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UNIDADE I GUIA DE ESTUDO Planejamento, Avaliação e Didática 2 PLANEJAMENTO, AVALIAÇÃO E DIDÁTICA UNIDADE I PAlAvrAs Do Professor Olá, aluno(a), tudo bem? Você está dando início neste momento à disciplina de Planejamento, Avaliação e Didática, que é um assunto extremamente importante para o cotidiano das escolas! Para você entender melhor os fundamentos do planejamento, gostaria de te levar a pensar no seu dia a dia e perceber que você sempre está planejando algo em sua vida. Você planeja o que fazer em casa, na faculdade, no trabalho, planeja ir ao cinema, fazer um curso, um encontro com os amigos, uma viagem (aonde irá se hospedar, quanto tempo passará e com quem irá), etc. Por isso, você, a todo instante, sonha e toma decisões e deseja que elas sejam as melhores, mais acertadas para conseguir seus intentos, não é mesmo? Com isso, você percebe que todos nós planejamos nossas ações para melhor organizar nossa vida, pois o planejar está inserido em vários setores, seja no planejamento familiar, planejamento econômico, urbano, etc. GuArDe essA iDeiA! Planejar é prever ou ver com antecedência o que se pretende alcançar, e os meios necessários para isto. Aproveito para pedir que você se planeje e leia na íntegra tanto este guia de estudos quanto o seu livro texto. Eles se complementam, logo, a leitura de um não anula a de outro, ok? Ao final das leituras, realize as atividades do ambiente e consulte sempre o seu tutor, caso sinta necessidade! Podemos ir em frente? Vamos lá! 3 PlANeJAMeNTo eM eDuCAÇÃo A partir do que foi exposto você já deve ter a noção de que planejamento é diferente de plano. O planejamento está no campo das ideias, no campo das ações que antecedem uma prática, entretanto, a partir do momento que pego este planejamento e elenco em um documento, dou a ele oficialidade, com uma sequência de atos que serão desenvolvidos, eu terei agora a figura do plano. O planejar foi uma realidade que acompanhou o homem desde os primórdios da evolução humana, pois ele sempre sonhou, pensou e imaginou algo em sua vida, seja para vencer os obstáculos que se colocavam na sua vida diária, seja no seu modo de caçar, pescar, coletar frutas ou atacar os seus inimigos. Portanto, ao longo da história o homem sempre pensou sobre o presente, passado e futuro e, este ato de pensar não pode deixar de ser entendido como um verdadeiro ato do planejamento. Em sentido mais geral, os elementos que compõem qualquer tipo de planejamento são: 1. Processo de prever necessidades - que são normas, métodos e técnicas para atingir alguma meta ou objetivo. 2. Processo de racionalização dos meios e dos recursos humanos e materiais – que é a capacidade de saber usar a razão para executar o plano com eficiência. 3. Alcance de objetivos em prazos e etapas definidas – que é o estabelecimento, definição e seleção dos objetivos para dar orientação e direção, além de etapas e prazos para serem desenvolvidos. 4. Avaliação científica da situação original – que é um importante instrumento, um termômetro que mostrará qual o caminho se deverá seguir e, deverá colaborar no processo de elaboração e estruturação do planejamento para evitar falhas. Portanto, planejar é você pensar algo que já existe, ou seja, o que você deseja alcançar, quais os meios utilizará para alcançar e de que forma avaliará o que pretende atingir. leiTurA CoMPleMeNTAr Peço agora para você acessar o link do livro “A importância do ato de ler, de Paulo Freire” e ler o texto “O Ato de Estudar “A”, na página 33. Com a leitura, você vai entender um pouco mais sobre em que consiste o planejamento e sua importância. Paulo Freire é considerado o Patrono da Educação Brasileira e, para saber mais sobre a vida e obras deste educador pernambucano, você poderá acessar este link. Neste momento, você já deverá ter lido o texto O Ato de Estudar “A” e gostaria de levá-lo a uma reflexão a partir desta pergunta: Planejar é estudar? Sua resposta deverá ser sim. No caso específico os personagens do texto acima, Pedro e Antônio, estudaram a realidade, discutiram sobre o problema que estavam enfrentando, só então decidiram qual a melhor alternativa para atingir seus objetivos, então eles agiram. Houve, portanto um planejamento, que