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1 TRATAMENTO DE ALOPECIA ANDROGENÉTICA (AAG) MASCULINA COM EXTRATO DE CHÁ VERDE (Camellia sinensis) COM ÊNFASE NO ATIVO EPIGALOCATEQUINA GALATO 3.1 Daniela Kulkamp 2 Pâmela Padilha Luiz 3 Isabel Claudino Silvano4 Resumo: A alopecia androgenética masculina é caracterizada pela perda de cabelo por alterações hormonais ou por predisposições genéticas. O presente estudo tem por objetivo, associar técnicas no tratamento de alopecia androgenética (AAG) de padrão masculina. Cada vez mais o uso de ativos cosméticos naturais vem sendo utilizado para reduzir os efeitos adversos dos tratamentos mais agressivos. O uso do chã verde vem sendo estudado para o tratamento de problemas capilares devido a suas características antissépticas e antioxidantes. Objetivo: O objetivo do estudo foi identificar a ação do chá verde no tratamento de alopecia androgenética masculina. Metodologia: O estudo caracteriza-se como pesquisa de revisão sistemática da literatura com abordagem qualitativa. Foram utilizados como fonte de busca os sites Google acadêmico, Scielo e Pubmed. Resultados: Os resultados demostram que o chá verde apresenta atividade de estimulo de crescimento capilar, efeito bactericida, antioxidante e de proteção solar UVA e UV, mostrando ser um ativo com potencial para o tratamento da alopecia androgenética. Mesmo em pequenas concentrações mostrou maior potencial atividade de crescimento capilar que o minoxidil como droga sintética com menos reações adversas. Palavras chave: Alopecia padrão masculino. Alopecia Androgenética. Chá verde. Epigalocatequina galato 3. 1 INTRODUÇÃO A alopecia androgenética (AAG) é caracterizada pela perda de cabelos ou pelos derivada de uma alteração hormonal e possui predisposição genética 1. Pode acometer homens e mulheres em idades mais avançadas porém os primeiros sintomas podem aparecer ainda na juventude 1. Com o passar dos anos, os homens observam de forma gradual ou progressiva seus cabelos mais finos, claros, formando as “entradas” caracterizadas pela queda dos cabelos nas laterais da região frontal 2. Com a evolução da 1 Artigo apresentado a disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL- como requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo em Cosmetologia e Estética. 2 Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL- 5º Semestre de 2019/A 3 Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL- 5º Semestre de 2019/A 4 Professora orientadora do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL- 5º Semestre de 2019/A 2 AAG os cabelos da região coronal também vão reduzindo e este fato está associado com a miniaturização dos folículos, que param de produzir o fio de cabelo devido a interação da dihidroxitestosterona (DHT) impedindo a formação de novos fios 2. A AAG não causa nenhum dano à saúde diretamente, porém pode fragilizar a autoestima, trazendo insatisfação e desconforto ao homem em relação a sua imagem 3. A preocupação com a estética e o bem estar é de ambos os sexos, entretanto, os homens tem um pouco de dificuldade de procurar tratamento quando apresentam os primeiros sinais de queda 2. Na maioria dos casos não procuram averiguar as causas e os possíveis tratamentos para retardar esses sintomas e quando procuram por tratamento, podem estar em um quadro mais avançado da AAG, dificultando ainda mais o tratamento2. A AAG feminina, conhecida também como alopecia de padrão feminino é caracterizada pela perda de cabelos na região central da cabeça, em formato de linha1. Essa rarefação é ocasionada principalmente pela ação de hormônios androgênicos que inibem o crescimento capilar e acabam miniaturizando o tamanho do folículo piloso, produzindo assim pelos mais finos e com tempo de crescimento menor ou até mesmo acabam desativando o folículo piloso, parando de produzir novos fios1. Visando o tratamento da AAG, geralmente são utilizados recursos com ativos de uso dermatológico4. Dentre os ativos mais comumente utilizados estão os medicamentos contendo o Minoxidil e a Finasterida4. O mecanismo de ação do Minoxidil se dá pela vasodilatação periférica dos capilares sanguíneos, fazendo assim um aumento no aporte nutritivo do folículo piloso e consequente aumento da duração da fase anágena, contribuindo para o aumento da densidade capilar1. É preconizado em concentrações de 5% para homens e 2 a 5% para mulheres1. Porém essas substâncias apresentam risco de efeitos adversos, tais como: Aumento na ocorrência de prurido, irritação local e hipertricose facial podem ser observados com minoxidil a 5%1. A Finasterida age como um inibidor da 5α-redutase tipo 2, que reduz em dois terços a transformação de testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), seu uso pode ser feito por via oral ou por via tópica1. Como efeitos adversos, as mulheres que utilizam este medicamento podem apresentar aumento de volume e hipersensibilidade nas mamas, edema e erupções cutâneas1. Com intuito de reduzir os efeitos adversos