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Viroses respiratórias

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
• De maneira geral, as viroses respiratórias são uma 
das principais causas de morbidade e mortalidade 
no mundo inteiro. 
• Segundo a OMS, infecções do sistema 
respiratório inferior estão como a segunda 
principal causa de morte entre crianças abaixo de 
5 anos de idade. 
• O sistema respiratório está sujeito a infecções 
causadas por vírus de genoma constituído de 
DNA e de RNA. 
• São doenças de variados níveis de gravidade. 
• A gravidade da doença dependerá das 
características virais específicas do vírus; a carga 
viral – uns precisam de carga maior e outros 
precisam carga menor; fatores do hospedeiro 
(idade, estado de saúde, condição imunológica); 
fatores socioeconômicos e nutricionais. 
 
• Tabela com síndromes respiratórias causadas por 
vírus. 
Influenza (FLUV) 
• Fazem parte da família chamada 
Orthomyxoviridae. Dentro dessa família, há três 
gêneros: o A, B e C. 
• No gênero influenzavirus A, encontram-se as 
espécies de vírus da influenza A. Ele é um vírus 
altamente variável, com grande capacidade de 
mutação. É comum estar presente em diversos 
animais: aves aquáticas, frangos, patos, porcos, 
cavalos e focas. Exemplo: H1N1, relacionada ao 
porco. 
• No gênero influenzavirus B, tem as espécies de 
vírus da influenza B. Podem exibir alterações 
antigênicas, mas não é variável como o A. 
• No gênero influenzavirus C, tem as espécies do 
vírus da influenza C. É mais antigenicamente 
estável, sofrendo poucas mudanças e mutações. 
Causam doença leve em imunocompetentes, 
como resfriados. 
• Todas as três espécies do vírus afetam os 
humanos. Cada um tem suas particularidades, 
sendo que o da Influenza A é o de maior 
importância clínica. 
Características gerais 
• São partículas virais esféricas. 
 
• Dentro dessa esfera, encontra-se o material 
genético. 
• É um vírus com RNA de fita simples todo 
segmentado. 
- 8 segmentos: A e B 
- 7 segmentos: C 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
• Como todos os vírus, possuem um capsídeo. O 
deles possui simetria helicoidal (linha roxinha). 
Ele é uma capa de proteína que serve para 
proteger o material genético do vírus. 
• Possuem proteínas de superfície, chamadas de 
espículas virais. Essas são as proteínas de ligação 
do vírus com a célula hospedeira. 
• São envelopados. Possui um envelope (em 
amarelo), que é parte da membrana da célula que 
ele estava infectando. O tipo de saída da célula 
hospedeira leva parte da membrana 
citoplasmática dela. 
• Os vírus influenza estão muito associados a 
pandemias, principalmente a influenza A que tem 
a capacidade de mutação gênica muito alta, 
principalmente das proteínas de superfície. 
• Cada segmento no material genético vai codificar 
uma proteína. 
 
Em todas as três espécies, por exemplo, o segmento 1vai 
codificar uma RNA polimerase. 
• Esse material genético codifica proteínas 
importantes para a biossíntese viral, que a 
maquinaria humana não tem. 
 
• Os vírus são muito menores que as bactérias e 
para serem observados é necessária a microscopia 
eletrônica, que tem um aumento muito maior que 
o ótico. 
• Essa é uma microscopia eletrônica mostrando o 
vírus de influenza A. 
Variabilidade antigênica 
• É determinada pelo impulso antigênico e pela 
mudança antigênica. 
• Esses vírus são notáveis pelas frequentes 
alterações antigênicas que ocorrem na HA e na 
NA. 
• Essas alterações antigênicas podem causar 
alterações nos vírus que terão impacto na 
imunidade do hospedeiro. 
• Impulso antigênico: os três tipos de influenza o 
apresentam. São alterações menores, como várias 
mutações pontuais sendo acumuladas. Depois do 
acúmulo dessas mutações tem uma variação 
antigênica. Pode levar anos. 
• Já os vírus influenza A tem a capacidade de sofrer 
a mudança antigênica, muito mais drástica que 
o impulso. São alterações drásticas nas proteínas 
HA e NA; Pode acontecer o reagrupamento 
genético em células duplamente infectadas – uma 
pessoa infectada com 2 vírus de influenza pode 
dar origem a um sorotipo totalmente novo, o qual 
pode ser mais ou menos contagioso e com 
características totalmente diferentes. Essa 
capacidade de alteração é a responsável pelas 
pandemias. Isso acontece com o vírus Influenza 
A apenas. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
• Pode se observar no gráfico que no impulso 
antigênico há vários degraus, referentes a várias 
mutações pontuais nos genes, que após anos, 
pode gerar alguma alteração. 
• Já a mudança antigênica, em um ano, pode causar 
alteração ampla. Por conta disso, todo ano deve 
haver a vacinação para influenza A, porque a 
variabilidade genética aumenta muito em um ano. 
FLUVA 
• Vírus influenza A. 
• Tem duas proteínas de superfície/espículas virais 
muito importantes: hemaglutinina (HA) e 
neuraminidase (NA). 
 
