Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO LUCIANE DA SILVA MONTEIRO R.A. 1818968 OTAVIO AUGUSTO DOS SANTOS R.A.1813211 RENATA CRISTINA DOS SANTOS R.A.1813224 STEPHANNY SUELLEN DA SILVA R.A1806044 A ARTE DE CONTAR E CRIAR A ARTE Bom Jesus dos Perdões - SP 2020 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO A ARTE DE CONTAR E CRIAR A ARTE Relatório Técnico - Cientifico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Licenciatura em Pedagogia da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP) Bom Jesus dos Perdões - SP 2020 MONTEIRO, Luciane da Silva; SANTOS, Otavio Augusto dos; SANTOS, Renata Cristina dos; SILVA, Stephanny Suellen da. A ARTE DE CONTAR E CRIAR A ARTE. 00f. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Polo: Bom Jesus dos Perdões, 2020. RESUMO Para a realização do projeto integrador, não experenciamos a oportunidade de visitar uma instituição para a realização deste projeto por conta da pandemia que estamos passando no momento, a Covid19 (Corona Vírus). Contudo entramos em contato via internet com a ONG CASULO (Centro de Desenvolvido e Integração Social da Criança Perdoense). Uma das dificuldades encontradas pelos representantes da ONG é despetar o interesse das crianças pela leitura. Através de pesquisas encontramos diferentes práticas para motivar a participação da crinaça na área artística e no momento de contação de história. Por conta da pandemia fizemos uma visita virtual a Pinacoteca de São Paulo, onde trabalhamos com as crianças uma importante artista brasileira, Tarsila do Amaral. PALAVRAS-CHAVE: História; Espaço; Ensino; Criança. MONTEIRO, Luciane da Silva; SANTOS, Otavio Augusto dos; SANTOS, Renata Cristina dos; SILVA, Stephanny Suellen da. THE ART OF TELLING AND CREATING ART. 00f.Technical-Scientific Report (Licenciatura Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Adviser. Polo: Bom Jesus dos Perdões, 2020. ABSTRACT For the realization of the integrating project, we did not experience the opportunity to visit an institution for the realization of this project due to the pandemic that we are currently experiencing, Covid19 (Corona Virus). However, we contacted the ONG CASULO (Center for Development and Social Integration of the Perdo Child) via the Internet. One of the difficulties encountered by representatives of the NGO is to dismiss the children's interest in reading. Through research we found different practices to motivate the participation of children in the artistic area and at the moment of storytelling. Due to the pandemic, we made a virtual visit to Pinacoteca de São Paulo, where we work with the children of an important Brazilian artist, Tarsila do Amaral. KEYWORDS: History; Space; Teaching; Student. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 06 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Problemas e Objetivos .................................................................................... 07 2.2 Justificativa ..................................................................................................... 08 2.3 Fundamentação Teórica ................................................................................ 09 2.4 Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador. ............................ 10 2.5 Metodologia. ................................................................................................... 17 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 18 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 20 1. INTRODUÇÃO Neste projeto integrador V o tema desenvolvido foi com base nos conceitos da educação não formal, destacando a importância da contação de história em espaços não formais. A contação de histórias, é uma atividade fundamental, pois transmite valores, conhecimentos e contribui para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem, por meio da mesma, repassa-se costumes, tradições e valores capazes de estimular a formação do cidadão. Valores estes que são um dos aspectos da educação não formal que é o educar para a cidadania. Desenvolvemos este projeto em uma ONG na cidade de Bom Jesus dos Perdões, o Casulo (Centro de Desenvolvido e Integração Social da Criança Perdoense), localizada na Rua João Franco de Camargo, 551, Centro de Bom Jesus dos Perdões/SP. Como estamos passando por um momento de