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APOL 1 economia politica

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APOL 1 economia politica
Questão 1/10 - Economia Política
Leio o texto abaixo:
“Do modo como esta indústria é atualmente conduzida, não só forma no seu conjunto um ofício específico, como ela mesma é dividida num grande número de ramos, a maioria dos quais constitui outros tantos ofícios específicos. Um operário extrai o fio da bobina, um outro endireita-o, um terceiro corta a ponta, um quarto aguça-a, um quinto amola a extremidade que vai receber a cabeça. A própria cabeça é objeto de duas ou três operações separadas: batê-la é uma; branquear os alfinetes é outra; mesmo picar os papéis para pôr os alfinetes constitui um ofício distinto e separado - em suma, o importante trabalho de fazer um alfinete está dividido em cerca de 18 operações distintas, as quais, em certas fábricas, são executadas por outras tantas mãos diferentes, embora em outras fábricas o mesmo operário execute duas ou três. Vi uma pequena manufatura deste tipo, que só empregava 10 operários, e onde, por conseguinte, alguns deles estavam encarregados de duas ou três operações. Mas, embora a fábrica fosse muito pobre e por isso mal apetrechada, quando eles se lançavam ao trabalho, conseguiam fazer cerca de 12 libras de alfinetes por dia. ” (Smith, 1937, p. 4-5, tradução da autora).
Fonte: SMITH, Adam. The wealth of nations. New York, Cannan. Random House, 1937.
Tendo como base o trecho do livro A Riqueza das Nações, de Adam Smith, citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das contribuições mais importantes de Smith para o pensamento econômico:
Nota: 0.0
	
	A
	A divisão do trabalho induz à valorização do trabalho manual, principalmente por ele ser caracterizado pelo controle de qualidade.
	
	B
	A divisão do trabalho fomenta o empoderamento e a revolução da classe trabalhadora, uma vez que a distribuição de funções implica na integração dos operários em prol da atividade produtiva.
	
	C
	A divisão do trabalho possibilita o aceleramento do aprendizado do trabalhador, que passará a se concentrar na execução de uma única atividade industrial, passando a dominá-la em sua integralidade.
	
	D
	A divisão do trabalho incentiva o desmembramento da atividade produtiva, favorecendo nesse processo as atividades das pequenas manufaturas em detrimento da ampliação dos lucros dos grandes monopólios.
	
	E
	A divisão do trabalho permite a ampliação exponencial da produção de mercadorias no menor tempo possível, empregando a mesma quantia de trabalho, ou seja, com a divisão do trabalho se produz mais em menos tempo.
Conforme o livro base da disciplina Economia Política é possível observar que Adam Smith traz em seu livro A Riqueza das Nações o exemplo das fábricas de alfinetes como uma forma de demonstrar a importância da divisão do trabalho. Segundo Smith, a divisão do trabalho permite que se amplie exponencialmente a capacidade de produzir mercadorias no menor tempo possível, dispondo da mesma quantia de trabalho.
Referência: CALABREZ Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 73, adaptado.
Questão 2/10 - Economia Política
Leio o texto a seguir:
“Todos conhecemos o apreço que Marx tinha por Quesnay. Seu “tableau” lhe foi sempre modelo de análise formal, embora conservando o senso de realidade. No entanto, interessa-lhe agora verificar como os fisiocratas sucedem aos mercantilistas e preparam terreno para Adam Smith. A fisiocracia é imediatamente a dissolução econômico-política da propriedade feudal, mas é por isso mesmo, não menos imediatamente, sua transformação econômico-política, seu renascimento, que não mais fala uma linguagem feudal e sim econômica” (Gianotti, 2010, p. 50).
Fonte: GIANNOTTI, JA. Origens da dialética do trabalho: estudo sobre a lógica do jovem Marx [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein, 2010. Primeira crítica da economia política. pp. 39-73. Disponível em: http://books.scielo.org/id/n22qp/pdf/giannotti-9788579820441-05.pdf.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que indica, corretamente, qual era o argumento central dos fisiocratas:
Nota: 10.0
	
	A
	Para os fisiocratas o acúmulo de metais preciosos causaria uma crise inflacionária no comércio internacional.
	
	B
	Para os fisiocratas a concentração capitalista estava baseada na livre circulação de mercadorias.
	
	C
	Para os fisiocratas todo o excedente produzido no sistema capitalista era imputado à agricultura.
Você acertou!
O pensamento fisiocrata surge na França, no século XVIII, em atitude crítica às políticas mercantilistas. Naquele momento, a estrutura econômica francesa era predominantemente agrícola. Nas cidades, as atividades manufatureiras ainda eram, predominante, artesanais. O setor agrícola francês no século XVIII era formado uma parte razoavelmente capitalista, composta por arrendatários capitalistas, e por uma parte camponesa. A convivência entre essas duas formas de organização da atividade agrícola acabava por revelar a superioridade produtiva do modo de produção capitalista. Os fisiocratas franceses olhavam justamente para esse modo de produção capitalista no campo, entendendo que a partir dele era possível se observar o excedente na agricultura. O excedente diz respeito ao fato de que o produto do trabalhador rural, ao longo do ano, superava suas necessidades de consumo e reprodução e podia ser comercializado. Para os fisiocratas todo o excedente produzido pelo sistema capitalista era imputado à agricultura.
Referência: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 61-62, adaptado.
	
	D
	Para os fisiocratas o sistema capitalista estava baseado na planificação da economia pelos Estados.
	
	E
	Para os fisiocratas a acumulação capitalista estava centrada na exploração do trabalho camponês.
Questão 3/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"A expansão do sistema capitalista, da Europa Ocidental ao mundo todo, representou um dos movimentos mais característicos daquilo que se denominou a aceleração da História. Essa façanha, sem precedentes no longo processo de desenvolvimento da espécie humana na face da Terra, foi, sem dúvida, o resultado do exercício de uma nova modalidade de poder: o econômico. A dominação dos ricos sobre os pobres é tão velha quanto a própria humanidade. O capitalismo soube, porém, organizá-la de modo a lhe conferir extraordinária eficácia transformadora do meio social. Nesse sentido, como bem salientou Marx, ele exerceu na história um papel eminentemente revolucionário". 
Fonte: COMPARATO, Fábio Konder. Capitalismo: civilização e poder. Estudos Avançados. vol.25 no. 72 São Paulo May/Aug. 2011. p. 264. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v25n72/a20v25n72.pdf>.
Tendo em conta o trecho acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina, analise as afirmações abaixo sobre o sistema capitalista para Marx e depois assinale a alternativa correta:
I. Para Marx a lógica que impulsiona o capitalismo é a obtenção do lucro, dessa forma as mercadorias não são produzidas tendo em vista a satisfação das necessidades (valor de uso) - mas sim o aumento do valor a elas atribuído. 
II. O sistema, então, tem como princípio motor a valorização do trabalho, uma vez que é por meio dele que pode-se fazer o dinheiro virar mais dinheiro.
III. O ciclo de acumulação do capitalismo envolve o planejamento central da quantidade necessária a ser produzida e modo por meio do qual o preço das mercadorias deve ser estabelecido. 
IV. Na visão marxiana, o capitalismo é dotado de contradições incorrigíveis, uma vez que elas estão diretamente vinculadas à lógica de funcionamento desse sistema, como a tendência a acumulação e concentração incessantes do capital. 
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmações I e IV estão corretas
De acordo com a aula 3, apenas as afirmações I e IV estão corretas.Assim, a afirmação I está correta porque a lógica que impulsiona o capitalismo é a obtenção do lucro, dessa forma as mercadorias não são produzidas tendo em vista a satisfação das necessidades (valor de uso) - mas sim o aumento do valor a elas atribuído. Em outras palavras, todo o sistema tem como princípio motor a valorização do capital, isto é, fazer o dinheiro virar mais dinheiro. Logo, a afirmação II não pode estar correta, uma vez que enfatiza o trabalho como princípio motor. A afirmação III está incorreta porque a lógica do sistema é a acumulação incessante e também a concentração do capital em poucas mãos, a tendência do sistema é enfrentar crises de superprodução. Mercadorias serão produzidas em excesso – já que não há um planejamento central que calcule a quantidade necessária a ser produzida – e não encontrarão compradores. Trava-se assim o ciclo de acumulação. A IV está correta, porque, como pode ser visto, para Marx o capitalismo é dotado de contradições incorrigíveis, uma vez que elas estão diretamente vinculadas à lógica de funcionamento desse sistema, como a tendência a acumulação e concentração incessantes do capital. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 3-4.
	
