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Direito Público e Direito PrivadoREV

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9
Reflexões hermenêuticas sobre os diálogos entre Direito Público e Privado
Fernando Tizon
Valentina Capelli
Direito. 
São José, maio 2019.
Índice
Introdução……………………………………………………………………………..3
Direito Público e Privado ……………………………………………………………5
Considerações Finais………………………………………………………………..8
Referências……………………………………………………………………………9
1	INTRODUÇÃO 
	Vamos supor que duas pessoas jurídicas decidam construir um shopping center. Dentro deste projeto, podem eleger aquele instrumento jurídico que, para elas, seja o mais apropriado para formalizar esta associação. Estas pessoas podem fazer um consórcio ou, ainda, criar uma sociedade com um propósito específico. 
Desta forma, podem, por exemplo, utilizar recursos próprios ou buscar recursos de terceiros para poder financiar a construção deste shopping. Elas, então, procuram bancos ou financeiras para a celebração de um contrato de financiamento. 
	
	Os atos praticados até então estão dentro do domínio privado. Sendo assim, o Direito Privado é o regime jurídico que deve, então, ser aplicado. Em seguida, vão em busca de autorizações, procuram a aprovação do projeto, até alcançarem a licença de construção. É importante lembrar que esta licença só será concedida se os parâmetros urbanísticos definidos por lei forem observados. Se algo não estiver de acordo, estas pessoas terão que alterar o projeto deste shopping. 
	Vamos agora imaginar que a licença foi concedida e a construção começou. Entretanto, a construção do shopping não seguiu as especificações que haviam sido autorizadas e definidas pelo projeto. Como consequência, após a fiscalização por agentes públicos, foi editado um auto de infração que deu início a um processo administrativo. 
	
