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HOME OFFICE EM MEIO A PANDEMIA DO COVID 19: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NAS EMPRESAS PRIVADAS QUE ATUAM NO RAMO DE CONTABILIDADE NA CIDADE DE BELÉM/PA

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1 Aluna concludente do curso de Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade Estácio de Belém. 
2 Aluno concludente do curso de Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade Estácio de Belém. 
3 Aluna concludente do curso de Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade Estácio de Belém. 
4 Professor coorientador do artigo da Faculdade Estácio de Belém. 
5 Professora orientadora do artigo da Faculdade Estácio de Belém. 
 
 
HOME OFFICE EM MEIO A PANDEMIA DO COVID 19: DESAFIOS E 
OPORTUNIDADES NAS EMPRESAS PRIVADAS QUE ATUAM NO 
RAMO DE CONTABILIDADE NA CIDADE DE BELÉM/PA 
Adriele Sousa Branco ¹ 
Lucas Vidal Corrêa ² 
Maria Adriely Matos Araujo ³ 
Silvio Tadeu Teles da Silva 4 
Andrea Martins Cavalcante 5 
Resumo 
No cenário atual em que estamos inseridos, a tecnologia vem cada vez mais se tornando 
presente na vida das pessoas, evoluindo em escala global. Com estas inovações, a diversificação 
dos modelos de trabalhar também evoluem e se modificam proporcionalmente, e uma destas 
diversas modalidades é o modelo conhecido como “Home Office”. O objetivo do trabalho tende 
analisar o desempenho dos colaboradores, durante a necessidade imediata de adotar o 
teletrabalho e os impactos causados na saúde dos mesmos, buscando obter respostas a partir 
dos desafios e oportunidades encontradas. Utilizou-se de pesquisas bibliográficas e campo, com 
a aplicação de questionário eletrônico, visando a melhor forma de obter respostas durante o 
período da recomendação do isolamento social. Com tudo, identifica-se que este modelo de 
trabalho, julgaram como uma forma bastante positiva e acreditam na possibilidade de mudar a 
forma de trabalhar. 
Palavras-chaves: home office, teletrabalho, corona vírus 
Abstract 
In the current scenario in which we are in, technology is increasingly becoming present in 
people's lives, evolving on a global scale. With these innovations, the diversification of working 
models also evolve and change proportionally, and one of these various modalities is the model 
known as "Home Office". The objective of this study intends to analyze how employees 
evaluated themselves in various aspects during the immediate need to adopt telework and the 
impacts caused on their health, seeking to obtain answers from the challenges and opportunities 
encountered. Bibliographic and field research were used, with the application of an electronic 
questionnaire, aiming at the best way to obtain answers during the period of the 
recommendation of social isolation. Nevertheless, it is identified that this model of work was 
judged in a very positive way, and it is believed in its possibility of changing the way of work. 
Key words: home office, telework, corona virus 
 
2 
 
1 Introdução 
No atual cenário globalizado e imerso em tecnologia em que estamos inseridos, as 
modificações sociais, financeiras e econômicas são inevitáveis e acontecem em uma grande 
velocidade, e isto se reflete na forma como enxergamos o mundo e consequentemente a forma 
como o ser humano desenvolve suas atividades do dia a dia, tal qual as de sua subsistência, ou 
seja, sua forma de gerar capital próprio e movimentar sua vida financeira em diversas áreas de 
trabalho. As discussões sobre Tecnologias e Informação e Comunicação (TIC) vêm sendo cada 
vez mais presentes. As redes sociais, Marketplaces, E-commerces, entre outros, são formas e 
ambientes de negócios ainda em exploração, mas as necessidades impostas por uma pandemia 
transformaram esse cenário e trouxe consigo novas necessidades e demandas para os atores do 
mercado. 
Em dezembro de 2019, na cidade Wuhan, aconteceu o que não era previsto para 
essa década passada: Um novo vírus, o cenário jamais imaginado de pandemia. Uma doença 
que inicialmente não chamou a atenção da ciência. Todavia, em pouco tempo, atingiu o mundo 
em escala global, afetando a vida de pessoas, causando inúmeras mortes e pânico. No setor 
econômico, pois este por sua vez, composto inteiramente por pessoas, pela humanidade, esta 
que passou por tribulações extremamente desafiadoras de lidar. Em março de 2020, o vírus 
chega ao Brasil, atingindo todas as classes sociais e econômicas. Visto a situação em que o 
mundo inteiro se encontra em decorrência da pandemia do Novo Covid-19, o Brasil como um 
todo sofreu grandes impactos no que diz respeito a sua situação política, social e econômica, 
logo este estudo busca analisar o comportamento das pessoas em empresas privadas na cidade 
de Belém no estado do Pará, em relação as medidas que as empresas que atuam no ramo da 
contabilidade para a adaptação no modelo de trabalho conhecido como “Home Office” 
(Trabalho em Casa). 
Atualmente, o termo teletrabalho no Brasil passou a ter mais importância e 
conhecimento devido à Crise Sanitária do novo Corona vírus, na qual ocorreram diversas 
mudanças inesperadas em algumas áreas na forma de trabalho, devido a recomendações do 
isolamento social. O universo da pesquisa diz a respeito de como as pessoas sentiram de forma 
geral, evidenciando os diversos problemas e benefícios encontrados durante esse período 
citado, bem como, se eles tinham um local apropriado para o trabalho, a quantidade de pessoas 
(entre elas, crianças) existentes na casa e quais seriam as possibilidades de trabalhar nessa nova 
3 
 
