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AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas TÉCNICAS RETROSPECTIVAS Aula 07: Materiais e técnicas construtivas AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas Alicerces: eram sempre a alvenaria de pedra, às vezes seca, às vezes com barro, ou apenas rejuntada com calda. A calda é um líquido a base de barro que preenche os vazios entre pedras. As dimensões dos alicerces eram variáveis, mas não diferiam muito das práticas atuais para fundações diretas. Paredes estruturais: Taipa de pilão: recebe este nome por ser socada (apiloada) com o auxílio de uma mão de pilão. Apresenta uniformidade na cor avermelhada com umidade natural. A forma de madeira que sustenta o material durante sua secagem é denominada taipal. Figura: Técnicas Construtivas do Período Colonial Fonte: COLIN , Silvio Vilela. Disponível em: imphic. Acesso em: 08/02/2017. (VASCONCELLOS, 1979) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas Alvenaria em pedra: pode ser feita pelo assentamento das mais variadas pedras, podendo ou não se utilizar da argamassa (material aglutinante: cal + areia + água). As pedras utilizadas eram calcários, arenitos ou pedra de rio e granitos. Pedra Regular: alvenaria constituída por blocos regulares de pedra de grandes espessuras e faces trabalhadas e lisas, quando aparentes. Muito usadas nas construções das muralhas das fortificações, edificações civis e religiosas. Figura: Técnicas Construtivas do Período Colonial Fonte: COLIN , Silvio Vilela. Disponível em: imphic. Acesso em: 08/02/2017. (VASCONCELLOS, 1979) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas Paredes estruturais: Alvenaria: é uma técnica de confecção de muros utilizando tijolos, lajotas ou pedras de mão, aglutinados entre si por meio de uma argamassa. No período do Brasil colonial, as argamassas mais utilizadas eram de cal e areia ou de barro. Alvenaria de pedra seca: erguida sem a utilização de argamassa, com pedras assentadas umas sobre as outras, intercaladas por pedras menores para melhor acomodação e estabilidade da construção. Figura: Técnicas Construtivas Fonte: Coisas da Arquitetura. Disponível em aqui. Acesso : 08/02/2017. (VASCONCELLOS, 1979) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas Paredes estruturais: Canjicado: pedras irregulares; intercalam-se pedras de maior tamanho com pedras menores, que formam um entremeado chamado de “canjicado”. As pedras de mão maiores são contornadas por pedras menores, dispensando a argamassa. Tem espessura de (0,60 a 1,00 m) e são assentadas com a ajuda de formas de madeira. Pedra e barro: alvenaria com função estrutural, erguida com argamassa de terra. As espessuras das paredes variam de 0,50m a 1,00m, podendo chegar a 1,80m, quando erguidas em duas paredes paralelas, sendo seu miolo preenchido com material solto de pedras e massa. Figura: Técnicas Construtivas Fonte: Coisas da Arquitetura. Disponível em aqui. Acesso : 08/02/2017. (VASCONCELLOS, 1979) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas e vedações Paredes estruturais: Pedra e cal: alvenaria diferenciada da anterior pela argamassa, que no caso é constituída de terra e cal. Adobe: tijolo de barro em forma de paralelepípedo composto por argila e uma pequena quantidade de areia, estrume, fibra vegetal e crina. O tijolo de argila tem dimensões em torno de 0,20 x 0,20 x 0,40m. Sua compactação é feita manualmente, em formas de madeira. Nos primeiros dias, a secagem ocorre à sombra e, só depois, ao sol. (VASCONCELLOS, 1979) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas e vedações Paredes estruturais: Tijolos cerâmicos: usando a mesma matéria prima – a argila –, o tijolo cerâmico difere do adobe pelas suas dimensões menores e pelo fato de ser cozido em fornos, a altas temperaturas. Sua durabilidade o rivaliza com a pedra. Foi talvez o primeiro material de construção durável utilizado pelo homem. A taipa de mão, também conhecida como taipa, taipa de sopapo, taipa de sebe, barro armado ou pau a pique, refere-se a uma técnica amplamente difundida e bastante utilizada em todo o mundo e no Brasil, apresenta a qualidade e a durabilidade do adobe. (VASCONCELLOS, 1979) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas e vedações Paredes estruturais: Estruturas autônomas: Podem ser construídas por peças em madeira ou pilares de alvenaria e pedra. Estas estruturas foram difundidas em todo o país. Estruturas em madeira Enxaimel: técnica milenar, utilizada na Europa medieval, e também, muito popular no Sul do Brasil. Sua estrutura principal apresenta vão entre esteios reforçado com peças inclinadas nos cantos ou na diagonal dos quadros, denominados enxaiméis. Estas peças, chamadas de cruz de Santo André ou aspas francesas, têm seus vãos preenchidos com adobe ou tijolos. Tabiques: são divisórias feitas com estrutura de vigas de madeira e revestimento de tábuas. (VASCONCELLOS, 1979) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas e vedações Estruturas autônomas: Enquadramento: as estruturas autônomas em cantaria, destacam seus enquadramentos, ritmando as fachadas na forma de painéis emoldurados. Arcos em cantaria: elementos estruturais que possibilitam a criação de vãos com dimensões superiores às provenientes do uso da verga reta. As aduelas que os constituem são cortadas em cunha e o fecho (peça fundamental à estabilidade do arco) apresenta geralmente decoração em relevo. Os arcos aparecem em vergas e arcadas de vestíbulos, átrios, corredores, cláustros etc. (VASCONCELLOS, 1979) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas e vedações Figura: Interna Torre Matriz de Vasouras - RJ Foto: Clélia Monasterio Figura: Portal Coreios, centro Rio de Janeiro- RJ Foto: Clélia Monasterio aduela AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas e vedações Pau a pique / Tijolos ou Adobes / Tabiques (vistos anteriormente) Estuque: vedação simular à taipa de sebe, porém com menor espessura. Sua trama é composta por varas; dispensa o pau a pique. Estruturas mistas: utilizam vários tipos de materiais em sua estrutura, deixando visível a presença de pedras, e tijolos cerâmicos e outros materiais. Suas cargas são transmitidas aos pilares em cantaria, dispensando vigas horizontais em suas alvenarias. Muros: na construção de muros, usam-se as mesmas técnicas da alvenaria: taipa, pedra seca, pedra e barro, pedra e cal, adobe e pau a pique. AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas e vedações Sarjetas: passeios de proteção, em pedra redonda ou em laje, ligadas diretamente às áreas externas das edificações. Protegem os alicerces e as paredes da umidade do solo e das águas pluviais. Figura: Desenho Sarjeta Fonte: Coisas da arquitetura. Disponível em aqui. Acesso em: 08 fev. 2017. AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas e vedações Acabamentos das vedações coroamentos , colunas e pilares As vedações recebem diversos tratamentos, em seus revestimentos de paredes, coroamentos e cunhais. Colunas e pilares: a pedra foi o material escolhido, em todo o mundo, para a execução de estruturas das edificações. As rochas de melhor qualidade, eram sugeridas de acordo com sua textura e cor, sendo esculpidas conforme o estilo arquitetônico da época. Coroamento: são limites superiores definidos pela cobertura, pelas beiradas das sacadas, pelos frontões, pelas platibandas balaustradas e pelas empenas monumentais. As empenas podem adotar forma triangulares, curvas rampantes e caprichosas. Fonte: VASCONCELOS, 1979. AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas e vedações AULA 07: MATERIAIS ETÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas e vedações Revestimento A arquitetura brasileira foi enriquecida pelo uso dos azulejos, resultante da influência da colonização portuguesa. O azulejo chegou ao Brasil no séc. XVII, mantendo a mesma estética, técnica e materiais utilizados em Portugal. A importação de produtos portugueses, para o Brasil colônia, influenciou o patrimônio artístico nacional, tornando a azulejaria portuguesa significativa. O azul de cobalto incorporado a fundos brancos, foi o mais utilizado na ornamentação de templos e solares em várias regiões do país. AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estruturas e vedações Revestimento “Com a vinda de Le Corbusier ao Brasil, vários arquitetos adotaram o uso de azulejaria em suas obras arquitetônicas e a utilização de materiais da terra. A sua presença, em 1929 e 1936, foi um estímulo ao emprego do azulejo. Arquitetos como Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira e Ernani Vasconcelos, ouviram de Le Corbusier lições sobre a valorização dos materiais locais, inclusive velhos hábitos como o uso de azulejos nas edificações.” (AMARAL, 2015) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Cantarias Elementos arquitetônicos em cantaria Cunhais: são peças de acabamento que ligam duas paredes. Seu desenho varia de acordo com o sistema construtivo adotado, podendo ser construído em alvenaria ou em pedra. Os cunhais são elementos estruturais, encontrados em construções antigas. Também considerados componentes de decoração de fachadas, quando construído em pedra, são constituídos por blocos regulares, aparelhados para permanecerem aparentes. PEITORI L OMBREIRAS VERGA As faces das pedras, geralmente lisas, podem apresentar decoração pontual de trabalho de cantel. As obras do sec. XIX, realizadas em alvenaria, recebem decoração em relevo e pintura. AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Cantarias Elementos arquitetônicos em cantaria As cercaduras: são elementos que emolduram vãos de porta e janelas das edificações. As cercaduras de janelas são constituídas por vergas, ombreiras e peitoril. As portas são cercadas por: vergas, ombreiras e soleiras. Confeccionadas em blocos separados, as peças recebem esmerado tratamento de cantel. PEITORI L OMBREIRAS VERGA AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Cantarias Elementos arquitetônicos em cantaria Escadas e degraus: as escadas têm degraus biapoiados nas alvenarias, seus patamares são lajes de pedra que constituem o piso. Os bocéis são geralmente recortados, dando leveza à escada. Os guarda-corpos, com suas balaustradas de pedra, são recorrentes em entradas principais de prédios públicos e residências. Mobiliário e equipamentos urbanos: utilizada na execução de mobiliário e equipamentos urbanos, tais como lavabos, pias batismais e de água benta, bases de púlpito, fontes, chafarizes, conversadeiras e bancos. Ornamentadas de acordo com as tendências da época , utilizavam pedra de fácil trabalhabilidade. Ex.: mármore. (ALMEIDA, 2005, p. 36-39) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Cantarias Guarda-corpo com balaustres AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Pisos e pavimentações O piso de terra batida: realizado com terra socada misturada à argila, areia e água, adicionada de sangue de boi, para melhorar a liga. Neste piso, podia-se assentar ladrilhos de barro cozido. O piso de ladrilho em barro: elaborado em forma de paralelepípedo, podia ser composto por argila, areia, estrume e fibra vegetal. O piso de lajeado: composto de lajes de pedra assentadas com argamassa de barro. As lajes podem ser trabalhadas em forma geométrica, quadrada, retangular, ou ainda de forma irregular. Pode-se usar lajes de pedra-sabão, arenitos, gnaisse, calcário e pedra lioz. Piso de seixos rolados: composto de pedras redondas de rios, chamadas de “seixos”, sobre argamassa de barro, formando desenho mourisco. Para melhor aparência, maior resistência e durabilidade, eram apiloadas rigorosamente, de modo a se ter uma perfeita compactação. (ALMEIDA, 2005, p. 40-42) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Pisos e pavimentações Piso em mármore: um dos mais usados em nossos monumentos. Aplicado em ambientes nobres de grande circulação, assentado em pedras esquadrejadas de diversos tamanhos. (usado em ambientes internos - pisos e paredes). Piso em lioz: tipo raro de calcário trazido da região de Lisboa, Portugal. Esta pedra pode ser assentada da mesma forma que o mármore (usado em ambientes internos — pisos e paredes). Piso em mosaico: também conhecida como arte musiva, é uma arte milenar que trabalha pequenas peças (tesselas) de pedra ou de outros materiais, formando desenhos em pisos e paredes. (ALMEIDA, 2005, p. 40-42) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Pisos e pavimentações Os pisos de tábuas corridas de madeira: comuns em pavimentos elevados do solo, têm seus frisos de madeira apoiados em barrotes. Inicialmente mediam 40cm de largura, tornando-se bem mais esbelto com o passar do tempo. O piso de taco em madeira é uma composição de peças retangulares. O piso em parquets: apresenta desenho