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Contabilidade Gerencial Aula 6: Relação custo x volume x lucro Apresentação Nesta aula, compreenderemos que a determinação do volume a ser fabricado e vendido pode auxiliar o empreendedor a tomar uma decisão acertada sobre a implantação da empresa ou a buscar alternativas. Essa informação consiste no ponto de equilíbrio, que é uma situação em que a empresa atinge um nível de vendas no qual as receitas geradas são su�cientes para cobrir os custos e as despesas. O lucro começa a ocorrer com as vendas adicionais, após ter sido atingido o ponto de equilíbrio. Veri�caremos, portanto, como isso pode ser feito e ainda outras ferramentas gerenciais necessárias para o auxílio na tomada de decisão, como a noção de custo–padrão e suas modalidades. Objetivos Descrever a relação custo x volume x lucro; Explicar o conceito de ponto de equilíbrio contábil, �nanceiro e econômico. Listar a características e limitações do método de custo-padrão. Introdução à relação custo x volume x lucro Uma das mais relevantes contribuições da Contabilidade de custos consiste em sua capacidade de gerar informações de forma rápida e con�ável para a tomada de decisão dos gestores. Nesse sentido, a classi�cação dos gastos em variáveis e �xos torna-se fundamental por ser a base do cálculo da margem de contribuição, em que se procura evidenciar a potencialidade ou a rentabili dade de um produto ou serviço de forma a absorver todos os gastos �xos da empresa (custos e despesas). Para um melhor entendimento, daremos um exemplo: A fábrica Gelados S/A produz sorvetes. Por meio dos levantamentos da contabilidade de custos, sabe-se que ela possui um total de custos �xos de R$ 30.000 mensais; os variáveis são de R$ 6,00 a unidade; e o preço de venda do sorvete é de R$ 9,00 por unidade: Contas Valor no mês Custos fixos R$ 30.000,00 Custos variáveis R$ 6,00 / unid. Preço de venda R$ 9,00 / unid. Para a fábrica Gelados S/A produzir, por exemplo, 3.000 unidades de sorvetes, seus custos �xos serão de R$ 30.000,00 mensais; se a Gelados S/A produzir metade, ou seja, 1.500 unidades, haverá o mesmo valor. A mes ma coisa acontecerá se ela não produzir nenhum. Dessa maneira, podemos dizer que os custos �xos seguem gra�camente este comporta mento: Podemos notar que, independentemente da fabricação de 0 a 3.000 sorvetes, os custos �xos totais da fábrica Gelados S/A não se alteram. Já os variáveis possuem comportamento diferente. Eles variam conforme o volume produzido, ou seja, quanto mais se produzir, mais será consumido. Assim, a título de exemplo, vamos supor a produção das seguintes quantidades: zero, 500, 1.500 e 3.000 unidades. O comportamento dos custos variáveis seria: Unidades produzidas Custo variável total 0 unid. R$ 0 500 unid. R$ 3.000 1.500 unid. R$ 9.000 3.000 unid. R$ 18.000 Gra�camente, a reta dos custos variáveis é: Assim, podemos perceber que os �xos são uma reta na horizontal para qualquer volume de produção, enquanto os variáveis aumentam proporcionalmen te em relação à quantidade de itens produzidos e vendidos. Para encontrar o custo total do sorvete, é preciso fazer a soma dos custos �xos e dos variáveis. Assim, a título de exemplo, vamos supor a produção das seguintes quantidades: zero, 500, 1.500 e 3.000 unidades. O comportamento dos custos variáveis seria: Unidades produzidas Custo variável total Custo fixo Total 0 unid. R$ 0 R$ 30.000 R$ 30.000 500 unid. R$ 3.000 R$ 30.000 R$ 33.000 1.500 unid. R$ 9.000 R$ 30.000 R$ 39.000 3.000 unid. R$ 18.000 R$ 30.000 R$ 48.000 Gra�camente, podemos entender que o comportamento dos custos totais da fábrica de sorvetes Gelados S/A é: Conceito de ponto de equilíbrio Ponto de equilíbrio é aquele nível de operação da empresa no qual gastos e receitas se equivalem, resultando em lucro zero. Acima dele, a empresa terá lucro; abaixo, prejuízo. No ponto de equilíbrio contábil ou operacional (PEC), ela não terá lucro nem prejuízo. Daí vem a palavra equilíbrio, que podemos encontrar em quantidade e em valor. Aquele representa a quantidade mínima que