Buscar

Métodos de Resolução de Conflitos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

multiportas
Há três meios para que a sociedade resolva os conflitos de interesses que surgem entre os particulares ou entre esses e o Poder Público: a autotutela, a autocomposição e a heterocomposição.
A autotutela é a forma mais primitiva de solucionar uma lide. Ocorre quando o indivíduo pretende impor seu interesse à parte contrária e a terceiros. A cultura ocidental coíbe ao máximo o exercício da autotutela, atribuindo ao Estado o exercício da coerção. Há, contudo, algumas poucas exceções à vedação da autotela, como o direito de greve, a legítima defesa e o estado de necessidade, constituindo situações excepcionais nas quais os trabalhadores rogam por direitos na seara trabalhista, solucionando conflitos coletivos, ou nas quais o sujeito se vê obrigado a defender sua incolumidade física diante da incapacidade estatal de fazê-lo (SENA, 2007).
A heterocomposição decorre da intervenção de agente externo à relação conflituosa para a solução da lide. Nesse caso, as partes submetem-se à determinação de terceiro que firma a solução. É o caso da jurisdição prestada pelo Estado através do Poder Judiciário e da arbitragem (SENA, 2007).
A jurisdição é um método heterocompositivo, na medida em que o juiz, terceiro imparcial, resolve o conflito existente entre as partes. O exercício da jurisdição está fundado na soberania estatal e tem sua legitimidade atrelada à Constituição, especialmente à observância dos direitos fundamentais materiais e processuais (MARINONI; ARENHART; MITIDIERO, 2017, p. 136).
Já a autocomposição constitui-se pela resolução do conflito através de um consenso estabelecido pelas próprias partes com ou sem a intervenção de terceiros e, notadamente, sem a imposição da força. Segundo Didier Jr. (apud PERPETUO et al, 2018), a autocomposição é gênero que comporta a transação, exprimida por concessões mútuas, a submissão de um à pretensão do outro e a renúncia da pretensão. A autocomposição, no Brasil, é lograda por meio de três modalidades, quais sejam: a negociação, a mediação e a conciliação.
Assim, considerando que a autotutela é, em regra, rechaçada pelo ordenamento pátrio e que a jurisdição estatal é o modo ordinário de resolução de conflitos, tem-se como métodos alternativos a arbitragem e as modalidades de autocomposição.
Uma forma de promover a duração razoável do processo é a adoção dos métodos alternativos de solução de conflitos. Além de se prestigiar a autonomia das partes, tais métodos seriam capazes de desafogar a máquina judiciária e possibilitar que a mesma dê a devida atenção às matérias que necessitam passar pelo seu crivo em tempo razoável.
O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
I.A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação.
O modelo multiportas
Resolução Apropriada de Disputas (ou RADs)
tendo como primórdios as ADRs (Alternative Dispute Resolutions) e as ODRs (Online Dispute Resolution) que se desenvolveram no direito americano, influenciando diretamente o Brasil. 
Originalmente, a sigla ‘Resolução Alternativa de Disputas’, servindo como denominação conjunta dos métodos alternativos ao julgamento pelo Judiciário. Atualmente, tem se adotado, com mais frequência, a expressão Resolução ‘Adequada’ (ou mesmo ‘Amigável’) de Disputas para denotar uma escolha consciente de um processo ou método de resolução de conflitos, entre vários possíveis, considerando o contexto fático da disputa.
Destacar os três grandes manuais elaborados pela justiça nacional que orientam todo o assunto:
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP. Relatório analítico propositivo: justiça pesquisa. Mediação e conciliação avaliadas empiricamente: jurimetria para proposição de ações eficientes. USP. Brasília/DF, 2019.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Manual de mediação judicial. André Gomma de Azevedo (Org.). 6. ed. Brasília/DF: CNJ, 2016.
TAKAHASHI, B. et al. Manual de mediação e conciliação na Justiça Federal. Brasília/DF: CNJ, 2019.
A conciliação, mediação e arbitragem eram tradicionalmente chamadas de métodos alternativos de solução dos conflitos. O CPC/2015 modificou esse entendimento afirmando que elas não devem mais ser consideradas uma “alternativa”, como se fossem acessórios a algo principal (ou oficial), mas sim interpretadas juntamente à jurisdição, como um novo modelo chamado de “justiça multiportas”, daí estudiosos optarem por chamá-las de métodos adequados de solução de litígios.
