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1 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte FEST – Filemom Escola Superior de Teologia “Formando Obreiros Aprovados” Curso de Apologética Cristã Uma Introdução ao estudo da defesa da fé 2 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 2 Índice: PARTE 01 - APOLOGÉTICA 5 O Emprego da Apologética 5 TEXTOS ONDE A APOLOGIA APARECE: 5 Objetivos da apologética 6 As motivações cristãs na prática da apologética 8 EM QUE CIRCUNSTÂNCIAS OS APOSTOLOS FAZIAM DEFESAS DA FÉ? 9 Fazendo uma referência a apologética John Stott diz: 9 Beattie conclui que: 9 Algo importante a esclarecer 10 VAMOS ESTABELECER ALGUNS FATOS BÁSICOS 10 Metodologia da apologética 14 PARTE 02. A CERTEZA APOLOGÉTICA 19 COMO PODEMOS CHEGAR A CERTEZA NA PRÁTICA APOLOGÉTICA? 19 A DEFINIÇÃO DE CERTEZA 19 Espécies de certeza: 20 Segundo o modo do conhecimento, a certeza é: 20 Critério 20 3 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Uma das grandes discussões históricas é quanto a certeza dos dados, quanto a verdade das declarações que são feitas pela Bíblia. 21 A Bíblia é Única. 21 Esses fatos comprovam que a Bíblia é única! 23 Curso de Apologética 25 PARTE 03 – Apologética focada em seitas e heresias 25 Pluralidade Religiosa 25 4 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 3 Por Que Estudar as Falsas Doutrinas 26 Definição dos Termos 27 A Caracterização das Seitas 28 Outras Características 33 PARTE 03. Textos apologéticos para trabalhos em grupo 34 GRUPO 01 34 GRUPO 02 36 GRUPO 03 39 GRUPO 04 41 GRUPO 05 44 Parte 04. O caso de Saul e a feiticeira de En-Dor 47 Parte 05. O Contexto Moderno e Pós-Moderno da Apologética 53 A Era moderna 53 Características da Era Moderna 54 Influência do Modernismo no Cristianismo 58 O Pós-modernismo 63 Uma grande frustração: os avanços em várias áreas foram insuficientes para produzir um mundo edênico. 63 Os avanços científicos na compreensão do cosmos foram insuficientes para 5 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte estabelecer a paz mundial 63 A confiança na ciência e tecnologia não foram suficientes para gerar otimismo 64 Mesmo com toda a influência da razão e inúmeros os avanços produzidos por ela, o nosso século continua a testemunhar as mais impressionantes carnificinas. 64 Diante do vazio da modernidade, aparece o pós modernismo 65 Pós modernidade: Não aos Absolutos 66 6 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 4 A deconstrução: a espinha dorsal da metodologia pós moderna 66 O Jardim Pluralista 71 O Pós-Modernismo e a Fé Cristã 75 Informações acerca do professor 82 Ementa do curso de Apologética 83 7 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 5 PARTE 01 - APOLOGÉTICA O Emprego da Apologética "Santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor..." (1 Pedro 3:15). A palavra traduzida acima por "responder" é, no grego, apologia (isto é, "defesa"). Essa palavra sugere a idéia de "defesa da conduta ou procedimento". Wilbur Sinith expressa-o da seguinte maneira: "... uma defesa verbal, uma palavra de defesa daquilo que alguém fez ou da verdade que alguém crê...". O substantivo apologia (traduzido em português pelo verbo "responder" em 1 Pedro 3:15, acima citado) é empregado mais sete vezes no Novo Testamento: TEXTOS ONDE A APOLOGIA APARECE: Atos 22:1: "Irmãos e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós." Atos 25:16: "A eles respondi que não é costume dos romanos condenar quem quer que seja, sem que o acusado tenha presentes os seus acusados e possa defender-se da acusação." 1 Coríntios 9:3: "A minha defesa perante os que me interpelam é..." Filipenses 1:7: "... porque vos trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do evangelho, pois todos sois participantes da graça comigo." Filipenses 1:16: "... estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho." 8 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte 2 Timóteo 4:16: "Na minha primeira defesa ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que isto não lhes sej a posto em conta." 9 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 6 Objetivos da apologética Fortalecer a própria fé - muitos crentes nos dias de hoje sentem sua fé abalada quando o cristianismo é submetido a ataques. Muitos carregam desnecessariamente dúvidas e questionamentos mal resolvidos. Essas dificuldades podem atrapalhar seu viver cristão (louvor, adoração, inseguranças, etc.) Quanto mais soubermos quão inabaláveis são os fundamentos da nossa fé, mais motivos teremos para louvá-lo! Não é "menos espiritual" que nos empenhemos em aprofundar nossos conhecimentos, mesmo que em outras áreas, se isso nos leva a glorificá-lo... ILUSTRAÇÃO. Francis Shaeffer narra um episódio em que, depois de um de seus seminários onde ele ministrou apologética para líderes cristãos, ele recebeu os cumprimentos de um velho e humilde pastor. Ele esperava ouvir algum comentário positivo quanto ao aprendizado do conteúdo avançado, mas suas surpreendentes palavras foram: "obrigado por me dar mais motivos para adorar o meu Deus". Ajudar a fortalecer a fé dos nossos irmãos em Cristo: como membros do Corpo de Cristo, temos o dever de fortalecer a fé uns dos outros. A instrução mútua é imprescindível em uma igreja sadia. Cl 3:16 Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. Remover barreiras intelectuais dos descrentes - informações e convicções equivocadas podem estar impedindo pessoas de se chegarem a Deus através do Senhor Jesus. -O Senhor Jesus confiou aos crentes à missão de proclamar verdade para o mundo. 10 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte -Os céticos podem ter diversas posturas: escarnecer, ridicularizar, se auto- afirmar (soberba), etc. Mas eles podem manifestar questões e dúvidas sinceras que são barreiras à compreensão e aceitação dos princípios da fé evangélica. 11 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 7 -A missão da apologética é demonstrar que a fé cristã pode ser incorporada por uma pessoa sem que a mesma cometa um suicídio intelectual. As bases do cristianismo sobrevivem imaculadamente por investigações e análises de qualquer natureza (porque estamosfalando a Verdade). -Nossa fé é racional, e a apologética se emprega de argumentos lógicos para facilitar o acesso pelos descrentes, e em alguns casos até desacreditar os inimigos da cruz de Cristo que influenciam negativamente outros contra a Verdade. A apologética, obviamente, é uma ferramenta indispensável nas mãos do evangelista. Mas, além disso, a apologética é muito importante para estabelecer e fortalecer o crente na sua fé. Contra as influências das filosofias do evolucionismo, materialismo, comunismo, humanismo, pós-modernidade, ocultismo, e as demais religiões do mundo. É bem fácil o crente ficar confuso até ao ponto de ser enganado por uma seita. Alguns abandonaram a sua fé por falta de respostas às dúvidas levantadas pelos seus mestres. A apologética, portanto, tem um papel especial na vida dos jovens crentes que vão estudar numa faculdade secular. Por todas essa razões, a Igreja não pode deixar de ensinar apologética. Ela (apologética) nunca substitui a oração nem a ação do Espírito Santo. Quem opera a salvação é Deus - os argumentos devem fazer parte do processo de evangelização O método que Deus definiu para nós é o de apresentar verbalmente (pregar) a mensagem do evangelho, e essa mensagem tem que ser entendida - aprovada pela razão - pelos que a recebem. É esse o lado positivo da apologética: comunicar com clareza o evangelho à geração atual, de forma que esta possa, entendendo-o, crer. 12 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Pessoas diferentes demandam maior ou menor intensidade na argumentação. 13 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 8 Deus ama a todas elas. Somos seus instrumentos para alcançá-las. O convencimento final é do Espírito Santo. Derrubar os argumentos somente não é suficiente. Não derrubá-los, pode deixar barreiras que podem ter conseqüências fatais. As motivações cristãs na prática da apologética O valor do estudo de Apologética só se manifesta com as motivações corretas: Amor - aos irmãos com dificuldades e ao homem sem Cristo. Rm 13:8 A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros: pois quem ama o próximo tem cumprido a lei Humildade. 