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BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS IMPORTÂNCIA DO SLOGAN PARA O MARKETING 1. MARKETING POLÍTICO De acordo com Figueiredo (1994), o marketing político pode ser apresentado como “um conjunto de técnicas e procedimentos que tem como objetivos adequar um (a) candidato (a) ao seu eleitorado em potencial […] mostrando-o diferente de seus adversários, obviamente melhor do que eles”. Já para Ribeiro (2002), sua definição é um “conjunto de técnicas de persuasão política e procedimentos de natureza estratégica voltados para a disputa pelo controle da opinião pública, a tentativa de domínio da recepção das imagens públicas”. Assim sua essência está em destacar as virtudes de um candidato, direcionando métodos para alcançar o eleitorado que mais se identifique com elas, e em contra partida, amenizar as deficiências que ele possua. Portanto o marketing político pode ser compreendido como um conjunto de técnicas e ações onde se utiliza a ferramenta da publicidade objetivando conduzir o eleitor a votar em um candidato específico. Através de boas estratégias é possível que o político possa se comunicar com o eleitorado que o elegeu e também conquistar mais seguidores nas próximas eleições. O objetivo de tais técnicas pode variar dependendo do que se desejada almejar, entretanto um dos principais interesses é conquistar não apenas o respeito e admiração das pessoas, atraindo a opinião pública a seu favor, como também a construção de uma imagem positiva. No Brasil, a ideia de marketing político surgiu no início do período republicano. Alguns autores dizem que ele é fruto do processo eleitoral nos Estados Unidos. Durante a campanha do General Eisenhower, em 1952, onde a modalidade ganhou força, quando o candidato contratou uma agência para impulsionar a sua candidatura, porém é possível perceber vários indícios de estratégias de marketing utilizadas durante grande parte da história política brasileira. O marketing propriamente dito como ferramenta, estratégia ou componente de campanhas políticas, só foi ganhar força no país após a redemocratização, momento em que as eleições passaram a despertar maior atenção dos grupos organizados, atraindo grandes quantias de dinheiro e massificando o interesse. O Brasil tem se destacado nas técnicas do marketing político, onde as técnicas utilizadas se aprimoraram a partir de 1982 com a redemocratização do país e a prática de eleições para cargos proporcionais e majoritários. De acordo com Torquato (1985): “A prática política, no Brasil, a par das qualidades inatas, da experiência e da habilidade dos seus agentes, tende a incorporar as vantagens das técnicas e dos processos reconhecidamente eficazes nos países desenvolvidos. Isso não significa que a política brasileira, de repente, passe a substituir seus métodos tradicionais, desenvolvidos ao sabor das culturas regionais, por técnicas importadas. Mas o que se observa é um processo de absorção de conhecimentos da área de marketing pela política, que tem como fundamentação, a competição acirrada entre candidatos, a urbanização das cidades, a influência dos meios de comunicação, a abertura política, a pressão dos grupos organizados, a industrialização e a diminuição do poder dos "coronéis" da política interiorana”. Segundo Kuntz (1998): "O mercado eleitoral brasileiro apresenta características distintas de qualquer outro, uma vez que é cercado de altos riscos, infestado de 'picaretas', leigos e 'charlatões', calotes, fornecedores oportunistas, tudo isso regida por uma legislação inadequada e ultrapassada que acaba levando todos - candidatos, partidos, fornecedores - a agir na clandestinidade e ilegalidade, sob os olhos complacentes de uma justiça eleitoral despreparada." Independente das visões acerca da prática no marketing político no Brasil é inegável o seu crescimento bem como a aperfeiçoamento de suas técnicas. Nesse sentido, profissionais que atuam na campanha podem usar canais diversos para informar, relembrar e até mesmo modificar a visão de potenciais eleitores através da estruturação de campanhas, pesquisas de mercado e de análise estatística. Sem boas ações de marketing político, não existe uma comunicação eficiente e direta entre os candidatos e os eleitores. Com isso, a população não fica ciente das propostas e intenções dos diversos pretendentes e tem dificuldade de verificar o trabalho feito após a eleição, por isso é importante que as estratégias não permaneçam apenas durante o período eleitoral, e sim que estejam presentes em todo o mandato. 