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Paisagismo para Interiores Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Ana Cristina Gentile Ferreira Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites Guia Prático de Paisagismo • Introdução; • Montando o Guia; • Elementos de Composição; • Elementos Arquitetônicos; • Iluminação. • Aprender a elaborar guias de paisagismo com as principais informações para o desenvolvi- mento de projetos e saber escolher, por exemplo, tipos de vegetação, espécie, porte (largura e altura), clima e todas as informações necessárias para um bom desenvolvimento do projeto de paisagismo. OBJETIVO DE APRENDIZADO Guia Prático de Paisagismo Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Guia Prático de Paisagismo Introdução A correta utilização da vegetação em paisagismo requer um profundo conhecimento das espécies vegetais, através de suas características que de um modo geral podem ser agrupadas em dois conjuntos. O primeiro tem a ver com o aspecto visual da planta, forma, tamanho, estrutura, densidade e disposição da folhagem, textura e cores do conjunto e de suas partes vegetais. São aspectos que dizem mais respeito à arquitetura da planta tomada como objeto, ou ainda relacionados à forma como o vegetal ocupa e se desenvolve no espaço. (SALVIATÍ, 1993, p. 9) Para montar um guia prático de paisagismo é importante definir as carac- terísticas da vegetação e os demais elementos compositivos para que o projeto tenha um resultado positivo. O primeiro item a ser pesquisado deve ser a espécie da vegetação, seu porte, altura e raio na vida adulta, formato e densidade da copa, existência ou não de flores e cores são questões essenciais para iniciar o projeto. A possibilidade de utilização de certa vegetação deverá considerar uma análise do terreno e seus aspectos quanto ao tipo de solo, presença de águas superficiais, escoamentos de águas pluviais (drenagem), topografia, presença de corpos d´água subterrâneas, clima e orientação solar, entre outros. Definida a vegetação, os demais elementos devem ser pensados considerando também algumas variáveis importantes, como controle de luz, iluminação artificial, sombreamento, umidificação do ar e barreiras de ventos. Além de funcionar como uma biblioteca e material de consulta importante para desenvolver um projeto, o Guia Prático de Paisagismo servirá para elaborar o Me- morial Descritivo, essencial nos projetos de paisagismo. O memorial poderá ter especificações diferentes, dependendo do local a ser desenvolvido o projeto – por exemplo: paisagismo residencial, paisagismo de praças, paisagismo de parques urbanos, entre outros. O memorial deverá descrever os procedimentos a serem seguidos para a Execu- ção do Projeto de Paisagismo e deverá conter a estrutura vegetal nos locais indicados, além de apresentá-los na planta técnica de paisagismo, atendendo às especificações das espécies e dos elementos compositivos definidos no memorial. Questões relacio- nadas ao plantio, cultivo e manutenção também deverão constar no documento. Montando o Guia Os tipos vegetais utilizados na linguagem corrente, árvores, arbustos, tre- padeiras, ervas, têm muito a ver com o primeiro conjunto de caracterís- ticas, relativas à arquitetura da planta. Já os aspectos que se referem ao vegetal como um componente vivo da natureza não estão de modo mui- to particular relacionadas aos tipos acima mencionados. Embora alguns 8 9 tipos vegetais, como por exemplo as trepadeiras, possam ser encontra- dos de preferência em matas ou florestas, que são formações caracte- rísticas de climas úmidos, outros, como por exemplo as herbáceas, e entre estas particularmente as gramíneas, são plantas ubíquas, ou seja, que podem ser encontradas nos mais diversos ambientes e climas, com espécies peculiarmente adaptadas a viver nas condições mais adversas. (SALVIATÍ, 1993, p. 