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CONCEITO DE CRIME. SUJEITOS DO CRIME. OBJETO DO CRIME. CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES.

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CONCEITO DE CRIME
OBJETO DO CRIME
SUJEITOS DO CRIME
Bom dia, meus alunos. Este texto marca o início dos estudos de vocês sobre a teoria do delito ou teoria do crime.
Podemos considerar a teoria do delito como o “núcleo” do direito penal.
Particularmente, enxergo duas finalidades importantíssimas neste estudo. Em primeiro lugar, é a teoria do delito que nos permite examinar determinada conduta e afirmar se o seu autor cometeu ou não um crime. Significa que sem o conhecimento da teoria do crime podemos absolver um culpado ou, o que é ainda pior, condenar um inocente. Sem o conhecimento das lições que nos proporciona a teoria do delito atuaremos como leigos e não como profissionais do direito ao analisarmos a ação humana sob a qual recai a suspeita de ser delituosa.
Em segundo lugar, porque a teoria do delito assegura uma aplicação mais justa do direito penal. Pelo fato de possuirmos critérios legalmente fixados para afirmar se tal e qual conduta é delituosa e vice-versa, temos condições de conferir a cada um dos cidadãos idêntico tratamento legal, o que é justo. Os mesmos critérios legais utilizados para dizer se alguém cometeu ou não um crime serão usados em outra situação, o que assegura uma previsibilidade que contribui para consagrar a igualdade de todas as pessoas diante da ordem jurídica.
Bem... se a teoria do crime será nosso objeto de estudo, devemos começar por estabelecer um conceito de crime.
CONCEITO DE CRIME
O Crime pode ser encarado sob diversos ângulos. Ele não é apenas fruto de uma definição jurídica, mas também um fenômeno que interessa a inúmeras disciplinas, a exemplo da sociologia, da psicologia, da antropologia etc.
O que caracteriza o conceito jurídico de crime é o fato dele se referir necessariamente ao aspecto da legalidade. Juridicamente só é criminoso o comportamento definido como tal pela legislação penal. Portanto, se fazemos uma afirmação do tipo: “Crime é a conduta que ofende mais agudamente os sentimentos compartilhados pela sociedade” não temos um conceito jurídico de crime.
Na doutrina penal temos referências a três tipos de conceitos de crime: o formal, o material e o analítico.
O conceito formal não faz nenhuma referência ao conteúdo do crime, satisfazendo-se com a constatação – o que, diga-se de passagem, é importantíssimo – de que só é crime aquilo que a lei penal proíbe.
Por exemplo: Crime é a conduta que a lei penal proíbe sob ameaça de uma pena.
Pronto. Porque a lei penal proíbe determinadas condutas e prevê a aplicação da penal em caso de violação pelo agente o conceito formal não nos diz.
O conceito material de crime, neste sentido, vai além do conceito formal.
Exemplo: Crime é a conduta proibida sob ameaça de uma pena pela lei penal por atentar contra as condições de existência da sociedade.
Ambos os conceitos nos dizem muito, porém, em termos operacionais, digamos assim, são claramente insuficientes. O dogmático precisa de um conceito que permita assinalar a existência ou não de crime numa dada conduta. Esta é a razão pela qual se formulou o denominado conceito analítico de crime. Com este conceito, o crime é decomposto em seus elementos (ou aspectos) constitutivos, o que favorece a análise das condutas por parte dos juristas e profissionais do direito.
De acordo com o conceito analítico, crime é toda conduta típica, antijurídica e culpável.
Até o final do curso vamos tratar exclusivamente dos elementos do crime: tipicidade (juízo de adequação da conduta ao tipo incriminador), antijuridicidade (juízo de desvalor de um fato), culpabilidade (juízo de censura pessoal ao autor de um fato antijurídico).
Em alguns manuais vocês poderão encontrar alguns conceitos que parecem diferentes deste que eu apresentei, mas que não são. Por exemplo: crime é toda ação típica, ilícita e culpável ou crime é toda ação ou omissão típica, ilícita e culpável.