1 Co. 8:1 No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber O saber ensoberbece, mas o amor edifica i Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. Nenhum "saber" (mesmo o "saber" pertinente a assuntos espirituais) tem valor (cristão) se mal empregado: Auto-exaltação - ostentar conhecimento e boa argumentação, nutrir alguma fama ou imagem, ter o ego massageado, etc. Fp. 2:3 Nada façais por partidarismo ou vangloria, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Depreciação alheia. Devemos ter respeito e amor pelas pessoas - eventualmente atacar as idéias erradas que atrapalham seu relacionamento com Cristo. O desmoronamento de anos de convicções equivocadas pode ser doloroso. Ganhar argumentos e perder pessoas contraria o chamado cristão. Obediência: Nosso chamado envolve: (preparo, palavras, procedimento) 14 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte 1 Pe 3:15 antes, santificai a Cristo, como Senhor; em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, 16 fazendo-o, todavia, com mansidão e temor; com boa 15 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 9 constância, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamem o vosso bom procedimento em Cristo. EM QUE CIRCUNSTÂNCIAS OS APÓSTOLOS FAZIAM DEFESAS DA FÉ? Quando eram confrontados por Judaizantes. Quando a doutrina ensinada era distorcida. Quando precisavam comprovar relatos milagrosos como a ressurreição de Cristo. Quando precisavam demonstrar que o novo regime implantado por Cristo era superior ao antigo regime (o regime d a lei) Para responderem a seguinte questão: "Porque você é cristão?" Fazendo uma referência a apologética John Stott diz: "Não podemos fomentar a arrogância intelectual de uma pessoa, mas devemos alimentar sua integridade intelectual" (E eu acrescentaria que devemos responder a perguntas feitas com sinceridade). Beattie conclui que: "Ou o cristianismo é TUDO para a humanidade, ou então não é NADA. Ou é a maior das certezas ou a maior das desilusões. .. Mas se o cristianismo for TUDO para a humanidade, é importante que cada pessoa seja capaz de apresentar uma boa razão para a esperança que possui em relação às verdades eternas da fé cristã. 16 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Aceitar tais verdades sem ponderar a respeito, ou aceitá-las simplesmente por causa da autoridade que têm, não é suficiente para uma fé inteligente e estável." 17 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 10 Algo importante a esclarecer.... O Cristianismo É uma Religião de FATOS O cristianismo apela à história, aos fatos da história. P. Carnegie Simpsom chama de os dados mais claros e acessíveis que existem". Simpson prossegue: "Ele (Jesus) é um fato histórico, verificável como qualquer outro". Portanto, o cristianismo é objetivo em suas constatações. Clark Pinnock escreve: "Exige um grande esforço o trabalho de apresentar às pessoas, e de um modo inteligente, as provas em favor do evangelho, de maneira que elas possam tomar decisões significativas, convencidas pelo poder do Espírito Santo. O coração não pode se comprazer com aquilo que a mente rejeita como sendo falso". 14/8 Um princípio importante na Apologética: "A MELHOR DEFESA E O ATAQUE" (Josh Mac Dowell) Pinnock, um hábil apologeta e testemunha de Cristo, expressando-se com muita propriedade diz: "Um cristão inteligente deve ser capaz de apontar as falhas numa posição não-cristã e apresentar fatos e argumentos em favor do evangelho. Se nossa apologética nos impede de explicar o evangelho a quem quer que seja, é uma apologética inadequada". VAMOS ESTABELECER ALGUNS FATOS BÁSICOS Antes de tratar das diversas provas que favorecem a fé cristã, deve-se esclarecer algumas idéias errôneas e entender várias questões fundamentais. Fé Cega Uma acusação bem comum e contundente feita contra o cristão é: "Vocês, cristãos, me deixam doente! Tudo o que vocês têm é uma 'fé cega"'. 18 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Será que para tornar-se cristão, a pessoa precisa cometer um "suicídio intelectual"? Pessoalmente, "meu coração não pode se alegrar com aquilo que minha mente rejeita". Meu coração e minha cabeça foram criados para juntos agirem e crerem em harmonia. Cristo nos mandou: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento "(Mateus 22:37). 19 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 11 Quando Jesus Cristo e os apóstolos conclamavam uma pessoa a exercitar a fé, essa não era uma "fé cega", mas uma "féinteligente". O apóstolo Paulo disse: "Sei em que tenho crido" (2 Timóteo 1:12). E Jesus disse: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8:32). Conhecer, saber, é o contrário de ignorar. A fé de um indivíduo envolve "a mente, as emoções e a vontade". F. R. Beattie tem toda razão ao afirmar que "o Espírito Santo não opera, no coração, uma fé cega e sem fundamentos...". É justificável que Paul Little escreva: "A fé no cristianismo baseia-se em fatos. Não é contrária à razão. No sentido cristão, a fé vai além, mas não contra a razão". 1 0/30 A fé é a certeza que o coração tem de que as provas são suficientes. A Fé Cristã É uma Fé Objetiva Um bolsista muçulmano disse a um professor de teologia: "Conheço muitos muçulmanos que têm mais fé em Maomé do que alguns cristãos têm em Cristo". O professor respondeu: "Pode ser verdade, mas o cristão é "salvo". A fé cristã é fé em Cristo. Paulo disse: "Sei em quem tenho crido". Isso explica por que o evangelho gira em torno da pessoa de Jesus Cristo. O CONCEITO DE CRISTO DA FÉ E O CRISTO DA HISTÓRIA Alguns fazem uma diferença entre o "Cristo da fé" e o "Cristo da história". O Cristo da fé é aquele que é concebido na dimensão da crença e da experiência subjetiva. O Cristo da história é aquele que é concebido por meio dos resultados das pesquisas arqueológicas, dos dados históricos, dos documentos encontrados. 20 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Acredito que o Cristo da fé e o Cristo da História não são distintos como concebem os liberais, são a mesma pessoa. Conforme Herbet Butterfield um dos maiores historiadores da nossa época, o expressou: “Seria um erro perigoso imaginar que as características de uma religião histórica continuariam inalteradas caso o Cristo dos teólogos fosse divorciado do Jesus da história.” Curso de Apologética Cristã 12 Testemunhas Oculares Os escritores do Novo Testamento ou escreveram na qualidade de testemunhas oculares dos eventos que descreveram ou registraram os acontecimentos, conforme relatados, em primeira mão, por testemunhas oculares. Veja o que diz um apostolo: "Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade" (2 Pedro 1:16). Os escritores do NT, sabiam qual a diferença entre mito, lenda e realidade. É bom lembrar, que a mitologia grega se aplica a seres de existência mitológica. O cristianismo se refere a seres de existência história. J. B. Phillips,afirma: “Já li, em grego e em latim, dezenas de histórias de mitos, mas não encontrei a menor idéia de mito na Bíblia”. Definição de mito: "Pode-se definir mito como uma tentativa pré-científica e imaginativa de explicar algum fenômeno, real ou aparente. Frequentemente apela mais às emoções do que à razão, e, de fato, em suas manifestações mais típicas, parece ter surgido em uma época quando não se exigiam explicações racionais'." 21 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte RELATOS BÍBLICOS DAS TESTEMUNHAS OCULARES 1 João 1 :1-3: "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo." Lucas 1:1-3: "Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os Curso de Apologética Cristã 13 que desde o princípio foram deles testemunhas oculares, e ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem." I Coríntios 15:6-8 "Depois Jesus foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora, porém alguns já dormem. Depois foi visto por Tiago, mais tarde por todos os apóstolos, e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo." João 20:30,31 "Na verdade fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” Atos 10:39-42 "É nós somos testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém? ao qual também tiraram a vida, pendurando-o no madeiro. A este ressuscitou Deus no terceiro dia, e concedeu que fosse manifesto, não a todo o povo, mas às testemunhas que foram anteriormente escolhidas por Deus, isto é, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos; e nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos". 