	C
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmações II e IV estão corretas
	
	E
	Apenas as afirmações II e III estão corretas
Questão 4/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“São os fisiocratas, dentro da Economia Política, os primeiros em considerar a sociedade como uma estrutura regida por leis naturais, Quesney (um dos fundadores da teoria fisiocrática) e seus seguidores concebem sua teoria como uma autêntica “física social” capaz de responder a “ordem natural” social, semelhante a Newton, na física, ao revelar as leis do mundo natural” (Tradução livre).
Fonte: JUANES, JORGE. “LOS FISIOCRATAS: EL NACIMIENTO DE LA ECONOMIA POLITICA.” Investigación Económica, vol. 35, no. 138, 1976, pp. 405–413. JSTOR, www.jstor.org/stable/42783131
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a relação entre o surgimento da Economia Política e os fisiocratas:
Nota: 10.0
	
	A
	Os fisiocratas fazem parte do pensamento renascentista, que privilegia a vontade do soberano como explicação das relações sociais.
	
	B
	Os fisiocratas deram continuidade ao pensamento absolutista de considerar o soberano e a fé como aqueles que explicam a produção econômica.
	
	C
	Para os fisiocratas a lei natural é que o rei e a religião devem explicar a acumulação e reprodução do capital, ponto de partida da Economia Política.
	
	D
	Para os fisiocratas, a explicação sobre as relações sociais e produção do capitalismo deve ser explicada a partir das relações estabelecidas e não de pressupostos.
	
	E
	Para os fisiocratas são as leis naturais que devem “governar”, não mais o soberano, e a Economia Política surge para evidenciar a “lei natural” que rege a sociedade econômica.
Você acertou!
A economia política, portanto, pode ser definida como uma ciência que estuda as relações sociais de produção e distribuição, ou, para ser mais preciso, que busca descobrir as "leis naturais" que regulam esse processo. Belluzzo (1987, p. 18-19) nos oferece uma boa síntese da tarefa que se colocava para a nascente economia política: Pressionada pelas transformações materiais em curso e penetrada, até os ossos, pelo racionalismo iluminista, a Economia Política nasce com a responsabilidade de desvendar e enunciar a "lei natural" que regia a nova sociedade econômica. Essa preocupação com a "lei natural" pressupunha a identificação de um princípio unificador que reduzisse todos os fenômenos da vida econômica a um sistema inteligível e coerente. É importante notar aqui o peso do racionalismo iluminista na forma de pensar a sociedade que se vinha desenhando. Não é mais Deus e a vontade divina que fundamentam a ordenação do mundo social. Em seu lugar, colocou-se o ser humano. Como sublinha Rosanvallon (2002, p. 22), é a "partir do indivíduo e de sua natureza, portanto, [que] deve ser pensado e resolvido o problema da instituição do social".
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Smith praticamente “inventa” a escola mercantilista (na verdade um conjunto de políticas, artigos, panfletos, propaganda, etc.) ao sistematizar no Livro IV os seus pontos centrais antes de combatê-los. Segundo ele, as principais características desse sistema seriam: a identificação de riqueza com riqueza metálica, e a ideia de que para deter metais era preciso manter a Balança Comercial superavitária. Aceitos esses princípios, “(...) tornou-se necessariamente o grande objeto da (Economia Política [dos mercantilistas], diminuir tanto quanto possível a importação de produtos externos para o consumo doméstico, e aumentar tanto quanto possível a exportação do produto da indústria doméstica. Seus dois grandes mecanismos para enriquecer um país, portanto, eram restrições sobre importações e incentivos às exportações. Ao Estado caberia, então, intervir na vida econômica de forma a garantir que a ação dos indivíduos engendrasse o maior acúmulo possível de metais para a nação".
Fonte: MATTOS, Laura Valadão de. As razões do laissez-faire: uma análise do ataque ao mercantilismo e da defesa da liberdade econômica na Riqueza das Nações. Revista de Economia Política 27 (1), 2007, p. 112. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rep/v27n1/06.pdf>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na disciplina sobre as ideias mercantilistas, análise as afirmações abaixo e depois assinale a alternativa que faz uma análise correta:
I. Para o mercantilismo a quantidade de metal a circular entre os países era fixa, de modo que o acúmulo de moeda por um país implicava na redução de moeda em outro país. 
PORQUE
II. Dentro da concepção mercantilista sobre o comércio internacional o incremento de moeda por um país condiciona o incremento do poder desse mesmo país e a perda de poder pelos demais.
Nota: 0.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Essa alternativa é correta porque as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A afirmação I é verdadeira, porque, conforme se lê no material da aula 1, boa parte dos mercantilistas entende que a quantidade de metais a circular entre os países que comerciavam entre si era fixa. Dessa maneira, o acúmulo de moeda por parte de um país significava a redução dessa moeda em outro país, resultando num jogo de soma zero. A afirmação II está correta porque o entendimento anterior revela um traço fundamental da visão mercantilista sobre o comércio internacional: o acúmulo e incremento de riqueza e poder (que, lembre-se, para os mercantilistas, sempre andam juntos) de uma nação implica uma perda correspondente de riqueza e poder para as demais nações. Por conseguinte, pode-se perceber que a primeira é uma justificativa para a segunda, uma vez que a lógica de soma zero existente na concepção mercantilista implica que o acumulo de riqueza/moeda por um país signifique acumulo de poder por esse mesmo países - e perda de poder por parte dos demais países que compõem o sistema econômico internacional. Assim, para as relações internacionais tratava-se da lógica de competição interestatal - os mercantilistas concebiam as relações de comércio externo como relações entre nações, uma lógica que não dispensava o usa da força, do poderio militar e da expansão do domínio colonial, marcada pela exploração, dominação e violência. Em uma palavra, trata-se da lógica do poder.  
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 1. Economia Política. Material para a impressão, p. 5.  
	
	B
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
	
	C
	A asserçãoII uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
	
	D
	As asserções I e II são proposições falsas
	
	E
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I
Questão 6/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"A influência de Engels será um divisor de águas na produção intelectual de Marx. Até aquela altura de sua trajetória intelectual, Marx ocupara-se essencialmente do problema da alienação humana nas suas diversas formas (inclusive no trabalho, mas também na religião, na política, nas próprias relações ecológicas do homem com a natureza). Ao mesmo tempo, seu viés era mais filosófico, seus interesses mais abrangentes, sua tonalidade mais intensamente humanista . Ao entrar em contato intelectual com o livro A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (1845), Marx perceberia, ou julgaria perceber (conforme se dê ou não crédito à sua escolha ou descoberta), que a alienação produzida no mundo do trabalho era o ventre materno de todas as alienações – a raiz do “estranhamento” que lançava no sofrimento e na inconsciência o homem comum do mundo moderno".
Fonte: BARROS, José D’Assunção. O conceito de alienação no jovem Marx. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 23, pp. 223-245, n. 1 - p. 229.  Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ts/v23n1/v23n1a11>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e o conteúdo da disciplina, assinale a alternativa que apresente corretamente a relação entre trabalho e alienação no capitalismo dentro do pensamento marxiano:
Nota: 0.0
	
	A
	Para Marx, sob a égide capitalista o trabalho é alienado porque o homem não se reconhece naquilo que faz e produz, uma vez que, mesmo sendo o agente produtor, ele participa apenas parcialmente do processo produtivo e o fruto do seu trabalho acaba lhe sendo subtraído em decorrência do modo social de organização da produção. 
Assim, a essa afirmação está correta porque para Marx sob o capitalismo, o homem não se reconhece no que faz, no que produz. Trata-se de um trabalho alienado. Alienado sob um duplo aspecto: porque o produtor só participa de uma pequena parte do processo produtivo, restrito a operações simples e repetitivas, e alienado porque o fruto do seu trabalho lhe é subtraído por conta do modo social de organização da produção, marcado pela propriedade privada dos meios de produção, de um lado, e do trabalhador destituído desses meios, de outro.
A segunda está incorreta porque Marx está se referindo ao fato de que o trabalhador, no modo de produção capitalista, não possui acesso a todo o processo de produção e se aliena em sua tarefa. Assim, não se refere a uma segmentação entre trabalho intelectual e manual - embora isso possa ser uma consequência. A terceira está incorreta porque o trabalhador só tem acesso parcial (a sua tarefa) ao modo de produção e Marx não fala de habilidade em processar informações quando se refere a alienação. A quarta está incorreta porque Marx não vê a alienação como natural - é um fenômeno social advindo do modo de produção capitalista. A quinta está errada porque a alienação não dão sustentação a um modelo de desenvolvimento que tem o trabalhador como centro. Pelo contrário, eles dão sustentação à dominação capitalista. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 2.
	
	B
	De acordo com a teoria marxiana o trabalho é considerado alienado porque a produção capitalista acaba por dirimir o trabalho intelectual dos processos produtivos. Dessa forma, cria-se uma segmentação entre trabalho físico e intelectual, sendo o primeiro completamente alienado e ignorante.
	
