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1. OBJETIVO GERAL
Compreender que o Caramujo Africano é nocivo à saúde humana e ao meio ambiente, por isso precisa ser combatido.
 2. INTRODUÇÃO
 O caracol gigante africano (Achatina fulica Bowdich, 1822) é originário do leste e nordeste da África e foi introduzido no Brasil na década de 80 como uma opção ao consumo de escargot. Podendo atingir 15 cm de concha e mais de 200 g de peso, o gigante africano.
Aparentava apresentar vantagens econômicas em relação à criação tradicional de escargot. Entretanto, o insucesso mercadológico aliado a um descontrolado intercâmbio comercial entre produtores de diversos estados tem repetido um ciclo de insucesso que tem gerado populações excedentes. Estas terminam fugindo ou sendo deliberada e irresponsavelmente soltas em ecossistemas florestais, agrícolas e áreas urbanas onde esses caracóis demonstram suas desvantagens, geralmente proporcionais aos seus nomes e tamanhos.
Sem inimigos naturais nas novas áreas onde têm sido introduzidos, os caracóis gigantes 
africanos já se encontram disseminados por quase todos os estados brasileiros. Possuindo hábitos semi-arborícolas, é muito comum encontra-los repousando durante o dia em troncos de árvores, em ramos e folhagens, como também em cercas e paredes. Em ambientes urbanos os caramujos tem causado incômodo ao escalarem paredes d casas e prédios e ao se movimentarem em grande número dificultando o trânsito de pedestres em locais de grande infestação. Podem também causar grandes danos à praças e jardins.
Resistentes ao frio e à seca são capazes de se adaptar a caatingas, florestas e brejos causando desequilíbrio ecológico. As dimensões das consequências negativas sobre a biodiversidade das novas áreas onde o caramujo africano tem sido introduzido são ainda imprecisas e se constituem num risco invisível que, não obstante sua importância tem sido pouco divulgado e muito subestimado.
 
 3. DESENVOLVIMENTO
Achatina fulica Bowdich, 1822.
REINO: Animália
FILO: Mollusca
CLASSE: Gastropoda
SUBCLASSE: Pulmonata
ORDEM: Stylommatophora
FAMÍLIA: Achatinidae
GÊNERO: Achatina
ESPÉCIE: Achatina fulica
O caramujo-gigante-africano, Achatina fulica, é um molusco oriundo da África. Ele também é chamado de acatina, caracol-africano, caracol-gigante, caracol-gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-africano ou rainha-da-África.
Esse animal pode pesar 200 gramas, e medir cerca de 10 centímetros de comprimento e 20 de altura. Sua concha é escura, com manchas claras, alongada e cônica. Além disso, sua borda é cortante. Foi introduzido ilegalmente em nosso país na década de 80, no Paraná, com o intuito de substituir o escargot, uma vez que sua massa é maior que a destes animais. Levado para outras regiões do Brasil, tal espécie acabou não sendo bem-aceita entre os consumidores, e também proibida pelo IBAMA, fazendo com que muitos donos de criadouros, displicentemente, liberassem seus representantes na natureza, sem tomar as devidas providências.
É um caramujo de concha cônica marrom ou mosqueada, alcançando a maturidade sexual entre quatro e cinco meses. Os indivíduos são hermafroditas, podendo realizar até cinco posturas por ano, com 50 a 400 ovos por postura. Sem predadores naturais, tal fator, aliado à resistência e excelente capacidade de procriação desse animal, permitiram com que esse caramujo se adaptasse bem a diversos ambientes, sendo hoje encontrado em 23 estados.