mais elaborado. Realizado por diversos tipos de madeira, o parque forma um mosaico de diferentes peças em madeira, gerando figuras geométricas variadas. O ladrilho hidráulico: feito à base de cimento pigmentado. Seu uso é característico do início do séc. XX. Os ladrilhos, em geral, apresentam desenhos geométricos podendo formar diversas imagens dependendo de sua combinação. AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Pisos e pavimentações AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estrutura de coberturas e forros Telhas e Beirais Os telhados são a marca da arquitetura colonial. No séc. XVI, as boas construções, ainda que usassem o sapé, substituíram-no por telhas. As telhas cerâmicas, de capa e canal, ou capa e bica, também são chamadas telhas canal ou colonial. Capa Bica Capa-canal Fonte: Vasconcelos,1979. No início, as telhas eram moldadas artesanalmente por escravos e eram naturalmente irregulares. Daí o dito, popular, de que eram “feitas nas coxas”. A expressão, ainda hoje, é entendida como qualquer coisa mal feita ou irregular. Os beirais, protegem as paredes, conduzem as águas de chuva e influenciam na linguagem estética. Os beirais são característicos dos edifícios coloniais. A forma característica de mudança de inclinação das águas, chama-se galbo. AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estrutura de coberturas e forros Cachorros Na ponta dos caibros (os contrafeitos), esculpiam-se cabeças de cachorro, simbolizando a proteção da casa, à semelhança das carrancas das navegações medievais. Figura: Cachorros ornamentados Fonte: Lemos, 1979. Figura: Cachorro Fonte: Almeida, 2005. AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estrutura de coberturas e forros As beiras são ornamentos de pequena profundidade na alvenaria, no ponto de ligação com o telhado. A expressão “sem eira nem beira*” para designar uma pessoa pobre, sem posses, vem da arquitetura colonial; queria dizer uma pessoa que possui casa tão pobre, que não tem quintal nem ornamento na parede. AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estrutura de coberturas e forros Estrutura dos telhados: de madeira trabalhada de forma artesanal. As tesouras mais utilizadas: • Tesoura de linha suspensa, ou canga de porco • Tesoura francesa • Tesoura paladiana • Tesoura de Santo André • Tesoura romana (comum a partir do séc. XIX). Figura: Tipos de tesouras Fonte: Barreto, 1975. Disponível em:https://coisasdaarquitetura.files.wordpress.com/2010/06/tes-santo-andre.jpg Acesso: 08/02/2017 AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estrutura de coberturas e forros Os forros tinham formas planas, abobadadas, muito comum nas igrejas, ou a chamada forma de esquife, caixão ou gamela. No forro abobadado existem cambotas auxiliares, encurvadas na forma final da forração. No forro de gamela, é muito comum que se utilizem as peças do madeiramento do telhado. O forro compõe-se de cinco painéis, quatro deles inclinados e o último, plano. AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estrutura de coberturas e forros Os forros mais comuns eram de tábuas de madeira. Estas peças de madeira poderiam ter várias formas e eram fixadas diretamente na estrutura dos telhados. Junta seca ou a encher Junta de chanfro Junta de chanfro Junta de saia e camisa Junta macho e fêmea com camisa Macho e fêmea Com mata-junta Junta a meia-madeira ou meio-fio Roda teto Sanca (VASCONCELLOS, 1979) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estrutura de coberturas e forros Pinturas em forro, por Mestre Ataíde, artista do Barroco-Rococó mineiro. Até a metade do séc. XIX, influenciou pintores e alunos. Seus seguidores continuaram seu método de composição, em trabalhos de perspectiva nos tetos de igrejas. Figura: Detalhe pintura - Ascensão de Cristo, Matriz de Santo Antônio em Santa Bárbara Fonte: wikipedia. Acesso25/02/2017 Figura: Ascensão de Cristo, Matriz de Santo Antônio em Santa Bárbara. Fonte: wikipedia.org Figura: Assunção de Nossa Senhora. teto da igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Fonte: wikipedia.org AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Pinturas murais As pinturas murais são classificadas como bens integrados e culturais, protegidas legalmente e reconhecidas