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Zoonoses de grandes animais

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Principais zoonoses de grandes animais
Prof: M.V Nicole Caroline Teixeira Nascimento
Brucelose bovina 
Definição
A brucelose bovina é uma doença infecciosa crônica que causa grandes perdas econômicas. Manifesta-se principalmente na forma de abortos no terço final da gestação e pelo nascimento de bezerros fracos.
É uma doença causada pela bactéria Brucella abortus, a qual infecta animais e o homem, tratando-se de uma zoonose de relevância mundial.
Como o nome da bactéria causadora sugere, a brucelose bovina é uma importante causa de aborto, algumas vezes acompanhada de infertilidade permanente ou temporária, o que acarreta enormes perdas econômicas.
Gera grandes impactos na produção de leite, visto que causa problemas reprodutivos, sendo responsável por 20 a 25% de perdas na produção de leite.
Transmissão
A principal fonte de contaminação de rebanhos com animais sadios é a introdução de animais infectados. A transmissão da bactéria ocorre principalmente pela via oral devido a dois fatores:
O hábito dos bovinos de lamber, de forma que um bovino sadio pode lamber a vulva de uma fêmea doente;
A ingestão de alimentos contaminados por urina e fezes de animais doentes, ou ingestão de restos de placentas
Uma grande quantidade de bactéria é eliminada durante o aborto e parto de fêmeas infectadas. 
Sinais Clínicos
Principais sintomas:
Retenção placentária
Nascimento de bezerros fracos
Repetição de cio e descargas uterinas com grande eliminação de bactérias
Corrimento vaginal
No terço final da gestação, provoca aborto
Inflamação das articulações
No macho, há uma infecção aguda do sistema reprodutivo (orquite), podendo gerar infertilidade dos animais.
Prejuízos causados pela Brucelose bovina 
Aborto: gera perdas econômicas pelo simples fato da perda da cria, que no caso de gado de corte é o produto principal e no gado de leite, caso seja fêmea, seria animal com valor comercial que acabou sendo perdido. Em alguns casos, as vacas podem com o tempo não apresentar mais o aborto, vindo a parir natimortos ou bezerros fracos, porém acabam infectando as pastagens e disseminando a doença.
Repetição de cios: Os cios repetidos são grande problema nos rebanho, pois com eles vêm o aumento do intervalo entre partos, que também causa grandes prejuízos em qualquer tipo de exploração de rebanhos bovinos. No caso do leite, gera maior tempo de período seco nas vacas e no rebanho de corte acarreta menor número de bezerros disponíveis para venda ao longo do ano. 
Prejuízos causados pela Brucelose bovina 
Retenção de placenta e metrite: ocasiona gastos com tratamentos, medicamentos, e que também causam um período de descarte de leite no caso de rebanhos leiteiros devido ao uso de antibióticos.
Novilhas que apresentam a doença na fase de reprodução: apresentam aborto, recontaminando o ambiente e sendo descartadas precocemente sem que sua produção seja suficiente para cobrir os seus custos de criação.
Queda na produção de leite: Somando-se todos os fatores acima, temos uma queda na produção de leite da propriedade, pois com o aborto, algumas fêmeas ainda produzem leite, mas a produção nunca é a mesma e geralmente o período de lactação é mais curto. 
Prejuízos causados pela Brucelose bovina 
Aumento no número de animais de descarte: Como os animais passam a apresentar problemas reprodutivos, muitos deles são descartados precocemente do plantel, gerando perdas como custo de compra de animais de outros rebanhos ou de um maior número de bezerras sendo recriadas para reposição de matrizes.
Problemas de comercialização de animais: Sempre que a uma propriedade vende animais doentes, as notícias acabam ficando públicas no meio em que se encontra, tornando assim mais difícil a comercialização de animais e sua desvalorização, além do que, atualmente a propriedade pode estar sujeita até a sua interdição, sendo vetada a saída de animais até que se regularize a situação.
