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Tratamento de alopecia androgenética (AAG)

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1 
 
TRATAMENTO DE ALOPECIA ANDROGENÉTICA (AAG) MASCULINA 
COM EXTRATO DE CHÁ VERDE (Camellia sinensis) COM ÊNFASE NO 
ATIVO EPIGALOCATEQUINA GALATO 3.1 
 
Daniela Kulkamp 2 
Pâmela Padilha Luiz 3 
Isabel Claudino Silvano4 
 
Resumo: A alopecia androgenética masculina é caracterizada pela perda de cabelo por 
alterações hormonais ou por predisposições genéticas. O presente estudo tem por 
objetivo, associar técnicas no tratamento de alopecia androgenética (AAG) de padrão 
masculina. Cada vez mais o uso de ativos cosméticos naturais vem sendo utilizado para 
reduzir os efeitos adversos dos tratamentos mais agressivos. O uso do chã verde vem 
sendo estudado para o tratamento de problemas capilares devido a suas características 
antissépticas e antioxidantes. Objetivo: O objetivo do estudo foi identificar a ação do chá 
verde no tratamento de alopecia androgenética masculina. Metodologia: O estudo 
caracteriza-se como pesquisa de revisão sistemática da literatura com abordagem 
qualitativa. Foram utilizados como fonte de busca os sites Google acadêmico, Scielo e 
Pubmed. Resultados: Os resultados demostram que o chá verde apresenta atividade de 
estimulo de crescimento capilar, efeito bactericida, antioxidante e de proteção solar UVA 
e UV, mostrando ser um ativo com potencial para o tratamento da alopecia androgenética. 
Mesmo em pequenas concentrações mostrou maior potencial atividade de crescimento 
capilar que o minoxidil como droga sintética com menos reações adversas. 
 
Palavras chave: Alopecia padrão masculino. Alopecia Androgenética. Chá verde. 
Epigalocatequina galato 3. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A alopecia androgenética (AAG) é caracterizada pela perda de cabelos ou 
pelos derivada de uma alteração hormonal e possui predisposição genética 1. Pode 
acometer homens e mulheres em idades mais avançadas porém os primeiros sintomas 
podem aparecer ainda na juventude 1. Com o passar dos anos, os homens observam de 
forma gradual ou progressiva seus cabelos mais finos, claros, formando as “entradas” 
caracterizadas pela queda dos cabelos nas laterais da região frontal 2. Com a evolução da 
 
1 Artigo apresentado a disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso Superior de Tecnologia em 
Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL- como requisito parcial para 
a obtenção do título de Tecnólogo em Cosmetologia e Estética. 
2 Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de 
Santa Catarina- UNISUL- 5º Semestre de 2019/A 
3 Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de 
Santa Catarina- UNISUL- 5º Semestre de 2019/A 
4 Professora orientadora do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade 
do Sul de Santa Catarina- UNISUL- 5º Semestre de 2019/A 
2 
 
AAG os cabelos da região coronal também vão reduzindo e este fato está associado com 
a miniaturização dos folículos, que param de produzir o fio de cabelo devido a interação 
da dihidroxitestosterona (DHT) impedindo a formação de novos fios 2. A AAG não causa 
nenhum dano à saúde diretamente, porém pode fragilizar a autoestima, trazendo 
insatisfação e desconforto ao homem em relação a sua imagem 3. 
A preocupação com a estética e o bem estar é de ambos os sexos, entretanto, 
os homens tem um pouco de dificuldade de procurar tratamento quando apresentam os 
primeiros sinais de queda 2. Na maioria dos casos não procuram averiguar as causas e os 
possíveis tratamentos para retardar esses sintomas e quando procuram por tratamento, 
podem estar em um quadro mais avançado da AAG, dificultando ainda mais o 
tratamento2. 
A AAG feminina, conhecida também como alopecia de padrão feminino é 
caracterizada pela perda de cabelos na região central da cabeça, em formato de linha1. 
Essa rarefação é ocasionada principalmente pela ação de hormônios androgênicos que 
inibem o crescimento capilar e acabam miniaturizando o tamanho do folículo piloso, 
produzindo assim pelos mais finos e com tempo de crescimento menor ou até mesmo 
acabam desativando o folículo piloso, parando de produzir novos fios1. 
Visando o tratamento da AAG, geralmente são utilizados recursos com ativos 
de uso dermatológico4. Dentre os ativos mais comumente utilizados estão os 
medicamentos contendo o Minoxidil e a Finasterida4. 
O mecanismo de ação do Minoxidil se dá pela vasodilatação periférica dos 
capilares sanguíneos, fazendo assim um aumento no aporte nutritivo do folículo piloso e 
consequente aumento da duração da fase anágena, contribuindo para o aumento da 
densidade capilar1. É preconizado em concentrações de 5% para homens e 2 a 5% para 
mulheres1. Porém essas substâncias apresentam risco de efeitos adversos, tais como: 
Aumento na ocorrência de prurido, irritação local e hipertricose facial podem ser 
observados com minoxidil a 5%1. 
A Finasterida age como um inibidor da 5α-redutase tipo 2, que reduz em dois 
terços a transformação de testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), seu uso pode ser 
feito por via oral ou por via tópica1. Como efeitos adversos, as mulheres que utilizam este 
medicamento podem apresentar aumento de volume e hipersensibilidade nas mamas, 
edema e erupções cutâneas1. 
Com intuito de reduzir os efeitos adversos promovidos pelo minoxidil e 
finasterida, buscam-se alternativas de tratamentos que possam promover resultados em 
3 
 