deverá ser vendida para que a empresa não tenha lucro nem prejuízo. Já este corresponde ao mínimo de receita que ela deverá obter para não ter nem lucro nem prejuízo (receita de equilíbrio). O ponto de equilíbrio também é chamado de ponto de ruptura (break-even point). Nessa situação, o lucro é igual a zero: receitas totais menos custos (e despesas) chegaram este resultado. Gra�camente, podemos visualizar o comportamento das receitas e dos custos �xos, variáveis e totais. Métodos de apuração do ponto de equilíbrio Clique no botão acima. Métodos de apuração do ponto de equilíbrio Com base no grá�co anterior, podemos concluir que, até o ponto de equilí brio, a empresa está tendo prejuízo (mais custos e despesas do que receitas); acima dele, ela já entra na faixa do lucro. Portanto, podemos a�rmar que este ponto é de�nido tanto em unidades (volume) quanto em valores monetários – no caso, reais (R$). Considere, por exemplo, uma empresa com a seguinte situação: Pergunta: Qual é a quantidade mínima que esta empresa deve produzir (e vender) para que não tenha prejuízo? Para responder a essa questão, devemos calcular o ponto de equilíbrio (PE). Resolução: No PE, as receitas totais são equivalentes aos custos e às despesas totais. Considerando Q como quantidade, temos: Receita total = (custos totais + despesas totais) R$600 Q = (R$400 Q + R$400.000) R$600 Q – R$400 Q = R$400.000 R$200 Q = R$400.000 Q = 2.000 unidades Ou, aplicando a fórmula do PE, temos em quantidades: PE(Q) = custos + despesas �xas totais Margem de contribuição unitária PE($) : PE(Q) x PVu Em que: MCunit = PVu – (CVu + DVu) MCunit = margem de contribuição unitária; PVu = preço de venda unitário; CVu = soma dos custos variáveis unitários; DVu = soma das despesas variáveis unitárias. PE(Q): Custos+ despesas �xas totais = R$400.000 = 2.000 unid. PVu – (CVu+DVu) = R$600 – R$400 = R$200 PE(Q): Custos+ despesas �xas totais = R$400.000 = 2.000 unid. Margem de contribuição unitária = R$200 O ponto de equilíbrio em dinheiro seria de: PE($) : PE(Q) X PVu = 2.000 unid. x R$600 = R$1.200.000 Preço de venda Custos e despesas variáveis Custos e despesas fixas R$ 600 / unidade R$ 400 / unidade R$ 400.000 / mês Demonstração gráfica do ponto de equilíbrio do exercício. Ponto de equilíbrio contábil, econômico e �nanceiro De acordo com Megliorini (apud Maciel, 2016), dependendo da análise a ser realizada e das decisões a serem tomadas, podemos determinar pelo menos três situações de equilíbrio, como veremos a seguir, pois o ponto de equilíbrio pode ser analisado sob três aspectos: contábil, econômico e �nanceiro. Assim, os métodos de apuração do ponto de equilíbrio são os seguintes: Ponto de equilíbrio contábil (PEC): Ponto em que, contabilmente, a empresa não apresenta nem lucro ou prejuízo; Ponto de equilíbrio econômico (PEE): Ponto em que a empresa é capaz de cobrir seus custos e despesas e aindagerar resultado mínimo desejado; Ponto de equilíbrio �nanceiro (PEF): Ponto em que custos ou despesas que não apresentam desembolsos de caixasão desconsiderados. Vamos agora diferenciar os conceitos de PEC, PEE e PEF. Para isso, considere os dados da empresa do exemplo anterior: 1 Custos + despesas variáveis R$400/unid; 2 Custos e despesas �xas R$400.000; 3 Preço de venda R$600/unid. Ponto de equilíbrio contábil (PEC) Tem o objetivo de demonstrar a quantidade de vendas que deve ser efetuada para cobrir todos os custos e as despesas �xas, deixando de lado os aspectos �nanceiros e não operacionais. Continue lendo.. .1 Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) Signi�ca a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas acrescida da remuneração mínima sobre o capital investido pela empresa. Continue lendo... 2 Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) É a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas que representam desembolso �nanceiro para a empresa. Continue lendo... 