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INTRODUÇAO A ESTÉTICA

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INTRODUÇAO A ESTÉTICA
1
História e evolução da estética
· A palavra estética (aisthêsis em grego) é usada desde os anos 1700, com um conceito filosófico, significando a percepção do que sentimos. Esse sentimento vem construir e desconstruir conceitos do belo junto às pessoas.
Podemos citar alguns filósofos que estudaram racionalmente o belo e o sentimento que esse gera no homem, dessa forma associando a estética a arte, são eles: Sócrates, Platão, Aristóteles, Georg Hegel, Alexander Baumgarten, entre outros.
· Pensando na estética como beleza, avançamos na História para o Egito. Você deve conhecer a bela imagem da rainha Cleópatra, que fazia uso de poções para realçar sua beleza, como banhos de leite de jumenta, cera de abelha com azeite de oliva para hidratar a pele, óleo de pétalas de rosas como afrodisíaco para suas conquistas, aumentando assim sua autoestima e deixando-a cada vez mais poderosa. Algumas dessas poções e seus registros em papiros, foram encontradas na tumba ao lado do corpo de Cleópatra.
· Na Idade Média, identificamos um período de represálias da Igreja católica contra a estética, proibindo tudo que estava relacionado ao belo. A Igreja acreditava que a vaidade era oriunda de forças do mal. Assim, o uso de vaidade para deixar a pele clara ou qualquer adereço que fizesse alusão à estética, levaria a mulher à fogueira ou à forca.
· Com a Revolução Industrial, surgiram as fábricas e a emancipação feminina. A mulher começou a trabalhar e aumentou o consumo estético. As fábricas voltadas para beleza ganharam lugar no mercado financeiro. Os cosméticos evoluíram e, gradativamente, mostraram sua força no mercado estético, sendo destaque até os dias atuais.
A cosmetologia cresceu em larga escala. Hoje temos muitos tipos de cosméticos, para diferentes sexos, diversas idades, disfunções faciais, corporais, capilares, embelezamento e muito mais. No mercado financeiro, pode-se dizer que é um setor que dificilmente entra em crise.
Os padrões de beleza são marcas do tempo impostas pela sociedade, cultura e economia. Esses padrões vêm evoluindo com o passar dos anos. E cada vez, estão mais enraizados na nossa cultura. Já tivemos diversos padrões de beleza: as gordinhas com celulite expostas, a magreza das top models, padrões com moldes de perfeição e outros impostos pelo mercado estético e pela sociedade.
O mercado das cirurgias plásticas estéticas e corretivas passou a atingir números maiores em busca do corpo perfeito e o rosto cada vez mais jovem e bonito. O Brasil é um dos países com maior número de intervenções do gênero, e é também considerado referência mundial na área. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) mostram que são realizadas cerca de 700 mil cirurgias anualmente no país, e dessas 73% são de ordem estética.
Nos dias atuais, o indivíduo independentemente de gênero, busca o seu bem-estar, não só na qualidade de vida mas como citado anteriormente em padrões impostos pela beleza e sociedade.
Vejamos alguns exemplos:
Os homens que se cuidam são estereotipados como metrossexuais.
As mulheres querem ter as sobrancelhas de Sandy, a boca de Angelina Jolie, o corpo de Gisele Bundchen e outros estereótipos impostos pelas mídias.
As pessoas têm a liberdade de procurar o que melhor se adequa em relação à estética, sem se violentar para seguir padrões. Há modelos plus size, que são belas.
Precisamos usar o senso crítico, e nos perguntar:
Será que tenho que mudar pela estética?
A beleza é subjetiva e conceitual.
A utilização da estética deve ser com limites éticos da moral e da área de saúde, visando um bem estar na melhoria da autoestima.
Atividade
1 - Associe as palavras às suas referências.
Sócrates 1 Cleópatra 2 Igreja católica 3 Revolução Industrial 4 Gisele Bundchen 5
a) Novas formas corporais, incrementando o sonho do corpo perfeito.
12345
b) A estética com embasamento filosófico na arte.
12345
c) O desenvolvimento tecnológico de cosméticos e aparelhos.
12345
d) A Deusa da Beleza no Egito, usava a estética a seu favor.
12345
e) Represália da beleza, pois a vaidade é oriunda do mal.
12345
Gabarito
A estética como profissão
A procura crescente pela demanda na área da medicina estética resulta no aumento de outras áreas no setor da beleza. Isso pode ser verificado pela expansão do número de salões e clínicas de beleza e de estética e do desenvolvimento da indústria de cosméticos. Com esse crescimento, surge também uma preocupação com a inovação profissional e tecnológica.
Na História, evidenciamos que a estética era baseada no empirismo.
Hoje, você não tem dúvidas de que essa época ficou no passado, pois a estética dos dias atuais tem base científica.
A academia identificou uma necessidade de criar cursos superiores de estética para o aperfeiçoamento das habilidades práticas e o domínio de ciências e técnicas específicas na gestão de serviços de beleza e estética, considerando tratar-se de um campo profissional em expansão, porém com profissionais carentes de formação técnico-científica.
O Curso Superior de Estética e Cosmética pretende preparar o futuro profissional para as crescentes e importantes mudanças, com a alta tecnologia investida na indústria da beleza, exigindo a necessidade de aprendizagem contínua, para melhor competição no mercado de trabalho.
Quem é esse profissional?
É o esteticista, que é um profissional especializado em beleza e bem-estar. Ele atua no tratamento e embelezamento corporal, facial e capilar. Esse profissional atua em centros de estética, salões de beleza, SPAs, clínicas e hospitais auxiliando nutricionistas, dermatologistas, fisioterapeutas e cirurgiões.

Esteticista | Fonte: ivan_kislitsin / Shutterstock
As empresas do ramo entendem que um profissional com formação sólida e comprometida com as necessidades básicas do ser humano e que esteja de acordo com as exigências das empresas do setor e com o desenvolvimento econômico, cultural, social, científico e tecnológico do país, é de essencial valor na área da beleza.
O setor da beleza é o que mais cresce no país!
Diversidade, heterogeneidade e multiplicidade são palavras que podem sintetizar o mercado de trabalho atual. A implantação do Curso Superior de Estética e Cosmética justifica-se por:
1
Número de empresas na área da beleza de diversos portes estruturais.
2
Crescente necessidade de mais profissionais com formação superior.
3
Perspectiva de qualificação da mão de obra no mercado de trabalho.
Formar profissionais que atendam às mudanças de paradigmas na estética é um desafio que a academia se propõe. Sem desconsiderar as necessidades mais imediatas do mercado de trabalho, a preocupação básica na formação em estética e cosmética vai além da qualificação técnica, visando à apropriação e construção de um referencial teórico-prático consistente, que propicie ao futuro profissional uma atuação competente e responsável na estética, independentemente do porte da organização em que esteja inserido.
As áreas de atuação da estética
A estética de hoje visa à melhoria da autoestima, trabalhando o indivíduo como sendo um todo. Para isso, utiliza-se de conhecimentos básicos da área de saúde como:
1
Anatomia
2
Citologia
3
Histologia
1
Química
2
Fisiologia
3
Dermatologia
1
Patologia
2
Microbiologia e imunologia
3
Biossegurança
Esses conhecimentos básicos são aplicados nas áreas de atendimento específicas como:
Facial com suas disfunções (acne, rugas e outras).
Corporal e disfunções (fibro edema gelóide, flacidez tissular e muscular e outras).
Capilar (com as terapias e os embelezamentos).
Complementares (depilação, unhas, maquiagens e inovações).
Terapias holísticas (massagens, técnicas orientais e outras).
Saiba mais
Os conhecimentos de estética também são associados a técnicas manuais, eletroestética e a cosmetologia.
A legislação estética
Durante muito tempo, a estética foi vista como empírica e uma profissão que era passada de pais para filhos, envolvendo apenas as áreas de embelezamento.
Com a evolução dos tempos e a transformação da área, com uma abordagem científicae estruturada em bases da saúde, visa não somente ao embelezamento, mas também à saúde e ao bem-estar.