nada mais é do que um instrumento capaz de intervir em uma situação real para transformá-la. Desta forma, você já consegue entender que o planejamento possui, dentre outras, quatro etapas de extrema importância: 1. Estabelecimento dos objetivos que se deseja alcançar; 2. Tomada de decisões a respeito das ações futuras; 3. Elaboração de um plano; 4. Ação. http://educacaointegral.org.br/wp-content/uploads/2014/10/importancia_ato_ler.pdf https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire 4 Agora gostaria de levá-lo a entrar em uma sala de aula para entender o planejamento do ponto de vista educacional que é um processo de reflexão crítica e tomada de decisão por parte do professor em relação à diversidade do espaço de uma sala de aula, desde questões socioeconômicas até a trajetória percorrida por cada um dos alunos. Desta forma, ao planejar, o professor está aproximando-se da realidade de sua sala de aula. O planejamento é um ato político-pedagógico importante e necessário para sistematizar pensamentos e ações, que deve ser usado para organizar o “fazer pedagógico” e, portanto, deve estar presente e fazer parte de todas as atividades escolares, uma vez que contribui para que o professor, compreenda, mude e transforme a realidade educativa, além de levá-lo a se questionar qual o tipo de cidadão se pretende formar e qual sociedade pretende-se transformar. Neste momento, você já deve ter entendido que se qualquer área exige planejamento, a educação não fugiria dessa exigência, não é mesmo? Mas por que alguns professores veem no planejamento uma ação desnecessária, inútil? Por que há essa resistência em planejar? A resposta para estas perguntas você poderá encontrar na carência de objetivos claros e bem definidos sobre a função e importância de tal ato. Então, aliado a algumas outras dificuldades encontradas e enfrentadas no espaço escolar, os docentes acabam por fazer uma contínua improvisação, seja trocando o seu planejamento por um livro didático, tornando este como um guia seguindo o que o autor do livro considerou como “mais indicado” para o aluno, seja copiando o planejamento do ano anterior e, entregando à coordenação pedagógica da escola, ou simplesmente preenchendo fichas com conteúdos, objetivos, metodologias, formas de avaliação. Ainda encontramos aqueles professores que se valendo de sua experiência na docência acreditam que seja o suficiente para ministrar suas aulas com competência. Existe um renomado autor brasileiro chamado Luckesi que afirma que o ato de planejar, em nosso país, principalmente na educação, tem sido considerado como uma atividade sem significado e que muitos professores esquecem-se do aperfeiçoamento do ato político do planejamento. leiTurA CoMPleMeNTAr Agora sugiro que você faça a leitura do livro “Avaliação da Aprendizagem na Escola” de Cipriano C. Luckesi, no capítulo: Planejamento na prática escolar: o que tem sido. Da página 110 a 111. E para conhecer mais sobre o autor e suas publicações poderá consultar o site. É comum (mas nem por isso correto), alguns professores colocarem a culpa pelas dificuldades de sua prática de ensino nos alunos, na turma, no sistema de ensino, na falta de estrutura da família e etc., pois a cultura docente tem sido de grande resistência à avaliação de seu próprio trabalho, não percebendo desta forma que o planejamento é um importante e poderoso instrumento de transformação da realidade e de norteamento do trabalho docente. Acredito que você já tenha lido as páginas solicitadas e entendido um pouco mais sobre o planejamento. Agora passaremos para os níveis de planejamento em educação! Vamos lá! NÍveis De PlANeJAMeNTo eM eDuCAÇÃo Dando continuidade ao nosso assunto, agora você aprenderá que o planejamentoem educação se efetiva e se desenvolve em três níveis distintos e, ao mesmo tempo, inter-relacionados, entre os quais destacamos a seguir: http://www.luckesi.com.br 5 1. O planejamento no âmbito dos Sistemas e Redes de Ensino; 2. Planejamento no âmbito da Unidade Escolar; 3. O planejamento no âmbito do Ensino. § O planejamento no âmbito dos Sistemas e Redes de Ensino É o de maior abrangência, prevê a estruturação da totalidade do sistema educacional e determina as diretrizes da política nacional de educação, onde