relação ao crescimento capilar com menores chances de desenvolvimentos desses efeitos 
adversos. O chá verde pode ser útil na prevenção ou no tratamento da alopecia 
androgenética inibindo seletivamente a atividade 5-alfa-redutase5. Um estudo mostrou 
que o crescimento do cabelo foi significativo, através da proliferação celular e efeito de 
anti-apoptotico no cabelo célula dérmica papila 5. 
Atualmente a indústria dos cosméticos buscar formas de atender a demanda 
por produtos naturais, cosméticos livre de sintéticos e mais seguros, com pequena 
probabilidade de reações adversas (efeitos colaterais) e isso aponta para oportunidade de 
novas tecnologias estarem surgindo 6. 
Porém faltam estudos que comprovem as ações dos ativos no tratamento da 
alopecia androgenética, logo, uma busca através de revisão sistemática da literatura 
poderá apresentar os benefícios do chá verde e verificar se ele é um potencial ativo para 
o tratamento de alopecia androgenética, justificando assim o atual estudo. 
A pesquisa apresenta como objetivo geral identificar a ação do chá verde no 
tratamento de alopecia androgenética masculina através de revisão sistemática da 
literatura. 
 
2 ALOPECIA ANDROGENÉTICA E SEUS TRATAMENTOS 
 
2.1 CICLO DE DESENVOLVIMENTO DO PELO 
 
Os folículos pilosos são originados durante o desenvolvimento fetal, os 
cabelos originam-se de uma estrutura denominada folículo piloso, que é formada entre o 
2º a 5º mês de vida intra-uterina, o número de folículos pilosos é o mesmo em ambos os 
sexos e em qualquer raça 2. O que envolve mudanças na morfologia das células epiteliais 
dependentes de sinalizações entre epiderme e mesenquima subjacente 7. 
O desenvolvimento e a multiplicação das células do folículo não são 
contínuos, seguem um padrão cíclico, com alternância de fases de crescimento e repouso 
1. Este ciclo está presente em todos os folículos pilosos humanos - pelos e cabelos 1. É na 
fase anágena em que o folículo produz hastes e após essa fase encontra-se a total 
destruição do segmento bulbar: fase catágena 8. A interrupção dos processos mitóticos da 
matriz e a perda da bainha externa do folículo por apoptose (morte programada das 
células) levam ao colapso da região bulbar 8. A porção superior do bulbo que escapou das 
4 
 
transformações degenerativas forma um saco epitelial que engloba o cabelo remanescente 
8. É na fase catágena que perde-se um terço ou até metade do tamanho do folículo 8. 
Somente apapila e a matriz permanecem no próximo ciclo 8. A fase telógena é a fase de 
morte do cabelo, sem atividade onde o folículo torna-se uma estrutura de âncora para o 
desenvolvimento de um novo folículo, em um ciclo sucessivo 8. 
Na alopecia androgenética observa-se que as hastes dos pelos caem muito 
antes do início de uma nova fase anágena, ocorrendo um período de latência (fase 
quenógena) em que não há pelo no canal folicular 1. A fase exógena é precoce ou a 
telógena prolongada com anágena retardada, de tal forma que ocorre um grande período 
de latência. A ocorrência de dor, física ou psicológica, sempre esteve presente na vida do 
ser humano, e está cada vez mais crescente em nossos dias1. 
A haste do cabelo (parte visível), é formada de fora para dentro por três partes 
principais: medula, córtex e cutícula 9. 
●Medula - a parte mais interna, que situa-se na parte central do fio 9. 
● Cortex – camada em volta da medula, que ocupa a maior parte da área do 
cabelo e é formada por células mortas alongadas, responsáveis pela elasticidade e pela 
resistência do fio de cabelo, ricas em melanina, pigmento responsável pela cor que os 
cabelos apresentam 9. 
● Cutícula - situa-se na parte mais externa do fio capilar e é formada por 
células ricas em queratina anucleadas e achatadas, que se encaixam umas nas outras, 
podendo formar de cinco a dez camadas de placas oferecendo maior proteção 9. 
 
2. 2. ALOPECIA 
 
As alopecias são divididas em cicatriciais e não cicatriciais. As alopecias de 
ordem cicatricial apresentam como característica a irreversibilidade no crescimento dos 
cabelos, já nas alopecias não cicatriciais os folículos pilosos permanecem íntegros, sendo 
estes tipos de alopecias os passivos de tratamentos estéticos 10. As alopecias podem ser 
congênitas, androgênicas, total ou areata por tração 10. 
 
