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Autismo professora Ligia (2)

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UNIP-UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
Autismo 
 
 
 
 
 
Paula Carolina de Pauli Lago RA T0256F0 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina Processos Psicológicos Básicos, sob orientação da 
Professora Ligia Bueno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Vargas – Ribeirão Preto 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 3 
 1.AUTISMO .......................................................................................................................................... 3 
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................. 7 
REFERÊNCIA .............................................................................................................................................. 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Processos Psicológicos Básicos 
 
Introdução 
São funções mentais como sensação, percepção, atenção, memória, pensamento, 
linguagem, motivação, aprendizagem e etc, são caracterizadas na psicologia como “Processos 
Psicológicos Básicos”. Essas funções derivam tanto das interações de processos inatos quanto 
de processos adquiridos, junto a relações do indivíduo de experiência e vivência com o meio. 
Apesar das distinções desses processos é por meio de sua relação e influência que se pode 
compreender a dinâmica da mente, pois eles interagem e até dependem de outros processos. 
Algumas das funções mais estudadas nos processos psicológicos básicos são: memória, 
emoção, pensamento, sensação e percepção. 
Autismo 
Desde 1980, o Autismo (TEA) tem sido descrito no Manual de Diagnóstico e Estatístico 
dos Transtornos Mentais — DSM — o qual direciona os diagnósticos de transtornos 
neuropsiquiátricos em todo o mundo. Em sua atualização mais recente — o DSM-5 — o 
autismo é descrito como um transtorno de desenvolvimento que leva a severos 
comprometimentos de comunicação social e comportamentos restritivos e repetitivos que 
tipicamente se inicia nos primeiros anos de vida. O autismo é uma condição que compromete a 
capacidade de comunicação e a linguagem. As crianças com TEA têm dificuldade em perceber 
acontecimentos compartilhados, de expressar o que sentem ou pensam nas mais diversas 
situações, de utilizar as palavras de acordo com o contexto, entre outras características que 
prejudicam seu desenvolvimento global. Além disso, é muito comum a presença de “manias”, 
posturas ou atos repetitivos, rituais e interesses restritos, que podem prejudicar o 
desenvolvimento de habilidades importantes para as tarefas cotidianas. 
Aqui vamos abordar o autismo dentro das funções mais estudadas nos processos 
psicológicos mais estudadas no processo psicológico básico. 
Memória é o processo de codificação, armazenamento e recuperação de experiências e 
conhecimento. 
A criança com autismo tem maiores dificuldades em armazenar as informações 
complexas (como por exemplo, um detalhe, ou mesmo um elemento mais complicado). 
Essencialmente, as crianças com autismo encontraram dificuldades maiores em recordar, 
armazenar e organizar as informações recebidas. Os estudiosos acreditam que os indivíduos 
com autismo não possuem “conversa transversal automática entre os sistemas do cérebro” – o 
 
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raciocínio e os sistemas de memória – que diz a seu cérebro o que é mais importante de se 
observar ou como organizar tematicamente as informações recebidas. 
Emoções são estados mentais que resultam de mudanças no organismo em função de 
mudanças percebidas no ambiente. Esses estados mentais direcionam o nosso comportamento 
visando aumentar nossa capacidade de se adaptar às mudanças no ambiente. A compreensão e 
a gestão das emoções são fundamentais para o desenvolvimento e regulação das nossas relações 
interpessoais. Para além de sentirmos e exprimirmos emoções, somos capazes de reconhecer 
nos outros as suas emoções, através das expressões faciais. No entanto, a criança com autismo 
apresenta dificuldades ao nível da maturidade emocional, comprometendo o desenvolvimento 
das habilidades sociais. Acima de tudo, não desenvolve naturalmente a capacidade para 
reconhecer, expressar e gerir emoções, nem reconhecer as emoções faciais das outras pessoas, 
uma vez que apresenta dificuldades em observar, ou seja, em estabelecer contacto visual com 
o outro. Para que a criança consiga reconhecer as emoções através do rosto dos outros, é 
necessário que conheça o significado de cada emoção. Por vezes, a criança autista reage de 
forma desapropriada perante determinada emoção – grita, chora, agride-se a si ou agride os 
outros – porque não sabe lidar com as emoções, principalmente as desagradáveis. A criança 
autista consegue aprender rapidamente as expressões de tristeza e alegria, mas pode ter 
dificuldades com outras emoções e sentimentos mais subtis, como o medo, a frustração, a 
surpresa, a culpa, a repulsa . A inteligência emocional deve ser aprendida essencialmente em 
contexto familiar. No entanto, é principalmente no contexto escolar que a criança com autismo 
desenvolve as suas habilidades sociais, adquiridas através das trocas sociais com os seus pares, 
favorecendo, assim, o seu desenvolvimento emocional e social, mas também, o das outras 
crianças, que aprendem a lidar com as diferenças. 
Pensamento: “O pensamento, ou a cognição, refere-se a todas as atividades que estão 
associadas a processamento, compreensão, recordação e comunicação. Os psicólogos 
cognitivos estudam estas atividades mentais, incluindo os meios lógicos e, às vezes, ilógicos 
com os quais criamos conceitos, resolvemos problemas, fazemos julgamentos e tomamos 
decisões.” 
 O pensamento autista ou derreísta é uma forma de pensamento característicos de 
atividades internas não controladas por condições externas. Seria equivalente à fantasia e não 
teria valor de verdade.O pensamento é totalmente desorganizado e essa desorganização se 
reflete fisicamente quando o autista recorre a estereotipias, movimentos repetitivos. O autista 
não sabe o que pensar, se ele tem que ponderar sobre os estímulos ou sobre as pessoas, ponderar 
sobre a luz que o incomoda ou sobre o amiguinho que está falando com ele . 
 