	C
	Marx compreende que o trabalho, dentro do sistema capitalista, conduz o operário a estabelecer uma visão global sobre o sistema de produção. Todavia, a incapacidade desse operário em processar essas informações acaba tornando-o alienado.
	
	D
	Dentro do pensamento marxiano a alienação é um processo natural que acaba sendo amplificado pelo modo de produção capitalista, uma vez que esse acaba incentivando que o trabalhados se especialize e aperfeiçoe em suas atividades e, consequentemente, não desenvolva interesses culturais. 
	
	E
	Alienação e trabalho, em Marx, constituem-se em fenômenos políticos e econômicos inerentes ao modo de produção capitalista. Dessa forma, eles são considerados como complementares e dão sustentação a um modelo de desenvolvimento que tem o trabalhador como centro.
Questão 7/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“A nascente economia política (clássica) tratou de analisar criticamente os mecanismos que sustentavam a velha ordem, procurando mostrar como a organização corporativa, os ganhos monopolísticos e os regulamentos mercantilistas, bem como suas justificativas teológicas e estruturas de poder, funcionavam como entraves ao livre funcionamento da sociedade econômica (sociedade civil). A sociedade deveria caminhar para aquilo que lhe seria natural e inerente, a saber, a riqueza e o progresso. Colocada em contexto, a nascente economia política foi, portanto, um instrumento a serviço da transformação social e contra a velha ordem.” (Calabrez, 2019).
Fonte: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos no capítulo 1 do livro-base de Economia Política, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a que “velha ordem” o trecho se refere:
Nota: 0.0
	
	A
	Feudalismo.
Feudal, pré-capitalista.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
	
	B
	Socialismo.
	
	C
	Capitalismo.
	
	D
	Comunismo.
	
	E
	Mercantilismo.
Questão 8/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Tomemos, pois, um exemplo, tirado de uma manufatura muito pequena, mas na qual a divisão do trabalho muitas vezes tem sido notada: a fabricação de alfinetes. Um operário não treinado para essa atividade (que a divisão do trabalho transformou em uma indústria específica) nem familiarizado com a utilização das máquinas ali empregadas (cuja invenção provavelmente também se deveu à mesma divisão do trabalho), dificilmente poderia talvez fabricar um único alfinete em um dia, empenhando o máximo de trabalho; de qualquer forma, certamente não conseguirá fabricar vinte. Entretanto, da forma como essa atividade é hoje executada, não somente o trabalho todo constitui uma indústria específica, mas ele está dividido em uma série de setores, dos quais, por sua vez, a maior parte também constitui provavelmente um ofício especial. Um operário desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer uma cabeça de alfinete requerem-se 3 ou 4 operações diferentes; montar a cabeça já é uma atividade diferente, e alvejar os alfinetes é outra; a própria embalagem dos alfinetes também constitui uma atividade independente. Assim, a importante atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente 18 operações distintas [...]” (SMITH, 1974, p. 65-66)
Fonte: SMITH, A. Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Coleção Os Pensadores).
Levando em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na Aula 2, analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Para Adam Smith é na produção industrial que reside o segredo da produção da riqueza e do excedente. 
II. Todo excedente econômico, para Smith, vem do trabalho, que é a medida real do valor de troca das mercadorias. 
III. Como o valor das mercadorias vem do trabalho humano, o valor do trabalho está embutido na mercadoria. O tempo de trabalho que foi empregado a feitura de um produto é agregado em seu preço final.
IV. Adam Smith inicia a discussão sobre o lucro e a concentração desse excedente econômico. 
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as alternativas I e II estãocorretas.
	
	B
	Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
Vimos que Adam Smith inicia a explicação da origem do excedente econômico que avança em relação aos fisiocratas: é na produção industrial, e não na agricultura, que reside o segredo da produção da riqueza e do excedente. Todo excedente econômico vem do trabalho, que é a medida real do valor de troca das mercadorias, no entanto, Smith não inicia a explicação sobre o lucro, que será feita só após David Ricardo, com Karl Marx. Fonte: Tema 4 da videoaula 2.
	
	C
	Apenas as alternativas I e IV estão corretas.
	
	D
	Apenas as alternativas III e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as alternativas II e III estão corretas.
Questão 9/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“O termo “burguesia” virou praticamente um jargão presente em qualquer discussão política. Mas você sabe o que esse termo significa? Frequentemente utilizado como sinônimo de elite, o conceito de burguesia data do século XI, em referência à uma classe social que surgia naquele período histórico.
Compreender a história e as características dessa classe social é fundamental para o entendimento sobre economia e política, uma vez que a burguesia é responsável pelo surgimento do capitalismo e por importantes marcos históricos, como as Revoluções Francesa e Inglesa. Além disso, este termo também é essencial para a ideia de luta de classes, central no debate político desde o século XIX.”
Fonte: Burguesia: quem é e qual sua origem? Site Politize! Disponível em: https://www.politize.com.br/burguesia/
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos no capítulo 1 do livro-base de Economia Política, assinale a alternativa que descreve corretamente o que foi a desagregação do feudalismo:
Nota: 0.0
	
	A
	O início de um sistema novo em que não havia diferenças entre trabalhadores e burguesia.
	
	B
	O fim de um sistema em que havia igualdade nas relações de trabalho e institucionalização dos processos.
	
	C
	O processo de acumulação de trabalho não remunerado e baseado na servidão, com o surgimento de um novo sistema dividido entre vassalos submetidos ao dono de terra.
	
	D
	O avanço do processo de troca de serviços mútuos que se fundamenta sobre a propriedade de terra, cedida pelo senhor feudal e que abarca aspectos econômicos, políticos e sociais.
	
	E
	O processo de acumulação de capitais por parte da nascente burguesia comercial, o que colaborou para a quebra dos vínculos de servidão, surgindo assim, trabalhadores livres, que, desprovidos de meios materiais de existência, passaram a vender sua força de trabalho em troca de salário.
A desagregação do feudalismo deve ser entendida como contexto do processo de acumulação de capitais por parte da nascente burguesia comercial, o que contribuiu para o esfacelamento dos vínculos de servidão, dando lugar a uma classe de trabalhadores "livres" (porque libertos de tais vínculos), embora agora desprovidos de meios materiais de existência e impelidos a vender sua força de trabalho em troca de salário.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
Questão 10/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Adam Smith, como se sabe, considera a esfera econômica como uma ordem natural - não, portanto, como uma ordem moral - cujo funcionamento está baseado em ações de indivíduos dispersos e heterogêneos, mas organizados. Esses indivíduos buscam os próprios interesses privados, agem egoisticamente, e são guiados pela racionalidade instrumental, ou seja, pelo uso adequado de meios para a obtenção de fins não necessariamente justificáveis de um ponto de vista moral [...] Entretanto, ela funciona, se expande e gratifica a sociedade, pois se encontra coordenada anonimamente por um "mecanismo" que ele chama de mão invisível” (Prado, 2006, p. 49).
Fonte: PRADO, Eleutério F. S. Uma formalização da mão invisível. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 36, n. 1, p. 47-65. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-41612006000100002&lng=en&nrm=iso>.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Economia Política, análise as assertivas abaixo que versam sobre os efeitos da mão invisível no mercado:
I. Adam Smith concebe a sociedade como mercado, isto é, formada por compradores e vendedores que regulam as suas atividades e os seus preços pelo mecanismo da oferta e da demanda.
PORQUE
II. Dessa forma, o Estado tem como função garantir o livre funcionamento da ordem econômica liberal, não cabendo a imposição de restrições e a realização de intervenções na economia.
Avalie as assertivas acima e, depois, assinale a alternativa que faz a análise correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
	