Tratamento estético | Fonte: 
Segundo Vigarelo (2006), a ciência renovou a estética e a beleza passou a ser construída pela técnica e pelos materiais. As pesquisas se multiplicaram, a revolução da cosmetologia alavanca a descoberta de novos produtos e a maquiagem torna-se objeto fundamental do uso cotidiano.
O profissional esteticista que tinha apenas um conhecimento prático, agora não se limita apenas a cursos de extensão, mas também cursos de graduação e pós-graduação lato sensu e stricto senso. Essa profissionalização transforma a estética dos dias atuais. Hoje temos a prática embasada pelas ciências da saúde.
Desse modo, foi necessária a criação de uma nova lei, embasada na ética profissional, delimitando a profissão e protegendo o profissional esteticista e o cliente.
Vejamos a lei que regulamenta essa profissão:
..............................
Lei nº 13.646 de 3 de abril de 2018
Regulamenta o exercício das profissões de esteticista, que compreende o esteticista e cosmetólogo, e de técnico em estética e os enquadra profissionalmente como agentes de saúde. Essa lei não compreende atividades em estética médica.
A lei apresenta as competências e atribuições do profissional esteticista, as normas relativas à biossegurança e à legislação sanitária que o profissional deve seguir em seus espaços e atendimentos.
Saiba mais
A lei anterior em vigor era a nº 12.592, de 2012, que regulamentava as profissões de esteticista, cabeleireiro, manicure, pedicure, maquiador e barbeiro, considerando-as pertencentes ao mesmo ramo. Entretanto, a classe de esteticistas e cosmetólogos alegou que a lei era insuficiente para regulamentar de forma adequada a atividade na área de estética e assim foi sancionada a nova lei.
Atividade
2 - Sobre as leis na estética, marque a alternativa correta:
a) A lei em vigor que defende a estética como profissional não só do ramo do embelezamento é a 12.592, de 2012.
b) A lei 13.646, de 2018, apresenta competências e atribuições do profissional esteticista, as normas relativas à biossegurança e à legislação sanitária que o profissional deve seguir em seus espaços e atendimentos.
c) A lei de número 12.592 de 03 de abril de 2018 regulamenta o exercício das profissões de esteticista, que compreende o esteticista e cosmetólogo, e de técnico em estética.
d) As alternativas a e b estão corretas.
e) Todas estão erradas.
_
2
Biossegurança, ambiente e materiais de estética
Biossegurança é a:
Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente.”
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Na estética, a biossegurança tem que ser prioridade, pois devemos usar medidas para a proteção da saúde por prevenção e controle, pela redução e erradicação de agentes maléficos ao organismo vivo e ao meio ambiente, em nossa rotina diária.
No dia a dia na cabine de estética, devemos seguir as boas práticas para garantir a nossa saúde e a saúde do próximo, por isso, é essencial termos conhecimento da legislação sanitária vigente, que preconiza o uso de equipamentos de proteção como principais dispositivos responsáveis por garantir a segurança dos profissionais.
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs)
Garantem a segurança e o bem-estar de todos os que ocupam o ambiente.
Exemplos: Exaustor, placas, cones, extintor de incêndio, kit de primeiros socorros, caixa de descarpax, entre outros.
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
São dispositivos ou produtos utilizados individualmente pelo trabalhador, com o intuito de protegê-lo contra riscos à saúde ou minimizar as consequências de um acidente ou incidente de trabalho.
Exemplos: Luvas, toucas, máscaras, jaleco, entre outros.
As ações de biossegurança se dividem nas categorias de riscos:
· Biológicos;
· Químicos;
· Físicos;
· Ergonômicos;
· Acidentes que podem gerar danos físicos, mentais, emocionais e ambientais.
De acordo com o decreto 23.915 da Covisa (Vigilância Sanitária da cidade do Rio de Janeiro), os profissionais e ambientes de estética devem seguir as seguintes normas:
	PAREDES E PISOS
	Lisos e impermeáveis para não acumular micro-organismos, poeira ou resquícios de secreções.
	LIXEIRA
	De pedal com saco plástico para descarte de material contaminado.
	CAIXA
	De papelão rígida (descarpax) para descarte de perfuro cortantes;
	LAVATÓRIO
	Com sabonete líquido e papel toalha.
	MACA
	Com superfície lisa ou lavável, forrada com lençol TNT ou papel branco resistente descartável.
	MESA
	Ou carrinho auxiliar com superfície lisa e lavável, para acomodar bandeja forrada com papel toalha pard os materiais de uso.
	INSTRUMENTOS
	Utilizar instrumentos esterilizados ou descartáveis.
	TROCA
	Todos os descartáveis devem ser trocados a cada cliente.
Saiba mais
Para saber mais sobre o assunto, assista ao vídeo Biossegurança na estética: principais normas da Anvisa — Vigilância Sanitária.
Preparação segundo a biossegurança estética
1. Profissional esteticista
2. Ambiente (limpo e organizado)
3. Materiais
4. Manual de procedimento e rotina
Higienizar as mãos é a medida mais simples e de fundamental importância para evitar contaminações, principalmente na área de saúde.
Utiliza-se água e sabão para a retirada de sujidade, células mortas, suor, oleosidade e micro-organismos transitórios ou da flora bacteriana da pele.
Com a higienização das mãos, feita de maneira correta, evita-se transmissão de doenças e microorganismos.
De acordo com o Manual Higienização das Mãos em serviços de saúde da Anvisa, as mãos são a principal via de transmissão de micro-organismos durante a assistência prestadas aos clientes.
Na superfície da pele temos diversos micro-organismos, que podem se transferir de uma superfície a outra, por meio de contato direto ou indireto, por contato com objetos e superfícies contaminados.
Passo a passo de como higienizar as mãos:
(Anvisa, 2007)
1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar na pia.
2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a superfície das mãos.
3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si.
4. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa.
5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais.
6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai e vem e vice-versa.
7. Esfregar o polegar esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de movimento circular e vice-versa.
8. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo movimentos circulares.
9. Enxaguar bem as mãos com água.
10. Secar as mãos com papel toalha descartável.
11. No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilizar papel toalha.
Saiba mais
Assista ao vídeo, publicado pela Anvisa, que apresenta os 10 passos para a higienização perfeita das mãos.
Doenças infectocontagiantes na estética
O profissional de estética está exposto a muitos micro-organismos, por causa de:
1
Proximidade com o paciente durante os procedimentos.
2
Alta rotatividade de atendimentos.
3
Omissão de doenças durante a anamnese.
· O esteticista torna-se vulnerável a contaminações por doenças infectocontagiantes como: hepatites, herpes simples, tuberculose, gripe, resfriados, fungos e AIDS.
· Todos os clientes atendidos na estética, mesmo os considerados saudáveis, devem ser protegidos, pois as secreções e o sangue podem estar infectados para Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), Vírus da Hepatite B (HBV) e outros patógenos.
· Se a pele ou mucosa estiverem lesionadas, o risco de contágio é grande, porém ele existe mesmo com a pele íntegra.
· As vias de contaminação são pontos importantes de se levar em consideração do contágio do profissional esteticista e cliente por micro-organismospodendo causar uma doença infectocontagiosa para o cliente ou mesmo o profissional.
As principais vias de contaminação podem ser:
Via aéreas superiores (nariz e boca)
O profissional pode inalar ou aspirar, gotículas de saliva ou secreção nasofaringeana contaminadas, que podem ser eliminadas pelo cliente, durante a fala, tosse ou espirro. Por trabalhar às vezes muito próximo à face do cliente, o esteticista está sujeito a essa contaminação. Por esse motivo, deve usar a máscara (EPI).
Via cutânea
Quando o esteticista possui ferimentos ou cortes na pele, e entra em contato direto com secreções ou sangue contaminados do cliente ou sofre um acidente com um perfuro cortante contaminado, são exemplos de contaminação por via cutânea.
Via ocular
Ocorre quando secreções contaminadas atingem a conjuntiva dos olhos. Exemplo: O esteticista realiza pressão com os dedos para extrair uma pústula, e o exsudato contaminado atinge rosto e olhos. Contra isso, deve-se usar os óculos de proteção.
Infecções para doenças graves
Hepatite B
Hepatite C
Herpes simples
Tuberculose
Gripes/resfriados
Fungos
AIDS
Atividade
1. Separe os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs).
Extintor de incêndio – Luvas – Placas de sinalização – Máscaras – Óculos de proteção – Exaustor – Jaleco – Touca – Cones – Fitas antiderrapante
Gabarito comentado
2. Como deve ser o ambiente de atendimento estético, segundo a vigilância?
Gabarito sugerido
3. Como deve ser a lavagem das mãos para o profissional da área de saúde?
_____________________________________________________________________________
3
Anamnese
A anamnese estética é o primeiro contato do cliente com o esteticista, momento em que é feita uma entrevista, com perguntas sobre os dados pessoais do cliente, atividades de vida diária, hábitos de vida, avaliação física, avaliação nutricional, avaliação capilar e assinado um termo de responsabilidade, com detalhes específicos para cada parte da estética.