Teste de Brucelose Bovina
Em ambos, o material necessário para a realização do teste é amostra de soro sanguíneo. 
Teste de Soroaglutinação com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT): O resultado confirmará com exatidão apenas os animais que são negativos (não reagentes no teste).
2-Mercaptoetanol (2-ME): Os animais com resultado positivo, ou seja, apresentaram reação no teste, têm suas amostras encaminhadas para o teste 2-ME, que funciona como um teste confirmatório. 
Caso o resultado deste segundo teste também seja positivo, confirmando a infecção, o animal deve ser sacrificado. Caso o resultado seja inconclusivo, o animal deverá ser testado novamente no 2-ME.
Controle e Prevenção
Vacinar fêmeas de 3 e 8 meses;
Realizar exame dos rebanho anualmente;
Sacrificar animais doentes;
Isolamento das vacas que abortaram;
Realizar exame das vacas abortivas;
Retornar para o rebanho somente vacas testadas, negativas;
Enterrar material proveniente do abortamento, que não foi enviado para o laboratório;
Desinfectar com cal ou creolina todo o material que teve contato com o feto, membranas fetais e líquidos; e
Adquirir animais de propriedades livres da doença, comprovadas por diagnóstico.
Vacina
No Brasil, há duas vacinas utilizadas conta a brucelose bovina: B19 e RB51.
A B19 proporciona uma proteção de 75 a 80% e é obrigatória em todas as fêmeas na faixa etária de 3 a 8 meses, sendo necessário uma única dose.
Caso a fêmea seja vacinada com idade superior a 8 meses, ela pode apresentar produção de anticorpos aglutinantes, que irão interferir no diagnóstico. Isto significa que um animal não infectado poderá apresentar resultado positivo no teste diagnóstico.
A vacina RB51 não induz a formação desses anticorpos aglutinantes, sendo permitida nos casos de fêmeas bovinas com mais de 8 meses de idade que nunca foram vacinadas com a B19.
A vacinação só pode ser realizada sob responsabilidade de médicos veterinários.
Brucelose em humanos
Definição
Também conhecida como febre de Malta, a brucelose é uma doença infecciosa causada por diferentes gêneros da bactéria Brucella – Brucella abortus (gado), Brucella suis (suínos), Brucella melitensis (caprinos), Brucella cannis (menos comum) – transmitida dos animais para os homens. A infecção ocorre quando eles entram em, contato direto com animais doentes ou ingerem leite não pasteurizado, produtos lácteos contaminados (queijo e manteiga, por exemplo) carne mal passada e seus subprodutos.
O risco de contrair a infecção é maior no caso de homens adultos que trabalham com a saúde, criação e manejo de animais ou nos abatedouros e casas de carne. No entanto, mulheres e crianças também podem ser infectadas, assim como é possível a transmissão vertical da enfermidade da mãe para o feto.
A brucelose humana é considerada uma doença profissional pelos órgãos da Saúde Pública.
Sinais Clínicos
O período de incubação pode variar de 5 dias até vários meses.
Forma aguda: os sintomas podem ser confundidos com os da gripe.
Febre intermitente/recorrente/ondulante, sudorese noturna (suor com cheiro de palha azeda), calafrios, fraqueza, cansaço, inapetência, dor de cabeça, no abdômen e nas costas.
Forma crônica: os sintomas retornam mais intensos. 
Febre recorrente, grande fraqueza muscular, forte dor de cabeça, falta de apetite, perda de peso, tremores, manifestações alérgicas (asma, urticária, etc.), pressão baixa, labilidade emocional, alterações da memória.
Nos quadros mais graves, pode afetar vários órgãos, entre eles o sistema nervoso central, o coração, os ossos, as articulações, o fígado, o aparelho digestivo.
Tratamento e Prevenção
Não existe vacina contra a brucelose humana. 