Métodos híbridos
Os EUA experimentou entre as décadas de 1970 e 1980 uma explosão processual, fomentando as ADRs. Além dos métodos tradicionais de resolução de conflitos (mediação, conciliação e arbitragem), outros métodos mistos ou híbridos foram criados, como:
Minitrial (minijulgamento)
É um método privado usado para se tentar resolver certas questões sem interveniência estatal, como uma negociação, podendo, até mesmo, serem contratados advogados e arroladas testemunhas.
Summary jury trial (julgamento abreviado por jurados)
Criado pelo Juiz Thomas D. Lambros, consiste em uma exposição breve do caso para jurados leigos que, após prolatarem o veredicto, que não tem força judicial, encorajarão as partes a alcançarem por si mesmas o acordo, mas não as impede de buscarem o provimento estatal.
Rent-a-judge (juiz de aluguel)
O juiz, a pedido das partes, poderá nomear indivíduo, apontado por ele mesmo ou pelos próprios peticionantes, para compor a lide. O juiz particular receberá os mesmos poderes do juiz estatal, limitados, entretanto, à demanda. Ele cumprirá todas as fases processuais, cabendo, inclusive, apelação para o tribunal superior
Cláusulas escalonadas
Existem as cláusulas combinadas, multietapas ou multitiered step clauses.
 servem a prever meios combinados e multietapas de resolução de controvérsias, existindo inúmeras possibilidades de combinações.
Como alguns exemplos temos:
1) Cláusula med-jud: As partes elegem submeter primeiramente o conflito à mediação, e se não houver sucesso vão ao judiciário, na hipótese de não terem chegado ao acordo sobre controvérsia.
2) Cláusula med-arb: As partes elegem submeter primeiramente o conflito à mediação, seguida da arbitragem, na hipótese de não terem chegado ao acordo total acerca da controvérsia.
3) Cláusula arb-med:  A arbitragem é inicialmente instituída e posteriormente suspensa para que a mediação aconteça. Caso as partes cheguem ao acordo, o árbitro o homologa. Em caso contrário, a arbitragem é retomada.
4) Cláusula db -med-arb: As partes elegem submeter primeiramente ao dispute board, se o conflito seguir, encaminham para mediação, persistindo vão para a arbitragem.
Constelações familiares
Sami Storch (VIJ de Amargosa, BA) utilizou o método das constelações sistêmicas para diminuir os índices de reincidência de adolescentes em atos infracionais por meio da identificação e transformação de padrões sistêmicos viciosos que a técnica terapêutica proporciona.
As constelações familiares são um método ainda não regulamentado no direito brasileiro, mas que usa técnicas para aproximação das partes e facilitação de um acordo.
O Direito sistêmico vê as partes em conflito como membros de um mesmo sistema, ao mesmo tempo em que vê cada uma delas vinculada a outros sistemas dos quais simultaneamente façam parte (família, categoria profissional, etnia, religião etc.) e busca encontrar a solução que, considerando todo esse contexto, traga maior equilíbrio
Vantagens e desvantagens dos métodos extrajudiciais de solução de controvérsias
Nos métodos extrajudiciais de solução de controvérsias:
· O cidadão assumiria o protagonismo da solução de seu problema com maior comprometimento e responsabilidade acerca dos resultados.
· Há estimulo à autocomposição.
· Há maior eficiência do Poder Judiciário, porquanto caberia à solução jurisdicional apenas os casos mais complexos, quando inviável a solução por outros meios ou quando as partes assim o desejassem.
· Há transparência, ante o conhecimentoprévio pelas partes acerca dos procedimentos disponíveis para a solução do conflito (PEIXOTO; PEIXOTO, 2018).
Os MASCs (meios adequados de solução de conflitos) ou MESCs (meios extrajudiciais de solução de conflitos) parecem estar próximos à unanimidade no direito nacional em função de suas várias vantagens. Dar ao cidadão a possibilidade de resolver por si só as suas demandas gera um extremo comprometimento ao cumprimento do acordo. A boa-fé é um pilar básico da justiça que, algumas vezes, pode não ficar tão claro no Poder Judiciário devido a recursos protelatórios, arguições inverídicas no processo e fuga para adiar o confronto.