deve estar implícita a filosofia que o país pretende professar. Você pode perceber que este planejamento é feito em nível nacional, estadual ou municipal refletindo as políticas educacionais. § O planejamento no âmbito da Unidade Escolar O planejamento de ensino é um elemento de integração entre a escola e o contexto social no qual ela está inserida e se concretiza pela elaboração do PPP (Projeto Político Pedagógico) que busca a unidade entre teoria e prática. veJA o vÍDeo! Para uma maior compreensão sobre o significado do PPP, você deverá acessar o link e assista “O Projeto Político Pedagógico e a Gestão Democrática”. Este vídeo tem a duração de 19 minutos e 8 segundos. § O planejamento no âmbito do Ensino Situa-se em um nível mais específico em relação aos outros. É um planejamento em nível de escola, célula, unidade escolar e foca a relação professor e aluno em situação de ensino e aprendizagem, ou seja, ele mostra ao professor o que ele fará na sala de aula para que os objetivos educacionais sejam atingidos, mantendo sempre a coerência com as metas estabelecidas pela escola. É desdobrável em três tipos diferentes por seu grau de especificidade: ü Plano de curso ü Plano de unidade ü Plano de aula Agora você irá conhecer o que é cada um deles: 1. Plano de curso Para você compreender melhor o que é um plano de curso, apresentaremos um “esquema”, que deverá constar de um cabeçalho com nome da disciplina, série, horário e número provável de horas-aulas. Abaixo deste cabeçalho você tem uma tabela com seis colunas: § Objetivos; § Conteúdo; § Procedimentos de ensino; § Recursos didáticos; § Tempo provável; § Forma de avaliação. https://www.youtube.com/watch?v=quQqZVR8v_g 6 Entenda que este modelo não é uma regra geral. Ele poderá variard e instituição para instituição. 2. Plano de unidade É uma especificação maior do plano de curso. Uma unidade de ensino é formada de assuntos inter- relacionados. Não como regra geral, mas cada unidade deve ser planejada ao final da unidade que a antecede para que ela sirva de base, significando com isto que todas as unidade serão planejadas e replanejadas ao longo do curso. Agora vamos apresentar para você um “esquema” de como fazer um plano de unidade: § Identificação: Escola, série, professor, localidade, turma, ano, curso, disciplina ou área e semestre. Logo abaixo da identificação você deverá colocar: § Tema central e a duração Provável; § Objetivos; § Cronograma; § Conteúdos; § Procedimentos; § Recursos; § Avaliação. Você deverá fazer uma tabela com seis colunas referentes para os objetivos, cronograma, conteúdos, procedimentos, recursos e avaliação. Lembrando que este esquema representa apenas uma sugestão de plano de unidade. 3. Plano de aula É a sequência, descrição específica de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo pelo professor. É a especificação dos comportamentos esperados dos alunos, os meios, conteúdos, procedimentos, recursos e etc., que serão utilizados para a realização da aula. Vamos apresentar para você agora um “esquema” de plano de aula, lembrando que ele é apenas uma sugestão para facilitar o trabalho de planejamento de aula. Em uma tabela com uma coluna e três linhas você deverá distribuir os seguintes itens: 1. Tema central 2. Objetivos 3. Conteúdo Junto e abaixo a esta tabela você deverá construir mais outra, com três colunas e duas linhas. Em cada coluna da primeira linha deverão constar os seguintes itens: ü Procedimentos de ensino; ü Recursos; ü Procedimentos de avaliação. Na segunda linha você deverá preencher a partir de sua realidade e necessidade. Pronto! Você já fez seu plano de aula. 7 Você passará agora para as etapas do planejamento de ensino. eTAPAs Do PlANeJAMeNTo De eNsiNo Como você aprendeu anteriormente, ele abarca o plano de curso, plano de unidade e o plano de aula e, agora, você conhecerá as etapas necessárias para um bom planejamento de ensino. São elas: ü Conhecimento e análise da realidade; ü Elaboração do plano; ü Execução do plano; ü Avaliação e aperfeiçoamento do plano. Vamos agora entender cada uma dessas etapas: § Conhecimento e análise da realidade É de fundamental importância ao se planejar levar em consideração o conhecimento do ambiente, da realidade na qual o aluno está inserido