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AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas TÉCNICAS RETROSPECTIVAS Aula 03: Teoria e história da restauração e conservação AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração A noção de historicidade evoluiu lentamente com base no Renascimento, quando despertou-se o interesse pelas construções da antiguidade. A partir do séc. XVIII, com o despontar do Iluminismo, a noção de história como entendida hoje, começou a se formar. No final do séc. XVIII e início do XIX, a desolação com a situação do patrimônio artístico pós-revolução, contribuiu para o amadurecimento da consciência histórica na França. Na Grã-Bretanha, as modificações geradas pela industrialização somaram- se ao sentimento de proteção ao passado arquitetônico, à preservação de edifícios notáveis e do meio urbano, despontando movimentos de preservação e restauração de monumentos. (KÜHL, 1998) Figura: Restauração Fonte: defender.org.br AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração - Conceito de restauração O restauro constitui o momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na sua consistência física e na sua dupla polaridade estética e histórica, com vistas a sua transmissão ao futuro. (BRANDI apud KÜHL, 1998). Figura: File gourmet Fonte: defender.org.br A conservação-restauro deve ser definida como qualquer intervenção direta ou indireta efetuada sobre um objeto ou monumento, para salvaguardar a sua integridade física e garantir o respeito pelo seu significado cultural, histórico, estético e artístico. (BRAGA, Márcia, [s./d.]) AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc (1814-1879) A introdução do método do restauro • Arquiteto francês, um dos primeiros teóricos do restauro; • Revivalista do séc. XIX; • Profundo conhecedor da arquitetura medieval; • Trabalhou restaurações do estilo Gótico; • Defendia que o restauro deveria respeitar o estilo que lhe fosse próprio, assim como sua estrutura; • Viollet-le-Duc foi um dos primeiros estudiosos a pensar no conceito moderno de restauração; • Opunha-se ao ornamento, buscava a pureza estilística e defendeu a vinculação da forma à função e à estrutura; • Defendia que a restauração refizesse uma obra incompleta, a fim de conferir coerência e lógica ao organismo; • Restaurar um monumento significa dar um valor histórico ao edifício. Figura: Desenho Violet le Duc Fonte: Dictionnaire Raisonne-VioletLeDuc AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc (1814-1879) “Restaurar um edifício não significa conservá-lo, repará-lo ou refazê-lo, mas sim repor na totalidade a sua forma antiga, mesmo que nunca tenha existido assim. (…) é necessário situarmo-nos no lugar do arquiteto primitivo e supor o que ele faria se voltasse ao mundo e tivesse diante de si o mesmo problema.” Figura: Capa Dictionnaire Raisonne-VioletLeDuc Fonte: archive.org Restauro Estilístico Principais obras de restauro: • Basílica de Santa Maria Madalena Vezelay (1840), • Notre Dame de Paris (1845); • Basílica Saint-Denis (1846) e • Castelo de Pierrefonds (1858). AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas John Ruskin (1819-1900) O antirrestauro / ruinismo • Artista e crítico de arte, o inglês foi considerado o principal teórico da preservação na Inglaterra no séc. XIX; • Viveu em uma época de dicotomia entre os antigos costumes sociais e os emergentes decorrentes da Revolução Industrial que revelou sua forte ligação com a cultura tradicional; • Combateu o pensamento revivalista de Viollet le Duc; • Defendeu a arquitetura como ligação ao passado, capaz de assegurar a identidade de um povo; • Acreditava que para manter a história devia-se preservar sua fonte intocada, eliminado o risco de ser corrompida; • Monumentos são tidos como parte integrante da natureza, defendendo que o homem apenas poderia admirar o conjunto sem intervir; • Restauro romântico ou antirrestauro. Figura: Retrato de John Ruskin (1863) Fonte: Spartacus-educational.com AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas John Ruskin (1819-1900) O antirrestauro / ruinismo • Sua visão fatalista admitia restauro com pouquíssima intervenção, desde que invisível; • Acreditava que não se deveria fazer nada nos edifícios, pois o restauro traria a destruição da originalidade e que se deveria respeitar o tempo de sua existência sem intervir na obra — a edificação deixada a sua própria sorte —, caindo em ruínas; • Sua abordagem em relação ao patrimônio é romântica, pois vê a arquitetura como um acidente na paisagem, sendo o edifício um testemunho da passagem do tempo; • Ao contrário de Violet-le-Duc, via o ornamento como de grande importância, imprescindível na beleza arquitetônica, pois dava sentido ao que o trabalho artístico humano podia revelar; • Restauro visão romântica. Figura: Casa d’Oro, Venice, 1845, , por John Ruskin Fonte: http://www.thebookoflife.org/ AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Camilo Boito (1836-1914) O restauro científico • Arquiteto italiano, foi restaurador, crítico, historiador, professor, teórico e literato; • Consagrado pela historiografia da restauração, manteve posição moderada e intermediária entre Viollet-le-Duc e Ruskin; • Elaborou conceitos da teoria contemporânea de restauração, desenvolvendo o princípio da conservação com base em diversos instrumentos técnicos e modernas tecnologias construtivas — pioneiro do “restauro científico”; • Defendia a perspectiva da anterioridade e propunha intervenção mínima na restauração, admitindo novas adições, como medida extrema, exigindo que essas novas intervenções permanecessem diferenciadas da obra antiga, de forma que se reconhecessem os acréscimos modernos; • Ênfase ao valor documental dos monumentos históricos, procurando preservar a validade das diversas fases em seus aspectos originais, conferindo distinguibilidade da intervenção. Figura: Camilo Boito Fonte: portal-restauracion-upv AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Camilo Boito (1836-1914) O restauro científico • Três tipos de intervenção: o restauro arqueológico (conservação de monumentos da antiguidade), o restauro pictórico (edifícios medievais mantido como aspecto) e o restauro arquitetônico (de obras a partir do renascimento); • Princípios: • Diferença de estilos entre o novo e o velho; • Diferença de materiais de construção; • Supressão de linhas ou de ornatos; • Exposição das velhas partes removidas na vizinhança do monumento; • Incisão de cada uma das partes renovadas, da data da restauração ou de um sinal convencionado; • Epígrafe descritiva gravada sobre o monumento; • Descrição e fotografia dos diversos períodos das obras, expostos no edifício ou em local próximo a ele, ou ainda descrições em publicações; • Notoriedade. Figura: Basílica de Santo Antônio de Pádua, por Tango Fonte: commons.wikimedia.org AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Alois Riegl (1858-1905) O culto moderno dos monumentos • Historiador da arte austríaco. • Contribuiu para a definição e distinção entre monumento e monumento histórico; • Procurou analisar monumentos atribuindo-os valores históricos, considerando sua rememoração e contemporaneidade: Figura: Basílica deSanto Antônio de Pádua, por Tango Fonte: commons.wikimedia.org Rememoração (passado) • valor da antiguidade: defendendo a continuidade ordenada, onde os aspectos antigos se mantenham (em uma visão menos fatalista que Ruskin); • valor histórico: representando a fase de criação humana e se manifesta enquanto documento relacionado a sua originalidade, respeitando a pátina do tempo; • valor evocativo intencionado: tem como propósito a manutenção do monumento presente e vivo na consciência para a posteridade. Preconiza a prática da intervenção no monumento, ainda que minimamente. AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Alois Riegl (1858-1905) Figura: Basílica de Santo Antônio de Pádua, por Tango Fonte: commons.wikimedia.org Rememoração (passado) • valor da antiguidade: defendendo a continuidade ordenada, onde os aspectos antigos