 
 
5 
 
2. 3. ALOPECIA ANDROGENÉTICA 
 
A alopecia androgenética (AAG) é apontada como a causa mais comum de 
miniaturização folicular que provoca um padrão de rarefação capilar não cicatricial, que 
embora atinja ambos os sexos, os homens são mais afetados 11. Apesar de ser condição 
benigna e tão comum, pode ter impacto psicossocial acentuado nos doentes e interferir na 
qualidade de vida 11. A AAG podem ocorrer de forma isolada ou conjugada, em ambos 
os sexos, e a velocidade de progressão e as variações onde os andrógenos parecem 
desencadear em folículos geneticamente determinados a transformação de folículos 
terminais, em folículos miniaturizado, existem outros intensificadores da queda capilar, 
mesmo sendo androgenética possuem outros fatores que podem agravar o problema, tais 
como a poluição, alimentação e um elevado grau de ansiedade, que são capazes de manter 
ou agravar as quedas capilares por aumentar o estresse 11. 
A alopecia androgenética envolve vários fatores de ordem genética hormonal, 
mas é caracterizada por ocorrer uma alteração nos folículos geneticamente propensos 
após a exposição aos andrógenos na puberdade 12. Consequentemente o folículo sofre 
ciclos de extensão decrescente, produzindo gradativamente pelos cada vez mais finos, 
curtos e despigmentados até que ocorra a mudança completa para velus 12. 
Os trabalhos iniciais sugeriram uma herança autossômica dominante; 
acreditava-se que um único gene transmitia total predisposição genética, autossômica 
dominante em homens e autossômica recessiva em mulheres 1. Traços hereditários 
determinados por um gene único problema ocorrem em uma frequência de cerca de 1 em 
1000, muito menos que os 40% a 60% da AAG 1. 
 
2. 3. 1. Epidemiologia da AAG 
 
Alopecia Androgenética acomete tanto mulheres como homens, sendo mais 
acometida nos homem 10. Este tipo de alopecia se dá devido à herança genética e pela 
ação dos andrógenos, principalmente a testosterona 10. 
A alopecia androgenética afeta de 50% a 80% dos homens caucasianos. Em 
geral, 30% dos homens têm alopecia androgenética após os 40 anos, 40% após os 50 anos, 
e assim por diante, até 80% serem afetados quando têm 80 anos ou mais 10. 
6 
 
 A alopecia androgenética é influenciada pela genética e pelos hormônios 
androgênicos (masculinos) 10. Ainda não se sabe o número de genes e quais deles estão 
envolvidos no processo, porém é descoberto que quanto maior a tendência familiar, maior 
a chance de a calvície ser intensa e precoce 10. Tanto os genes do lado paterno quanto do 
materno têm importante influência no desenvolvimento dessa alteração 10. 
No homem a alopecia se manifesta com a presença do hormônio masculino, 
a testosterona (T) 12. É o andrógeno de maior concentração, dentre suas várias 
transformações, a sua conversão para diidrotestosterona é importante para entender o 
processo da AAG 12. 
A enzima citoplasmática chamada 5-alfa-redutase converte a testosterona em 
diidrotestoterona, a DHT que provoca a redução progressiva dos folículos pilosos 
geneticamente suscetíveis encurtamento sua fase de crescimento 12. Após a administração 
da testosterona, a calvície desenvolve-se naqueles que são geneticamente predispostos 1. 
O receptor de androgênio é necessário para o desenvolvimento de caracteres masculinos 
e, durante a vida adulta, age no funcionamento de órgãos como o sistema reprodutor, 
testículos, músculos, fígado, pele, sistema nervoso e sistema imune 1. 
Nos homens os andrógenos parecem desencadear em folículos geneticamente 
determinados a transformação de folículos terminais em folículos miniaturizados 9. Esse 
processo de miniaturização, em que os cabelos ficam mais curtos, mais finos e mais 
claros, ocorre devido a ciclos consecutivos da anagênese cada vez mais curtos, com 
aumento da proporção dos folículos em telogênese 9. Portanto, a diminuição da cobertura 
do couro cabeludo não se deve à destruição de folículos pilosos, mas sim ao referido 
processo de miniaturização 9. A AAG masculina inicia-se comumente após a puberdade 
com diminuição simétrica começando pela região temporal, evoluindo com 
acometimento do vértex 13. 
 Segundo a escala Norwood-Hamilton existe até sete graus ou níveis de 
calvície, que vão desde a perda mínima de cabelo (tipo I) até ao grau mais grave (tipo 
VII), caracterizado por uma maior perda de cabelo, situação em que existe uma única tira 
de cabelo em forma de ferradura (de orelha a orelha) na parte posterior da cabeça 11. 
Para a mulher, esse problema deve ser enfrentado como uma patologia que 
pode ser tratada, e ser encarada com bastante atenção por especialista, pois, além de ser 
um problema médico e estético, pode gerar problemas psicológicos 2-16. A AAG feminina 
pode desenvolver em qualquer momento após a puberdade, embora seja mais comumente 
verificada em dois picos etários: entre os 20 e 40 anos, e na perimenopausa 9 . É uma 
7 
 
condição genética comum, causada por um gene único, autossômico dominante com 
penetrância reduzida no sexo feminino. Pode estar associada ou não às endocrinoplatias 
androgênicas 9. 
Em mulheres adultas é representada uma alteração em relação ao padrão de 
cabelo pré-puberal, a alteração máxima ocorre após a menopausa, quando as 
concentrações de estrogênios aumenta e existe um ambiente mais “androgênico’’ 9. 
Filippo (2004) em seus estudos ressalta que um indivíduo com fator genético 
para calvície apresenta no folículo piloso a 5-alfa-redutase tipo II, uma enzima que 
transforma a testosterona e diidrotestosterona (DHT) e estes, através dos receptores 
específicos androgênicos situados na membrana nuclear, penetra no interior do núcleo e 
altera o DNA 9. O RNA mensageiro, desta forma, modifica a síntese de proteínas nas 
células matriz, levando às alterações no metabolismo do folículo piloso, podendo levar 
tanto ao hisurtismo, como a alopecia androgenética feminina 9. 
 
