13 - revogacao e rompimento testamento

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REVOGAÇÃO E ROMPIMENTO DE TESTAMENTO
Da Revogação do Testamento - Forma
O testamento pode ser revogado, total ou parcialmente,
pelo mesmo modo e forma como pode ser feito (art. 1.969,
do CC).
Essa norma não quer dizer que um testamento público
somente pode ser revogado por outro público. Na verdade,
quis dizer o legislador que um testamento pode ser revogado
por outro, desde que feito este por uma das formas legais
encontradas na lei civil. Assim testamento público pode ser
revogado por qualquer outro, de qualquer forma, por ex.
Da Revogação do Testamento por 
Codicilo
Dúvida há acerca da possibilidade de revogação de
testamento por codicilo.
Tenho que a razão está com aqueles que admitem a revogação
parcial de testamento através de codicilo.
Exemplo seria um testamento que indica como herdeiro único
determinada pessoa e que, posteriormente, fosse revogado
parcialmente por codicilo onde o testador deixa um bem singular de
seu acervo a pessoa diversa.
Revogação Total ou Parcial – Expressa ou tácita
O testamento pode ser revogado, já se disse, total ou parcialmente.
Total se tiver cláusula revogatória expressa (“fica inteiramente revogado o
meu testamento anterior”) ou se regulasse de modo totalmente diverso a
distribuição de herança, caso em que a revogação seria total mas tácita.
Parcial seria a revogação do testamento se constasse revogação expressa
de apenas algumas cláusulas do instrumento anterior (“ficam revogadas as
cláusulas 2, 3 e 4 do testamento anterior”) ou se regulasse apenas
parcialmente a nova distribuição da herança. Subsistiram, neste caso, as
disposições do testamento anterior naquilo que não houvesse conflito. No
primeiro caso seria revogação parcial expressa e no segundo revogação parcial
tácita.
Dos efeitos da revogação
A revogação produzirá seus efeitos, ainda quando o testamento, que a
encerra, vier a caducar por exclusão, incapacidade ou renúncia do herdeiro
nele nomeado. (art. 1.971, primeira parte, do CC).
Exemplo pra melhor entender o dispositivo: digamos que determinada
pessoa nomeie A seu herdeiro testamentário único. Posteriormente, a
mesma pessoa revogue o testamento e nomeie B seu herdeiro. Ocorre que
através de ação de exclusão por indignidade B seja afastado de receber a
herança. Mesmo ocorrendo esta hipótese, não voltará a ter validade o
primeiro testamento revogado.
Dos efeitos da revogação
Não produzirá efeitos, no entanto, a revogação, se o
testamento revogatório for anulado por omissão ou
infração de solenidades essenciais ou por vícios
intrínsecos. (art. 1.971, segunda parte, do CC).
Parece óbvio que se o segundo testamento
(revogatório) não for válido por infração de solenidade,
subsiste o anterior.
Da revogação do testamento Cerrado
O testamento cerrado que o testador abrir ou
dilacerar, ou for aberto ou dilacerado com seu
consentimento, haver-se-á como revogado.
Do Rompimento do Testamento (arts 
1.973 a 1.975)
Ocorre o rompimento do testamento (ou revogação legal do
testamento) quando sobrevier descendente sucessível ao testador,
que não o tinha ou não o conhecia quando testou.
Rompe-se, também, o testamento feito na ignorância de
existirem outros herdeiros necessários.
O rompimento significa a revogação total do testamento. Ele
deixa de existir ou gerar qualquer efeito totalmente no mundo
jurídico.
Do Rompimento do Testamento (arts 
1.973 a 1.975)
O rompimento ocorre porque presume o legislador que o
testador, se tivesse conhecimento da existência dos
descendentes, ou outros herdeiros necessários, não teria
testado daquela forma.
Se o testador tinha outros herdeiros necessários quando
elaborou o testamento, não há o rompimento pelo
nascimento ou descoberta de outro.
Do Rompimento do Testamento (arts 
1.973 a 1.975)
Não se rompe o testamento, da mesma forma, se o
descendente nascido ou descoberto morrer antes do
testador.
De outra banda, não se rompe o testamento, se o
testador dispuser da sua metade, não contemplando os
herdeiros necessários de cuja existência saiba, ou quando os
exclua dessa parte.