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Física III Experimental – 02/2020 – Turma 04-A Experimento – Medidas elétricas e Lei de Kirchhoff 08/02/2021 Participantes: Júlia Gabriela Bezerra dos Santos (15/0013701) Introdução: Os elementos básicos presentes em um circuito elétrico genérico são: nós, ramos e malhas. Os nós são pontos de um circuito elétrico no qual existe conexão de três ou mais dispositivos, nele sempre ocorre divisão da corrente elétrica. O ramo é composto por um ou mais dispositivos ligados em série entre dois nós, nele só há uma corrente elétrica. Já a malha é a parte cujos ramos formam um caminho fechado para a corrente. Figura 1: Nós (1) Figura 2: Ramos (1) Figura 3: Malhas (1) Para analisar um circuito elétrico é necessário compreender duas leis básicas da eletricidade formuladas pelo físico alemão Gustav Robert Kirchhoff, conhecidas como leis de Kirchhoff. As leis de Kirchhoff também são chamadas de leis das malhas e dos nós. A lei dos nós define arbitrariamente as correntes que chegam ao nó como positivas e as que saem como negativas. Essa lei é enunciada como: a soma das correntes que chegam a um nó é igual á soma das correntes que dele saem. Figura 4: Lei dos nós (1) Na figura 4, o nó do circuito elétrico representado com as correntes e chegando nele e as correntes e saindo dele. De acordo com o enunciado sobre lei dos nós: A lei das malhas define arbitrariamente um sentido de corrente em uma malha e considerando as tensões que indicam a elevação do potencial do circuito como positivas e as tensões que indicam a queda de potencial como negativa, a lei das malhas é enunciada como: a soma das tensões que elevam o potencial do circuito é igual à soma das tensões que geram a queda de potencial. Figura 5 : Lei das malhas (1). Na figura 5, mostra a malha de um circuito elétrico com uma corrente I no sentido horário. As tensões e são elevação do potencial do circuito e as tensões e são reduções do potencial do circuito. De acordo com o enunciado sobre lei das malhas: Objetivos: Criar e desenvolver habilidades básicas para montar e analisar um circuito elétrico e operar com fonte de alimentação, amperímetro, voltímetro e ohmímetro. Materiais: 1 Protoboard; 2 multímetros (1 voltímetro, 1 amperímetro); 1 fonte controlada de tensão/corrente; 1 resistor 100 Ω e 5,0 W; 1 resistor de 1,0 kΩ e 5,0 W; 1 resistor de 1,0 MΩ e 2,0 W. Procedimentos: 1) (a) Voltímetro e Amperímetro Foi montado um circuito utilizando primeiramente resistor de R = 100 Ω (Figura 6) depois com resistores de R = 1 KΩ (figura 7) e R = 1 MΩ (figura 8). Para cada circuito montado, a tensão da fonte foi variada de 0 até 20 V. Figura 6: Circuito montado no TinkerCad para Figura 7: Circuito montado no TinkerCad para Figura 8: Circuito montado no TinkerCad para (b) Lei das malhas Foram montados circuitos, utilizando R1 = 100 Ω e R2 = 1 kΩ. Figura 9: retirada do roteiro. Figura 10: Circuito montado no Tinker Cad com base na figura 9. Figura 11: retirada do roteiro. Figura 12: Circuito montado no Tinker Cad com base na figura 10. Figura 13: retirada do roteiro. Figura 14: Circuito montado no Tinker Cad com base na figura 12. ( c) Resistência equivalente em série. Foi utilizado um circuito com dois resistores em série e aplicado uma tensão de 10 V. Para e . Figura 15: retirada do roteiro. Figura 16: Circuito montado no Tinker Cad com base na figura 15. (d) Lei dos Nós Foram montados circuitos com dois resistores em paralelo. Para e . Figura 17: Retirada do roteiro. (e) Resistência equivalente em paralelo Com base nos resultados da etapa d, foi determinado o valor de (f) Resistência Interna Foi montado um circuito para a verificação da resistência interna do amperímetro e do voltímetro. Figura 18: Retirada do roteiro. Resultados e análises de dados: 1) (a) Voltímetro e Amperímetro Para Tabela 1: Valores da tensão no resistor e da corrente elétrica no circuito para . Tensão (V) Corrente elétrica (mA) 0 0 5 50 6,20 62 7,6 76 8,8 88 10 100 12,6 126 15 150 17,6 176 20 200 Figura 19: Gráfico dos valores da tensão no resistor versus corrente elétrica no circuito para . ( ) Para Tabela 2: Valores da tensão no resistor e da corrente elétrica no circuito para . Tensão (V) Corrente elétrica (mA) 0 0 5 5 6,20 6,2 7,6 7,6 8,8 8,8 10 10,0 12,6 12,6 15 15,0 17,6 17,6 20 20,0 Figura 20: Gráfico dos valores da tensão no resistor versus corrente elétrica no circuito para . ( ) Para Tabela 3: Valores da tensão no resistor e da corrente elétrica no circuito para . Tensão (V) Corrente elétrica ( ) 10 10,1 11 11,1 12 12,1 13 13,1 14 14,1 15 15,1 16 16,1 17 17,1 18 18,1 20 20,1 Figura 21: Gráfico dos valores da tensão no resistor versus corrente elétrica no circuito para . ( ) (b) Lei das malhas Tabela 4: Referente ao circuito da figura 9. Resistor (Ω) Tensão (V) 100 1,010 1000 9,89 Tensão da fonte 10,9 Tabela 5: