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Imunologia - Edgar 09/10 - 16/10 ATD2 Sistema Complemento: Descoberta: - 1894: Jules Bordet fez experimento com carneiros. - Experimento: • Em um ratinho inoculou-se a cepa de bactérias mortas, com objetivo de fazer com que o ratinho produza AC anti-bactéria (sensibilização: ratinho produzindo anticorpo). • In vitro, pegou-se a mesma bactéria, agora viva, e colocou-se ela em contato com o soro do ratinho (in vitro) à 37ºC. - Nesse soro do ratinho tem Ac anti-bactéria do ratinho. - Observou-se que quando colocou-se o soro do ratinho em contato com a bactéria viva, a bactéria morre por lise (destruição). - Ac é termoresistente (resistente a aumento de temperatura, a mais que a temperatura corpórea) —> isso já era sabido. • Anticorpo só neutraliza, não lisa. • Quem dirige a ação sobre a bactéria é o Ac, que define a especificidade da resposta. - Dedução: que o anticorpo, junto à bactéria, o anticorpo tinha capacidade lítica sobre a bactéria. • Pegou o soro do mesmo ratinho (com Ac anti- bactéria) e aqueceu ele à 56ºC, juntou com a bactéria viva. Observou-se que dessa vez não ocorreu Lise da bactéria e o soro aglutinou as bactérias, porém não as matou. - Dedução: existe algo a mais no soro que lisa a bactéria, e que quando aquece o soro ele desaparece, pois não ocorreu a quebra da bactéria. • Pegou-se o soro do ratinho aquecido à 56ºC com Ac anti-bactéria + um soro de ratinho não sensibilizado (sem Ac - soro não imune) + bactéria viva. Observou-se a lise e morte da bactéria. - Dedução: o algo mais do soro, complementa a ação do anticorpo, que sem esse algo mais, só aglutina e não lisa. Deu-se o nome de COMPLEMENTO a esse algo mais, que juntamente ao anticorpo, consegue lisar a bactéria. Sistema complemento: - Conjunto de proteínas (=30) séricas, termolábeis (desaparecem ao aquecimento), inativas, as quais quando ativadas, desenvolvem atividade lítica e fenômeno inflamatório. • Ativação em cascata. - Uma boa parte das proteínas do sistema complemento fazem parte do MHC. Porém, não pertencem nem à classe I e nem à classe II, mas sim à um locus gênico classe III (braço curto do cromossomo 6). - Uma das principais células produtoras dessas proteínas são os macrófagos, que produzem e lançam no soro. - Na eletroforese: se encontram na fração das beta das gamaglobulinas da eletroforese, onde se encontra a principal proteína do sistema complemento, a C3. • C3: elemento central do sistema complemento. - Existem 3 vias de ativação do sistema complemento (SC): 1. Via clássica. 2. Via alternativa. 3. Via das lecitinas. - As três vias convergem para via efetora (comum às 3 vias). I. Via clássica: - Primeira via a ser descoberta. - É uma via que vai estar sempre presente na presença do anticorpo. - Precisa do anticorpo e da ativação do sistema imunológico (é de resposta adaptativa). - Sempre que houver interação Ag-Ac (complexos imunes), estará ativando o SC via clássica. - Proteínas envolvidas: C1, C4 e C2. II. Via alternativa: - Acidentes por animais peçonhentos, os indivíduos desenvolvida ativação do SC, porém não encontraram as proteínas de ativação da via clássica (antes única conhecida). Descobriram então que existia outra via para ativação do SC. - É uma via que não precisa do anticorpo. • Veneno de cobra, por exemplo, ativa a via sozinho. Catarina Alipio XXIIB Página 1 Imunologia - Edgar 09/10 - 16/10 ATD2 - É uma via que independe do sistema imunológico (está dentro de uma resposta inata). • Resposta rápida frente a presença de um MO. - A superfície do patógeno cria um ambiente que conduz à ativação do SC, e independe da presença do Ac. • SC acionado diretamente por um foco infeccioso. - As bactérias podem ativar a via alternativa, independente da presença de anticorpo. • LPS das bactérias gram negativas e o ácido lipoteicóico das bactérias gram positivas. • Parainfluenza, retrovírus, alguns fungos e helmintos também podem