Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Mecanismo da respiração meninafono A troca da massa de ar entre a atmosfera e os alvéolos é denominada ventilação. Um único ciclo respiratório consiste em uma inspiração seguida por uma expiração. O somatório de dois ou mais volumes pulmonares é chamado de capacidade. A capacidade vital representa a quantidade máxima de ar que pode ser voluntariamente movida para dentro ou para fora do sistema respiratório a cada respiração (ciclo ventilatório). Ela diminui com a idade, quando os músculos enfraquecem e os pulmões se tornam menos elásticos. A respiração é um processo ativo que requer contração muscular. Os músculos primários envolvidos na respiração espontânea (respiração em repouso) são o diafragma, os intercostais externos e os escalenos. Durante a respiração forçada, outros músculos do tórax e do abdome podem ser requisitados a auxiliar. Para que o ar possa se mover para dentro dos alvéolos, a pressão dentro dos pulmões deve ser mais baixa do que a pressão atmosférica. Quando o diafragma contrai, ele se movimenta para baixo em direção ao abdome e como a pleura parietal está grudada no diafragma quando ele rebaixa, ele acaba tracionando os pulmões junto com ele. Durante a inalação, os músculos intercostais externos e escalenos contraem e tracionam as costelas para cima e para fora. A combinação desses dois movimentos amplia a caixa torácica em todas as direções. À medida que o volume torácico aumenta, a pressão diminui, e o ar flui para dentro dos pulmões. A inspiração tranquila ela é realizada quase totalmente pelo diafragma e os intercostais também podem ajudar elevando as costelas e aumentando o diâmetro horizontal do sistema. Já na respiração passiva o diafragma relaxa e a própria retração elástica dos pulmões e da caixa torácica comprime os pulmões fazendo com que a pressão alveolar se torne superior a pressão atmosférica e o ar é empurrado para fora do sistema. Essa mecânica acontece na inspiração e expiração tranquila. Mas nós também temos a respiração forçada e nesses casos teremos músculos auxiliares que vão ajudar a fazer esse tipo de respiração. Na inspiração forçada outros músculos além do diafragma acabam auxiliando e esses músculos são os intercostais externos, os serráteis anteriores e os escalenos que tem como principal função elevar as costelas. Além desses, temos também os esternocleidomastóideo que são músculos que estão no pescoço e se inserem no esterno, quando eles contarem eles elevam o esterno ajudando a aumentar o diâmetro o sistema respiratório para que o ar entre com mais velocidade e maior volume. Mecânica respiratória Inspiração: entrada de ar nos pulmões Expiração: saída de ar dos pulmões meninafono Tempo 0: Na breve pausa entre as respirações, a pressão alveolar é igual à pressão atmosférica (0 mmHg no ponto A1). Quando as pressões são iguais, não há fluxo de ar. Tempo 0 a 2 segundos: inspiração. Quando a inspiração inicia, os músculos inspiratórios contraem, e o volume torácico aumenta. Com o aumento do volume, a pressão alveolar diminui e o ar flui para dentro dos alvéolos. A mudança do volume torácico ocorre mais rapidamente do que a velocidade do ar fluindo para dentro dos pulmões, e, assim, a pressão alveolar atinge o seu valor mais baixo no meio do processo de inspiração. Como o ar continua a fluir para dentro dos alvéolos, a pressão aumenta até a caixa torácica parar de expandir-se, imediatamente antes do término da inspiração. O movimento do ar continua por mais uma fração de segundo, até que a pressão dentro dos pulmões se iguala à pressão atmosférica. Ao término da inspiração, o volume pulmonar está no seu valor máximo no ciclo respiratório e a pressão alveolar é igual à pressão atmosférica. Tempo 2 a 4 segundos: expiração. Como os volumes pulmonares e torácicos diminuem durante a expiração, a pressão de ar nos pulmões aumenta. A pressão alveolar é agora maior do que a pressão atmosférica, de modo que o fluxo de ar se inverte, e o ar move-se para fora dos pulmões. Tempo 4 segundos: No final da expiração, o movimento de ar cessa quando a pressão alveolar novamente se iguala à pressão atmosférica A maior parte do trabalho respiratório é gasto para superar a resistência elástica dos pulmões e da caixa torácica ao estiramento. Complacência: A habilidade do pulmão de se estirar. Refere-se à quantidade de força que deve ser exercida sobre um corpo para o deformar. No pulmão, podemos expressar a complacência como uma alteração do volume (V), que é resultado de uma força ou pressão (P) exercida sobre o pulmão: ΔV/ΔP. Um pulmão