Atendimento com esteticista
Esses dados compõem o instrumento utilizado na avaliação, chamada de ficha de anamnese ou ficha de avaliação.
Na ficha, constam os dados pessoais do cliente, que sempre serão os mesmos, independentemente do tipo de avaliação.
Nas avaliações facial, corporal e capilar, as outras partes da ficha serão alteradas de acordo com as avaliações solicitadas pelos clientes.
Hoje em dia na estética, a avaliação é gratuita com o intuito de oferecer um benefício e atrair o cliente para comprar o tratamento.
No entanto, a avaliação é uma parte muito importante e o profissional deve estar preparado para fazê-la, já que uma avaliação errada compromete o resultado final do tratamento.
O primeiro contato é muito importante, pois é o momento em que cria-se o vínculo entre profissional e cliente. Nessa avaliação, será informado o tratamento prescrito, o número de vezes de visitas do cliente, duração de cada sessão e valores. Após a avaliação, o cliente tomará a decisão de realizar ou não o tratamento.
Quando a ficha de anamnese é preenchida na entrevista e avaliação, muitas vezes, são utilizados aparelhos e equipamentos. A ficha fica guardada com o profissional e deve sempre ser consultada e atualizada nos atendimentos. O profissional determinará o espaço de tempo para uma reavaliação a fim de verificar a evolução do resultado ou a necessidade de alterar o tratamento.
Vejamos o que deve conter em uma ficha de anamnese:
Ficha de anamnese
Dados pessoais
Data:
Nome:
Endereço, e-mail, Whatsapp:
Telefones:
Data de nascimento:
Profissão (ocupação):
Indicação:
Histórico e hábitos de vida
Queixa principal:
Já realizou outros tratamentos? Quais, com que resultado?
Já fez alguma cirurgia ou procedimento dermatológico? Há quanto tempo?
Alergia:
Presença de placa metálica, marcapasso, piercings:
Retenção de líquidos:
Apresenta tendência a queloide?
Fuma?
Bebe?
Como é o sono?
Usa cremes, principalmente, FPS?
Como funciona o intestino?
Usa medicações?
Gestações? quantas? Normal ou cesariana?
Alteração vascular?
Quantidade de água ingerida ao dia?
Termo de responsabilidade
Saiba mais
Para saber mais sobre cada item da ficha de anamnese, leia o texto “Ficha de avaliação”.
Ficha de anamnese facial
Vejamos o que deve conter em uma ficha de anamnese facial:
Ficha de anamnese facial
Dados pessoais
Histórico e hábitos de vida
Avaliação da pele:
Fototipo:
Biotipos cutâneos (tipos de pele):
Estado da pele:
Acne:
Rugas:
Discromias:
Cicatrizes:
Saiba mais
Para saber mais sobre cada item da ficha, leia o texto “Ficha de anamnese facial”.
Atividade
1. Correlacione as partes da anamnese facial com as respectivas descrições.
Dados pessoais 1 Termo de responsabilidade 2 Avaliação da pele 3 Histórico e hábitos de vida 4
a) Relata a vida do cliente e seus hábitos.
1234
b) Avaliação física das características da pele.
1234
c) Identificação do cliente.
1234
d) Data e assinatura do cliente se responsabilizando pelas informações.
1234
Gabarito comentado
Ficha de anamnese corporal
Vejamos o que deve conter em uma ficha de anamnese corporal:
Ficha de anamnese corporal
Dados pessoais
Histórico e hábitos de vida
Fatores alimentares
Quantidade de alimentos?
Quantas refeições por dia?
Come de tudo?
Avaliação física
Altura:
Peso:
IMC (índice de massa corporal):
Perimetria:
Medidas:
Temperatura local:
Cor das estrias:
Tipo de gordura:
Saiba mais
Para saber mais sobre cada item da ficha, leia o texto “Ficha de anamnese corporal”.
Na avaliação física, pode-se contar com o apoio de:
Balança de bioimpedância
Separa as porcentagens de gordura, massa magra, óssea e líquidos.
Termografia de contato
Avalia celulite.
Adipômetro, lupa e fotografia
Devem ter critérios específicos para não mascarar ou acentuar as disfunções estéticas.
Atividade
2. Quais os nomes de cada aparelho usado para realizar avaliação física corporal?
Gabarito comentado
Ficha de anamnese capilar
Vejamos o que deve conter em uma ficha de anamnese capilar:
Ficha de anamnese capilar
Dados pessoais
Análise capilar
· Densidade: Número de fios por centímetro quadrado;
· Elasticidade do fio do cabelo: Propriedade da haste capilar de se estirar e contrair. Com boa elasticidade, média ou elasticidade ausente;
· Textura do fio do cabelo: Fino, médio ou grosso;
· Porosidade do fio do cabelo: Compactação do cabelo. Se é poroso, muito poroso ou pouco poroso;
· Curvatura do fio do cabelo: Liso, ondulado, crespo ou muito crespo;
· Tipo de cabelo: Normal, oleoso, seco ou misto;
· Comprimento do cabelo: Curto, médio ou longo;
· Cores;
· Análise do couro cabeludo;
· O que usa ou usou nos últimos 6 meses no cabelo?
Saiba mais
Na avaliação da haste capilar e do couro cabeludo, podem ser usados a lupa, dermatoscópio e lâmpada de wood.
Atividade
3. Relacione os itens que compõem a ficha de análise capilar com as suas respectivas descrições.
Curvatura 1 Tipo 2 Textura 3 Elasticidade 4 Densidade 5 Porosidade 6
a) Números de fios por centímetro quadrado.
123456
b) Compactação do cabelo.
123456
c) Liso, ondulado, crespo ou muito crespo.
123456
d) Normal, oleoso, seco ou misto.
123456
e) Fino, médio ou grosso.
123456
f) Propriedade do cabelo de se esticar e contrair.
_____________________________________________________________________________
4
Introdução à cosmetologia
Segundo a Câmara Técnica de Cosméticos da ANVISA (CATEC/ANVISA), na Resolução RDC nº 211, de 14 de julho de 2005, cosméticos são todos os produtos de uso pessoal e perfumes que sejam constituídos por substâncias naturais ou sintéticas para uso externo nas diversas partes do corpo humano, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência, corrigir odores corporais, protegê-los e/ou mantê-los em um bom estado.
São divididos em quatro categorias e dois grupos de risco:
CATEGORIAS
1
Produtos para higiene
2
Cosméticos
3
Perfumes
4
Produtos para bebês
GRUPOS DE RISCO
Grau 1
Risco mínimo
Grau 2
Risco máximo
Atenção
Cosmecêuticos ou dermocosméticos são produtos com funções mais complexas, produtos cosméticos com leve ação medicamentosa.Mesmo muito usado nos dias atuais, a ANVISA não reconhece esse termo.
Para falarmos de cosméticos, não podemos deixar de falar em pele, pelos e unhas.
A pele é dividida anatomicamente em duas camadas:
Epiderme
É a camada superficial, formada por tecido epitelial; a maior parte das células são os queratinócitos, mas, também temos melanócitos e células de Langerhans. É uma camada avascularizada, que possui quatro subcamadas: basal ou germinativa, espinhosa, granular e córnea.
Derme
É a camada mais profunda da pele, formada por tecido conjuntivo, e sua principal célula é o fibroblasto, que produz fibras de colágeno, elastina e reticulina. Nessa camada, temos uma grande rede vascular, que é onde estão as terminações de sensações e os anexos cutâneos, como: glândulas sebáceas, sudoríparas, pelos e unhas. É dividida em duas subcamadas: papilar e reticular.
Na superfície da pele, temos manto hidolipídico, sebo e suor que podem dificultar, junto com a barreira dos queratinócitos, a permeação dos cosméticos.
Os pelos, ou haste capilar, são divididos em três partes:
Córtex
O corpo principal do cabelo responsável pela pigmentação do fio.
Central (chamada de medula)
Não tem uma função definida.
Cutículas
Parte acima do córtex, mais externa, colocada uma sobre a outra como telhas de um telhado.
Sob os fios temos uma camada de lipídios, sais minerais e água.
As unhas servem para proteger as extremidades distais dos dedos das mãos e pés.
• A principal parte do complexo ungueal é a lâmina ungueal, formada por queratina.
• Suas células se multiplicam na matriz ungueal, na parte proximal das unhas, projetando-se para borda livre.
• São protegidas pela cutícula (hiponíquio).
 Disponível em: https://unhabonita.com.br/wp-content/uploads/2016/02/anatomia-unhas-formato.jpg.
Histórico dos cosméticos
Navegue nas datas abaixo.
·  30.000 a 4.500 a.C.
·  Séc. I a.C.
·  Séc. II a.C.
·  Séc. III a.C.
30.000 a 4.500 a. C.
Eram usados para eventos como guerra e religião, as pinturas corporais.
O século XX trouxe também as indústrias cosméticas e o avanço tecnológico deu lugar a novos e modernos cosméticos, como os cosméticos multifuncionais.
A tecnologia continuou evoluindo e, no século XXI, temos cosméticos com ativos de células-tronco, neurocosméticos e fonocosméticos.
 Fonte: Shutterstock
Formulações cosméticas
Os principais componentes de um cosmético são veículo ou excipiente, princípio ativo, aditivos e produtos de correção, embora haja uma infinidade de componentes químicos.
A qualidade da água é muito importante para fabricação de um cosmético. A água deve ser destilada, com um controle de Ph.
Veículo ou excipiente
O produto é formulado por essa base. É o que dá forma final ao cosmético (água, álcool, óleo, gel, sérum, pó, emulsão e vetorial). Serve como condutor de algo para algum lugar (veículo). O veículo deve ser adequado ao biotipo cutâneo (pele oleosa, seca, mista ou normal) e ao princípio ativo.
Princípio ativo
Substância que confere ao cosmético a ação final ou que tem ação mais ativa. Esses ativos podem ser naturais ou sintéticos e podem ter propriedades anticelulítica, hidratante, calmante, anti-inflamatória e muitas outras.
Aditivos
Completam a formulação. São corantes, pigmentos, fragrâncias e conservantes.
Produtos de correção
Como o nome diz, são matérias-primas que ajustam ou corrigem as formulações. São elas: corretor de Ph, emoliente, emulsionante, sequestrante, estabilizante, umectante e solubilizante.
Etapas gerais de desenvolvimento de um cosmético
(Estas etapas podem variar um pouco de empresa para empresa)
	Pesquisa de mercado
	Feita por uma empresa contratada. Busca-se informações do mercado.
	Determinação da finalidade do produto
	Define-se o produto e o seu benefício.
	Pesquisa bibliográfica
	Pesquisa das matérias-primas usadas na composição do produto, a partir da qual se monta o briefing.
	Escolha de ativos
	Pesquisa dos materiais que tem no mercado.
	Escolha da embalagem
	Importante para estabilidade do cosmético e para a harmonia na venda.
	Desenvolvimento da formulação
	Testes de performance e estabilidade.
	Testes de aplicação
	Testes de estabilidade
	Para assegurar a qualidade do produto.
	Testes microbiológicos
	Para garantir que os conservantes manterão a qualidade do cosmético durante o uso e período de validade.
	Testes dermatológicos
	Feitos em humanos para garantir a segurança durante o uso e a inocuidade do produto.
	Testes de eficácia
	Testes de mercado
	Registro no Ministério da Saúde
	Documentação.
	Textos para rotulagem e propaganda
	Desenvolvidos pela agência de publicidade.
	Lote semipiloto estabilidade
	Lançamento
	Divulgação do cosmético.
Tipos de cosméticos
Hoje em dia, temos muitos tipos de cosméticos e podemos dividi-los de várias maneiras. Eles são grandes aliados nos tratamentos estéticos. Entretanto, é necessário fidelizar a cliente para que ela tenha disciplina, não só no comparecimento ao tratamento mas, também, ao uso dos cosméticos em casa, para conseguir alcançar o objetivo.
Alguns tipos mais usados e encontrados no mercado:
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Sabões
Xampu
Loções faciais
Emulsões
Máscaras
Fotoprotetores
Esmaltes
Aplicações dos cosméticos
Os procedimentos estéticos para serem realizados nas cabines de estética seguem um passo a passo, que recebem o nome de protocolos.
Muitos são baseados em uso de cosméticos. Além desses procedimentos, existe o home care, ou seja, o uso dos cosméticos em casa pelo cliente.
	HIGIENIZAÇÃO
	É a primeira etapa dos tratamentos. Pode ser feita com sabonetes, leite de limpeza, loções de limpeza, gel de limpeza, xampu. Tem o objetivo de retirar sujidade da pele ou do cabelo.
	ESFOLIAÇÃO
	Serve para retirar células mortas da pele e do couro cabeludo. Pode ser feita com um cosmético com micropartículas para atrito com a pele. Essas micropartículas podem ser naturais (semente de apricot, de morango e outras) ou sintéticas (micropartículas de polietileno). É importante respeitar o tempo entre uma esfoliação e outra, que deve ser de 15 dias.
	TONIFICAÇÃO
	Reequilibrar o manto hidrolipídico, ou melhor, o Ph. O tônico deve ser de acordo com o tipo de pele.
	HIDRATAÇÃO
	O cosmético deve ter a capacidade de aumentar o teor hídrico. Pode ser por emoliência, umectação e higroscopia. A hidratação pode ser facial, corporal ou capilar.
Alguns princípios ativos de hidratação: ureia, ácido hialurônico, PcaNa etc.
	MÁSCARAS
	Normalmente, é a penúltima etapa do tratamento, pois a última é o fator de proteção solar. A máscara finalizadora fica na pele ou cabelos, em média por 20 minutos, e está relacionada diretamente ao tratamento. Exemplo: Um peeling químico, deve usar uma máscara calmante.
	ARGILATERAPIA OU GEOTERAPIA
	Uso de argilas para tratamento facial, corporal ou capilar. As argilas são consideradas barro, ou seja, micropartículas de rochas trituradas formando pó, conhecido também como silicato minimizado. Podem ser usadas in natura misturada com algum líquido ou em máscaras prontas pela indústria cosmética. Tem os benefícios calmante, secativa, descongestionante, desintoxicante, entre outras.
Cuidados com o uso dos cosméticos
Na compra de um cosmético, devem ser observados a embalagem, o rótulo e a validade.
Durante o uso, deve-se seguir o modo de uso do cosmético. Deixá-lo em local arejado, não o deixar aberto, não colocar o dedo dentro do pote para não contaminar o cosmético. Eles devem estar fora do alcance de crianças.
Se o produto for usado de maneira correta, de acordo com as instruções, dificilmente terá algum dano.
Atividade
1. Enumere os acontecimentos de acordo com a evolução dos cosméticos:
a) Uso dos cosméticos com ativos de células-tronco
123456
b) Cold cream
123456
c) Batons e esmaltes
123456
d) Poder das plantas
123456
e) Uso de pinturas corporais para guerra
123456
f) Cleópatra
123456
Gabarito
2. Correlacione as colunas:
Aditivos 1 Princípios ativos 2 Corretivo 3 Veículo 4
a) Forma final do cosmético, serve como condutor.
1234
b) Matéria-prima que ajusta as formulações.1234
c) Responsável pela função do cosmético.
1234
d) Completam a formulação.
1234
Gabarito
Parte superior do formulário
3. Complete as lacunas:
Os  embelezam as unhas das mãos e dos pés.
Os  têm bastante tensoativo na sua composição, formando espuma.
Os  servem para retirar a sujidade da pele e podem ser líquidos ou em barra.
A primeira  foi criada por Galeno com o nome de cold cream.
Os fotoprotetores protegem contra os raios UV e têm filtros químicos e 
Parte inferior do formulário
_____________________________________________________________________________
5
Introdução à eletroterapia
A denominação clássica de eletroterapia é a aplicação da eletricidade com finalidade terapêutica.
Segundo Jones (2007), a eletroterapia consiste na aplicação de energia eletromagnética ao organismo, com o fim de produzir sobre ele reações biológicas e fisiológicas.