• Essas proteínas possuem um papel fundamental 
na infecção viral e no sucesso da infecção. 
• A hemaglutinina está envolvida com a adsorção, 
justamente quando o vírus vai se ligar no receptor 
da célula hospedeira. 
- Através dela que o vírus se liga ao receptor da célula 
onde tem tropismo – consegue se ligar a células do SR 
especificamente, então elas que possuem receptores para 
hemaglutinina. 
- É o principal alvo de anticorpos neutralizantes. 
- Tem 16 subtipos de HA: de H1a H16. 
- No homem tem H1, H2, H3 e H5. 
- Essa proteína se liga a moléculas de ácido siálico da 
célula hospedeira. 
• Outra proteína importante é a neuraminidase. 
Está envolvida com o brotamento. Quando ele 
brota, carrega a membrana citoplasmática, que 
seria o envelope viral. 
- Tem uma atividade de sialidase, clivando ác. Sálico. 
- Tem 9 subtipos (N1 a N9) 
- No homem: N1 e N2. 
• Exemplo de nomenclatura: H1N1, se referindo a 
esses subtipos de moléculas. 
• Ambas as proteínas são antígenos importantes. 
Neles que haverá a variação antigênica dos vírus 
de influenza, o que possui impacto na imunidade 
do hospedeiro. 
• Nomenclatura: é importante para entender o 
sorotipo. A primeira coisa que aparece é o tipo da 
influenza; a segunda é o hospedeiro de origem 
(exceto quando é o homem); depois a origem 
geográfica; o número da cepa e o ano do 
isolamento. 
• Exemplo: A/BRazil/2/78 (H2N2) 
• Exemplo: A/suíno/Iowa/15/30 (H1N1) 
Biossíntese do vírus da Influenza A 
• A pessoa entra em contato com o vírus por meio 
de aerossóis. O vírus entra no SR da pessoa e 
encontra com as células daquele sistema, para o 
qual terá tropismo – receptor com os quais 
consegue se ligar. A hemaglutinina se liga no 
receptor da célula hospedeira e acontece a 
adsorção. Após essa ligação, vai haver a indução 
da endocitose do vírus, o qual será endocitado 
para dentro da célula. Quando endocitado, ocorre 
a fusão do envelope do vírus com o endossomo e 
o material genético do vírus será processado no 
núcleo. 
• O vírus influenza possui material genético de 
RNA. Normalmente, os vírus de RNA são 
processados no citoplasma. No caso do RNA da 
influenza, esse RNA será processado no núcleo. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
• O material genético é processado e são feitas 
cópias desse material, milhares de cópias. Depois 
que a célula estiver cheia do material genético dos 
vírus, começa a produzir as proteínas do capsídeo 
e as proteínas de superfície. As proteínas de 
superfície, também chamadas de espículas virais, 
são direcionadas para a membrana plasmática da 
célula hospedeira. Quando está cheio de material 
genético, proteínas do capsídeo e proteínas de 
superfície, ocorre a montagem da partícula viral e 
a saída desse vírus da célula, por brotamento. Ao 
sair por brotamento, carrega parte da membranacitoplasmática da célula – que forma o envelope 
viral. E, nessa membrana, estão as espículas 
virais. O vírus brota da célula pronto para infectar 
outra célula hospedeira. 
• Saem centenas de novas partículas virais da 
célula, a qual é prejudicada e provavelmente entre 
em morte celular pela destruição. 
Manifestações clínicas 
 