2. 4. GRAU DA CALVÍCIE – ESCALA DE NORWOOD – HAMILTON 
 
No ano de 1951 o Dr. James Hamilton apresentou sua criação 10. Apresentou 
as 6 conclusões de um estudoque visava investigar um grupo alargado de homens, 
mulheres e crianças 10. Um quarto de século depois, já nos anos 70, o Dr. O’Tar Norwood 
completou o trabalho realizado pelo seu colega, adicionando algumas modificações no 
modelo original. Adicionando por exemplo mais quatro graus aos que foram definidos 
por Hamilton 10. 
 Segundo a escala Norwood-Hamilton existe até sete graus ou níveis de 
calvície, que vão desde a perda mínima de cabelo (tipo I) até ao grau mais grave (tipo 
VII), caracterizado por uma situação em que existe uma única tira de cabelo em forma de 
ferradura (de orelha a orelha) na parte posterior da cabeça 10. Entre estes dois extremos 
vão ocorrendo diferentes tipos de calvície: 
 1 Norwood Escala de Hamilton - Fase 1 
Figura 1- Classificação de Hamilton Norwwood 
 
Fonte: Hishairclinic, 2013 10. 
8 
 
 
Perda mínima do cabelo, portanto, não há necessidade de tratamento. 10. 
 
 2 Norwood Escala de Hamilton - Fase 2 
 
Figura 2- Classificação de Hamilton Norwwood 
 
Fonte: Hishairclinic, 2013 10. 
 
O cabelo começa a cair com mais frequência e pode tornar-se menos denso 
na parte frontal central do couro cabeludo 10. Neste caso, os sinais iniciais da calvície 
estão se tornando evidentes 10. 
 
3 Norwood Escala de Hamilton - Fase 3 
 
Figura 3- Classificação de Hamilton Norwwood 
 
Fonte: Hishairclinic, 2013 10. 
 
9 
 
 Representa o menor grau de perda de cabelo considerado suficiente para 
ser chamado de calvície, de acordo com Norwood. A perda de cabelo é, principalmente, 
a partir do vértice com a recessão limitada do couro cabeludo temporal, frontal 10. 
 
 
4 Norwood Escala de Hamilton - Etapa 4 
 
Figura 4- Classificação de Hamilton Norwwood 
 
Fonte: Hishairclinic, 2013 10. 
 
A perda capilar em áreas temporais da frente é mais grave do que a fase 3 10. 
Há uma considerável falta de cabelo na coroa 10. Surge uma faixa de cabelo 
moderadamente densa que se estende separando as duas áreas de perda de cabelo entre 
temporal, frontal e coroa 10. 
 
5 Norwood Escala de Hamilton - Fase 5 
 
Figura 5- Classificação de Hamilton Norwwood 
 
10 
 
Fonte: Hishairclinic, 2013 10. 
A perda de cabelo na região do vértice ainda é separada da região temporal 
da frente. 10. A faixa de cabelo que se estende através da coroa é visivelmente mais estreita 
e mais fina 10. A perda no vértice e regiões temporais da frente são maiores 10. 
 
6 Norwood Escala de Hamilton - Fase 6 
 
Figura 6- Classificação de Hamilton Norwwood 
 
Fonte: Hishairclinic, 2013 10. 
 
A ponte de cabelo que, uma vez atravessada a coroa está, agora, perdida com 
apenas pouco cabelo restante 10. As regiões temporal e vértice da frente estão agora unidas 
em uma área 10. A perda de cabelo nas laterais ampliou ainda mais 10. 
 
 7 Norwood Escala de Hamilton - Fase 7 
 
Figura 7- Classificação de Hamilton Norwwood 
 
Fonte: Hishairclinic, 2013 10. 
 
Esta é a forma mais avançada ou grave de perda de cabelo 10. Apenas uma 
estreita faixa de cabelo em forma de ferradura sobrevive nas laterais e posterior do couro 
cabeludo 10. Este cabelo pode ser fino e menos denso do que antes 10. Na nuca o cabelo é 
11 
 
escasso com um semicírculo sobre ambas as orelhas 10. Formando assim a chamada forma 
de “Ferradura”. 
O intuito do tratamento da alopecia é aumentar a cobertura de cabelo do 
couro cabeludo ou retardar a progressão do rareamento dos cabelos ou ambas 10. Cada 
vez mais novos aparelhos, produtos cosméticos e farmacêuticos são lançados em busca 
da resolução desse problema 10. 
 Para fazer tratamento das afecções capilares é necessário fazer avaliação das 
alterações do couro cabeludo e da haste capilar, que deve ser feita durante realização da 
ficha de anamnese, assim o profissional pode analisar quais alterações se fazem presentes, 
quais as possíveis causas da queda, e assim orientar da melhor forma possível o 
tratamento mais indicado e quais cosméticos utilizar 2. Atualmente, para a resolução desta 
patologia homens e mulheres procuram a realização de procedimentos com Laser, 
microagulhamento e ativos cosméticos, os quais serão detalhados a seguir. 
 