Vantagens específicas:
· Arbitragem: normatização detalhada do que ocorrerá no descumprimento contratual traz mais segurança para contratar. Desvantagem: heterocompositivo
· Mediação e conciliação: não tem a vantagem acima, mas diferentemente de acima, as partes que se autocompõem 
Ao eleger as regras numa arbitragem, as partes sabem de antemão, minunciosamente, o que acontecerá no descumprimento contratual. Assim, fica muito diminuído o interesse em não realizar os contratos. Na mediação e conciliação, mesmo em se tratando de formas menos regradas para solução dos conflitos, são as partes que se autocompõem. Nesses casos, o Poder Judiciário é chamado apenas num segundo momento, quando a lide efetivamente está instalada, afastando qualquer oportunidade de acordo; com isso, o juiz pode se concentrar nos casos mais complexos, dando melhor atenção a eles.
Dos métodos alternativos de solução de conflitos à justiça multiportas
É importante termos em mente os seguintes documentos legais:
Resolução CNJ nº 125/2010: 
Lei de Mediação (Lei nº 13.140/2015).
CPC/2015 (Lei nº 13.105/2015).
Resolução CJF nº 398/2016.
Marcos importantes
· 2006: Por iniciativa dos conselheiros Germana de Moraes e Eduardo Lorenzoni, com o apoio da ministra Ellen Gracie e da unanimidade de seus integrantes, o CNJ lançou no dia 23 de agosto de 2006 o Movimento pela Conciliação.
· 2010> resolução CNJ 125: O direito brasileiro a partir da Resolução nº 125/2010 do CNJ sofreu uma guinada rumo aos métodos adequados de solução de conflitos, e com isso o novo CPC alterou toda a estrutura processual para que fosse precedida de técnicas de resolução de conflitos.
· 2012-Criação da Escola nacioal de Mediação e Conciliação no âmbito da secretaria de reforma ao Judiciário por ato do MJ
· 2015: CPC profissionalização mediadores e conciliadores e os classifica entre auxiliares da justiça, inversão do procedimento para iniciar com a conciliação, obrigatória, salvo expressa discordância das partes
· Lei de mediação: 
· Prevê a autocomposição tb na Administração: para atos qu não qrequeiram autorização do PL. aRT 32 autoriza criar câmaras de prevenção e resolução administrativa de conflitos
· Portaria nº 1.351, de 14 de dezembro de 2018 – Torna obrigatórias disciplinas sobre conciliação, mediação e arbitragem nas grades curriculares dos cursos de Direito
Os meios alternativos de solução de conflitos e os direitos humanos
A Conferência Mundial de Direitos Humanos, realizada em Viena em 1993, orientou que os Estados membros das Nações Unidas constituíssem programas nacionais de direitos humanos. O Brasil foi um dos primeiros países a promover essa formulação (1996). Na sua terceira versão, adota a diretriz 19:
Diretriz 19: Objetivo Estratégico I: Ações Programáticas: [...] e) Desenvolver ações nacionais de elaboração de estratégias de mediação de conflitos e de Justiça Restaurativa nas escolas, e outras instituições formadoras e instituições de ensino superior, inclusive promovendo a capacitação de docentes para a identificação de violência e abusos contra crianças e adolescentes, seu encaminhamento adequado e a reconstrução das relações no âmbito escolar.
Arbitragem
O Brasil adota o critério territorial, considerando interna a arbitragem cuja decisão é proferida no território brasileiro, sujeita, portanto, aos requisitos de arbitrabilidade da legislação nacional.
As partes podem ajustar prazo superior ou inferior a seis meses para a prolação de sentença, valendo-se do princípio da autonomia da vontade.
A sentença arbitral é o ato que coloca fim ao procedimento arbitral, operando-se a coisa julgada material.
Hipóteses 
disputas envolvendo direitos patrimoniais disponíveis
Peculiaridades: 
não requer advogado 
partes podem nomear representante ou assistente (art 21, § 3
em homenagem à boa-fé não há recursos nem revelia; as partes é que escolhem ao que irão se submeter previamente.
vantagens
especialidade do julgador, confidencialidade, celeridade e flexibilidade do procedimento, que possibilita sua modulação à luz do direito material controvertido. A flexibilidade tende a inibir o exagero nas discussões processuais, proporcionando um maior enfoque no mérito da controvérsia.