	Uma vez concedido o contraditório e ampla defesa, foi aplicada uma sanção de multa. Não restam dúvidas que os atos praticados pelo município estão todos no âmbito do Direito Público. 
As fronteiras dos dois campos podem ficar ainda mais confusas se o contrato de financiamento da construção do shopping tiver sido celebrado entre as duas pessoas e o BNDES, por exemplo. Mais ainda, se a construção deste shopping estiver inserida num projeto associado de uma concessão administrativa de revitalização urbanística, que é um contrato administrativo firmado com o Poder Público ou, mais precisamente, com uma sociedade de economia mista, ou seja, uma estatal, que agirá como poder concedente. 
Desta forma, para que esses limites fiquem mais claros, precisa-se escolher um critério de identificação do regime jurídico, ou seja, se é público ou privado. É preciso indicar algum critério que se torne útil. Entretanto, é necessário avaliar os principais critérios utilizados pela doutrina, antes de fazer qualquer indicação aquele que se mostre mais adequada. 
2	DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
Geralmente, quando o assunto é Direito Público e Direito Privado, procura-se indicar campos próprios de uma realidade cujo regime jurídico possui um diferencial. Sabe-se que Direito Público são normas de natureza pública que vão regular as relações jurídicas, enquanto Direito Privado são normas de direito privado que vão regular as relações dentro de uma sociedade. 
Isto significa dizer que, em uma norma de direito público, de um lado dos polos da relação está o Estado, entretanto, não basta apenas existir o Estado, o poder público: esse Estado precisa estar em uma situação de supremacia. O Estado é assim elevado não por uma lógica autoritária deslegitimada, mas por uma correlação de necessidade, porque existem preceitos, relacionados ao interesse da coletividade, que sustentam o Direito Público. 
São as normas que regulam o Estado na atuação e no alcance dos seus fins primordiais. O Estado é criado pelo povo e para o povo e, nesse contexto, necessita realmente regular a vida em sociedade, conduzindo os destinos desta sociedade e pacificando as relações sociais. Contudo, para que isso ocorra, é necessária esta posição de supremacia. 
Pode-se então dizer que é uma supremacia necessária para que o Estado, nesta posição de superioridade, tenha esta prerrogativa de império, de exercer e poder fazer valer a vontade da coletividade sobre a vontade individual. E é nesse pilar que se constrói o princípio da supremacia e do interesse público sobre o interesse privado. 
Desta forma, o segmento do direito, todo o conjunto de ordenamento das relações que colocam o Estado em uma situação bem mais acima dos indivíduos serve para que, dentro dessa superioridade necessária, o Estado possa ordenar, com poder de império, as relações, impondo certas perspectivas dentro de uma dimensão legitima e não autoritária. Este segmento forma o conjunto do Direito Público. 
Sendo assim, existem uma série de segmentos jurídicos que estão dentro deste conjunto do Direito Público como, por exemplo, o Direito Constitucional, o Direito Penal, o Direito Tributário e o Direito Administrativo. São todas normas em que o Estado se encontra nessa posição um pouco superior por necessidade estabelecida pela nossa ordem constitucional. 
Por outro lado, tem-se as normas do Direito Privado, que são partes, segmentos jurídicos que vão reger relações de coordenação. Enquanto que, no Direito Público, a relação era de subordinação, no Direito Privado, é de coordenação. São relações em que, efetivamente, existe a possibilidade de paridade, ou seja, uma possibilidade de igualdade. 
O Estado pode estar no Direito Privado, mas nunca em superioridade, tem que estar sempre no mesmo nível que o restante das pessoas que estão na relação jurídica privada. Então, a partir dessa lógica, são os sujeitos da relação jurídica que são ordenados por estas normas, que tem seus direitos, deveres e obrigações regulados pelas normas que constroem o direito. 
Há que separar-se o Direito em dois grandes grupos: aquele em que o Estado está em uma posição de superioridade necessária na relação estabelecida com o restante dos segmentos da sociedade. Essa relação é de subordinação, ou seja, o Estado se impõe a partir do poder de império, e todas as normas que conduzem essas relações são normas de Direito Público. No outro grupo, as normas de Direito Privado regulam as relações de coordenação, de paridade, não exata, mas aproximada, com possiblidade maior de arguir situações, não a partir do poder de império, mas de direitos e obrigações mútuas, de maneira equilibrada. Essa é a característica, e o Estado participa. 
Um exemplo clássico, para facilitar a diferenciação entre os grupos: imaginemos um indivíduo em relação, por exemplo, com uma Autarquia Federal, que se impõe a partir de um poder de fiscalização, que edita normas e impõe algumas condutas que deverão necessariamente ser cumpridas, a menos que o indivíduo disponha de alguma saída constitucional para realmente se opor àquela obrigação. Essa é a lógica do Direito Público.
No Direito Privado, suponha-se um segmento do Estado que está em uma relação de coordenação, de natureza privada, por exemplo, quando é feito um contrato de prestação de serviços bancários de gestão de uma conta corrente com um banco oficial. Naquele momento, as normas que vão regular aquela relação entre o indivíduo e o banco são normas específicas, de natureza privada, do código civil, normas da teoria geral dos contratos.
É importante lembrar um erro comum afirmar que a norma de Direito Público é aquela em que o Estado faz parte da relação, e que no Direito Privado a relação é só entre particulares. Mas não é essa a diferença: o Estado pode estar em ambos os casos. Na verdade, é a posição de um sujeito em relação ao outro que importa, ou seja, se estão em paridade aproximada, em equiparação característica, privada ou, melhor dizendo, se um está em supremacia necessária em relação ao outro. Portanto, no Direito Público as normas regulam as relações de subordinação, enquanto que, no Direito Privado, regulam relações de coordenação. 
3	CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
	O Direito Público é o conjunto de normas jurídicas quefazem referências às atividades públicas, o Direito Privado é conjunto de normas jurídicas concernentes às atividades privadas. Sabe-se que as atividades públicas e privadas são aquelas definidas na ordem jurídico-positiva e que todas as atividades públicas são funcionalizadas. Sendo assim, também é possível definir o Direito Público como aquele que incide sobre as funções públicas. A utilidade dentro dessa distinção está na diferença de regime. 
A base do Direito Público são os princípios da supremacia de interesse público sobre o Direito Privado e da indisponibilidade do interesse público. Primeiramente, o Direito público fundamenta os poderes do Estado, enquanto que, o Direito Privado fundamenta todas as suas limitações. 
Sendo assim, não é possível aplicar o princípio da supremacia sem levar em conta a indisponibilidade. É até mesmo possível falar em um só princípio: o do interesse público. As normas do Estado Democrático e Social de Direito fornecem compostura jurídico-positiva a estes princípios. 
É importante lembrar que, no Brasil, o cidadão pode executar as atividades que assim desejar, desde que não exista lei em sentido contrário. O brasileiro pode contratar com as demais pessoas, determinando o conteúdo dos contratos e suas consequências. 
Portanto, é possível existir a junção de esforços entre todas as pessoas, onde haja a permissão. Todas as pessoas tem o dever de utilizar, usufruir ou dispor de seus respectivos bens em vista de sua função social. Se não existir contraposição, existirá o livre-arbítrio. 
4	REFERÊNCIAS 
JUSBRASIL. Resumo sobre Direito Público e Direito Privado. Jun 2018. Disponível em: https://areadny.jusbrasil.com.br/artigos/599864886/resumo-sobre-direito-publico-e-direito-privado. Acesso em: 19 Mai 2108.
BARTH, Valdoni Pereira. Princípios do Direito Público. Out 2018. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/69835/principios-do-direito-publico. Acesso em: 21 Mai 2018. 
MACHADO, Ronny Max; BARRETO, Osmar Fernando Gonçalves; CUNHA, Paulo Ferreira da. O público e o privado: transformações da Magna divisio jurídica na sociedade da informação. Revista Jurídica Cesumar. Jan/Abr 2019, v. 19, n.1, p. 9-37. Disponível em: http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/revjuridica/article/download/6481/3394. Acesso em: 20 Mai 2018.

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