promovidos pelo minoxidil e finasterida, buscam-se alternativas de tratamentos que possam promover resultados em 3 relação ao crescimento capilar com menores chances de desenvolvimentos desses efeitos adversos. O chá verde pode ser útil na prevenção ou no tratamento da alopecia androgenética inibindo seletivamente a atividade 5-alfa-redutase5. Um estudo mostrou que o crescimento do cabelo foi significativo, através da proliferação celular e efeito de anti-apoptotico no cabelo célula dérmica papila 5. Atualmente a indústria dos cosméticos buscar formas de atender a demanda por produtos naturais, cosméticos livre de sintéticos e mais seguros, com pequena probabilidade de reações adversas (efeitos colaterais) e isso aponta para oportunidade de novas tecnologias estarem surgindo 6. Porém faltam estudos que comprovem as ações dos ativos no tratamento da alopecia androgenética, logo, uma busca através de revisão sistemática da literatura poderá apresentar os benefícios do chá verde e verificar se ele é um potencial ativo para o tratamento de alopecia androgenética, justificando assim o atual estudo. A pesquisa apresenta como objetivo geral identificar a ação do chá verde no tratamento de alopecia androgenética masculina através de revisão sistemática da literatura. 2 ALOPECIA ANDROGENÉTICA E SEUS TRATAMENTOS 2.1 CICLO DE DESENVOLVIMENTO DO PELO Os folículos pilosos são originados durante o desenvolvimento fetal, os cabelos originam-se de uma estrutura denominada folículo piloso, que é formada entre o 2º a 5º mês de vida intra-uterina, o número de folículos pilosos é o mesmo em ambos os sexos e em qualquer raça 2. O que envolve mudanças na morfologia das células epiteliais dependentes de sinalizações entre epiderme e mesenquima subjacente 7. O desenvolvimento e a multiplicação das células do folículo não são contínuos, seguem um padrão cíclico, com alternância de fases de crescimento e repouso 1. Este ciclo está presente em todos os folículos pilosos humanos - pelos e cabelos 1. É na fase anágena em que o folículo produz hastes e após essa fase encontra-se a total destruição do segmento bulbar: fase catágena 8. A interrupção dos processos mitóticos da matriz e a perda da bainha externa do folículo por apoptose (morte programada das células) levam ao colapso da região bulbar 8. A porção superior do bulbo que escapou das 4 transformações degenerativas forma um saco epitelial que engloba o cabelo remanescente 8. É na fase catágena que perde-se um terço ou até metade do tamanho do folículo 8. Somente apapila e a matriz permanecem no próximo ciclo 8. A fase telógena é a fase de morte do cabelo, sem atividade onde o folículo torna-se uma estrutura de âncora para o desenvolvimento de um novo folículo, em um ciclo sucessivo 8. Na alopecia androgenética observa-se que as hastes dos pelos caem muito antes do início de uma nova fase anágena, ocorrendo um período de latência (fase quenógena) em que não há pelo no canal folicular 1. A fase exógena é precoce ou a telógena prolongada com anágena retardada, de tal forma que ocorre um grande período de latência. A ocorrência de dor, física ou psicológica, sempre esteve presente na vida do ser humano, e está cada vez mais crescente em nossos dias1. A haste do cabelo (parte visível), é formada de fora para dentro por três partes principais: medula, córtex e cutícula 9. ●Medula - a parte mais interna, que situa-se na parte central do fio 9. ● Cortex – camada em volta da medula, que ocupa a maior parte da área do cabelo e é formada por células mortas alongadas, responsáveis pela elasticidade e pela resistência do fio de cabelo, ricas em melanina, pigmento responsável pela cor que os cabelos apresentam 9. ● Cutícula - situa-se na parte mais externa do fio capilar e é formada por células ricas em queratina anucleadas e achatadas, que se encaixam umas nas outras, podendo formar de cinco a dez camadas de placas oferecendo maior proteção 9. 2. 2. ALOPECIA As alopecias são divididas em cicatriciais e não cicatriciais. As alopecias de ordem cicatricial apresentam como característica a irreversibilidade no crescimento dos cabelos, já nas alopecias não cicatriciais os folículos pilosos permanecem íntegros, sendo estes tipos de alopecias os passivos de tratamentos estéticos 10. As alopecias podem ser congênitas, androgênicas, total ou areata por tração 10. 5 2. 