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Metabolismo do Ferro -O ferro não participa da síntese do grupo Heme. Ele é adicionado posteriormente, ficando no centro dos anéis pirrólicos; -O ferro permite a ligação de gases O2 e CO2 à hemoglobina; Transporte de ferro: -O Fe não pode ficar livre na corrente sanguínea, pois é altamente tóxico e ativa a cadeia respiratória de bactérias, ativando a patogenicidades dessas bactérias; -O transporte do ferro ocorre pela Transferrina: 1. É uma glicoproteínas capaz de transportar 2 Fe3+(Quando o ferro se transforma em Fe2+ ele perde afinidade com a transferrina); 2. A transferrina não transporta o Heme, só o ferro trivalente. 3. O equilíbrio da transferrina com ingestão de ferro é importante para a patogenicidade de alguns microorganismos. Liberação do ferro: -O ferro está ligado à transferrina e existem receptores de transferrina (RTf) em todas as células; -Ocorre endocitose da transferrina juntamente com o receptor; -No endossoma existe bomba de H+ o que deixa seu ph reduzido; -O Ph reduzido faz com que o Fe3+ seja reduzido a Fe2+; -Existe uma proteína transportadora na membrana do endossomo (DMT), que transporta metais bivalentes para o citosol; -No citosol o ferro pode ir para a produção de hemoglobina ou ser armazenado em forma de ferritina; -Quem controla essa direção é a necessidade do organismo. Armazenamento de ferro: -Ocorre num complexo proteico chamado de ferritina; -Ferritina tem capacidade para armazenar 4500 átomos de Ferro bivalente; -A repulsão das cargas do ferro é o fator limitante para o armazenamento; -A ferritina é formada por várias subunidades, sendo 70% dela formada por ferro. Cada subunidade vai se juntando para armazenar mais ferro; Absorção intestinal do ferro: -O ferro ingerido é absorvido no intestino; -Sofre redução no estômago para Ferro bivalente; *A maior parte do ferro é absorvido como ferro bivalente, mas ele também é absorvido estando trivalente; *Como o cálcio também é bivalente, ele compete com o ferro para entrar no enterócito; DCYTB = Ferriredutase, ela reduz o ferro trivalente para bivalente. Quando necessário, o ferritina é degradada e o ferro bivalente liberado é transportado para fora da célula pela ferroportina. DMT = Transportador de metal bivalente. Ele internaliza o ferro reduzido para dentro da célula. Após ser internalizado, o ferro fica armazenado na forma de ferritina. Posteriormente, a hefaestina oxida o ferro para trivalente e assim ele poderá ser transportado pela transferrina. Regulação da utilização do ferro: -IRP/aconitase é a Proteína reguladora do ferro, sendo responsável pela liberação/impedimento da tradução de receptores de transferrina e da ferritina; -IRP tem duas características: 1. Ligada ao ferro está inativada. Dessa forma não se liga ao RNAm; 2. Desligada do ferro está ativada. Dessa forma se liga ao RNAm; -A IRP se liga ao ferro se houver muito ferro no citosol, se houver pouco ela se ligará ao IRE que uma região no RNAm; · No RNAm do receptor de transferrina: IRP ligado ao grampo de cabelo que está na IRE Região que será traduzida -Com pouco ferro, a IRP se liga a região IRE do RNAm do receptor de transferrina. Isso aumenta a meia vida do mesmo, pois ele funciona como uma proteção a mais, além da cauda de poli A. Esse aumento de meia vida, aumenta o tempo de produção de receptor de transferrina que esse RNAm produzirá; -Como o IRE fica depois da região que será traduzida, ele não atrapalha a tradução. *Vale lembrar que se a quantidade de receptores para transferrina for maior a célula internalizará maior quantidade de ferro do plasma (ligado a transferrina), isso faz sentido uma vez que a quantidade de ferro estava baixa no citosol. Dessa forma, essa regulação é uma modificação ao nível de tradução. · No RNAm da ferritina: Região que será traduzida IRP ligado ao IRE Nesse segundo caso a região que será traduzida fica após o IRE, dessa forma a tradução será atrapalhada e será produzido menos ferritina. *Vale lembrar que se há baixa de ferro, não há necessidade de armazenar ferro, logo não tem para que ser produzida ferritina. Biossíntese do Heme: -Ocorre no fígado; Informações importantes: 1. Começa com um intermediário do ciclo de Krebs (succinil) e uma aminoácido (glicina); 2. É regulado pela enzima ALA sintetase (marcapasso); 3. Todos os anéis são sintetizados na ausência de ferro, que é incorporado posteriormente. *O IRP também regula a ALA sintetase se ligando ao seu RNAm. *Síntese de ALA ocorre na matriz mitocondrial e os dois últimos passos da síntese de Heme também ocorrem na matriz. *Na síntese de ALA sintetase uma chaperona se liga a ALA sintetase e impede que ela se dobre. Dessa forma ela se dobra apenas após a entrada na mitocôndria. Catabolismo do Heme: -Pode ocorrer em qualquer célula, porém na etapa depois da formação da bilirrubina só ocorre no fígado; -Ocorre quebra da ligação dos grupos pirrólicos; -Os grupos tornam-se lineares e liberam o ferro se transformando em biliverdina; -Quando a biliverdina é reduzida (pela biliverdina redutase), ela se transforma em bilirrubina; -A bilirrubina é então transportada para o fígado pela albumina - proteína insolúvel (Bilirrubina indireta – Não conjugada); -No fígado ocorre glicosilação com ácido glicurônico para tornar essa bilirrubina solúvel (bilirrubina direta – conjugada); -A bilirrubina é então liberada na bile que é reabsorvida no intestino delgado; -Outro produto da digestão da bile é o estercobilinogênio que 50% será reabsorvido para sangue pelo intestino grosso e será excretado pelos rins na forma de urobilinogênio. Os outros 50% serão eliminados nas fezes. Em casos de lesões musculares: 1. Aparecimento de mancha negra devido ao derrame sanguíneo; 2. Os eritrócitos vão morrendo e o grupo Heme é liberado da hemoglobina e convertido em biliverdina, o que justifica a coloração verde da esquimose; 3. A biliverdina é convertida em bilirrubina, o que justifica a coloração amarelada. Por fim a bilirrubina é transportada de forma indireta e ligada da albumina até o fígado.
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