Referente ao circuito da figura 11. Resistor (Ω) Tensão (V) 100 0,912 1000 9,988 Tensão da fonte 10,9 Tabela 6: Referente ao circuito da figura 13. Resistor (Ω) Tensão (V) 100 0,997 1000 10,0 Tensão da fonte 10,997 Através da medição das voltagens nos dois resistores ligados em série é possível verificar a segunda lei de Kirchhoff, por meio da soma dos dois valores observados, podemos verificar a igualdade com a voltagem fornecida pela fonte. Dessa forma, a conclusão é que a soma das tensões ao longo de uma malha elétrica é igual a zero. ( c) Resistência equivalente em série Tabela 7: Referente ao circuito 15. Tensão da fonte (V) Corrente elétrica (mA) ( ) 10 1,010 1100 Determinando-se a resistência equivalente usando a primeira lei de ohm V= Req.I, foi obtido 1100 Ω com a tensão da fonte respectivamente em 10 V , onde a corrente é a mesma para os dois resistores que estão ligados em série. E, portanto, pela associação de resistores podemos calcular a resistência equivalente usando a equação Req= R1+R2, foi teoricamente de 1100 Ω já que foi utilizado os resistores de 1,0K Ω e 100 Ω. (d) Lei dos nós Tabela 8: Referente aos circuitos da figura 17. Para tensão da fonte: 5 V Corrente elétrica (mA) Circuito da figura 17 (d.1) 55,66 Circuito da figura 17 (d.2) 50,48 Circuito da figura 17 (d.3) 50,52 Nesta parte foi analisada a primeira lei de Kirchhoff, com os valores das correntes, foi observado que a soma dessas correntes, ou seja, i1+i2=i3 , onde i3 é a corrente na saída da fonte, e as demais correntes no ramo. Assim, o valor medido pelo voltímetro foi bem próximo do valor teórico, algum erro durante o experimento ocorreu para que o valor não fosse exatamente igual. Portanto, é possível concluir que toda corrente que entra (corrente no ramo da fonte) é igual à corrente que sai assim a corrente em um nó sempre é igual à zero. (e) Resistência equivalente em paralelo. Determinando-se a resistência equivalente usando a primeira lei de ohm V= Req.I, foi obtido 100 Ω, onde a corrente foi medida no ramo da fonte e a tensão sendo a mesma nos dois resistores já que estão ligados em paralelo. E, portanto , pela associação de resistores pode-se calcular a resistência equivalente usando a equação Req= R1xR2/R1+R2, foi de 91 Ω. Por meio dos resultados obtidos que estão um pouco próximos, devido a erros experimentos, concluímos que a equação fornece um bom valor para a resistência equivalente. (f) Resistência interna. Para Tabela 9: Tensão elétrica da fonte, nos terminais e a corrente elétrica. Tensão elétrica da fonte (V) Tensão elétrica nos terminais da associação de resistores (V) Corrente elétrica (mA) 1,4 0,868 10,65 3,2 1,927 22,03 4,0 4,039 39,98 6,0 5,903 58,90 8,1 7,931 76,47 10,0 9,859 95,99 12,0 11,691 117,89 14,1 13,830 139,12 18,0 17,895 179,52 19,5 19,701 197,45 Figura 22: Gráfico dos valores da tensão nos terminais da associação versus corrente elétrica no circuito para . Para Tabela 10: Tensão elétrica da fonte, nos terminais e a corrente elétrica. Tensão elétrica da fonte (V) Tensão elétrica nos terminais da associação de resistores (V) Corrente elétrica (mA) 1,5 1,429 1,42 3,1 3,152 3,14 4,9 4,985 4,99 6,8 6,870 6,86 8,3 8,375 8,40 10,6 10,71 10,66 13,1 13,297 13,31 15,4 15,561 15,61 17,1 17,301 17,40 18,5 18,639 18,88 Figura 23: Gráfico dos valores da tensão nos terminais da associação versus corrente elétrica no circuito para . Para Tabela 11: Tensão elétrica da fonte, nos terminais e a corrente elétrica. Tensão elétrica da fonte (V) Tensão elétrica nos terminais da associação de resistores (V) Corrente elétrica (mA) 2,4 2,222 0,001 4,3 4,260 0,004 5,9 5,819 0,005 8,0 8,073 0,008 10,3 10,420 0,010 12,3 12,401 0,012 14,1 14,102 0,014 16,1 16,263 0,016 18,0 18,198 0,018 19,4 19,632 0,019 Figura 24: Gráfico dos valores da tensão nos terminais da associação versus corrente elétrica no circuito para . Ao colocar os multímetros de forma distinta no circuito, obtém-se um valor diferente para a resistência, pois nesta parte houve a medição da interferência da resistência interna do multímetro na função amperímetro, dessa forma, coeficiente angular (A) medido, demonstra que a resistência medida na primeira parte é menor, já que através da lei de ohm V=R.i, a resistência (R) pode ser medida como o parâmetro A das curvas geradas (V/i=R, e A=i/V). Conclusão: Por conseguinte, conclui-se que houve sucesso na realização do experimento, uma vez que o objetivo proposto foi atingido: aprender a construção de circuitos elétricos com a utilização do multímetro de bancada para a medição da tensão, corrente e voltagem, realizar cálculos através das Leis de Kirchhoff com os dados obtidos experimentalmente. Bibliografia: (1) CRUZ, Eduardo. Eletricidade básica – Circuitos em corrente contínua - 2ª edição; Pagina 96,97 e 98; 08/02/2021; 15h30.
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