9) A seguir, sugestões sobre os itens necessários para uma boa elaboração do Guia Prático de Paisagismo: • Espécie: » Nome Popular; » Nome Científico; • Categoria; • Clima; • Origem; • Porte; • Luminosidade; • Ciclo de Vida. • Principais características/Resumo. Além dos dados técnicos para a implantação da vegetação no projeto, devemos também incluir na biblioteca do guia os Elementos de Composição, como pisos, mobiliário, luminárias, elementos arquitetônicos, entre outros. Espécie Sobre os dados das espécies, deve-se encontrar os seus nomes populares e cien- tíficos e, se possível, as informações quanto às famílias às quais são pertencentes, entre outras informações complementares. Por exemplo: • Nome científico: Anadenanthera falcata (Benth.) Speg. • Nome popular: angico do campo, angico do cerrado, arapiraca, curupaí. • Família: Leguminosae (Mimosoideae) . • Uso: é utilizada na arborização urbana, pos- sui madeira dura e compacta, utilizada na construção civil, marcenaria e carpintaria. A casca é utilizada na medicina popular para curar feridas, além de oferecer corante, utili- zado para tinturaria. Figura 1 Fonte: Wikimedia Commons 9 UNIDADE Guia Prático de Paisagismo Ou • Nome científico: Tabebuia áurea (Mart.) Bur. • Nome popular: ipê, ipê-amarelo, ipê-do- -campo, ipê-do-cerrado, caraíba, caroba- -docampo, carobrira, carobinha, pau d árco. • Família: Bignoniaceae. • Uso: é uma árvore ornamental. A madei- ra é utilizada na construção civil, carpin- taria e caixotaria, esse tipo de madeira é próprio para cabos de ferramentas e artigos esportivos. Tabela 1 – Exemplo de tabela de espécies em trabalho de caracterização da vegetação e espécies para recuperação de mata ciliar, Ijuí/RS FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME COMUM Annonaceae Rollina salicifolia Schltdl Ariticum Apocynaceae Aspidosperma australe Müll. Arg. Pitiá Arecaceae Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Jerivá Bignoniaceae Jacaranda micrantha Cham. Caroba Boraginaceae Cordia americana (L.) Gottschling $ J. E. Mill. Guajuvira Ebenaceae Diospyros inconstans Jacq. Maria-preta Erythroxylaceae Erythroxylum deciduum A. St. -Hill Cocão Euphorbiaceae Sebastiania commersoniana (Baill.) L. B. Sm. & Downs Branquilho Fabaceae Albizia niopoides (Spruce ex Benth.) Burkart Angico-branco Ateleia glazioviana Baill. Timbó Bauhinia forficataLink Pata-de-vaca Dalbergia frutescens (Vell.) Britton Rabo-de-bugio Holocalyx balansae Micheli Alecrim Machaerium paraguariense Hassl. Canela-do-brejo Myrocarpus frondosus Allemão Cabreúva Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan Angico-vermelho Categoria Em relação às categorias, podemos dividi-las entre árvores, arbustos, palmeiras, flores, orquídeas, bromélias, suculentas, carnívoras, folhagens, gramados, forra- ções, aquáticas, hortaliças, trepadeiras, ervas daninhas, pisos, mobiliário, luminá- rias para jardins, entre outras. Dividir os elementos em categorias tem como principal objetivo facilitar o agru- pamento ordenado do que podemos usar no projeto de Paisagismo. Nas categorias sugeridas, podemos ainda encontrar subcategorias, com informações ainda mais precisas e detalhadas. A Figura 3 sugere a classificação aqui citada. Figura 2 Fonte: Getty Images 10 11 Figura 3 – Exemplo de Categorias de Vegetação Fonte: Adaptado de Getty Images Encontre muitas espécies classifi cadas a partir de categorias. Para cada categoria, você terá diversas opções de espécies e, para cada uma delas, uma pequena fi cha técnica. Disponível em: https://goo.gl/CKZfDV Ex pl or Clima “As características da vegetação variam de lugar para lugar e dependem de di- versos fatores como localização, clima e altitude. Por ser um país de proporções continentais, o Brasil apresenta uma enorme biodiversidade” (MINHOTO, s.d.). De maneira geral, podemos dividir os climas em: equatorial, tropical, subtropical, temperado, mediterrâneo, desértico, semiárido e polar.1 A tabela presente na Figura 3 traz sugestões elaboradas pela paisagista Heloiza Rodrigues de plantas a serem utilizadas no Estado do Paraná, considerando os di- ferentes climas desse Estado. Exemplo de Categorias de Vegetação, disponível em: https://goo.gl/sz1BV7 Ex pl or 1 Ver mais em: <https://goo.gl/qHcU3U>. 