22 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã14 Metodologia da apologética O alvo desta metodologia é avaliar as várias cosmovisões que estão competindo pela lealdade do povo. Um outro alvo do sistema é a comunicação da cosmovisão cristã. Para comunicar é preciso um ponto de contato com o não-crente. Qualquer sistema de apologética deve ter pelo menos as seguintes partes: Um ponto de partida lógico, um ponto de contato com o descrente, ou seja, "terreno comum", provas da verdade, o papel do raciocínio, a base da fé em Deus, Cristo e a Bíblia. O significado destes aspectos de uma apologética deve ficar claro ao explicar as metodologias abaixo. A apologética tradicional 1) Os "evidencialistas" Tomam a postura de que a melhor maneira de se comprovar a existência de Deus e a veracidade da Bíblia é apelar para a evidência da história. Eles apontam para a evidência da ressurreição de Jesus, por exemplo, como a prova de que Ele é Deus. O "evidencialismo" é caracterizado pela tendência de se asseverar que a verdade do Cristianismo pode ser demonstrada como sendo altamente provável. Os evidencialistas começam a partir do empirismo e a abordagem deles pode ser analisada assim: a) Ponto de partida lógico - O empirismo começa a partir do dado empírico para construir uma cosmovisão. Ele pressupõe que exista uma correspondência entre a realidade exterior e as percepções interiores na mente humana e que os cinco sentidos são confiáveis. Outros pressupostos incluem a unidade da experiência, a regularidade das leis 23 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte da natureza e causalidade. É claro que o evidencialismo não depende apenas dos fatos, mas também de alguns pressupostos metafísicos, embora nem todos os empiristas admitam isso. 24 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 15 b) Terreno comum - Os evidencialistas dizem que a coisa que temos em comum com o não-crentes são os fatos. "Um fato é um fato", eles dizem. Eles pressupõem que os fatos são os mesmos para todo mundo é que eles têm o mesmo significado. Alguns evidencialistas admitem que temos em comum comos descrentes as formas lógicas do raciocínio humano. Prova da verdade -Algo é verdadeiro se ele é consistente com os fatos. Por isso eles dão muita ênfase aos fatos históricos: a ressurreição de Jesus, etc. Para eles a evidência exige um veredito. (Daí, o título do livro de Josh McDowell). O papel do raciocínio - Os evidencialistas dependem da lógica indutiva. Eles tentam raciocinar a partir dos fatos (a ordem no universo, a ressurreição) para os princípios metafísicos (a existência de Deus, a divindade de Cristo). A base da fé - Certeza absoluta é impossível, segundo os evidencialistas. O melhor que podemos esperar é um alto grau de probabilidade. Eles dizem que entre as várias cosmovisões possíveis, o cristianismo é o mais provável e deve ser aceito. 2) Racionalismo O que é? O racionalismo é uma epistemologia que tenta conhecer a verdade dedutivamente. Vários filósofos (Anselmo, Descartes) tentaram o comprovar cristianismo através do racionalismo. Ponto de partida lógico - O racionalismo começa a partir de axiomas ou pressupostos que não podem ser negados. O cogito ergo sum (penso, logo, existo) de Descartes é um exemplo. Terreno comum - O ponto de contato entre os não-crentes é a validade universal das leis da lógica: a lei da não-contradição, a lei da identidade, e a lei do meio excluído. Estas leis compõem a estrutura da mente humana e definem as possibilidades na realidade. Prova da verdade - A consistência lógica é a prova da verdade final. 25 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte O papel do raciocínio - O processo de raciocinar, segundo o racionalismo, é deduzir as conclusões que se seguem logicamente dos axiomas. A razão é puramente dedutiva. Curso de Apologética Cristã 16 e) A base da fé cristã é a certeza dos silogismos lógicos. Problemas? O problema do racionalismo é que os argumentos são apenas tão bons como os pressupostos. Um argumento pode ser válido e ainda :also por ter falsos pressupostos. O racionalismo pretende construir um argumento com pressupostos fundamentados no mundo finito e concluir com um Deus infinito. Mas, pressupostos finitos (pensou, logo existo, etc.) não são suficientes para chegar a um Ser Infinito. O raciocínio, para ser suficiente, deve começar a partir de um ponto de referência infinito. 3) Misticismo Ponto de Partida lógico - Testemunho pessoal sobre sua experiência de Deus. Terreno comum - Não existe terreno comum porque os não-crentes não podem entender o que eles não experimentaram. Prova da verdade - A auto-autenticação da experiência. O místico responde aos incrédulos ao dizer: "Jesus mudou a minha vida". A prova final é a realidade de um encontro com Deus. O papel do raciocínio - A razão pode interpretar a experiência, mas ela é incapaz de avaliar a verdade da experiência. As vezes o raciocínio é visto como um obstáculo a uma experiência de Deus. A base da fé - Os místicos dizem que eles têm uma certeza psicológica. A fé é irracional. Problemas? Os Mórmons têm a sua experiência, os Hindus, e todas as outras religiões também. A experiência precisa de um ponto de referência objetivo para validá-la. 26 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte 4) Os "verificacionalistas". Combinam os métodos tradicionais e ainda acrescentam outras provas. Eles propõem que a probabilidade da veracidade da religião cristã pode ser aumentada através da viabilidade existencial. Um sistema que não é viável ao nível prático é considerado improvável. Curso de Apologética Cristã 17 Portanto, neste sistema aquilo que em nível prático se revela como funcional e viável pode ser usado como prova. Ponto de partida lógico- Eles propõem a existência de Deus como uma hipótese que precisa ser apresentada por meio de argumentos e testada por meio da experiência. Terreno comum- Os verificacionalistas dizem que todos os homens têm em comum os fatos da experiência, as leis da lógica, a busca de valores e as leis morais. Prova da verdade - Consistência sistemática, ou seja, aquilo que corresponde aos fatos (com menos problemas do que outros sistemas), sem contradições lógicas, e pode ser vivido sem hipocrisia é o mais provável. O papel do raciocínio - A razão humana é o juiz que verifica a hipótese através da lógica e experiência. e) A base da fé - A probabilidade intelectual e a certeza moral são as bases da fé, segundo os verificacionalistas. O cristianismo é a cosmovisão mais provável e esta probabilidade é tão al ta qu e exi g e certeza m oral . Problemas? O verificacionalismo é uma combinação do empirismo, o racionalismo e o misticismo. Começando com os pontos de partida finitos que estes sistemas têm, ele sofre as mesmas fraquezas. 5) Os "pressuposicionalistas" Os pressuposicionalistas defendem a idéia que os apóstolos atacavam a estrutura do pensamento dos pecadores e nós devemos fazer o mesmo. 27 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Então os "pressuposicionalistas" procuram expor os pressupostos dos incrédulos e demonstrar a sua insuficiência. Através da destruição dos alicerces do pensamento pagão, as idolatrias do mun do são derrubadas e o Evangelho é apresentado como a única esperança. Neste sistema, utiliza-se argumentos favoráveis ao cristianismo e critica-se o sistema de crenças dos incrédulos através de uma comparação entre ambos. 28 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 18 Ponto de partida lógico – Os pressuposicionalistas começam onde a Bíblia começa, com o pressuposto da existência do Deus Triúno da Bíblia e a inerrância das Escrituras. Terreno comum - Não existe terreno comum entre o sistema (epistemologia) do descrente e do crente, porque a interpretação do mundo feita pelo descrente pressupõe que Deus não existe. Mas o descrente não é consistente com os seus próprios pressupostos. Ele aceita várias verdades que ele roubou do sistema cristão. Podemos aproveitar este "terreno comum" para falar com eles. Por exemplo, os humanistas aceitam relativismo ético e negam que existem absolutos morais, mas quando alguém rouba o carro deles, eles insistem que roubar é errado. Prova da verdade - As reivindicações da Bíblia são auto-autenticadas. No fim, a prova da verdade do sistema cristão é que, se não fosse verdadeiro, não existiria verdade. Os pressupostos da cosmovisão cristã são necessários para qualquer predicação. O papel do raciocínio - O crente pode se colocar no lugar do não-crente para mostrar-lhe os resultados do seu sistema não-cristão. O crente usa a razão para desconstruir a cosmovisão do não-crente e revelar os seus absurdos e problemas. Além disso, o crente mostra que a Bíblia contém uma cosmovisão que é suficiente para resolver os problemas da epistemologia, da ética, da ontologia, e da teleologia. A Base da fé - No fim das contas, a Palavra de Deus e a autoridade de Deus são as bases da fé cristã. Os pressuposicionalistas dizem que a veracidade da fé cristã é absoluta. 