, documentos e obras, 
bem como a interatividade nos casos onde isso é possível. O resultado dos 
processos pedagógicos que ocorre dentro desses espaços é visto na criatividade 
e acesso à cultura por parte das crianças, bem como na valorização do 
conhecimento e reconhecimento da arte como algo divertido. 
Muitos professores enxergam os museus nos processos pedagógicos como 
grandes oportunidades que contribuem para a formação dos seus alunos. 
Isso porque existem diversos tipos de museus voltados às mais diferentes áreas, 
como por exemplo: História, Ciências Naturais, Ciências e Tecnológicas, 
Antropologia, entre outros 
Cada área traz conhecimentos, informações e cultura que levam os alunos 
a um senso crítico, valorizando a si mesmo e a sociedade na qual estão 
inseridos. 
A curiosidade e a busca pela informação é que possibilitam às crianças 
um melhor entendimento a respeito da vida. 
Existem ainda os espaços interativos e multidisciplinares que unem 
diversos conceitos e possibilidades em um único espaço. 
Alguns espaços, como o Museu da Imaginação, têm por missão proporcionar 
experiências significativas por meio da arte e do brincar e cumprem todos esses 
processos pedagógicos de maneira ainda mais lúdica. 
Embora seja importante investir na educação e no espaço aberto, o museu 
não faz seu papel sozinho. É preciso existir um preparo para que os visitantes 
aproveitem plenamente as experiências, além de fazer sentido para crianças e 
adolescentes na perspectiva da educação. 
Para realização deste projeto fizemos uma visita virtual a Pinacoteca de 
São Paulo que é um dos museus mais antigos e importantes no Brasil. Seu 
edifício foi contruido em 1900, no centro de São Paulo. Tranformou-se ma das 
mais dinâmicas instituições culturais do país, integrando-se ao circuito 
internacional de exposições, promovendo eventos culturais diversos e mantendo 
uma ativa produção bibliográfica. 
Algumas das obras que está em exposição na Pinacoteca são de Candido 
Portinari, a tela Mestiço de 1934. A pintura feita por Georgina de Albuquerque 
em 1907, nomeada como Cabeça de Italiana. A obra Atropofagia de Tarsila do 
Amaral de 1929. 
Atualmente o museu conta com cerca de 500 obras entre pinturas, 
gravuras, desenhos, esculturas de autoria de artistas fundamentais para a 
história da arte brasileira. 
 
 
 
• Bibliografia e Artes de Tarsila do Amaral 
 
Tarsila do Amaral nasceu em Capivari, interior de São Paulo no ano de 
1886. Aos 16 anis Tarsila tem sua primeira experiência com a pintura, fazendo 
cópias do quadro Sagrado Coração de Jesus. Em 1917 ela começa a estudar 
pintura com Pedro Alexandrino. Em 1920 ela embarca para Paris, para estudar 
e aperfeiçoar suas técnicas na academia Julian com Émile Renard. 
No ano de 1922através de Anita Malfatti, ela conhece o grupo modernista 
da época incluindo Oswald de Andrade, Mario de Andrade, Anita Maldatti e 
Menotti del Pichio que junto a ela formam o “Grupo dos Cinco”. 
Em 1926 Tarsila realiza sua primeira exposição individual na Galerie 
Pexier, em Paris. A primeira exposição no Brasil foi em 1929 no Palace Hotel no 
Rio de Janeiro. E no ano de 1931 ela realiza uma exposição em Moscou. 
O quadro Abaporu foi um presente que Tarsila pintou para Oswald de 
Andrade, com quem ela estava casada no ano de 1928. Pensaram em um nome 
para a obra, pesquisaram no dicionário Tupi Guarani do pai de Tarsila e 
escolheram Abaporu, onde Aba vem de homem e Poru que come, ou seja, o 
homem que come o homem, o antropofagismo. 
A obra Abaporu inspira o movimento da antropofagia do Oswald de 
Andrade. O antropofagismo sugeria “engolir” a cultura europeia que era a cultura 
vigente na época, juntar elementos brasileiros para valorizar a cultura nacional. 
Com a crise econômica, Tarsila começa a trabalhar na Pinacoteca de São 
Paulo, como conservadora. Em 1931 ela viaja para Rússia, no mesmo ano ela 
estava passando por dificuldades financeiras ela começa a trabalhar como 
pintora de paredes e portas, para conseguir dinheiro para voltar ao Brasil. 
Em 1965 Tarsila foi submetida a uma cirurgia de coluna por sentir muitas 
dores e por erros médicos ela ficou paraplégica. No ano seguinte ela perde sua 
filha e se aproxima do espiritismo, conhecendo e fazendo amizade com Chico 
Xavier. 
Tarsila de Aguiar do Amaral morre no dia 17 de janeiro de 1973 com 
depressão. A artista deixou mais de dois mil trabalhos. Em 2008 a União 
Astronômica deu o nome de Amaral a uma cratera no planeta Mercúrio, em 
homenagem a grande artista, Tarsila do Amaral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 Metdologia 
 