3. ALOPECIA ANDROGENÉTICA A alopecia androgenética (AAG) é apontada como a causa mais comum de miniaturização folicular que provoca um padrão de rarefação capilar não cicatricial, que embora atinja ambos os sexos, os homens são mais afetados 11. Apesar de ser condição benigna e tão comum, pode ter impacto psicossocial acentuado nos doentes e interferir na qualidade de vida 11. A AAG podem ocorrer de forma isolada ou conjugada, em ambos os sexos, e a velocidade de progressão e as variações onde os andrógenos parecem desencadear em folículos geneticamente determinados a transformação de folículos terminais, em folículos miniaturizado, existem outros intensificadores da queda capilar, mesmo sendo androgenética possuem outros fatores que podem agravar o problema, tais como a poluição, alimentação e um elevado grau de ansiedade, que são capazes de manter ou agravar as quedas capilares por aumentar o estresse 11. A alopecia androgenética envolve vários fatores de ordem genética hormonal, mas é caracterizada por ocorrer uma alteração nos folículos geneticamente propensos após a exposição aos andrógenos na puberdade 12. Consequentemente o folículo sofre ciclos de extensão decrescente, produzindo gradativamente pelos cada vez mais finos, curtos e despigmentados até que ocorra a mudança completa para velus 12. Os trabalhos iniciais sugeriram uma herança autossômica dominante; acreditava-se que um único gene transmitia total predisposição genética, autossômica dominante em homens e autossômica recessiva em mulheres 1. Traços hereditários determinados por um gene único problema ocorrem em uma frequência de cerca de 1 em 1000, muito menos que os 40% a 60% da AAG 1. 2. 3. 1. Epidemiologia da AAG Alopecia Androgenética acomete tanto mulheres como homens, sendo mais acometida nos homem 10. Este tipo de alopecia se dá devido à herança genética e pela ação dos andrógenos, principalmente a testosterona 10. A alopecia androgenética afeta de 50% a 80% dos homens caucasianos. Em geral, 30% dos homens têm alopecia androgenética após os 40 anos, 40% após os 50 anos, e assim por diante, até 80% serem afetados quando têm 80 anos ou mais 10. 6 A alopecia androgenética é influenciada pela genética e pelos hormônios androgênicos (masculinos) 10. Ainda não se sabe o número de genes e quais deles estão envolvidos no processo, porém é descoberto que quanto maior a tendência familiar, maior a chance de a calvície ser intensa e precoce 10. Tanto os genes do lado paterno quanto do materno têm importante influência no desenvolvimento dessa alteração 10. No homem a alopecia se manifesta com a presença do hormônio masculino, a testosterona (T) 12. É o andrógeno de maior concentração, dentre suas várias transformações, a sua conversão para diidrotestosterona é importante para entender o processo da AAG 12. A enzima citoplasmática chamada 5-alfa-redutase converte a testosterona em diidrotestoterona, a DHT que provoca a redução progressiva dos folículos pilosos geneticamente suscetíveis encurtamento sua fase de crescimento 12. Após a administração da testosterona, a calvície desenvolve-se naqueles que são geneticamente predispostos 1. O receptor de androgênio é necessário para o desenvolvimento de caracteres masculinos e, durante a vida adulta, age no funcionamento de órgãos como o sistema reprodutor, testículos, músculos, fígado, pele, sistema nervoso e sistema imune 1. Nos homens os andrógenos parecem desencadear em folículos geneticamente determinados a transformação de folículos terminais em folículos miniaturizados 9. Esse processo de miniaturização, em que os cabelos ficam mais curtos, mais finos e mais claros, ocorre devido a ciclos consecutivos da anagênese cada vez mais curtos, com aumento da proporção dos folículos em telogênese 9. Portanto, a diminuição da cobertura do couro cabeludo não se deve à destruição de folículos pilosos, mas sim ao referido processo de miniaturização 9. A AAG masculina inicia-se comumente após a puberdade com diminuição simétrica começando pela região temporal, evoluindo com acometimento do vértex 13. Segundo a escala Norwood-Hamilton existe até sete graus ou níveis de calvície, que vão desde a perda mínima de cabelo (tipo I) até ao grau mais grave (tipo VII), caracterizado por uma maior perda de cabelo, situação em que existe uma única tira de cabelo em forma de ferradura (de orelha a orelha) na parte posterior da cabeça 11. Para a mulher, esse problema deve ser enfrentado como uma patologia que pode ser tratada, e ser encarada com bastante atenção por especialista, pois, além de ser um problema médico e estético, pode gerar problemas psicológicos 2-16. A AAG feminina pode desenvolver em qualquer momento após a puberdade, embora seja mais comumente verificada em dois picos etários: entre os 20 e 40 anos, e na perimenopausa 9 . É uma 7 condição genética comum, causada por um gene único, autossômico dominante com penetrância reduzida no sexo feminino. Pode estar associada ou não às endocrinoplatias androgênicas 9. Em mulheres adultas é representada uma alteração em relação ao padrão de cabelo pré-puberal, a alteração máxima ocorre após a menopausa, quando as concentrações de estrogênios aumenta e existe um ambiente mais “androgênico’’ 9. Filippo (2004) em seus estudos ressalta que um indivíduo com fator genético para calvície apresenta no folículo piloso a 5-alfa-redutase tipo II, uma enzima que transforma a testosterona e diidrotestosterona (DHT) e estes, através dos receptores específicos androgênicos situados na membrana nuclear, penetra no interior do núcleo e altera o DNA 9. O RNA mensageiro, desta forma, modifica a síntese de proteínas nas células matriz, levando às alterações no metabolismo do folículo piloso, podendo levar tanto ao hisurtismo, como a alopecia androgenética feminina 9. 