	B
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
	
	D
	As asserções I e II são proposições falsas
	
	E
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I.
Você acertou!
Ambas as proposições estão corretas, muito embora a II não consista em uma justificativa da I. Como foi possível observar no decorrer da disciplina Smith concebe a sociedade como mercado, de modo que ela é composta por compradores e vendedores (inclusive de trabalho) que regulam as suas atividades e os seus preços pelo mecanismo da oferta e da demanda. Para esse mecanismo funcionar livremente, é preciso abolir formas de cooperativas de organização do trabalho, bem como a eliminação de monopólios e de regulamentações públicas sobre a economia. Por conseguinte, a primeira afirmação pode ser considerada verdadeira. Com relação à segunda afirmação, observamos que ela também está correta, uma vez que para Adam Smith o Estado tem apenas como função garantir o livre funcionamento da ordem liberal na economia. Consequentemente, não cabe ao Estado um papel interventor, regulador e protecionista na economia. Desse modo, pode-se perceber que a proposição I poderia ser considerada uma justificativa para a II e não ao contrário. Para Smith o Estado não deve intervir na economia porque o mercado se autorregula por meio da lei da oferta e da demanda.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 79, adaptado.
Questão 1/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Smith praticamente “inventa” a escola mercantilista (na verdade um conjunto de políticas, artigos, panfletos, propaganda, etc.) ao sistematizar no Livro IV os seus pontos centrais antes de combatê-los. Segundo ele, as principais características desse sistema seriam: a identificação de riqueza com riqueza metálica, e a ideia de que para deter metais era preciso manter a Balança Comercial superavitária. Aceitos esses princípios, “(...) tornou-se necessariamente o grande objeto da (Economia Política [dos mercantilistas], diminuir tanto quanto possível a importação de produtos externos para o consumo doméstico, e aumentar tanto quanto possível a exportação do produto da indústria doméstica. Seus dois grandes mecanismos para enriquecer um país, portanto, eram restrições sobre importações e incentivos às exportações. Ao Estado caberia, então, intervir na vida econômica de forma a garantir que a ação dos indivíduos engendrasse o maior acúmulo possível de metais para a nação".
Fonte: MATTOS, Laura Valadão de. As razões do laissez-faire: uma análise do ataque ao mercantilismo e da defesa da liberdade econômica na Riqueza das Nações. Revista de Economia Política 27 (1), 2007, p. 112. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rep/v27n1/06.pdf>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na disciplina sobre as ideias mercantilistas, análise as afirmações abaixo e depois assinale a alternativa que faz uma análise correta:
I. Para o mercantilismo a quantidade de metala circular entre os países era fixa, de modo que o acúmulo de moeda por um país implicava na redução de moeda em outro país. 
PORQUE
II. Dentro da concepção mercantilista sobre o comércio internacional o incremento de moeda por um país condiciona o incremento do poder desse mesmo país e a perda de poder pelos demais.
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Você acertou!
Essa alternativa é correta porque as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A afirmação I é verdadeira, porque, conforme se lê no material da aula 1, boa parte dos mercantilistas entende que a quantidade de metais a circular entre os países que comerciavam entre si era fixa. Dessa maneira, o acúmulo de moeda por parte de um país significava a redução dessa moeda em outro país, resultando num jogo de soma zero. A afirmação II está correta porque o entendimento anterior revela um traço fundamental da visão mercantilista sobre o comércio internacional: o acúmulo e incremento de riqueza e poder (que, lembre-se, para os mercantilistas, sempre andam juntos) de uma nação implica uma perda correspondente de riqueza e poder para as demais nações. Por conseguinte, pode-se perceber que a primeira é uma justificativa para a segunda, uma vez que a lógica de soma zero existente na concepção mercantilista implica que o acumulo de riqueza/moeda por um país signifique acumulo de poder por esse mesmo países - e perda de poder por parte dos demais países que compõem o sistema econômico internacional. Assim, para as relações internacionais tratava-se da lógica de competição interestatal - os mercantilistas concebiam as relações de comércio externo como relações entre nações, uma lógica que não dispensava o usa da força, do poderio militar e da expansão do domínio colonial, marcada pela exploração, dominação e violência. Em uma palavra, trata-se da lógica do poder.  
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 1. Economia Política. Material para a impressão, p. 5.  
	
	B
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
	
	D
	As asserções I e II são proposições falsas
	
	E
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I
Questão 2/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir: 
"O pensamento de Marx em torno do Estado e da sociedade civil pode ser encontrado no decorrer de sua vasta produção, desde 1843-44 até a publicação de O capital. Entretanto, os textos produzidos em Paris, conhecidos como Manuscritos Econômico-Filosóficos, juntamente com a Crítica da filosofia do direito de Hegel - Introdução e A questão judaica, podem ser considerados os marcos iniciais da crítica marxiana à produção da filosofia idealista e política da época. Nesses escritos, Marx já demonstra que as contradições e os fetiches da sociedade capitalista impregnam a filosofia idealista e política, marcadas pela não ultrapassagem do nível aparente da realidade. Para Marx, era preciso alcançar o conteúdo essencial da sociedade burguesa. Sua crítica dizia respeito às operações da filosofia idealista que insistia em tomar o Estado, a população, o dinheiro e assim por diante, categorias descoladas da totalidade social".
Fonte: SOUZA, Estado e sociedade civil no pensamento de Marx. Estado e sociedade civil no pensamento de Marx. Serviço Social e Sociedade. São Paulo, n. 101, p. 25-39, jan./mar. 2010. p. 35. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n101/03.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina, assinale a alternativa que indique corretamente o entendimento marxiano sobre o Estado:
Nota: 0.0
	
	A
	O Estado, dentro de um enquadramento marxiano, pode ser definido como um órgão legal que controla as fronteiras nacionais e condiciona o comportamento da população em seu interior por meio de um ordenamento jurídico.
	
	B
	Para Marx o Estado é uma realidade material imprescindível para a reprodução do capitalismo, uma vez que é por meio dele que as classes sociais garantem os seus direitos fundamentais.
	
	C
	Para a teoria marxista o Estado é uma instituição política desconectada das relações de produção. Portanto, a sua atuação se resume a esfera jurídica como garantidor da lei e da ordem.
	
	D
	A noção marxista de Estado o concebe como a entidade capaz de centralizar o poder e monopolizar a utilização da força dentro do seu território.
	
	E
	No pensamento marxiano o Estado é visto como reflexo das das relações de poder instituídas na base do sistema capitalista, de modo que ele se converte em um agente garantidor dos interesses da classe dominante (burguesia). 
Sob a perspectiva marxiana, a política e o Estado não possuem vida própria, ou autonomia, em relação à sua infraestrutura. Eles só podem ser o reflexo das relações de poder que se estabelecem na base, nas relações econômicas, ou, se quisermos, na sociedade civil. Sendo assim, temos a impossibilidade da existência de um “Estado racional”, que se coloque acima das partes em conflito. O poder do Estado não paira no ar, ele deriva do poder da classe dominante. Dessa perspectiva de Estado como garantidor dos interesses da classe dominante surgirá o debate marxista sobre o Estado, que será brevemente apresentado.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 6
Questão 3/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“A afirmação de que as tentativas de compreender o capitalismo começaram com Adam Smith é, naturalmente, muito simplista. O capitalismo como sistema econômico, político e social dominante surgiu muito lentamente, em um período de vários séculos, primeiro na Europa Ocidental e, depois, em grande parte do mundo. À medida que surgia, as pessoas buscavam compreendê-lo. Para resumir as tentativas de compreender o capitalismo, é necessário, primeiro, defini-lo e, então, rever resumidamente as principais características históricas de seu aparecimento. Deve-se afirmar desde já que não há consenso geral entre economistas e historiadores econômicos quanto ao que sejam as características essenciais do capitalismo. De fato, alguns economistas sequer acreditam que seja útil definir sistemas econômicos diferentes; eles acreditam em uma continuidade histórica, na qual os mesmos princípios gerais são suficientes para compreender todos os ordenamentos econômicos. Entretanto, a maioria dos economistas concordaria que o capitalismo é um sistema econômico que funciona de modo bem diverso dos sistemas econômicos anteriores e dos sistemas econômicos não capitalistas.”
Fonte: Hunt, E. K.; Lautzenheiser, M. História do pensamento econômico [tradução de André Arruda Villela]. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresente, corretamente, o contexto de surgimento da Economia Política como atividade científica:
Nota: 0.0
	
	A
	Surgiu com o advento da modernidade e do socialismo na União Soviética.
	
	B
	Surgiu com o advento do feudalismo e durante a Idade Média, na intenção de se considerar a economia como uma esfera autônoma.
	
	C
	Surgiu com o advento do capitalismo industrial, mas a disciplina continuou tratando a produção de riquezas e a ordem econômica como um produto da religião e crenças.
	
	D
	Surgiu com o advento do capitalismo tecnológico, e nessa seara, a disciplina passou a tratar a produção de riquezas e a ordem econômica como um produto da religião e crenças.
	