Procedimento
Do procedimento arbitral
Constituida “convenção de arbitragem”, que assume duas formas:
- Cláusula compromissória: prévia a lide, por cláusula contratual – pode definir o árbitro e as regras ou não (cláusula vazia)- art. 21
- Compromisso arbitral: instalado o conflito
Conforme o art. 19 da Lei nº 9.307/1996, “considera-se instituída a arbitragem quando aceita a nomeação pelo árbitro, se for único, ou por todos, se forem vários”
Se, durante o procedimento arbitral, um árbitro vier a ser substituído, fica a critério do substituto repetir as provas já produzidas.
· a instituição interrompe a prescrição
Arguição de suspeição ou impedimento (art.20):
na primeira oportunidade que tiver de se manifestar, após a instituição da arbitragem (art.20). Não fez? segue arbitragem e nulidade da conven~~ao só será questionável no PJ (art 32 ação de nulidade da sentença arbitral) 
Tutelas cautelares e urgência
Art. 22-A. Antes de instituída a arbitragem, as partes poderão recorrer ao Poder Judiciário
Parágrafo único. Cessa a eficácia da medida cautelar ou de urgência se a parte interessada não requerer a instituição da arbitragem no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de efetivação da respectiva decisão, de medida cautelar ou de urgência.
Parágrafo único. Cessa a eficácia da medida cautelar ou de urgência se a parte interessada não requerer a instituição da arbitragem no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de efetivação da respectiva decisão, de medida cautelar ou de urgência.
Art. 22-B. Instituída a arbitragem, caberá aos árbitros manter, modificar ou revogar a medida cautelar ou de urgência concedida pelo Poder Judiciário.
Revelia
A Lei nº 9.307/1996 afirma no art. 22:
§ 2º. Em caso de desatendimento, sem justa causa, da convocação para prestar depoimento pessoal, o árbitro ou o tribunal arbitral levará em consideração o comportamento da parte faltosa, ao proferir sua sentença; se a ausência for de testemunha, nas mesmas circunstâncias, poderá o árbitro ou o presidente do tribunal arbitral requerer à autoridade judiciária que conduza a testemunha renitente, comprovando a existência da convenção de arbitragem.
§ 3º. A revelia da parte não impedirá que seja proferida a sentença arbitral.
BRASIL, 1996, [s.p.], grifo nosso.
As partes são como clientes ao contratarem um serviço de arbitragem. O árbitro, como já dito, não tem poder coercitivo, mas poderá avaliar a conduta daquele que se esquiva de uma convocação. As testemunhas, por serem terceiros estranhos à relação contratual originalmente constituída, podem ser conduzidas coercitivamente desde que o árbitro requeira à autoridade judiciária tal medida.
Caso uma das partes, considerando um contrato bilateral, não compareça ao procedimento arbitral, provocando revelia, isso não impedirá que a sentença arbitral seja proferida.
Carta arbitral art 22c e cpc art 237
Trata-se da comunicação entre juízo arbitral e juízo estatal para concessão de pedidos liminares, cautelares e antecipações de tutelas, bem como para requerer à autoridade judiciária que conduza testemunha renitente, comprovando a existência da convenção de arbitragem visto o juízo arbitral não ter poder coercivo.
o juízoarbitral tem apenas o ius cognitio e falta-lhe o ius imperium, de tal sorte que as medidas de intervenção no mundo empírico devem ser promovidas pelo Poder Judiciário, através de cooperação jurisdicional, também acolhida na lei pela reprodução da carta arbitral
Art.260, §3º CPC – REQUISITTOS DA CARTA ARBITRAl: convenção de arbitragem + provas da nomeação do árbitro e de sua aceitação da função + no que couber, os requisitos das cartas de ordem, precatória e rogatória, quais sejam: 
I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;
II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado;
III - a menção do ato processual que lhe constitui o objeto;
IV - o encerramento com a assinatura do juiz.
Sentença arbitral
Requisitos obrigatórios
Segundo o art. 26 da Lei nº 9.307/1996:
1. relatório
2. fundamentos
3. dispositivo(decisão e prazo para cumprimento)
4. data e lugar onde foi proferida
Sentença parcial: admitida (doutrina + art 33§1º - cita a decisão parcial) Art. 33 § 4º. A parte interessada poderá ingressar em juízo para requerer a prolação de sentença arbitral complementar, se o árbitro não decidir todos os pedidos submetidos à arbitragem.