A prevenção da doença depende diretamente do controle e erradicação da bactéria nos animais. Nesse sentido, são medidas importantes os cuidados com a higiene pessoal, com os utensílios de trabalho, com o preparo e escolha dos alimentos, principalmente da carne e subprodutos e do leite (que deve ser pasteurizado ou fervido) e seus derivados.
O tratamento da brucelose tem como base a associação de antibióticos(tetraciclina, gentamicina, doxiciclina) e deve ser mantido por seis semanas.
Durante as crises da doença aguda, o paciente deve permanecer em repouso e bem hidratado.
Tuberculose
Definição
Assim como outras doenças bovinas, a tuberculose é uma das grandes ameaças para o rebanho e para o homem, mas que pode ser evitada através de procedimentos de prevenção. 
É uma doença causada pela bactéria do gênero Mycobacterium que afeta suínos, ovinos, aves, bubalinos, humanos, e principalmente bovinos. A doença em bovinos pode causar uma série de prejuízos ao pecuarista inclusive a queda na produção de leite, além de ser uma das principais zoonoses que impacta na saúde pública.
Transmissão
A principal forma de transmissão é por via respiratória, através do ar. Mas também a transmissão ocorre no contato direto com secreções nasais e a ingestão de leite cru de animais infectados.
 Quanto maior a quantidade de animais infectados, maior é o número de bactérias presentes no ambiente.
Nos rebanhos, a principal fonte de M. bovis são bovinos infectados que residem no próprio rebanho, ou animais recentemente adquiridos. A disseminação dentro do rebanho é devida principalmente à transmissão por aerossol entre animais em contato próximo, mas pode ocorrer da fêmea lactante à sua cria, pelo leite contaminado, ou simplesmente pelo contato próximo entre a mãe e o bezerro. 
Sinais clínicos 
Inicialmente, os animais não apresentam sintomas, mas isso não inibe a ação das bactérias que podem ser transmitidas no ambiente e no leite. Já no estágio avançado, ocorre nos animais:
Emagrecimento progressivo;
Falta de ar;
Tosse;
Mamite;
Infertilidade.
Em estágios avançados, os bovinos podem apresentar caquexia progressiva, hiperplasia de linfonodos superficiais e/ou profundos, dispneia, tosse, mastite, infertilidade, entre outros, dependendo do local das lesões.
Sinais clínicos 
As lesões frequentemente encontradas em quadros de tuberculose são o saco pericárdico espesso com acúmulo de material granulomatoso, aderido ou não, a tecidos adjacentes.
Aumento de volume pulmonar, espessamento da pleura e presença de nódulos de diferentes tamanhos. Esses nódulos apresentam necrose caseosa, com áreas de calcificação ao corte, podendo estar localizados nos pulmões, linfonodos, no fígado e rins.
Diagnóstico e controle
A única forma eficiente de diagnosticar é mediante a tuberculinização, esta consiste em inocular, intradermicamente, tuberculina que é uma proteína extraída da cultura do Mycobacterium.
 Se o animal estiver infectado se produz uma reação de hipersensibilidade no local da inoculação, evidenciada por edema e aumento de volume.
Controle e Prevenção
Infelizmente não existe vacina nem tratamento para a tuberculose bovina, portanto é de extrema importância que o produtor leiteiro tenha um manejo sanitário preventivo.
Quando detectada a tuberculose, o médico veterinário precisa fazer a marcação dos animais e notificar à defesa sanitária e os mesmos devem ser sacrificados no período de até 30 dias. O recomendado é que esses animais sejam encaminhados para abate sanitário em locais que possuam serviço de inspeção de carcaças. Se esta opção foi inviável, eles podem ser abatidos na propriedade, e esta deve ser acompanhada pelo serviço oficial de defesa sanitária animal.
