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CARTILHA: PSICOLOGIA E ÉTICA NAS REDES SOCIAIS A internet é um meio de comunicação que permite acessar informações de forma rápida. O seu uso, pelos estudantes e profissionais de psicologia, tem se expandido e pode favorecer para a promoção da universalização do acesso da população as informações, ao campo psicológico, aos serviços e aos padrões éticos da profissão. Toda publicidade feita por psicólogas em qualquer meio de comunicação (televisão, rádio e internet) deve atender ao que prevê o artigo 20 do CEPP e ao que está disposto na Resolução CFP nº 011 de 20 de dezembro de 2000, que disciplina a oferta de produtos e serviços ao público. NA RESOLUÇÃO CFP Nº 011 DE 20 DE DEZEMBRO DE 2000 Na consideração de obter a necessidade de disciplinar a oferta de produtos e serviços ao público; os Princípios Fundamentais do Código de Ética Profissional do Psicólogo, item I, que estabelece que o Psicólogo baseará o seu trabalho no respeito à dignidade e integridade do ser humano; desde que não divulgará, ensinará, cederá, dará, emprestará ou venderá a leigos instrumentos e técnicas psicológicas, que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão; , ao promover publicamente seus serviços, informará com exatidão seu número de registro, suas habilitações e qualificações, limitando-se a estas; estabelecimento de critérios para divulgação, publicidade e o exercício profissional do Psicólogo, associados a práticas que não estejam de acordo com os critérios científicos estabelecidos no Campo da Psicologia. Para os direitos básicos do consumidor: a resolução irá proteger a vida, saúde e segurança quando se trata de práticas consideradas perigosas; proteção contra publicidade enganosa e abusiva, desleais no fornecimento de produtos e serviços; prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos. Para o psicólogo sobre a publicidade: A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. É RESOLVIDO QUE: Art.1° Deverão seguir o que se tem nessa Resolução e o Código de Proteção e Defesa do Consumidor. Entende-se como produto os testes psicológicos, inventários de interesses, material de orientação vocacional, jogos e outros instrumentos. Entende-se como serviços as atividades profissionais de Psicólogo prestadas a uma ou mais pessoas, organizações ou comunidades. Art.2° Todo produto oferecido ao público deverá ter uma correspondente ficha técnica, constando obrigatoriamente, no mínimo, os seguintes itens: • Nome do produto • Fornecedor • Data da edição ou fabricação • Tipo (tomada de decisão, personalidade, etc.) • Forma de apresentação • Quantidade de fases • Duração média de execução • Forma de utilização (individual ou em grupo) • Fundamentação teórica • Responsável(eis) técnico(s), com respectivo CRP ÚNICO Os produtos informatizados deverão conter informações técnicas relativas a: • Versão (1.1; 1,5; etc.) • Meio magnético • Linguagem de programação • Ambiente operacional • Configuração mínima • Driver de áudio • Formato de imagem • Quantidade de instalações • Quantidade de execuções • Validade • Garantia da mídia magnética Art.3° No rótulo de produtos de consumo restrito de psicólogos, deverá constar a indicação, de forma visível e facilmente identificável, de que o produto só pode ser adquirido por psicólogos mediante apresentação de sua carteira de identidade profissional e de que o descumprimento desta norma fere a legislação federal (Lei 4.119/62). Os produtos psicológicos vinculados a métodos e técnicas privativas do psicólogo, somente poderão ser vendidos, comercializados ou cedidos a psicólogo devidamente registrado em um Conselho Regional, ou a pessoa jurídica, em todo ou em parte através de Psicólogo responsável. A utilização dos produtos e a divulgação de seus resultados são atividades privativas de psicólogos. Os produtos de consumo restrito aos psicólogos e os de consumo amplo ficam obrigados a apresentar resultados compatíveis com os objetivos propostos pelos mesmos e a estarem em acordo com as premissas teórico – técnicas que os fundamentam. Art.4° É de responsabilidade das editoras de testes psicológicos e da instituição que os comercializa o zelo pela qualidade do produto, bem como da venda exclusiva destes produtos conforme art. 3º, parágrafo 1º, desta resolução. Art. 5º Cabe aos Conselhos de Psicologia a fiscalização da comercialização dos serviços e produtos oferecidos por psicólogos. O QUE É NECESSÁRIO PARA DI VULGAR SEU TRABALHO ENQUANTO PSICÓLOGA NA INTERNET • Informar seu nome completo, CRP e seu número de registro; • Fazer referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua; • Divulgar somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão; • Não utilizar o preço do serviço como forma de propaganda; • Não fazer previsão taxativa de resultados; • Não se autopromover em detrimento de outros profissionais; • Não propor atividades que sejam atribuições privativas de outras categorias profissionais; • Não divulgar de modo sensacionalista as atividades profissionais. É necessária a postura ética, crítica e responsável da psicóloga e do estudante de curso de Psicologia ao utilizar essa e qualquer tecnologia de informação e comunicação para divulgar publicamente suas atividades. Todos devem zelar para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão. O Sistema Conselhos concorda com as diretrizes da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Constituição Federal do Brasil, assim, o CEPP se fundamenta no respeito, na garantia e na defesa dos Direitos Humanos. PODE DIVULGAR O PREÇO DO ATENDIMENTO NAS MÍDIAS SOCIAIS? Não pode oferecer cupons de desconto, realizar promoções ou utilizar termos como: preço acessível, custo social, vaga social, desconto, gratuito, valores diferenciados, valores reduzidos, dentre outros, ou frases ou termos que façam referência ao valor do serviço. Usa-se o termo “atendimento social”. POSICIONAMENTO SOBRE QUALQUER ASSUNTO EM PÁGINAS PROFISSIONAIS Ao se posicionar sobre qualquer assunto pertinente à Psicologia, a profissional e estudante de Psicologia não pode praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão; É vedado à psicóloga a realização de diagnósticos, divulgação de procedimentos ou resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação. A psicóloga deve respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional. O QUE ACONTECE SE EU TRANSGREDIR ALGUMA NORMA ÉTICA? • O Código de Ética prevê uma série de penalidades diante das transgressões dos preceitos do CEPP pela psicóloga, são eles: advertência, multa, censura pública, suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia, Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia. • O estudante do curso de Psicologia, graduado sem inscrição no conselho de profissão, ou qualquer outra pessoa que se apresentar como Psicóloga sem possuir o título, pode responder pelo crime de exercício ilegal da profissão (art. 47 da Lei das Contravenções Penais, Decreto-Lei 3.688/1941). Também se enquadram nesta situação qualquer pessoa que esteja exercendo funções da profissão estabelecidas na Lei 4.119/1962 e no Decreto Nº 53.464/1964 sem a formação e o título de psicóloga. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2000/12/resolucao2000_11.pdf http://crp11.org.br/upload/CARTILHA%20PSICOLOGIA%20E%20ÉTICA%20NAS%20REDES%20SOCIAIS.pdf https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2000/12/resolucao2000_11.pdf http://crp11.org.br/upload/CARTILHA%20PSICOLOGIA%20E%20ÉTICA%20NAS%20REDES%20SOCIAIS.pdf http://crp11.org.br/upload/CARTILHA%20PSICOLOGIA%20E%20ÉTICA%20NAS%20REDES%20SOCIAIS.pdf
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