29 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 19 PARTE 02. A CERTEZA APOLOGÉTICA Qual é o grande objetivo destas metodologias apologéticas? RESPOSTA: NOS CONDUZIR A CERTEZA DAS AFIRMAÇÕES FEITAS PELO CRISTIANISMO COMO PODEMOS CHEGAR A CERTEZA NA PRÁTICA APOLOGÉTICA?Um dos grandes desafios da apologética é conduzir as pessoas a ter certeza de que as afirmações do cristianismo são verdadeiras. Vamos definir o que é a certeza apologética, e quais as condições e critérios para que possamos chegar a certeza. A DEFINIÇÃO DE CERTEZA Certeza é o estado da mente em que está intimamente persuadida de possuir a verdade. Estar certo é, portanto, formular um juízo, que exclui totalmente a dúvida e o temor de errar. Certeza é resultado de um processo: Intelectual, onde pelo raciocínio uma pessoa acredita que conseguiu encontrar uma verdade espiritual, lógica , sensata e coerente com a razão. Psicológico. As emoções precisam aqui estar em sintonia com as convicções intelectuais. Há pessoas que falam sobre a fé, mas seus sentimentos não produzem a mesma convicção psicológica. 30 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Espiritual, onde o indivíduo em contato com o divino tem uma experiência única com a revelação, de modo que está se apresenta para ele com a verdade mais concreta e absoluta para explicar o propósito e sentido de sua existência. 31 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 20 Espécies de certeza: A certeza metafísica, que se funda na relação necessária entre os termos do juízo ou raciocínio lógico. Ex. Quando digo que “o todo é maior que a parte”, o atributo convém de tal modo ao sujeito que é impossível conceber o contrário. Ao formularmos um juízo desses, o nosso espírito não só não admite a possibilidade de dúvida, mas afirma que a contraditória é absurda e não se pode conceber; A certeza física, que se baseia na constância das leis do universo. Só a experiência nos pode dar esta certeza. Ex. Quando dizemos que “os corpos tendem a cair para o centro da terra”, julgamos que a proposição contrária é falsa, por contradizer os fatos observados, mas não absurda, pois as leis poderiam ser de outro modo; A certeza moral, que se funda no testemunho dos homens, quando este se apresenta com todas as garantias de verdade. Ex. As verdades históricas e, portanto, as religiosas são objeto da certeza moral. Ex. O Pecado é a transgressão da lei. É errado matar. Segundo o modo do conhecimento, a certeza é: Imediata, direta ou intuitiva, quando se apresenta à inteligência sem o intermédio de outra verdade; ex.: o todo é maior que a parte; Ex. alguém tem uma experiencia direta com uma revelação. Mediata, indireta ou discursiva, quando a conhecemos indiretamente por meio do raciocínio; ex.: a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a dois retos (180º). Ex. alguém conhece a revelação por meio do testemunho de outra pessoa 32 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Critério Por conseguinte, o problema da verdade reduz-se a saber qual é o sinal ou critério por onde podemos conhecer que estamos em posse da verdade. Foram propostos vários critérios: 33 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 21 A revelação divina (Ex. experiências místicas, sobrenaturais, visões, etc...), o consenso universal (Ex. milhões de pessoas creem em Deus), o senso comum (São as crenças populares. ), o sentimento (sentimos o amor, por isso temos a certeza da sua existência) O critério ou sinal infalível e universal da verdade é a evidência. Mas, que é a evidência? O termo evidente, como a etimologia o indica, significa que a verdade está revestida duma claridade que a faz brilhar aos nossos olhos. Desse modo a evidência exerce no espírito uma espécie de violência, coloca-o na impossibilidade de não ver. “Estou certo porque vejo que a coisa é assim, e não pode ser de outro modo; e vejo que é assim, ou por intuição direta, ou por meio da demonstração, ou finalmente por um testemunho irrefragável que não me permite julgar o contrário.” Uma das grandes discussões históricas é quanto a certeza dos dados, quanto a verdade das declarações que são feitas pela Bíblia. Portanto, precisamos definir a Bíblia apologeticamente. A singularidade da Bíblia.... ....Nosso ponto de partida para a apologética. A Bíblia é Única. É um livro "diferente de todos os demais" nos seguintes aspectos (além de em muitos e muitos outros): 34 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte ÚNICA NA SUA COERÊNCIA. Esse é um livro: Escrito durante um período de mais de 1.500 anos. Curso de Apologética Cristã 22 Escrito durante mais de 40 gerações. Escrito por mais de 40 autores, envolvidos nas mais diferentes atividades, inclusive reis, camponeses, filósofos, pescadores, poetas, estadistas, estudiosos, etc: Escrito em diferentes lugares: Moisés, no deserto; Jeremias, numa masmorra; Daniel, numa colina e num palácio; Paulo, dentro de uma prisão; Lucas, enquanto viajava; João, na ilha de Patmos; Outros, nos rigores de uma campanha militar. Escrito em diferentes condições: Davi, em tempos de guerra; Salomão, em tempos de paz. Escrito sob diferentes circunstâncias: Alguns escreveram enquanto experimentavam o auge da alegria, enquanto outros escreveram numa profunda tristeza e desespero. 35 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte "Voltaire, o francês renomado e incrédulo que morreu em 1778, afirmou que, cem anos depois dele o cristianismo estaria varrido da face da terra e teria passado à história. Mas o que aconteceu? Voltaire passou para a história, ao passo que a circulação da Bíblia continua a aumentar em quase todas as partes do mundo, levando bênçãos aonde quer que vá. A respeito da presunção de Voltaire de que o cristianismo desapareceria num prazo de cem anos, Geisler e Nix assinalam que "apenas cinqüenta anos depois de sua morte a Sociedade Bíblica de Genebra usou a gráfica e a residência de Voltaire para imprimir pilhas de Bíblias.“ QUE IRONIA DA HISTÓRIA! 36 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 23 Esses fatos comprovam que a Bíblia é única! A Bíblia é única em sobrevivência: Ser escrita em material perecível, tendo que ser copiada e recopiada durante centenas de anos, antes da invenção da imprensa, não prejudicou seu estilo, exatidão ou existência. Comparada com outros escritos antigos, a Bíblia possui mais provas em termos de manuscritos . "Os judeus a preservaram como nenhum outro manuscrito foi jamais preservado. Com a massora (O termo "massorá" provém na língua hebraica de mesorah que indica "tradição". Portanto, massoreta era alguém que tinha por missão a guarda e preservação da tradição) eles verificavam atentamente cada letra, sílaba, palavra e parágrafo. Dentro de sua cultura, eles dispunham de grupos de homens com funções específicas, cuja única responsabilidade era preservar e transmitir esses documentos com uma fidelidade praticamente perfeita - eram os escribas, copistas e massoretas. Quem alguma vez contou as letras, sílabas e palavras dos textos de Platão ou Aristóteles? John Lea comparou a Bíblia aos escritos de Shakespeare: "Em artigo na North American Review (Revista Norte-Americana): “Parece estranho que o texto de Shakespeare, que existe hámenos de duzentos e oito anos, seja bem mais duvidoso e tenha bem mais corruptelas do que o texto do Novo Testamento, agora com mais de dezoito séculos de idade, “ ....o texto de cada versículo do Novo Testamento encontra-se tão bem estabelecido, em face de uma concordância geral entre os estudiosos, que qualquer ressalva quanto ao texto diz respeito mais à interpretação das palavras do que a quaisquer dúvidas sobre as próprias palavras. A Bíblia é a única em sobrevivência em meio as perseguições: Em 303 A.D. o imperador Diocleciano proclamou um edito (Camridge History of the Bible) para impedir os cristãos de adorarem e para destruir as suas Escrituras: "... 