modalidade. O problema que se evidencia no artigo é: Quais foram desafios e oportunidades do 
trabalho em Home Office encontradas pelos colaboradores que atuam nas empresas do ramo de 
contabilidade e afins, no Município de Belém do Pará? 
Visando responder a problemática, o objetivo geral desta pesquisa é o de analisar o 
desempenho dos funcionários das empresas no ramo de gestão e contabilidade, em atendimento 
de home office (teletrabalho), durante à crise sanitária do novo Corona Vírus, na cidade de 
Belém do Pará. 
Partindo do objetivo geral, temos como objetivos específicos deste trabalho 
encontrar os desafios e as oportunidades na rotina dos colaboradores durante o teletrabalho no 
meio da pandemia, demonstrar as medidas adotadas para implantação do home office, analisar 
as mudanças legislações vigentes: base CLT – Consolidação das Leis de Trabalho, leis federais 
e municipais sobre o isolamento social, observar as qualidades dos serviços, analisar a 
autoavaliação dos colaboradores, verificar como os colaboradores avaliaram a sua relação com 
os clientes e analisar os resultados obtidos pela pesquisa realizada. 
A pesquisa está estruturada da seguinte forma: Referencial Teórico, com contexto 
histórico no mundo e no Brasil, diferença entre o home office e teletrabalho, mudanças na lei 
dos trabalhadores durante a pandemia e os aspectos de saúde e vivência do colaborador durante 
a pandemia; Metodologia de Pesquisa; Análise dos dados, com apresentação e apuração de 
Resultados; Considerações finais; e por fim Referências Bibliográficas. 
 
 
 
4 
 
2 Referencial teórico 
2.1 Contexto histórico no mundo 
Um dos primeiros trabalhos a distância iniciou a sua prática no ano de 1857, nos 
Estados Unidos, quando o proprietário da estrada de ferro Penn utilizou o sistema de telégrafo 
de sua empresa para gerenciar seus empregados que estavam distantes do escritório central em 
Chicago. (MELLO, 1999 apud THOM, 2017). 
No entanto, o termo teletrabalho começou a iniciar na década de 70 quando o 
mundo passava pela crise do petróleo e mudança de inflação. Com essa crise, começou a ter 
uma grande preocupação com os gastos para o deslocamento ao trabalho. Visando essa 
preocupação, alguns setores da empresa começaram a ser aplicadas em domicílio. Houve uma 
crise e transição do Direito do Trabalho no final do século XX, quando nos países ocidentais 
desenvolvidos iniciava, de um lado, uma crise econômica em 1973/74, com a crise do petróleo; 
e do outro lado, iniciava a renovação tecnológica, o que trouxe um grande avanço e transição 
ao campo do Direito Trabalhista. (DELGADO, 2017). 
Com essa mudança,a evolução no direito trabalhista trouxe impactos sociais, 
políticos e econômicos ao redor do mundo. O dinamismo das relações de trabalho e as 
especificidades das funções emergem com as necessidades impostas pelo mercado e 
oportunizadas pelo avanço tecnológico. Assim como no Brasil, como veremos a seguir. 
2.2 Contexto histórico no Brasil 
No Brasil, o modelo de teletrabalho foi introduzido oficialmente em 20 de agosto 
de 1997, no Seminário Home Office/Telecommuting- Perspectivas de Negócios e de Trabalho 
para o 3º Milênio, durante o qual foi lançado o primeiro livro sobre o assunto em português 
(GOULART, 2009, apud THOM, 2017). 
No ano de 1999, criou-se o conselho Regional de Administração de São Paulo – 
CRA-SP- o Grupo de Excelência denominado “Teletrabalho e Novas Formas de Trabalho”, que 
hoje é chamado de “Conselho Regional de Administração de São Paulo, com a finalidade de 
discutir informações relativas ao teletrabalho, realizadas pelos membros do grupo ou outras 
parceiras, (GOULART, 2009 apud THOM, 2017). 
5 
 
Entretanto, não havia regulamento oficial para trabalhar nessa modalidade, apenas 
termos aproximados, mostrando, a falta de clareza entre empregado e empregador, 
principalmente nas questões que envolviam jornada de trabalho, subordinação, segurança e 
saúde no trabalho. 
A partir da Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, altera a Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT) definindo as condições de trabalhos, a forma de relação entre empregado e 
empregador, a forma de utilização, cuidado e o fornecimento de equipamentos necessários para 
o trabalho à distância, presentes nos artigos de 75-A até 75-E (BRASIL, 2017). 
Esta modalidade inserida no contexto das novas formas de organização e relações 
do trabalho, que facilita a realização das atividades laborais fora do ambiente comum 
organizacional por meio do uso das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDICs) 
(Nilles, 1997). 
Todavia, há diferença entre o Home Office praticado no mundo e o Teletrabalho 
praticado no Brasil, citado no item a seguir. 
2.3 Diferença entre Home Office e Teletrabalho 
Para LANTYER (2020) O home office se caracteriza quando o trabalho é realizado 
remotamente de maneira eventual na residência do empregado, podendo ou não configurar a 
hipótese de teletrabalho, sendo benéfico principalmente em casos de emergências como 
pandemias, enchentes e greves. Nem todas as atividades em home office se utilizam da 
tecnologia, que é condição preponderante para caracterização do teletrabalho 
No Brasil, somente a modalidade de teletrabalho é regulamentada no Brasil, pela 
Lei 13.467/2017, onde normaliza pelo artigo: 
“(...)Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das 
dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de 
comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)” (CLT, art 75-B) 
Neste mesmo artigo da referida lei informa que, em qualquer atividade que exija a 
presença física do seu colaborador na empresa, isso não se caracteriza como teletrabalho. O 
contrato deverá ser de forma individual e expresso, informando quais atividades serão 
exercidas, instruindo ao seu colaborador, as devidas precauções para evitar doenças e acidentes 
6 
 