isolamento social, por conta doCovid19 (Corona Vírus), não conseguimos fazer uma visita a instituição, portanto as pesquisas realizadas, foram elaboradas através de entrevistas por e-mail e contatos virtuais com a presidente da ONG Rosimeire Alves Gibim. Escolhemos trabalhar o projeto remotamente, percebemos que a maior dificuldade encontrada pela presidente e os demais colaboradores da ONG é despertar o interesse das crianças, principalmente a conteúdos relacionados a arte e durante as contações de histórias. Com essa problemática procuramos pesquisar práticas e metodologias educativas diferenciadas, na intenção de despertar o interesse e motivar a participação das crianças nas aulas de arte e nos momentos da contação de história. Assim, buscando através destas práticas ensinar o conceito e importância das atividades em espaços não formais, e destacaremos os conceitos sobre os museus, a arte de Tarsila do Amaral e contação de histórias, que são objetivos deste projeto. Utilizaremos neste projeto como recurso didático vídeo aula sobre museu, onde demonstraremos uma vista virtual a Pinacoteca de São Paulo, destacaremos obras de Tarsila do Amaral, artista a qual realizaremos a contação de história sobre suas obras e bibliografia da mesma. Ao final pediremos ao aluno para realizarem em materiais que forneceremos, uma obra de Tarsila do Amaral. Esperamos, através deste projeto tornar o ensino de artes e as contações de histórias em ONGS mais atrativas, com o objetivo de que os alunos fiquem mais motivados e participativos. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Problemas e Objetivos Como espaço não formal, para a realização deste projeto foi escolhida a ONG Casulo (Centro de Desenvolvido e Integração Social da Criança Perdoense), localizada na Rua João Franco de Camargo, 551, Centro de Bom Jesus dos Perdões/SP, é uma instituição beneficente, que atende crianças e adolescentes de 6 a 15 anos. Presta serviços em forma de contra turno escolar, distribuídos em dois períodos, a instituição oferece 45 vagas para o período da manhã e 45 para o vespertino, com duas refeições por período, café e almoço. A Organização da Sociedade Civil (OSC) Casulo começou em 1999 informalmente, como alternativa para algumas crianças que estavam aparecendo nas ruas de Bom Jesus dos Perdões pedindo dinheiro ou alimento aos habitantes. Percebendo a necessidade dessas crianças, um grupo de voluntários passou a oferecer uma refeição noturna e atenção. Um profissional da capoeira voluntariamente passou a dar aulas, aumentando o número de crianças. Em 2001, criou-se a entidade “Associação de Amparo à Criança Perdoense”. A gestão municipal, através da Secretaria de Assistência Social, formalizou neste mesmo ano um convênio com a Prefeitura do Município para repasse de subvenção à entidade, que naquele momento recebia somente doações da ABEC- Associação Brasileira de Educação e Cultura. Em 2002, o Espaço Amigo, possibilitou a entidade ampliar seus trabalhos e a estar mais ativo a Órgãos como o Conselho Tutelar e a Secretaria de Ação Social de Bom Jesus dos Perdões. No mesmo ano, houve a regularização da entidadeCASULO – Centro de Desenvolvimento e Integração Social da Criança Perdoense e passou a atender crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, justamente pela carência de ações sociais para esta faixa etária em questão. Os princípios zelados pela OSC Casulo é o fortalecimento de vínculo familiar, prevenção de riscos e vulnerabilidade social. Além de prestar serviços em Bom Jesus dos Perdões, também atende as Fundações C.A.S.A, em parceria com o Estado de São Paulo, localizadas no município de Atibaia, Jundiaí e Cerqueira Cesar, interior de São Paulo. https://www.facebook.com/casulobomjesusdosperdoes/?ref=search&__tn__=%2Cd%2CP-R&eid=ARC3Ho8n8KEtvCvnKTO-U4Geve__xriImsPDwmrv2Tnc_-eoWC3o35-rsQWAeKIa14gYJeERm4rTysRf Através de entrevistas e conversas por e-mail e contatos virtuais com a presidente da ONG Rosimeire Alves Gibim, a qual nos relatou que um dos problemas enfrentados pela ONG, é tentar despertar atenção e interesse das crianças, durante as atividades em especial as de artes, as quais são prioridade no CASULO. Como a ONG presta serviço de contra turno escolar as crianças sempre ficam muito dispersas, principalmente no período vespertino, alegam que estão