2. 4. GRAU DA CALVÍCIE – ESCALA DE NORWOOD – HAMILTON No ano de 1951 o Dr. James Hamilton apresentou sua criação 10. Apresentou as 6 conclusões de um estudoque visava investigar um grupo alargado de homens, mulheres e crianças 10. Um quarto de século depois, já nos anos 70, o Dr. O’Tar Norwood completou o trabalho realizado pelo seu colega, adicionando algumas modificações no modelo original. Adicionando por exemplo mais quatro graus aos que foram definidos por Hamilton 10. Segundo a escala Norwood-Hamilton existe até sete graus ou níveis de calvície, que vão desde a perda mínima de cabelo (tipo I) até ao grau mais grave (tipo VII), caracterizado por uma situação em que existe uma única tira de cabelo em forma de ferradura (de orelha a orelha) na parte posterior da cabeça 10. Entre estes dois extremos vão ocorrendo diferentes tipos de calvície: 1 Norwood Escala de Hamilton - Fase 1 Figura 1- Classificação de Hamilton Norwwood Fonte: Hishairclinic, 2013 10. 8 Perda mínima do cabelo, portanto, não há necessidade de tratamento. 10. 2 Norwood Escala de Hamilton - Fase 2 Figura 2- Classificação de Hamilton Norwwood Fonte: Hishairclinic, 2013 10. O cabelo começa a cair com mais frequência e pode tornar-se menos denso na parte frontal central do couro cabeludo 10. Neste caso, os sinais iniciais da calvície estão se tornando evidentes 10. 3 Norwood Escala de Hamilton - Fase 3 Figura 3- Classificação de Hamilton Norwwood Fonte: Hishairclinic, 2013 10. 9 Representa o menor grau de perda de cabelo considerado suficiente para ser chamado de calvície, de acordo com Norwood. A perda de cabelo é, principalmente, a partir do vértice com a recessão limitada do couro cabeludo temporal, frontal 10. 4 Norwood Escala de Hamilton - Etapa 4 Figura 4- Classificação de Hamilton Norwwood Fonte: Hishairclinic, 2013 10. A perda capilar em áreas temporais da frente é mais grave do que a fase 3 10. Há uma considerável falta de cabelo na coroa 10. Surge uma faixa de cabelo moderadamente densa que se estende separando as duas áreas de perda de cabelo entre temporal, frontal e coroa 10. 5 Norwood Escala de Hamilton - Fase 5 Figura 5- Classificação de Hamilton Norwwood 10 Fonte: Hishairclinic, 2013 10. A perda de cabelo na região do vértice ainda é separada da região temporal da frente. 10. A faixa de cabelo que se estende através da coroa é visivelmente mais estreita e mais fina 10. A perda no vértice e regiões temporais da frente são maiores 10. 6 Norwood Escala de Hamilton - Fase 6 Figura 6- Classificação de Hamilton Norwwood Fonte: Hishairclinic, 2013 10. A ponte de cabelo que, uma vez atravessada a coroa está, agora, perdida com apenas pouco cabelo restante 10. As regiões temporal e vértice da frente estão agora unidas em uma área 10. A perda de cabelo nas laterais ampliou ainda mais 10. 7 Norwood Escala de Hamilton - Fase 7 Figura 7- Classificação de Hamilton Norwwood Fonte: Hishairclinic, 2013 10. Esta é a forma mais avançada ou grave de perda de cabelo 10. Apenas uma estreita faixa de cabelo em forma de ferradura sobrevive nas laterais e posterior do couro cabeludo 10. Este cabelo pode ser fino e menos denso do que antes 10. Na nuca o cabelo é 11 escasso com um semicírculo sobre ambas as orelhas 10. Formando assim a chamada forma de “Ferradura”. O intuito do tratamento da alopecia é aumentar a cobertura de cabelo do couro cabeludo ou retardar a progressão do rareamento dos cabelos ou ambas 10. Cada vez mais novos aparelhos, produtos cosméticos e farmacêuticos são lançados em busca da resolução desse problema 10. Para fazer tratamento das afecções capilares é necessário fazer avaliação das alterações do couro cabeludo e da haste capilar, que deve ser feita durante realização da ficha de anamnese, assim o profissional pode analisar quais alterações se fazem presentes, quais as possíveis causas da queda, e assim orientar da melhor forma possível o tratamento mais indicado e quais cosméticos utilizar 2. Atualmente, para a resolução desta patologia homens e mulheres procuram a realização de procedimentos com Laser, microagulhamento e ativos cosméticos, os quais serão detalhados a seguir. 2. 5. TRATAMENTOS 2. 5. 1. Tratamentos médicos utilizados para AAG A terapia capilar consiste na técnica de avaliação das alterações do couro cabeludo e da haste capilar e no tratamento das afecções que acometem tanto a haste capilar como o couro cabeludo com produtos cosméticos e aparelhos 6. cada tipo de alopecia possui características próprias, necessitando de um diagnósticos clinico para avaliação de causas que desencadeiam o problema, com o objetivo de tratar o foco do problema utilizando um tratamento adequado 6. O especialista deve fazer a avaliação personalizada do cliente, deve conter tendo documento de avaliação a Ficha de Avaliação e Anamnese que é uma ficha onde se colhe as informações a respeito do cliente, neste documento constam os dados pessoais, hábitos de vida, antecedentes pessoais, antecedentes cirúrgicos e outras informações relacionadas ao estado de saúde do cliente, motivo da visita, a fim de analisar quais alterações se fazem presentes e quais as possíveis causas para conseguir um resultado satisfatório e chegar na resolução dessa patologia 6. Quanto mais recente após os primeiros sintomas for feito o diagnóstico e o início do tratamento, melhores os resultados obtidos 14. 