de trabalho. O empregador, antes de qualquer trabalho aplicado nessa modalidade à distância, 
deve entrar em acordo e expressar em contrato de trabalho, quais são as ajudas de custo que a 
empresa poderá fornecer ao seu empregado. 
2.4 Mudanças na lei dos trabalhadores durante a pandemia 
Com o avanço da pandemia causada pela covid-19 no Brasil, o governo federal, 
juntamente com o governo municipal atual tiveram que se manifestar a respeito de proteger a 
população. Na lei nº 13.979/2020, dispõe das medidas necessárias para o enfrentamento de 
forma emergencial, evitando da doença se espalhar de forma agressiva. Com esta lei, fez-se 
necessário estar em isolamento – separação das pessoas e/ou objetos tiveram em contato com o 
corona vírus, evitando a propagação do mesmo; em quarentena – restrição de atividades as 
pessoas suspeitas de contaminação do vírus; e fazer a realização de exames - para a 
comprovação da pessoa infectada. O decreto municipal de Belém nº 13.955/2020, vem para 
reforçar as medidas necessárias para conter a propagação da infecção e transmissão local, 
preservando a saúde da população em geral no período da pandemia. 
Com tudo, a lei 14.020/2020 veio a instituir o Programa Emergencial de 
Manutenção do Emprego e da Renda, voltado para os trabalhadores e como eles podem 
enfrentar a calamidade pública. Esta lei veio com o propósito de assegurar os seus trabalhadores 
a não perderem os seus empregos, mantendo a continuidade dos serviços laborais e 
empresariais, diminuindo os impactos sociais devido a consequência da doença. 
No artigo 3, inciso I a III, da referida lei, propõe o pagamento do Benefício 
Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda; a redução proporcional de jornada de 
trabalho e de salário; e a suspensão temporária do contrato de trabalho. O programa institui três 
tipos de reduções de carga horária: 25%, 50% e 70% e o pagamento de salário, parte do salário 
é da empresa e parte dele, o governo complementa de forma proporcional. 
Visando a aplicação deste programa, muitas pessoas se viram obrigadas a trabalhar 
de casa. No entanto, muitos colaboradores não tinham a estrutura o suficiente para prover o 
trabalho de forma suficiente. Com o serviço em casa, muitas pessoas tinham as suas tarefas do 
trabalho misturadas com as tarefas do trabalho, em muitos casos, o suporte era dificultoso. 
2.5 Aspectos de saúde e vivência do colaborador durante a pandemia 
7 
 
Historicamente falando, a maior pandemia que já ocorreu, antes da COVID-19 foi 
a gripe espanhola, no ano de 1918, com referência de ser a mais devastadora, com a estimativa 
de até 50 milhões de mortos. Entretanto, nessa era digital, a geração atual não tinha vivido algo 
tão parecido, impactando toda uma estrutura já formulada na relação de trabalho. 
Algumas empresas já adotavam a modalidade de teletrabalho, porém, para a grande 
maioria dos funcionários, a necessidade desse trabalho teve que ser feita de modo urgente, 
seguindo as orientações da OMS (World Health Organization) reduzindo o contato social e, 
por consequência, a diminuição do contágio do vírus objetivando reduzir o colapso do sistema 
de saúde. 
Durante este isolamento social, tiveram a presença de diversos sentimentos e 
reações, como citado pela “Guia com cuidados para saúde mental durante pandemia” (OMS, 
2020): 
● O pânico do avanço do vírus; 
● O medo de perder um ente querido; 
● Os sentimentos oscilam por estar ausente do convívio com as pessoas; 
● As angústias das incertezas que poderiam agravar; e 
● O maior fator de preocupação dentro classe trabalhadora: o medo de perder o emprego. 
Em entrevista ao Programa Ponto a Ponto, da Rádio Som Maior, Leandro Teles, 
autor do livro “Os desafios do cérebro’’ destacou que a pandemia traz, além da crise sanitária, 
problemas de saúde mental. O mesmo mencionou que: “Na pandemia obteve -se incidência do 
consumo de álcool, abusos, as pessoas ficaram mais impulsivas, criaram mania de compra, 
aumento significativo de ansiedade, medo da infecção, de parentes adoecerem, da crise 
econômica. O Índice de depressão aumentou de 100% a 200%. Existe atualmente um 
adoecimento coletivo com relação ao estresse e os índices são alarmantes 
Grande parte dos colaboradores não tinham estrutura suficiente para trabalho, 
misturando os deveres do emprego com os deveres de casa, gerando um enorme desafio, tanto 
para saúde mental quanto física. Para as empresas, houve mudanças na gestão de pessoas, neste 
regime, pois não havia controle de como estava a saúde dos seus funcionários e o controle de 
atividades devidos, vistoque este controle era feito de forma presencial, buscando alternativas 
para rápida mudança na estrutura já formada. 
8 
 