• A transmissão é por meio de aerossóis ou contato 
com fômites e superfícies contaminadas. Seu 
período de incubação é de 1 a 4 dias. Desde o 
contato, de 1 a 4 dias a pessoa pode começar a 
manifestar os primeiros sintomas. 
• O vírus entra no sistema respiratório superior da 
pessoa. Encontra as células às quais tem 
tropismo, com receptores para ele se ligar. Vai se 
ligar e replicar nas células no sistema respiratório 
superior, fazendo a biossíntese. 
• Isso pode acarretar necrose celular e descamação 
das células do sistema respiratório superior. A 
partir disso, a pessoa vai apresentar a gripe ou 
resfriado. Pode apresentar os sintomas: calafrios, 
cefaleia, tosse seca, febre alta, dores musculares, 
mal-estar, anorexia, dor de garganta, congestão 
nasal e coriza. 
• A partir da replicação desse vírus de Influenza A 
no epitélio do SRS há dois caminhos: 
➔ O vírus pode disseminar célula a célula, até 
chegar ao SRI e causar infecção. Nesse meio 
tempo, pode causar na pessoa: sinusite, tonsilite, 
faringite e laringite. Quando chega no SRI pode 
dar algumas complicações. 
➔ O outro caminho é através da replicação nos 
órgãos linfáticos. O vírus pode atingir os gânglios 
e ganhar a corrente sanguínea, desenvolvendo 
uma viremia. E, a partir dessa viremia, a pessoa 
pode desenvolver infecção do SRI. Essa viremia 
pode levar também a sinusite, tonsilite, faringite, 
laringite. 
• Quando esse vírus chega no SRI pode causar uma 
série de doenças, o que depende da cepa, do 
indivíduo... Essas doenças podem ser: traquelite, 
laringotraqueobronquite, pleurite, bronquite, 
bronquiolite e pneumonia. 
• Com uma cepa virulenta e o desenvolvimento 
dessas complicações, a partir de 6 a 24h do início 
dos sintomas surge abruptamente taquipneia, 
taquicardia, cianose, febre alta, hipotensão, 
podendo levar à morte da pessoa de 1 a 4 dias. 
• A gripe agravada é muito grave, por causa das 
complicações abruptas que o vírus pode causar. 
Além disso, quando a pessoa está infectada, pode 
haver uma co-infecção no SRI com bactérias, por 
ficar mais suscetível. Isso pode complicar ainda 
mais o quadro clínico. 
• A influenza A é um importante causa de crupe em 
crianças com menos de um ano de idade. 
• Dependendo da influenza, pode causar um tipo de 
resfriado, como é o caso da influenza C. Mas, no 
caso da A, que é mais grave, ele pode levar às 
complicações, inclusive a morte. 
PA imunidade à influenza é permanente e específica do 
subtipo, ou seja, estar protegido contra um tipo não 
protege do outro. 
Epidemiologia 
• Ocorre no mundo inteiro, com surtos anuais de 
intensidade variável. 
• Os três tipos variam quando a padrões 
epidemiológicos. 
• Possuem pico durante o inverno. 
• As cepas pandêmicas humanas são normalmente 
recombinantes entre os vírus de influenza aviária 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
e humana – acontece por co-infecção na mesma 
célula. 
• Possuem surtos periódicos, por conta das 
alterações antigênicas em uma ou em ambas as 
glicoproteínas da superfície do vírus. Por isso 
precisa vacinas todo ano para a influenza A. 
 
Pode-se observar que o vírus está espalhado em toda a 
natureza e pode haver recombinação por contato entre os 
animais. 
• No caso do H1N1, que causou uma epidemia em 
2009, essa cepa foi caracterizada por um 
recombinante quádruplo, com material genético 
de: 
- Vírus suíno da América do Norte. 
- Vírus suíno da Eurásia. 
- Vírus influenza humana. 
- Vírus influenza aviária. 
 