Tuberculose em humanos
Transmissão 
Na zona rural, muitas pessoas que trabalham com os rebanhos podem se contaminar por M. bovis cujo agente causador se propaga pela respiração, fezes, leite ou fluídos corporais do animal, com o agravante de que, estes germes são eliminados bem antes do surgimento dos primeiros sintomas da doença. 
As pessoas contaminam-se diretamente, também, pela ingestão do leite “mugido”, no próprio curral, pois na maioria das vezes nem chegam a ferver o leite. Por isto, o principal perigo de contaminação para o ser humano é o consumo do leite in natura,
Sinais Clínicos
Os sintomas correspondem ao modo de infecção, seja pela inalação do vírus ou pela ingestão do leite contaminado
Os sintomas da tuberculose pulmonar são compatíveis com o de uma doença infecciosa, tendo febre, emagrecimento, tosse, fadiga, dor no tórax, suores noturnos, fraqueza. Na forma grave tem tosse com sangue.
Na tuberculose por ingestão, após 5 a 8 semanas a doença evolui pra febre, dor de garganta, inflamação das amigdalas e linfonodos cervicais, e desconforto estomacal.
Diagnóstico, tratamento e prevenção
Atualmente, os exames complementares mais utilizados além do exame clinico soai: bacteriológicos, radiológicos, histopatológicos e imunológicos.
A quimioterapia deve impedir o desenvolvimento da resistência bacteriana,
A duração do tratamento é de no mínimo 6 . A contagiosidade cessa 1 mês após o inicio da quimioterapia
Vacina BCG
Raiva bovina
Transmissão
O principal transmissor de raiva para os bovinos são os morcegos hematófagos. A transmissão geralmente ocorre por inoculação da saliva dos animais infectados, mas é possível contrair pelo contato com o sangue e saliva em mucosas. O período de incubação do vírus pode chegar a 6 meses.
Sinais Clínicos
Forma paralítica: incoordenação motora, insensibilidade ao toque, flacidez ou desvio lateral de cauda, perda do controle anal, salivação excessiva, mugidos sem som, dificuldade em deglutir, agressividade, paralisia flácida de membros e em casos mais avançados o animal não consegue se levantar. 
Os sinais não específicos da doença geralmente são: apatia, animal se isola do grupo, opacidade de córnea e dificuldade em defecar.
 A progressão é sempre para a morte
Prevenção
A RAIVA NÃO TEM CURA! Por isso é preciso investir em medidas preventivas como controlar a população de morcegos transmissores e realizar a aplicação da vacina anual de todo o rebanho, independentemente da idade. Todos os animais devem ser vacinados. O esquema recomendado é de duas doses iniciais, com intervalo de 30 dias e revacinação anual de todos os animais.
Sacrifico dos animais infectados.
Botulismo
Definição
Também conhecida como "doença da vaca caída
É uma toxi-infecção alimentar, ou seja, o animal é infectado quando ingere alimento ou água contaminada com a bactéria Clostridium botulinum, presente no ambiente em locais que apresentam condições propícias para sua manutenção no estado dormente. Quando a bactéria encontra condições para se multiplicar, ela produz as toxinas que causam o problema.
 As bactérias estão presentes em alimentos mal conservados, como uma silagem úmida e fermentada, e em restos de carcaças de outros animais. Neste caso, os animais com deficiências minerais buscam fontes para suprir sua necessidade e acabam lambendo ossos que estejam no pasto, por exemplo.
Já o botulismo hídrico ocorre quando as bactérias estão presentes em água contaminada. Geralmente na estação seca, quando as poças d’água apresentam restos de alimentos e detritos, o boi pode contrair a doença. 
Sinais Clínicos
A quantidade de toxina ingerida e a susceptibilidade do animal determinam do período de incubação e a evolução clínica. Quanto maior a quantidade ingerida, menor é o período de incubação e mais rápida é a evolução da doença.
Após a contaminação, o animal começa a ter dificuldades para levantar os membros posteriores e, diferente de outras enfermidades como a raiva – primeira suspeita quando se trata de doenças neurológicas – é que o botulismo não provoca perda de consciência. O animal tenta se locomover, se alimentar, e não consegue.