Para a elaboração do projeto integrador, não se pode realizar o modo 
exploratório, pelo motivo de estarmos passando por um isolamento social, por 
consequência da pandemia Covid19 (Corona Vírus). A pesquisa exploratória 
seria uma forma mais eficaz par encontrarmos e solucionarmos o problema. 
Como destaca Gil (2002, p.41) pesquisas exploratórias tem como objetivo 
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais 
explícito ou a construir hipóteses. 
Em nosso projeto utilizamos a ferramenta de entrevista via e-mail e 
contatos virtuais, que nos proporcionou a chegar a uma problemática. Para 
Cervo e Bervian, (1976, p.145), a entrevista é a conversa orientada para um 
objetivo definido: recolher através do interrogatório do informante, dados para a 
pesquisa. Além da entrevista adotamos o método descritivo para a elaboração 
do trabalho, o que diz Gil (2002, p.42) ressalta que o método descritivo tem como 
objetivo primordial à descrição das características de determinada população ou 
fenômeno. Utiliza-se de técnicas padronizadas de coleta de dados, como 
questionários. 
Para a solução dessa problemática elaboramos uma atividade abstrata 
como objetivo incentivar a criatividade, a imaginação, construção de idéias 
próprias, desenvolver habilidades cognitivas da criança. 
Para a realização da atividade primeiramente seria realizado um 
videoaula, onde as crianças poderiam aprender a fazer uma vista virtual ao 
Museu. Neste projeto em especifico seria mostrado um dos mais importantes 
museus de artes do Brasil a Pinacoteca do Estado de São Paulo, onde 
destacaríamos as obras de Tarsila do Amaral. Após a videoaula seria realizada 
uma contação de histórias sobre a bibliografia e algumas obras de Tarsila, em 
seguida seria realizado uma atividade com a obra A Cuca, após uma breve 
descrição sobre a obra, seria formado alguns grupos e distribuído telas e molde 
com as figuras existente na obra A Cuca, após solicitaríamos que as crianças 
para pintar as figuras, recortar e colar na tela, mas mudando o cenário, ou seja, 
criando uma nova arte. 
 
3. Considerações Finais 
 
Através dos conceitos apresentados percebe que a importância da 
contação de histórias no processo de ensino aprendizagem tanto no espaço 
formal quanto o não formal, pois a contação de histórias estimula a imaginação, 
a oralidade, a criatividade, além de proporcionar o desenvolvimento do 
raciocínio, da motricidade e fortalecer a autoestima. 
Como afirma vários autores, a contação de histórias é um precioso 
auxilioprática pedagógica de professores na Educação Infantil e nos anos iniciais 
do Ensino Fundamental. Portanto é fundamental que o professor tenha 
conhecimento dos benefícios desta prática e a utilize de maneira adequada. 
 
A contação de histórias é atividade própria de 
incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o 
real. Ao preparar uma história para ser contada, 
tomamos a experiência do narrador e de cada 
personagem como nossa e ampliamos nossa 
experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os 
fatos, as cenas e os contextos são do plano do 
imaginário, mas os sentimentos e as emoções 
transcendem a ficção e se materializam na vida real. 
(RODRIGUES, 2005, p. 4). 
 
 
As histórias são uma maneira mais importante que a humanidade 
encontrou para manisfestar experiências que, nas narrativas realistas, não 
acontecem. A contação de histórias, além de pertencer ao campo da educação 
e à área das ciências humanas, é uma atividade comunicativa. Por meio dela, os 
homens repassam costumes, tradições e valores capazes de estimular a 
formação do cidadão. Por isso, contar histórias é saber criar um ambiente de 
encantamento, suspense, surpresa e emoção, no qual o enredo e os 
personagens ganham vida, transformando tanto o narrador como o ouvinte. O 
ato de contar histórias deve impregnar todos os sentidos, tocando o coração e 
enriquecendo a leitura de mundo na trajetória de cada um. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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2014. Acesso em 10 de novembro de 2020. Disponível em < 
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CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NA 
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