para que se possa atender às suas necessidades e expectativas, e ele sentir-se importante, incluso no processo de ensino e aprendizagem. Fazendo isto estaremos realizando uma sondagem, que é um importante instrumento para conhecer e refletir sobre a realidade que se pretende atuar. Para isto é imprescindível que seja fiel e verídica aos seus resultados, ou seja, que reflitam a situação real do aluno. A partir desta sondagem e analisando os dados coletados teremos o diagnóstico. § Elaboração do plano Realizada a análise da realidade a partir da sondagem e, em seguida, do diagnóstico, você já terá a possibilidade de elencar o que é possível alcançar, como fazer o que é possível e como avaliará os resultados. Para isto, você poderá elaborar o plano a partir dos seguintes passos: 1. Definição e delimitação dos objetivos; 2. Seleção e organização dos conteúdos; 3. Seleção e organização dos procedimentos de ensino; 4. Seleção dos recursos; 5. Seleção dos procedimentos de avaliação. Agora você entenderá cada uma destas partes: ü Definição e delimitação dos objetivos É a parte mais importante do ato de planejar, pois nesse momento, você irá estabelecer concretamente o que você deseja, onde deseja chegar e de que forma pretende agir. Eles devem indicam as linhas, os caminhos e os meios de toda a ação. ü Seleção e organização dos conteúdos De um modo geral, eles mostraram quais os conteúdos devem ser trabalhados em sala de aula. Eles precisam ser significativos e realistas para que os objetivos possam ser atingidos. Para a seleção destes conteúdos você deve atentar para alguns critérios que são de suma importância: 8 a) Significação (ter significado verdadeiro para o aluno). b) Adequação às necessidades sociais e culturais (é preciso ver o aluno na sua individualidade, com suas necessidades pessoais e objetivos particulares). c) Interesse (desenvolver nos alunos estratégias para que ele sinta-se motivado a atingir os objetivos). d) Validade (que tenha utilidade e, consequentemente validade com possibilidades claras de utilização no cotidiano dos alunos). e) Utilidade (articular as exigências com a realidade do aluno). f) Possibilidade de reelaboração (deve permitir a elaborações e aplicações pessoais, a partir das experiências vividas). g) Flexibilidade (não pode ser rígido, e deve permitir reestruturações e alterações sempre que se fizerem necessárias). ü Seleção e organização dos procedimentos de ensino Em termos gerais, apresentam a ação docente e discente para alcançar os objetivos, ou seja, os resultados pretendidos. Estes procedimentos de ensino podem ser caracterizados por dois estilos: 1. Ensino individualizado (permite que o aluno possa avançar na sua aprendizagem a partir de seu próprio ritmo). 2. Ensino Socializado (permite a troca de experiências entre os grupos a partir da utilização de técnicas de grupos, tais como mesa-redonda, painéis, dramatizações, e etc.). ü Seleção dos recursos É formado pelo conjunto de meios (tanto materiais quanto humanos), que irão facilitar para o professor e o aluno a interação no processo de ensino e aprendizagem.São elementos importantes, pois facilitam e apoiam a prática do professor e podem ser elaborados por ele, a partir de sua criatividade, de uma maneira simples e que pode ser de extrema utilidade na ação didática. ü Seleção dos procedimentos de avaliação Tem início com a formulação dos objetivos e exige a elaboração de meios para obter evidências de resultados. Deve ser explicitado desde o início do planejamento, ou seja, quais as formas, os métodos, as técnicas e instrumentos serão empregados para verificar o conhecimento adquirido pelo aluno. É um processo que deve ser contínuo e permite a mudança de postura tanto do professor, quanto do aluno durante o processo de aprendizagem. § Execução do Plano É a etapa da ação. Quando você elabora o plano de ensino, está antecipando todas as etapas do trabalho escolar, portanto a execução do plano é o desenvolvimento das ações previstas e, você deverá estar atento ao desempenho de seu aluno, observar, o rendimento de trabalho, incentivar com elogios, etc. Poderá ocorrer durante o processo situações que não foram plenamente previstas, entretanto, é importante que você tenha bem claro que dentro do