2. 5. TRATAMENTOS 
 
2. 5. 1. Tratamentos médicos utilizados para AAG 
 
A terapia capilar consiste na técnica de avaliação das alterações do couro 
cabeludo e da haste capilar e no tratamento das afecções que acometem tanto a haste capilar 
como o couro cabeludo com produtos cosméticos e aparelhos 6. cada tipo de alopecia possui 
características próprias, necessitando de um diagnósticos clinico para avaliação de causas 
que desencadeiam o problema, com o objetivo de tratar o foco do problema utilizando um 
tratamento adequado 6. 
 O especialista deve fazer a avaliação personalizada do cliente, deve conter 
tendo documento de avaliação a Ficha de Avaliação e Anamnese que é uma ficha onde 
se colhe as informações a respeito do cliente, neste documento constam os dados pessoais, 
hábitos de vida, antecedentes pessoais, antecedentes cirúrgicos e outras informações 
relacionadas ao estado de saúde do cliente, motivo da visita, a fim de analisar quais 
alterações se fazem presentes e quais as possíveis causas para conseguir um resultado 
satisfatório e chegar na resolução dessa patologia 6. Quanto mais recente após os 
primeiros sintomas for feito o diagnóstico e o início do tratamento, melhores os resultados 
obtidos 14. 
12 
 
 
2.5.2 Laser de baixa potência 
 
Laser de baixa potência seu principal mecanismo de ação é processo de 
fotoestimulação ou fotobioestimulação, consiste na exposição do couro cabeludo à 
energia luminosa capaz de alterar biomoléculas através de reações fotoquímicas, agindo 
diretamente sobre a matriz capilar 15. Sendo monocromático: tem uma só cor; emite onda 
eletromagnética de um único comprimento de onda, ou seja, uma cor específica para cada 
tipo de laser 16. Coerência: a fase relativa entre as ondas de luz se mantém; o termo é 
usado para exprimir o grau de monocrômica e colimação 16. 
No tratamento de alopécia a Laser terapia vem sendo utilizada como 
tratamento alternativo com a finalidade de prevenir a queda capilar, bem como sua 
prevenção e também para estimular o crescimento de cabelo na alopécia androgenética 
masculina e feminina 16. 
Entre os efeitos bioestimulantes mediados pelo laser de baixa potência no 
processo de reparo tecidual, destacam-se: a indução da atividade mitótica das células 
epiteliais e dos fibroblastos; o incentivo à produção de colágeno por estas últimas células; 
a inibição secretória de alguns mediadores químicos; a modificação da densidade capilar 
e o estímulo à microcirculação local 17. 
Assim no tratamento da alopécia o laser tem resultados satisfatórios quando 
iniciado o tratamento até a fase intermediária de seu aparecimento 16. 
 
2.5.3. Microagulhamento 
O microagulhamento tem influência da Acupuntura, que faz parte da 
Medicina Oriental Chinesa 7. A técnica consiste em deslizar o rolo nos sentidos vertical, 
horizontal e diagonal na média de 10 a 15 vezes em cada sentido, com uma pressão 
moderada, provocando escoriações na pele 18. O procedimento dura de 15 a 20 minutos, 
de acordo com a dimensão da área a ser tratada 10. 
O microagulhamento é uma técnica utilizada em procedimentos estéticos, 
constituindo-se no estímulo mecânico gerado pelo rolamento de um cilindro (roller) 
contendo de 120 a 540 microagulhas que gera centenas de micro canais na pele, 
aumentando-lhe a permeabilidade cutânea e estimulando os fibroblastos a produzirem 
mais colágeno para restaurar o tecido conjuntivo 11 
13 
 
O procedimento de microagulhamento possui muitas vantagens, tais como a 
estimulação de colágeno sem promover um efeito ablativo na pele, ou seja, sem remover 
a epiderme 7. A cicatrização acontece em um período mais curto e a chance de efeitos 
colaterais é reduzida em comparação ao de outras técnicas ablativas, comopeelings 
médios e profundos 7. A pele fica mais resistente e espessa, o que não ocorre em outras 
técnicas ablativas, onde o tecido sensível resultante está mais sujeito a hiperpigmentação 
pós-inflamatória, fotossensibilidade, cicatrizes hipertróficas, eritema persistente e 
discromias 7. 
Os efeitos negativos ou riscos provenientes do microagulhamento são a dor; 
a reativação do herpes simples; impetigo; dermatite de contato alérgica ao material usado 
nas agulhas; exposição ao sangramento; equipamento com agulhas de baixa qualidade 
após o processo de rolagem resulta frequentemente em defeitos nas pontas das agulhas, 
que traz danos ao tecido; hemorragia com cicatrizes hipertróficas ou hiperpigmentação 
pós-inflamatória 7. 
O microagulhamento é contraindicado em indivíduos que tenham as seguintes 
condições: acne ativa; herpes labial; doenças crônicas de pele, como eczema e psoríase; 
transtornos de coagulação sanguínea ou que faça uso de qualquer terapia anticoagulante, 
por exemplo, com a varfarina e heparina, pois pode causar hemorragia 32 descontrolada; 
rosácea; sinais de caráter maligno, verrugas e queratose actínica, visto que as agulhas 
podem disseminar as células anormais por implantação; pacientes que tomem aspirina, 
devem parar por pelo menos 3 dias antes do procedimento 7. 
O microagulhamento é um tratamento que pretende melhorar visivelmente o 
crescimento capilar 7. Consiste na aplicação de microagulhas no couro cabeludo, 
resultando no aumento da disponibilidade de nutrientes, estimula a vasodilatação e 
oxigenação folicular, estimula a vascularização e nutrição do folículo, aumenta a 
permeação de ativos específicos devido aos canais criados 10. 
 