37 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte um documento imperial foi promulgado em todos os lugares, determinando a demolição das igrejas e a queima das Escrituras, e proclamando que aqueles que ocupavam posições de destaque perderiam todos os seus direitos, enquanto que Curso de Apologética Cristã 24 aqueles que trabalhassem em suas casas perderiam a liberdade, caso insistissem em professar o cristianismo“. Quanto a esse edito para destruir a Bíblia, a ironia da história é que Eusébio registra o edito proclamado 25 anos depois por Constantino, o imperador que sucedeu a Diocleciano, para que se preparassem 50 cópias das Escrituras às expensas do governo. A Bíblia é única em termos de sobrevivência. Isso não prova que a Bíblia é a Palavra de Deus. Mas confirma que ela ocupa um lugar sem igual entre os livros. Quem quer que esteja buscando a verdade deve refletir sobre um livro com essas características distintivas. Nenhum outro livro tem sido tão atacado, retalhado, vasculhado, examinado e difamado. Que livro de filosofia, religião, psicologia ou literatura, do período clássico ou moderno, sofreu um ataque tão maciço como a Bíblia? Um ataque marcado por tanta maldade e ceticismo? Um ataque tão vasto e desferido por pessoas tão eruditas? Um ataque contra cada capítulo, parágrafo e linha? A Bíblia ainda é amada por milhões, lida por milhões e estudada por milhões. 38 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 25 Curso de Apologética PARTE 03 – Apologética focada em seitas e heresias MATERIAL EXTRAIDO DO LIVRO –SÉRIE APOLOGÉTICA- ICP. INSTITUTO CRISTÃO DE PESQUISAS As pessoas têm o direito de professar a religião de sua escolha. A tolerância religiosa é extensiva a todos. Isso não significa, porém, que todas as religiões sejam boas. Nos dias de Jesus havia vários grupos religiosos: Os saduceus (At 5.17) e os fariseus (At 15.5). Os dois grupos tinham posições religiosas distintas (At 23.8). Mesmo assim, Jesus não os poupou, chamando-os de hipócritas, filhos do inferno, serpentes, raça de víboras (Mt 23.13-15,33). O Mestre deixou claro que não aceitava a idéia de que todos os caminhos levará a Deus. Ele ensinou que há apenas dois caminhos: o estreito, que conduz à vida eterna, e o largo e espaçoso, que leva à destruição (Mt 7.13-14). Os apóstolos tiveram a mesma preocupação: não permitir que heresias, falsos ensinos, adentrassem na Igreja. O primeiro ataque doutrinário lançado contra a Igreja foi o legalismo. Alguns judeus-cristãos estavam instigando novos convertidos à prática das leis judaicas, principalmente a circuncisão. Em Antioquia, havia uma igreja constituída de pessoas bem preparadas no estudo das Escrituras (At 13.1), que perceberam a gravidade do ensino de alguns que haviam descido da Judéia e ensinavam: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podereis ser salvos (At 15.1). Esses ensinamentos eram uma ameaça à Igreja. Foi necessário que um concilio apreciasse essa questão e se posicionasse. Em Atos 15.1-35, temos a narrativa que demonstra a importância de considerarmos os ensinos que contrariam a fé cristã. Outras fontes ameaçam a 39 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Igreja- Dentre elas, destacamos a pluralidade religiosa. Pluralidade Religiosa A pluralidade religiosa não é exclusiva dos tempos de Jesus. Atualmente existem milhares de seitas e religiões falsas, as quais pensam estar fazendo a vontade de Deus quando, na verdade, não estão. Há dez grandes religiões principais: Hinduísmo, Jainismo, Budismo e Siquismo (na índia); Confucionismo e Taoísmo (na China); Xintoísmo (no Japão), Judaísmo (na Palestina), Zoroastrismo (na Pérsia, atual Irã) e Islamismo (na Arábia). Nessa lista, alguns incluem o Cristianismo. Além disso, existem mais de dez mil seitas (ou subdivisões dessas religiões), estando seis mil localizadas na África, 1200 nos Estados Unidos e o restante em Curso de Apologética Cristã 26 outros países. Para efeitos didáticos, o Instituto Cristão de Pesquisas classifica assim as seitas: Secretas: Maçonaria,Teosofia, Rosacrucianismo, Esoterismo etc. Pseudocristãs: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo Dia, Ciência Cristã, A Família (Meninos de Deus), Igreja Apostólica da Santa Vó Rosa etc. Espíritas: Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Racionalismo Cristão etc. Afro-brasileiras: Umbanda, Quimbanda, Candomblé, Voduísmo, Cultura Racional, Santo Daime etc. Orientais: Seicho-No-Iê, Igreja Messiânica Mundial, Arte Mahikari, Hare Krishna, Meditação Transcendental, Igreja da Unificação (Moonismo), Perfeita Liberdade etc. Unicistas: Voz da Verdade, Igreja Local, Adeptos do Nome Yehoshua e suas Variantes (ASNYS), Só Jesus, Tabernáculo da Fé, Cristadelfíanismo etc. 40 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Enquanto essas e outras seitas se multiplicam, e seus guias desencaminham milhões de pessoas, os cristãos permanecem indiferentes, desatentos à exortação de Judas 3: batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Por Que Estudar as Falsas Doutrinas Muitos perguntam por que se deve estudar as falsas doutrinas. Para esses, seria melhor a dedicação à leitura da Bíblia. Certamente devemos usar a maior parte de nosso tempo lendo e estudando a Palavra de Deus, porém essa mesma Palavra nos apresenta diretrizes comportamentais relacionadas aos que questionam nossa fé. Assim sendo, apresentamos as razões para o estudo das falsas doutrinas: 1ª - Defesa própria: Várias entidades religiosas treinam seus adeptos para ir, de porta em porta, à procura de novos adeptos. Algumas são especializadas em trabalhar com os evangélicos, principalmente os novos convertidos. Os cristãos devem se informar acerca do que os vários grupos ensinam. Só assim poderão refutá-los biblicamente (Tt 1.9); 2a. - Proteção do rebanho: Um rebanho bem alimentado não dará problemas. Devemos investir tempo e recursos na preparação dos membros da Igreja. Escolas bíblicas bem administradas ajudam o nosso povo a conhecer melhor a Palavra de Deus. Um curso de batismo mais extensivo, abrangendo detalhadamente as principais doutrinas, refutando as argumentações dos sectários e expondo-lhes a verdade, será útil para proteger os recém-convertidos dos ataques das seitas; 3a. - Evangelização: O fato de conhecermos o erro em que se encontram os sectários nos ajuda a apresentar-lhes a verdade de que necessitam. Entre eles se encontram muitas pessoas sinceras que precisam se libertar e conhecer a Palavra de Deus. Os adeptos das seitas também precisam do Evangelho. Se estivermos preparados para abordá-los, e demonstrar a verdade em sua própriaBíblia, Curso de Apologética Cristã 27 poderemos ganhá-los para Cristo; 4a. - Missões: Desempenhar o trabalho de missões requer muito mais do que se deslocar de uma região para outra ou de um país para outro. Precisamos 41 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte conhecer a cultura onde vamos semear o Evangelho. Junto à cultura teremos a religiosidade nativa. Conhecer antecipadamente esses elementos nos dará condições para alcançá-los adequadamente. Uma objeção levantada por alguns é esta: Não gosto de falar contra outras religiões. Fomos chamados para pregar o Evangelho. Concordamos plenamente, todavia lembramos que o apóstolo Paulo foi chamado para pregar o Evangelho e disse não se envergonhar dele (Rm 1.16). Disse também que Cristo o chamou para defender esse mesmo Evangelho (Fp 1.16). A objeção mais comum é a seguinte: Jesus disse para não julgarmos, pois com a mesma medida que julgarmos, também seremos julgados. Quem somos nós para julgar"? Ora, o contexto mostra que Jesus não estava proibindo todo e qualquer julgamento, pois no versículo 15 Ele alerta: acautelai-vos, porém, dos falsos profetas. Como poderíamos nos acautelar dos falsos profetas se não pudéssemos identificá-los? Não teríamos de emitir um juízo classificando alguém como falso profeta? Concluímos, portanto, que há juízos estabelecidos em bases sinceras, mas, para isso, é preciso usar um padrão correto de julgamento e, no caso, esse padrão é a Bíblia (Is 8.20). Há exemplos nas Escrituras de que nem todo juízo é incorreto. Certa vez Jesus disse: julgas te bem (Lc 7.43). Paulo admitiu que seus escritos fossem julgados (1 Co 10.15). Disse mais: O que é espiritual julga bem todas as coisas (1 Co 2.15). Definição dos Termos Antes de apresentarmos os meios para se identificar uma seita ou religião falsa, saibamos o que significam as palavras seita e heresia. Ambas derivam da palavra grega háiresis, que significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola etc... A palavra heresia é adaptação de háiresis. Quando passada para o latim, háiresis virou seda. Foi do latim que veio a palavra seita.1 Originalmente, a palavra não tinha sentido pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os líderes judaicos viam os cristãos como mais um grupo, uma facção dentro do Judaísmo. Com o tempo, háiresis também assumiu conotação negativa, como em 1 Co 11.19; Gl 5.20; 2 Pe 2.1-2. Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere-se a um grupo de pessoas e que heresia indica as doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando- 42 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia, sem, contudo, fazer parte de uma seita. Há outras definições sobre o que é seita: 1ª. — Um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da 43 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 28 Bíblia, feita por uma ou mais pessoas -Dr. Walter Martin.3 2a. — É uma perversão, uma distorção do Cristianismo bíblico e/ou a rejeição dos ensinos históricos da Igreja cristã — Josh McDoweell e Don Stewart.4 3a. — Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria — J.K. Van Baalen.5 Façamos um breve comentário sobre o que é doutrina. A palavra doutrina vem do latim doctrina, que significa ensino. Referindo-se a qualquer tipo de ensino ou a algum ensino específico. Existem três formas de doutrina: Doutrina de Deus - At 13.12; 1.42; Tt 2.10; Doutrina de homens - Mt 15.9; Cl 2.22; Doutrina de demônios - 1 Tm 4.1. A primeira é boa, as duas últimas são danosas. É preciso distinguir a primeira das últimas, senão os prejuízos podem ser fatais. O contraste entre a verdade e a mentira é mais nítido que o contraste entre a verdade e a falsidade. Religiões e seitas pagas podem ser analisadas facilmente. Contudo, uma religião ou seita que se apresente como cristã, mas tem uma doutrina contrária às Escrituras, merece toda nossa atenção. Para tanto, devemos conhecer os meios adequados para se identificar uma seita. A Caracterização das Seitas O método mais eficiente para se identificar uma seita é conhecer os quatro caminhos seguidos por elas, ou seja, o da adição, subtração, multiplicação e divisão. As seitas conhecem as operações matemáticas, contudo, nunca atingem o resultado satisfatório. 1. Adição: O grupo adiciona algo à Bíblia. Sua fonte de autoridade não leva em consideração somente a bíblia. 44 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte POR EXEMPLO: Adventismo do Sétimo Dia. Seus adeptos têm os escritos de Ellen White como inspirados tanto quanto os livros da Bíblia. Declaram: Cremos que: Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração, têm aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia. Negamos que a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas. Essa alegação é altamente comprometedora. Diversas profecias escritas por Ellen White não se cumpriram. Isso põe em dúvida a alegação de inspiração e sua fonte. As Testemunhas de Jeová crêem que somente com a mediação do corpo governante (diretoria das Testemunhas de Jeová, formada por um número variável entre nove e 14 pessoas, nos EUA), a Bíblia será entendida. Declaram: Meramente ter a Palavra de Deus e lê-la não basta para adquirir o conhecimento exato que coloca a pessoa no caminho da vida.% A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na 45 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 29 estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia.9 Essa afirmação iniciou-se com o seu fundador, Charles Taze Russell. Ele afirmava que seus livros explicavam a Bíblia de uma forma única. A Bíblia fica em segundo plano nos estudos das Testemunhas de Jeová. É usada apenas como um livro de referência. A revista A Sentinela tem sido seu principal canal para propagar suas afirmações. O candidato ao batismo das Testemunhas de Jeová deve saber responder a aproximadamente 125 perguntas. A maioria nega a doutrina bíblica evangélica. Certamente, com a literatura das Testemunhas de Jeová, é impossível compreender a Bíblia. Somente a Palavra de Deus contém ensinos que conduzem à vida eterna. Adicionar-lhe algo é altamente perigoso! (Ap 22.18-19). Nessa mesma linha estão os mórmons, que dizem crer na Bíblia, desde que sua tradução seja correta. Ensinam: Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, o quanto seja correta sua tradução; cremos também ser o "Livro de Mórmon" a palavra de Deus (Artigo 8o das Regras de Fé). Eles acham que o "Livro de Mórmon" é mais perfeito do que a Bíblia. Declarei aos irmãos que o Livro de Mórmon era o mais correto de todos os livros da terra, e a pedra angular da nossa religião ("Ensinamentos do Profeta Joseph Smith", p. 178). Outros livros também são considerados inspirados: "Doutrina e Convênios" e "A Pérola de Grande Valor". Usam também a Bíblia apenas como livro de referência. Se dissermos aos mórmons que temos a Bíblia e não precisamos do "Livro de Mórmon", eles responderão com esse livro: Tu, tolo, dirás: uma Bíbliae não necessitamos mais de Bíblia! Portanto, porque tendes uma Bíblia, não deveis supor que ela contém todas as minhas palavras; nem deveis supor que eu não fiz com que se escrevesse mais (LM-2 Néfi 29.9-10). Citam as variantes textuais dos manuscritos como argumento de que a Bíblia não seja fidedigna. Ignoram, porém, que a pesquisa bíblica tem demonstrado a fidedignidade da Palavra de Deus. 46 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Os Meninos de Deus (A Família) dizem que é melhor ler os ensinamentos de David Berg, seu fundador, do que ler a Bíblia. E quero dizer-vos francamente: se há uma escolha entre lerem a Bíblia, quero dizer-vos que é melhor lerem o que Deus diz hoje, de preferência ao que disse 2000 ou 4000 anos atrás! Depois, quando acabarem de ler as últimas Cartas de MO podem voltar e ler a Bíblia e as Cartas velhas de MO! ("Velhas Garrafas" - MO, julho, 1973, p. 11 n. 242-SD). Práticas abomináveis, segundo a moral bíblica, são justificadas com a Bíblia. A Igreja da Unificação, do Rev. Moon, julga ser seu princípio divino de inspiração mais elevado do que a Bíblia. A Bíblia... não é a própria verdade, senão um livro de texto que ensina a verdade. ...Portanto, não devemos considerar o livro de texto como absoluto em todos os detalhes ("O Princípio Divino", Introdução, p. 7). Outro exemplo da conseqüência de abandonar as Escrituras é observado nesse movimento. Além da Bíblia, rejeitam também o Messias e seguem um outro senhor. Os Kardecistas não têm a Bíblia como base, mas a doutrina dos espíritos, codificada por Allan Kardec. Usam um outro Evangelho conhecido como "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Dizem: Nem a Bíblia prova coisa nenhuma, nem temos a Bíblia como probante. O Espiritismo não é um ramo do Cristianismo como as demais seitas chamadas cristãs. Não assenta os seus princípios nas 47 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 30 Escrituras. Não rodopia junto à Bíblia. Mas a nossa base éo ensino dos espíritos, daí o nome - Espiritismo ("A Margem do Cristianismo", p. 214). Procuram interpretar as parábolas e ensinos de Jesus Cristo segundo uma perspectiva espírita e reencarnacionista. A Palavra de Deus é bem clara quanto às atividades espíritas e suas origens. A Igreja de Cristo Internacional (Boston) interpreta a Bíblia segundo a visão de Kipp Mckean, o seu fundador. Um sistema intensivo de discipulado impede outras interpretações. Qualquer resistência do discípulo, referindo-se à instrução, desencadeará uma retaliação social. Resposta Apologética: O apóstolo Paulo diz que as Sagradas Letras tornam o homem sábio para a salvação pela fé em Jesus (2 Tm 3.15); logo, se alguém ler a Bíblia, somente nela achará a fórmula da vida eterna: crer em Jesus. A Bíblia relata a história do homem desde a antigüidade. Mostra como ele caiu no lamaçal do pecado. Não obstante, declara que Deus não o abandonou, mas enviou seu Filho Unigênito para salvá-lo. Assim, lendo a Bíblia, o homem saberá que sem Jesus não há salvação. Ele não procurará a salvação em Buda, Maomé, Krishna ou algum outro, nem mesmo numa organização religiosa; pois a Bíblia é absoluta e verdadeira ao enfatizar que a salvação do homem vem exclusivamente por meio de Jesus (Jo 1.45; 5.39-46; Lc 24.27,44; At 4.12; 10.43; 16.30-31; Rm 10.9-10). Subtração: O grupo tira algo da pessoa de Jesus. A maçonaria vê Jesus simplesmente como mais um fundador de religião, ao lado de personalidades mitológicas, ocultistas ou religiosas, tais como, Orfeu, Hermes,Trimegisto, Krishna, (o deus do Hinduísmo), Maomé (profeta do Islamismo), entre outros. Se negarmos o sacrifício de Jesus Cristo e sua vida, estaremos negando também a Bíblia que o menciona como Messias (Is 7.14 - Mt 1.21-23; Dn 7.13-14). Ou cremos integralmente na Palavra de Deus como revelação completa e, portanto, nas implicações salvíficas que há em Jesus Cristo, ou a rejeitamos integralmente. Não há meio termo. 