O exemplo vivido dentro deste período de fechamento total foi de uma das autoras, 
Adriele Sousa, estagiária de uma empresa reconhecida em Belém, residente de uma cidade a 
mais de 60 km da região metropolitana de Belém, não obteve a mesma experiência de trabalhar 
durante a pandemia em estilo Home Office, a mesma teve que trabalhar horário integral, pois a 
empresa em que trabalhava não dispensou seus funcionários a realização de trabalho em suas 
residências. Com isto, a estagiária teve que pedir quebra de contrato do estágio, visto que, o seu 
descolamento estava se tornando inviável, devido aos altos custos nos preços das passagens e 
pela redução das frotas, além de contar com a enorme preocupação de transmitir o vírus aos 
seus familiares, na qual participam do grupo de risco. A mesma passou a ter problemas 
emocionais durante o período, problemas voltados a questões financeiras por conta de ter aberto 
mão de sua única fonte de renda para manter a sua faculdade. 
Outro exemplo dentro deste período de fechamento total, foi o da autora Maria 
Adriely, ao iniciar o estágio em 10 de março e dia 23 de março, pelo advento da pandemia, 
começar o trabalho na modalidade de Home Office e desenvolver o estágio que acabara de 
começar na empresa. Com muitas pessoas na mesma residência, a conexão via internet começou 
a apresentar dificuldades, a comunicação entre os colaboradores sofreu muitos impactos e 
apresentou diversos problemas. 
Do mesmo molde foi do autor Lucas Vidal, que estagiando no departamento Fiscal 
na mesma empresa que a autora Maria Adriely, sentiu grandes dificuldades no que diz respeito 
a comunicação com os membros de sua equipe de trabalho, e ainda em processo de treinamento 
e desenvolvimento de competências e habilidades, encontrou dificuldades para executar suas 
tarefas com excelência e proatividade. Há de lembrar que o estado emocional e o medo perante 
o cenário que o mundo todo viveu, também proporcionou grandes impactos no seu crescimento. 
Logo percebemos um comportamento robótico, apenas exercendo as tarefas, mas 
não desenvolvendo competências e habilidades, pois ninguém estava preparado para uma 
interrupção tão abrupta do processo de treinamento e desenvolvimento de conhecimento na 
experiência em uma empresa contábil. Este quadro como um todo gerou desgaste, cansaço e 
frustração emocional para todos. 
Entretanto, convém frisar que houve oportunidades, como por exemplo ter mais 
tempo para executar outros tipos de atividades da faculdade e otimizar o tempo e o gasto 
financeiro relativo ao deslocamento entre a residência e trabalho. Outra oportunidade, foi do 
9 
 
desafio encontrado para se adaptar a situações adversas, e demonstrar que é possível sobreviver 
em meio ao caos gerado pela pandemia. 
Pensando nisso, vimos a oportunidade de questionar outros profissionais que atuam 
na área contábil e afins, com o intuito de estudarmos o comportamento das mesmas, e quais 
foram os desafios e oportunidades que sentiram durante esse período de sobrecarga emocional, 
talvez financeira para alguns, e principalmente de saúde. Uma mudança muito radical na rotina 
e com novos cuidados, uma nova realidade, e cada colaborador um ser humano que mais do 
nunca precisa sustentar seu emprego e sobreviver a este processo. A metodologia será exposta 
a seguir. 
 
10 
 
3 Metodologia 
Adotou-se do processo de pesquisa descritiva e levantamentos de dados, focado nos 
colaboradores que atuam no setor contábil e afins, através de questionário eletrônico, 
respeitando o isolamento social. A coleta de dados em campo iniciou no dia 01 de outubro e 
encerrou a pesquisa no dia 31 de outubro de 2020. 
Para melhor análise das respostas do questionário, foram separados em categorias, 
utilizando o método qualitativo, procurando interpretar os acontecimentos e entender as 
relações existentes entre os constructos a partir da ótica dos pesquisadores, levando em 
consideração seus vieses, podem moldar suas interpretações durante o estudo (Creswell, 2010) 
Bem como foi utilizado o método de pesquisa quantitativo, com perguntas de forma 
fechada, objetivando analisar os dados coletados, transformando em linguagem estatística, com 
neutralidade e redução de interferência de variáveis irrelevantes (Gunther, 2006) 
Apesar do teletrabalho ser uma modalidade que, para muitos, ser novidade, busca-
se saber como os colaboradores se sentiram e quais as visões a partir do levantamento de dados 
em campo, que é a possibilidade adotar o home office. 
 
 
11 
 
4 Análise dos dados 
4.1 Apresentação dos resultados 
No período do dia 01 até o dia 30 de outubro de 2020, foi compartilhado o 
questionário eletrônico via redes sociais, visando a melhor forma de obter as respostas neste 
período de isolamento social, obtendo 86 respostas dos colaboradores. Assim, obtivemos os 
seguintes resultados: 
Questão 1: Qual a sua idade? 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
No gráfico 1, pode-se observar que a faixa etária dos entrevistados formam: 45% 
dos colaboradores possuem idade entre 18 a 25 anos, 36% apresentam idade entre 26 a 33 anos, 
8% estão na faixa de 34 a 41 anos, 7% com a faixa etária de 42 a 49 anos e apenas 3% estão 
acima de 50 anos de idade. 
Como resultado, foi tomado conhecimento que o alcance da pesquisa atendeu em 
sua maior parte a colaboradores jovens adultos, tendo as variáveis de 18 a 25 anos, e de 26 a 33 
anos como o maior destaque, e como menor destaque as demais variáveis. 
Questão 2: Quantas pessoas (incluindo você) residem em sua casa? 
45%
36%
8%
7%
4%
Gráfico 1: Faixa etária
18-25 anos
26-33 anos
34-41 anos
42-49 anos
50+ anos
12 
 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
No gráfico 2 é demonstrado a quantidade de pessoas que residem no mesmo lar que 
os entrevistados, obtendo como resultado que: 36% convivem com 3 pessoas, 26% moram com 
2 pessoas, 24% com 4 pessoas, 9% com mais de 5 pessoas e apenas 5% moram sozinhos. 
Pode-se observar que a maioria dos entrevistados, convivem com mais de duas 
pessoas em sua residência, podendo ou não, haver dificuldades em concentrado e espaço para 
desenvolver suas atividades laborativas em suas residências. 
Questão 3: Você possui filhos? Se sim, quantos? 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
5%
26%
36%
24%
9%
Gráfico 2: Quantidade de residentes na mesma casa
1
2
3
4
5+
13%
9%
1%
77%
Gráfico 3: Quantidade de dependentes
1
2
4+
Não possuo filhos.
13 
 