cansadas da escola e apresentam muitas dificuldades em desenvolver as atividades solicitadas. A respeito da problemática apresentada, levantamos algumas hipóteses para uma possível solução. Decidimos realizar uma aula diferenciada, com vídeo aulas e contação de história, onde através das mesmas tentaremos despertar o interesse e curiosidade das crianças em relação a conteúdos relacionadas a arte, em especial neste projeto sobre as obras de artes de Tarsila do Amaral. O objetivo deste projeto é utilizar a contação de história como ferramenta pedagógica para despertar a curiosidade, a imaginação, a criatividade e consequentemente estimular o interesse pela leitura. Ao final deste projeto espera-se que as crianças percebam, que ouvir histórias pode ser algo divertido e prazeroso. 2.2 Justificativa No atual contexto da educação brasileira, com o avanço tecnológico e o processo globalização, as crianças, estão perdendo o interesse pelos livros, as leituras estão cada vez menores e as histórias estão sendo esquecidas. De acordo com vários estudiosos, a contação de histórias é um precioso auxílio à prática pedagógica de professores na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. As histórias enriquecem a vida das crianças e auxiliam no processo de alfabetização, de letramento e ajudam, também, na formação do leitor, como ressalta Abramovich (1993, p.16): Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias.... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo [...]. A contação de história são ferramentas excelentes na arte de educar, pois através da mesma é possível trabalhar aspectos como, a imaginação, a criatividade, a oralidade, incentivo ao gosto pela leitura e contribuição na formação da personalidade da criança envolvendo o social e o afetivo. No contexto da educação não formal, cabe ao professor demonstrar que a leitura e o ouvir histórias pode ser algo divertido, que abre as portas para a cultura letrada, para o prazer em aprender algo novo; incita a imaginação, a fantasia; amplia o conhecimento de mundo, de lugares, de pessoas. 2.3 Fundamentação Teórica De acordo com Dohme (2000) “as histórias são um ‘Abra-te sésamo’ para o imaginário, onde a realidade e a fantasia se sobrepõem”. As histórias abrem as portas ao imaginário e proporcionam o desenvolvimento cognitivo, afetivo, da escrita, etc... Ouvindo histórias também podemos conduzir as crianças a conhecer diferentes emoções, como a tristeza, a segurança, o pavor, entre outros. “O primeiro contato da criança com um texto é feito, em geral, oralmente. É pela voz da mãe e do pai, contando contos de fada, trechos da Bíblia, histórias inventadas tendo a gente como personagem, narrativas de quando eles eram crianças e tanta, tanta coisa mais.... Contadas durante o dia, numa tarde de chuva ou à noite, antes de dormir, preparando para o sono gostoso e reparador, embalados por uma voz amada... É poder rir, sorrir, gargalhar com as situações vividas pelos personagens, com a ideia de conto ou com o jeito de escrever um autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de gozação” (ABRAMOVICH, 2001, p. 16-17). Através da contação de histórias, as crianças podem relacionam sua realidade à história ouvida, com isso buscar nos personagens ajuda para resolver conflitos que estejam enfrentando. Para Coelho (1997), a história e capaz de aquietar, prender a atenção, informar, socializar e educar. E ainda permite A auto identificação, favorecendo a aceitação de situações desagradáveis, ajuda a resolver conflitos, acendo com a esperança. Agrada a todos, de modo geral, sem distinção de idade, de classe social, de circunstância de vida. Descobrir isso e praticá-lo é uma forma de desincorporar a arte à vida [...]. (COELHO, 1997, p. 12) Nesse processo, o professor tem um papel fundamental, cabendo ao mesmo elaborar estratégias de acordo coma a faixa etária de seus alunos, proporcionar um ambiente agradável e estimulante, para que a criança possa se sentir à vontade e atraída pela história contada. 