12 2.5.2 Laser de baixa potência Laser de baixa potência seu principal mecanismo de ação é processo de fotoestimulação ou fotobioestimulação, consiste na exposição do couro cabeludo à energia luminosa capaz de alterar biomoléculas através de reações fotoquímicas, agindo diretamente sobre a matriz capilar 15. Sendo monocromático: tem uma só cor; emite onda eletromagnética de um único comprimento de onda, ou seja, uma cor específica para cada tipo de laser 16. Coerência: a fase relativa entre as ondas de luz se mantém; o termo é usado para exprimir o grau de monocrômica e colimação 16. No tratamento de alopécia a Laser terapia vem sendo utilizada como tratamento alternativo com a finalidade de prevenir a queda capilar, bem como sua prevenção e também para estimular o crescimento de cabelo na alopécia androgenética masculina e feminina 16. Entre os efeitos bioestimulantes mediados pelo laser de baixa potência no processo de reparo tecidual, destacam-se: a indução da atividade mitótica das células epiteliais e dos fibroblastos; o incentivo à produção de colágeno por estas últimas células; a inibição secretória de alguns mediadores químicos; a modificação da densidade capilar e o estímulo à microcirculação local 17. Assim no tratamento da alopécia o laser tem resultados satisfatórios quando iniciado o tratamento até a fase intermediária de seu aparecimento 16. 2.5.3. Microagulhamento O microagulhamento tem influência da Acupuntura, que faz parte da Medicina Oriental Chinesa 7. A técnica consiste em deslizar o rolo nos sentidos vertical, horizontal e diagonal na média de 10 a 15 vezes em cada sentido, com uma pressão moderada, provocando escoriações na pele 18. O procedimento dura de 15 a 20 minutos, de acordo com a dimensão da área a ser tratada 10. O microagulhamento é uma técnica utilizada em procedimentos estéticos, constituindo-se no estímulo mecânico gerado pelo rolamento de um cilindro (roller) contendo de 120 a 540 microagulhas que gera centenas de micro canais na pele, aumentando-lhe a permeabilidade cutânea e estimulando os fibroblastos a produzirem mais colágeno para restaurar o tecido conjuntivo 11 13 O procedimento de microagulhamento possui muitas vantagens, tais como a estimulação de colágeno sem promover um efeito ablativo na pele, ou seja, sem remover a epiderme 7. A cicatrização acontece em um período mais curto e a chance de efeitos colaterais é reduzida em comparação ao de outras técnicas ablativas, comopeelings médios e profundos 7. A pele fica mais resistente e espessa, o que não ocorre em outras técnicas ablativas, onde o tecido sensível resultante está mais sujeito a hiperpigmentação pós-inflamatória, fotossensibilidade, cicatrizes hipertróficas, eritema persistente e discromias 7. Os efeitos negativos ou riscos provenientes do microagulhamento são a dor; a reativação do herpes simples; impetigo; dermatite de contato alérgica ao material usado nas agulhas; exposição ao sangramento; equipamento com agulhas de baixa qualidade após o processo de rolagem resulta frequentemente em defeitos nas pontas das agulhas, que traz danos ao tecido; hemorragia com cicatrizes hipertróficas ou hiperpigmentação pós-inflamatória 7. O microagulhamento é contraindicado em indivíduos que tenham as seguintes condições: acne ativa; herpes labial; doenças crônicas de pele, como eczema e psoríase; transtornos de coagulação sanguínea ou que faça uso de qualquer terapia anticoagulante, por exemplo, com a varfarina e heparina, pois pode causar hemorragia 32 descontrolada; rosácea; sinais de caráter maligno, verrugas e queratose actínica, visto que as agulhas podem disseminar as células anormais por implantação; pacientes que tomem aspirina, devem parar por pelo menos 3 dias antes do procedimento 7. O microagulhamento é um tratamento que pretende melhorar visivelmente o crescimento capilar 7. Consiste na aplicação de microagulhas no couro cabeludo, resultando no aumento da disponibilidade de nutrientes, estimula a vasodilatação e oxigenação folicular, estimula a vascularização e nutrição do folículo, aumenta a permeação de ativos específicos devido aos canais criados 10. 2.5.4. Ativos cosméticos Os ativos utilizados em produtos cosméticos para alopecia, destinam-se a auxiliar na redução da queda de cabelo, podendo atuar através de mecanismos diferentes e desta forma, contribui positivamente na melhora do quadro, Porém fazem-se necessário a avaliação clínica para identificar a causa do transtorno 10. 