como um elemento arquitetônico e patrimonial pelas Convenções Mundiais. Por meio de técnicas retrospectivas, como as prospecções, tornam-se possíveis a descoberta e a restauração destas obras de arte. Figura: Técnica de restauro - Buono Fresco Foto: Escortegonha, 2014 AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Vãos e esquadrias - janelas Como visto no item cantaria, os vãos são compostos de quatro elementos. As vergas, elementos superiores, as ombreiras, laterais e os peitoris e as soleiras, inferiores. Com a finalidade de aumentar a luz do compartimento, as laterais do vão eram chanfradas ou incrustadas. A parte da alvenaria que preenchia o vão da soleira até o peitoril, geralmente menos espessa que o restante da parede, chamava-se pano de peito. O espaço conseguido com o rasgo da parede, bem iluminado e fresco, recebia assentos de madeira, taipa ou alvenaria chamados conversadeiras. O peitoril levava um gradil de madeira torneada, ou de ferro batido, dizia- se que era uma janela de peitoril entalado, isto é, contido no vão. Quando projetado para fora tínhamos as janelas sacadas ou janelas de púlpito. Figura: Tipos de vãos - janelas Fonte: Barreto, 1975. Disponível em aqui. Acesso : 08/02/2017 AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Vãos e esquadrias – portas e janelas Portas e janelas: As folhas das portas e janelas de madeira podiam ser de réguas, de almofadas, de treliças (urupemas) ou rendas de madeira. A partir do séc. XVIII, aparecem as folhas de pinázios (caixilhos) com vidros. Figura: Técnicas Construtivas do Período Colonial Fonte: Coisas da Arquitetura. Disponível em aqui. Acesso : 08/02/2017 Guilhotina Abertura à francesaAbertura à inglesa O muxarabi é um dos elementos mais característicos da nossa arquitetura colonial, uma das mais persistentes influências da arquitetura árabe. Figura: Sacada, Olinda Foto: Clélia Monasterio AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Vãos e esquadrias – seteiras e óculos As seteiras são pequenas aberturas verticais, utilizadas na arquitetura militar como vão de observação. Esta abertura também foi utilizada na arquitetura civil e na religiosa. Na arquitetura militar, as seteiras têm também o nome de balestreiro. Os óculos têm várias formas, sendo a circular a mais conhecida. Estas aberturas são comuns nas igrejas e seu papel principal é a iluminação. AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estrutura em ferro O Palácio de Cristal, construído em Londres, em 1851, foi a primeira construção reconhecida como efêmera. Cem anos após a construção desse modelo da Revolução Industrial, inicia-se a discussão sobre a preservação das estruturas industriais. A expressão “Arqueologia Industrial” também despontou na Inglaterra, e ganhou força na década de 1960, devido ao grande número de demolições de testemunhos da arquitetura industrial. (KÜHL, 2006) AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Estrutura em ferro Representam a arquitetura industrial, testemunhos de um período marcado pela transposição de estilos e de materiais, onde se inserem os elementos e as edificações pré-fabricadas para exportação. O ferro trouxe uma nova prática à tecnologia da construção, espalhando pelo mundo um considerável número de edificações pré-fabricadas, hoje tratadas como memória do patrimônio construído Mundial. (KÜHL, 2006) Figura: Teatro José de Alencar, Fortaleza-CE Fonte: Veloso (2002) Figura: Mercado Ver-o-peso, Belém-PA Foto: Carlos Macapuna Figura: Mercado dos Pinhões. Fortaleza-CE Foto: Prefeitura de Fortaleza, 2008 AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Referência bibliográfica ALMEIDA, Frederico Faria Neves. Conservação de Cantarias: manual. Brasília: IPHAN, 2005. AMARAL, Liliane S. Arquitetura e arte decorativa do azulejo no Brasil. In: Revista Belas Artes. v. 2, 2015. Disponível em: <belasartes> Acesso em : 26 fev. 2017. ALVARENGA, M. A. A. Arquitetura de terra. Técnicas construtivas. Belo Horizonte. Digitado, 1984. Arquitetura Civil I, II e III. Textos Escolhidos da Revista do IPHAN. São Paulo: FAUUSP e MEC-IPHAN, 1975. BARRETO, Paulo Thedim. Casas de câmara e cadeia. In: Arquitetura Oficial I, 1975. BAZIN, Germain. A arquitetura religiosa barroca no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 1983. 