Características: 
· Não sujeita a recurso (art. 18) 
· Constitui título executivo (art 31), assim como 
· Honorários árbitro título executivo extrajudicial se previsto no compromisso arbitral(convneção sobre honorários) . Não estipulou? Ação de conhecimento no PJ para estipular 
· Imutável por decisão judicial: para conferir estabilidade e efetividade ao resultado final da arbitragem segurança juridica
Controle
O juiz não precisa nem deve manifestar-se sobre a validade e a eficácia da convenção arbitral, salvo se se tratar de alguma nulidade prima facie.
art.33 pelo PJ acerca da nulidade, da insuficiência (§4º)
nulidade (art. 32)
Hipóteses: 
1. nula a convenção de arbitragem
2. emanada por quem não podia ser arbitro
3. não contiver os requisitos obrigatórios do art. 26 (supra) 
4. fora dos limites da convenção
5. por prevaricação, concussão ou corrupção passiva
6. fora do prazo , , respeitado o disposto no art. 12, inciso III, 
7. desrespeitar princípios do art 21§2
· Ação: declaratória de nulidade (art. 33)
· Prazo para interpor: 90 dias após noitificado da sentença ou da decisão do pedido de esclarecimento (§1º)
· Procedimento: ordinário comum do CPC
· efeito: determina que o árbitro profira nova sentença 
Sentença sem resolução de mérito (art 485 e 486 CpC)
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: [...] VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem (, ainda que não haja convenção arbitral escrita, bastando que exista, por exemplo, troca de e-mails, cartas ou mensagens.)ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; [...]
O juiz não precisa nem deve manifestar-se sobre a validade e a eficácia da convenção arbitral, salvo se se tratar de alguma nulidade prima facie.
Reconhecimento e execução de decisões arbitrais estrangeiras
Art. 37: homologação
Pelo STJ (ART 105, I,i, cf) requer homologação ,instruída com o original ou cópia certificada pelo consulado brasileiro da sentença e do compromisso arbitral 
-
Conciliação e Mediação e Negociação
Diferenças: 
Negociação: somente as partes participam
Mediação e negociação: envolvem um terceiro que, no segundo caso encaminha a discussão sem impor decisões mas mostrando as consequências de cada ato das partes ; no primeiro, o terceiro atua somente minimizando os ruídos da conversa visando separar o conflito jurídico do emocional , permitindo que as partes desenvolvam um acordo por si só 
A conciliação e mediação são importantes métodos consensuais de resolução de conflitos nas esferas judicial e extrajudicial. Constituem espécies do gênero “resolução paraestatal de conflitos”. Em ambas, há a intervenção de um terceiro com a função de auxiliar as partes a solucionarem sua controvérsia.UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP, 2019, p. 28
Princípios 
Conciliação e Mediação: 
· 2 diplomas os preveem: neles coincidem confidencialidade e imparcialidade, no mais preveem
· expressos no art. 1º do anexo III Res 125/CNJ – voltados para a conciliadores e mediadores. Assim, rege a atuação dos concicliadores:
· decisão informada, 
· competência, 
· , independência e autonomia, 
· respeito à ordem pública e às leis vigentes, 
· empoderamento e 
· validação.
· Lei 13140/15-, art. 2º: voltada para o procedimento e as partes :
· I - imparcialidade do mediador; 
II - isonomia entre as partes; 
III - oralidade; 
IV - informalidade; 
V - autonomia da vontade das partes; 
VI - busca do consenso; 
VII - confidencialidade; 
VIII - boa-fé.
· Neles só coincidem os princípios da confidencialidade e da imparcialidade
Fundamentos da negociação
NUPEMEC/BA ([s.d.]), 
· Separar as pessoas do problema.
· Foco nos interesses e não em posições.
· Geração de opção de ganhos múltiplos.
A conciliação e a mediação no CPC
Art 165 – prevea criação dos CEJUSCS
Preve concicliadores se mediadores como auxiliares da justiça 
A audiência de mediação
A audiência de mediação é composta das seguintes etapas:
1. Abertura da mediação
O mediador apresenta‐se às partes, diz como prefere ser chamado, pergunta às partes como elas preferem ser chamadas, faz uma breve explicação do que constitui a mediação, quais são suas fases e quais são as garantias.
2. Escuta ativa
Exposição feita pelas partes de suas perspectivas.
3. Resumo do mediador
O mediador fará um resumo do conflito sem pré-julgamentos, em que imporá ordem à discussão, recapitulando tudo que foi exposto até o momento.
