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Universidade Estadual do Maranhão Centro de Ciências Agrárias - CCA Curso de Medicina Veterinária Discentes: Allane Cerqueira, Anna Maria, Diovanna Pires, Marcos Daniel, Maria Fernanda, Mayra Soares, Pedro Henrique A imunidade inata corresponde a imunidade presente desde o nascimento, compreendendo barreiras físicas, químicas e biológicas, componentes celulares e moléculas que juntos, correspondem a primeira linha de ação do sistema imune para respostas a entradas de antígenos. Podemos ter como exemplos a pele, células fagocitárias citocinas. Além disso, ao contrário da imunidade adquirida, não possui memoria imunológica. http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20130912164902.pdf Imunidadde Inata Primeira Linha de Defesa Os animais possuem múltiplas e simultâneas linhas de defesa, a primeira delas é a física. A pele representa uma defesa eficaz contra agentes microbianos quando está intacta. Em algumas outras superfícies corporais-tratos respiratório e gastro intestinal- , as barreiras físicas constituem os processos de autolimpeza, como tosse, espirro e o fluxo de muco no trato respirátorio; vômito e diarréia no gastrointestinal. As bactérias comensais existentes na pele e no intestino também eliminam muitos invasores em potencial. Os microorganismos comensais adaptados à superfície corporal conseguem competir com agentes patógenos pouco adaptados. Segunda linha de combate Após o agente patogênico passar pela primeira linha de defesa, as proteínas e pilhas imunes são ativadas para o combate na segunda linha de defesa, ocorrendo o processo de inflamação e aumento do fluxo sanguíneo na área infectada. Os glóbulos brancos (células especializadas em defesa) são ativadas e o processo de fagocitose é realizado, logo, as células invasoras são fagocitadas, também há a liberação de inflamatórios, causando vermelhidão e dor no local infectado. Durante o processo as paredes celulares dos patógenos são destruídas e o organismo libera compostos químicos que aumentam a temperatura corporal, causando a febre. A produção de calor ajuda a diminuir a proliferação dos patógenos. A imunidade adaptativa, também chamada de adquirida ou específica é adquirida ao longo da vida. Para isso, é necessário que ocorra uma exposição prévia. Tem como características principais: ser mais duradoura, apresentar especificidade, ter memória imunológica, diversidade e ter reconhecimento próprio e não próprio. Uma vez que o sistema imunológico tenha reconhecido um antígeno, ele terá uma memória imunológica contra esse antígeno, e quando entrar em contato com esse antígeno novamente, induzirá um aumento de reatividade imune. Assim, o sistema imune pode apresentar imunidade por toda a vida, para vários agentes infecciosos. Uma característica importante do sistema imune é a capacidade do reconhecimento próprio e não próprio. Assim, o sistema consegue atacar somente o que não é próprio e pode eliminá-los. Existem dois tipos de respostas imunes adaptativas, denominadas imunidade humoral e imunidade mediada por célula, que são mediadas por diferentes componentes do sistema imune e atuam para eliminar diferentes tipos de microrganismos Na imunidade humoral, os linfócitos B secretam anticorpos que previnem as infecções e eliminam os micro-organismos extracelulares. Na imunidade mediada por célula, os linfócitos T auxiliares ativam macrófagos para matar microrganismos fagocitados ou linfócitos T citotóxicos destroem diretamente células infectadas. Ilustrações de David L. Baker, Alexandra Bake Captura do antígeno pelas APCs (céls. apresentadoras de antígeno): Ex: céls. dendríticas - capturam e apresentam os antígenos aos linfócitos T nos órgãos linfoides. Reconhecimento de antígenos por linfócitos específicos através do MHC I e II; Ativação de linfócitos específicos que proliferam rapidamente pelo processo de expansão clonal; Diferenciação dos linfócitos ativados em células efetoras (células capazes de eliminar o antígeno) e em células de memória. Iniciação da Imunidade Adaptativa ABBAS el al, 2019. A imunidade pode ser adquirida por uma resposta a um antígeno (imunidade ativa) ou conferida pela transferência de anticorpos ou células efetoras (imunidade passiva). A imunidade ativa é conferida pela resposta do hospedeiro a um microrganismo ou antígeno microbiano, ao passo que a imunidade passiva é conferida pela transferência adaptativa de anticorpos ou linfócitos T específicos para o microrganismo. Ilustrações de David L. Baker, Alexandra Bake Ambas as formas de imunidade fornecem resistência à infecção e são específicas para antígenos microbianos, mas somente as respostas imunes ativas geram memória imunológica. A transferência terapêutica passiva de anticorpos, mas não linfócitos, é feita rotineiramente e também ocorre durante a gravidez (da mãe para o feto). Fonte: Imagens do google Linfócitos são as principais células funcionais do sistema imune na defesa do organismo. Estas células são capazes de reconhecer moléculas estranhas em agentes infecciosos e combate-las por respostas humoral e citotóxica mediada por células. Ainda, os linfócitos podem ser T ou B. Enquanto os do tipo T (ou células T) participam da imunidade celular e têm vida mais longa, os do tipo B (ou células B) produzem anticorpos e têm tempo de vida variável. Todos os tipos de linfócitos participam da memória imunológica e só podem reconhecer antígenos específicos. https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/linfocitos.htm Os linfócitos B são células que são produzidas inicialmente no saco vitelino, depois no fígado (durante a vida fetal) e, posteriormente, na medula óssea. As células progenitoras linfoides permanecem na medula óssea até sua maturação, deixando o local e caindo na circulação em direção a órgãos linfoides quando estão maduras. Os linfócitos B são os responsáveis por garantir a chamada imunidade humoral, que se destaca pela resposta imunológica realizada pela produção de anticorpos. Esses anticorpos são capazes de neutralizar ou ainda destruir os antígenos. Atuam também como células de memória imunitária. https://www.todoestudo.com.br/biologia/linfocitos https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/anticorpos.htm Os linfócitos T são originados a partir de células progenitoras linfoides encontradas na medula óssea. Essas células saem da medula em direção ao timo. É nesse órgão que as células sofrem o processo de maturação e diferenciam-se em células T helper, T supressora e T citotóxica. Os linfócitos T helper garantem a diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos, sendo importantes para a produção de anticorpos. Os linfócitos T supressores finalizam a resposta humoral, ou seja, a produção de anticorpos. Já os linfócitos citotóxicos garantem a morte das células estranhas. Para isso, produzem proteínas que abrem a membrana plasmática ou induzem a célula a entrar em apoptose. https://www.todoestudo.com.br/biologia/linfocitos O sistema imune adaptativo pode utilizar de três estratégias: Anticorpos secretados se ligam a micro-organismos extracelulares bloqueando a sua habilidade de infectar as células e promovem a destruição por fagócitos. Fagocitose: fagócitos ingerem os microrganismos e os matam enquanto os anticorpos e células T auxiliares aumentam as habilidades microbicidas dos fagócitos. Os linfócitos T citotóxicos destroem as células infectadas pelos microrganismos que são inacessíveis aos anticorpos e à destruição fagocítica, a morte celular. O objetivo da resposta imune adaptativa é ativar mecanismos de defesa contra diversos microrganismos que podem encontrar-se em diferentes localizações anatômicas, como intestino ou vias respiratórias e todas as respostas imunes se desenvolvem em passos sequenciais, cada uma correspondendo a reações particulares dos linfócitos. Os linfócitos específicos para um grande número de antígenos existem antes da exposição ao antígeno e, quando um antígeno entra em um órgão linfoide secundário, ele se liga a célulasespecíficas para o antígeno, ativando-as. TIZARD, Ian R. Imunologia Veterinária, 9a ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. Cellular and molecular immunology, 8 th edition by Abul K. Abbas, Andrew H. Lichtman, Shiv Pilla BEU, C.C.L.; GUEDES, N.L.K.O; DE QUADROS, Â.A.G. Tecido conjuntivo, 2017. https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/linfocitos.htm
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