• Características genéticas dos vírus que mudaram 
e foram se transformando. 
H5N1 
• É uma cepa altamente infecciosa. 
• Potencialmente pandêmica. 
• Amostra vista em aves migratórias e que já 
apareceu no homem, mas apenas pela transmissão 
da ave para o homem. Ainda não conseguiu as 
mutações suficientes para transmissão de humano 
para humano. 
• Se ela sofresse essa mutação de transmissão, 
poderia virar uma pandemia. 
Diagnóstico 
• Imunofluorescência: anticorpo como 
fluorocromo que vai fluorescer quando olhar no 
microscópio. Se ele liga ao vírus, esse vírus pode 
ser detectado. 
• EIA; 
• Teste de neutralização; 
• Hemaglutinação; 
• PCR 
Tratamento 
• Os antivirais não agem da mesma forma que os 
antibióticos. Eles vão frear a infecção, para que 
ela não se torne mais grave e o sistema 
imunológico da pessoa consiga resolver. 
• Hidratação, repouso. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
• Quando começa a agravar, podem ser 
administrados os antivirais que podem ajudar a 
não agravar nem gerar complicações: 
- Cloridrato de amantadina e rimantadina: inibem a fusão. 
- Zanamivir e oseltamivir: inibidores de NA, envolvida 
com o brotamento. 
• Esses antivirais devem ser administrados em uma 
fase muito inicial da doença, para que tenham 
efeito. 
• Há casos de resistência aos antivirais. 
Prevenção e controle 
• A influenza A possui uma alta taxa de mutações, 
complicando o controle por imunização. Por isso, 
as vacinas devem ser tomadas todo ano, com base 
na nova amostra encontrada. 
• O ideal é fazer a vacinação antes do inverno – 
pico de contágio, para que as pessoas já estejam 
protegidas, principalmente os grupos de risco: 
idosos, crianças, portadores de doenças cardíacas, 
pulmonares e renais crônicas, 
imunocomprometidos. 
• A vacina pode causar efeitos adversos, como: dor 
no local, eritema, enduração, febre, mialgia, 
cefaleia, urticárias, espasmos laríngeos, 
hipotensão e choque. 
• No Brasil, a planta de produção de vacinas contra 
a gripe é o Instituto Butantan – SP. 
• Plano Brasileiro de contingência da pandemia 
de influenza: 
1. Fortalecimento da infraestrutura em vigilância, 
diagnóstico, assistência e vacinação. 
2. Indicação de grupos prioritários para quimio e 
imunoprofilaxia. 
3. Cooperação e articulação técnica entre vigilância 
humana e animal e centros de geração de 
conhecimento científico e tecnológico. 
Parainfluenza 
• O vírus pertence à ordem Mononegavirales da 
família Paramyxoviridae. Na subfamília 
Paramyxovirinae, os vírus da parainfluenza 1 e 3 
pertencem ao gênero Respirovirus; e os vírus da 
parainfluenza 2 e 4 pertencem ao gênero 
Rubulavirus. 
Características gerais 
• São vírus ubiquitários. 
• Causam doenças respiratórias comuns em 
indivíduos de todas as idades. 
• São os principais patógenos de doenças graves 
das vias respiratórias em lactentes e crianças de 
pouca idade. 
• Antigenicamente estáveis. 
 
• É um vírus de RNA, o qual se apresenta como 
uma fita simples linear, não-segmentado, de 
polaridade negativa. Envolvendo ele encontra-se 
o capsídeo, que é uma capa proteica que protege 
o material genético do vírus. Esse capsídeo tem 
simetria helicoidal – há outros tipos. E, externo a 
ele, se encontra o envelope viral. Logo, é um vírus 
envelopado – isso quer dizer que ele sai com uma 
parte da membrana citoplasmática da célula 
hospedeira. Ele também possui as espículas virais 
– proteínas de superfície ligantes, as quais se 
ligam ao receptor da célula que tem tropismo. 
• Proteínas codificadas pelo vírus: 
 
Há diversos genes que vão codificar diversas proteínas 
com várias funções. 
Biossíntese 
• A primeira etapa é a adsorção: a ligação das 
proteínas de superfície com o receptor específico 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
na célula hospedeira à qual esse vírus tem 
tropismo – neste caso, células do sistemarespiratório. 
 