11 UNIDADE Guia Prático de Paisagismo Origem Entendemos como origem o ponto de partida: O início de uma ação ou de algo cujo desenvolvimento continua em um tempo ou espaço; o lugar em que uma pessoa nasce – de origem italiana; de origem paulistana; a ascendência; os antepassados ou a geração que antecede uma pessoa ou família – “envergonha-se de sua origem”. [Por Extensão] Fonte; local onde nasce um rio. [Figurado] Causa; aquilo que causa ou caracteriza um comportamento, ação, o nascimento de algo: o divórcio é a origem da minha felicidade. Fonte: https://bit.ly/2GrUAu9 O mesmo acontecerá com a vegetação, a origem será seu ponto de início. Lem- brando que o Clima deverá ser respeitado para que a vegetação possa se desenvol- ver em outro local. Por exemplo, uma espécie de clima polar não sobreviverá em um clima tropical, afinal, as características obtidas pelo clima não permitirão que a vegetação se desenvolva. Porte Na unidade anterior, foram descritas as principais características da vegetação a partir de seu porte. No Guia Prático, tais informações deverão ser mais detalhadas, colocando não apenas a média do porte, e sim a dimensão da espécie escolhida de maneira específica. Na Cartilha de Arborização Urbana, da Prefeitura Municipal de João Pessoa, a publicação sugere algumas espécies a partir do porte, como consta na Figura 4. Nativas ExóticasÁRVORES DE PEQUENO PORTE Murta, Eugenia punicifolia (Kunth) DC. Ipê-mirim, Tecoma stans(L.) Juss. ex Kunth. Papoula, Hubiscus rosa-sinensis L. Pata-de-vaca, Bauhinia monandra Kurz Pitanga, Eugenia uni�ora L. Romã, Punica granatum L. Urucum, Bixa orellana L. ÁRVORES DE MÉDIO PORTE Aroeira, Schinus terebinthifolius Raddi Algodão-da-praia, Hibiscus pernambucensis Arruda Barbatenom, Abarema cochliocarpos (Gomes) Barneby & Grimes Cássia-chuva-de-ouro, Cassia ferruginea (Schrader) Schrader ex DC. Cássia-imperial, Cassia �stula L. Leiteira, Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Woodson Mororó, Bauhinia for�cata Link Murici, Byrsonima sericea DC. Pau-lacre, Vismia guianensis (Aubl.) Pers. Perobinha, Tabebuia roseoalba (Ribl.) Sandwith ÁRVORES DE GRANDE PORTE Açoita-cavalo, Luehea ochrophylla Mart. Canafístula, Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Craibeira, Tabebuia caraiba (Mart.) Bureau Imbiribeira, Eschweilera ovata (Cambess.) Miers Ipê-amarelo, Tababuia chrysotricha (Mart. ex A. DC. ) Standl. Ipê-branco, Tababuia elliptica (A. DC. ) Sandwith. Ipê-roxo, Tababuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. Oitizeiro, Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam. Pau-ferro, Caesalpinia ferrea Mart. Sibipiruna , Caesalpinia peltophoroides Benth. Sucupira, Bowdichia virgilioides Kunth PALMEIRAS Tamanhos: Grande , Médio e Pequeno Açaí, Euterpe edulis Mart. Areca-bambu, Dypsis lutescens (H. Wendl.) Beentje & J. Dransf. Aricuriroba, Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman Catolé, Syagrus cearensis Noblick. Palmeira-de-manila, Veitchia merrillii (Becc.) H.E. Moore Palmeira-imperial, Roytonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook Palmeira-leque, Coccothrinax barbadensis (Lodd. ex Mart.) Becc. Palmeira-leque-de-Fiji, Pritchardia paci�ca Seem. & H. Wendl. Palmeira-triângulo, Dypsis decaryi (Jum.) beentje & J. Dransf. Pindoba, Attalea okeifera Barb. Rodr. 12 13 Nativas ExóticasÁRVORES DE PEQUENO PORTE Murta, Eugenia punicifolia (Kunth) DC. Ipê-mirim, Tecoma stans(L.) Juss. ex Kunth. Papoula, Hubiscus rosa-sinensis L. Pata-de-vaca, Bauhinia