2.5.4. Ativos cosméticos 
 
 Os ativos utilizados em produtos cosméticos para alopecia, destinam-se a 
auxiliar na redução da queda de cabelo, podendo atuar através de mecanismos diferentes 
e desta forma, contribui positivamente na melhora do quadro, Porém fazem-se necessário 
a avaliação clínica para identificar a causa do transtorno 10. 
14 
 
Hidratação dos cabelos Sericina, proteína que compõe a fibra da seda, tem 
ação conjuta com a queratina, onde as nanopartículas catiônicas de sericina devolve a 
massa perdida aos fios, reduzindo o volume, alisando progressivamente e hidratando 
profundamente os cabelos 19. Em estudos recentes da tricologia, vem sendo possível 
utilizar extratos de plantas naturais com resultados estéticos similares, ou até melhores, 
aos obtidos com medicamentos sintéticos 3. Esses extratos, bloqueadores de DHT, 
apresentam muitas vezes até efeitos adversos nulos 3. Exemplos são o extrato de palmeira 
serenoa repens, o saw palmetto, extrato de ho-show-wu (além de bloqueador do DHT, 
também apresenta ação antimicrobiana) e a soja 3. 
Minoxidil: Derivado da piperidinopirimidina e utilizado como vasodilatador 
de uso oral na hipertensão arterial sistêmica, atuando através do relaxamento da 
musculatura lisa arteriolar, diminuindo a resistência vascular periférica 3. Este efeito é 
consequente à abertura dos canais de cálcio nas membranas musculares lisas pelo sulfato 
de minoxidil 3. Seus efeitos colaterais mais comuns são cefaléia, sudorese e hipertricose 
3. No tratamento da alopecia androgenética em adultos somente seu uso tópico é 
recomendado, pois não há comprovação do efeito vasodilatador na melhora do tratamento 
3. Estudos demonstraram que o uso tópico do minoxidil aumenta a vida dos ceratinócitos, 
através da melhora do agrupamento de cisteína e glicina no folículo piloso e, na papila 
dérmica, leva ao acúmulo de cisteína na zona de ceratogênese3. 
Finasterida: é um inibidor da 5-alfa-redutase do tipo 2, impedindo a conversão 
periférica da testosterona em diidrotestosterona (DHT) e, consequentemente, diminuindo 
a ação androgênica, que afeta a distribuição masculina de cabelos 3. Os folículos capilares 
possuem 5-alfa-redutase do tipo 2 e homens com deficiência desta enzima não apresentam 
alopecia androgenética 3. A dose de 5 miligramas de finasterida é usada principalmente 
em hiperplasias prostáticas, indicando-se a dose 1 miligrama diária para tratamento da 
alopecia em homens 3. A finasterida demonstrou diminuir a progressão da alopecia 
androgênica nos homens tratados e, em muitos pacientes, estimula um novo crescimento 
3. Os efeitos colaterais mais comuns da finasterida são a diminuição da libido e a 
disfunção erétil. Porém, cessado o tratamento, a maioria dos efeitos colaterais 
desaparecem 3. 
Chá verde: possui propriedades terapêuticas; é estimulante, previna alguns 
tipos de câncer, ajuda a prevenir doenças cardíacas, tem ação anti-flamátoria e regenera 
a pele 20. Para uso cosmético suas principais aplicações são: antioxidante combatendo 
radicais livres, responsável pelo envelhecimento precoce, melhora o sistema de defesa 
15 
 
das células da pele contra os raios ultravioletas do tipo B, diminuindo os riscos de câncer 
de pele, adstringente, promovendo a limpeza e equilíbrio de pele e cabelos oleosos; 
regenerador, embelezando a pele e cabelos; melhora a circulação sanguínea; eficaz no 
tratamento de olheiras 20. 
Alguns estudos recente tem mostrado o ativo no chá verde pode ser útil na 
prevenção ou no tratamento da alopecia androgenética inibindo seletivamente a atividade 
5-alfa-redutase5. Mostrou que o crescimento do cabelo foi significativo, através da 
proliferação celular e efeito de anti-apoptotico no cabelo célula dérmica papila 5. 
Atualmente a indústria dos cosméticos buscar formas de atender a demanda 
por produtos naturais, cosméticos livre de sintéticos e mais seguros, com pequena 
probabilidade de reações adversas (efeitos colaterais) e isso aponta para oportunidade de 
novas tecnologias estarem surgindo 6. 
 