Tratamento estético com eletroterapia | Fonte: Tonkid / Shutterstock
A eletroterapia tem seu histórico desde a época dos homens da caverna, em que se usava enguia elétrica para analgesia.
No ano 46, Scribonius Largus relatou a utilização dos peixes elétricos para a cura de cefaleia, artrites e nevralgias. Desde então, a eletroterapia vem se desenvolvendo com diversas terapêuticas e em várias áreas da saúde. Nos dias atuais temos vários aparelhos para fins terapêuticos, não só para analgesia.
 Enguia elétrica | Fonte: tristan tan / Shutterstock
Para estudar eletroterapia, vamos rever alguns conceitos.
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Matéria
Corrente elétrica
Resistência
O que são eletrodos?
Condutores que servem de interface entre o aparelho e a pele do cliente.
Correntes elétricas na estética
As correntes utilizadas na estética são dinâmicas, maioria, o que quer dizer que a forma da corrente muda de sentido constantemente. Podem ser classificadas segundo os efeitos que produzem no organismo e as suas frequências. Vejamos:
1
Direta, contínua, unipolar, monofásica ou unidirecional.
2
Alternada, bipolar, bifásica ou bidirecional.
A imagem a seguir ilustra a diferença entre corrente alternada e corrente contínua:
 Fonte: https://goo.gl/Luk#wR
Vejamos alguns efeitos sobre o organismo:
 (Fonte: Shutterstock).
Ação vasodilatadora
A corrente elétrica impede a secreção de noradrenalina produzindo vasodilatação passiva, devido à histamina.
Ação ionizante
Ocorre nas correntes unidirecionais, conhecidas na estética como corrente galvânica, aumento da permeabilidade da membrana celular e também a eletrólise.
Ação excitomotora
Ocorre na musculatura; o estimulo elétrico causa uma contração muscular.
Ação analgésica
Baseada na teoria das comportas, produzindo ou ativando substâncias endógenas como a endorfina.
Ação cicatrizante
A corrente elétrica favorece o reparo tecidual, devido ao estimulo de produção de ATP pelas células.
As frequências podem ser:
No geral, as indicações e contraindicações da eletroterapia são as mesmas. Existem contraindicações relativas e absolutas.
Indicações
Controle de dores, redução de edema, fortalecimento muscular, permeabilidade de substâncias, cicatrização de lesões e outras.
Contraindicações
Incapacidade cardíaca grave, marcapasso, gravidez, implantes metálicos no local, seio carótido.
Atividade
1. Faça a relação das dos termos com as respectivas definições referentes aos efeitos da corrente elétrica sobre o organismo:
Ação vasodilatadora 1 Ação ionizante 2 Ação excitomotora 3 Ação analgésica 4 Ação cicatrizante 5
a) Ocorre na musculatura, no qual o estímulo elétrico causa uma contração muscular.
12345
b) A corrente elétrica impede a secreção de noradrenalina produzindo vasodilatação passiva, por causa da histamina.
12345
c) A corrente elétrica favorece o reparo tecidual, devido ao estímulo de produção de ATP pelas células.
12345
d) Ocorre nas correntes unidirecionais, conhecida na estética como corrente galvânica, aumento da permeabilidade da membrana celular e também a eletrólise.
12345
e) Baseado na teoria das comportas, produzindo ou ativando substâncias endógenas como a endorfina.
12345
Gabarito
Aparelhos da eletroestética
Os aparelhos na estética podem ser eletro, termo e fototerapia sendo usados no facial e no corporal.
Corrente galvânica
Uma corrente contínua apresenta fluxo constante e unidirecional de elétrons. Sua unidade de medida é a miliamperagem. As técnicas usadas com a corrente galvânica são:
 Técnica iontoforese | Fonte: Dimid_86 / Shutterstock
Ionização ou Iontoforese
Técnica que facilita a permeação dos ativos através da pele integra. Para realizar a iontoforese, é preciso utilizar substâncias ionizáveis (que têm polaridade), um eletrodo passivo (parado) e um eletrodo ativo (em movimento na substância utilizada).
Quando ionizamos a substância com o polo ativo da mesma carga, provocamos uma repulsão entre a substância e o eletrodo ativo e uma atração entre a substância e a pele.
Desse modo, podemos utilizar a iontoforese para qualquer disfunção estética, desde que tenhamos substâncias ionizáveis.
 Técnica desincruste | Fonte: Lyashenko Egor / Shutterstock
Desincruste
Técnica que usa uma solução de carbonato de sódio causando um efeito de saponificação (detergência).
Essa substância usada com o eletrodo ativo de gancho da corrente contínua faz uma dissolução de gordura. Muito usado na pele lipídica e no couro cabeludo seborreico.
 Técnica desincruste | Fonte: Lyashenko Egor / Shutterstock
Galvanopuntura ou eletrolifting
O eletrodo ativo da corrente galvânica para realizar a galvanopuntura é uma porta-agulha, que provoca uma lesão leve na camada superficial da epiderme, com o intuito de estimular a produção de colágeno, através da cicatrização.
Nessa técnica, há algumas maneiras de aplicação: xevrom, linear, escarificação e técnica do contato. É usada para rugas e estrias.
 Técnica eletrólise | Fonte: Olena Yakobchuk / Shutterstock
Eletrólise
Esta técnica foi muito usada na década de 1980, com o nome de depilação definitiva. Com uma agulha de 7mm encaixada no eletrodo ativo da corrente galvânica, introduzida no folículo piloso, faz-se a destruição por queimadura deste, diminuindo gradativamente o crescimento do pelo.
Microcorrente
Chamada também de Microcurrent Eletrical Neuromuscular Stimulators (MENS), produz corrente despolarizada pulsada ou contínua, com amplitude máxima de 1000mA, interagindo de maneira natural com os componentes celulares para, assim, restabelecer a energia (campo eletromagnético da célula).
Usado para cicatrizar feridas, pós-operatório, controle e de edema, rejuvenescimento e outros.

Técnica microcorrente | Fonte: Puhhha / Shutterstock
Alta frequência
Corrente de tensão elevada e baixa intensidade que passa por uma peça denominada bobina, onde é colocado o eletrodo de vidro, com ação bactericida. Pode ser usado para corporal, facial e capilar.
Os eletrodos são de vidro e geram ozônio através de uma reação química quando ligado.
De acordo com a superfície que será usada temos os seguintes eletrodos:
Pente
Forquilha
Stander grande
Stander pequeno
Saturador
Fulgurador (cauterizador)
Rolo
Vacuoterapia
Uso da pressão negativa (vácuo), mobilizando tecido e aumentando o fluxo sanguíneo. Pode ser usado para facial, corporal e capilar.

Técnica vacuoterapia | Fonte: Petrenko Andriy / Shutterstock
Vejamos algumas técnicas que usam a vacuoterapia:
1
Pumpi
2
Dermotonia
3
Endermologia
4
Ventosaterapia
Ultrassom
O ultrassom usado na estética é o terapêutico de 3MHz, uma onda mecânica longitudinal, não audível.
A onda ultrassônica precisa de um condutor, que é o gel. Quando esse gel tem princípio ativo, a técnica recebe o nome de fonoforese, ou seja, o ultrassom facilita a permeação, através da pele, do ativo que existe no gel.
 Técnica ultrassom | Fonte: White78 / Shutterstock
Os efeitos do ultrassom são térmico, mecânico e químico. Pode ser usado na estética para celulite, pós-operatório e gordura localizada.
Pode ser utilizado no pulsado ou contínuo, com intensidade variável de acordo com a disfunção estética.
Fototerapia
Na estética podemosusar três tipos de luzes, que são classificadas em três potências:
Alta potência
LASER1 cirúrgico ou ablativos, com temperaturas acima de 100 graus Celsius.
Média potência
LASER e ILP2, a temperatura tecidual se eleva em média de 60 graus Celsius. Trata tecidos dérmicos.
Baixa potência
LASER e LED3, causa fotobioestimulação celular, indolor, sem causar efeito térmico.
Atenção
Por ser uma emissão de luz, deve ser usado óculos por terapeuta e paciente, protegendo os olhos.
Corrente alternada de média frequência
É uma corrente que gera excitação muscular, levando à contração e ao fortalecimento muscular.
A eletroestimulação muscular pode reduzir os níveis de gordura subcutânea (eletrolipólise), aumentar a massa muscular e agir no pós-operatório.
As principais correntes usadas são:
1
Aussie
2
Russa
3
FES
4
NMES
A eletrolipólise pode usar como eletrodo agulhas de acupuntura ou placas retangulares finas de silicone. Já nas outras correntes usamos eletrodos de silicone com gel condutor.