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Sensação X percepção: grande diferença entre as pessoas e as não pessoas é que, as 
primeiras sabem fazer distinções entre coisas simples e complexas. As outras não fazem 
distinções, para elas sensação e percepção são iguais ou semelhantes. Embora intimamente 
relacionados, sensação e percepção desempenham duas funções complementares, mas 
diferentes na forma como interpretamos o nosso mundo. 
A sensação refere-se ao processo de sentir o nosso meio ambiente através do tato, 
paladar, visão, audição e olfato. Essa informação é enviada para os nossos cérebros, onde entra 
em jogo. Percepção é a nossa forma de interpretar essas sensações e, portanto, dar sentido a 
tudo que nos cerca. 
 A grande maioria das pessoas no espectro do autismo tem dificuldade em gerenciar sua 
entrada sensorial. Eles podem reagir de forma excessiva ou insuficiente à entrada visual, tátil, 
gustativa, vestibular e auditiva, às vezes até o ponto em que não conseguem participar de 
atividades típicas da vida. 
Para um autista com sensibilidade sensorial, dificuldades para ir a lugares com barulhos 
ou super iluminados talvez seja o menor problema. A questão piora quando falamos daqueles 
que têm reações ruinsa alimentos ou a objetos que se têm tudo a ver com hábitos 
necessários. Dormir, comer, tomar banho – coisas simples, mas importantes a todo ser humano 
– podem se tornar um momentos problemáticos em casa e trazer perdas à própria saúde. 
Quando a disfunção sensorial no autista começa a afetar elementos importantes do dia 
a dia, pode haver, também, um sentimento de angústia sobre essas coisas. Além disso, o autista 
tende a ficar ansioso e resistente. E ansiedade é o primeiro passo para outros problemas mentais, 
como a depressão – além de atrapalhar a já tão difícil relação com as pessoas. ¹ 
Apesar disso, o contrário também pode acontecer. Assim, o autista pode encarar as 
sensibilidades como uma forma de conhecer melhor as coisas ao redor. Como, por exemplo, ao 
ficar cheirando colocando na boca coisas que não são de comer. Apesar do fato, em si, não ser 
uma hábito necessariamente aceitável, isso pode ser uma boa oportunidade para os pais e 
cuidadores de entenderem que tipo de curiosidade está levando a essa atitude e estimulá-la de 
forma positiva. 
Sobretudo, é importante lembrar que não existe um padrão específico de 
comportamento sobre os efeitos das sensibilidades. Cada autista é único e seus problemas 
devem ser investigados considerando a realidade de cada um. 
As formas de manifestação das sensibilidades no autista pode ser: visual (marcados 
principalmente, por fontes de luz, objetos que giram, cores e até dificuldade para reconhecer 
expressões do rosto), auditiva (pode ocorrer surdez aparente (a criança não atende a chamados), 
https://www.autismoemdia.com.br/blog/existem-tipos-de-autismo-como-identificar-os-diferentes-niveis/
 
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incômodo com alguns tipos de sons e emissão de sons repetitivos), somatossensorial (perda o 
excesso de sensibilidade ao calor, ao frio e a dores físicas. Tem, também, atração por coisas 
ásperas e repulsa a coisas que toquem a pele (como contato físico e roupas), olfativas (o autista 
passa a não gostar de alguns cheiros, o que impacta, principalmente, a alimentação.), 
sensibilidade bucal/paladar (ocorre a seletividade alimentar por recusa a algumas texturas, 
cheiros ou sabores. A criança pode começar a explorar coisas não comestíveis com a boca), 
vestibular (relativo aos movimentos de balanço e ao equilíbrio, que passa a agir de forma 
errada) cinestésica (um porte desajeitado no andar ou andar com a ponta dos pés). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão: 
 
Pude observar que o autista passa por dificuldades em todas as funções cognitivas 
(memória, emoção, pensamento, percepção ) relacionadas aos processos psicológicos básicos, 
pois precisamos ter a socialização para aprendermos todas e é no que eles mais sofrem. 
Precisam do apoio de quem está ao seu redor. 
As dificuldades encontradas pelo autista são os desinteresses em compartilhar gostos; 
dificuldade em socialização; falta de empatia; interesses por assuntos específicos; 
comportamento repetitivo; sensibilidade alta ou baixa; não reagir emoções; movimentos 
repetitivos; não desenvolver linguagem oral ou apenas repetir frases ouvidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências: 
 
1.Pinto RNM, Torquato IMB, Collet N, Reichert APS, Souza Neto VL, Saraiva AM. 
Autismo infantil: impacto do diagnóstico e repercussões nas relações familiares. Rev Gaúcha 
Enferm. 2016 set;37(3):e61572. 
2. DSM-5 Diagnostic Criteria». Autism Speaks (em inglês). 29 de julho de 2013. 
Consultado em 13 de abril de 2018. 
3.Miller LJ, Anzalone ME, Lane SJ, Cermak SA, Osten ET. Concept evolution in 
sensory integration: a proposed nosology for diagnosis. Am J Occup Ther. 2007;61:135-140. 
 4. American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of 
mental disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing. 
 
5. Hermelin, B., & O’Connor, N. (1970). Psychological experiments with autistic 
children. Oxford, UK: Pergamon Press. 
 
https://www.autismspeaks.org/what-autism/diagnosis/dsm-5-diagnostic-criteria

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