Dois sintomas importantes se destacam na sintomatologia clínica do botulismo, a diminuição dos movimentos da cauda e a perca do tônus da musculatura da língua, entretanto, alguns animais podem não apresentar esses sintomas no curso da doença.
Diagnóstico
O primeiro passo para o diagnóstico assertivo do botulismo, é a realização de uma anamnese robusta na propriedade:
Avaliar além dos sintomas do caso clínico apresentado, também, possíveis fontes de contaminação, em reservatórios de água e alimentos destinadosaos animais por exemplo.
 Avaliar a presença de carcaças de animais nos pastos também deve fazer parte desse processo.
Avaliar se existe um calendário sanitário na propriedade e se este calendário contempla vacinas contra o botulismo.
Fazer a necrópsia, mesmo sem a presença de alterações macroscópicas apresentadas. São coletados o conteúdo do rúmen, do intestino e fígado enviados para análise.
Prevenção
Conservação da água: Por vezes, a água até parece limpa, mas tem resto de uma carcaça que compromete sua qualidade. Assim você tem a degradação e ali vai ter a bactéria, que vai se multiplicar.
Mineralização: ponto importante é disponibilizar a suplementação adequada para categoria, diminuindo a necessidade de o animal buscar minerais em outras fontes, como eventuais ossos encontrados no pasto;
Conservação do alimento: silagem de milho úmido e rações que fermentaram além do necessário podem abrigar as bactérias;
Vacina: é uma das formas de prevenir que a toxina cause problemas porque a bactéria está no ambiente e é difícil controlar em todos aspectos sem ter a vacina para segurar as infecções. 
Botulismo em humanos
Transmissão
Presente no solo e em sedimentos aquáticos;
Alimentos contaminados e mal conservados (enlatados ou embalados a vácuo são os mais vulneráveis);
Alimentos que não foram devidamentes esterilizados; 
Conservantes caseiros de vegetais, presunto, embutidos de carne e presunto.
Sinais clínicos 
Constipação intestinal, náuseas, vômito, diarréias (não freqüentes), pois a toxina não tem atividade irritativa na mucosa digestiva.
Fraqueza, vertigem, seguindo-se de alterações oculares: fotofobia, cegueira para cores, visão dupla e ausência de lágrimas, feridas na pele, olhar perdido.
Paralisia dos músculos intercostais, brônquios e diafragma, levando à taquipnéia, dispnéia, respiração superficial, cianose e deficiência de deglutição.
A morte pode ocorrer por hipóxia devido à paralisia do diafragma ou por parcial ou total obstrução das vias respiratórias superiores.
Diagnostico e tratamento
Além do quadro clínico-epidemiológico, o diagnóstico é confirmado pela identificação da toxina botulínica nas fezes, no soro, aspirado gástrico ou alimento suspeito; cultura das fezes, ou necropsias
O paciente deverá ser encaminhado à Unidade de Tratamento Intensivo, para tratar insuficiência respiratória aguda e receber tratamento de suporte às complicações. 
Quando disponível, poderá ser utilizada antitoxina botulínica trivalente. Seu uso não é recomendado em crianças.
A recuperação da doença é lenta, pois a toxina já instalada entre as células nervosas é destruída pelo sistema de defesa do corpo. Não há remédios ou soro que eliminem a toxina. 
Prevenção
Educação para saúde: orientação das pessoas que se dedicam à preparação de enlatados e conservas caseiras quanto às técnicas de conservação (tempo, preparo e temperatura adequada para destruição dos esporos). Informar à população sobre o risco de consumo e aquisição de alimentos em latas com tampas estufadas, ou com odor rançoso, que não podem ser ingeridos.
Pessoas que trabalham com o gado ou próximas, não consumir carcaças de animais mortos.
Obrigada!

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