Técnica eletrolipólise | Fonte: Edwardolive / Shutterstock
Peeling mecânico
O termo peeling vem do inglês e significa descamar. Quando essa descamação é feita por meio de aparelhos, chama-se de peeling mecânico. Pode ser peeling de cristal ou peeling de diamante.
Esses peeling possuem uma pressão negativa, sugando a pele e aumentando o aporte sanguíneo e, consequentemente, a nutrição e oxigenação tecidual. A diferença entre eles é como são retiradas as células mortas da superfície da pele.
No peeling de cristal, além da pressão negativa, temos a pressão positiva, que lança na pele dióxido de alumínio (um pó fino com grânulos), que faz a retirada das células.
 Fonte: https://i1.wp.com/
 Fonte: https://i1.wp.com/
No peeling de diamante, o que faz a retirada das células uma lixa é colocada na ponta do eletrodo, chamado de caneta diamantada.
Radiofrequência
A RF é a corrente elétrica de alta frequência que emite um campo eletromagnético entre 0,3 e 3MHz gerando calor nos tecidos.
Pode ter ação:
1
Monopolar
Aquecimento profundo e controlado, podendo agir na gordura, fibroedema geloide e flacidez tissular.
2
Bipolar
Aquecimento superficial e controlado da derme.
3
Tripolar
Combinação dos dispositivos unipolar e bipolar, emitindo calor profundo.
Dependendo da marca da RF, pode ser realizada com gel ou com silicone como condutor, o eletrodo deve ser mantido em movimento, para não gerar queimadura na pele. A temperatura deve chegar a uma média de 41 graus Celsius. Essa temperatura é controlada por meio de um termômetro de infravermelho.
 Fonte: https://blog.shopfisio.com.br
Criolipólise
É uma técnica que utiliza a pressão negativa e um resfriamento seletivo e controlado, induzindo a apoptose dos adipócitos, e reduzindo a quantidade de tecido adipositário localizado.

Técnica 
Usa-se o aparelho em temperaturas em torno de 3 graus Celsius positivos, durante 60 minutos em média. Essa temperatura dentro do manípulo de sucção diminui para menos 5 graus Celsius, podendo chegar a menos 10 graus Celsius.
Entre a pele e a placa de resfriamento dentro do manípulo deve ter uma interface (manta, película ou membrana para mocriolipólise), cuja função é proteger a pele da temperatura negativa. Existem variações da técnica:
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Criolipólise de contraste
Criolipólise convencional
Criolipólise alternativa
Atividade
2 - O aparelho a seguir é de alta frequência. Faça a relação dos nomes com as letras:
Forquilha - Stander grande - Bobina - Fulgurador - Stander pequeno - Saturador - Pente
Gabarito
3 - Faça a relação correta entre os aparelhos e as indicações:
Descamação 1 Flacidez tissular 2 Flacidez muscular 3 Permeação de ativos 4 Fonoforese 5
a) Ultrassom
12345
b) Iontoforese
12345
c) Peeling de cristal
6
Exame ou avaliação cutânea
Ao realizar o exame cutâneo, o cliente deverá ser atendido em sala com iluminação solar ou luz fluorescente. Deve-se utilizar a lupa para observação detalhada da lesão cutânea.
A lupa é um instrumento precioso que permite visualizar com mais acurácia as imperfeições e lesões da pele.
A luz matinal continua sendo a melhor avaliação, porém, na maioria das vezes, não é possível dispor de local que tenha boa luz solar, devido à condição atmosférica ou até mesmo ao trabalho noturno de algum tratamento.
A lâmpada de Wood é de luz azulada que auxilia no diagnóstico de várias lesões dermatológicas, realçando-as com uma coloração especial. No trabalho do profissional de Estética, ela é empregada especialmente nas hipocromias e hipercromias. O exame deve ser realizado em um local escuro.
 Figura 1 – Regiões cutâneas
Legenda:
1. Região parientão
2. Região frontal
3. Região orbital
4. Região infraorbital
5. Região zigomática
6. Região nasal
7. Região oral
8. Região bucal
9. Região mental
10. Região anterior do pescoço
11. Região do esternocleidomastóideo – ECON
12. Região lateral do pescoço
13. Região posterior do pescoço
14. Região occipital
15. Região temporal
Deve-se abranger a característica original do tegumento no momento da avaliação.
É importante que antes de qualquer procedimento estético, o profissional faça um detalhado exame cutâneo. Isso porque cada tratamento facial dependerá do exame minucioso:
Da cor da pele
Do tipo de pele
Dos graus de acne
Das sequelas cicatriciais
Das alterações vasculares ou pigmentares
Das formações líquidas ou sólidas
Dos fatores relacionados aos sinais de envelhecimento
A análise da pele deve ser realizada para determinar o fototipo cutâneo de Fitzpatrick e o escore de Glogau.
A pele deve ser examinada para definir:
O grau de hidratação;
A existência de lesões e áreas problemáticas, inclusive hiperpigmentação;
Eritema e telangiectasias;
Ceratoses e hiperplasia seborreicas;
Ceratoses actínias; e
Lesões suspeitas de câncer de pele.
Atenção
Cabe ressaltar, que quando há suspeita de lesão oncológica, ou de qualquer outra que foge ao conhecimento do profissional de Estética, a cliente deverá ser orientada a procurar avaliação médica.
É recomendável contemplar todos os aspectos do consentimento informado antes de realizar o programa de tratamento estético. Os clientes devem ser instruídos quanto à natureza das suas anormalidades estéticas, e os detalhes dos tratamentos propostos e das intervenções alternativas.
Também é importante conversar sobre os benefícios potenciais, as expectativas realísticas e as possíveis complicações associadas à limpeza de pele. Por mais simples que seja o procedimento estético sempre poderá haver uma potencial complicação e a mesma deve ser exposta no momento da avaliação estética.
Classificação do fotoenvelhecimento de Glogau
	Classificação
	Idade Média
	Características
	I. Leve
	28-35
	Rugas mínimas, sem queratoses, poucas cicatrizes de acne. Uso de pouca maquiagem.
	II. Moderada
	35-50
	Início de rugas e queratoses. Uso de maquiagem.
	III. Avançada
	50-65
	Queratoses actínica, telangiectasias. Cicatrizes moderadas. Uso frequente de maquiagem.
	IV. Grave
	60 ou mais
	Queratoses actínica, câncer de pele. Rugas e cicatrizes aparentes. Uso de maquiagem pesada. (pancakes).
Tipos de pele
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Endérmica ou normal
Lipídica ou graxa
Alípica
Mista
Acneica
Sensível
Acne
É um dos distúrbios dermatológicos mais comuns e, nos EUA, afeta cerca de 50 milhões de pessoas. A acne é uma doença dermatológica crônica, que se evidencia por vários tipos de lesões diferentes:
Comedões abertos
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Comedões fechados
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Os comedões abertos e fechados são mais comuns nas áreas mais oleosas da face, inclusive nariz, fronte e queixo.
Pápulas
São pequenos inchaços sólidos inflamados de coloração vermelha, que não contêm pus. As pápulas não devem ser extraídas e comumente se transformam em pústulas, que então podem ser retiradas.
Pústulas
São pequenos inchaços inflamados de coloração vermelha contendo pus, que se evidencia por uma cobertura esbranquiçada. As pústulas podem ser extraídas aplicando-sepressão suave na base das lesões. Se for necessário, pode-se utilizar uma lanceta para fazer uma pequena perfuração na lesão e facilitar a extração.
Nódulos e cistos
São coleções subcutâneas que se formam quando as glândulas sebáceas estão inflamadas e infectadas. Em geral, essas lesões causam desconforto. A extração não é recomendada em vista da profundidade da lesão. Os nódulos e os cistos podem deixar cicatrizes ou causar celulite, principalmente se o paciente tentar extrair ou espremer a lesão.
Classificação da acne
A classificação baseia-se na existência de lesões inflamatórias. A acne simples tem lesões inflamatórias mínimas ou ausentes; a acne vulgar tem lesões inflamatórias.
A acne também pode ser classificada por grau baseado no tipo de lesão predominante, vejamos a seguir:
Acne simples — não inflamatória
Grau I
Lesões comedonianas
Grau II
Lesões comedonianas com algumas lesões papulosas e pustulosas ocasionais, que raramente são inflamadas.
Acne simples — inflamatória
Grau III
Lesões comedonianas, papulosas e pustulosas com inflamação significativa e bactérias presentes.
Grau IV (ou conglobata)
Lesões comedonianas, papulosas e pustulosas, nodulares e císticas com contagens bacterianas significativas.
Grau V (acne fulminans)
Forma rara de afecção, que vem acompanhada de dor, perda de peso corporal, febre, poliartralgia, mialgia, edema, mal-estar geral, anemia, e leucocitose com neutrofilia.
Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da acne:
1
VARIAÇÕES HORMONAIS1
2
ESTRESSE2
3
PRODUTOS TÓPICOS COMEDOGÊNICOS3
4
RESSECAMENTO EXCESSIVO DA PELE4
Atenção
A acne é a mais comum nos homens durante a puberdade, quando os níveis de testosterona alcançam níveis mais altos. As mulheres podem ter surtos de acne relacionados com ciclo menstrual, que geralmente começam pouco antes e durante a menstruação. Nessa fase de ciclo, os níveis da testosterona são relativamente altos em comparação com as concentrações de progesteronas e estrogênio, que são baixas.
Acne e variações étnicas da pele
A acne é um dos distúrbios dermatológicos mais comuns e afeta pacientes de descendências latina, afro-americana e asiática, mas as sequelas geralmente são mais graves nos indivíduos com fototipos cutâneos mais pigmentados.
Embora a patologia da acne não varie com a etnia, as características das lesões podem ser diferentes. A acne comedoniana, dos pacientes afro-americanos, tende a desenvolver graus significativamente mais graves de inflamação que a acne comedoniana dos pacientes caucasoides.
A pele dos índios e asiáticos tem mais propensão às alterações da pigmentação, inclusive hiperpigmentação pós-inflamatória (HPI). Por essa razão, é importante tratar a pele sem estimulação excessiva, o que significa usar produtos menos irritantes e mais ingredientes anti-inflamatórios.