ativar diretamente a via alternativa. - Proteínas envolvidas: C3, fator B e fator D. III. Via das lectinas: - Lectinas: proteínas que se ligam à açúcar. - Todos nós temos no nosso soro a proteína ligadora de manose (MBP/MASP), que pertence às vias da lectinas. - Todo patógeno que tiver manose ou N- acetilglicosamina (açúcares) se liga à MBP e ativa o sistema complemento. - Pertence à resposta inata (independe da presença de Ac e do sistema imune). ➡ Essas vias podem estar sendo ativadas ao mesmo tempo, talvez só a via clássica mais tardia, pois precisa da precisa do anticorpo. - Todas as vias vão convergir para ativar o C3 e dar início à via efetora. - Via efetora: - Forma o complexo de ataque à membrana (MAC), que promove a lise da bactéria. • Produto final da ativação do SC. - Paralelo à atividade lítica, há ativação de componentes para o processo inflamatório. Via clássica: - Hemácia (eritrócito): é possível detectar sua lise por contagem da concentração de hemoglobina. • Hemólise = rompimento da hemácia. - Deposita-se o anticorpo sobre a hemácia, para formar a interação Ag-Ac —> E (Acs). - O IgM é o anticorpo que tem a melhor capacidade de ativar o sistema complemento. • No caso da IgM, que é penta ou hexamérica, ela não precisa estar em 2 para ativar o SC. Então, somente uma molécula de IgM e1 capa de ativar a C1 do SC. • No caso da IgG, que é monomérico, precisa de 2 Ac próximos para ativar a proteína C1. - Precisa-se então de pelo menos, dois anticorpos monoméricos próximos para ativar o SC pela via clássica. • Para que isso ocorra, o antígeno precisa ter muitos epítopos iguais (multivalente) para que a reação aconteça. - Quando o Ac monomérico se liga à superfície da célula, ele sofre uma alteração conformacional que expõem o domínio CH2 (que ativa o SC) e permite a entrada e ativação da 1ª proteína da via clássica, o C1, que passa a exercer uma função enzimática. - C1: é a 1ª proteína do SC. Formado por 3 proteínas distintas, unidas entre si por íons cálcio. • C1q: constituído por 6 cadeias peptídicas, e para cadeia existe um ponto de ligação, onde se liga o domínio CH2. - Para C1q seja ativado, ele tem que se ligar, ao mesmo tempo, em dois domínios CH2 (por isso deve ter dois Ac próximo, sendo a distância, o tamanho de C1q). - Uma vez C1q ativado, ele ativa C1r e C1s. • C1r: 2 unidades. - Forma, com C1s, uma fita que fica por entre a molécula de C1q. • C1s: 2 unidades. - Corresponde ao centro ativo da enzima. ‣ O que é ativar uma proteína? Após a sua ligação ao seu receptor, passa a exercer uma função enzimática. Catarina Alipio XXIIB Página 2 Imunologia - Edgar 09/10 - 16/10 ATD2 ‣ Portanto, quando se ativa o C1, ele passa a ter uma função enzimática. - Quando o C1 é ativado, passa exercer uma função enzimática de serino-esterase. - A partir da ativação do C1, que passa a exercer ação enzimática, sendo C1s o seu centro ativa (que se liga ao substrato). - C4: segunda proteína a entrar na sequência de ativação da via clássica. • Formada por três cadeias peptídicas (alfa, beta e gama) ligadas por pontes diisulfídricas. • C1s (centro ativo) quebra C4 em C4a e C4b. - C4a: possui atividade biológica. - C4b: possui função. - C2: terceira proteína quebrada pelo C1. • C1s vai quebrar C2 formando C2a e C2b. - C2a: se degrada. - C2b: possui função. - Junta-se então C2b ao C4b por um íon de magnésio (Mg++). • Ocorre então, a formação de uma nova proteína, com ação enzimática = C4b2b = C3 convertase. - Substrato: C3 (presente no soro). - O C3 vai ser quebrado em C3a e C3b (pela C3 convertase). • C3a: atividade biologica. • C3b: vai se juntar ao C4b2b (C3 convertase) formando C4b2b3b = C5 convertase. • Como ocorre a formação de uma enzima (C3 convertase) em outra (C5 convertase)? Ocorre por interferência no centroalosterico, que altera o centro ativo da enzima, mudando portanto, seu substrato (para C5). • C5 convertase: quebra a C5 em C5a e C5b: - C5a: função