O gráfico 3 apresenta quantos filhos os entrevistados possuem, ou se não possuem. 
Na qual, 77% afirmou não possuir filhos, 13% com apenas 1 filho, 9% possuem 2 filhos e 1% 
com mais de 4 filhos como dependentes. 
Entende-se que grande parte dos entrevistados não possuem filhos, conforme vide 
o gráfico 3, variável esta que, neste contexto social e econômico, pode apresentar ser um ponto 
positivo, tendo menos despesas e dependentes para lidar com as despesas financeira das 
famílias. Já para os que possuem filhos, isto implica em diversos fatores como a necessidade 
da atenção e do cuidado que exigem ao ter dependentes, bem como, seguindo a mesma 
linhagem de raciocínio do gráfico anterior, a necessidade destas pessoas se manterem em um 
emprego estável e possuir a condição necessária de trazer sustento para seu lar e a sua família. 
Questão 4: Você possui estrutura (computador, internet, mesa, espaço) adequada para trabalhar 
em casa? 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
Ao perguntar aos entrevistados se os mesmos possuem estrutura adequada para 
trabalhar em sua residência, observa-se no gráfico 4 que: 60% de respostas positivas como sim, 
36% responderam que possuem parcialmente, apresentando apenas alguns instrumentos de 
trabalho para realizar suas tarefas e apenas 4% constataram não possuir nenhum item para 
cumprir suas tarefas.No que tange o gráfico 4, podemos inferir que dentre os entrevistados, a grande 
maioria possui estrutura para realizar suas atividades via teletrabalho em seus lares, e este é um 
4%
60%
36%
Gráfico 4: Estrutura adequada para o trabalho
Não
Sim
Sim, parcialmente (apenas
alguns dos itens)
14 
 
parcialmente positivo, pois embora uma parte tenha apresentado parcialmente ter estrutura 
adequada, uma pequena parte não possui nenhuma estrutura, afetando o desenvolvimento 
adequado de suas atividades. Entretanto, como a maior parte dos entrevistados possuem a 
estrutura necessária, logo conclui-se que, no que diz respeito a estrutura de trabalho, o resultado 
da pesquisa foi satisfatório. 
Questão 5: Qual é o cargo que você exercia na empresa durante o período de Home Office? 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
Ao perguntarmos aos entrevistados os cargos efetuados na empresa na qual 
trabalham obteve -se como resultado que: 41% exercem a função de Assistente ou Analista, 
16% Auxiliar, 14% Gerente ou Coordenador do Setor ou da empresa, 11% sócio da empresa, 
9% Estagiário e por fim 9% classificaram como outros cargos. 
No gráfico 5, a pesquisa obteve um alcance maior em profissionais que atuam no 
setor operacional das empresas que atuam no ramo de contabilidade e afins, como Assistentes 
ou Analistas, Auxiliares de escritório, Gerentes e estagiários, tendo apenas uma pequena parte 
dos entrevistados ocupando cargos de Sócios e outros cargos não citados. 
Questão 6: Qual foi a sua carga horária durante o período de Home Office? 
41%
9%
16%
14%
9%
11%
Gráfico 5: Quadro de cargos
Assistente ou Analista
Auxiliar
Estagiário
Gerente ou Coordenador
Outros
Sócio
15 
 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
Segundo o gráfico 6, em relação a carga horária realizada durante o período de 
Home Office, constatou -se que: 70% dos entrevistados permaneceram com o horário integral, 
12% tiveram a carga horária reduzida a 50%, 11% passaram pela redução de 25% do horário 
integral e apenas 6% sofreram redução de 75% da carga horária trabalhada reduzida. 
Visto isto, inferimos que o resultado obtido no gráfico 6, fora positivo para os 
profissionais que atuam em empresas de contabilidade e gestão, pois predominou a 
permanência da carga horária normal para os colaboradores. No entanto, convém frisar que este 
cenário trouxe para 29% dos entrevistados além da diminuição da carga horária, a redução 
salarial, sendo este, um ponto negativo a ser destacado. 
Questão 7: No período da pandemia, como você classificaria o seu bem estar emocional? 
 
71%
11%
12%
6%
Gráfico 6: Quadro de horário
Horário integral
Horário reduzido (25%)
Horário reduzido (50%)
Horário reduzido (75%)
4%
20%
2%
1%
59%
14%
Gráfico 7: Saúde e bem estar emocional
Entusiasmado
Exausto
Feliz
Normal, sem alterações
Oscilante (momentos bons e
momentos ruins)
Tenso
16 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
O gráfico 7 apresenta dados relacionados à saúde e bem estar emocional dos 
colaboradores que trabalharam durante o período de Home Office. Constatou-se que: 59% dos 
entrevistados classificaram a sua saúde emocional como oscilante, tendo momentos bons e 
ruins, 20% responderam viver momentos exaustivos, 14% relacionaram como tenso, 4% 
relacionaram seu bem estar com entusiasmo, 2% responderam estar felizes e apenas 1% 
passaram pelo momento com a saúde emocional normal e sem alterações. 
Observa-se que o resultado fora relativamente previsível, pois tendo em vista o 
momento delicado que o mundo inteiro passou em virtude das tribulações decorridas pela 
pandemia do novo Corona Vírus. É natural que as pessoas tenham se identificado oscilantes e 
exaustas, tendo em vista que o cenário da pandemia impactou a vida de todas as pessoas, 
alterando sua rotina, seu modo de trabalho, a adaptação a um novo contexto econômico, social 
e de saúde pública. No entanto, avista que uma pequena parte conseguiu se manter as suas 
emoções de forma estável. 
Questão 8: Dentre as opções abaixo, qual foi a mais desafiadora que você encontrou durante o 
período de Home Office? 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
No gráfico 8, analisou-se quanto a condição mais desafiadora encontrada durante 
ao período de Home Office dos colaboradores das empresas entrevistadas apurou-se que: 35% 
encontraram dificuldade em manter foco e concentração no trabalho devido estar executando 
35%
15%13%
20%
3%
14%
Gráfico 8: O desafio durante o trabalho
Concentração e foco durante o
trabalho em um ambiente familiar
Dificuldade na comunicação entre
colaboradores da equipe
Falta de estrutura (computador,
conexão de Internet, espaço e etc)
Não tive problemas durante este
período
Outros
Problemas de saúde (doenças, estado
psicológico, etc)
17 
 