Fonte: Shutterstock
Em geral, os pacientes pensam que a HPI é cicatriz, mas isso não é verdade.
 Figura 4 - Acne Grau I
 Figura 5 - Acne Grau II
 Figura 6 - Acne Grau III
 Figura 7 - Acne Grau IV
 Figura 8 - Acne fulminante
Procedimento de extração
A extração dos conteúdos foliculares é a parte mais importante do procedimento de limpeza de pele, pois é nessa etapa que acontece a remoção dos resíduos intrafolicurares como sebo e pelos.
Para que essa etapa seja bem-sucedida, é imprescindível um bom preparo da pele, pois a saída de sujidades do folículo pode ser bloqueada ou diminuída em virtude da presença de barreiras cutâneas superficiais como:
Oleosidade
Maquiagem
Cremes
Resquícios de poluição
Suor
Filtro solar
Células mortas etc
Os produtos de limpeza facial são indicados para remover sujidade cutâneas, ao passo que os esfoliantes são específicos para retirada das células mortas. Ambos facilitam o processo de extração, uma vez que desobstruem a saída dos folículos, havendo assim menor resistência na remoção de seus conteúdos.
Após esse processo, são utilizados produtos emolientes como trietanolamnina e agentes dilatadores, como o vapor de ozônio ou a máscara térmica, que agem na dilatação do canal polissebáceo e no amolecimento dos resíduos foliculares para sua saída.
O sebo é o principal conteúdo a ser removido durante a extração. É constituído por:
Apresenta funções lubrificantes, o que favorece a umectação e a elasticidade superficial. Sebo tem a função odorífera, por propagar o odor que distingue os indivíduos, além de ação microbiana, antibacteriana e antifúngica, justificada pela cura espontânea de Tineas Tonsurantes (micose fúngica) em ambientes seborreicos como couro cabeludo.
A ceratina (ou queratina) é formada a partir do processo de maturação dos ceratinócitos (ou queratinócitos) e leva à hiperceratinização da camada córnea, induzindo o espessamento da capa superficial da pele. Há, assim, uma obstrução do folículo polissebáceo, o que dificulta a saída do sebo para superfície cutânea.
Na extração, remove-se somente comedões, pústulas e miliuns, sendo esses últimos caracterizados pelo encapsulamento do sebo dentro do folículo, gerando uma bolsa consistente e esbranquiçada, saliente em relação à pele, o que sinaliza o momento ideal para sua remoção.
A pressão dos dedos exercida pelo profissional, durante a extração, deve ser contínua e ascendente acompanhando o canal folicular o mais próximo de sua raiz até a superfície cutânea, empurrando o sebo contido dentro do canal folicular desde sua base até o topo, quando finalmente o sebo será removido.
Pode haver um material oxidado (na cor preta) que segue dentro do canal folicular, sendo que esse último pode não ser ao aviso para o término da extração.
Muitas vezes, há remoção do sebo sem que haja sangramento e, algumas vezes, percebe-se que, mesmo com saída de sangue, ainda pode haver mais conteúdo retido profundamente, o que estimula a extraí-lo por mais duas ou três vezes, observando-se a expulsão do sebo.
Caso não seja possível retirar o restante do conteúdo, prossegue-se com o protocolo de limpeza de pele até o último passo.
Indicações e contraindicações da limpeza de pele
Indicações
• preparo cutâneo para aplicação cosmética sobre a pele;
• preparo cutâneo para tratamentos eletroterapêuticos;
• controle da oleosidade;
• tratamento coadjuvante para acne;
• remoção de conteúdos inestéticos (comedões e pústulas);
• higiene profunda da pele.
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Contraindicações
• gestantes ou lactantes;
• acnes grau 3 a 5;
• infecção grave na área tratada;
• rosácea nodular ou papular;
• hipersensibilidade ou alergia aos produtos utilizados no procedimento de limpeza de pele;
• lesões desconhecidas e não diagnosticadas.
Protocolo básico de limpeza de pele
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Higienizar
Peeling
Emoliência
Extração
Desinfecção
Máscara
Tonificação
Finalização produto de hidratação, antioxidante (conforme a necessidade da pele no momento)
Atividade
1. Marque a sequência correta de um Protocolo Básico de Limpeza de Pele:
a) Peeling, extração, emoliência, higienização, máscara.
b) Higienização, peeling, emoliência, extração, desinfecção, máscara cosmética, tonificação, finalização.
c) Higienização, peeling, extração, desinfecção, máscara cosmética, emoliência, tonificação, finalização.
d) Higienização, extração, peeling, desinfecção, máscara cosmética, emoliência, tonificação, finalização.
Gabarito
2. É uma contraindicação para realização da limpeza de pele:
a) Presença de acne infectada.
b) Remoção de conteúdo inestéticos.
c) Controle da oleosidade.
d) Preparo da pele.
Gabarito
3. Antes de realizar um procedimento de limpeza da pele é necessário:
a) Realizar exame ou avaliação clínica.
b) Indicar o uso correto de cosméticos.
c) Apresentar o centro estético.
d) Apresentar o valor do procedimento.
Gabarito
4. Comedões abertos e fechados são mais comuns em pele:
a) mista
b) sensível
c) seca
d) oleosa
Gabarito
5. É classificado como acne simples, o respectivo grau:
a) I
b) IV
c) Fulminante
d) V
Gabarito
6. São fatores que influenciam no desenvolvimento de acne:
a) Estresse, variação hormonal
b) Ser do sexo feminino
c) Ser do sexo masculino
d) Exposiçãosolar
7
Estrias
Estrias são lesões cutâneas inestéticas lineares, atróficas, inicialmente eritematovioláceas e, meses após, branco-nacaradas. São resultantes da ruptura das fibras elásticas da derme, causando uma cicatriz cutânea.
 Mulher exibindo estrias no abdômen | Fonte: Michaelheim / Shutterstock
As estrias foram descritas pela primeira vez por Roederer em 1773. Mais frequentes no sexo feminino, as estrias têm maior prevalência na faixa etária correspondente à puberdade e ao período gestacional. Na mulher, acometem mais a região glútea, o abdome, as mamas, a face lateral dos quadris e as coxas.
As causas são multifatoriais:
1
Predisposição genética
Associada a um ou mais fatores, pode desencadear as estrias.
2
Fatores mecânicos
Dentre esses fatores, estão o estiramento crônico e progressivo da pele — que pode levar à formação de estrias —, o crescimento corporal na puberdade, a gestação — sobretudo no último trimestre —, o desenvolvimento muscular localizado, e o desenvolvimento muscular localizado em razão da prática de exercício físico.
3
Fatores bioquímicos (hormonais)
Podem desencadear as estrias: mudanças fisiológicas na puberdade, associadas ao crescimento corporal; reposição hormonal na menopausa; na corticoterapia tópica ou sistêmica, podem surgir estrias largas e difusas.
Em 1884, Unna descreveu os achados histopatológicos das estrias. A epiderme pode ser normal nas estrias recentes, mas apresenta-se atrófica nas antigas.
Essa atrofia acomete todas as camadas, sendo mais evidente na camada espinhosa. A derme apresenta-se reduzida de espessura. O conteúdo de fibras elásticas está reduzido, e elas se apresentam retilíneas, retraídas e fragmentadas.
Segundo Lever (1991), o grau de comprometimento é maior com o envelhecimento da estria, podendo ser ausente nas lesões tardias. Há redução das fibras de colágeno. Os fibroblastos apresentam-se quiescentes e arredondados.
 Estrias após uso de corticoide tópico | Fonte: Centro de Medicina Especializada, Pesquisa e Ensino - CEMEPE
 Estrias após uso de corticoide tópico | Fonte: Centro de Medicina Especializada, Pesquisa e Ensino - CEMEPE
A seguir, vejamos quais os sintomas, forma de prevenção e tratamento das estrias:
Sintomatologia
Prevenção
Tratamento
Atenção
É importante sempre orientar às clientes os benefícios e as possíveis complicações de qualquer tipo de terapêutica, por isso é importante realizar uma avaliação clínica detalhada e uma anamnese completa.
Atividade
1 - São resultantes da ruptura das fibras elásticas da derme causando uma cicatriz:
a) Cutâneas
b) Gorduras localizadas
c) Estrias
d) Celulites
e) Todas as respostas acima
Gabarito
2 - Não é uma causa do surgimento de estrias:
a) Exposição solar prolongada.
b) Predisposição genética.
c) Fatores bioquímicos (hormonais).
d) Fatores mecânicos.
e) Todas as respostas acima.
Gabarito
Celulite
Em 1920, a celulite foi descrita por Alquier e Paviot como distrofia não inflamatória do tecido mesenquimal causada por desordem do metabolismo da água, resultante de estímulos traumáticos, tópicos, infecciosos ou glandulares.
 Corpo feminino com celulite | Fonte: Staras / Shutterstock
A denominação celulite é imprópria por não se tratar de processo inflamatório. Com isso, diversas denominações têm sido propostas com o objetivo de ajustar-se às alterações histomorfológicas como lipodistrofia, lipidemia, hidrolipodistrofia, paniculopatia edemato fibroesclerótica, paniculose, lipoesclerose nodular, dermo-hipodermite celulítica e lipodistrofia ginoide.
As causas da celulite não estão bem estabelecidas. Trata-se de uma condição multifatorial, em que estão envolvidos fatores genéticos, emocionais, metabólicas e hormonais.
Devem ser levados em conta:
1
Sexo
2
Idade
3
Hipertensão arterial
4
Obesidade
5
Tabagismo
6
Sedentarismo
7
Roupas apertadas
8
Alimentação inadequada
Observe a imagem a seguir que ilustra uma pele com e sem celulite:
Saiba mais
Leia o texto Celulite: Diferentes nomes para um só problema.
Fatores predisponentes, desencadeantes e condições agravantes
Hormonais
Predomina no sexo feminino, acomete com mais frequência após a puberdade e piora com a gravidez e com uso de anticontraceptivos. O estrógeno é considerado o principal fator etiológico.
Estrógeno
Estimula a proliferação dos fibroblastos, altera o turnover das macromoléculas, leva à hiperpolimerização do ácido hialurônico e estimula a lipogênese.
Outros hormônios
Insulina, adrenalina e noradrenalina, prolactina e hormônios tiroidianos.
Outros fatores
Dieta, predisposição genética, obesidade, distúrbios circulatórios, gravidez, disfunção intestinal, pressões externas, tabagismo e uso de medicações como anticoncepcionais, anti-histamínicos e betabloqueadores.
Sintomatologia
A celulite é caracterizada por irregularidades na superfície da pele das áreas afetadas com alternância de lesões deprimidas e elevadas, conferindo aspecto de casca de laranja e acolchoado.
As lesões deprimidas da celulite constituem retrações da pele devido à tração dos septos conjuntivos subcutâneos. Segundo Hexsel (2009), as lesões de celulite ocorrem, predominantemente, nas coxas e nádegas, podendo ser únicas ou múltiplas.
Atenção
É importante avaliar a cliente em posição ortostática, com musculatura relaxada.
Classificação do FEG (fibroedema geloide)
Celulite branda ou grau 1
A pele da área afetada não apresenta alterações de relevo. As alterações podem ser vistas por meio do teste de pinçamento ou de compressão da pele, ou ainda, contração muscular. Segundo CURRI (1991), não há alteração da sensibilidade à dor e não é percebida alteração clínica.
 Grau II | Fonte: http://uniquecirurgiaplastica.com.br/wp-content/uploads/2017/04/graus-de-celulite.jpg
Celulite moderada ou grau 2
As depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos tecidos. Segundo Curri (1991), o aspecto celulítico se agrava após a compressão entre os dedos ou após a contração muscular voluntária. Pode ocorrer redução da temperatura da pele e edema local.
 Grau III | Fonte: http://uniquecirurgiaplastica.com.br/wp-content/uploads/2017/04/graus-de-celulite.jpg
Celulite grave ou grau 3
Além do aspecto casca de laranja, há áreas elevadas e nódulo. Existe ainda a presença de nódulos palpáveis e dolorosos, e a pele adquire um aspecto de saco de nozes, mais aparente sob compressão.
 Grau II | Fonte: http://uniquecirurgiaplastica.com.br/wp-content/uploads/2017/04/graus-de-celulite.jpg
Celulite grau 4
O aspecto de casca de laranja também é observado em qualquer posição do corpo, a pele apresenta-se flácida e com pouco tônus muscular. Representa a evolução do grau 3, mas com nódulos mais palpáveis e aderentes aos planos profundos. Apresenta sensação de dor aumentada e presença de fibrose.
Tratamento
O tratamento baseia-se, sobretudo em dieta alimentar e atividade física. Podem ser utilizados medicamentos com ação lipolítica, com agonistas beta-adrenérgicos (metilxantinas) e alfa-adrenérgicos, ou substâncias eutróficas, como o silício, com ação nos fibroblastos, como o extrato de centella asiática ou os extratos vegetais de ginkgo biloba, o pignogenol.
Constituem ainda tratamentos preconizados: drenagem linfática, endermologia, ultrassom, hidrolipoclasia, eletroporação, carboxiterapia, e radiofrequência.
Além disso, é necessária a manutenção diária com uso de cosméticos com princípios ativos que:
1
Aumentam o fluxo sanguíneo.
2
Reduzem a formação de radicais livres e promovem a diminuição dos adipócitos no local.
3
Melhoram a absorção de líquido intersticial, diminuindo o edema e facilitando o retorno venoso.
4
Auxiliam na restruturação dos tecidos.
Atividade
3 - É caracterizada por irregularidades na superfície da pele das áreas afetadas com alternância de lesões deprimidas e elevadas, conferindo aspecto de casca de laranja e acolchoado:
a) Estria
b) Celulite
c) Gordura localizada
d) Cicatriz atrófica
e) Nenhuma das respostas acima.
Gabarito
4 - São visualizadas depressões mesmo sem a compressão dos tecidos:
a) Celulite grau I
b) Celulite grau II
c) Celulite grau IIId) Celulite grau IV
e) Todas as respostas acima.
Gabarito
Gordura localizada
Os adipócitos são células específicas para armazenar gordura, sem que essa função comprometa sua estrutura e sua integridade funcional. As células adiposas têm origem mesodérmicas do tipo conjuntivo, que têm inclusões lipídicas de ácidos graxos sob a forma de triglicerídeos e se desenvolvem a partir das células percussoras, chamadas pré-adipócitos.
 Tecido adiposo | Fonte: Veronika Zakharova / Shutterstock
O conjunto de adipócitos forma o tecido adiposo, composto ainda por uma matriz de tecido conjuntivo (fibras colágenas e reticulares), tecido nervoso, células do estroma vascular, nódulos linfáticos, células imunes (leucócitos, macrófagos), fibroblastos e pré-adipócitos.
Os pré-adipócitos são células adiposas indiferenciadas com capacidade de gerar novos adipócitos, regenerando o próprio tecido (adipogênese), ou gerando outras células.
Há duas variedades de tecido adiposo, cada um com suas estruturas e funções bem definidas:
Tecido adiposo marrom
É o principal responsável pela termogênese. Esse tecido é menos expressivo em adultos, estando presente em neonatos.
Tecido adiposo branco
Tem a função principal de isolante térmico, impedindo choques e servindo como base para o deslizamento da musculatura.
Lipólise
Nosso corpo armazena energia na forma de glicogênio, uma molécula mais complexa formada por glicose. Quando presente em excesso no organismo, esse polímero é sintetizado em triglicerídeos para ser armazenado no tecido adiposo sob forma de gordura. Para Tortora (2002), os triglicerídeos armazenados no tecido adiposo constituem 98% de todas as reservas de energia do corpo.
A lipólise consiste na quebra dos triglicerídeos por meio da ação de enzimas, denominadas lipases, em ácidos graxos e glicerol, os quais são transportadas pelo sangue para serem utilizados como fonte de energia pelos tecidos corporais.