• Ocorreu a adsorção, o vírus entra na célula por 
fusão. O envelope viral se funde com a membrana 
citoplasmática da célula hospedeira, colocando o 
material genética para dentro da célula. 
• O material genético do vírus – neste caso é o 
RNA, vai ser processado no citoplasma, como a 
maioria dos vírus de RNA. O genoma é replicado, 
a célula fica lotada de RNA viral e começa a 
codificação das proteínas estruturais – envolvidas 
com o capsídeo e as de superfície. 
• As proteínas de superfície, a partir do momento 
em que são codificadas, serão direcionadas para a 
superfície da membrana plasmática. 
• Quando a célula está cheia do material genético 
replicado e de proteínas estruturais, ocorre a 
montagem da partícula viral: proteínas de 
superfície, proteínas do capsídeo, genoma e 
envelope (parte da membrana da célula). O vírus 
sai da célula por brotamento. 
• Saem de uma célula hospedeira de centenas a 
milhares de partículas virais. Com isso, a célula é 
lesionada e causa prejuízo no SRS 
principalmente. 
Patogênese e manifestações clínicas 
• Transmissão por aerossóis ou contato com 
fômites ou superfícies contaminadas com 
secreções respiratórias. O período de incubação é 
de 2 a 6 dias – dentro os quais a pessoa vai 
começar a manifestar os sintomas. 
• O vírus chega ao epitélio do SRS, encontrando as 
células com receptores aos quais pode se ligar. 
Começa a fazer replicação viral. Isso causará 
resfriado na maior parte das pessoas – com 
sintomas como: congestão nasal, coriza, dor de 
garganta, tosse r rouquidão; pode ter ou não febre, 
mal-estar, mialgia, cefaléia. 
• Contudo, em bebês e crianças até 5 anos o vírus 
pode: 
➔ Disseminar célula a célula, descendo do SRS para 
o SRI, causando infecção no SRI, podendo 
desenvolver no meio do caminho: sinusite, 
tonsilite, faringite, laringite. 
➔ Ou, pode se replicar nos gânglios linfáticos e ciar 
no sangue, fazendo uma viremia, pela qual chega 
ao SRI. 
• As complicações que o vírus pode causar são em 
crianças até 5 anos ou bebês: traqueite, crupe – 
principalmente o HPIV-1 e HPIV-2. O HPIV-3 é 
o que mais causa bronquite, bronquiolite e 
pneumonia. O subtipo 4 está mais associado a 
infecções brandas no SRS. 
• Em jovens e adultos, a pessoa normalmente só 
tem o resfriado. 
• Os anticorpos das células T citotóxicas possuem 
um papel importante na resolução da infecção, 
não deixando ele progredir em pessoas jovens e 
adultos saudáveis. 
Epidemiologia 
• É uma importante causa de doenças do TRI em 
crianças até 5 anos. 
• Possui ampla distribuição geográfica. 
• A do tipo 3 é a mais prevalente. 66% das crianças 
são infectadas durante o primeiro ano de vida. 
• É endêmico. 
• Os tipos 1 e 2 têm taxas mais baixas, com 
prevalência no outono ou inverno. 
• Reinfecções são comuns na infância e em adultos, 
causando doenças leves das vias respiratórias 
superiores. 
• Surtos de infecção ocorrem em enfermarias 
pediátricas nos hospitais, creches e escolas. 
• É um vírus altamente transmissível, infectando a 
maioria das crianças até os 5 anos de idade. 
Tratamento e prevenção 
• Não existe vacina. 
• Não há tratamento antiviral. 
• Há algumas pesquisas com antivirais, mas até 
agora não existe antiviral específico para o vírus. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
Vírus sincicial respiratório humano (HRSV) 
• Sua importância é em relação à doença grave 
respiratória que ele pode causar em crianças 
pequenas e bebês. 
• Pertence à mesma ordem e família dos 
parainfluenza. Entretanto, a subfamília é a 
Pneumovirinae, e o gênero é o Pneumovirus. 
Características gerais 
• É a causa mais importante de doenças das ias 
respiratórias inferiores em lactentes e crianças de 
pouca idade. 
• São vírus envelopados. 
 
• O material genético é RNA de fita simples linear, 
não segmentado. O capsídeo é helicoidal. 
• Possui pouca diversidade antigênica: 2 grupos 
antigênicos, o A e o B. O A causa a doença mais 
grave. 
• Não tem NA nem HA. 
• Tabela com as proteínas codificadas pelos genes: 
 
Codificam para diversas proteínas com diversas funções. 
Essa codificação só é possível quando utilizam a 
maquinaria da célula hospedeira. 
Biossíntese 
 
