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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO ESTATÉGICA DE PESSOAS Resenha Crítica de Caso/Artigo Mariana Dantas Barbos Sousa Trabalho da disciplina Didática do Ensino Superior Carapicuíba - SP 2021 2 EDUCAÇÃO POPULAR E ENSINO SUPERIOR EM PAULO FREIRE Referências: BEISIEGEL, Celso de Rui. Educação Popular e ensino superior em Paulo Freire. Educ. Pesqui. São Paul, v.44, e104010,2018 O pesquisador Celso Rui BEISIEGEI aborda sobre as dificuldades que foram analisadas sob a perspectiva de Paulo Freire no ensino como um todo, desde a educação básica popular à educação das elites, Paulo Freire propõe uma reflexão abrangente sobre as articulações vivenciadas no Brasil e no exterior. As primeiras discussões envolviam grandes dificuldades, escassez e outras questões mais específicas do ensino superior, a orientação sob a perspectiva atuação do educador dentre classes subalternas, ele cita uma exploração maior sobre a conscientização e alfabetização dos jovens e adultos, analfabetos ou pessoas com pouca escolaridade. As abordagens apontam duas possibilidades, a primeira mais direta onde envolvia suas reflexões e intervenções na educação do ensino superior, a segunda investigativa, mais complexa sujeitas a divergências sobre a interpretação dos pesquisadores, Considera-se que a situação do ensino mudou desde os meados de 1940, quando Freire era apenas um iniciante. Era evidente no século anterior a clara distinção entre a educação popular e das elites, as desigualdades socioeconômicas eram marcantes em todas as dimensões, uma dedicada forma de minorias privilegiadas e a maioria subalterna. Em 1950 em ritmo de extensão, o antigo ensino primário caminhava em direção cada vez mais ampla. O Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP) criado em 1938 merece destaque entre os defensores de uma política mais abrangente de educação para todos. Embora os recursos financeiros fossem bem limitados, tinha-se um amplo objetivo para o atendimento a todos os adultos da educação elementar. Cabe mencionar a campanha nacional de erradicação do analfabetismo em 1958, porque já focava na educação de jovens e adultos. A expressão educação popular na verdade era uma educação fundamental, entendida como necessária. Porém nesse período o atraso educacional era evidente, isso fica fácil notar quando a grande parte dos jovens e adultos eram analfabetos. Passou-se a existir políticas para a ampliação a movimentos sociais que incentivassem as instituições e os educadores a fim de alfabetizar os jovens e adultos. É interessante que na época o analfabeto não tinha o 3 direito de votar, mas ao alfabetizar-se era incluído nas disputas eleitorais, e mais havia a necessidade de conscientizá-lo da importância desse voto. Em meados do século anterior o Brasil assistiu uma importante ruptura que separava a educação das elites das massas populares. A criação de ginásios noturnos em 1967, a lei federal em 1971 reformando o ensino separadamente em primeiro e segundo grau e assim foram tomando diretrizes, a educação escolar avançou muito desde então. O crescente número dos alunos no ensino médio iniciou uma pressão ao ingresso no ensino superior, em sua maior parte jovens e adultos inseridos no mercado de trabalho e com o poder de arcar com as mensalidades. Nas últimas décadas a expansão de matrículas ao ensino superior evoluiu consideravelmente de 52 mil em 1950 para mais de sete milhões em 2013. Com o avanço significativamente de alunos diplomados no ensino médio houve um aumento da procura por universidades públicas e particulares, aumentando tanto instituições de ensino superior e escolas particulares, tivemos uma grande desvalorização nas escolas públicas que vinham sendo visualizadas como “escola dos pobres”, os que podem arcar optam por escolas particulares, isso contribuiu fortemente para a desqualificação do ensino público. Conforme aponta o texto do autor Celso de Rui BEISIEGEL, Paulo Freire assume importantes papéis na educação, no Brasil e no exterior. Tendo um grande papel entre as relações dos oprimidos e opressores que vivenciam o meio da educação. Suas grandes obras e inúmeras pesquisas abrem espaço para grandes reflexões, um leque de possibilidades, questionamento e também críticas. A educação popular é um movimento da sociedade interrogando cada momento histórico, assim como Paulo Freire recriou a Pedagogia em meio a tantos movimentos sociais, sua metodologia proposta trabalha em cima da cultura dos educandos, um instrumento de mediação da educação, onde não existe o detentor do saber. Uma pedagogia libertadora, partindo do princípio problemático da realidade, a uma pedagogia de emancipação social, um diálogo orientado à libertação.
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