suas tarefas em ambiente compartilhado com a família, 20% não tiveram problemas durante 
este período, 15% informaram maior dificuldade na comunicação com os colaboradores que 
compõe suas equipes de trabalho, 14% afirmaram apresentar problemas de saúde (abrangendo 
questões de doenças e de estado psicológico) dificultando ainda mais o desenvolvimento de seu 
trabalho, 13% com dificuldades no que diz respeito a estrutura necessária para a realização das 
atividades e 3% classificaram suas dificuldades em outras categorias. 
Podemos destacar que uma das maiores dificuldades foi a de encontrar foco em suas 
atividades laborativas, isto se deve ao fato que a adaptação da modalidade de trabalho Home 
Office acontecera em um momento muito delicado que o mundo como um todo passou, trazendo 
impactos sociais, econômicos, financeiros e psicológicos na vida das pessoas. Logo, é natural 
que os colaboradores que representam 35% dos entrevistados, viviam uma rotina fixa de 
trabalho presencial não estavam preparados para trabalhar neste cenário e encontrarem 
dificuldades para manter este foco no ambiente familiar. 20% dos entrevistados não sentiram 
dificuldade neste período, e esta variável indica que pessoas com preparo estrutural, 
competências e experiências possuem mais facilidade em lidar com este cenário. 
Todavia, os 15% dos mesmos identificaram sua maior dificuldade em relação a 
comunicação com os membros de sua equipe neste cenário, isto se deve a vários fatores, como 
a conexão via Internet como principal meio de comunicação, mas principalmente a mudança 
repentina da rotina. Outra variável de suma importância para ser destacada é de questões de 
saúde (física e psicológica), na qual representa 14% dos entrevistados se identificaram com 
estas dificuldades, pois a pandemia trouxe, além de uma doença sem conhecimento, abalos 
psicológicos para as pessoas, e a saúde mental do colaborador é de suma importância para as 
empresas conseguirem, mesmo imersas em um cenário problemático, entregar um serviço de 
qualidade para seus clientes. 
Já 13% destes entrevistados, avaliaram como principal dificuldade a sua estrutura 
operacional para o desenvolvimento de suas tarefas, isto reflete em como os colaboradores e as 
empresas não estavam preparados para o cenário imprevisível que se instalou e obrigou a esta 
adaptação. Dentro da pesquisa, onde 3% dos colaboradores destacaram que suas dificuldades 
em outros, recebemos 3 respostas como: queda acentuada na demanda/escassez de clientes, 
todas as opções dentro da questão 8 e mais a falta de percepção por meio dos superiores que 
não respeitavam os limites de horários e dias de expediente e tinha que trabalhar mais do que 
18 
 
se estivesse no escritório pois achavam que estar em casa é estar disponível 24h. E esta questão 
nos mostra uma visão muito preocupante dentro da estrutura organizacional. 
Questão 9: Dentro das opções abaixo, qual foi o maior benefício que você encontrou durante o 
período? 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
De acordo com o gráfico 9, verifica-se que: 38% dos entrevistados responderam ter 
encontrado como benefício no período de Home Office a otimizaçãode tempo gasto em 
trânsito, 30% em questão de flexibilização do horário se tornando mais proveitoso, 13% 
afirmaram que o maior benefício foi estar mais próximo de seus familiares, 7% responderam 
não encontrado nenhum benefício, 5% obtiveram mais tempo para se capacitar 
profissionalmente, 5% responderam que encontrados benefícios de outras formas não citadas 
na entrevista e 2% conseguiram se concentrar mais no trabalho. 
É perceptível ver que a alternativa de trabalho em casa trouxe como maior benefício 
para os profissionais, que atuam em empresas de contabilidade, gestão e afins, a flexibilização 
no que diz respeito ao deslocamento de suas residências para o local de trabalho e vice versa. 
Visto que isto possibilita redução com gastos e tempo em trânsito, sendo um ponto positivo de 
grande destaque nesta pesquisa. A flexibilização do horário também fora destacada como o 
segundo maior benefício nestes tempos de pandemia e Home Office, tendo em vista que pela 
jornada de trabalho ser realizada em seus lares, se torna mais prático, tanto para a empresa 
quanto para seus funcionários flexibilizar a jornada. 
13%
30%
2%7%
38%
5%
5%
Gráfico 9: O Benefício de estar trabalhando em casa
Estar próximo de meus familiares
Flexibilização de horário
Maior concentração no trabalho
Não senti nenhum benefício durante
este período
Otimização do tempo gasto em trânsito
Outros
Ter mais tempo para capacitações
profissionais
19 
 