	E
	Surgiu com o advento do capitalismo industrial e a modernidade, a partir disso, as atividades econômicas passaram a ser consideradas como produto da sociedade e não de ordem divina.
É amplamente aceito entre os historiadores econômicos que o surgimento da economia política como atividade científica data do século XVIII, na Europa, em momento próximo ao advento do capitalismo industrial como sistema produtivo.No entanto, o termo economia política pode ser encontrado em escritos anteriores. Admite-se que o termo teria sido inicialmente empregado por Antonie de Montchrestien, mercantilista francês (1576-1621), em obra intitulada Traité d'Économie Politique (1615), tendo sido adotado posteriormente por James Steuart na obra Inquirity into principies of Political Economy, de 1770, contexto a partir do qual adquiriu uso corrente (Avelãs Nunes, 2007). [...] Podemos dizer que a novidade apresentada pela nascente economia política foi a de passar a tratar o modo como a sociedade organizava a produção e a distribuição de suas riquezas como uma esfera autônoma em relação a outras esferas da vida social, sendo, portanto, submetida a leis próprias, o que, por sua vez, acabou exigindo a constituição de uma área específica do conhecimento. Isso não significa que muito já não tivesse sido escrito sobre aspectos econômicos da sociedade, sobre problemas de abastecimento e sobre fartura e miséria de indivíduos ou povos. O que não havia existido até o advento da Modernidade (século XVIII) era a noção de que os processos econômicos poderiam ser compreendidos como processos orientados por uma lógica própria, não mais de ordem divina, religiosa ou meramente política.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
Questão 4/10 - Economia Política
Leio o texto a seguir:
“[Na fisiocracia] toda riqueza é reduzida à terra e à lavoura (agricultura). A terra não é ainda capital, mas já é um modo particular de sua existência que deve valer em e por sua particularidade natural; a terra, porém é um elemento natural e universal, enquanto o sistema mercantilista reconhece no metal nobre a existência da riqueza” (Gianotti, 2010, p. 50).
Fonte: GIANNOTTI, JA. Origens da dialética do trabalho: estudo sobre a lógica do jovem Marx [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein, 2010. Primeira crítica da economia política. pp. 39-73. Disponível em: http://books.scielo.org/id/n22qp/pdf/giannotti-9788579820441-05.pdf.
Tendo como base o texto citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como os fisiocratas dividiam a sociedade:
Nota: 0.0
	
	A
	Classe produtiva e classes estéreis.
Para os fisiocratas é apenas na agricultura que pode haver trabalho produtivo. Nesse contexto, a sociedade para essa corrente está dividida entre a classe produtiva – trabalhadores da agricultura – e as classes estéreis – comércio e manufaturas, onde o comércio é considerado improdutivo.
Referência: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 62, adaptado.
	
	B
	Classe proletária e classe camponesa.
	
	C
	Classe burguesa e classe aristocrática.
	
	D
	Classe revolucionária e classe conservadora.
	
	E
	Classe política e classe trabalhadora.
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Tomemos, pois, um exemplo, tirado de uma manufatura muito pequena, mas na qual a divisão do trabalho muitas vezes tem sido notada: a fabricação de alfinetes. Um operário não treinado para essa atividade (que a divisão do trabalho transformou em uma indústria específica) nem familiarizado com a utilização das máquinas ali empregadas (cuja invenção provavelmente também se deveu à mesma divisão do trabalho), dificilmente poderia talvez fabricar um único alfinete em um dia, empenhando o máximo de trabalho; de qualquer forma, certamente não conseguirá fabricar vinte. Entretanto, da forma como essa atividade é hoje executada, não somente o trabalho todo constitui uma indústria específica, mas ele está dividido em uma série de setores, dos quais, por sua vez, a maior parte também constitui provavelmente um ofício especial. Um operário desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer uma cabeça de alfinete requerem-se 3 ou 4 operações diferentes; montar a cabeça já é uma atividade diferente, e alvejar os alfinetes é outra; a própria embalagem dos alfinetes também constitui uma atividade independente. Assim, a importante atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente 18 operações distintas [...]” (SMITH, 1974, p. 65-66)
Fonte: SMITH, A. Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Coleção Os Pensadores).
Levando em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na Aula 2, analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Para Adam Smith é na produção industrial que reside o segredo da produção da riqueza e do excedente. 
II. Todo excedente econômico, para Smith, vem do trabalho, que é a medida real do valor de troca das mercadorias. 
III. Como o valor das mercadorias vem do trabalho humano, o valor do trabalho está embutido na mercadoria. O tempo de trabalho que foi empregado a feitura de um produto é agregado em seu preço final.
IV. Adam Smith inicia a discussão sobre o lucro e a concentração desse excedente econômico. 
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as alternativas I e II estão corretas.
	
	B
	Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
Vimos que Adam Smith inicia a explicação da origem do excedente econômico que avança em relação aos fisiocratas: é na produção industrial, e não na agricultura, que reside o segredo da produção da riqueza e do excedente. Todo excedente econômico vem do trabalho, que é a medida real do valor de troca das mercadorias, no entanto, Smith não inicia a explicação sobre o lucro, que será feita só após David Ricardo, com Karl Marx. Fonte: Tema 4 da videoaula 2.
	
	C
	Apenas as alternativas I e IV estão corretas.
	
	D
	Apenas as alternativas III e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as alternativas II e III estão corretas.
Questão 6/10 - Economia Política
"As flutuações de emprego e produto que ocorrem na economia são explicadas por duas teorias que podem ser consideradas como a base da macroeconomia. Uma voltada para as flutuações de longo prazo e determinantes da oferta agregada (paradigma clássico-liberal) e outra para as flutuações de curto prazo que determinam a demanda agregada (paradigma keynesiano)."
Fonte: TEBCHIRANI, Flávió Ribas. Princípios de economia: micro e macro Curitiba: Intersaberes, 2012 (adaptado).
A passagem acima indica que existem ao menos duas linhas de pensamento sobre as flutuações macroeconômicas. Assinale a alternativa correta a respeito da Lei de Say:
Nota: 0.0
	
	A
	Derivada da teoria Keynesiana, a Lei de Say afirma que a demanda é maior que a oferta agregada.
	
	B
	Surgida no Marxismo, a Lei de Say nega a teoria de demanda a oferta, colocando um descompasso entre ambas.
	
	C
	A Lei de Say, originária do pensamento ortodoxo da Economia, afirma que a oferta cria sua própria demanda.
Derivada de Lei de Say (que prega que ‘a oferta cria sua própria demanda’), a teoria clássica assegura que a demanda agregada será sempre igual à oferta agregada, sendo esta determinada pela capacidade instalada, que, por sua vez, refere-se à quantidade e à qualidade dos insumos de capital e de trabalho. 
Fonte: Tema 5 da Aula 2.
	
	D
	Keynes concorda com a Lei de Say, uma vez que afirma que o mercado se autoregula com relação à geração de demanda.
	
	E
	Os liberais elaboram a crítica à Lei de Say, que a oferta cria a sua própria demanda, uma vez que negam o equilíbrio de mercado.
Questão 7/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“O utilitarismo [...] o que tenta explicar a ação humana pelos cálculos egoístas dos indivíduos ou dos grupos, está já bem presente no pensamento antigo, onde, contudo, não é ainda verdadeiramente dissociado das preocupações normativas e da interrogação do bem. De igual modo, nas teorias jusnaturalistas ele continua subordinado à procura das normas da justiça. É só com o nascimento das ciências sociais e, mais precisamente, com onascimento da Economia Política — digamos em 1776 — que ele se emancipa do discurso filosófico e da preocupação moral, para se apresentar sob aspectos puramente científicos, se por ciência entendermos a procura de propostas cognitivas que sejam totalmente independentes das propostas normativas” (CAILLE, 2001, p. 33).
Fonte: CAILLE, Alain. O princípio de razão, o utilitarismo e o antiutilitarismo. Sociedade e Estado, Brasília, v. 16, n. 1-2, p. 26-56. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922001000100003&lng=en&nrm=iso>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das principais diferenças do pensamento utilitarista na economia com relação ao pensamento de Adam Smith:
Nota: 0.0
	
	A
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é a relevância de uma mercadoria em dada cultura e não a margem de lucro, como afirma Smith.
	
	B
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é associação de uma mercadoria ao comércio de luxo e não o seu uso imediato, como afirma Smith.
	
	C
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é a quantidade de mercadoria no mercado e não a escolaridade do trabalhador, como afirma Smith.
	
	D
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é a utilidade social de uma mercadoria e não o tempo empregado na sua produção, como afirma Smith.
	