2. MARKETING DE PATROCÍNIO De acordo com Sandler e Shani (1989, p.10), que apresentaram uma pesquisa sobre a eficiência do Patrocínio, oferecem a seguinte definição: “Patrocínio é a atividade de provisão de recursos (dinheiro, pessoas, equipamentos) por uma organização diretamente para um evento ou atividade https://klickpages.com.br/blog/o-que-e-pesquisa-qualitativa/ em troca da direta associação com esse evento ou atividade. A organização provedora dos recursos então usa essa associação direta para alcançar seus objetivos corporativos, de marketing, ou mídia”. O patrocínio é essencialmente uma relação comercial positiva entre empresas, onde, de um lado uma entidade oferece um suporte em bens, serviços, ou dinheiro e, do outro, outra entidade que, usufruindo desse benefício, dão em contrapartida, direitos, associação ou visibilidade que interessam ao patrocinador. Com o aumento da visibilidade da atividade do patrocínio no mundo dos negócios, surgiu a necessidade de desenvolver estratégias de investimento mais elaboradas, dando espaço ao crescimento do marketing de patrocínio que pode ser entendido como uma forma de investimento empresarial em busca de um retorno que pode ser financeiro, de reconhecimento de marca, maior visibilidade perante os públicos da empresa patrocinadora. Nesse processo de decisão racional por parte do patrocinador, o mesmo está relacionado com: as decisões de marketing, o segmento alvo, a imagem da empresa e em agregar valor à marca; em suma, deve-se ter claramente definido que tipo de retorno à empresa patrocinadora deseja. No Brasil, em geral, o patrocínio empresarial é mais comum às atividades esportivas, artísticas e culturais. O marketing de patrocínio é desenvolvido principalmente pelas empresas patrocinadoras de times de futebol. O patrocínio à atividade artística e/ou cultural tem como maior incentivador a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991) conhecida por Lei Rouanet, criada por Sérgio Paulo Rouanet, sendo seu ponto importante à política de incentivos fiscais tanto às empresas (pessoa jurídica) quanto aos cidadãos (pessoa física) para aplicarem parte do IR (imposto de renda) devido em ações culturais. 3. PROPAGANDA ENGANOSA / ABUSIVA O principio da Livre Concorrência surgiu com o objetivo de permitir que o cliente tenha a possibilidade de escolher o produto ou serviço que mais se adeque as suas condições, tais como preço e formas de pagamento. Ele está presente na Constituição Federal de 1988, artigo 170, inciso IV, e é um fator de extrema importância para a movimentação, o desenvolvimento e o equilíbrio econômico de uma região. Aliada a liberdade de concorrência, surge a publicidade, que é a maneira pela qual as empresas expõem e divulgam seus produtos, ela se faz presente desde o processo de criação, passando por cada etapa até chegar à mesa do consumidor. Para os empresários seu objetivo é atrair pessoas a tornarem-se consumistas, já para a sociedade é uma ferramenta essencial, que ajuda na decisão de compra, por meio de características que envolvem tal bem, como o status, o conforto, o bem estar e a comodidade dentre outros diversos fatores. Apesar da liberdade dada aos empresários através do Princípio da Livre Concorrência, alguns atos são consideradosilícitos e ilegais, como a propaganda enganosa ou abusiva, que está delineada no artigo 37 Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, do Código de Defesa do Consumidor – CDC com a definição legal do que é propaganda enganosa ou abusiva, bem como descreve, em seu artigo 67, o crime relacionado à prática das referidas condutas, com previsão de pena de detenção de até um ano e multa. Segundo o CDC, é considerada enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. De acordo com o CDC é abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. A publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço. 4. REFERÊNCIAS _______. Lei nº 8.313, de 23 de Dezembro de 1991. Acesso em: 07/06/2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8313cons.htm BRASIL, Código de Defesa do Consumidor. Acesso em: 07/06/2019 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8078.htm BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Acesso em: 07/06/2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm FIGUEIREDO, Rubens. O que é Marketing Político. São Paulo: Brasiliense, 1994. RIBEIRO, R. M. Marketing Político – O poder da estratégia nas campanhas eleitorais. Belo Horizonte, Editora Arte, 2002. SANDLER, Dennis M.; SHANI, David. Olympic Sponsorship vs. Ambush Marketing: Who Gets the Gold.Journal of Advertising Research, ago/set 1989. TORQUATO, Gaudêncio. Marketing Político e Governamental: um roteiro para campanhas políticas e estratégias de comunicação. São Paulo: Summus, 1985. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8313cons.htm
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