2.3 Apliacação das Disciplinas Estudadas no Projeto Integrador Para a realização deste projeto foi pesquisado os conceitos e fundamentos das disciplinas de Educação em Espaço Não Formais, Arte e Música na Educação e Sociologia da Educação, disciplinas estas que são fonte de estudo em nossa formação no curso de Pedagogia. Na realidade a contação de histórias envolve várias disciplinas, pois instiga a oralidade, a criatividade, contribui na formação da personalidade social e afetivo, entre outros, como afirma ABRAMOVICH: “É através de uma história que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica. É ficar sabendo História, Geografia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula...”. (ABRAMOVICH, 2001, p. 17). • Educação em Espaços Não-Formal A educação, enquanto forma de ensino-aprendizagem, é adquirida ao longo da vida dos cidadãos e, segundo alguns autores, podem ser divididas em três práticas diferentes, que acontecem separadas, porém, não independentes uma da outra, são elas: educação formal, educação informal e a educação não- formal. A educação formal é aquela desenvolvida nas escolas públicas e privadas, cursos de aperfeiçoamento, etc., com conteúdos e carga horária previamente demarcados. A educação informal é a que ocorre de processos naturais e espontâneos, está diretamente voltada ao comportamento, hábitos, valores não intencionados e não institucionalizados, que pode ser transmitida pelos pais, no convívio com amigos, em teatros, clubes e outros, carregados de valores e cultura própria. Trata-se de uma educação não sistematizada, muitas vezes sem uma intencionalidade educativa. A educação não-formal é aquela que se aprende "no mundo da vida", via processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivas cotidianas. A educação em espaços não-formal, foco deste Projeto Integrador, ocorre fora do sistema formal de ensino, sendo complementar a este. É um processo organizado, mas geralmente os resultados de aprendizagem não são avaliados formalmente. A educação não formal tem como objetivo resgatar de forma efetiva, valores essenciais para a formação de cidadãos protagonistas de sua própria vida, trazendo para eles a prática da cidadania, apreensão social, profissionalização, reforço escolar,dimensão sociocultural, entre outros. A educação não-formal designa um processo com várias dimensões tais como: a aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos; a capacitação dos indivíduos para o trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades e/ou desenvolvimento de potencialidades; a aprendizagem e exercício de práticas que capacitam os indivíduos a se organizarem com objetivos comunitários, voltadas para a solução de problemas coletivos cotidianos; a aprendizagem de conteúdos que possibilitem aos indivíduos fazerem uma leitura do mundo do ponto de vista de compreensão do que se passa ao seu redor; a educação desenvolvida na mídia e pela mídia, em especial a eletrônica etc.. Gohn (2006, p.2) Um dos grandes desafios da educação não formal é em defini-la, pelo fato ser uma área pouco conhecida para a sociedade. É importante destacar que a educação não formal se realiza em quaisquer atividades que ocorram fora do ambiente escolar. Para Núñez (1990) ao definir a ação da educação não formal ou ainda educação social, há que se pensar em dois aspectos, primeiro entender seus limites e alcances através de sua ação social educativa e em segundo lugar, o espaço desta ação educativa. Os espaços não formais oferecem atividades educacionais no período inverso de estudo da criança ou do adolescente, sendo uma experiência didática, organizada e sistematizada fora do contexto formal da escola. Trabalhar em espaços não formais pode ser um desafio para os pedagogos, professores e profissionais da área de educação, porém, mesmo não sendo uma prática como a educação escolar, isto não impede o profissional de utilizar de didáticas, metodologias, fazer planejamentos, e possuir embasamento teórico e competências para assumir uma pedagogia social. Segundo Marques (2014), educação não formal é aquele tipo de educação sistematizada e organizada, porém com flexibilidade quanto ao tempo e espaço que podem ser utilizados para esta educação. Na educação não-formal, os espaços educativos localizam-se em territórios que acompanham as trajetórias de vida dos grupos e indivíduos, fora das escolas. São exemplos de espaços de educação não formal as bibliotecas, museus, clubes de ciências, igrejas, ONGS, entre outros. • Contação de histórias A contação de histórias é uma estratégica pedagógica que pode favorecer de maneira significativa a prática docente