48 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte A Legião da Boa Vontade (LBV) subtrai a natureza humana de Jesus, dizendo que Jesus possui apenas um corpo aparente ou fluídico, além de negar sua divindade, dizendo que ele jamais afirmou que fosse Deus.10 Jesus não poderia nem deveria, conforme as imutáveis Leis da Natureza, revestir o corpo material do homem do nosso planeta, corpo de lama, incompatível com sua natureza espiritual, mas um corpo fluídico ("Doutrina do Céu da LBV", p. 108). Agora, o mundo inteiro pode compreender que Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus nem jamais afirmou que fosse Deus ("Doutrina do Céu da LBV", p. 112). Outros grupos também subtraem a divindade de Jesus: as Testemunhas de Jeová dizem que Ele é o arcanjo Miguel na sua preexistência, sendo a primeira criação 49 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 31 de Jeová. Os adventistas ensinam que Jesus tinha uma natureza pecaminosa, caída. Dizem, Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna ("Testemunhos Seletos", vol. III, p. 22 — 2 edição, 1956). Os Kardecistas ensinam que Jesus foi apenas um médium de Deus. Dizem que Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus ("A Gênese", p. 311). Resposta Apologética: A Bíblia ensina que Jesus éDeus (Jo 1.1; 20.28;Tt 2.13; 1 Jo 5.20 etc). Assim sendo, não pode ser equiparado meramente a seres humanos ou mitológicos, nem mesmo com os anjos, que o adoram (Hb 1.6). A Bíblia atesta a autêntica humanidade de Jesus, pois nasceu como homem (Lc 2.7), cresceu como homem (Lc 2.52), sentiu fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), comeu e bebeu (Mt 11.19; Lc 7.34), dormiu (Mt 8.24), suou sangue (Lc 22.44) etc. Foi gerado pelo Espírito Santo no ventre da virgem Maria, sendo portanto, santo, inocente e imaculado (Hb 7.26). É verdadeiramente Deus (Jo 5.18; 10.39-33; 1 Jo 5.20) e verdadeiramente homem (Lc 19.10). 3. Multiplicação: Pregam a auto-salvação. Crer em Jesus é importante, mas não é tudo. A salvação é pelas obras. Às vezes, repudiam publicamente o sangue de jesus: A Seicho-No-Iê nega a eficácia da obra redentora de Jesus e o valor de seu sangue para remissão de pecados, chegando a dizer que se o pecado existisse realmente, nem os budas todos do Universo conseguiriam extingui-lo, nem mesmo a cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo. Os mórmons afirmam crer no sacrifício expiatório de Jesus, mas sem o cumprimento das leis estipuladas pela Igreja não haverá salvação. Outro requisito foi exposto pelo profeta Brigham Young, que disse: Nenhum homem ou mulher nesta dispensação entrará no reino celestial de Deus sem o consentimento de Joseph Smith.12 O Homem tem de fazer o que pode pela 50 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte própria salvação ("Doutrinas de Salvação", p. 91, volume III, Joseph Fielding Smith). Por isso, eles têm grande admiração por Smith. Os adventistas, por meio de sua profetisa Ellen Gould White, ensinam que a guarda do sábado implica salvação e que os benefícios da morte de Cristo nos serão aplicados desde que estejamos vivendo em harmonia com a lei, que, no caso, é guardar o sábado. Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna ("Testemunhos Seletos", vol. III, p. 22 - 2' edição, 1956). Doutrinas semelhantes são ensinadas pela Igreja da Unificação do Rev. Moon, que desdenha os cristãos por acharem que foram salvos pelo sangueque Jesus verteu na cruz, chegando a dizer que os que assim ensinam estão enganados. Dizem: Como tem sido vasto o número de cristãos, durante os 2000 anos de história cristã, que tinham plena confiança de terem sido completamente salvos 51 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 32 pelo sangue da crucificação de Jesus!13 As Testemunhas de Jeová ensinam que a redenção de Cristo oferece apenas a oportunidade para alguém alcançar sua própria salvação por meio das obras. Jesus simplesmente abriu o caminho. O restante é com o homem. Uma de suas obras diz: Trabalhamos arduamente com o fim de obter nossa própria salvação.14 Outra declaração: Somos salvos por mais do que apenas crer na mensagem do Reino de todo o nosso coração; também temos de declarar publicamente esta mensagem do reino a outros, para que estes também possam ser salvos para o novo mundo de Deus ("Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado", p. 249 STV). Resposta Apologética: A Bíblia declara que todo aquele que nega a existência do pecado está mancomunado com o diabo, o pai da mentira (Jo 8.44 comparado com 1 Jo 1.8). A eficácia do sangue de Cristo para cancelar os pecados nos é apresentada como a mensagem central da Bíblia. E a base do perdão dos pecados (Ef 1.7; 1 Jo 1.7- 9; Ap 1.5). Com respeito à salvação pelas obras, a Bíblia é clara ao ensinar que somos salvos pela graça, por meio da fé, e isso não vem de nós, é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8-9). Praticamos boas obras não para sermos salvos, mas porque somos salvos em Cristo Jesus, nosso Senhor. As obras são o resultado da salvação, não o seu agente. O valor das obras está em nos disciplinar para a vida cristã (Hb 12.5-11; 1 Co 11.31-32). Paulo declara em Cl 2.14-17 que o sábado semanal fazia parte das ordenanças da lei que foram cravadas na cruz e que não passavam de sombras, indicando assim que o verdadeiro descanso encontramos em Jesus (Mt 11.28-30). Divisão: Dividem a fidelidade entre Deus e a organização. Desobedecer à organização ou à Igreja equivale a desobedecer a Deus. Não existe salvação fora do seu sistema religioso, da própria organização ou igreja. 52 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Quase todas as seitas pregam isso, sobretudo as pseudocristãs, que se apresentam como a restauração do Cristianismo primitivo, que, segundo ensinam, sucumbiu à apostasia, afastando-se dos verdadeiros ensinos de Jesus. Acreditam que, numa determinada data, o movimento apareceu por vontade divina para restaurar o que foi perdido. Daí a ênfase de exclusividade. Outras, quando não pregam que não integram o Cristianismo redivivo, ensinam que todas as religiões são boas, e que a sua somente será responsável por unir todas as demais. Dizem que segundo o plano de Deus ela foi criada para esse fim, como é o caso da fé Bahá’í e outros movimentos ecléticos. Resposta Apologética: O ladrão arrependido ao lado de Jesus na cruz entrou no Céu sem ser membro de nenhuma dessas seitas (Lc 23.43), pois o pecador é salvo quando se arrepende (Lc 13.3) e aceita a Jesus como Salvador único e pessoal (At 16.30- 31). Desse modo, 53 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 33 ensinar que uma organização religiosa possa salvar é pregar outro evangelho (2 Co 11.4; Gl 1.8). Isso implica dividir a fidelidade a Deus com a fidelidade à organização e tira de Jesus a sua exclusividade de conduzir-nos ao Pai (Jo 14.6). Não há salvação sem Jesus (At 4.12; 1 Co 3.11). Outras Características Falsas profecias: As Testemunhas de Jeová, os adventistas, os mórmons e outros já proclamaram o fim do mundo para datas específicas. Resposta Apologética: A Bíblia nos adverte contra os que marcam datas para eventos como fechamento da porta da graça, a vinda de Jesus (Dt 18.20-22; Mt 24.23-25; Ez 13.1-8; Jr 14.14). Negam a ressurreição corporal de Cristo, admitindo que Jesus Cristo tenha ressuscitado apenas em espírito: As Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, Igreja da Unificação, Kardecismo ensinam uma ressurreição espiritual de Jesus, afirmando que seu corpo físico simplesmente foi escondido, ou que se evaporou; outros dizem que nem sequer ressuscitou (LBV), e ainda outros não acreditam que tenha morrido na cruz (Rosa cruz, Islamismo etc). Resposta Apologética: Quanto à morte e ressurreição de Jesus, a Bíblia afirma que: Jesus morreu realmente. Eis o processo de sua morte: A agonia no Getsêmani (Lc 22.44); 54 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Açoitado brutalmente (Mt 27.26; Mc 15.15; Jo 19.1); Mãos e pés cravados na cruz (Mt 27.35; Mc 15.24); Morte comprovada (Jo 19.33-34); Sepultamento (Jo 19.38-40). Ressuscitou corporalmente: Ressurreição predita (Jo 2.19-22); O túmulo vazio comprova a ressurreição (Lc 24.1-3); Suas aparições (Lc 24.36-39; Jo 20.25-28). 3 .Negar a ressurreição de Jesus é ser falsa testemunha contra Deus, pois: a) Essa é a mensagem do Evangelho (1 Co 15.14-17); b) A expressão Filho do Homem designa a forma da sua segunda vinda e testifica que Jesus mantém seu corpo ressuscitado (At 7.55-59; Mt 24.29-31; Fp 3.20-21); c) Jesus com corpo glorificado está no céu (1 Tm 2.5). 55 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 34 PARTE 03. Textos apologéticos para trabalhos em grupo GRUPO 01 Lider do Grupo: _______________ Equipe: _____________________________________________________ Obs. O trabalho deve ser apresentado em Power Point. 