se mantenham (em uma visão menos fatalista que Ruskin); • valor histórico: representando a fase de criação humana e se manifesta enquanto documento relacionado a sua originalidade, respeitando a pátina do tempo; • valor evocativo intencionado: tem como propósito a manutenção do monumento presente e vivo na consciência para a posteridade. Preconiza a prática da intervenção no monumento, ainda que minimamente. Contemporaneidade (presente) • valor de uso prático: o monumento deve atender às necessidades materiais do homem; • valor de arte: atende às necessidades do espírito. AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Alois Riegl (1858-1905) Figura: Basílica de Santo Antônio de Pádua, por Tango Fonte: commons.wikimedia.org O culto moderno dos monumentos “A natureza afetiva do seu propósito é essencial: não se trata de apresentar, de dar uma informação neutra, mas de tocar, pela emoção, uma memória viva. [...] A especificidade do monumento deve-se precisamente ao seu modo de atuação sobre a memória. Não apenas ele a trabalha e a mobiliza pela mediação da afetividade, de forma que lembre o passado fazendo-o vibrar como se fosse presente. Mas esse passado invocado, convocado, de certa forma encantado, não é um passado qualquer: ele é localizado e selecionado para fins vitais, à medida que pode, de forma direta, contribuir para manter e preservar a identidade de uma comunidade étnica ou religiosa, nacional, tribal ou familiar” (CHOAY, 2001, p. 18.) Restauro moderno. AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Luca Beltrami (1854-1933) A evolução do restauro histórico • Arquiteto italiano e historiador da Arte; • Reabilitação de monumentos de outras épocas (exceto os medievais); • Contestação da utilização de critérios gerais, reivindicando a individualidade de cada intervenção; • Contraposição da busca de modelos ideais a um rigoroso conhecimento documental, a par de uma análise profunda da obra a intervir; • Subjetividade presente nas suas intervenções, feita com base em más interpretações críticas das fontes consultadas; • Restauro histórico. Figura: Luca Beltrami Fonte: milanoartexpo.com AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Luca Beltrami (1854-1933) A evolução do restauro histórico • O restauro histórico representou um importante salto qualitativo, face à reintegração estilística e à procura de um modelo medieval ideal e utópico, prefigurado na individualidade de cada obra a restaurar, exigindo a compilação de documentos para o total conhecimento da história e da vivência dos monumentos. • Em Varsóvia, a reconstrução da cidade, após a invasão nazi, inicia-se com o fim da guerra. O significado da cidade, dos seus bairros e dos seus monumentos não podia ser abalado. Os fragmentos das casas de habitação da Praça do Castelo foram consolidados e reconstruídas tal como eram antes com materiais modernos. • Restauro histórico. Figura: Praça do castelo - Varsóvia Fonte: repositorium.sdum.uminho.pt AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Gustavo Giovannoni (1873-1947) A evolução do monumento histórico • Engenheiro e arquiteto e historiador da arte italiano; • Entendia a cidade como um organismo complexo a ser trabalhado na integra, abordando a relação cidade existente com sua expansão e zonas de interesse de preservação; • Estabelece fundamentação para ações de preservação baseadas no pensamento de cunho cultural; • Reconhece conflitos contemporâneos em relação à preservação dos centros urbanos e opõe-se à especulação; • Publicou centenas de textos abordando temas como a transformação urbana, ampliação, adensamento, circulação, coordenação entre a cidade velha e a cidade nova, trabalhando as exigências da modernização a expansão e a necessidade de preservar; • Fundamentou a teoria do restauro e estabeleceu métodos para restauro de obras arquitetônicas que tiveram repercussão internacional. Figura: Retrato de Gustavo Giovannoni Fonte: tecniarte.wordpress.com AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Gustavo