Tradicionalmente, o direito penal utiliza a palavra “conduta” como sinônimo de ação em sentido amplo. Portanto, tanto faz dizer que o crime é uma conduta como que o crime é uma ação. Por sua vez, a conduta (ação em sentido amplo) subdivide-se em duas espécies: ação (em sentido estrito) e omissão.
Por outro lado, a palavra “antijuridicidade” é sinônimo de “ilicitude”. Em consequência, tanto faz dizer que o crime é uma conduta antijurídica como afirmar que se trata de uma conduta ilícita.
Em alguns manuais, sobretudo aqueles voltados para concurso público, vocês ouviram falar da existência de um conceito tripartido de crime (crime é toda ação típica, ilícita e culpável) e de um conceito bipartido de crime (crime é toda ação típica e ilícita). Mas esse conceito bipartido de crime é, na realidade, produto de um equívoco que acometeu parte da doutrina penal nacional.
Em decorrência de uma leitura equivocada de Welzel, célebre penalista alemão, alguns sustentaram que o crime é uma conduta típica e antijurídica. A culpabilidade, por sua vez, seria mero pressuposto da aplicação da pena. Assim, por exemplo, um menor de 18 anos que matasse alguém cometeria um crime, mas a ele não seria aplicada uma pena em decorrência da inexistência de culpabilidade.
O problema com este conceito é, em primeiro lugar, que Welzel afirmou expressamente que a culpabilidade é elemento do crime. Portanto, também para ele o crime é conduta típica, antijurídica e culpável.
Em segundo lugar, é óbvio que não faz o mínimo sentido considerar que a culpabilidade é um pressuposto da pena, ou seja, uma condição para a imposição da pena. Por quê? Ora, sem que a conduta seja típica uma pena também não pode ser imposta; sem uma conduta antijurídica também não se pode aplicar a sanção penal. Portanto, raciocinando nos termos daqueles que utilizam o conceito bipartido de crime, não apenas a culpabilidade seria um pressuposto da pena, mas também a tipicidade e a antijuridicidade.
Antigamente, muitos autores, sobretudo os de idioma espanhol, incluíam um elemento adicional no conceito de crime: a punibilidade. Para eles, crime seria a conduta típica, antijurídica, culpável e punível. Atualmente, porém, é consenso que a punibilidade não integra o conceito de crime. Na realidade, ela é uma consequência jurídica do crime e, por sinal, não é sequer uma consequência necessária. Basta observar a hipótese que nós vimos anteriormente: a abolitio criminis. O agente pratica uma ação típica, antijurídica e culpável. Lei posterior revoga a norma penal incriminadora por ele violada. Ocorre, como vimos, a extinção da punibilidade do crime por ele cometido. Ou seja: o crime foi, de fato cometido, o que ocorre é que o agente já não pode ser punido. Por conseguinte, a punibilidade não é elemento do crime. Pode haver crime sem punibilidade, como ocorre na abolitio criminis.
OBJETO DO CRIME
Todo crime possui objeto sobre o qual recai a conduta criminosa. A ação sempre atinge algo: este é o objeto do delito.
O objeto do delito pode ser classificado em: objeto jurídico e objeto material.
O conceito de objeto jurídico corresponde ao de bem jurídico. É, portanto, um conceito “espiritualizado”. O objeto jurídico do delito é o bem ou interesse protegido pelo direito penal ou, mais precisamente, pelas normas penais incriminadoras, contra uma lesão ou um perigo de lesão. É por isso que alguns autores também chamam o objeto jurídico de objeto de proteção da norma penal.
Se, de acordo com a doutrina dominante, a finalidade precípua do direito penal consiste na tutela de bens jurídicos, resta claro que não pode existir crime sem que exista objeto jurídico do delito. Toda norma penal tem um objeto de proteção.
O conceito de objeto material do delito corresponde, digamos assim, a uma percepção mais simplificada da noção de objeto. O objeto material do delito é a “coisa”, a “matéria” sobre a qual recai a conduta do agente. Por isso também é denominada de objeto da ação por parte da doutrina.
Diferentemente do que ocorre com o objeto jurídico do delito, nem todo crime possui objeto material. Veja, por exemplo, o crime do artigo 233 (ato obsceno): Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ouexposto ao público.