contexto escolar a flexibilização é um fator de competência dos profissionais na área de educação, pois desta forma, ele fica passível de uma nova transformação e adaptação a situações novas que surgirem no cotidiano escolar. Isto é normal e não dispensa o planejamento, pois, uma das características de um bom planejamento deve 9 ser a flexibilidade. Todo plano que não obedecer ao princípio da flexibilidade, que não possa ser mudado ou reestruturado, quando necessário, está fadado ao fracasso. § Avaliação e aperfeiçoamento do Plano Ao final da execução do que você planejou, faz-se um reexame de todos os elementos abordados para que você possa substituir ou incluir o que for necessário, ou seja, é o momento do replanejamento. A avaliação nada mais é do que uma reflexão para refazer a trajetória educativa, caso seja indispensável. É importante que aqui você consiga entender a avaliação com sentido diferente da ava liação do ensino- aprendizagem, pois ela assume um significado mais amplo, visto que não serão apenas avaliados os resultados do ensino-aprendizagem, mas também a qualidade do seu plano, a sua eficiência como professor e a eficiência do sistema escolar. Em resumo, você tem as etapas do planejamento como algo contínuo, assim, você planeja a atividade de amanhã, da semana que vem, executa, faz uma avaliação de como foi o processo, reorganiza, reanalisa os elementos e faz um replanejamento até que se consiga alcançar os níveis satisfatórios e dar um padrão de qualidade ao processo educacional. Você agora dará continuidade ao conteúdo planejamento e iremos estudar agora sobre: CoNsTruÇÃo De oBJeTivos eDuCACioNAis Assim como o professor, a escola também estabelece seus objetivos para que possam nortear melhor o seu dia a dia. Para isso, é importante que se tenha uma visão ampla e mais profunda das reais necessidades da comunidade para que estes objetivos sejam mais verdadeiros e as decisões a partir deles possam ser mais acertadas. A escola irá embasar a seleção destes objetivos a partir de documentos legais como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) que também tem e irão orientar a prática do professor em sala de aula a partir de conteúdos, blocos temáticos e critérios para avaliação, além de estabelecer quais as capacidades devem ser desenvolvida pelo aluno, tanto do Ensino Fundamental quanto do Ensino Médio. leiTurA CoMPleMeNTAr Para conhecer mais você poderá acessar este link. E para obter uma versão eletrônica destes materiais de Ensino Fundamental está disponível para download em formato de arquivo PDF neste link. Outro documento legal que deverá nortear o trabalho do professor é o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), que defende uma educação transformadora da realidade. Para isto, ela pede a formação de cidadãos críticos a partir de diferentes eixos de trabalho, e daí estabelece a coerência entre os objetivos e conteúdos por meio das orientações didáticas. leiTurA CoMPleMeNTAr Você poderá baixar todos os volumes. ü Para o volume 1 (Introdução): ü Para o volume 2 (Formação Pessoal e Social): http://portal.inep.gov.br/web/saeb/parametros-curriculares-nacionais http://portal.mec.gov.br/secretarias-e-orgaos-vinculados/195-secretarias-112877938/seb-educacao-basica-2007048997/12640-parametros-curriculares-nacionais-1o-a-4o-series Link: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf e, para o volume 3m (Conhecimento de Mundo) Link: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf. 10 Agora peço para você lembrar quando no início falamos das ações que você planejava para melhor organizar sua vida, seu dia a dia, lembra-se disso? Então, quando você planeja suas ações de uma forma mais ampla, você tem ai seus objetivos gerais e, quando você definiu o que deve fazer para alcançar cada um deles, então você terá os objetivos específicos. Com a escola não é diferente, seus objetivos serão norteados a partir do que é estabelecido nos documentos legais. A partir daí ela seleciona as ações, meios e métodos para que os objetivos sejam atingidos. Aproveite para pesquisar um pouco mais. Acesse os PCN’s que acima passamos o link e descubra quais os objetivos gerais propostos para o Ensino Fundamental. E entenda então que eles serão o ponto de partida