na educação infantil e ensino fundamental. A contação de histórias para crianças é, uma das primeiras maneiras de transmitir conhecimento e estimular a imaginação dos alunos. Por essa razão, a prática de contar histórias deve ser usada nas escolas, principalmente no segmento da educação infantil. Contar histórias tornou-se um suporte pedagógico rico e imprescindível para o desenvolvimento cognitivo, psíquico e linguístico fundamentais à formação do ser humano como leitor literário e também do mundo ao seu redor. A escuta de histórias estimula a imaginação, educa, instrui, desenvolve habilidades cognitivas, dinamiza o processo de leitura e escrita, além de ser uma atividade interativa que potencializa a linguagem infantil. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas, e os contextos são do plano imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 4) Ao ter contato com uma história que está sendo contada pelo professor (a) o aluno consequentemente recebe estímulos e que por sua vez os leva à mundos de sua própria imaginação, além de educar, instruir e, por conseguinte desenvolve habilidades cognitivas além de torna o processo de leitura e escrita algo bem mais dinâmico e acima de tudo pode se dizer que é uma atividade interativa que potencializa a oralidade infantil. A contação de histórias permite, desde cedo, o contato com as diversas linguagens e formas de narrar um acontecimento. As histórias são verdadeiras fontes de sabedoria, que tem papel formador da identidade. Há pouco tempo, elas foram redescobertas como fonte de conhecimento de vida, tornando-se também um grande recurso para educadores. Com o advento da comunicação, ampliação dos recursos e globalização das informações, a linguagem falada tende a definhar, porém, concomitante a esse desenvolvimento, surgiu uma necessidade de resgatar os valores tradicionais e a própria natureza humana. A tradição oral dos contos, não só apareceu, como está ganhando força nos últimos tempos. (BUSATTO, 2006, p. 21). • Museus O museu é um espaço de aprendizagem onde variadas formas de expressão e informação estão à disposição dos seus visitantes. Na formação de crianças e adolescentes podemos destacar o papel relevante dos museus, principalmente vinculado à vida escolar. Nos processos pedagógicos exercem papel fundamental, pois possibilitam aos interessados, em especial às crianças, à pesquisa a partir da história e da conservação de objetos, documentos e obras, bem como a interatividade nos casos onde isso é possível. O resultado dos processos pedagógicos que ocorre dentro desses espaços é visto na criatividade e acesso à cultura por parte das crianças, bem como na valorização do conhecimento e reconhecimento da arte como algo divertido. Muitos professores enxergam os museus nos processos pedagógicos como grandes oportunidades que contribuem para a formação dos seus alunos. Isso porque existem diversos tipos de museus voltados às mais diferentes áreas, como por exemplo: História, Ciências Naturais, Ciências e Tecnológicas, Antropologia, entre outros Cada área traz conhecimentos, informações e cultura que levam os alunos a um senso crítico, valorizando a si mesmo e a sociedade na qual estão inseridos. A curiosidade e a busca pela informação é que possibilitam às crianças um melhor entendimento a respeito da vida. Existem ainda os espaços interativos e multidisciplinares que unem diversos conceitos e possibilidades em um único espaço. Alguns espaços, como o Museu da Imaginação, têm por missão proporcionar experiências significativas por meio da arte e do brincar e cumprem todos esses processos pedagógicos de maneira ainda mais lúdica. Embora seja importante investir na educação e no espaço aberto, o museu não faz seu papel sozinho. É preciso existir um preparo para que os visitantes aproveitem plenamente as experiências, além de fazer sentido para crianças e adolescentes na perspectiva da educação. Para realização deste projeto fizemos uma visita virtual a Pinacoteca de São Paulo que é um dos museus mais antigos e importantes no Brasil. Seu edifício foi contruido em 1900, no centro de São Paulo. Tranformou-se ma das mais dinâmicas instituições culturais do país, integrando-se ao circuito internacional de exposições, promovendo eventos culturais diversos e mantendo uma ativa produção bibliográfica. Algumas