Tratamento estético para redução de gordura localizada | Fonte: BLACKDAY / Shutterstock
Além da enzima lipase, existem hormônios que aumentam o processo de gordura, principalmente, durante o exercício físico. A obtenção da energia por meio da molécula de glicerol ocorre no citoplasma de várias células do organismo, tornando-se um elemento-chave para quebra da glicose em moléculas de energia.
Contudo, os ácidos graxos serão convertidos em energia na matriz das mitocôndrias, por um processo chamado de betaoxidação.
A betaoxidação consiste em um ciclo de três reações sucessivas que têm como um de seus objetivos formar a acetil-CoA (Acetilcoenxima A), que é uma fonte de energia para o corpo.
A acetil-CoA é, em sua maior parte, convertida em corpos cetônicos caracterizados como grande fonte de energia para os músculos, para o coração e para o cérebro. A fim de multiplicar a energia do corpo, a acetil-CoA participa de um complexo processo de geração energética, denominado de ciclo de Krebs, que tem um papel central nos mecanismos metabólicos de obtenção de energia.
Observe o esquema a seguir que ilustra o metabolismo da glicose e dos triglicerídeos:
Etapas da atividade adipocitária
Clique nas etapas:
· Lipogênese
· Lipidogênese
· Lipólise
Lipogênese
Formação dos ácidos graxos nos adipócitos, a partir da glicose sanguínea.
Biotipo corporal
A gordura localizada é caracterizada pelo excesso de adipócitos localizados de forma desordenada em regiões do corpo.

Gordura localizada no abdômen | Fonte: Anamaria Mejia / Shutterstock
Essa distribuição da gordura localizada representa 15% do peso corporal nos homens e 25% nas mulheres e, quando estão na faixa de peso dita normal, ela é influenciada pelo sexo, idade, hábitos de vida, fatores genéticos, hormônios e, também, pelo biótipo corporal que define o tipo de obesidade de acordo com a localização regional da gordura.
Veja a seguir os tipos de bióticos corporais:
Na avaliação corporal, imprescindível, a inspeção é a fase inicial em que será observada a forma do corpo e a presença de disfunções estéticas associadas.
É necessária uma anamnese detalhada porque a eficácia do programa de tratamento depende de vários fatores, sozinho não produz resultados satisfatórios.
A cliente precisa estar comprometida com o tratamento e, principalmente, praticar exercícios físicos e manter uma boa dieta, mudanças de hábitos alimentares.
As possibilidades de tratamentos são inúmeras:
1
Uso de cosméticos com ativos hiperemiantes e lipolíticos.
2
Ativos crioterápicos.
3
Recursos manuais como massagem modeladora, drenagem linfática manual, que ajuda na perda de peso por causa da redução de edema local ou sistêmico.
4
Recursos eletrotermoterápicos como ultrassom, fonoforese, hidrolipoclasia ultrassônica, ultracavitação, eletrolipólise, endermoterapia, plataforma vibratória, termoterapia, mantas térmicas, infravermelho longo, criolipólise, eletrocarbolipólise, terapias por ondas de choque.
Todos esses recursos necessitam de um acompanhamento longo, é importante avaliar no início, no meio, e no fim; caso o programa não apresente resultado desejado, reveja e trace novo programa de tratamento.
Atividade
5 - É a liberação dos ácidos graxos no sangue para serem utilizados como energia por outras células do organismo:
a) Lipogênese
b) Lipidogênese
c) Lipólise
d) atrofica da gordura
e) Nenhuma das respostas acima
Gabarito
6 - É imprescindível antes de implementar qualquer programa de tratamento:
a) Avaliação corporal.
b) Apresentar a clínica.
c) Informar o valor do programa de tratamento.
d) Apresentar a equipe de trabalho.
e) Todas as respostas acima.
8
Cabelo
O cabelo é extremamente importante para os povos e suas culturas, em diferentes épocas e regiões, e cada um deles tem seu ideal de beleza relacionado ao cabelo. Ele é o ornamento mais relevante para o ser humano e, por sua importância estética, passa a ser alvo fácil para manifestações culturais, como cortes, penteados e colorações.