1 TESSALONICENSES 4:13 - Paulo ensinou a doutrina de que a alma dorme? PROBLEMA: Diversas vezes a Bíblia refere-se aos mortos como se estivessem dormindo. Isso quer dizer que a alma não fica consciente entre a morte e a ressurreição? SOLUÇÃO: As almas tanto dos crentes como dos que morrem como incrédulos ficam conscientes entre a morte e a ressurreição. Os incrédulos ficam em consciente aflição (veja Lc 16:23; Mc 9:48; Mt 25:41) e os crentes, numa consciente felicidade. O verbo "dormir" é uma referência ao corpo, não à alma. E dormir é uma apropriada figura de linguagem para expressar a morte do corpo, já que a morte é temporária até a ressurreição, quando o corpo será "despertado" desse sono. As evidências de que a alma (espírito) fica consciente entre a morte e a ressurreição são muito fortes: Enoque foi tomado para estar com Deus (Gn 5:24; Hb 11:5). Davi falou da felicidade que há na presença de Deus depois da morte (SI 16:10-11). Elias foi tomado ao céu (2 Rs 2:1). Moisés e Elias estavam conscientes no Monte da Transfiguração (Mt 17:3), muito tempo depois de quando viveram na terra. 56 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Jesus disse que iria ao Pai no dia em que morreu (Lc 23:46). Jesus prometeu ao ladrão que se arrependeu que este estaria consigo no paraíso naquele mesmo dia em que morreu (Lc 23:43). Paulo disse que era muito melhor morrer e estar com Cristo (Fp l:23). Paulo afirmou que quando deixamos "o corpo", então habitamos "com o Senhor" (2 Co 5:8). 57 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 359. O autor de Hebreus refere-se ao céu como sendo um lugar onde os "espíritos dos justos" são "aperfeiçoados" (Hb 12:23). 10. As "almas" dos mártires que morreram durante a tribulação estavam conscientes no céu, cantando e orando a Deus (Ap 6:9). GÊNESIS 22:2 - Por que Deus pediu a Abraão que sacrificasse seu filho, tendo o próprio Deus condenado o sacrifício humano em Levítico 18 e 20? PROBLEMA: Tanto em Levítico 18:21 como em 20:2, Deus especificamente condenou o sacrifício humano, ao ordenar a Israel: "E da tua descendência não darás nenhum para dedicar-se a Moloque" (Lv 18:21); e "Qualquer dos filhos de Israel... que der de seus filhos a Moloque, será morto; o povo da terra o apedrejará" (Lv 20:2). Contudo, em Gênesis 22:2, Deus ordenou a Abraão: "Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei". Isso parece estar em total contradição com o seu mandamento para não oferecer sacrifícios humanos. SOLUÇÃO: Primeiro, Deus não estava interessado em que Abraão viesse de fato a matar o seu filho, nem era esse o seu plano. O fato de o anjo do Senhor ter impedido que Abraão matasse Isaque (22:12) revela isso. O propósito de Deus foi provar a fé de Abraão, com o pedido de que entregasse completamente aquele seu único filho a Deus. O anjo do Senhor declarou que era a disposição de Abraão de entregar o seu filho, e não o ato de realmente matá-lo que satisfez as expectativas de Deus com respeito a Abraão. Deus disse explicitamente: "Não estendas a mão sobre o rapaz... pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho" (Gn 22:12). Segundo, as proibições tanto em Levítico 18:21 como em 20:2 eram especificamente contra o oferecimento de um filho ao deus pagão chamado Moloque. Portanto não é uma contradição Deus ter proibido oferendas de vidas a Moloque e ter solicitado a Abraão que oferecesse o seu filho a si, ao único e 58 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte verdadeiro Deus. É claro, oferecer um filho em sacrifício ao Senhor não é o mesmo que oferecê-lo a Moloque, já que o Senhor não é Moloque. Apenas Deus é 59 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 36 soberano sobre toda vida (Dt 32:39; Jó 1:21), e portanto somente ele tem o direito de pedir a vida de alguém. Com efeito, é Deus que determina o dia da morte de cada um (SI 90:10; Hb 9:27). Terceiro, Abraão confiou no amor e no poder de Deus de tal maneira que voluntariamente obedeceu, crendo que o Senhor ressuscitaria Isaque dentre os mortos (Hb 11:17-19). Isto está implícito no fato de que, embora Abraão pretendesse matar Isaque, ele disse aos seus servos: "eu e o rapaz [nós] iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós" (Gn 22:5). Finalizando, não é moralmente errado para Deus pedir que sacrifiquemos um filho a ele. Deus mesmo ofereceu o seu Filho no Calvário (Jo 3:16). De fato, até mesmo o governo de um país muitas vezes pede ao povo que sacrifique seus filhos pelo país. Certamente Deus tem um direito bem maior para requerer isso. GRUPO 02 Lider do Grupo: _______________ Equipe: _____________________________________________________ Obs. O trabalho deve ser apresentado em Power Point. GÊNESIS 46:8-27 - Por que a Bíblia fala de doze tribos de Israel, se na realidade eram catorze? PROBLEMA: Com freqüência a Bíblia afirma que eram doze as tribos de Israel. Contudo, em três passagens distintas, a relação das tribos é diferente. Na realidade, havia 14 tribos diferentes, que são apresentadas como sendo 12: Gênesis 46 Números 26 Apocalipse 7 60 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte 1. Rúben Rúben Rúben 2. Simeão Simeão Simeão 3. Levi - Levi 4. Judá Judá Judá 5. Issacar Issacar Issacar 6. Zebulom Zebulom Zebulom 61 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 37 7. José - José 8. - Manasses Manasses 9. - Efraim - 10. Benjamim Benjamim Benjamim 11. Dã Dã - 12. Gade Gade Gade 13. Aser Aser Aser 14. Naftali Naftali Naftali Eram então doze ou catorze tribos? SOLUÇÃO: Nesta resposta, há que se observar que Jacó teve apenas doze filhos. Seus descendentes constituíram as doze tribos originais. Entretanto, por várias razões, esses mesmos descendentes são redispostos em tempos diferentes em grupos de doze um pouco diferentes entre si. Por exemplo, em Gênesis 48:22 Jacó concede a José uma porção dupla de herança. Na relação do livro de Números, Manasses e Efraim, filhos de José, substituem a tribo de José. Também acontece que Levi não recebeu uma porção de terra em herança porque os levitas exerciam a função de sacerdotes. Espalhados por todas as tribos em 48 cidades levíticas, eles ensinavam os estatutos do Senhor às tribos (Dt 33:10). Conseqüentemente, a dupla porção de José fica dividida entre Manasses e Efraim, seus dois filhos/de forma a preencher a vaga deixada por Levi. Na passagem do Apocalipse, José e Manasses são contados em separado, possivelmente indicando que José e Efraim (filho de José) são contados como uma única tribo. Dã é omitido nesta relação, possivelmente porque os danitas tomaram a sua porção pela força numa área ao norte de Aser, separando-se de 62 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte sua herança original que era ao sul. Além disso, os danitas foram a primeira tribo a ir para a idolatria. Levi aparece nesta relação como uma tribo separada, possivelmente porque, depois da cruz, os levitas não mais exercem o seu ofício para todas as tribos e, então, podem receber uma porção de terra por herança para si. Em cada caso, o autor bíblico tem o cuidado de preservar o número original de 12 tribos, número este que tem um significado espiritual, indicativo de uma 63 UBERABA – MG –Filemom Escola Superior de Teologia Apologética Cristã Pr. Mateus Duarte Curso de Apologética Cristã 38 perfeição espiritual (cf. as portas e fundações da Cidade celestial, em Apocalipse 21). ÊXODO 4:21 - Se foi Deus que endureceu o coração de Faraó, por que este foi então considerado responsável? PROBLEMA: A Bíblia cita Deus dizendo: "eu lhe endurecerei o coração [o coração de Faraó], para que não deixe ir o povo". Se Deus endureceu o coração de Faraó, então este não pode ser responsabilizado por seus atos, já que não os praticou segundo a sua própria vontade, mas por ter sido forçado a isso (cf. 2 Co 9:7; 1 Pe 5:2). SOLUÇÃO: Deus não endureceu o coração de Faraó contrariamente ao que o próprio Faraó por sua livre vontade determinou. A Escritura deixa claro que Faraó endureceu o seu coração. Ela declara que "o coração de Faraó se endureceu" (Êx 7:13), que Faraó "continuou de coração endurecido" (Êx 8:15) e que "o coração de Faraó se endureceu"(Êx 8:19). Novamente, quando Deus enviou a praga das moscas, "ainda esta vez endureceu Faraó o coração" (Êx 8:32). Esta frase, ou uma equivalente, é repetida vez após vez (cf. Êx 9:7, 34- 35). De fato, exceto quando Deus o que aconteceria (Êx 4:21), Faraó foi quem endureceu o seu próprio coração em primeiro lugar (Êx 7:13; 8:15 ; 8:32 etc), e só mais tarde Deus o endureceu (cf. Êx 9:12;
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