monandra Kurz Pitanga, Eugenia uni�ora L. Romã, Punica granatum L. Urucum, Bixa orellana L. ÁRVORES DE MÉDIO PORTE Aroeira, Schinus terebinthifolius Raddi Algodão-da-praia, Hibiscus pernambucensis Arruda Barbatenom, Abarema cochliocarpos (Gomes) Barneby & Grimes Cássia-chuva-de-ouro, Cassia ferruginea (Schrader) Schrader ex DC. Cássia-imperial, Cassia �stula L. Leiteira, Himatanthus phagedaenicus (Mart.) Woodson Mororó, Bauhinia for�cata Link Murici, Byrsonima sericea DC. Pau-lacre, Vismia guianensis (Aubl.) Pers. Perobinha, Tabebuia roseoalba (Ribl.) Sandwith ÁRVORES DE GRANDE PORTE Açoita-cavalo, Luehea ochrophylla Mart. Canafístula, Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Craibeira, Tabebuia caraiba (Mart.) Bureau Imbiribeira, Eschweilera ovata (Cambess.) Miers Ipê-amarelo, Tababuia chrysotricha (Mart. ex A. DC. ) Standl. Ipê-branco, Tababuia elliptica (A. DC. ) Sandwith. Ipê-roxo, Tababuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. Oitizeiro, Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam. Pau-ferro, Caesalpinia ferrea Mart. Sibipiruna , Caesalpinia peltophoroides Benth. Sucupira, Bowdichia virgilioides Kunth PALMEIRAS Tamanhos: Grande , Médio e Pequeno Açaí, Euterpe edulis Mart. Areca-bambu, Dypsis lutescens (H. Wendl.) Beentje & J. Dransf. Aricuriroba, Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman Catolé, Syagrus cearensis Noblick. Palmeira-de-manila, Veitchia merrillii (Becc.) H.E. Moore Palmeira-imperial, Roytonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook Palmeira-leque, Coccothrinax barbadensis (Lodd. ex Mart.) Becc. Palmeira-leque-de-Fiji, Pritchardia paci�ca Seem. & H. Wendl. Palmeira-triângulo, Dypsis decaryi (Jum.) beentje & J. Dransf. Pindoba, Attalea okeifera Barb. Rodr. Figura 4 – Exemplo de Espécies a partir do Porte Fonte: Adaptado de Getty Images Luminosidade Por luminosidade, entende-se o quanto a vegetação deve receber ou não de ilu- minação natural, se a incidência do sol deve ser direta ou indireta. Para cada tipo de clima e espécie, encontraremos dados técnicos específicos. Na citação a seguir, po- demos ver a classificação de luminosidade para as vegetações existentes nas florestas: Quanto à luminosidade, as árvores podem ser classificadas como toleran- tes ou intolerantes. Em Silvicultura, denominam-se tolerantes as árvores que na fase inicial do crescimento adaptam-se melhor às condições de luminosidade reduzida e que na fase adulta necessitam atingir a plena luz para o seu completo desenvolvimento. Denominam-se intolerantes as essências florestais que necessitam de alta intensidade luminosa em todasas fases de crescimento. Estas espécies crescem inicialmente apenas nas clareiras das florestas ou nas áreas desmatadas, enquanto que as espécies tolerantes à sombra predominam nos estágios mais avançados da suces- são vegetal ou na floresta clímax. (POGGIANI, 1989) Outra maneira de dividir a luminosidade necessária à vegetação pode ser: sol pleno, meia-somba e sombra. 13 UNIDADE Guia Prático de Paisagismo Para as plantas enquadradas no sol pleno, são consideradas aquelas que necessi- tam de no mínimo 7 horas por dia de sol direto. Nesses casos, quanto mais sol direto e por mais tempo, melhor. São alguns exemplos: as forrações, pomares e hortas. Para meia-sombra, 3 horas de sol por dia são suficientes para o desenvolvimento saudável das plantas, o restante do tempo a presença de luz indireta é aconselhável. Plantas herbáceas e algumas suculentas se desenvolvem bem em meia-sombra. As vegetações que necessitam de ambientes de pouca luz, ou ainda sem incidên- cia direta de sol, são consideradas plantas de sombra. Quando tais plantas recebem incidência de sol de forma direta, podem desenvolver patologias com fungos, por exemplo. As samambaias são o exemplo mais conhecido de plantas de sombra. Ciclo de Vida Em relação ao ciclo de vida, as