	E
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é o valor de uso de uma mercadoria e não o trabalho, como afirma Smith.
Conforme o livro base da disciplina, observa-se que a teoria do valor-utilidade concebe a relação entre utilidade (valor de uso) e o valor de troca de maneira diferente das concepções presentes no trabalho de Adam Smith. Autores como Smith, Ricardo e Marx aceitavam que as mercadorias deveriam ter um valor de uso para ter um valor de troca. No entanto, não creditavam relação científica entre o designado valor de uso e o valor de troca, isto é, para eles não se explica o valor de troca de uma mercadoria por meio da sua utilidade. Para leituras como a de Smith, o trabalho necessário para produzir uma mercadoria explica o seu valor de troca. Em contrapartida a esse enquadramento, Benthan, importante autor da teoria utilitarista econômica, argumenta que o valor de troca de uma mercadoria pode ser explicado pelo seu valor de troca – e não o trabalho, como afirma Smith. Mais especificamente, a utilidade marginal, ou seja, a utilidade adicional obtida mediante acréscimo de uma unidade de mercadoria.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 87, adaptado.
Questão 8/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Adam Smith, como se sabe, considera a esfera econômica como uma ordem natural - não, portanto, como uma ordem moral - cujo funcionamento está baseado em ações de indivíduos dispersos e heterogêneos, mas organizados. Esses indivíduos buscam os próprios interesses privados, agem egoisticamente, e são guiados pela racionalidade instrumental, ou seja, pelo uso adequado de meios para a obtenção de fins não necessariamente justificáveis de um ponto de vista moral [...] Entretanto, ela funciona, se expande e gratifica a sociedade, pois se encontra coordenada anonimamente por um "mecanismo" que ele chama de mão invisível” (Prado, 2006, p. 49).
Fonte: PRADO, Eleutério F. S. Uma formalização da mão invisível. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 36, n. 1, p. 47-65. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-41612006000100002&lng=en&nrm=iso>.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Economia Política, análise as assertivas abaixo que versam sobre os efeitos da mão invisível no mercado:
I. Adam Smith concebe a sociedade como mercado, isto é, formada por compradores e vendedores que regulam as suas atividades e os seus preços pelo mecanismo da oferta e da demanda.
PORQUE
II. Dessa forma, o Estado tem como função garantir o livre funcionamento da ordem econômica liberal, não cabendo a imposição de restrições e a realização de intervenções na economia.
Avalie as assertivas acima e, depois, assinale a alternativa que faz a análise correta:
Nota: 0.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
	
	B
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
	
	D
	As asserções I e II são proposições falsas
	
	E
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I.
Ambas as proposições estão corretas, muito embora a II não consista em uma justificativa da I. Como foi possível observar no decorrer da disciplina Smith concebe a sociedade como mercado, de modo que ela é composta por compradores e vendedores (inclusive de trabalho) que regulam as suas atividades e os seus preços pelo mecanismo da oferta e da demanda. Para esse mecanismo funcionar livremente, é preciso abolir formas de cooperativas de organização do trabalho, bem como a eliminação de monopólios e de regulamentações públicas sobre a economia. Por conseguinte, a primeira afirmação pode ser considerada verdadeira. Com relação à segunda afirmação, observamos que ela também está correta, uma vez que para Adam Smith o Estado tem apenas como função garantir o livre funcionamento da ordem liberal na economia. Consequentemente, não cabe ao Estado um papel interventor, regulador e protecionista na economia. Desse modo, pode-se perceber que a proposição I poderia ser considerada uma justificativa para a II e não ao contrário. Para Smith o Estado não deve intervir na economia porque o mercado se autorregula por meio da lei da oferta e da demanda.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 79, adaptado.
Questão 9/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"A influência de Engels será um divisor de águas na produção intelectual de Marx. Até aquela altura de sua trajetória intelectual, Marx ocupara-se essencialmente do problema da alienação humana nas suas diversas formas (inclusive no trabalho, mas também na religião, na política, nas próprias relações ecológicas do homem com a natureza). Ao mesmo tempo, seu viés era mais filosófico, seus interesses mais abrangentes, sua tonalidade mais intensamente humanista . Ao entrar em contato intelectual com o livro A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (1845), Marx perceberia, ou julgaria perceber (conforme se dê ou não crédito à sua escolha ou descoberta), que a alienação produzida no mundo do trabalho era o ventre materno de todas as alienações – a raiz do “estranhamento” que lançava no sofrimento e na inconsciência o homem comum do mundo moderno".
Fonte: BARROS, José D’Assunção. O conceito de alienação no jovem Marx. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 23, pp. 223-245, n. 1 - p. 229.  Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ts/v23n1/v23n1a11>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e o conteúdo da disciplina, assinale a alternativa que apresente corretamente a relação entre trabalho e alienação no capitalismo dentro do pensamento marxiano:
Nota: 0.0
	
	A
	Para Marx, sob a égide capitalista o trabalho é alienado porque o homem não se reconhece naquilo que faz e produz, uma vez que, mesmo sendo o agente produtor, ele participa apenas parcialmente do processo produtivo e o fruto do seu trabalho acaba lhe sendo subtraído em decorrência do modo social de organização da produção. 
Assim, a essa afirmação está correta porque para Marx sob o capitalismo, o homem não se reconhece no que faz, no que produz. Trata-se de um trabalho alienado. Alienado sob um duplo aspecto: porque o produtor só participa de uma pequena parte do processo produtivo, restrito a operações simples e repetitivas, e alienado porque o fruto doseu trabalho lhe é subtraído por conta do modo social de organização da produção, marcado pela propriedade privada dos meios de produção, de um lado, e do trabalhador destituído desses meios, de outro.
A segunda está incorreta porque Marx está se referindo ao fato de que o trabalhador, no modo de produção capitalista, não possui acesso a todo o processo de produção e se aliena em sua tarefa. Assim, não se refere a uma segmentação entre trabalho intelectual e manual - embora isso possa ser uma consequência. A terceira está incorreta porque o trabalhador só tem acesso parcial (a sua tarefa) ao modo de produção e Marx não fala de habilidade em processar informações quando se refere a alienação. A quarta está incorreta porque Marx não vê a alienação como natural - é um fenômeno social advindo do modo de produção capitalista. A quinta está errada porque a alienação não dão sustentação a um modelo de desenvolvimento que tem o trabalhador como centro. Pelo contrário, eles dão sustentação à dominação capitalista. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 2.
	
	B
	De acordo com a teoria marxiana o trabalho é considerado alienado porque a produção capitalista acaba por dirimir o trabalho intelectual dos processos produtivos. Dessa forma, cria-se uma segmentação entre trabalho físico e intelectual, sendo o primeiro completamente alienado e ignorante.
	
	C
	Marx compreende que o trabalho, dentro do sistema capitalista, conduz o operário a estabelecer uma visão global sobre o sistema de produção. Todavia, a incapacidade desse operário em processar essas informações acaba tornando-o alienado.
	
	D
	Dentro do pensamento marxiano a alienação é um processo natural que acaba sendo amplificado pelo modo de produção capitalista, uma vez que esse acaba incentivando que o trabalhados se especialize e aperfeiçoe em suas atividades e, consequentemente, não desenvolva interesses culturais. 
	
	E
	Alienação e trabalho, em Marx, constituem-se em fenômenos políticos e econômicos inerentes ao modo de produção capitalista. Dessa forma, eles são considerados como complementares e dão sustentação a um modelo de desenvolvimento que tem o trabalhador como centro.
Questão 10/10 - Economia Política
Leio o texto a seguir:
“Todos conhecemos o apreço que Marx tinha por Quesnay. Seu “tableau” lhe foi sempre modelo de análise formal, embora conservando o senso de realidade. No entanto, interessa-lhe agora verificar como os fisiocratas sucedem aos mercantilistas e preparam terreno para Adam Smith. A fisiocracia é imediatamente a dissolução econômico-política da propriedade feudal, mas é por isso mesmo, não menos imediatamente, sua transformação econômico-política, seu renascimento, que não mais fala uma linguagem feudal e sim econômica” (Gianotti, 2010, p. 50).
Fonte: GIANNOTTI, JA. Origens da dialética do trabalho: estudo sobre a lógica do jovem Marx [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein, 2010. Primeira crítica da economia política. pp. 39-73. Disponível em: http://books.scielo.org/id/n22qp/pdf/giannotti-9788579820441-05.pdf.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que indica, corretamente, qual era o argumento central dos fisiocratas:
Nota: 0.0
	
	A
	Para os fisiocratas o acúmulo de metais preciosos causaria uma crise inflacionária no comércio internacional.
	
	B
	Para os fisiocratas a concentração capitalista estava baseada na livre circulação de mercadorias.
	
	C
	Para os fisiocratas todo o excedente produzido no sistema capitalista era imputado à agricultura.
O pensamento fisiocrata surge na França, no século XVIII, em atitude crítica às políticas mercantilistas. Naquele momento, a estrutura econômica francesa era predominantemente agrícola. Nas cidades, as atividades manufatureiras ainda eram, predominante, artesanais. O setor agrícola francês no século XVIII era formado uma parte razoavelmente capitalista, composta por arrendatários capitalistas, e por uma parte camponesa. A convivência entre essas duas formas de organização da atividade agrícola acabava por revelar a superioridade produtiva do modo de produção capitalista. Os fisiocratas franceses olhavam justamente para esse modo de produção capitalista no campo, entendendo que a partir dele era possível se observar o excedente na agricultura. O excedente diz respeito ao fato de que o produto do trabalhador rural, ao longo do ano, superava suas necessidades de consumo e reprodução e podia ser comercializado. Para os fisiocratas todo o excedente produzido pelo sistema capitalista era imputado à agricultura.
Referência: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 61-62, adaptado.
	