com baixa complacência requer mais força dos músculos inspiratórios para ser estirado. A complacência é o inverso da elastância (recuo elástico), que é a capacidade de resistir à deformação mecânica. A elastância também se refere à capacidade que um corpo tem de voltar à sua forma original quando a força que promove a sua deformação é removida. Um pulmão que é estirado facilmente (alta complacência) provavelmente apresenta perda do seu tecido elástico e, assim, não voltará ao seu volume de repouso quando a força que o mantém estirado cessa (baixa elastância). A expiração forçada músculos acessórios da respiração também acabam ajudando porque a retração elástica dos pulmões e da caixa torácica não é suficiente para expelir o ar do sistema em altas velocidades. Os músculos que ajudam a comprimir o tórax e expelir o ar dos pulmões são músculos abdominais e os intercostais internos. A l t e r a ç õ e s d a p r e s s ã o a l v e o l a r O volume pulmonar atinge o seu valor mínimo dentro do ciclo respiratório. Nesse ponto, o ciclo respiratório terminou e está pronto para ser iniciado novamente com a próxima respiração. A c o m p l a c ê n c i a e a e l a s t i c i d a d e p u l m o n a r M e c a n i s m o d e r e g u l a ç ã o d a r e s p i r a ç ã o existem dois mecanismos de controle da respiração O controle posto pelo Centro respiratório Controle químico (área quimiossensível no bulbo) Está localizado na porção posterior do tronco encefálico. Ele recebe aderências sensitivas provindas do nervo vago e glossofaríngeo, como também saem vias motoras respiratórias. Esses neurônios aferentes e sensitivos levam para o grupo respiratório dorsal sinais de concentração de oxigênio, sinais de concentração de CO2 no sangue e também a expansão dos pulmões. Esses sinais são enviados a partir dos quimiorreceptores e também dos receptores cardiopulmonares. Dele parte vias eferentes motoras que vai inervar o diafragma, esse neurônio é anatomicamente conhecido como nervo frênico. Centro pneumotáxico Ele tem neurônios que projetam seus axônios sobre o grupo respiratório dorsal promovendo a sua inibição. O centro pneumotáxico limita o sinal em rampa e portanto acaba controlando a frequência respiratória podendo aumentá-la ou diminuí-la. A interrupção do sinal em rampa vai promover a interrupção da inspiração e o início da expiração. Esses dois grupos dorsal e o Centro peneumotáxico atuam em conjunto para promover a respiração em repouso. O grupo respiratório ventral ele é inativo na respiração normal Ativo na respiração profunda Mecanismo amplificador da ventilação pulmonar Trata-se de uma respiração mais intensa. Localizado no bulbo, mais ventralmente em relação ao grupo respiratório dorsal. Dele sai uma via motora respiratória, esses neurônios motores vão inervar os músculos acessórios que tem como função amplificar a respiração. Ambos estão localizados no tronco encefálico Organização do centro respiratório Grupo respiratório dorsal Grupo respiratório centra Centro pneumotáxico O Centro respiratório está mais especificamente localizado entre a ponte e o bulbo. Esse centro respiratório é formado por três grupos distintos de neurônios: Grupo respiratório dorsal Funções: Controla a inspiração (normal, em repouso), ele faz isso através da emissão de potenciais de ação de forma rítmica e progressiva formando um sinal em rampa, sendo capaz de promover uma contração progressiva do diafragma.Grupo respiratório ventral Controle químico área quimiossensível do bulbo Trata-se de um conjunto de neurônios localizados mais na região do bulbo que tem como função detectar as concentrações de hidrogênio que são indiretamente formadas em parte a partir do aumento da concentração de CO2. A reação do CO2 com a água formando o ácido carbônico e o ácido carbônico se dissociando em íon hidrogênio e íon bicarbonato. Esse íon hidrogênio quando penetra no líquido céfaloraquidiano estimula os neurônios da área sensitiva e emite seus axônios para o grupo respiratório dorsal. Após detectar o aumento da concentração de hidrogênio esses neurônios vai acabar estimulando o grupo respiratório dorsal e com isso aumentando a ventilação pulmonar. Sempre que temos um aumento na concentração do CO2 e como consequência um aumento na formação de íons hidrogênio nos temos um meio mais ácido, portanto isso vai estimular a área quimiossensível do bulbo que por sua vez vai também estimular o grupo respiratório dorsal e aumentar a ventilação pulmonar e com uma concomitante redução na frequência respiratória e isso vai levar a uma redução das concentrações de CO2 mantendo