14 Hidratação dos cabelos Sericina, proteína que compõe a fibra da seda, tem ação conjuta com a queratina, onde as nanopartículas catiônicas de sericina devolve a massa perdida aos fios, reduzindo o volume, alisando progressivamente e hidratando profundamente os cabelos 19. Em estudos recentes da tricologia, vem sendo possível utilizar extratos de plantas naturais com resultados estéticos similares, ou até melhores, aos obtidos com medicamentos sintéticos 3. Esses extratos, bloqueadores de DHT, apresentam muitas vezes até efeitos adversos nulos 3. Exemplos são o extrato de palmeira serenoa repens, o saw palmetto, extrato de ho-show-wu (além de bloqueador do DHT, também apresenta ação antimicrobiana) e a soja 3. Minoxidil: Derivado da piperidinopirimidina e utilizado como vasodilatador de uso oral na hipertensão arterial sistêmica, atuando através do relaxamento da musculatura lisa arteriolar, diminuindo a resistência vascular periférica 3. Este efeito é consequente à abertura dos canais de cálcio nas membranas musculares lisas pelo sulfato de minoxidil 3. Seus efeitos colaterais mais comuns são cefaléia, sudorese e hipertricose 3. No tratamento da alopecia androgenética em adultos somente seu uso tópico é recomendado, pois não há comprovação do efeito vasodilatador na melhora do tratamento 3. Estudos demonstraram que o uso tópico do minoxidil aumenta a vida dos ceratinócitos, através da melhora do agrupamento de cisteína e glicina no folículo piloso e, na papila dérmica, leva ao acúmulo de cisteína na zona de ceratogênese3. Finasterida: é um inibidor da 5-alfa-redutase do tipo 2, impedindo a conversão periférica da testosterona em diidrotestosterona (DHT) e, consequentemente, diminuindo a ação androgênica, que afeta a distribuição masculina de cabelos 3. Os folículos capilares possuem 5-alfa-redutase do tipo 2 e homens com deficiência desta enzima não apresentam alopecia androgenética 3. A dose de 5 miligramas de finasterida é usada principalmente em hiperplasias prostáticas, indicando-se a dose 1 miligrama diária para tratamento da alopecia em homens 3. A finasterida demonstrou diminuir a progressão da alopecia androgênica nos homens tratados e, em muitos pacientes, estimula um novo crescimento 3. Os efeitos colaterais mais comuns da finasterida são a diminuição da libido e a disfunção erétil. Porém, cessado o tratamento, a maioria dos efeitos colaterais desaparecem 3. Chá verde: possui propriedades terapêuticas; é estimulante, previna alguns tipos de câncer, ajuda a prevenir doenças cardíacas, tem ação anti-flamátoria e regenera a pele 20. Para uso cosmético suas principais aplicações são: antioxidante combatendo radicais livres, responsável pelo envelhecimento precoce, melhora o sistema de defesa 15 das células da pele contra os raios ultravioletas do tipo B, diminuindo os riscos de câncer de pele, adstringente, promovendo a limpeza e equilíbrio de pele e cabelos oleosos; regenerador, embelezando a pele e cabelos; melhora a circulação sanguínea; eficaz no tratamento de olheiras 20. Alguns estudos recente tem mostrado o ativo no chá verde pode ser útil na prevenção ou no tratamento da alopecia androgenética inibindo seletivamente a atividade 5-alfa-redutase5. Mostrou que o crescimento do cabelo foi significativo, através da proliferação celular e efeito de anti-apoptotico no cabelo célula dérmica papila 5. Atualmente a indústria dos cosméticos buscar formas de atender a demanda por produtos naturais, cosméticos livre de sintéticos e mais seguros, com pequena probabilidade de reações adversas (efeitos colaterais) e isso aponta para oportunidade de novas tecnologias estarem surgindo 6. 3 METODOLOGIA Realizou-se uma revisão de literatura sobre o uso de chá verde para o crescimento capilar. A busca virtual foi realizada nas bases de dados Google Acadêmico, PubMed e Capes. Como palavras chave para a busca dos artigos foram utilizadas ''hair", "androgenetic alopecia", "chá verde"', “Epigalocatquina galato 3”. As pesquisas foram realizadas em junho de 2019, no momento da pesquisa foi apenas selecionados os artigos sobre chá verde, nos idiomas português, inglês ou espanhol. Os estudos que foram considerados proveitosos deveriam atender as seguintes exigências: 1) ensaios clínicos; 2) se enquadrassem no tema pesquisado; 3) publicados em português, inglês ou espanhol. Os critérios de exclusão foram: artigos de revisão da literatura, artigos que não tinham o texto completo disponível e estudos que fugiam do tema proposto por esta revisão. Foi realizada inicialmente a leitura dos títulos, salvando no Excel com o nome do autor e a data em que foi realizado, após foi feito a leitura dos resumos dos artigos para verificar se atendiam aos critérios de inclusão definidos e/ou se apresentavam algum critério de exclusão. Duas estudantes selecionaram os artigos pelo título e resumo. Quando as informações obtidas no resumo eram insuficientes, os artigos foram lidos na íntegra para verificar se encaixavam-se nos critérios de inclusão. Todos os artigos incluídos foram armazenados em uma pasta e realizada uma cópia do arquivo com texto completo. 