	D
	Para os fisiocratas o sistema capitalista estava baseado na planificação da economia pelos Estados.
	
	E
	Para os fisiocratas a acumulação capitalista estava centrada na exploração do trabalho camponês.
Questão 1/10 - Economia Política
Leio o texto a seguir:
“Todos conhecemos o apreço que Marx tinha por Quesnay. Seu “tableau” lhe foi sempre modelo de análise formal, embora conservando o senso de realidade. No entanto, interessa-lhe agora verificar como os fisiocratas sucedem aos mercantilistas e preparam terreno para Adam Smith. A fisiocracia é imediatamente a dissolução econômico-política da propriedade feudal, mas é por isso mesmo, não menos imediatamente, sua transformação econômico-política, seu renascimento, que não mais fala uma linguagem feudal e sim econômica” (Gianotti, 2010, p. 50).
Fonte: GIANNOTTI, JA. Origens da dialética do trabalho: estudo sobre a lógica do jovem Marx [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein, 2010. Primeira crítica da economia política. pp. 39-73. Disponível em: http://books.scielo.org/id/n22qp/pdf/giannotti-9788579820441-05.pdf.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que indica, corretamente, qual era o argumento central dos fisiocratas:
Nota: 10.0
	
	A
	Para os fisiocratas o acúmulo de metais preciosos causaria uma crise inflacionária no comércio internacional.
	
	B
	Para os fisiocratas a concentração capitalista estava baseada na livre circulação de mercadorias.
	
	C
	Para os fisiocratas todo o excedente produzido no sistema capitalista era imputado à agricultura.
Você acertou!
O pensamento fisiocrata surge na França, no século XVIII, em atitude crítica às políticas mercantilistas. Naquele momento, a estrutura econômica francesa era predominantemente agrícola. Nas cidades, as atividades manufatureiras ainda eram, predominante, artesanais. O setor agrícola francês no século XVIII era formado uma parte razoavelmente capitalista, composta por arrendatários capitalistas, e por uma parte camponesa. A convivência entre essas duas formas de organização da atividade agrícola acabava por revelar a superioridade produtiva do modo de produção capitalista. Os fisiocratas franceses olhavam justamente para esse modo de produção capitalista no campo, entendendo que a partir dele era possível se observar o excedente na agricultura. O excedente diz respeito ao fato de que o produto do trabalhador rural, ao longo do ano, superava suas necessidades de consumo e reprodução e podia ser comercializado. Para os fisiocratas todo o excedente produzido pelo sistema capitalista era imputado à agricultura.
Referência: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 61-62, adaptado.
	
	D
	Para os fisiocratas o sistema capitalista estava baseado na planificação da economia pelos Estados.
	
	E
	Para os fisiocratas a acumulação capitalista estava centrada na exploração do trabalho camponês.
Questão 2/10 - Economia Política
Leio o texto a seguir:
“[Na fisiocracia] toda riqueza é reduzida à terra e à lavoura (agricultura). A terra não é ainda capital, mas já é um modo particular de sua existência que deve valer em e por sua particularidade natural;a terra, porém é um elemento natural e universal, enquanto o sistema mercantilista reconhece no metal nobre a existência da riqueza” (Gianotti, 2010, p. 50).
Fonte: GIANNOTTI, JA. Origens da dialética do trabalho: estudo sobre a lógica do jovem Marx [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein, 2010. Primeira crítica da economia política. pp. 39-73. Disponível em: http://books.scielo.org/id/n22qp/pdf/giannotti-9788579820441-05.pdf.
Tendo como base o texto citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como os fisiocratas dividiam a sociedade:
Nota: 10.0
	
	A
	Classe produtiva e classes estéreis.
Você acertou!
Para os fisiocratas é apenas na agricultura que pode haver trabalho produtivo. Nesse contexto, a sociedade para essa corrente está dividida entre a classe produtiva – trabalhadores da agricultura – e as classes estéreis – comércio e manufaturas, onde o comércio é considerado improdutivo.
Referência: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 62, adaptado.
	
	B
	Classe proletária e classe camponesa.
	
	C
	Classe burguesa e classe aristocrática.
	
	D
	Classe revolucionária e classe conservadora.
	
	E
	Classe política e classe trabalhadora.
Questão 3/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
“No texto, após as considerações usuais sobre valor de uso, escassez e valor de troca, a análise é restrita às condições de intercâmbio entre bens reprodutíveis e direcionados ao mercado. Ricardo rebate a sugestão de Adam Smith de que o valor, em condições capitalistas, seria constituído pela adição de salários, lucros e renda fundiária, definidos de acordo com certas taxas naturais. Ao contrário, afirma ele que a regra prevalecente naquele estágio rudimentar das trocas entre caçadores, na proporção do trabalho direto envolvido na captura do gamo e do castor, permaneceria válida numa sociedade onde houvessem florescido as artes e o comércio” (ARTHMAR, 2014, p. 138).
Fonte: ARTHMAR, Rogério. Ricardo, o tempo e o valor. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 44, n. 1, p. 133-152. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-41612014000100005&lng=en&nrm=iso>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos pressupostos da teoria do valor-trabalho de David Ricardo:
Nota: 0.0
	
	A
	A proporção entre consumo e produção deve permanecer estável dentro do período de um ano para entrar em equilíbrio.
	
	B
	A proporção entre produção industrial e produção agrícola deve ser equiparada para conter a alta dos preços industriais.
	
	C
	A proporção entre trabalho aplicado e salário deve ser inversamente proporcional para a obtenção de lucro.
	
	D
	A proporção entre capital fixo e capital circulante deve se manter fixa em todas as atividades produtivas.
A teoria do valor-trabalho do David Ricardo pressupõe que a proporção entre capital fixo e capital circulante se mantenha fixa em todas as atividades produtivas. Sua postulação de que o valor de um bem depende da quantidade relativa de trabalho necessário para produzi-lo exige a observância dessa condição. E, ainda, mantida essa condição, pode-se dizer que a variação dos salários não altera o valor da mercadoria, visto que não representa uma alteração na quantidade de trabalho empregado em sua fabricação.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 82, adaptado.
	
	E
	A proporção entre valor agregado e trabalho empregado deve aumentar as taxas de lucros das empresas.
Questão 4/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir: 
"O pensamento de Marx em torno do Estado e da sociedade civil pode ser encontrado no decorrer de sua vasta produção, desde 1843-44 até a publicação de O capital. Entretanto, os textos produzidos em Paris, conhecidos como Manuscritos Econômico-Filosóficos, juntamente com a Crítica da filosofia do direito de Hegel - Introdução e A questão judaica, podem ser considerados os marcos iniciais da crítica marxiana à produção da filosofia idealista e política da época. Nesses escritos, Marx já demonstra que as contradições e os fetiches da sociedade capitalista impregnam a filosofia idealista e política, marcadas pela não ultrapassagem do nível aparente da realidade. Para Marx, era preciso alcançar o conteúdo essencial da sociedade burguesa. Sua crítica dizia respeito às operações da filosofia idealista que insistia em tomar o Estado, a população, o dinheiro e assim por diante, categorias descoladas da totalidade social".
Fonte: SOUZA, Estado e sociedade civil no pensamento de Marx. Estado e sociedade civil no pensamento de Marx. Serviço Social e Sociedade. São Paulo, n. 101, p. 25-39, jan./mar. 2010. p. 35. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n101/03.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina, assinale a alternativa que indique corretamente o entendimento marxiano sobre o Estado:
Nota: 10.0
	
	A
	O Estado, dentro de um enquadramento marxiano, pode ser definido como um órgão legal que controla as fronteiras nacionais e condiciona o comportamento da população em seu interior por meio de um ordenamento jurídico.
	
	B
	Para Marx o Estado é uma realidade material imprescindível para a reprodução do capitalismo, uma vez que é por meio dele que as classes sociais garantem os seus direitos fundamentais.
	
	C
	Para a teoria marxista o Estado é uma instituição política desconectada das relações de produção. Portanto, a sua atuação se resume a esfera jurídica como garantidor da lei e da ordem.
	
	D
	A noção marxista de Estado o concebe como a entidade capaz de centralizar o poder e monopolizar a utilização da força dentro do seu território.
	