3 METODOLOGIA 
 
Realizou-se uma revisão de literatura sobre o uso de chá verde para o crescimento 
capilar. A busca virtual foi realizada nas bases de dados Google Acadêmico, PubMed e 
Capes. Como palavras chave para a busca dos artigos foram utilizadas ''hair", 
"androgenetic alopecia", "chá verde"', “Epigalocatquina galato 3”. As pesquisas foram 
realizadas em junho de 2019, no momento da pesquisa foi apenas selecionados os artigos 
sobre chá verde, nos idiomas português, inglês ou espanhol. 
Os estudos que foram considerados proveitosos deveriam atender as seguintes 
exigências: 1) ensaios clínicos; 2) se enquadrassem no tema pesquisado; 3) publicados 
em português, inglês ou espanhol. Os critérios de exclusão foram: artigos de revisão da 
literatura, artigos que não tinham o texto completo disponível e estudos que fugiam do 
tema proposto por esta revisão. Foi realizada inicialmente a leitura dos títulos, salvando 
no Excel com o nome do autor e a data em que foi realizado, após foi feito a leitura dos 
resumos dos artigos para verificar se atendiam aos critérios de inclusão definidos e/ou se 
apresentavam algum critério de exclusão. 
Duas estudantes selecionaram os artigos pelo título e resumo. Quando as 
informações obtidas no resumo eram insuficientes, os artigos foram lidos na íntegra para 
verificar se encaixavam-se nos critérios de inclusão. Todos os artigos incluídos foram 
armazenados em uma pasta e realizada uma cópia do arquivo com texto completo. 
16 
 
Os estudos que restaram na pesquisa foram utilizados para análise qualitativa 
e discutidos de acordo com a literatura vigente. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Foram encontrados 16 artigos no Google Acadêmico e 23 Pubmed, 
totalizando 40 artigos, dos quais 38 foram considerados exclusão por não utilizarem chá 
verde ou princípio ativo com epigalocatequina galato 3, na pesquisa. Restaram 2 artigos 
para a atual pesquisa, sendo um com aplicação tópica de um tônico e outro com 
suplementação via oral. 
Artigo 1: Amin, et al, 2014: Green tea (camellia Sinensis, L.) ethanolic 
extract as hair tonic in nutraceutical: physical stability, hair growth activity on rats, and 
safetytest21. 
Artigo 2: Esfandiari, Kelly, 2005: The Effects of Tea Polyphenolic 
Compounds on Hair Loss among Rodents.22. 
O chá verde (Camellia sinensis, L.) é também conhecido popularmente como 
banchá ou chá-da- India, possui em sua composição quantidade significativa de cafeína, 
que apresenta ação de estimulador de circulação saguínea, além disso, tem sido bem 
conhecido em seu uso diário como alimento, e como nutracêutica21. utilizando o seu 
efeito farmacológico de antioxidante, até anticancerígeno21. Notavelmente, ao contrário 
de seu uso comum, o chá verde através de uso tópico também mostrou ser potencial para 
sua atividade de crescimento do cabelo21. 
O mecanismo de ação do chá verde no crescimento capilar se dá através do estimulo da 
proliferação celular e o efeito anti-apoptose na célula da papila dérmica. No estudo havia 
dois grupos. Grupo A: recebeu extrato de polifenol do chá verde e o Grupo B: recebeu 
água pura. Como base, 50% da fração de extrato de polifenol do chá verde, administrada 
por via oral em ratos negros que apresentavam queda de cabelo espontânea, resultaram 
em 33% dos ratos um crescimento significativo de pelos em seis meses22. Entretanto 8% 
do grupo de controle apresentou perda progressiva 22. Os ratos foram separados 
individualmente, com isso após análise foi constatado que os ratos do grupo de controle 
havia níveis elevados de estresse, sendo assim um agravante ao problema 22. Estresse 
inibe o crescimento 22. Isto mostrou como o chá verde possui potencial de 
desenvolvimento como um realçador do crescimento do cabelo 22. 
 
17 
 
Os dados sugerem que o EGCG estimula o crescimento do cabelo humano 
através de seus efeitos proliferativos e antiapoptóticos em DPCs, e pode prolongar o 
estágio anágeno, assim, os efeitos do EGCG em diferentes tipos de células do folículo 
piloso e a base molecular para a promoção do crescimento capilar ainda não são claros e 
requerem investigação adicional 5. Mesmo em menor concentração, ou seja, Formula 1 
com extrato etanoico de cha verde (GTE) 2,5%, indicam promoção de crescimento capilar 
equivalente atividade comparando com maior concentração (Formula 2, 5,0%; Formula 
3, 7,5%). Toda a fórmula é segura de usar e não irrita a pele 21. Para concluir, a GTE 
demonstrou essa potencial atividade de crescimento capilar que é comparável ao 
minoxidil como droga sintética 21. 
Obtivendo um melhor estabilidade em temperaturas ambiente e altas, não 
sendo indicado armazenamento em baixas temperaturas 21. Verificou-se que as atividades 
antioxidantes e sequestradoras de radicais livres das amostras de chá preto e verde eram 
elevadas e comparáveis. Os extratos liofilizados de chá preto e verde tem forte absorção 
de UV23. 
O EGCG pode desempenhar um papel protector dos danos na pele induzidos 
por UVB24. Apesar de ter um efeito antiproliferativo na ausência de UVA, o EGCG 
também serviu para proteger contra os efeitos citotóxicos da radiação UVA 25. O EGCG 
tem capacidade de modificar parâmetros diretamente relevantes para o processo 
carcinogênico na pele 25. 
O chá verde além de ter suas propriedades favoráveis ao crescimento capilar 
também tem ação antifúngica ajuda a tratar micoses no couro cabeludo, intensificadoras 
da alopecia, que mesmo sendo androgenética possuem outros fatores, tais como a 
poluição, alimentação e um elevado grau de ansiedade, que são capazes de manter ou 
agravar as quedas capilares por aumentar o estresse 2,3. 
O chá verde é considerado atualmente um aliado da saúde por ser rico em 
flavonóides - substâncias antioxidantes que ajudam a neutralizar os radicais livres, 
responsáveis pelo envelhecimento celular precoce26. As principais atividades 
farmacológicas atribuídas ao chá verde, tem sido a ação anti-radicais livres e 
angioprotetora, devido aos derivados flavônicos; antimutagênica e antitumoral, pela 
presença de compostos fenólicos. Ele apresenta em sua composição também quantidade 
considerável de cafeína, ativo já utilizado no tratamento de quedas capilares26. 
O chá verde é uma bebida popular em todo o mundo, e acredita-se que seus 
potenciais efeitos benéficos, como propriedades anticancerígenas e antioxidantes, sejam 
18 
 