3 Demonstrandoas diferenças entre PEC X PEE X PEF: Ponto de equilíbrio (PE) PEC PEE PEF PE em volume 2.000 unidades 3.000 unidades 1.650 unidades PE em valor R$1.200.000 R$1.800.000 R$ 990.000 As principais limitações da análise custo x volume x lucro Dalmonech (apud Borges, 2015) sintetiza as principais limitações dela. A tabela a seguir sintetiza as hipóteses simpli�cadoras deste modelo: 1. Suposição de linearidade 7. Suposição de produção ser igual a vendas. 2. Classificação dos custos semivariáveis 8. Confronto entre despesas e receitas 3. Natureza de curto prazo 9. Custos e receitas em função das unidades produzidas 4. Valor do dinheiro no tempo 10. Suposição de perda zero 5. Estrutura do capital 100% próprio 11. Suposição de receita única 6. Aplicação para um único produto 12. Situação de risco e incerteza não considerada Fonte: (BORGES, 2015, p. 117) http://portaldoaluno.webaula.com.br/cursos_graduacao/gon093/aula6.html http://portaldoaluno.webaula.com.br/cursos_graduacao/gon093/aula6.html http://portaldoaluno.webaula.com.br/cursos_graduacao/gon093/aula6.html Conceito de custo-padrão O custo-padrão faz parte do planejamento da organização e tem como objetivo o controle dos custos da produção.Ele consiste em uma meta que a organização de�ne para a produção de bens ou serviços. O controle desses custos proporciona informações relevantes, uma vez que é possível a confrontação do custo planejado com o que de fato ocorreu no processo de produção da empresa. Com a confrontação, é possível identi�car quando ocorrem as variações dos custos para, então, se investigarem as causas dessas variações e buscar estratégias de melhorias, reduzindo custos, otimizando os processos, treinando pessoal, en�m, realizando as ações necessárias para que as metas de custos sejam alcançadas. Se for constatado que nada pode ser feito para as metas de custos serem alcançadas, isso deve ser revisto. O custo-padrão é uma ferramenta auxiliar para a contabilidade de custos, podendo ser utilizado como uma informação gerencial e ser confrontado com os custos reais sem a necessidade de sua contabilização. Na Contabilidade, não existe obrigatoriedade para a contabilização do custo-padrão. Categorias de custos-padrão São três as principais categorias de custos-padrão: Clique nos botões para ver as informações. É o custo-padrão calculado simplesmente por meio de uma projeção, para o futuro, de uma média dos custos passados. Serve para fazer a comparação e análise da evolução dos custos e entender as suas tendências. Custo-padrão estimado É o custo determinado da forma mais cientí�ca possível pelo planejamento e controle da produção, utilizando-se as melhores condições de produção dentro da melhor matéria-prima, sem desperdício e com a melhor utilização da mão de obra, operando sem atrasos ou erros operacionais. Custo-padrão ideal O custo-padrão corrente situa-se entre os outros dois tipos, o ideal e o estimado. Esse tipo, diferentemente do custo- padrão ideal, considera as perdas históricas de materiais por lotes de produção em condições normais de produção, bem como a produtividade da mão de obra também nas mesmas situações de produção. Custo-padrão básico ou corrente Comparação da variação conjunta ou mista: (Custo-padrão x Custo Real) Segundo Krauspenhar (2016), será apresentada gra�camente a variação de quantidade e a variação de preço com o intuito de facilitar o entendimento dessa diferença: Fonte: (KRAUSPENHAR; FONSECA, 2016, p. 110) De acordo com Krauspenhar (2016), um orçamento �exível pode ser usado para identi�car os custos que deveriam ter sido incorridos para o nível real de atividade. Este número é obtido pela multiplicação da quantidade da entrada permitida para a produção real pelo preço- padrão por unidade. Considerando PP o preço-padrão por unidade e QP a quantidade padrão de entradas permitidas para a produção real, o custo planejado ou orçado de entrada é PP x QP. Já os custos reais de entrada são PR x QR, em que PR é o preço real por unidade de entrada e QR, a quantidade real de entrada necessária. Variações de preço e de e�ciência A variação total do orçamento, expressa em termos �nanceiros, é simplesmente a diferença entre o custo real da entrada e seu custo planejado. Por