16 Os estudos que restaram na pesquisa foram utilizados para análise qualitativa e discutidos de acordo com a literatura vigente. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram encontrados 16 artigos no Google Acadêmico e 23 Pubmed, totalizando 40 artigos, dos quais 38 foram considerados exclusão por não utilizarem chá verde ou princípio ativo com epigalocatequina galato 3, na pesquisa. Restaram 2 artigos para a atual pesquisa, sendo um com aplicação tópica de um tônico e outro com suplementação via oral. Artigo 1: Amin, et al, 2014: Green tea (camellia Sinensis, L.) ethanolic extract as hair tonic in nutraceutical: physical stability, hair growth activity on rats, and safetytest21. Artigo 2: Esfandiari, Kelly, 2005: The Effects of Tea Polyphenolic Compounds on Hair Loss among Rodents.22. O chá verde (Camellia sinensis, L.) é também conhecido popularmente como banchá ou chá-da- India, possui em sua composição quantidade significativa de cafeína, que apresenta ação de estimulador de circulação saguínea, além disso, tem sido bem conhecido em seu uso diário como alimento, e como nutracêutica21. utilizando o seu efeito farmacológico de antioxidante, até anticancerígeno21. Notavelmente, ao contrário de seu uso comum, o chá verde através de uso tópico também mostrou ser potencial para sua atividade de crescimento do cabelo21. O mecanismo de ação do chá verde no crescimento capilar se dá através do estimulo da proliferação celular e o efeito anti-apoptose na célula da papila dérmica. No estudo havia dois grupos. Grupo A: recebeu extrato de polifenol do chá verde e o Grupo B: recebeu água pura. Como base, 50% da fração de extrato de polifenol do chá verde, administrada por via oral em ratos negros que apresentavam queda de cabelo espontânea, resultaram em 33% dos ratos um crescimento significativo de pelos em seis meses22. Entretanto 8% do grupo de controle apresentou perda progressiva 22. Os ratos foram separados individualmente, com isso após análise foi constatado que os ratos do grupo de controle havia níveis elevados de estresse, sendo assim um agravante ao problema 22. Estresse inibe o crescimento 22. Isto mostrou como o chá verde possui potencial de desenvolvimento como um realçador do crescimento do cabelo 22. 17 Os dados sugerem que o EGCG estimula o crescimento do cabelo humano através de seus efeitos proliferativos e antiapoptóticos em DPCs, e pode prolongar o estágio anágeno, assim, os efeitos do EGCG em diferentes tipos de células do folículo piloso e a base molecular para a promoção do crescimento capilar ainda não são claros e requerem investigação adicional 5. Mesmo em menor concentração, ou seja, Formula 1 com extrato etanoico de cha verde (GTE) 2,5%, indicam promoção de crescimento capilar equivalente atividade comparando com maior concentração (Formula 2, 5,0%; Formula 3, 7,5%). Toda a fórmula é segura de usar e não irrita a pele 21. Para concluir, a GTE demonstrou essa potencial atividade de crescimento capilar que é comparável ao minoxidil como droga sintética 21. Obtivendo um melhor estabilidade em temperaturas ambiente e altas, não sendo indicado armazenamento em baixas temperaturas 21. Verificou-se que as atividades antioxidantes e sequestradoras de radicais livres das amostras de chá preto e verde eram elevadas e comparáveis. Os extratos liofilizados de chá preto e verde tem forte absorção de UV23. O EGCG pode desempenhar um papel protector dos danos na pele induzidos por UVB24. Apesar de ter um efeito antiproliferativo na ausência de UVA, o EGCG também serviu para proteger contra os efeitos citotóxicos da radiação UVA 25. O EGCG tem capacidade de modificar parâmetros diretamente relevantes para o processo carcinogênico na pele 25. O chá verde além de ter suas propriedades favoráveis ao crescimento capilar também tem ação antifúngica ajuda a tratar micoses no couro cabeludo, intensificadoras da alopecia, que mesmo sendo androgenética possuem outros fatores, tais como a poluição, alimentação e um elevado grau de ansiedade, que são capazes de manter ou agravar as quedas capilares por aumentar o estresse 2,3. O chá verde é considerado atualmente um aliado da saúde por ser rico em flavonóides - substâncias antioxidantes que ajudam a neutralizar os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento celular precoce26. As principais atividades farmacológicas atribuídas ao chá verde, tem sido a ação anti-radicais livres e angioprotetora, devido aos derivados flavônicos; antimutagênica e antitumoral, pela presença de compostos fenólicos. Ele apresenta em sua composição também quantidade considerável de cafeína, ativo já utilizado no tratamento de quedas capilares26. O chá verde é uma bebida popular em todo o mundo, e acredita-se que seus potenciais efeitos benéficos, como propriedades anticancerígenas e antioxidantes, sejam 18 mediados por epigalocatequina-3-galato (EGCG), um dos principais constituintes dos polifenóis5. Recentemente, foi