mediados por epigalocatequina-3-galato (EGCG), um dos principais constituintes dos 
polifenóis5. Recentemente, foi relatado que o EGCG pode ser útil na prevenção ou 
tratamento da alopecia androgenética, inibindo seletivamente a atividade da 5-α-redutase, 
entanto, nenhum relatório foi publicado até o momento sobre o efeito do EGCG no 
crescimento do cabelo humano5. 
O EGCG estimula o cabelo humano ao crescimento através destes efeitos 
proliferativos e anti-apoptótico. Seu desempenho é melhor que o do minoxidil sendo 
também levado em consideração que não apresenta efeitos colaterais que a droga sintética 
apresenta com o hirsutíssimo (Aumento de pelo na face), o aumento na descamação do 
couro cabeludo e ressecamento pois tem em sua composição outros flavonoides que tem 
ação antioxidante. Por meio desta ação não agride tanto o couro cabelo, podendo até 
melhor a hidratação. Outra ação importante do EGCG é a proteção aos raios UV. 
Experimentos in vivo demonstram efeito fotoprotetor do chá verde à radiação 
ultravioleta por diminuir os danos do DNA quando comparados a exames realizados antes 
da ingestão do chá 25. 
Com o passar do tempo e o aumento da calvície o couro cabelo 
consequentemente vai ficando mais exposto a radiação solar e aos radicais livres. Sendo 
assim importe o uso do chá verde para a proteção da pele e do couro cabelo, pois já 
existem estudos com ótimos resultados em comprovação da eficácia, sendo um candidato 
promissor no combate aos efeitos nocivos da radiação UV. Pode-se observar nos estudos 
que a EGCG tem capacidade em modificar parâmetros diretamente relevantes para o 
processo carcinogênico na pele. 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Concluiu-se com este estudo que o chá verde ou EGCG além de ser 
consumido como alimento, possui poder de auxiliar no crescimento capilar no tratamento 
de Alopecia Androgenética, sendo considerado com resultados mais satisfatório que o 
minoxidil em alguns aspectos em variáveis concentrações. Sua ação vai além do 
crescimento capilar, ajudando também na inibição dos raios UV na pele ou couro 
cabeludo por sua ação antioxidante. Seu uso é seguro e até o presente estudo não 
demonstra nenhum risco a saúde. O estilo de vida e os hábitos alimentares também 
influenciam no crescimento capilar. 
19 
 
Entretanto apesar as suas propriedades satisfatórias a pouco estudos 
aprofundados sobre seus benefícios, sugere-se que outros estudos e testes sejam feitos 
com o intuito de poder ter uma avaliação mais autentica sobre a eficácia do chá verde e 
até sua associação com outras terapias para comprovação de resultados melhores, mais 
eficazes e menos invasivos. Por tratar-se de um extrato amplamente acessível e de baixo 
custo, torna-se viável o seu consumo e seu estudo. 
 
 
TREATMENT OF MALE ANDROGENETIC ALOPECIA (AAG) WITH GREEN 
TEA EXTRACT (Camellia sinensis) WITH EMPHASIS ON THE ACTIVE 
EPIGALOCATEQUINA GALATE 3 
 
Abstract: Male androgenetic alopecia is characterized by hair loss due to hormonal 
changes or genetic predispositions. The present study aims to associate techniques in the 
treatment of male pattern androgenetic alopecia (AAG). Increasingly the use of natural 
cosmetic assets has been used to reduce the adverse effects of more aggressive treatments. 
The use of green tea has been studied for the treatment of hair problems due to its 
antiseptic and antioxidant characteristics. Objective: The objective of the study was to 
identify the action of green tea in the treatment of male androgenetic alopecia. 
Methodology: The study is characterized as a systematic review of the literature with a 
qualitative approach. Academic, Scielo and Pubmed sites were used as a search source. 
Results: Theresults show that green tea shows activity of capillary growth stimulus, 
bactericidal effect, antioxidant and sun protection UVA and UVA, showing to be an 
active with potential for the treatment of androgenetic alopecia. Even in small 
concentrations showed greater potential hair growth activity than minoxidil as synthetic 
drug with fewer adverse reactions. 
 
Keywords: Male pattern alopecia. Androgenetic Alopecia. Green tea. Epigallocatechin 
gallate 3. 
 
 
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