simplicidade, referimo-nos à variação total orçada como variação total. Variação total = (PR x QR) – (PP x QP) Em um sistema de custo-padrão, a variação total é separada em variações de preço e de consumo. Variação de preço (taxa) A variação de preço (taxa) é a diferença entre o preço por unidade padrão e o real de uma entrada, multiplicado pelo número de entradas consumidas. Variação de consumo (e�ciência) A variação de consumo (e�ciência) é a diferença entre a quantidade padrão e a real de entradas multiplicadas pelo preço padrão da entrada. Quando a variação total do orçamento é separada nesses dois componentes, os gestores podem analisar e controlar melhor a variação total. Eles são capazes de identi�car as origens dos aumentos de custos e tomar as devidas providências para adotar medidas corretivas. Em geral, a variação total é dividida em componentes de preço e e�ciência para materiais diretos e mão de obra direta. Fórmula da variação conjunta ou mista: [(PR x QR) – (PP x QR)] + [(PP x QR) - (PP x QP)] Simpli�cando a fórmula, teremos: Variação mista ou conjunta = (PR - PP) QR + (QR - QP) PP = variação de preço + variação de consumo Variações desfavoráveis (D) ocorrem sempre que os preços reais ou consumo das entradas são maiores do que os preços ou consumo padrão. Quando ocorre o oposto, temos variações favoráveis (F). Se elas são boas ou ruins, depende do motivo de terem ocorrido. Determiná-los exige dos gestores algumas investigações. Comentário Raramente o desempenho real irá satisfazer exatamente aos padrões estabelecidos: as variações são esperadas. Por isso, a gestão deve estabelecer uma faixa de desempenho aceitável. Quando elas se apresentarem neste intervalo preestabelecido, não há necessidade de investigação dos motivos de diferenças. Contudo, caso as variações ultrapassem essas faixas, cabe à gestão investigar os motivos das variações ou, se for caso, rever os padrões que foram estabelecidos. Vale ressaltar que a investigação deve obedecer ao critério custo x benefícios de modo que, quando não há materialidade e maiores benefícios do que custos, não há razão para se buscarem os motivos de tais variações. Observe, na �gura ao lado, a abordagem do diagrama das três pontas para cálculo de variações. Exemplo: Faça o cálculo da variação mista ou conjunta com os dados a seguir. Em um determinado mês, a empresa ABC S/A apresentou os seguintes dados: Preço real = $ 6,30 Preço Padrão = $ 6,00 Quant. consumida real = 19kg Quant. para consumo Padrão = 16kg Resultado do exercício 4 Fonte: (KRAUSPENHAR, FONSECA, 2016, p. 110) http://portaldoaluno.webaula.com.br/cursos_graduacao/gon093/aula6.html O custo-padrão, como já foi destacado, serve para comparar padrões correntemente atingíveis sob condições operacionais e�cientes. Assim, em relação ao desvio da quantidade, a investigação sobre o motivo dessa variação cabe ao setor de produção. A análise em relação à variação de preço também deve ser realizada, há alguns fatores que podem explicar a variação de preços, como a compra malfeita ou errada devido a alguma de�ciência do setor de compras ou do setor de produção, ou mesmo, de falta de comunicação entre os dois setores. Algo que deve ser levado em consideração é o custo-benefício do tempo e do esforço realizado em busca dos fatos que ocasionaram umas variações. Uma vez que a variação seja pequena e não material, o custo pode ser maior do que o benefício; assim, cabe à empresa de�nir o que é um valor signi�cativo de quantidade e/ou de preços de modo a de�nir quais variações serão investigadas e quais não. (KRAUSPENHAR, 2016) Atividade 1. O ponto de equilíbrio também é conhecido por____________. a) Break-even point. b) Benchmark. c) Activity basedcosting. d) Balanced scorecard. e) break-even costing. 2. O _____________, também chamado de padrão prático e correntemente atingível, é aquele que pode ser alcançado sob condições operacionais e�cientes. a) Custo-histórico ou corrente. b) Custo-padrão básico ou standard. c) Custo-standard básico ou corrente. d) Custo-histórico básico ou corrigido. e) Custo-padrão básico ou corrente. 