Giovannoni (1873-1947) A evolução do monumento histórico • Seus textos deram origem à carta de Atenas, em 1931, um dos mais importantes documentos que teoriza os princípios da restauração científica; • Considerava a formação do arquiteto insuficiente para trabalhar com restauração, pois lhes faltava uma formação mais humanista; • Discutiu o ensino e a formação profissional, pensando um arquiteto integral, com domínio da técnica, histórica e artística, com abordagem dos aspectos econômicos e jurídicos. Figura: Gustavo Giovannoni Fonte: Accademia Nazionale Di San Luca. AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Gustavo Giovannoni (1873-1947) A evolução do monumento histórico Figura: Gustavo Giovannoni Fonte: Accademia Nazionale Di San Luca. “Giovannoni desempenhou papel fundamental para as teorias urbanísticas, em especial para relações entre urbanismos, arquitetura e preservação do patrimônio, mostrando sua contribuição para estabelecer a fundamentação teórico-metodológica da atuação prática, para estruturação da profissão do arquiteto e do urbanista, e para questões legislativas.” (KÜHL , 2013) Restauro científico. AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Cesare Brandi (1906-1988) Restauro criativo • Italiano, crítico de Arte e professor de História da Arte Medieval e Moderna na Universidade de Roma, na de Palermo, na de Sapienza em Roma; • Fundador do Instituto Central de Restauração; • Considerado pai do restauro contemporâneo; • Chama atenção de dois momentos do restauro: o do reconhecimento da obra de arte e a prática do restauro propriamente dita; • Objetos manufaturados devem ser reparados, restituídos ao seu aspecto original; • Estética e a história, devem ser consideradas igualmente; • Só se restaura matéria; • Tudo deve pertencer a um contexto; • As reintegrações devem ser reconhecíveis; • As lacunas devem ser tratadas caso a caso, para atuarem como fundo da obra que é figura; • Os acréscimos e as reconstruções devem ser respeitadas, respeitando também a unidade da obra de arte. Figura: Cesare Brandi Fonte: cesarebrandi.org AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Cesare Brandi (1906-1988) Figura: Restauração – La anunciación Fonte: Atelier des Arts 1º. axioma:“restaura-se somente a matéria daobra de arte” Estabelece limites para intervenção restauradora, levando em conta que apenas a matéria, utilizada com criatividade, que resulta na obra de arte, deve ser restaurada. Ou seja, a restauração deve ser realizada sobre a matéria degradada, sem interferir ou deturpar o resultado da obra. 2º. axioma: “A restauração deve visar ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde que isso seja possível sem cometer um falso artístico ou um falso histórico, e sem cancelar nenhum traço da passagem da obra de arte no tempo”. (KÜHL , 2004) AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Cesare Brandi (1906-1988) Figura: Cartaz Convenção – Gustavo Giovannoni Fonte: Accademia Nazionale Di San Luca Dois aspectos fundamentais para intervenção restauradora: 1º. “A integração deverá ser sempre e facilmente reconhecível; mas sem que por isto se venha a infringir a própria unidade que se visa a reconstruir”. 2º. “Que qualquer intervenção de restauro não torne impossível mas, antes, facilite as eventuais intervenções futuras” (KÜHL , 2004 p.47) AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Salvador Muñoz Viñas (1963 -) Restauro criativo • Professor titular e atual diretor do Departamento de Conservação e Restauração da Universidade Politécnica de Valência, na Espanha; • Realizou análise das teorias da restauração denominando-as “clássicas”; • Atualizou à contemporaneidade o que os teóricos preconizaram e consolidaram como regras e verdades ao longo dos dois últimos séculos; • Identificou os fundamentos da restauração, contextualizando-a do ponto de vista cultural. • Acredita que as teorias clássicas são limitadas para o escopo atual da cultura, considera que nem todos os objetos sujeitos ao restauro são obras de