classificações mais comuns são: plantas anuais, bianuais e perenes. As plantas anuais são aquelas que completam o seu ciclo de vida em um ano precisando, após isso, serem replantadas com todo o preparo de ter- reno adequado. Esse tipo de planta ornamental é semeada em determi- nadas épocas e uma vez terminada a floração devem ser arrancadas, pois não terão maior duração. Já o segundo grupo, as plantas bianuais, tem seu ciclo de vida completado em dois anos, tendo que passar pelo mesmo processo de preparação. E, finalmente, as plantas perenes têm seu ciclo de vida perene, indefinido e, uma vez plantadas, só precisam de tratos culturais esporádicos de poda, de rega, e de adubação. (FILHO, 2002) As plantas perenes são bastante escolhidas nos projetos de paisagismo, uma vez que podem florescer mais de uma vez ao ano. As anuais e bianuais são mais indicadas para pequenos espaços, jardineiras ou vasos e suas cores produzidas pelas plantas anuais podem criar diferentes efeitos, mudando o cenário do jardim durante o ano. Principais características/Resumo No item que traz as principais características, você deverá colocar as informações que encontrar da espécie pesquisada. O link a seguir traz o exemplo de uma ficha com os principais itens descritos nesta unidade, e que devem auxiliar na elaboração do guia; em seguida, as principais características com um resumo da espécie. O exemplo escolhido é da Palmeira-imperial. Principais características e resumo da Palmeira-imperial (Roystonea oleracea). Disponível em: http://bit.ly/2GhNFlTEx pl or A presença de fotos e figuras nas fichas elaboradas no guia prático do paisagis- mo poderá ser um instrumento importante para auxiliar o profissional na escolha da espécie e dos elementos compositivos, além de ser capaz de permitir que o con- tratante do projeto visualize as escolhas realizadas pelo profissional. 14 15 O exemplo do link a seguir traz imagens que ilustram como podem ser elabora- dos guias práticos de paisagismo para vegetações em diferentes ambientes: Guia de Vegetação para Ambientes Internos. Disponível em: http://bit.ly/2GhnxaQ Ex pl or Elementos de Composição Para os elementos de composição, como pisos ou mobiliários, a ficha deverá buscar informações técnicas capazes de mostrar como o uso do elemento pode ser adequado ao projeto. Por exemplo, para pisos, a ficha deverá conter informações como (link a seguir): • Especificações técnicas (Ficha Técnica); • Altura; • Largura; • Profundidade; • Material; • Resumo. Piso para Jardim O Deck em Madeira da Massol é produzido em Madeira Eucalipto e tem tamanho de 50x50 cm na cor stain (bege). Ideal para utilização em jardins e também na beira de piscinas ou quiosques de praia, por exemplo. O deck de madeira é produzido em sua totalidade com matérias-primas ecologicamente corretas, que conferem propriedades sustentáveis ao pro- duto fi nal. Disponível em: http://bit.ly/2Gh6B4r Ex pl or No exemplo da Figura 5, temos diferentes tipos de pisos de acordo com caracte- rísticas técnicas. Os exemplos foram elaborados para execução do projeto de urba- nização e paisagismo referente a FURNAS, prédio da GRN.O, em Adrianópolis/RJ. 15 UNIDADE Guia Prático de Paisagismo Figura 5 – Exemplo de tipos de Pisos de acordo com características técnicas Fonte: ufsb.edu.br O mesmo deve ser feito em relação ao mobiliário. O tipo de material escolhido deve ser resistente ao sol e à chuva, principalmente se colocado em áreas externas. Caso tenha tapeceira, também deverá ser adequado às questões de clima e manu- tenção do material. No momento da escolha, o profissional já deverá ter definido o local de uso do mobiliário. 