2 vols. Figura: Montagem de Referências Bibliográficas Fonte: imagens de diversas editoras AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Referência bibliográfica BURY, John, & OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de (org.). Arquitetura e arte no Brasil colonial. IPHAN / Monumenta, 2006. COLIN , Silvio Vilela. Técnicas construtivas do período colonial. Disponível em: <CEAP>. Acesso em: 18 fev. 2017. _____________. Técnicas construtivas do período colonial . Disponível em: <ARQPOP> Acesso em: 08 fev. 2017. _____________. Técnicas construtivas do período colonial. Disponível em: <imphic.ning.com>. Acesso em: 08 fev. 2017. CORONA, Eduardo e LEMOS, Carlos A. C. Dicionário da arquitetura brasileira. São Paulo: Edart, 1972. Figura: Montagem de Referências BibliográficasFonte: imagens de diversas editoras AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Referência bibliográfica ESCORTEGANHA, Márcia Regina. Técnica de restauro em pintura mural estudo de caso: Sala do Telégrafo – Palácio Cruz e Sousa. Tese submetida ao Programa de Pós- Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PósARQ) da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2014. FARIA, O. B. Utilização de macrófitas aquáticas na produção de adobe: um estudo de caso na represa de Salto Grande (Americana – SP). 2002, 200p. Tese (Doutorado). Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos-SP, 2002. FERNÁNDEZ, Rosa Amélia Flores. Estudo da taipa de pilão visando às intervenções em edificações de interesse histórico. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 1995. Dissertação de Mestrado. ICOMOS. Recomendações para análise, conservação e restauração estruturaldo patrimônio arquitetônico. Paris, 2001 LA PASTINA FILHO, José. Conservação de telhados: manual.Brasília: IPHAN, 2005. Figura: Montagem de Referências Bibliográficas Fonte: imagens de diversas editoras AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Referência bibliográfica KÜHL, Beatriz Mugayar. Arquitetura do ferro e arquitetura ferroviária em São Paulo: reflexões sobre a sua preservação. São Paulo: Ateliê / FAPESP / Secretaria de Estado da Cultura, 1998. _________________. A arquitetura da Estação da Luz. Artigo publicado no site do CAU-SP. Em 23 de dezembro de 2015. Disponível em: <CAUBR>. Acesso em: 26 mar. 2017. _________________. Algumas questões relativas ao patrimônio industrial e à sua preservação. In: Revista eletrônica do Iphan, 2006. Disponível em: <IPHAN>. Acesso em: 26 mar. 2017. Figura: Montagem de Referências Bibliográficas Fonte: imagens de diversas editoras AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Referência bibliográfica LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. Da taipa ao Concreto: Crônicas e ensaios sobre a memória da Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: Três Estrelas, 2013. LOPES, W. G. R. Taipa de mão no Brasil: levantamento e análise de construções. 1998. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, SP. VASCONCELLOS, Silvio de. Arquitetura no Brasil: sistemas construtivos. 5. ed. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1979. WEIMER, Günter. Arquitetura popular brasileira. 2. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012. VELOSO, Patrícia. Theatro José de Alencar: o teatro e a cidade. Fortaleza: Terra da Luz Editorial, 2002. Figura: Montagem de Referências Bibliográficas Fonte: imagens de diversas editoras AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas Referência bibliográfica Arquitetura Colonial de Paraty. Disponível em: <blog habitissimo>. Acesso em : 08 fev. 2017. Coisas da Arquitetura. Disponível em: <coisasdaarquitetura>. Acesso em: 08 fev. 2017. LiveJornal. Fotos antigas Inglaterra, 2013. Disponível em: <livejournal>. Acesso em: 26 fev. 2017. Figura: Montagem de Referências Bibliográficas Fonte: imagens de diversas editoras AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Técnicas retrospectivas VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Visita à cidade histórica ou aos bens tombados; Parceria com instituições públicas e escolha de bem a ser trabalhado. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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