	E
	No pensamento marxiano o Estado é visto como reflexo das das relações de poder instituídas na base do sistema capitalista, de modo que ele se converte em um agente garantidor dos interesses da classe dominante (burguesia). 
Você acertou!
Sob a perspectiva marxiana, a política e o Estado não possuem vida própria, ou autonomia, em relação à sua infraestrutura. Eles só podem ser o reflexo das relações de poder que se estabelecem na base, nas relações econômicas, ou, se quisermos, na sociedade civil. Sendo assim, temos a impossibilidade da existência de um “Estado racional”, que se coloque acima das partes em conflito. O poder do Estado não paira no ar, ele deriva do poder da classe dominante. Dessa perspectiva de Estado como garantidor dos interesses da classe dominante surgirá o debate marxista sobre o Estado, que será brevemente apresentado.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 6
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"A influência de Engels será um divisor de águas na produção intelectual de Marx. Até aquela altura de sua trajetória intelectual, Marx ocupara-se essencialmente do problema da alienação humana nas suas diversas formas (inclusive no trabalho, mas também na religião, na política, nas próprias relações ecológicas do homem com a natureza). Ao mesmo tempo, seu viés era mais filosófico, seus interesses mais abrangentes, sua tonalidade mais intensamente humanista . Ao entrar em contato intelectual com o livro A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (1845), Marx perceberia, ou julgaria perceber (conforme se dê ou não crédito à sua escolha ou descoberta), que a alienação produzida no mundo do trabalho era o ventre materno de todas as alienações – a raiz do “estranhamento” que lançava no sofrimento e na inconsciência o homem comum do mundo moderno".
Fonte: BARROS, José D’Assunção. O conceito de alienação no jovem Marx. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 23, pp. 223-245, n. 1 - p. 229.  Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ts/v23n1/v23n1a11>. 
Tendo em conta o trechocitado acima e o conteúdo da disciplina, assinale a alternativa que apresente corretamente a relação entre trabalho e alienação no capitalismo dentro do pensamento marxiano:
Nota: 10.0
	
	A
	Para Marx, sob a égide capitalista o trabalho é alienado porque o homem não se reconhece naquilo que faz e produz, uma vez que, mesmo sendo o agente produtor, ele participa apenas parcialmente do processo produtivo e o fruto do seu trabalho acaba lhe sendo subtraído em decorrência do modo social de organização da produção. 
Você acertou!
Assim, a essa afirmação está correta porque para Marx sob o capitalismo, o homem não se reconhece no que faz, no que produz. Trata-se de um trabalho alienado. Alienado sob um duplo aspecto: porque o produtor só participa de uma pequena parte do processo produtivo, restrito a operações simples e repetitivas, e alienado porque o fruto do seu trabalho lhe é subtraído por conta do modo social de organização da produção, marcado pela propriedade privada dos meios de produção, de um lado, e do trabalhador destituído desses meios, de outro.
A segunda está incorreta porque Marx está se referindo ao fato de que o trabalhador, no modo de produção capitalista, não possui acesso a todo o processo de produção e se aliena em sua tarefa. Assim, não se refere a uma segmentação entre trabalho intelectual e manual - embora isso possa ser uma consequência. A terceira está incorreta porque o trabalhador só tem acesso parcial (a sua tarefa) ao modo de produção e Marx não fala de habilidade em processar informações quando se refere a alienação. A quarta está incorreta porque Marx não vê a alienação como natural - é um fenômeno social advindo do modo de produção capitalista. A quinta está errada porque a alienação não dão sustentação a um modelo de desenvolvimento que tem o trabalhador como centro. Pelo contrário, eles dão sustentação à dominação capitalista. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 2.
	
	B
	De acordo com a teoria marxiana o trabalho é considerado alienado porque a produção capitalista acaba por dirimir o trabalho intelectual dos processos produtivos. Dessa forma, cria-se uma segmentação entre trabalho físico e intelectual, sendo o primeiro completamente alienado e ignorante.
	
	C
	Marx compreende que o trabalho, dentro do sistema capitalista, conduz o operário a estabelecer uma visão global sobre o sistema de produção. Todavia, a incapacidade desse operário em processar essas informações acaba tornando-o alienado.
	
	D
	Dentro do pensamento marxiano a alienação é um processo natural que acaba sendo amplificado pelo modo de produção capitalista, uma vez que esse acaba incentivando que o trabalhados se especialize e aperfeiçoe em suas atividades e, consequentemente, não desenvolva interesses culturais. 
	
	E
	Alienação e trabalho, em Marx, constituem-se em fenômenos políticos e econômicos inerentes ao modo de produção capitalista. Dessa forma, eles são considerados como complementares e dão sustentação a um modelo de desenvolvimento que tem o trabalhador como centro.
Questão 6/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
"Influenciado por ambos os autores fisiocratas, Adam Smith nunca argumentou em prol de um Estado mínimo, tal como, em geral, supõe a vulgata neoliberal de A Riqueza das Nações. Smith, de fato, nunca foi adepto de algum tipo de ultraliberalismo. Assim como faria mais tarde David Ricardo, Smith reconhecia que o conflito distributivo é inerente ao processo capitalista de acumulação, ocupando um lugar central nas questões econômicas mais importantes, tal como a partilha do excedente econômico entre capital e trabalho assalariado." (BRUNO & CAFFE, 2017). 
Fonte: Bruno, Miguel; Caffe, Ricardo. A economia como objeto socialmente construído nas análises regulacionista e da Economia Social de Mercado. Revista de Economia Política, vol. 37, n. 1 (146), pp. 23-44, janeiro-março, 2017.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos trabalhados na aula acerca do liberalismo econômico, analise as assertivas a seguir assinale a alternativa correta.
I. O liberalismo econômico tem como preocupação o funcionamento do mercado sem interferência política; 
II. O eixo central do liberalismo é a ideia de que o mercado é a forma mais eficiente para a formação de preços e organização da produção e da troca;
III. Para o liberalismo econômico, a política deve intervir no mercado apenas em caso de promoção do desenvolvimento da produção industrial no país;
IV. Na perspectiva do liberalismo econômico, os indivíduos não agem de forma autointeressada, mas sim de forma altruísta, preocupados com o ganho coletivo;
V. Na perspectiva do liberalismo econômico, todos são movidos pelo autointeresse, e, somada à competitividade, resultariam, segundo essa doutrina, na forma mais eficiente de organizar as próprias relações sociais e o caminho para o bem-estar social. 
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
	
	B
	Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
	
	C
	Apenas as assertivas I e V estão corretas.
	
	D
	Apenas as assertivas III, IV e V estão corretas.
	
	E
	Apenas as assertivas I, II e V estão corretas.
Gabarito: O Liberalismo emergiu do Iluminismo, tendo Adam Smith como o pensador que melhor sistematizou seus postulados econômicos. Surgiu como reação ao mercantilismo e postula que o mercado deve funcionar livre da interferência política. Assim, apesar de suas inúmeras vertentes, o liberalismo econômico preserva como eixo central a ideia de que o mercado é a forma mais eficiente para a formação de preços e para a organização da produção e da troca, alocando da maneira mais eficiente os fatores de produção e organizando as relações econômicas internas e internacionais. Além disso, a propensão natural à troca é o elemento produtor da divisão do trabalho, e a competição entre produtores e consumidores no mercado, onde todos são movidos pelo autointeresse, seria a maneira mais eficiente de organizar as próprias relações sociais e o caminho para o bem-estar social ou para a “riqueza das nações”. É precisamente aí que reside aquilo que ficou conhecido como a mão invisível, essa força ordenadora do desenvolvimento das iniciativas individuais e que não deveria ser interrompida por forças externas, como aquela que o Estado exercia em favor do estabelecimento de monopólios.
Fonte: Tema 3 da Rota de Aprendizagem 2. 
Questão 7/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo: 
"Há cerca de dois séculos, Adam Smith goza da reputação bem difundida de ser o fundador da ciência econômica. As transformações metodológicas e conceituais que marcaram a evolução da teoria econômica ao longo deste período não foram suficientes para retirar o estatuto canônico da Riqueza das nações, que segue sendo apontada como modelo original e fonte de inspiração de sucessivas gerações de economistas das mais distintas orientações (Tribe, 1999: 609). Por outro lado, o nome de Adam Smith não está associado apenas à imagem do fundador da ciência econômica, mas também a um modo específico de conceber essa disciplina, isto é, como uma teoria voltada para explicar a maneira pela qual a busca irrefreada dos interesses pessoais conduziria, através dos mecanismos de mercado, aos melhores resultados possíveis em termos de bem-estar para os indivíduos que compõem uma dada sociedade. Desse modo, a Riqueza das nações é geralmente considerada a afirmação clássica das virtudes do laissez-faire (Griswold Jr., 1999: 8-9; Brown, 1997)" 
Fonte: Cerqueira, Hugo E. A. da Gama. Para ler Adam Smith: novas abordagens. Encontro Nacional de Economia - ANPEC, 2003. Disponível em: http://www.anpec.org.br/encontro2003/artigos/A20.pdf.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na Aula 2, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. O liberalismo econômico emergiu do Iluminismo e teve em Adam Smith o pensamento que melhor sistematizou os postulados econômicos da teoria;
II. O liberalismo econômico surgiu como uma reação ao

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