 3.1. IMPACTO ECOLÓGICO
A invasão do caramujo-africano é atualmente muito mais relevante no aspecto ecológico do que no agrícola ou sanitário. Este caramujo está invadindo ecossistemas e ocupando um lugar que não é seu. Reduzindo assim a diversidade de espécies. Além de devorar folhas, flores e frutos, causando um enorme estrago em plantas de importância agrícola, ornamental e ecológica ele também é canibal, alimentando-se de ovos e jovens caracóis de sua mesma espécie, como forma de obter cálcio para sua concha em ambientes com escassez deste elemento. Devido as suas características morfofisiológicas e o hábito alimentar, é uma espécie voraz, podendo se alimentar de cerca de 500 tipos de plantas, variando desde abóboras, alface, almeirão, batata-doce, feijões, mandioca, pepino, rami, tomate, a frutíferas como acerola, guaraná, mamão, morango e ornamentais, camarão-vermelho, hibiscos, jiboia, (orquídeas etc.), plantas ruderais* (jambu, picão-branco), nativas (mandacaru etc.) e florestas implantadas. Em países onde o caramujo africano foi introduzido, tornou-se praga agrícola e este fato, per si, e sua ocorrência provoca uma situação de alerta e de mobilização carecendo de um controle eficiente por parte das instituições públicas. . * Termo Botânico: Diz-se da planta que habita as cercanias das construções humanas: ruas, terrenos baldios, ruínas, etc. (Como tal ambiente, em geral, é relativamente rico em proteínas, as plantas ruderais são nitrófilas). 
 3.2. SAÚDE PÚBLICA
 O caramujo-africano é um hospedeiro intermediário de duas espécies de nematoides (Angiostrongylus costaricensis e A. cantonensis). O primeiro pode ocasionar a angiostrongilíase abdominal, causando perfuração intestinal, peritonite e hemorragia, podendo resultar em óbito, caso não se tenha diagnóstico e tratamentos corretos, cujos sintomas são semelhantes a uma apendicite, mascarando a presença da doença nas estatísticas públicas. Tem-se registro desta forma abdominal nos Estados do Rio Grande Sul, Santa Catarina, Paraná São Paulo e Distrito Federal, mas neste caso sendo os hospedeiros intermediários Phyllocaulis variegatus, lesma de grande distribuição geográfica no Continente Sul-Americano, e outros moluscos como Limax maximus, L. flavus e Biomphallaria similaris. A outra espécie, Angiostrongylus cantonensis, pode transmitir o nematoide causador da angiostrongilíase meningoencefálica ao homem (meningite ou meningoencefalite eosinofílica), apresentando estados clínicos muito variáveis, embora, poucas vezes fatal, os sintomas podem se arrastar por meses, ocorrendo casos de lesões oculares permanentes (cegueira). Parece ser contraída pelo homem por meio da ingestão de larvas de terceiro estádio (L3) deste nematoide, ou de moluscos infectados pelo verme. Como as larvas são encontradas no muco produzido pelo molusco e, por serem ávidos por verduras, legumes e frutas como fonte alimentar, é provável que o consumo humano desses vegetais seja a maneira mais comum de contaminação (presença de muco - elicina) do patógeno. O conhecimento do ciclo vital de Angiostrongylus, apesar de incompleto, mostra uma complexidade de situações nas quais o homem, provavelmente, aparece como hospedeiro eventual. O molusco é hospedeiro intermediário e são os pequenos roedores urbanos e silvestres os hospedeiros definitivos, bem como reservatórios do nematoide. Grande número de outras espécies de moluscos é experimentalmente susceptível à infecção pelo nematoide. No contexto epidemiológico atual, a angiostrongilíase meningoencefálica permanece ausente na área 6 continental americana. Outros caramujos participam como hospedeiros intermediários, como Bradybaena similaris e Subulina octona, além de espécies dos gêneros Veronicella, Limax e Deroceras. Até mesmo o prosobrânquio dulcícola Pomacea canaliculata. • Cabe lembrar que ainda não existem casos confirmados no Brasil de Angiostrongylus costaricensis e A. cantonensis transmitidos pelo caramujo africano. • Por medida de segurança lavar bem as frutas, hortaliças, verduras e legumes e fazer a desinfecção com hipoclorito de sódio (colocar em imersão em uma colher de chá de água sanitária para um litro de água, de 15 a 30 minutos), antes de consumir esses alimentos.
 3.3. CONTROLE
As “medidas de controle de Achatina fulica” podem ser divididas basicamente em três estratégias distintas, e são: controle biológico, controlequímico e controle físico.
A execução destas estratégias realizadas em diferentes países tem na maioria dos casos resultado em insucesso. No entanto, existe um grande exemplo de sucesso na erradicação de A. fulica após uma grande infestação que resume bem a receita a ser seguida em busca do controle da espécie invasora. Porém, antes de apresentar a receita do sucesso é importante conhecer outros métodos largamente testados e que resultaram em consequências desastrosas.