biológica. - C5b. Via efetora: - Via terminal comum das 3 vias de ativação do SC. - Proteínas formam o complexo de ataque à membrana (MAC): C5b, 6, 7, 8 e 9. - O C5b (produto final), fica grudado à membrana da célula e chama C6 (que estava livre), que por sua vez, chama C7 e este chama C8. • C8: adentra pela membrana, formando um “buraquinho” na membrana. • Polimerização de C9: pequenas proteínas que se juntam, formando um “cone”, um canal de Catarina Alipio XXIIB Página 3 Imunologia - Edgar 09/10 - 16/10 ATD2 água, de fora para dentro da célula, levando ao rompimento da célula (no caso do experimento = hemólise e liberação de Hb). - Ação do complemento sobre o foco infeccioso: • Todo esse processo não age somente em uma célula, mas sim em um foco infeccioso como um todo. • As enzimas formadas no processo atingem mais de um MO do foco. • Todas as bactérias do foco sofrem ação do SC, mesmo que não tenha começado a cascata de ativação nela. Via alternativa: - Basta ter os fatores de ativação: LPS (gram -), ácido lipoteicóico (gram +), espículas de helmintos, açúcares de alguns fungos, alguns vírus (parainfluenza, retrovírus). - As espécies mais primitivas já possuíam a via alternativa, portanto, na origem filogenética, a via alternativa veio primeiro que a via clássica, por ser uma via mais simples. • Porém a via clássica foi descoberta primeiro. - Proteínas iniciais: C3, fator B e fator D. - C3 inicia, junto com o fator de ativação, o início da via alternativa. - C3: formado por duas cadeias peptídicas. • Cadeia alfa: ligação tio-éster (S-C=O). • Cadeia beta. • Na molécula de C3, entra e saí agua (molécula instável) —> C3H2O. - Processo dinâmico. - Processo inicial. - C3H20 mais o fator água, faz com que um terceiro elemento (fator B) se junte à eles. • C3H20 + fator de ativação + fator B = leva à ação do fator D (enzima lítica). - Fator D age sobre o fator B, quebrando ele em dois pedaços: • Ba: degradado. • Bb: forma complexo C2H2O + Bb + fator de ativação, passa a exercer ação semelhante à C3 convertase da via clássica —> C3 convertase similar. • C3 convertase similar quebra o C3 em C3a e C3b. - C3b passa a ter mais afinidade ao fator de ativação do que o C3H2O. • Maior poder de ligação. • C3b passa a assumir a função do C3H2O, de forma mai efetiva: - O complexo C3b + fator de ativação, por essa maior afinidade, passa a quebrar mais ainda fator B, formando Bb. Dessa forma, passa a formar mais C3 convertase similar, que continuará quebrando C3. • Properdina: proteína sérica sem ação enzimática. - Ela se junta à C3 convertase para aumentar sua vida média. - C3b +Bb + propendida = C3 convertase de vida longa. • Aumenta a quantidade da produção de C3b, que passa a ser continuamente quebrado. • Muito C3b: se junta à C3 convertase (C3b+Bb+C3b) formando a C5 convertase similar. Catarina Alipio XXIIB Página 4 Imunologia - Edgar 09/10 - 16/10 ATD2 • *processo de retroalimentação positiva*. • Uma parte do C3b formado vai ter atividade biológica. - A partir da C5 convertase formada, o processo já entra na via efetora (já descrita) —> formação da MAC. Via das lectinas: - Via simples na sua forma de ativação. - Proteína ligadora de manose (MBP). • Manose: presente, principalmente em fungos e algumas bactérias. - Proteínas ficolinas (mesma função da MBP) porém que se liga às N-acetilglicosamina. • N-acetilglicosamina presente em toda bactéria (na parede). - MBP sempre circula grudada à uma enzima, a MASP. • MASP: serino-protease que se associa à MBP. - Quando entra um MO que tem manose, a MBP se dissocia da MASP e vai se ligar à manose do MO. - O MASP então sozinho/livre, promove ação enzimática (age como o C1 ativo), quebrando C4 (C4a e C4b) e C2 (C2a e C2b). • C4b+2b = C3 convertase. • C4b+2b+3b = C5 convertase. • Entra na via efetora. Atividades biológicas do sistema complemento: - Anafilaxia (C3a, C4a, C5a): fundamental no desencadeamento do fenômeno inflamatório. - Quimiotaxia (C5a, C5b67). - Opsonização (C3b). - Solubilização dos imunocomplexos (C3b). - Remoção de imunocomplexos pelo fígado (C3b). - Ativação de linfócito B (C3d ou C3dg —> antígeno —> receptor CD2). 