das obras que está em exposição na Pinacoteca são de Candido Portinari, a tela Mestiço de 1934. A pintura feita por Georgina de Albuquerque em 1907, nomeada como Cabeça de Italiana. A obra Atropofagia de Tarsila do Amaral de 1929. Atualmente o museu conta com cerca de 500 obras entre pinturas, gravuras, desenhos, esculturas de autoria de artistas fundamentais para a história da arte brasileira. • Bibliografia e Artes de Tarsila do Amaral Tarsila do Amaral nasceu em Capivari, interior de São Paulo no ano de 1886. Aos 16 anis Tarsila tem sua primeira experiência com a pintura, fazendo cópias do quadro Sagrado Coração de Jesus. Em 1917 ela começa a estudar pintura com Pedro Alexandrino. Em 1920 ela embarca para Paris, para estudar e aperfeiçoar suas técnicas na academia Julian com Émile Renard. No ano de 1922através de Anita Malfatti, ela conhece o grupo modernista da época incluindo Oswald de Andrade, Mario de Andrade, Anita Maldatti e Menotti del Pichio que junto a ela formam o “Grupo dos Cinco”. Em 1926 Tarsila realiza sua primeira exposição individual na Galerie Pexier, em Paris. A primeira exposição no Brasil foi em 1929 no Palace Hotel no Rio de Janeiro. E no ano de 1931 ela realiza uma exposição em Moscou. O quadro Abaporu foi um presente que Tarsila pintou para Oswald de Andrade, com quem ela estava casada no ano de 1928. Pensaram em um nome para a obra, pesquisaram no dicionário Tupi Guarani do pai de Tarsila e escolheram Abaporu, onde Aba vem de homem e Poru que come, ou seja, o homem que come o homem, o antropofagismo. A obra Abaporu inspira o movimento da antropofagia do Oswald de Andrade. O antropofagismo sugeria “engolir” a cultura europeia que era a cultura vigente na época, juntar elementos brasileiros para valorizar a cultura nacional. Com a crise econômica, Tarsila começa a trabalhar na Pinacoteca de São Paulo, como conservadora. Em 1931 ela viaja para Rússia, no mesmo ano ela estava passando por dificuldades financeiras ela começa a trabalhar como pintora de paredes e portas, para conseguir dinheiro para voltar ao Brasil. Em 1965 Tarsila foi submetida a uma cirurgia de coluna por sentir muitas dores e por erros médicos ela ficou paraplégica. No ano seguinte ela perde sua filha e se aproxima do espiritismo, conhecendo e fazendo amizade com Chico Xavier. Tarsila de Aguiar do Amaral morre no dia 17 de janeiro de 1973 com depressão. A artista deixou mais de dois mil trabalhos. Em 2008 a União Astronômica deu o nome de Amaral a uma cratera no planeta Mercúrio, em homenagem a grande artista, Tarsila do Amaral. 2.4 Metdologia Para a elaboração do projeto integrador, não se pode realizar o modo exploratório, pelo motivo de estarmos passando por um isolamento social, por consequência da pandemia Covid19 (Corona Vírus). A pesquisa exploratória seria uma forma mais eficaz par encontrarmos e solucionarmos o problema. Como destaca Gil (2002, p.41) pesquisas exploratórias tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Em nosso projeto utilizamos a ferramenta de entrevista via e-mail e contatos virtuais, que nos proporcionou a chegar a uma problemática. Para Cervo e Bervian, (1976, p.145), a entrevista é a conversa orientada para um objetivo definido: recolher através do interrogatório do informante, dados para a pesquisa. Além da entrevista adotamos o método descritivo para a elaboração do trabalho, o que diz Gil (2002, p.42) ressalta que o método descritivo tem como objetivo primordial à descrição das características de determinada população ou fenômeno. Utiliza-se de técnicas padronizadas de coleta de dados, como questionários. Para a solução dessa problemática elaboramos uma atividade abstrata como objetivo incentivar a criatividade, a imaginação, construção de idéias próprias, desenvolver habilidades cognitivas da criança. Para a realização da atividade primeiramente seria realizado um videoaula, onde as crianças poderiam aprender a fazer uma vista virtual ao Museu. Neste projeto em especifico seria mostrado um dos mais importantes museus de artes do Brasil a Pinacoteca do Estado de São Paulo, onde destacaríamos as obras de Tarsila do Amaral. Após a videoaula seria realizada uma contação de histórias sobre a bibliografia e algumas obras de Tarsila, em seguida seria realizado uma atividade com a obra A Cuca, após uma breve descrição sobre