Vamos a alguns exemplos para que possamos distinguir as duas espécies de objeto do crime:
Observemos o crime do artigo 155, caput, do CP: Subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel.
O objeto jurídico é o patrimônio. A norma penal incriminadora protege o patrimônio do sujeito.
O objeto material é a “coisa alheia móvel”. O agente subtrai “coisa alheia móvel”.
Vejamos outro exemplo:
O artigo 297, caput, do CP, descreve a seguinte conduta típica: “Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro”.
O objeto jurídico do crime é a fé pública. É a confiança na fidedignidade dos documentos públicos que é protegida pela norma penal.
O objeto material é o documento público falsificado ou alterado.
Uma dica importante: se o crime examinado encontra-se no CP é fácil descobrirmos qual o seu objeto jurídico. Basta verificarmos qual o capítulo no qual o crime está inserido. Por exemplo: o crime de furto é crime contra o... patrimônio! O crime de falsificação de documento público é crime contra... a fé pública!
Se o crime se encontra na legislação penal extravagante, a melhor maneira de sabermos qual o objeto jurídico é examinarmos a finalidade da referida legislação por ela indicada.
SUJEITOS DOS CRIME
Todo crime também possui sujeitos, respectivamente, ativo e passivo.
Sujeito ativo do delito é aquele que, direta ou indiretamente, realiza a conduta proibida pela norma penal incriminadora.
Há uma classificação dos crimes que se baseia em quem pode ser sujeito ativo do delito. De acordo com essa classificação, os crimes podem ser comuns ou próprios.
Crimes comuns são aqueles nos quais qualquer pessoa pode ser sujeito ativo. Exemplo: homicídio, estelionato, estupro, dentre muitos outros.
Crimes próprios são aqueles nos quais apenas pessoas específicas, ou seja, que possuam determinada qualidade ou reúnam determinadas condições podem ser sujeito ativo.
Exemplos:
Artigo 312, caput, CP (Peculato): Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
Perceberam? Só o funcionário público pode ser sujeito ativo do crime de peculato. Se o agente não for funcionário público terá cometido, por exemplo, crime de apropriação indébita.
Se o particular realizar a conduta descrita no artigo 312, § 1º, do CP, não comete o crime de peculato-furto, mas de furto, punido com pena menos grave.
Artigo 123, CP (Infanticídio): Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após.
Notaram? o sujeito ativo do crime de infanticídio é a mulher que deu à luz e que mata o próprio filho durante o parto ou logo após sob influência do estado puerperal. Se, sem o concurso da mãe, é o pai que mata o filho durante o parto ou logo após ele comete o crime de homicídio e não de infanticídio porque este último crime é próprio. Homens, como vocês devem saber, não podem dar à luz.
Mudando de foco: a pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de crimes, podendo por isso ser penalmente responsabilizada?
Tradicionalmente a resposta a esta pergunta sempre foi negativa em nosso país. Nossa tradição jurídica sempre abraçou o brocardo societas delinquere non potest.
De fato, só a pessoa natural possui capacidade de culpa. A pessoa jurídica é uma ficção jurídica, não possuindo nem vontade nem consciência. Admitir que a pessoa jurídica possa ser sujeito ativo de crimes é, de algum modo, aceitar a responsabilidade objetiva no direito penal.
Este entendimento foi prevalecente no Brasil até que a Constituição de 1988 o colocou em xeque com o seu artigo 225, § 3º, cuja redação é a seguinte: As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
A partir daí ficou claro que a responsabilização penal da pessoa jurídica era possível... ou não.
Na realidade, a doutrina penal e os tribunais continuaram a resistir a possibilidade da pessoa jurídica ser sujeito ativo de crime ambiental. Interpretou-se o dispositivo supra da seguinte maneira, esquematicamente: conduta + pessoa física = sanções penais; atividades + pessoa jurídica = sanções administrativas. Dito de outra forma: quando o parágrafo se refere a conduta ele relaciona o vocábulo às pessoas naturais e quando ele menciona atividade relaciona a palavra às pessoas jurídicas. Só as primeiras cometem crimes e sofrem sanções penais; as segundas sofrem sanções administrativas.