4. Esclarecimento das controvérsias e dos interesses
É nessa etapa que o mediador usa as técnicas de mediação para favorecer a elucidação das questões controvertidas.
5. Resolução de questões
O mediador conduz as partes a analisarem possíveis soluções.
6. Registro das soluções encontradas
O mediador e as partes testarão a solução alcançada e, sendo ela satisfatória, redigirão um acordo escrito se as partes assim o quiserem.
Conciliação na arbitragem Lei 9307/96
, art 7º, §2º) : quando, havendo cláusula vazia, uma das partes acessa o Judiciário para que seja imposto o compromisso arbitral. Nessa situação, a conciliação aparece também duas vezes: a primeira, antes da audiência com o juiz, na tentativa da solução da lide como um todo; a segunda, frustrado o acordo, para que as partes realizem o compromisso arbitral consensualmente.
art 21, §4º e e 28:
-Audiência prévia de tentativa de acordo: Art. 21, § 4º Competirá ao árbitro ou ao tribunal arbitral, no início do procedimento, tentar a conciliação das partes, aplicando-se, no que couber, o art. 28 desta Lei. [...]
Art. 28. Se, no decurso da arbitragem, as partes chegarem a acordo quanto ao litígio, o árbitro ou o tribunal arbitral poderá, a pedido das partes, declarar tal fato mediante sentença arbitral, que conterá os requisitos do art. 26 desta Lei.
A mediação judicial e a mediação extrajudicial
Judicial: Ocorre durante o curso do processo judicial,. Mediador: indicado dentre os cadastrados no respectivo tribunal. “Art. 11 [...] pessoa capaz, graduada há pelo menos dois anos em curso de ensino superior de instituição reconhecida pelo Ministério da Educação e que tenha obtido capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados – ENFAM ou pelos tribunais [...]” (BRASIL, 2015b, [s.p.], grifo nosso).
Extrajudicial: pré-processual ou após sentença judicial, já que não há trânsito em julgado para mediações. Mediador: Art. 9 [...] qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação [...]” (BRASIL, 2015b, [s.p.]). 
O procedimento da mediação pré-processual
O procedimento da mediação pré-processual envolve os seguintes passos:
1. Ajuizamento da reclamação.
2. Uma cópia do termo de ajuizamento com a data da audiência deverá ser entregue aoreclamante, e uma carta convite deverá ser expedida ao reclamado. Caso o reclamante tenha disponibilidade, entregar a carta convite do reclamando a ele, para que a leve em mãos ao reclamado. Caso não seja possível, enviar a carta pelo correio.
3. O termo de audiência será expedido, as partes e o conciliador assinarão o termo (em três vias), sendo que uma via com as assinaturas é entregue a cada parte. A outra via assinada deverá ser digitalizada e liberada no sistema.
4. Caso haja acordo, o processo será encaminhado para homologação. Em casos de família em que haja menor ou incapaz, antes de expedir a sentença, o processo deverá ser encaminhado ao Ministério Público.
5. Caso não haja acordo (audiência infrutífera e audiência prejudicada por ausência do reclamante ou reclamado), após a assinatura e liberação do termo de audiência, o processo deverá ser arquivado.
Fluxograma – Fluxo pré-processual CEJUSC
Fonte: adaptado de Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (2017, p. 4). 
O procedimento da mediação processua
Fluxograma – Fluxo processual CEJUSC
Procedimento do CEJUSC/2º grau
Fonte: adaptado de https://bit.ly/3ckUMbN. Acesso em: 9 abr. 2020.
A confidencialidade e suas exceções 
tem origem e está de acordo com a Diretiva 2008/52/CE-art 7º - Parlamento europeu
[REGRA:] Art. 30 Toda e qualquer informação relativa ao procedimento de mediação será confidencial em relação a terceiros, não podendo ser revelada sequer em processo arbitral ou judicial [EXCEÇÃO:]  salvo se as partes expressamente decidirem de forma diversa ou quando sua divulgação for exigida por lei ou necessária para cumprimento de acordo obtido pela mediação (Quando a parte declarar alguma forma de ocultação ou burla ao acordo firmado.). [...]
[EXCEÇÃO:] §3º Não está abrigada pela regra de confidencialidade a informação relativa à ocorrência de crime de ação pública.

Continue navegando