para os propósitos do trabalho docente e que irão ainda orientar a seleção de conteúdos que serão estudados. Mas, o que seriam esses conteúdos a serem estudados? Definição, seleção e mapeamento de conteúdos Em vários momentos durante o estudo desta disciplina você viu a palavra conteúdo, não é mesmo? Bom, agora daremos a definição dela. GuArDe essA iDeiA! Conteúdos são meios para que os alunos atinjam os objetivos de ensino. São assuntos que serão estudados em uma disciplina e, que deve ser garantido pelo professor. Observe que primeiro você deverá definir seus objetivos para depois selecionar e organizar os conteúdos, ok? Eles podem ser classificados em: 1. Conceituais (que envolvem a abordagem de conceitos, fatos e princípios); 2. Procedimentais (saber fazer); 3. Atitudinais (saber ser). GuArDe essA iDeiA! Independente da linha pedagógica que a escola siga, tanto professores quanto alunos trabalham com conteúdos. Ao selecionar os conteúdos que serão ministrados, o professor deverá estar atento a alguns cuidados: § Precisam estar relacionados com os objetivos definidos; § Ter critério na seleção; § O professor deve ter o domínio do que será ensinado; § É indispensável ir do mais simples ao mais completo e do mais concreto para o mais abstrato. leiTurA CoMPleMeNTAr Para ampliar este conceito de conteúdo peço a você que acesse este link do Dicionário de Pedagogia. http://pedagogiaaopedaletra.s3.amazonaws.com/wp-content/uploads/2011/10/Dicionario_de_pedagogia.pdf 11 De um modo geral, como você já aprendeu nas leituras anteriores, há documentos oficiais que oferecem os conteúdos das variadas áreas que serão desenvolvidas em cada série, disciplina. leiTurAs CoMPleMeNTAres Como exemplo de um desses documentos, você poderá consultar o link abaixo e ler o artigo 210 da Constituição Federal que nos deixa claro o estabelecimento da competência da União para fixar o que chamou de “conteúdos mínimos para o ensino fundamental”, com a finalidade precípua de “assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”. Acesse o link. Ainda temos a Lei de Diretrizes e Bases - LDB 9394/96 que é a lei orgânica e geral da educação brasileira e, que estabelece as diretrizes e bases da organização do sistema educacional. Leia todo o seu artigo 9º a partir deste link. Agora que você já fez a leitura do artigo 9º da LDB 9394/96 entendeu que as diretrizes curriculares são propostas pelos MEC (Ministérioda Educação) e o CNE (Conselho Nacional de Educação) delibera. Desta forma, fica estabelecido um currículo nacional para o ensino fundamental ou pelo menos do aspecto político educacional. Mais um instrumento está sendo construído pelo MEC (Ministério da Educação) e com a participação de muitas vozes no país. Ele servirá de base para a renovação e o aprimoramento da educação básica como um todo, é a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) cujo objetivo é apontar o que o estudante brasileiro terá acesso e deverá se apropriar durante sua trajetória na educação básica, ou seja, da educação infantil até o final do ensino médio. leiTurA CoMPleMeNTAr Para participar e conhecer mais os conteúdos você deverá acessar o site. Se você já acessou o site, agora vamos analisar quais as outras vantagens que este documento trará: 1. Orientar os currículos escolares; 2. Orientar o projeto político-pedagógico da escola; 3. Orientar a formações dos professores; 4. Orientar novos materiais didáticos; 5. Orientar a forma das avaliações externas. Você passará logo para o tema: Procedimentos de ensino. Procedimentos de ensino Podemos caracterizá-lo como processo de comportamento, atuação planejada e desencadeada pelo professor, em função dos objetivos propostos para a sala de aula. São modos de organizar as experiências de aprendizagens dos alunos. Você deve perceber que é de extrema importância que o professor tenha o cuidado de variar esses procedimentos, tentando fazê-lo cada vez mais como um instrumento de aproximação entre o estudante e o conhecimento. Desta forma, o professor deverá oferecer situações nas quais seus alunos possam sentir- se desafiados, possam analisar, conceituar, sintetizar, provar e justificar, pois a aprendizagem acontece quando há a participação do aluno ativamente. Para isto, ele poderá se valer