relatado que o EGCG pode ser útil na prevenção ou tratamento da alopecia androgenética, inibindo seletivamente a atividade da 5-α-redutase, entanto, nenhum relatório foi publicado até o momento sobre o efeito do EGCG no crescimento do cabelo humano5. O EGCG estimula o cabelo humano ao crescimento através destes efeitos proliferativos e anti-apoptótico. Seu desempenho é melhor que o do minoxidil sendo também levado em consideração que não apresenta efeitos colaterais que a droga sintética apresenta com o hirsutíssimo (Aumento de pelo na face), o aumento na descamação do couro cabeludo e ressecamento pois tem em sua composição outros flavonoides que tem ação antioxidante. Por meio desta ação não agride tanto o couro cabelo, podendo até melhor a hidratação. Outra ação importante do EGCG é a proteção aos raios UV. Experimentos in vivo demonstram efeito fotoprotetor do chá verde à radiação ultravioleta por diminuir os danos do DNA quando comparados a exames realizados antes da ingestão do chá 25. Com o passar do tempo e o aumento da calvície o couro cabelo consequentemente vai ficando mais exposto a radiação solar e aos radicais livres. Sendo assim importe o uso do chá verde para a proteção da pele e do couro cabelo, pois já existem estudos com ótimos resultados em comprovação da eficácia, sendo um candidato promissor no combate aos efeitos nocivos da radiação UV. Pode-se observar nos estudos que a EGCG tem capacidade em modificar parâmetros diretamente relevantes para o processo carcinogênico na pele. 5 CONCLUSÃO Concluiu-se com este estudo que o chá verde ou EGCG além de ser consumido como alimento, possui poder de auxiliar no crescimento capilar no tratamento de Alopecia Androgenética, sendo considerado com resultados mais satisfatório que o minoxidil em alguns aspectos em variáveis concentrações. Sua ação vai além do crescimento capilar, ajudando também na inibição dos raios UV na pele ou couro cabeludo por sua ação antioxidante. Seu uso é seguro e até o presente estudo não demonstra nenhum risco a saúde. O estilo de vida e os hábitos alimentares também influenciam no crescimento capilar. 19 Entretanto apesar as suas propriedades satisfatórias a pouco estudos aprofundados sobre seus benefícios, sugere-se que outros estudos e testes sejam feitos com o intuito de poder ter uma avaliação mais autentica sobre a eficácia do chá verde e até sua associação com outras terapias para comprovação de resultados melhores, mais eficazes e menos invasivos. Por tratar-se de um extrato amplamente acessível e de baixo custo, torna-se viável o seu consumo e seu estudo. TREATMENT OF MALE ANDROGENETIC ALOPECIA (AAG) WITH GREEN TEA EXTRACT (Camellia sinensis) WITH EMPHASIS ON THE ACTIVE EPIGALOCATEQUINA GALATE 3 Abstract: Male androgenetic alopecia is characterized by hair loss due to hormonal changes or genetic predispositions. The present study aims to associate techniques in the treatment of male pattern androgenetic alopecia (AAG). Increasingly the use of natural cosmetic assets has been used to reduce the adverse effects of more aggressive treatments. The use of green tea has been studied for the treatment of hair problems due to its antiseptic and antioxidant characteristics. Objective: The objective of the study was to identify the action of green tea in the treatment of male androgenetic alopecia. Methodology: The study is characterized as a systematic review of the literature with a qualitative approach. Academic, Scielo and Pubmed sites were used as a search source. Results: Theresults show that green tea shows activity of capillary growth stimulus, bactericidal effect, antioxidant and sun protection UVA and UVA, showing to be an active with potential for the treatment of androgenetic alopecia. Even in small concentrations showed greater potential hair growth activity than minoxidil as synthetic drug with fewer adverse reactions. Keywords: Male pattern alopecia. Androgenetic Alopecia. Green tea. Epigallocatechin gallate 3. REFERÊNCIAS 1. Mulinari-Brenner F, Soares IF. Alopecia androgenética masculina: uma atualização. Vol. 18, Revista Ciências Médicas. 2009. 153-161 p. 2. Junior ademir carvalho leite. Como Vencer A Queda Capilar - Soluções Para Você Obter Melhores Resultados No Tratamento da Queda de Cabelos. 2012. 174 p. 3. Filho CBM. Alopécia androgenética masculina: revisão e atualização em 20 tratamentos. Tese Med. 2011;5. 4. Nogueira ES, Pereira LP, Bacelar I. Tratamentos para Alopecia Androgenética e Alopecia Areata: Microagulhamento, Laser de Baixa Intensidade e Fatores de Crescimento. Revista Saúde em Foco. 2018;620–31. 5. Kwon OS, Han JH, Yoo HG, Chung JH, Cho KH, Eun HC, et al. Human hair growth enhancement in vitro by green tea epigallocatechin-3-gallate (EGCG). Phytomedicine. 2007;14(7–8):551–5. 6. RAMOS ACDSIG. ALTERAÇÕES CAPILARES: Uma revisão da literatura sobre as afecções que acometem a haste capilar e o couro cabeludo. 2013;55–60. 7. Costa AFR da. 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