a obra, seria formado alguns grupos e distribuído telas e molde com as figuras existente na obra A Cuca, após solicitaríamos que as crianças para pintar as figuras, recortar e colar na tela, mas mudando o cenário, ou seja, criando uma nova arte. 3. Considerações Finais Através dos conceitos apresentados percebe que a importância da contação de histórias no processo de ensino aprendizagem tanto no espaço formal quanto o não formal, pois a contação de histórias estimula a imaginação, a oralidade, a criatividade, além de proporcionar o desenvolvimento do raciocínio, da motricidade e fortalecer a autoestima. Como afirma vários autores, a contação de histórias é um precioso auxilioprática pedagógica de professores na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Portanto é fundamental que o professor tenha conhecimento dos benefícios desta prática e a utilize de maneira adequada. A contação de histórias é atividade própria de incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 4). As histórias são uma maneira mais importante que a humanidade encontrou para manisfestar experiências que, nas narrativas realistas, não acontecem. A contação de histórias, além de pertencer ao campo da educação e à área das ciências humanas, é uma atividade comunicativa. Por meio dela, os homens repassam costumes, tradições e valores capazes de estimular a formação do cidadão. Por isso, contar histórias é saber criar um ambiente de encantamento, suspense, surpresa e emoção, no qual o enredo e os personagens ganham vida, transformando tanto o narrador como o ouvinte. O ato de contar histórias deve impregnar todos os sentidos, tocando o coração e enriquecendo a leitura de mundo na trajetória de cada um. REFERÊNCIAS TEDESCO, Ana Cláudia. SOUZA, Anilda Machado de. Contação de História No Espaço Não Escolar. Agosto de 2013. Acesso em 07 de novembro de 2020. Disponível em < http://facos.edu.br/publicacoes/revistas/e- ped/agosto_2013/pdf/contacao_de_historia_no_espaco_nao_escolar.pdf > A Educação Não Formal: Um Espaço Alternativo da Educação. EDUCERE, XIII Congresso Nacional de Educação. Acesso em 07 de novembro de 2020. Disponível em < https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/25198_12669.pdf > SILVA, A. L. F.; PERRUDE, M. R. Atuação do pedagogo em espaços não- formais: algumas reflexões. 4º Edição. Revista eletrônica pro-docência/uel. Edição Nº. 4, Vol. 1, juldez. 2013. FERREIRA, A. V. As relações metodológicas entre a abordagem societal da teoria das representações sociais, em Willem Doise, e a da identidade profissional e social, em Claude Dubar, dos educadores sociais. EDUCERE, 2013. SOUSA, Janaina Pereira. CONTAÇÃO DE HISTÓRIA: CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA SOCIALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL. Universidade Federal da Paraiba, 2014. Acesso em 10 de novembro de 2020. Disponível em < https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/4226/1/JPS06022015.pd f > http://facos.edu.br/publicacoes/revistas/e-ped/agosto_2013/pdf/contacao_de_historia_no_espaco_nao_escolar.pdf http://facos.edu.br/publicacoes/revistas/e-ped/agosto_2013/pdf/contacao_de_historia_no_espaco_nao_escolar.pdf https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/25198_12669.pdf https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/4226/1/JPS06022015.pdf https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/4226/1/JPS06022015.pdf SANTOS, Abigail Pascoal dos. SANTOS, Jemima Pascoal dos. A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Acesso em de novembro de 2020. Disponível em < https://revista.ufrr.br/boca/article/view/PDF7#:~:text=A%20conta%C3%A7%C 3%A3o%20de%20hist%C3%B3rias%20%C3%A9,dos%20alunos%20da%20 Educa%C3%A7%C3%A3o%20Infantil > https://revista.ufrr.br/boca/article/view/PDF7#:~:text=A%20conta%C3%A7%C3%A3o%20de%20hist%C3%B3rias%20%C3%A9,dos%20alunos%20da%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20Infantilhttps://revista.ufrr.br/boca/article/view/PDF7#:~:text=A%20conta%C3%A7%C3%A3o%20de%20hist%C3%B3rias%20%C3%A9,dos%20alunos%20da%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20Infantil https://revista.ufrr.br/boca/article/view/PDF7#:~:text=A%20conta%C3%A7%C3%A3o%20de%20hist%C3%B3rias%20%C3%A9,dos%20alunos%20da%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20Infantil
Compartilhar