dessa forma o PH do nosso sangue. H e m a t o s e É a transformação do sangue rico em gás carbônico para sangue rico em oxigênio. Esse fluxo de gases ao passar dos alvéolos para o sangue, ou vise versa, precisa ultrapassar algumas barreiras para chegar ao seu local de destino. Essas barreiras são, a parede do alvéolo, o epitélio alveolar, o espaço intersticial entre o alvéolo e o capilar sanguíneo e a parede do próprio capilar sanguíneo. Essas estruturas são chamadas em conjunto de membrana alvéolo capilar. A finalidade da hematose vai ser captar oxigênio. Passar o oxigênio do alvéolo para o capilar e retirar o excesso de gás carbônico do capilar para o alvéolo. Todo processo de ventilação é um processo de entrada e saída de ar dos pulmões. A finalidade da ventilação mecânica é renovar o ar dentro dos pulmões consequentemente renovar o ar presente nos alvéolos para que sempre tenhamos uma diferença de pressão de gases de oxigênio e de gás carbônico entre alvéolo e capilar. Durante os processos de ventilação, inspiração e expiração está o tempo todo renovando o ar que está dentro dos pulmões. Quando inspiramos, inspiramos com a pressão de oxigênio maior e com a a pressão de gás carbônico menor. Quando expiramos fazemos ao contrário, tentamos jogar o máximo de gás carbônico para fora. A inspiração é para aumentar a pressão de oxigênio nos alvéolos e a expiração é para lavar o gás carbônico, ou seja jogar ele para fora. Quando o capilar está passando pelo alvéolo esse capilar na verdade está vindo do coração rico em gás carbônico através das artérias pulmonares. Quando essas artérias pulmonares passam pela circulação pulmonar então elas vão se ramificando e encontra então os capilares pulmonares, esses capilares pulmonares são as unidades do sistema circulatório que vai entrar em contato com o alvéolo e teremos a unidade respiratória. A partir desse momento em que o capilar está passando como a pressão de gás carbônico nele é maior de que a pressão de gás carbônico no alvéolo, normalmente a pressão de gás carbônico no capilar pulmonar está em torno de 45 mmHg, enquanto no alvéolo está em torno de 40mmHg. Se existe diferença de pressão do gás carbônico no capilar para o gás carbônico no alvéolo significa que tem passagem ou troca de pressão. A troca acontece do capilar para o alvéolo, só que a diferença de pressão do oxigênio ela é muito mais significativa. Acontecendo assim, uma transferência de oxigênio de alvéolo para capilar na unidade respiratória é o processo de hematose. F a t o r e s d e t e r m i n a n t e s p a r a h e m a t o s e 1° O processo de troca acontece por diferença de pressão Entre os gases presentes no alvéolo e no capilar. Quanto maior for a diferença de pressão, maior vai ser a troca e consequentemente a velocidade de troca. Quando o oxigênio é transportado combinado com a hemoglobina, ele será transportado na forma de oxiemoglobina, isso acontece no interior das hemácias, já o gás carbônico que está sendo transportado no capilar e que depois será lavado, através do processo de hematose será transferido do capilar para o alvéolo, ele é transportado também dentro da hemácias. Mas uma vez que nossas células utilizam o oxigênio e produzem gás carbônico, esse gás carbônico ele vai ser misturado com a água e teremos a formação do ácido carbônico e depois no bicarbonato, teremos então o transporte do gás carbônico no interior da hemácias combinado com água de duas formas: ácido carbônico e bicarbonato. A consequência disso é que o acúmulo de gás carbônico, ele será armazenado como bicarbonato e ácido carbônico tendo uma alteração do PH sanguíneo. Então, o alvéolo doa oxigênio e o alvéolo retira o gás carbônico. 2° É preciso ter contato físico entre o alvéolo e capilar Os alvéolos que não entram em contato com o capilar não conseguem fazer troca, mas não é definitivamente, mas sim naquele ciclo ventilatorio. 3° Preciso ter permeabilidade de membrana A membrana espessa acontece quando tem lesões repetitiva no alvéolo, como no caso de fumantes de longa data, ou respirando um ar poluído durante muito tempo e vai gerando lesão. Com essas lesões vai tendo alterações e cicatrização a tornando mais espessa e assim tornando-se menos permeável perdendo capacidade de troca. Referência; SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. HEMATOSE. Felipe Barros.2020.Youtube. Disponível em;https://www.youtube.com/watch? v=lHvC46fF0Cs&t=706s MÓDULO 3 - Aula 13: Regulação da Respiração - Prof. Márcio Santos disponível emhttps://www.youtube.com/watch? v=qKH_6QVLVRM&t=2s Bons estudos @meninafono
Compartilhar