16 17 Ombrelone para Jardim Figura 6 – Exemplo de Ombrelone para Jardim Fonte: Getty Images Banco para Jardim Estrutura em Madeira Eucalipto Saligna com Tratamento Impregnante Polis- ten – sendo muito resistente a intempéries. Tecido: Bagum Jari 0,30 com 84% PVC e 16% Poliéster. Contém: 01 Ombrelone fixo com armação redonda e base com floreira. Fabricação: fabricado artesanalmente um a um, em caso de eventual dano, o cliente poderá adquirir separadamente qualquer peça do ombrelone. Prazo de Entrega: 06 Meses. Tabela 2 Tamanho da Armação Altura Área Livre Tamanho da Floreira larg X prof X alt. Quant. Pedra 2,10 m 1,82 m 0,70 X 0,70 X 0,41 160 kg 2,40 m 1,90 m 0,70 X 0,70 X 0,41 160 kg 2,90 m 1,90 m 0,70 X 0,70 X 0,41 160 kg Descrição Suas áreas externa e interna, como jardins, ficarão mais modernas com esse lindo banco! Para os que adoram tornar as suas decorações mais vi- vas e alegres, esse modelo é o ideal, acomodando confortavelmente até duas pessoas, além de levar todo o diferencial em sua cor vermelha, sendo o seu destaque principal. O banco é produzido em madeira, sendo que a sua resistência permanece por um período de tempo duradouro, visto que será capaz de fazer a diferença em seus jardins ou decorações em geral. Garanta já o seu! 17 UNIDADE Guia Prático de Paisagismo Medidas aproximadas: Altura: 90 cm; Largura: 120 cm; Profundidade: 55 cm; Altura do assento até o chão: 45 cm. Fonte: https://bit.ly/2VJIAJK Figura 7 – Exemplo de Banco para Jardim Fonte: Getty Images Elementos Arquitetônicos Elementos arquitetônicos podem estar presente no paisagismo, completando a composição do projeto, e muitas vezes definindo a distribuição das funções e dos ambientes nele. Presença de varandas, pergolados, gazebos, caramanchões, redários, quiosque, fontes, esculturas e outros permitem tornar os ambientes mais acolhedores e, muitas vezes, mais funcionais. Por isso, a inclusão de tais itens no guia prático também deve ser considerada. Ter opções de elementos arquitetônicos permite que o profissional de paisagismo traga ao projeto opções interessantes de projeto e soluções adequadas ao uso do espaço construído. Pergolado em Madeira Plástica 3,00m x 2,10m In Brasil Pergolado In Brasil contém pilares com bitolas de 12x12cm e travessas de 15x6cm. É ideal para áreas externas, é um produto 100% ecológico para quem quer beleza e praticidade aliado há durabilidade e baixa manutenção. A madeira plástica In Brasil é produzida através de plásticos reciclados pela 18 19 fábrica mais sustentável do planeta. É um material durável ao sol, chuva, e pode ser mantido em contato permanente com o solo. Também é imune a pragas, não mofa ou cria fungos. Outra vantagem é a segurança, pois a madeira plástica não solta farpas ou tem rachaduras. O produto acompanha manual de montagem e é um processo muito simples. O material é livre de manutenção e pinturas e já vem em coloração semelhante a madeira natu- ral. Conceda mais beleza ao seu ambiente sem agredir a natureza. Tabela 3 Altura2,50 m Figura 8 – Exemplo de Pergolado de Madeira Fonte: Getty Images Largura 300 cm Profundidade 2,10 m Garantia 3 meses Material principal Madeira plástica Necessita Montagem Sim Tipo Pergolado Complexidade da montagem Média Suporte para luminária Não Resistência à temperatura Sim Possui pés Não Acompanha Manual de Instalação Sim Cor predominante Marrom Peso 185 kg Resistência a umidade Sim Possui vidro Não Recomendações de uso, manutenção e limpeza Limpeza com água e sabão neutro Iluminação Anteriormente, vimos a importância da luz artificial no projeto de paisagismo. Atualmente, são inúmeros os modelos tanto de luminárias como de tipos de lâmpa- das. A atividade que será exercida no espaço e o estilo do jardim do projeto deverá nortear a escolha das luminárias e das lâmpadas, portanto, incluir o maior número possível de modelos disponíveis no mercado e manter as informações atualizadas também deve ser uma prioridade do profissional. Descrição Para evidenciar cores e indicar caminhos, a linha LED Jardim da Stella conta com completo portfólio de produtos com design próprio, marcados pela alta resistência e a versatilidade. Apresentando soluções inéditas para as mais diversas aplicações, as peças permitem a criação de variados efeitos luminosos em áreas externas. 