1. Anafilaxia: C3a, C4a, C5a. - Mastócitos: presente em mucosas e conjuntivos (mucosa intestinal e tecido alveolar). E são ricas em substâncias farmacologicamente ativas nos grânulos dessas células, sendo a principal, a histamina. • Não se espera que esses grânulos sejam exteriorizados (por exemplo, pela ação do IgE). • Relacionado diretamente a um processo inflamatório (atopia/ alergia exacerbada). • Tempo de vida: semanas a meses (vida longa). • Histamina: ação direta na microcirculação —> ação vasodilatadora e aumenta a permeabilidade capilar, gerando a liberação de substâncias do meio intravascular para o meio extravascular (diapedese - processo inflamatório). - Saída de água (edema). - Proteínas (do processo inflamatório e do sistema complemento) para o foco infeccioso. • Proteínas produzidas durante o processo de desgranulação (derivadas da fosfolipases A2): por exemplo, as prostaglandinas, com ação sobre a microcirculação. • Essas proteínas agem de forma sistêmica: Catarina Alipio XXIIB Página 5 Imunologia - Edgar 09/10 - 16/10 ATD2 - Quando há o aumento da permeabilidade vascular, há uma inversão das células que correm nos vasos, as hemácias passam a ter um fluxo mais central e os leucócitos passam a ter um fluxo mais marginal próximo ao endotélio. • Facilita a migração/ diapedese das células. • Alguns neutrófilos, já estão permanentemente na margem do vaso (marginalização de leucócitos), pois são as primeiras células a irem ao foco infeccioso. 2. Quimiotaxia: C5a, C5b67. - C5a: atividade quimiotática. • Leva as células que saíram do meio intravascular para o meio extravascular até o foco infeccioso. • Ocorre por um gradiente de concentração. • Neutrófilos: possuem receptores de C5a, e quando saem do vaso, vão “rolando” até o foco infeccioso por um “caminho” formado por essas substâncias quimiotáticas. - Inflamação (objetivo final): fagocitose. 3. Opsonização: C3b. - “Preparar para comer”, ou seja, preparar a célula fagocítica para fagocitose. - Não é uma função única de anticorpos. Há outras partículas que agem como opsoninas. - Facilitam a fagocitose. • C3b, C4b, iC3b (inativo). • Produto final é a fagocitose e precisa da ação da opsonização. 4. Solubilização dos imunocomplexos (C3b) e remoção de imunocomplexos pelo fígado (C3b). - Formação de imunocomplexos: formação de rede de Ag-Ac, geralmente solúveis. • Os produtos das bactérias (antígenos solúveis) permitem muito a ativação desses imunocomplexos. • Quando essa rede se deposita, pode estar acionando o sistema complemento, pela via clássica, e gerando um processo inflamatório (uveíte, vasculite, glomerulonefrite, depósito subcutâneo). - Receptores CR1, CD35 (em linfócitos B e T, células dendríticas foliculares…): • CR1 na superfície dos eritrócitos: se ligam ao C3b depositados sobre os imunocomplexos. Portanto, as hemácias, carregadas de imunocomplexos (pelo C3b), levam esses imunocomplexos até o baço e fígado, onde esses imunocomplexos são fagocitados, limpando o sangue e impedindo que esses imunocomplexos fiquem circulantes e sejam depositados. 5. Ativação de linfócitos B: C3d ou C3dg. - Linfócito B ativado na ausência do linfócito T. - Linfócitos B maduros tem o CD21 ou CR2, que também é um receptor do sistema complemento. • C3d, C3dg > iC3b —> proveniente da quebra do C3b. Catarina Alipio XXIIB Página 6 Imunologia - Edgar 09/10 - 16/10ATD2 - Papel do receptor CR2 (CD21): C3d ou C3dg se depositou no antígeno microbiano. Quando ele tem o C3d em sua superfície, permite que o C3d se liga ao CD21, que está ligado ao linfócito B. Esse conjunto vai aumentar a sinalização intracelular, induzindo a ativação do linfócito B (acelera a ativação do linfócito B). • Resposta humoral (Th2), com presença de anticorpo e do sistema complemento. Regulação da ativação do sistema complemento (bloqueio): - Forma de cessar a ação do sistema complemento, impedindo um processo inflamatório que seja contínuo. - O antígeno também pode ser um fator limitante da ação do sistema complemento. - O principal regulador do sistema complemento é a vida média das partículas geradas (micro segundos). Se elas não forem funcionais durante sua vida, elas se perdem. 