O primeiro deles é decorrente da utilização dos inimigos naturais das espécies de Achatina e outros gastrópodes terrestres na tentativa de combater a A. fulica. Vários são os problemas advindos dessa prática. Esta metodologia é denominada de “controle biológico” e inicialmente parece o mais vantajoso, pois utiliza o serviço da natureza, sem mão-de-obra e equipamentos. Entretanto, nestes casos existe o problema da ausência de um agente controlador espécie-específico, ou seja, de um organismo biológico (vírus, bactéria ou animal) que ataque exclusivamente os caramujos da espécie A. fulica. Este pequeno detalhe torna essa alternativa totalmente inviável tento em vista que o agente biológico utilizado pode vir afetar a sobrevivência de inúmeras outras espécies animais e vegetais, além de transmitir doenças para as pessoas. 
Uma segunda alternativa seria a utilização de medidas de “controle químico”, ou seja, a utilização de pesticidas para combater o caramujo invasor. Contudo, o controle químico assim como o método anterior, também não conta com um produto específico para combater a A. fulica. Outro grande problema deste método é que a elevada 
toxicidade dos venenos existentes e a permanência destas substâncias no ambiente colocam em risco a biodiversidade e a saúde humana. 
A última alternativa para o combate do caramujo invasor A. fulica é denominada de “medida de controle físico” que é considerada a menos dispendiosa se comparada aos dois métodos citados anteriormente e ainda possui a vantagem de poder ser adaptado a qualquer condição ambiental. Dentre as medidas de controle físico existentes, a coleta manual é a melhor alternativa para o controle, manejo e erradicação de A. fulica. O melhor exemplo de que a erradicação de A. fulica é possível de ser realizada através da coleta manual é o excelente programa de controle da espécie executado em Miami, Flórida, nos Estados Unidos.
O sucesso desta ação foi resultado de um conjunto de medidas que envolveram primeiramente a detecção precoce, ou seja, o reconhecimento rápido e preciso da introdução da espécie invasora a partir de um estudo prévio sobre a população do molusco e sua distribuição; além de um trabalho contínuo de sensibilização da sociedade através de informações veiculadas pela mídia em toda área afetada com campanhas educativas nas escolas, empresas, comércio, entre outros. A principal medida de controle utilizada foi à coleta manual realizada de forma intensa por profissionais capacitados que também coordenaram a ação. O trabalho contou com a cooperação da comunidade através da catação dos caramujos e eliminação dos pontos que contribuíam para o estabelecimento da população de A. fulica pela manutenção dos terrenos limpos e retirada das plantas exóticas, lixo e entulho.
Esta ação de sucesso contou com a articulação do órgão ambiental e da agricultura Norte-americano como gestores e financiadores de toda campanha.
Semelhantemente, no Brasil o principal articulador nacional é o Ministério do Meio Ambiente (MMA), tem buscado com pouco sucesso o estabelecimento de um marco integrador dos segmentos governamentais envolvidos (MMA, IBAMA, ANVISA, MAPA) com a sociedade. Portanto, no Brasil a realidade de prevenir novas invasões de moluscos terrestres e manejar e erradicar o caramujo africano A. fulica está muito distante de ser alcançada tendo em vista a falta de atitude governamental. 
Para que esta ação de manejo, controle e erradicação de A. fulica no Brasil ocorra com sucesso é fundamental que os órgãos governamentais competentes tenham uma mudança radical de mentalidade e executem com seriedade a receita de sucesso realizada em outros países. 
.
 4. CONCLUSÃO
A rápida proliferação devido à alta capacidade de reprodução do caramujo 
Achatina fulica pode causar diversos prejuízos ambientais e danos à saúde humana incalculáveis, o controle do caramujo é a maneira correta para se evitar o surgimento das doenças, a degradação do meio ambiente e as perdas agrícolas.
 O controle manual é o mais recomendável, visto que se mostrou eficiente, além de possuir vantagem de ser adaptado a qualquer realidade e ocorram integração e participação social através da educação ambiental.
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