arte, a restauração desses bens podem relacionar-se a outros valores além do histórico e do artístico – sejam estes ideológicos, afetivos, religiosos etc. – não sendo, portanto, inerentes ao próprio objeto ; Figura: Salvador Munõz Viñas Fonte: es.academia.edu AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Salvador Muñoz Viñas (1963 -) Restauro criativo • Crítica aos conceitos da atualidade: princípios como autenticidade, objetividade, reversibilidade e ciência aplicada, assim como os critérios da mínima intervenção, distinguibilidade e reversibilidade; • Restauração deve contemplar o maior número possível de formas de entender o objeto e atender equilibradamente as suas funções e usuários; • Coloca o diálogo, a interdisciplinaridade e a sustentabilidade como caminhos fundamentais. Figura: Salvador Munõz Viñas Fonte: es.academia.edu AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Teoria da restauração e seus principais protagonistas Outros Teóricos Ambrogio Annoni (Milão, 1882-1954) — Aluno de Camillo Boito e Luca Beltrami. Politécnico de Milão; Paolo Marconi, Roma (1933-2013) — Filho do arquiteto-urbanista Plinio Marconi, colaborador de Giovannoni. Professor de Restauração Arquitetônica na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma; Marco Dezzi Bardeschi (1934-) — Engenheiro e arquiteto; Paolo B. Torsello (1934-) — Professor de restauração arquitetônica nas universidades de Gênova, Veneza, Ancara e Istambul; Giovanni Carbonara (Roma, 1942) — Arquiteto italiano, historiador e teórico da restauracão. AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Indicação de leitura específica BRAGA, Márcia. Conservação e restauro. [s./l.], [s./n.],[s./d.] CHOAY, A alegoria do patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade / Ed. Unesp, 2001. KÜHL, Beatriz Mugayar. Arquitetura do ferro e arquitetura ferroviária em São Paulo: reflexões sobre a sua preservação. São Paulo: Ateliê Editorial, 1998. _______________. Cesare Brandi e a teoria da restauração. In: Pós. Revista do programa de pós-graduação em arquitetura e urbanismo da FAUUSP, 2007, n. 21, p. 198-211. _______________. Teoria da restauração/Cesare Brandi. Cotia (SP): Ateliê, 2004. _______________ . Gustavo Giovanonni – textos escolhidos. São Paulo: Ateliê, 2013. MUÑOZ VIÑAS, S. (2003) Teoría Contemporánea de la Restauración. 1.ed. Madrid: Sintesis. 2004. Figura: Montagem de Referências Bibliográficas Fonte: imagens de diversas editoras AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas Indicação de leitura específica RIEGL, Alöis. O culto moderno dos monumentos [Der moderne Denkmalkultus]. Lisboa, Edições 70, 2013. RUSKIN, John. A lâmpada da memória. Cotia (SP): Ateliê, 2008. VELLEDA CALDAS, Karen. A restauração em foco: entre mitos e realidades. In: Resenhas Online, São Paulo, ano 12, n. 138. 01, Vitruvius, jun. 2013. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/12.138/4765>. Acesso em 02 jun. 2017. VIÑAS, Salvador Muñoz. Teoría contemporánea de la restauración. [s./l.], Sintesis, 2014. VIOLLET-LE-DUC, Eugène Emmanuel. Restauração. São Paulo, Ateliê, 2001. Figura: Montagem de Referências Bibliográficas Fonte: imagens de diversas editoras AULA 03: TEORIA E HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO Técnicas retrospectivas VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Cartas Patrimoniais • Carta de Atenas: 1933; • Documento de Nova Delhi, 1956; • Carta de Veneza: 1964; • Norma de Quito. Quito: 1967; • Conferência Geral. Paris: 1968; • Compromisso de Brasília (1970); • Compromisso de Salvador (1971); • Carta de Restauro. Roma: 1972; • Resolução de São Domingos: 1974; • Conferência Geral. Paris: 1976; • Carta de Machu Picchu: 1977; • Carta de Burra Austrália: 1980; • Declaração do México (1985); • Carta de Washington (1986); • Carta de Mar del Plata: 1997; • Carta de Fortaleza: 1997; • Carta de Brasília: 2010; • Carta de Juiz de Fora: 2010... AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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