de meios ou modos para organizar a sua ação, que são as técnicas de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio 12 ensino, ou seja, as técnicas são maneiras que o professor pretende utilizar para realizar o processo de ensino e aprendizagem. Contudo, quando o professor elaborar o seu planejamento, ele não deve acreditar que apenas selecionar as técnicas irá permitir que o aluno aprendesse. Não significa com isto que existam técnicas para este ou aquele conteúdo. A melhor técnica deverá ser aquela que possibilite ao aluno a incorporação ou reconstrução do conhecimento de forma ativa. Não se esquecendo de substituir as tarefas mecânicas que em nada acrescentam, sendo inclusive desmotivadoras para a aprendizagem. Os procedimentos de ensino escolhidos pelo professor devem: § Ser variados; § Coerentes com os objetivos; § Ser adequado às necessidades e características dos alunos; § Ser instrumento de estímulo à motivação do aluno para a aprendizagem; § Apresentar desafios; § Ser coerentes com a infraestrutura da escola, ao tempo disponível. Passaremos agora para aos recursos didáticos, ou seja, as ferramentas que dão origem à estimulação para o aluno. recursos Didáticos Recursos didáticos é o conjunto de meios materiais e humanos que auxiliam o professor no processo de ensino-aprendizagem. Ao planejar, o professor deve partir da clareza de seus objetivos, dos conteúdos, procedimentos e todas as possibilidades, tanto materiais quanto humanas, que poderão estar disponíveis no ambiente escolar e que possam ser manipulados para contribuir no sucesso do ensino e aprendizagem. Estes recursos materiais e humanos são divididos da seguinte forma: 1. Materiais: ü Ambiente (natural e escolar). ü Comunidade (biblioteca, lojas, indústrias e etc.). 2. Humanos: ü Professor ü Aluno ü Comunidade ü Equipe escolar ü Especialistas em determinadas área. leiTurA CoMPleMeNTAr Para conhecer outros recursos, pedimos que você acesse e leia o tópico “5 Recursos Tecnológicos e Audiovisuais para a educação” no link. http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-aplicacao-pratica-dos-recursos-tecnologicos-e-audiovisuais-na-matematica/35041/ 13 Já realizada a leitura de outros recursos no link que repassamos a você, ficará mais fácil de constatar que quanto mais variado e diversificado os recursos didáticos estes se tornaram facilitadores da aprendizagem, pois tendem a despertar o interesse, a motivação e o estímulo dos alunos, auxiliando ainda a transmissão do conteúdo por parte do professor. Portanto, os recursos didáticos são importantes peças do ambiente educacional e devem facilitar e enriquecer o processo de aprendizagem. Desta forma, tanto o professor quanto o aluno podem usar de criatividade e elaborar, montar e transformar tudo o que se encontra no ambiente, onde ocorre o processo ensino-aprendizagem. Desde que seja utilizado de forma adequada, estes podem auxiliar em situações, experimentações, demonstrações, como é o caso da utilização de sons que existem no ambiente escolar. Desta forma, ao manipular esses objetos, o aluno tem a possibilidade de assimilar melhor o conteúdo. GuArDe essA iDeiA! Os recursos didáticos não devem ser utilizados de qualquer jeito, deve haver um planejamento por parte do professor objetivando sempre os fins de sua disciplina! PAlAvrA fiNAl Chegamos ao final da nossa primeira unidade da disciplina Planejamento e Avaliação Didática! Agora é muito importante que você faça a leitura de toda a primeira unidade do seu livro texto como forma de fazer uma revisão, um reforço de tudo o que você desenvolvido e aprendido aqui, ok? O seu livro texto é um complemento deste guia. A leitura de um não anula a do outro, ok? Ao final das leituras, realize a atividade solicitada no ambiente. Caso sinta necessidade, entre em contato como seu tutor. Ele está a sua disposição. Nesta unidade você estudou sobre o planejamento em educação e agora, na segunda unidade, irá estudar sobre a avaliação do processo de ensino e aprendizagem! Você verá que embora sejam dois momentos distintos do ato pedagógico, ambos devem caminhar juntos para que os fins, objetivos do processo ensino e aprendizagem sejam atingidos. Bons estudos e até lá!
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