Fonte: Shutterstock
Nos primórdios, os antigos lançavam mão de sebo e frango, argila, ervas variadas, esterco, penas de aves, e outros artifícios que faziam parte de preparos rituais, tratamentos e adornos para o cabelo.   A intervenção nas disfunções do fio e do couro cabeludo é realizada mediante um trabalho interdisciplinar, que reúne profissionais da área de saúde e profissionais da estética.   Cabe ao profissional envolvido na terapêutica capilar a formação adequada na área, principalmente com o estudo de disciplinas que aprofundam o conhecimento na área, além de realizar cursos de capacitação.
A estrutura do cabelo
Os pelos são estruturas queratinizadas que evoluem durante o desenvolvimento fetal, a partir de invaginações da epiderme.
Cor, tamanho e disposição variam de acordo com a raça e a região do corpo, e a concentração dos pelos reflete as diferenças étnicas.
A figura a seguir ilustra a embriologia do pelo.
 Embriologia do pelo | Fonte: https://dermatologia0716.wordpress.com/
Anatomia do pelo
Os folículos são formados por regiões anatômicas diferentes, conforme ilustra a imagem.
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Bulbo
Ducto
Haste do cabelo
O ciclo de crescimento do pelo
O ciclo de crescimento do pelo apresenta três fases:
1
Anágena
2
Catágena
3
Telógena
A duração de cada fase é variável e está relacionada à idade, ao sexo, à localização do pelo no corpo e à ação de hormônios, como, por exemplo, os hormônios andrógenos. A imagem a seguir ilustra essas fases:
 Fases do ciclo do crescimento do pelo | Fonte: Designua / Shutterstock
Vejamos cada fase com mais detalhe:
Clique nos botões para ver as informações.
Fase Anágena
Fase Catágena
Fase Telógena
Atenção
É importante atentar para a individualidade do crescimento do cabelo para a programação das sessões da terapia capilar, bem como esclarecer ao paciente que o resultado da terapêutica depende não só do trabalho e acompanhamento da terapia capilar, como também dos aspectos fisiológicos individuais de cada um, assim como o cuidado com o couro cabeludo e cabelo fora do consultório, principalmente no que se refere à administração doestresse oxidativo.
Atividade
1. Surgem por volta da 9ª semana de desenvolvimento embrionário:
a) Núcleos dos folículos
b) Bulbo
c) Istmo
d) Glândula sebácea
e) Nenhuma das respostas acima
Gabarito
2. Nesta fase de crescimento, o cabelo se encontra em intensa atividade celular:
a) Anágena
b) Telógena
c) Catagéna
d) Cáspica
e) Nenhuma das alternativas
Gabarito
O pH do cabelo
O pH é usado para determinar o grau de acidez ou alcalinidade de um determinado meio ou estrutura.

Fonte: Shutterstock
A camada hidrolipídica que protege o cabelo, a pele e as unhas têm pH levemente ácido, um valor compreendido entre 4,2 e 4,8 na escala de pH.
Desse modo, aconselha-se que os produtos cosméticos que entrem em contato com o corpo humano sejam neutros (pH igual ao do cabelo, pele e unhas) ou levemente ácidos (pH até 6,1).
A imagem a seguir ilustra o pH dos cabelos:
 pH dos cabelos | Fonte: http://www.resuminhobasico.com/cabelos/ph-cabelos
Propriedades físicas do cabelo
Segundo Recht (1992), as propriedades físicas do cabelo dependem não somente de sua estrutura queratínica, mas também de sua forma e de seu diâmetro.
Na idade adulta, apresenta a forma de uma fibra cilíndrica elíptica e sua composição resiste a algumas agressões químicas, mecânicas e fotoquímicas.
O cabelo é extremamente forte, mas não resiste a sobrecargas, pois a carga de ruptura é de 12 kg/mm e pode variar de acordo com a idade e a saúde do cabelo.
Produtos oxidantes diminuem o calor dessa carga de ruptura, reduzindo sua resistência e elasticidade.
 Fios de cabelo | Fonte: Nobeastsofierce / Shutterstock
Tricoses: afecções do cabelo e do couro cabeludo
As tricoses são afecções do cabelo (haste pilosa) e do couro cabeludo. Podem ser de origem congênita, malformações ou transmissão genética adquirida, ou por outros problemas. Essas disfunções podem levar a quadros de queda de cabelo (alopecia, eflúvio) ou excesso de cabelo (hipertricose, hirsutismo).
A haste pilosa pode sofrer alterações de cor, qualidade e quantidade, chamadas de displasias pilosas.
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Haste pilosa | Fonte: Rost9 / shutterstock
O couro cabeludo pode ser afetado por disfunções ou doenças como dermatite seborreica, psoríase, eczema de contato e melanose solar em calvos. As alterações que acometem essas regiões podem ser provocadas por lesões traumáticas, micro-organismos (fungos, bactérias), doenças sistêmicas (diabetes, hipertensão), entre outras.
As disfunções do cabelo e do couro cabeludo podem ser diagnosticadas por meio do exame clínico e de exames diagnósticos.
É importante lembrar que a anamnese deve ser realizada de forma detalhada. A inspeção e palpação do cabelo e do couro cabeludo são necessárias. Há instrumento de exame que apresenta lente de aumento que pode chegar a 200 vezes, com grande versatilidade no estabelecimento de diagnósticos de disfunções do cabelo e couro cabeludo.
Saiba mais
Leia o artigo “Afecções dos Cabelos e do Couro Cabeludo”.
Queda de cabelo
Vamos conhecer, agora, os tipos de queda de cabelo.
Alopecia
É a condição resultante do desprendimento e da queda do pelo, podendo acontecer de forma pequena ou acentuada. Pode ser classificada em cicatricial e não cicatricial, segundo o tipo de agressão casual e seu nível de interferência nos folículos pilosos.
 Alopecia | Fonte: Justplay1412 / Shutterstock
Saiba mais
Leia o artigo “Entendendo a alopecia androgenética”.
Alopecia cicatricial
A agressão se localiza na região do istmo ou do infundíbulo durante o ciclo de crescimento do pelo (de forma permanente), provocando alteração definitiva do folículo, ocasionando queda capilar irreversível e uma fibrose cicatricial local.
 Alopecia cicatricial | Fonte: OliverCh / Shutterstock
Causas das alopecias cicatriciais:
1
Agentes físicos ou químicos como traumas e queimaduras
2
Infecções fúngicas, bacterianas, treponêmicas, tripanossômicas, viróticas
3
Neoplasias
4
Dermatoses
Alopecia não cicatricial
O nível de agressão se localiza particularmente no bulbo piloso, durante o ciclo de crescimento do pelo (de forma não permanente), o que provoca uma alteração transitória e uma queda dos cabelos e forma reversível.
Mais frequentes em adultos: alopecia areata, alopecia androgenética, e o eflúvio telógeno.
 Alopecia não cicatricial | Fonte: MRAORAOR / Shutterstock
Alopecia areata
É uma queda dos fios que ocorre por interrupção da sua síntese, sem destruição ou atrofia dos folículos. A etiologia é desconhecida e multifatorial, de componentes autoimunes envolvendo principalmente a imunidade celular. O doente relata uma perda importante dos cabelos e o surgimento repentino de áreas alopécicas.
 Alopecia areata | Fonte: 9'63 Creation / Shutterstock
Saiba mais
Leia o artigo “Alopecia areata: revisão e atualização”.
Alopecia androgenética
É uma involução progressiva do folículo piloso da região do escalpe decorrente da ação de hormônios andrógenos. Nos folículos pilosos geneticamente determinados, os andrógenos, como a testosterona, sofrem a ação de uma enzima redutora, a 5-alfarredutase, que os transforma em di-hidrotestosterona (DHT) e provoca a transformação dos folículos terminais em folículos miniaturizados (cabelos velus).
Afeta homens e mulheres que apresentam disposição genética, principalmente da segunda à quarta década de vida. As alterações podem ocorrer de muitas maneiras, mas, geralmente, são mais evidentes nas regiões frontais e parietais.
A imagem a seguir ilustra a evolução desse tipo de alopecia:
 Alopecia androgenética | Fonte: ZadarmA Creation / Shutterstock
Eflúvios anágeno e telógeno
O eflúvio é a perda do pelo decorrente de um distúrbio no seu ciclo de vida. De acordo com o estágio do ciclo capilar, pode haver eflúvio anágeno e telógeno.
Eflúvio anágeno
Ocorre a inibição abrupta da divisão celular da matriz do pelo na fase anágena.
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Eflúvio telógeno
A queda do cabelo é aguda e intensa e ocorre de dois a quatro meses após a ação de fatores desencadeantes no folículo.
Hipertricose e hirsutismo
Hipertricose
É o excesso de pelos por todo o corpo e o aumento de pelos velus em áreas não dependentes dos andógenos (como antebraços e panturrilhas).
Hirsutismo
Existe aumento de pelos terminais nas áreas andrógeno-dependentes (região supralabial ou bigode, região lateral da face e pescoço ou barba, ao redor dos mamilos, entre outros).
Dermatite seborreica
É uma alteração crônica e recorrente, em que aparece inflamação nas áreas da pele em que existe maior número de glândulas sebáceas; pode aparecer em qualquer momento de vida, a partir da puberdade, e seguir um curso crônico com frequentes exacerbações.
As causas da doença são pouco conhecidas, porém, estão relacionadas ao aumento no metabolismo das glândulas sebáceas, em virtude da predisposição genética e da presença do fungo (Pityrosporum ovale) presente na pele.
O couro cabeludo é o local mais comprometido, e a caspa é a manifestação mais frequente nos casos leves.
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Dermatite seborreica | Fonte: Vitalinka / Shutterstock
Nas formas mais intensas, pode ser observado eritema com a presença de escamas aderentes de aspecto gorduroso e de maior tamanho, e pode levar à formação de crostas que afetam praticamente todo o couro cabeludo.
É o resultado de uma descamação anormal crônica e inflamatória do couro cabeludo decorrente da dermatite seborreica, pode-se observar o couro cabeludo com eritema e descamação, além disso, na maioria das vezes, o paciente relata prurido.
Psoríase no couro cabeludo
Psioríase é uma doença crônica que afeta a pele com períodos de exacerbação e remissão. É de causa desconhecida e está relacionada à baixa imunidade e fatores genéticos.
Apresenta fatores desencadeantes como estresse, doenças virais, utilização de medicamentos locais ou sistêmicos e doenças metabólicas, como diabetes descontrolado.
 Psoríase no couro cabeludo | Fonte: Anatolev/ Shutterstock
Atividade
3 - É uma doença crônica que afeta a pele com períodos de exacerbação e remissão. É de causa desconhecida e está relacionada à baixa imunidade e fatores genéticos.
a) Caspa
b) Dermatite de contato

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