A variável de estar próximo a seus familiares também foi muito significativa para 
vários colaboradores, e isto é um fator que agrega valor e traz engajamento para o bem estar 
emocional dos colaboradores, que estes por sua vez, trabalhando apenas presencialmente, 
muitas vezes não possuem a oportunidade de estar próximos de suas famílias como gostariam. 
Logo, esta variável indica que o Home Office possui fator positivo. Algumas 
pessoas classificaram como nenhum benefício, e este é um resultado esperado, visto que o 
momento da pandemia foi extremamente delicado. E uma pequena parcela dos entrevistados 
respondeu que seu maior benefício foi encontrar, no meio deste período de dificuldades, a 
oportunidade de utilizar este tempo para capacitação profissional e melhoria de suas 
competências. E os entrevistados que marcaram a opção de outros, puderam descrever os 
benefícios como: fazer coisas para relaxar, otimização do tempo sem trânsito e flexibilização 
de horário, redução de custos e por conta da otimização do tempo em transporte etc., a 
proximidade com seus familiares aumentou demais, o que achou ótimo. 
Questão 10: Como foi a sua relação no que diz respeito com os clientes? 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
Quanto a relação com os clientes durante o período de pandemia, o gráfico 10 
retrata que: 39% dos entrevistados mantiveram um bom relacionamento com os clientes, 23% 
responderam que a situação não se aplica a sua função exercida, 18% obtiveram uma relação 
ótima, 16% tiveram relação regular, 2% apresentaram uma relação ruim e outros 2% 
classificaram como péssima. 
39%
23%
18%
2%
16%
2%
Gráfico 10: Relação com os clientes
Bom
Não se aplica a minha função
Ótimo
Péssimo
Regular
Ruim
20 
 
É possível vislumbrar que a relação com os clientes esteve classificada como boa e 
ótima predominantemente, e de forma regular, mesmo diante o cenário dificuldades. Porém, 
23% dos os entrevistados competem em seus cargos a relação com clientes, e uma pequena 
parcela informou que a relação com os clientes fora péssima e ruim, ambas na mesma 
proporção. 
Questão 11: Em relação a sua produtividade durante este período, como você se avalia? 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
Quanto a condição de produtividade durante o período de Home office o gráfico 11 
nos revela que 50% dos entrevistados avaliaram sua produtividade como boa, 24% 
classificaram como regular, 18% como ótimo e 8% como produtividade ruim. 
Analisando o resultado nos indica que a população analisada nesta pesquisa 
conseguiu manter sua produtividade estabilizada como boa e ótima, resultado este, que é 
positivo e indica que dentro da alternativa do Home Office é possível manter o padrão de 
qualidade do serviço realizado nas empresas. Todavia é destacável que, devido diversos fatores, 
quase um terço dos entrevistados avaliou seu grau de produtividade como regular, e outra 
parcela avaliou como ruim, fatores estes que são totalmente compreensíveis devido ao momento 
passado e a muitas pessoas não possuírem estrutura boa para o desenvolvimento de suas 
atividades. 
Questão 12: Você acredita que após a Pandemia, é possível as empresas de Gestão e 
Contabilidade, utilizarem o Home Office como uma modalidade alternativa de trabalho? 
50%
18%
24%
8%
Gráfico 11: Autoavaliação em relação a produtividade
Bom
Ótimo
Regular
Ruim
21 
 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
O gráfico 12 apresenta a porcentagem da expectativa dos colaboradores 
entrevistados sobre a modalidade do trabalho Home Office no pós pandemia, como alternativa 
de trabalho para as empresas de gestão e contabilidade, na qual: 62% responderam acreditar na 
modalidade, todavia de forma flexibilizada, 36% possuem expectativa da efetivação do 
teletrabalho e apenas 2% não acreditam nesta modalidade de trabalho. 
Podemos inferir que o resultado é notoriamente positivo, pois após vivenciarem 
esta experiência, ainda que, vivendo em um período turbulento no mundo inteiro, muitas 
pessoas abriram a mente para a possibilidade de adotar este modelo de trabalho como uma 
alternativa viável. Ainda que pequena parte ainda não sejam a favor, é uma informação que 
pode beneficiar a relação de empresa e colaborador, pois os mesmos acreditam nesta 
possibilidade de usufruem dos benefícios que ela proporciona, de forma total ou flexível. 
Questão 13: De 0 a 10, como você classifica a sua experiencia com a modalidade Home Office? 
2%
36%
62%
Gráfico 12: Possibilidade de trabalhar na modalidade 
teletrabalho
Não
Sim
Sim, de forma flexibilizada
22 
 
 
Fonte: Autoria própria (2020) 
Por fim, o gráfico 13 nos informa detalhadamente a classificação dos entrevistados 
em relação a experiência de trabalho Home Office no modo geral, na qual 34% avaliaram com 
a nota 8 a experiência vivida, 24% com a nota máxima 10, 13% com a nota 6, 12% com a nota 
9, e 12% com nota 7, 3% com nota 5 e por fim 2% com nota 4. Sendo que a nota de 0 a 5 se 
encaixa na classificação de insatisfação e de 6 a 10 com a classificação de satisfação. 
Analisando as respostas, 95% avaliaram como satisfatória a experiência realizada 
em Home Office e apenas 5% como insatisfatória. Então, podemos concluir que esta modalidade 
de teletrabalho veio em um momento de muitas turbulências, das mais diversas experiencias e 
em um cenário de pandemia, porém, em meio ao desafio de sobreviver a uma mudança 
repentina de rotina, a maior parte da população entrevistada reconhece esta alternativa de 
trabalho como algo positivo. 
 