3. O ___________ é o custo-padrão que serve para fazer a comparação e análise da evolução dos custos, entendendo as suas tendências: a) Custo de oportunidade. b) Custo-padrão estimado. c) Custo-histórico corrente. d) Custo-padrão básico. e) Custo-standard corrente. 4. A variação de consumo (e�ciência) é a diferença entre a _______________. a) Quantidade padrão e a real de entradas divididas pelo preço padrão da entrada. b) Quantidade padrão e a real de entradas somadas pelo preço real da entrada. c) Quantidade estimada de entradas dividida pelo preço padrão da entrada. d) Quantidade padrão e a real de entradas multiplicadas pelo preço padrão da entrada. e) Quantidade estimada de entradas multiplicadas pelo preço padrão da entrada. 5. O ___________ é o custo determinado da forma mais cientí�ca possível pelo planejamento e controle da produção, utilizando- se as melhores condições de produção dentro da melhor matéria-prima, sem desperdício e a melhor utilização da mão de obra, operando sem atrasos ou erros operacionais. a) Custo-padrão estimado. b) Custo-histórico corrente. c) Custo-padrão ideal. d) Custo-standard corrente. e) Custo-padrão líquido. Notas Continuar lendo… 1 Vamos calcular o PEC, que, na verdade, segue a metodologia vista anteriormente: PEC (q) = (custos + despesas �xas) / margem de contribuição unitária Assim, o ponto de equilíbrio em unidades seria: PEC (q) = (R$ 400.000) / (R$ 600 - R$ 400) = 2.000 unidades O ponto de equilíbrio em termos monetários é: PEC ($) = PEC (q) x Preço de Venda Unitário PEC ($) = 2.000 unid. x R$ 600 = R$ 1.200.000 Continuar lendo… 2 O custo de oportunidade representa a remuneração que a empresa obteria se aplicasse seu capital no mercado �nanceiro em vez de fazê-lo no próprio negócio. Esse lucro mínimo desejado é o custo de oportunidade do capital próprio: é o juro do capital próprio investido. Se uma empresa apresenta um patrimônio líquido (PL) de R$ 2.000.000 no início do ano que é colocado para render um mínimo de 10% anuais, ela terá um lucro mínimo de sejado de R$200.000. Assim, se essa taxa de juros for a de mercado, concluímos que o verdadeiro lucro da atividade será obtido quando contabilmente o resultado for superior a esse retorno. Haverá, portanto, um PEE unitário quando houver um lucro contábil de R$2.000.000: PEE (q) = (custos + despesas �xas + lucro desejado) / margem de contribuição unitária PEE(q) = ($ 400.000 + R$ 200.000) / R$ 200 = 3.000 unidades O ponto de equilíbrio em termos monetários é: PEE ($) = PEE (q) x preço de venda unitário PEE ($) = 3.000 unid. x R$ 600 = R$ 1.800.000 Continuar lendo… 3 Os encargos de depreciação são excluídos no seu cálculo por não representarem desembolso para ela. O PEF indica a quantidade ou o faturamento necessário para que a empresa possa cobrir seus desembolsos de caixa. PEF = (custos + despesas �xas - depreciação) / margem de contribuição unitária. Depreciação, amortização e exaustão não representam desembolso de caixa no período. Neste exemplo, consideremos uma depreciação de R$70.000. Dessa manei ra, o PEF seria: PEF (q) = (R$ 400.000 – R$ 70.000) / (R$ 600 - R$ 400) = 1.650 unidades PEF ($) = PEF (q) x preço de venda unitário PEF = 1.650 unid x R$ 600 = R$ 990.000 XXX 4 Variação mista = (PR - PP) QR + (QR - QP) PP Variação mista = ($ 6,30- $ 6,00) x 19 kg + (19 kg – 16 kg) x $ 6,00 Variação mista = ($ 0,30 x 19 kg) + (3 kg x $ 6,00) Variação mista = ($ 5,70) + ($ 18,00) Variação mista = $ 23,70 desfavorável para a empresa Referências BORGES, Vanessa. Contabilidade de custos. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2015. MACIEL, Andréia Marques. Contabilidade gerencial. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2016. KRAUSPENHAR, Anelise; FONSECA, Gleison. Apuração e análise de custos. Rio de Janeiro: SESES, 2016. Próxima aula O composto de vendas de um mix de produtos; Margem de contribuição ponderada. O efeito do imposto de renda no ponto de equilíbrio. Explore mais Variações de custo-padrão.
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