1. Proteínas reguladoras solúveis: - Pela via clássica: • Serpina (inibidor de C1): serino protease inibidora. - O C1 anda de “mãos dadas” com o inibidor de C1. • C1 circula no soro ligado à enzima inibidora de C1 (serpina). • A C1, quando ativada, possui uma função enzimática (serino protease). • Quando o anticorpo ativa C1 (que está ligado ao inibidor de C1), a iC1 solta uma enzima que vai grudar no centro ativo de C1, bloqueando a sua ação. Portanto, o tempo de ação de C1 é muito curto. Dessa forma, bloqueia a ação de C1, retirando seu centro ativo. • Importância clínica: angioedema hereditário. - Indivíduo nasce sem a inibidora de C1. - Reposta exacerbada do complemento (perde- se o mecanismo de controle do sistema complemento). - Podem evoluir com inflamação dos vasos: sangramento e edema mucosa gastrointestinal, do trato respiratório… • Mantém estado inflamatório contínuo. • C4BP: clivagem do C4b, impedindo de o C2b se una e provoca o decaimento da C3 convertase (via clássica). - Rompe a ligação de C4b e C2b (não forma a C3 convertase). - O C4BP se mantém grudado ao C4b. • Toda vez que o C4b está ligado ao C4BP, ocorre a ação do fator I, que leva à quebra do C4b, em pedaços sem muita função. - C4BP só age na via clássica. - Pela via alternativa: • Podemos bloquear ela, bloqueando a C3 convertase. • Fator H: presente no soro. - Separa C3b de Bb (C3 convertase similar da via alternativa). - Fator H gruda ao C3b, provocando a ação do fator I em C3dg e C3d. 2. Proteínas reguladoras presentes na membrana da célula: - São proteínas constituintes da membrana celular, sendo mecanismos de proteção da célula contra o Catarina Alipio XXIIB Página 7 Imunologia - Edgar 09/10 - 16/10 ATD2 sistema complemento. Agem bloqueando a C3 convertase, seja da via clássica ou da via alternativa. - DAF: presente em células do endotélio, eritrócitos e leucócitos, pincipalmente. • “Corta” a C3 convertase, separando C4b e C2b, assim a C3 convertase não consegue se depositar na célula. • Não atua como co-fator para fator I (não apresenta o C4b para o fator I). • Função somente de separação. • Via clássica. • Deficiência em DAF: hemoglobinúria paroxística noturna. - Anemia hemolítica crônica intravascular e trombose venosa. • Liberação de hemoglobina expressa na urina do indivíduo. - Permite que o C3 convertase se deposite nas células, nesse caso, nos eritrócitos (anemia) ou no endotélio (trombose). - Paciente tem suas hemácias continuamente lisada. - MCP: proteína co-fator de membrana. • Age separado C4b de C2b, impedindo a formação da C3 convertase. • Fica grudado ao C4b ou C3b, apresentando ele ao fator I, permitindo que ele o quebre. • Via clássica. • Presente nos leucócitos e plaquetas. - CR1: tem também função anti-complementar. • Presente em eritrócitos, monócitos, macrófagos e eosinófilos. • Atua como proteína co-fator de membrana. • Fica grudado ao C4b ou C3b, apresentando ele ao fator I, permitindo que ele o quebre. • Via clássica. - Ácido siálico: • Presente na maioria das nossas células. • Faz com que o fator H se ligue, e impede o depósito do fator B, e consequentemente impede a formação da C3 convertase similar da via alternativa. • Importante protetor na via alternativa. 3. Proteínas que impedem a formação do MAC: - HRF (homologus restriction factor). - CD59. - Vibronectina (proteína S): compete com o C8, impedindo que ele se ligue ao C7. - Impedem a polimerização e formação de C9. - Catarina Alipio XXIIB Página 8
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