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Estipulação em favor de terceiro - RESUMO

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A estipulação em favor de terceiro ocorre no contrato 
celebrado entre duas pessoas, denominadas 
estipulante e promitente, convenciona-se que a 
vantagem resultante do ajuste reverterá em 
benefício de terceira pessoa, alheia à formação do 
vínculo contratual. 
Há três figuras: 
1. o estipulante; 
2. o promitente; e 
3. o beneficiário, (este último estranho à 
convenção). 
A capacidade só é exigida dos dois primeiros, pois 
qualquer pessoa pode ser contemplada com a 
estipulação, seja ou não capaz. 
A peculiaridade da estipulação em favor de terceiros 
está em que estes, embora estranhos ao contrato, 
tornam-se credores do promitente. 
Não é necessário o consentimento do beneficiário, 
mas este por sua vez pode recusar a estipulação em 
seu favor. 
o contrato deve proporcionar uma atribuição 
patrimonial gratuita ao favorecido, ou seja, uma 
vantagem suscetível de apreciação pecuniária, a ser 
recebida sem contraprestação. A eventual 
onerosidade dessa atribuição patrimonial invalida a 
estipulação, que há de ser sempre em favor do 
beneficiário. 
É contrato sui generis, porque a prestação é realizada 
em benefício de quem não participa da avença 
(seguro de vida, p. ex.). 
É também consensual e de forma livre. O terceiro 
deve ser determinável, podendo ser futuro, como a 
prole eventual. A gratuidade do benefício é essencial, 
não podendo ser imposta contraprestação ao terceiro. 
Arts. 436 a 438 do CC. 
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de 
substituir o terceiro designado no contrato, 
independentemente da sua anuência e da do outro 
contratante. 
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato 
entre vivos ou por disposição de última vontade. 
A obrigação assumida pelo promitente pode, assim, 
ser exigida tanto pelo estipulante como pelo 
beneficiário, que assume, na execução do contrato, as 
vezes do credor, ficando, todavia, sujeito às condições 
e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante 
não houver reservado a faculdade de o substituir. 
Caso se estipule que o beneficiário possa reclamar a 
execução do contrato, o estipulante perde o direito de 
exonerar o promitente (CC, art. 437). 
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o 
contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a 
execução, não poderá o estipulante exonerar o 
devedor. 
 Assim, estipulação será irrevogável. A ausência de 
previsão desse direito sujeita o terceiro à vontade do 
estipulante, que poderá desobrigar o devedor, bem 
como substituir o primeiro na forma do art. 438. 
No silêncio do contrato, o estipulante pode substituir 
o beneficiário, não se exigindo para tanto nenhuma 
formalidade, a não ser a comunicação ao promitente, 
para que este saiba a quem deve efetuar o 
pagamento.

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