 
0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
2% 3%
13%
12%
34%
12%
24%
0
5
10
15
20
25
30
35
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Gráfico 13: Grau de satisfação de modo geral
23 
 
5 Considerações finais 
A pandemia, ocasionada pela COVID-19, impulsionou a necessidade de flexibilização 
do trabalho. A fim de estudar as mudanças ocorridas no período para os profissionais da área 
de contabilidade e afins, tais como as medidas adotadas para a implementação do home office, 
a legislação vigente, qualidade do serviço, autoavaliação dos trabalhadores e relação com 
clientes, neste trabalho adotou-se a metodologia de pesquisa em campo, através da aplicação 
de formulário eletrônico. Dessa forma, o presente trabalho atingiu o objetivo de analisar os 
desafios e as oportunidades dos funcionários em trabalho Home Office (teletrabalho) na cidade 
de Belém do Pará. 
Diante do exposto, concluiu-se que 80% colaboradores entrevistados encontraram 
diversas dificuldades em meio a pandemia,como a falta de comunicação, problema saúde física 
e estado emocional e a falta de estrutura para adequada para realização de suas atividades 
laborativas em seus lares. A pesquisa concluiu também que 99% dos entrevistados tiveram o 
bem-estar psicológico afetado, em virtude do advento da pandemia, resultado esperado devido 
ao contexto do isolamento social. 
No entanto, em meio ao desafio de sobreviver a estas adversidades, este estudo 
identificou que 98% acreditam que o Home Office é uma ótima alternativa de trabalho e que, 
se houver um maior preparo por parte dos colaboradores e das empresas, a produtividade 
mantém sua qualidade, pois este tipo de trabalho apresenta diversos benefícios, tanto para os 
colaboradores quanto para empresa. Exemplo disto é a redução de custos e otimização do tempo 
gasto em trajeto casa-trabalho, visto que em determinadas épocas do ano na cidade de Belém 
as chuvas intensas alagam a cidade e causam congestionamento no trânsito. 
Outro exemplo é quando um colaborador estiver em situação de enfermidades, mas 
ainda sim esteja disposto a realizar suas tarefas em casa. Ou seja, se as empresas e seus 
colaboradores estiverem preparados, podem utilizar do Home Office como uma alternativa 
estratégica que permita vantagens a entidade e ao profissional. Porém, vale destacar, que este 
preparo está relacionado a realidade de cada pessoa, seja ela jurídica ou física, visto que nem 
todos possuem interesse em trabalhar desta forma ou não possuem ainda o preparo ou a 
estrutura adequada. 
 
24 
 
6 Referências bibliográficas 
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Acesso em 11 de out de 2020. 
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Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda; dispõe sobre medidas complementares 
para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 
6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional 
decorrente do coronavírus, de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020; altera as Leis 
n os 8.213, de 24 de julho de 1991, 10.101, de 19 de dezembro de 2000, 12.546, de 14 de 
dezembro de 2011, 10.865, de 30 de abril de 2004, e 8.177, de 1º de março de 1991; e dá outras 
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27 
 
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO ÀS PESSOAS 
ENTREVISTADAS 
01. Qual a sua idade? 
18-25 anos 
26-33 anos 
34-41 anos 
42-49 anos 
50+ anos 
02. Quantas pessoas (incluindo você) residem em sua casa? 
1 
2 
3 
4 
5+ 
03. Você possui filhos? Se sim, quantos? 
Não possuo filhos. 
1 
2 
3 
4+ 
04. Você possui estrutura (computador, internet, mesa, espaço) adequada para 
trabalhar em casa? 
Sim 
Sim, parcialmente (apenas alguns itens) 
Não 
05. Qual é o cargo que você exercia na empresa durante o período de Home Office? 
Sócio 
Gerente ou Coordenador 
Assistente ou Analista 
Auxiliar 
Estagiário 
Outro 
06. Qual foi a sua carga horária durante o período de Home Office? 
Horário integral 
Horário reduzido (25%) 
Horário reduzido (50%) 
Horário reduzido (75%) 
07. No período da pandemia, como você classificaria o seu bem estar emocional? 
Tenso 
Exausto 
Entusiasmado 
Oscilante (momentos bons e momentos ruins) 
Feliz 
28 
 
Outro 
08. Dentre as opções abaixo, qual foi a mais desafiadora que você encontrou durante o 
período de Home Office? 
Dificuldade na comunicação entre colaboradores da equipe 
Concentração e foco durante o trabalho em um ambiente familiar 
Falta de estrutura (computador, conexão de Internet, espaço e etc) 
Problemas de saúde (doenças, estado psicológico, etc) 
Não tive problemas durante este período 
Outro 
09. Dentro das opções abaixo, qual foi o maior benefício que você encontrou durante o 
período? 
Otimização do tempo gasto em trânsito 
Flexibilização de horário 
Maior concentração no trabalho 
Ter mais tempo para capacitações profissionais 
Estar próximo de meus familiares 
Não senti nenhum benefício durante este período 
10. Como foi a sua relação no que diz respeito com os clientes? 
Péssimo 
Ruim 
Regular 
Bom 
Ótimo 
Não se aplica a minha função 
11. Em relação a sua produtividade durante este período, como você se avalia? 
Péssimo 
Ruim 
Regular 
Bom 
Ótimo 
12. Você acredita que após a Pandemia,é possível as empresas de Gestão e 
Contabilidade, utilizarem o Home Office como uma modalidade alternativa de 
trabalho? 
Sim 
Sim, de forma flexibilizada 
Não 
13. De 0 a 10, como você classifica a sua experiência com a modalidade Home Office? 
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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