Dessa maneira, durante os anos posteriores à entrada em vigor da Constituição de 1988, o Judiciário manteve o entendimento de que a pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo de crimes. Ocorre que o advento da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Crimes contra o meio ambiente) alterou o panorama vigente. A Lei admitia a responsabilização penal da pessoa jurídica de maneira expressa. Foi então que a jurisprudência mudou e hoje admite-se que a pessoa jurídica possa ser sujeito ativo de crimes contra o meio ambiente.
E os demais crimes? Vejam bem. A doutrina gosta de mencionar outras possibilidades a partir da Constituição, mas o fato é que esta possibilidade não existe, pois, ao contrário do que ocorreu com os crimes contra o meio ambiente, não há legislação ordinária que permita a responsabilização penal da pessoa jurídica em outras hipóteses.
Sujeito passivo do delito é o titular do bem jurídico protegido pela norma penal.
Há uma tendência a confundir-se o sujeito passivo do delito com a vítima. De fato, muitas vezes há uma coincidência entre sujeito passivo e vítima, mas nem sempre, pois existem crimes sem vítimas, mas não podem existir delitos sem sujeito passivo. A vítima é sujeito passivo nos crimes em que o sujeito passivo é a pessoa natural. Assim, por exemplo, o sujeito passivo no crime de homicídio é vítima do referido crime; o sujeito passivo do crime de estupro é vítima do referido crime.
E quando se pode dizer que um crime não tem vítima? Quando o sujeito passivo é, por exemplo, a sociedade, a coletividade, o Estado etc. Estes são sujeitos passivos do delito, mas não são vítimas.
Pessoa jurídica pode ser sujeito passivo de crimes? Claro, desde que de acordo com a sua natureza. Por exemplo: a pessoa jurídica pode ser sujeito passivo de crimes contra o patrimônio, mas não de crimes contra a pessoa.
Os mortos podem ser sujeitos passivos de crimes?
A resposta é negativa. Os mortos podem, no máximo, serem objeto material de crime, como acontece no delito capitulado no artigo do artigo 212 (vilipêndio a cadáver): Vilipendiar cadáver ou suas cinzas.
O sujeito passivo dos delitos praticados contra os mortos são seus familiares. Aliás, na existência de familiares, são seus amigos, as pessoas que lhe são próximas. Em última análise, a própria sociedade.
Animais também não podem ser sujeitos passivos de crimes. Quando o animal pertencer a alguém, integrando seu patrimônio, um crime de dano, por exemplo, terá como sujeito passivo o proprietário do animal. Aqui também o animal é objeto material do delito.
E se o animal não pertencer a ninguém e vier a sofrer maus tratos? Também neste caso o animal é objeto material do delito. A coletividade é o sujeito passivo deste crime contra o meio ambiente.
Pode existir crime em que o sujeito seja, ao mesmo tempo, sujeito ativo e passivo? Não. Vimos isto anteriormente (princípio da alteridade).
E o crime de autoaborto (artigo 124, CP). A gestante é sujeito ativo, mas o sujeito passivo é o feto.
Se alguém causa uma lesão em si mesmo isto não constitui crime, mas se o faz para, por exemplo, se aposentar ou receber um seguro, o sujeito passivo é o Estado ou a seguradora.
Existem autores – poucos, é verdade – que afirmam que a única hipótese em que o agente é, ao mesmo tempo, sujeito ativo e passivo do delito é o crime de rixa.
O artigo 137, caput, do CP, tipifica o crime de rixa nos seguintes termos: Participar derixa, salvo para separar os contendores.
A rixa nada mais é do que aquela confusão que envolve agressões físicas praticadas por um número relativamente elevado de pessoas que batem e apanham indistintamente uns dos outros.
Ora, na hipótese da rixa não vejo como o sujeito ativo possa ser, ao mesmo tempo, sujeito passivo do delito, afinal ele não estar dando e apanhando dele mesmo. Na realidade, ele é sujeito ativo em relação às pessoas que estão apanhando dele e sujeito passivo no que tange aos indivíduos que o agridem.
Quaisquer perguntas, estou às ordens!
Professor Ricardo.

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