• A primeira etapa: adsorção, onde as proteínas de 
superfície se ligam ao receptor na célula 
hospedeira. O vírus penetra na célula por fusão – 
o envelope dele vai se fusionar à membrana da 
célula. Com isso, o material genético do vírus é 
liberado no citoplasma, onde será processado. 
• O material genético vai ser replicado; enche a 
célula de material genético. Após isso, começa a 
codificas as proteínas estruturais. As de superfície 
vão para a superfície da célula hospedeira. 
• Após a célula ficar cheia de material genético e 
de proteínas estruturais, começa a montagem da 
partícula viral e a saída dessa partícula por 
brotamento, carregando parte da membrana 
citoplasmática da célula hospedeira – 
correspondente ao envelope viral. 
• Saem centenas e milhares de vírus. 
Patogênese 
• A transmissão é através do contato com secreções 
respiratórias contaminadas. O período de 
incubação é de 4 a 5 dias. 
• O vírus possui tropismo para as células da mucosa 
do nariz, da conjuntiva e da boca. 
• Ele replica do epitélio do SRS e se espalha célula 
a célula. Pode chegar ao SRI por meio do 
espalhamento ou ao aspirar secreção com vírus. 
• No SRI, infecta e se replica nos bronquíolos, 
causando necrose dos brônquios e bronquíolos. 
• Isso leva à liberação de mediadores inflamatórios, 
levando a estímulo da secreção de muco, assim 
como edema e inflamação das vias respiratórias. 
Esses mecanismos podem levar à obstrução das 
vias respiratórias por muco e tecido necrosado, 
gerando uma bronquiolite ou pneumonia. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem 
Angie Martinez 
• Em bebês, é muito grave. 
Manifestações clínicas 
• A infecção primária afeta crianças de 6 semanas 
a 2 anos. É sintomática neles e normalmente 
envolve a infecção do SRI. A criança pode 
apresentar: 
• Neonatos: apneia; 
• Crianças mais velhas: rinorreia, chiado, 
pneumonia ou otite média aguda. 
• Adultos: congestão nasal, tosse e dor de garganta, 
dor de ouvido e sinusite, febre baixa. Sintomas 
bem mais leves. 
• Idosos: pneumonia. 
• No TRI, a bronquiolite causa um chiado, com 
bloqueio da respiração, edema nasal, retração 
subcostal e pode levar a cianose; 
• A pneumonia causa obstrução das vias aéreas 
pelo processo inflamatório. 
• Pode haver oclusão parcial dos bronquíolos, 
apresentando chiado e bloqueio do ar, com 
hiperaeração e achatamento do diafragma. Pode 
haver ainda oclusão completa, com atelectasia 
subsegmentada – achatamento dos alvéolos. 
Epidemiologia 
• É o principal agente etiológico de infecções 
respiratórias na infância, infectando praticamente 
todas as crianças até 2 anos de idade; é 
sintomática e chega ao TRI. 
• 30% das crianças infectadas vão desenvolver 
pneumonia ou bronquiolite no primeiro ano de 
vida. 
• A gravidade da doença vai reduzindo a partir da 
3ra infecção. 
• É comum em países de clima temperado, 
principalmente no inverno. E, em regiões 
subtropicais na primavera e no verão. 
• Há predominância do subgrupo A. 
• Relacionado a condições socioeconômicas 
baixas. 
• Pode agravar com uma co-infecção com HMPV 
– outro vírus respiratório. 
Tratamento, prevenção e controle 
• No caso de uma doença grave do TRI, realiza-se 
a terapia de suporte, com remoção mecânica das 
secreções, posicionamento correto da criança, 
administração de oxigênio, assistência 
respiratória e uso de corticoides. 
• Há alguns antivirais que podem ser utilizados 
para ajudar na recuperação e evitar um quadro 
mais grave. 
• O controle é com imunoprofilaxia passiva: 
anticorpo monoclonal contraa proteína F 
administrado em bebês imunocomprometidos ou 
prematuros. 
Outros vírus respiratórios 
• Rinovírus (HRV) – 50% dos casos clínicos são de 
resfriado, afetando o TRS. Podem surgir rinite e 
sinusite. 
• Coronavírus humano (HCov) – normalmente 
causa resfriado comum, doenças do TRI e 
gastroenterite em lactentes. Possui 2 sorogrupos, 
o 229E e o OC43 – esse último causa SARS. 
• Metapneumovírus humano (HMPV) – causa uma 
variedade de sintomas no TR, os quais não podem 
ser distinguidos dos induzidos pelo VSR. 
• Reovírus (HREOV) – causa resfriado, infecção 
mais comum no TRS. 
• Adenovírus – bastante importantes. Comuns em 
causar resfriado, mas podem causar 
complicações, como laringite, doença respiratória 
aguda, crupe, bronqueolite e pneumonia. Há 7 
sorotipos de interesse humano, do A ao G. 
• Bocavírus; 
• Poliomavírus humano;

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