19 UNIDADE Guia Prático de Paisagismo Tabela 4 SKU 1007640 Figura 9 – Exemplo de Luminária para Jardim Fonte: Getty Images Marca Stella Referência STH7702/30 Tempo de Despacho Até 4 dias úteis Fluxo Luminoso 150 lm Cor Não Dimensões (A x L x P) 21 x 4 x 6,6m Ângulo de abertura 25º Temperatura de cor 3000K (Branco Quente) Índice de reprodução de cor (IRC) >80 Permite dimerização Não Tensão Bivolt Vida útil do LED 25.000 horas Uso (Interno/Externo) Externo Potência 3W Tipo de Soquete/Lâmpada – Enfim, criar um guia prático de paisagismo subsidiará ao estudante e ao pro- fissional uma série de opções e informações técnicas de vegetações e elementos compositivos, que poderão ser sugeridos e escolhidos para o planejar o espaço, implantar, escolher plantas, mobiliários, luminárias, pisos, enfim, estimular ainda mais o projeto de paisagismo em diferentes locais, de uma varanda a uma área comum, até mesmo em se tratando de um parque público. Portanto, a partir das sugestões de formatos de fichas, busque informações téc- nicas, soluções e tendências de mercado e se mantenha atualizado, isso permitirá desenvolver um projeto adequado e de qualidade. 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Jardim com plantas que exigem pouca água https://youtu.be/9MJZxyElihg 7 Plantas Esculturais para seu Jardim https://youtu.be/09Y6BxwGxeM Canal Vida de Jardim https://goo.gl/MFXtmX Leitura Como projetar um Guia Rápido para Paisagismo: https://goo.gl/V75mzV Paisagismo dentro de casa: 56 ideias para jardins em espaços pequenos https://goo.gl/Ke8MJ3 Dicionário de Jardinagem https://goo.gl/wmX9Ee Top 10 livros de paisagismo para dar um UP na sua carreira! https://goo.gl/pyG15H Catálogo de luminárias https://goo.gl/Zzk5Rn 21 UNIDADE Guia Prático de Paisagismo Referências ÁVILA, Â. L; ARAÚJO, M. M; LONGHI, S. J; GASPARIN, E. Caracterização da Vegetação e Espécies para Recuperação de Mata ciliar, Ijuí, RS. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 21, n. 2, p. 251-260, abr./jun. 2011. BRAGA, M. A. (Coord.). Curso Municipal de Recursos Paisagísticos. São Paulo: Escola Municipal de Jardinagem/UMAPAZ – Universidade Aberta do Meio Am- biente e da Cultura de Paz, Departamento de Educação Ambiental da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), 2012. Disponível em: <https:// www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/recursos_paisagis- ticos_1431454341.pdf>. Acesso em: 14 set. 2018. FILHO, A. L; PAIVA, H. N; GONÇALVES, W. Paisagismo: Elementos de Com- posição e Estética. Viçosa, MG: 2002. (Coleção jardinagem paisagismo. Série Pla- nejamento Paisagismo, Volume 2. Aprenda Fácil). MINHOTO, L. Tipos de vegetação do Brasil – Amazônia, cerrado, pampas, caa- tinga, mata atlântica, são alguns dos principais biomas brasileiros: conheça cada um, suas características e peculiaridades. Estudo prático. S.d. Disponível em: <https://www.estudopratico.com.br/tipos-de-vegetacao-do-brasil/>. Acesso em: 5 out. 2018. POGGIANI, F. Estrutura, Funcionamento e Classificação das Florestas Impli- cações Ecológicas das Florestas Plantadas. Piracicaba: Departamento de Ciên- cias Florestais - Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, 1989. PREFEITURA DE SÃO PAULO. Manual de Arborização Urbana da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA). 2015. Disponível em: <https:// www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/meio_ambiente/MARBOURB. pdf>. Acesso em: 11 set. 2018. SALVIATÍ, E. J. Tipos vegetais aplicados ao paisagismo. Paisagem e Ambiente, n. 5, p. 9-45. 1993. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361. v0i5p9-45>. Acesso em: 12 nov. 2018. 22
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